l IFE:
nº 1.213 - 10 de outubro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Dilma informa que pretende cumprir meta de enviar documento final sobre novo modelo Apesar do
atraso no envio das contribuições de uma parte dos agentes do setor, a
ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, informou nesta quinta-feira,
dia 9 de outubro, que o trabalho de finalização do novo modelo já começou
a ser feito. A ministra disse que pretende cumprir a meta de enviar o
documento para o Congresso Nacional no mês de dezembro. "Ocorreram pequenos
atrasos no processo, mas a meta do ministério é enviar o documento ao
Congresso em novembro", reafirmou a ministra. Esta semana, o secretário
executivo do MME, Maurício Tolmasquim, admitiu mudanças em alguns pontos
do modelo apresentado, como a previsão de contratação de mercado pelas
distribuidoras. O segmento defende que a tarefa fique a cargo da Fepe.
O governo propõe a adoção de instrumentos de gestão para as empresas.
O secretário admitiu também que o sistema de bandas não será adotado no
processo. (Canal Energia - 09.10.2003) 2 Senado não chega a acordo sobre programa emergencial de apoio às distribuidoras Mais uma
vez, o Plenário do Senado não chegou a um acordo nesta quinta-feira, dia
9 de outubro, para votação do projeto de lei de conversão nº 24, que cria
o programa emergencial de apoio às distribuidoras de energia. O programa
visa a compensar as concessionárias de energia que passarem pela revisão
tarifária entre 4 de abril de 2003 a 7 de abril de 2004. Segundo o senador
Mão Santa , a mesa não recebeu comunicado das lideranças sobre acordo
para votação da MP 127.Por essa razão, a pauta continua trancada no Senado.
(Canal Energia - 09.10.2003) 3 Controle de agências vai a debate na Câmara O Senado
enviou ontem à Câmara dos Deputados o projeto de lei do líder do PSDB
no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), que cria no Congresso Nacional
um órgão de controle externo das agências reguladoras. O projeto havia
sido aprovado na CCJ em 6 de agosto de 2003, em caráter terminativo. Como
até 3 de outubro não foi apresentado requerimento com assinatura de 10%
dos senadores pedindo votação no plenário do Senado, a matéria foi considerada
aprovada e enviada para apreciação dos deputados. O líder do governo no
Senado, Aloísio Mercadante (PT-SP), disse que não houve recurso porque
a versão aprovada não conflita com a proposta em estudo no Executivo.
Ele lembrou que os governistas derrotaram as emendas da oposição ao projeto,
defendidas na CCJ por Virgílio e pelo relator da matéria, o presidente
do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). "Foi aprovada nossa proposta",
afirma Mercadante. Apesar da avaliação positiva dos governistas sobre
o projeto, Arthur Virgílio acha que seu texto protegerá a autonomia das
agências contra eventual ofensiva do governo. (Estado de São Paulo - 10.10.2003) 4
Agência Ambiental de Goiás e Endesa voltam a dialogar 5 Dilma mostra preocupação com Cachoeira Dourada A ministra
Dilma se disse preocupada com a paralisação da hidrelétrica de Cachoeira
Dourada, em Goiás. "É preciso chegar a um acordo que preserve as condições
de geração da usina. Essa interrupção é muito grave", disse a ministra.
O ONS informou que a paralisação compromete as metas de fornecimento e
estima uma perda de 600 MW médios para o sistema interligado nacional.
A ministra informou que o novo modelo do setor elétrico já entrou em fase
final. A meta do ministério agora é enviar o documento para o Congresso
Nacional no mês de dezembro. (Gazeta Mercantil - 10.10.2003) 6 Paraná pode ter negócios de sistemas de difusão de energia com argentinos Diante das
duas comitivas - formadas por 21 argentinos e cerca de 60 paranaenses
-, o governador Roberto Requião ressaltou que o governo do Estado viabiliza
os contatos e cria os espaços de integração. "Mas os projetos, daqui para
frente, dependem basicamente dos empresários". O governador José Manuel
de la Sota disse que o clima e a amizade entre os parceiros estão bem
desenvolvidos. "Muitos dos 21 grandes, pequenos e médios empresários que
desembarcaram no Paraná já chegaram fazendo contato com empresários paranaenses".
O argentino Jorge Bacalov, do Centro de Estratégias de Estado e Mercado,
também não escondeu seu otimismo. "Podemos fechar negócios em segmentos
que vão de agroalimentos à tecnologia da informação e comunicação, especialmente,
no desenvolvimento do controle inteligente à distância para equipamentos
como oleodutos, poços de petróleo e sistemas de difusão de energia". (Eletrica.com
- 09.10.2003)
Empresas 1 Aneel prorroga prazo para interessados pela Cemar A Aneel
prorrogou a abertura do "data-room" da Cemar, até o dia 17. Pelo cronograma
original, ele teria sido encerrado ontem, mas a principal credora da concessionária,
a Eletrobrás, pediu prorrogação do prazo para que mais interessados possam
disputar o controle da empresa. Oito grupos demonstraram interesse na
distribuidora e já tiveram acesso aos dados: a estatal Cemig, a americana
Mastec e os grupos investidores MT Baker Enterprises LLC e Angra Parters,
além da Docas Investimento, Acon, do grupo Invest e GP. As empresas têm
de apresentar a documentação para a pré-qualificação até o dia 24. A lista
dos pré-qualificados sai em 7 de novembro. O passo seguinte será a entrega
da proposta de solução das dívidas da distribuidora, juntamente com o
comprovante de entendimentos com os credores, que será aceito pela agência
até o dia 1º de dezembro. A proposta selecionada será divulgada em 23
de dezembro e a transferência do controle da concessionária está prevista
para o dia 29 do mesmo mês. Nessa nova fase do processo de transferência,
a Eletrobrás aceita transformar parte do crédito que tem direito a receber
em participação acionária. No processo anterior, a Aneel negou a transferência
do controle para o grupo GP, único pré-qualificado, por considerar a sua
proposta financeira insatisfatória. (Valor - 10.10.2003) 2 Cemig receberá cobrança por falta de energia em Monte Sião A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte vai cobrar da Cemig e do governo estadual a melhoria imediata no oferecimento de energia elétrica ao município de Monte Sião, no Sul de Minas. Há anos tentando, em vão, resolver o problema das constantes interrupções de energia, que causam prejuízos às 2,3 mil malharias da cidade, empresários e políticos do município participaram de reunião realizada pela comissão nesta quarta-feira , com a presença também da companhia energética. "Várias ações já estão sendo ajuizadas por perdas e danos. Alguns empresários estão à beira da falência", disse o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), autor do requerimento que originou a reunião. Segundo o deputado, além da mobilização em nível estadual, o Ministério Público também poderá ser acionado para resolver o problema emergencialmente. A construção de uma nova linha para Monte Sião, com previsão de entrega em 2006, conforme anunciou o superintendente Regional de Distribuição Leste da Cemig, Nelson Fonseca Leite, não satisfez os participantes da audiência. (Eletrica.com - 09.10.2003) 3 Cemig admite problemas com Monte Sião Após ouvir
as reivindicações dos participantes da reunião, o superintende Regional
da Cemig afirmou que a companhia está empenhada em resolver os problemas,
mas que todas as ações devem estar dentro das possibilidades orçamentárias.
Ele confirmou que o consumo de energia em Monte Sião é comparável ao de
Belo Horizonte. "Os indicadores não são piores nem melhores que de outras
cidades. O problema é que Monte Sião tem cargas sofisticadas", analisou.
Nelson Fonseca Leite disse que recebeu uma informação recente de que o
problema naquele município poderia ser causado pela falta de ligação das
malhas de terras das indústrias à central energética. Segundo ele, também
é preciso verificar os mergulhos de tensão da região. "É preciso paciência.
A Cemig está se reestruturando para melhorar os serviços", reforçou o
superintendente regional. Ele afirmou ainda que a companhia vai fazer
uma visita técnica à cidade nos próximos dias 15, 16 e 17, para conhecer
melhor a realidade do parque industrial de Monte Sião, atendendo a pedidos
dos empresários. (Eletrica.com - 09.10.2003) 4
Coelba investe R$ 14 mi em diversos projetos na Bahia 5 Eletrosul constrói subestação A Eletrosul
venceu ontem leilão realizado pela RGE para a construção da Subestação
Tapera 2, que será localizada próxima ao município de Passo Fundo (RS).
A Eletrosul foi a única empresa habilitada e, portanto, a única a apresentar
proposta para a construção da obra. A distribuidora catarinense vai investir
R$ 18,6 milhões na construção, capital proveniente integralmente de recursos
próprios da estatal. A obra deverá começar no dia 1 de dezembro deste
ano e possui data de entrada em operação prevista para 28 de fevereiro
de 2005. A Subestação Tapera 2, que terá 230 kV de tensão e 160 MVA de
potência, servirá de conexão com a rede básica. A construção visa o atendimento
ao aumento da demanda por energia elétrica registrado naquela região.
A expectativa é que a receita anual gerada pela nova subestação seja de
R$ 3,9 milhões. A proposta da Eletrosul garantiu um deságio de 6% sobre
a receita bruta, o que deverá se refletir na redução da tarifas ao consumidor.
(Gazeta Mercantil - 10.10.2003) A Itaipu Binacional inaugura nesta sexta (10) a sede provisória do Parque Tecnológico Itaipu , no campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná , em Foz do Iguaçu. (Canal Energia - 09.10.2003) A Rede Cemat concluiu a revisão dos dois grupos geradores da hidrelétrica Casca II, localizada no Mato Grosso do Sul. Segundo a empresa, as máquinas entraram em operação há 49 anos e somam 350 mil horas trabalhadas. (Canal Energia - 09.10.2003) A Copel prorroga o prazo do processo para fornecimento e montagem de materiais e equipamentos eletromecânicos, para a subestação de Laranjeiras do Sul. O serviço é para desativar e desmontar o setor de 69 kV e implantar o novo setor de 138 kV. (Canal Energia - 09.10.2003) O processo abrange também a ampliação das subestações de Quedas do Iguaçu e Canteiro Segredo, ambas com 138 kV. A empresa deve elaborar os projetos civis e executar as obras, fornecendo todo o material necessário. O preço do edital é de R$ 450,00 e o novo prazo vai até 24 de outubro. (Canal Energia - 09.10.2003) A Ceb licita contratação de empresa especializada para manutenção de emergência, realizada em plantões, em redes de distribuição urbanas e rurais, energizadas ou não, com tensão até 13,8 kV. O prazo termina em 7 de novembro e o preço do edital é de R$ 10,00. (Canal Energia - 09.10.2003) A CTEEP abre licitação para aquisição de conectores de diversos tipos de tampões anticorrona. O prazo encerra em 28 de outubro e o edital pode ser adquirido gratuitamente pela internet. (Canal Energia - 09.10.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste acumula baixa de 2% em relação à curva de aversão ao risco O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 27.691 MW médios na última quarta-feira, dia 8 de outubro, contra
previsão de 26.457 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao
risco, de 27.286 MW médios, o subsistema acumula baixa de 2% nos últimos
sete dias. No mesmo período, o submercado registra alta de 1,07% no consumo.
A região Sul teve consumo de 7.886 MW médios, contra previsão de 6.851
MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação,
o subsistema registra alta de 7,94% nos últimos sete dias. A região Norte
registrou consumo de 2.716 MW médios, contra previsão de 2.843 MW médios
do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema acumula
queda de 6,12% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 6.525 MW médios,
contra previsão de 6.292 MW médios do operador do sistema. Nos últimos
sete dias, a região está com alta de 0,34% no consumo. Em relação à curva
de aversão, de 6.246 MW médios, o submercado registra elevação de 1,08%
no mesmo período. (Canal Energia - 09.10.2003) 2 Submercado Norte tem queda de 0,48% em relação ao dia 7 de Outubro O índice
de armazenamento da região Norte chega a 42,98%. O nível teve uma queda
de 0,48% em relação ao dia 7 de outubro. A hidrelétrica de Tucucruí apresenta
51,07% da capacidade. (Canal Energia - 09.10.2003) 3 Reservatórios do Nordeste registram 25,59% da capacidade Os reservatórios
do Subsistema Nordeste registram 25,59% da capacidade, ficando 12,63%
acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma redução
de 0,3% em comparação com o dia 7 de outubro. A usina de Sobradinho registra
20,24% da capacidade. (Canal Energia - 09.10.2003) 4
Volume do Subsistema SE/CO tem queda de 0,35% em um dia 5 Região Sul está com 30,31% do volume O subsistema
Sul registra 30,31% do volume, uma redução de 0,5% em um dia. A hidrelétrica
de Machadinho está com 11,97% da capacidade. (Canal Energia - 09.10.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Ministra das Minas e Energia quer 2 novas refinarias até 2013 O Brasil vai precisar de pelo menos duas novas refinarias de petróleo até 2013. A informação foi dada ontem pela ministra Rousseff, a investidores noruegueses no Rio. Antes, estimava-se que apenas um novo empreendimento, já em estudo pela Petrobras, resolvesse a questão do abastecimento de derivados no País. Dilma disse que a primeira refinaria terá de ficar pronta até 2008. Este investimento já consta do planejamento estratégico da Petrobras para o período 2003-2007. A empresa, porém, quer ser sócia minoritária no projeto e espera a manifestação de outros investidores interessados. Enquanto isso, visita os estados que querem sediar a refinaria para avaliar qual será a melhor localização. A segunda refinaria, disse a ministra, deverá ficar pronta entre 2012 e 2013 para, "mesmo que não cheguemos a 100% da demanda, consigamos aumentar a disponibilidade de derivados produzidos no Brasil". Dilma alertou para o problema da concentração do refino nos estados do Sul-Sudeste. "Há uma dispersão de refino no Nordeste e um vazio no Centro-Oeste", afirmou, sem dar detalhes de qual seria a capacidade ou de onde viriam os recursos para esta segunda unidade. (Tribuna da Imprensa - 10.10.2003) 2 Definida a data para nova licitação de blocos pela ANP A sexta
rodada de licitação de áreas de exploração de petróleo ocorrerá em junho
do ano que vem, com três grupos de blocos distintos. O primeiro grupo
terá os blocos devolvidos pela Petrobras, os chamados "blocos dourados"
da "rodada zero", escolhidos por terem grande potencial de descobertas
e também pela capacidade de atrair investidores de porte nacionais e estrangeiros.
Outro grupo será composto pelos blocos maduros, já em produção, deverá
atrair pequenas e médias empresas. Um terceiro grupo prevê a inclusão
de blocos considerados de fronteiras tecnológicas. O objetivo é atrair
investimentos em tecnologia. As informações sobre o leilão foram dadas
ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, num ato que marcou
a nova postura do ministério e da ANP em relação às licitações. Até então,
a agência era o órgão responsável pela condução das licitações de blocos
para exploração e definia as áreas que seriam licitadas. Mas, segundo
Dilma, o TCU vinha exigindo que a atribuição de indicar as condições políticas
de uso das reservas ficasse a cargo do CNPE. (Gazeta Mercantil - 10.10.2003) 3 Nova legislação para a área de gás Na área
de gás, Dilma Rousseff afirmou que o ministério está trabalhando em mudanças
na legislação do setor. "As regras atuais são incipientes. Precisam ser
aprimoradas", disse a ministra. "Não somos a favor de inviabilizar o setor
privado em gasodutos". Ela ressaltou o interesse do governo no Programa
de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp),
que está sendo desenhado entre o ministério e as entidades de classe.
O objetivo do programa, segundo ela, é criar um ambiente que permita o
aumento da participação do conteúdo nacional de 60% para 80% até 2007.
(Gazeta Mercantil - 10.10.2003) 4 Petrobras faz parceria com norueguesa Statoil A Petrobras
e a norueguesa Statoil assinam hoje um memorando de entendimento para
estabelecer futuras parcerias. O documento prevê a intenção das duas empresas
de estudar potenciais participações conjuntas em projetos de exploração
e produção de petróleo, de liquefação e comercialização de gás natural,
de tecnologia de saúde e meio ambiente. Além disso, as duas companhias
se comprometem a buscar oportunidades conjuntas de desenvolvimento da
indústria de construção e de serviços de petróleo no Brasil, e também
de aumento de competitividade. O protocolo de intenções tem um prazo de
90 dias. Durante esse período, as empresas vão estudar os projetos e,
terminado o prazo, apresentarão suas propostas. Ontem, o ministro de Petróleo
e Energia da Noruega, Einar Steensnaes, enfatizou o interesse do seu país
em investir no Brasil. O total poderá atingir US$ 5,7 bilhões até 2007.
"Temos interesse em aumentar nossa presença no Brasil, um país promissor",
disse. "Discordo totalmente de quem considere o Brasil pouco interessante
para investimentos". (Gazeta Mercantil - 10.10.2003) 5 Governo norueguês quer regras claras para investir O ministro de Petróleo e Energia da Noruega, Einar Steensnaes, defende dois princípios: a fixação de regras claras e a possibilidade de as empresas norueguesas atuarem em águas brasileiras utilizando sua tecnologia de exploração em águas profundas. "O Brasil tem condições parecidas com a da Noruega e a exploração em águas profundas é uma questão a ser resolvida pela nossa tecnologia", disse. Ele não considerou a tributação sobre o setor de petróleo e a obrigatoriedade de percentuais mínimos de utilização de componentes nacionais entraves para os investimentos noruegueses. "No nosso país vivemos as duas situações", disse. Em relação aos impostos, o ministro lembrou que as alíquotas na Noruega são elevadas. Já quanto à exigência da participação de componentes nacionais, Steensnaes considerou correta a postura do governo brasileiro. "A Noruega adota regras semelhantes a essas. O Brasil tem que se capacitar tecnologicamente", disse. Fez, entretanto, uma ressalva: "O país deve levar em conta as demandas dos investidores e avaliar até que ponto existe a possibilidade de aumento de custos em função dessa exigência". (Gazeta Mercantil - 10.10.2003) 6 El Paso desiste de vender participação no Gasbol A El Paso desistiu de vender sua participação no gasoduto Gasbol por falta de interessados e pelas boas perspectivas para o segmento de gás natural no Brasil. A empresa americana havia anunciado a intenção de se desfazer de sua participação em fevereiro. A BBPP tem 29% da TBG, empresa que opera o trecho brasileiro do Gasbol. A nova estratégia da El Paso na área, segundo o diretor de comercialização de gás e petróleo, Edson Real, é buscar alternativas para vender o gás descoberto no bloco BS-1, na bacia de Santos, e no sul da Bahia, que totalizam 12,6 bilhões de m3 de reservas provadas e prováveis. Mas ele aponta dificuldades para desenvolver a produção nesses campos. "A estratégia de comercialização vai depender do tamanho das reservas, dos investimentos necessários e do nível de produção. Com isso vamos ter uma idéia do preço e da competitividade para suprir novos mercados do Sudeste", explica. (Valor - 10.10.2003) 7 El Paso: Mudanças nas normas podem desestimular investimentos O diretor de comercialização de gás e petróleo da El Paso, Edson Real, adverte, que as mudanças nas normas de acesso aos gasodutos, cujas portarias foram colocadas em audiência pública pela ANP, podem se tornar um "desestímulo" à produção de gás no país. Na avaliação do executivo, as portarias são um retrocesso. A agência introduziu os conceitos de mercados emergentes e de nova instalação de transporte, dando exclusividade de acesso, por oito anos e quatro anos, respectivamente, para o investidor sem obrigá-lo a dar acesso. "As empresas que apostaram em exploração de petróleo e gás acreditaram que teriam acesso aos mercados. E no caso do gás essa é a condição principal, já que um gasoduto é um monopólio natural e quem tem acesso a ele domina o mercado. Por isso todo gasoduto deve ser sujeito a livre acesso", afirma Real. Ele discorda da crítica manifestada pela nova direção da Petrobras, que acusa os concorrentes de quererem se beneficiar de investimentos feitos com o dinheiro da estatal. Real acrescenta que o fato de a comercialização ser monopólio das distribuidoras estaduais já é "proteção suficiente" para o investidor do gasoduto, já que ele só fará o investimento se tiver um contrato com a distribuidora. "E com um contrato, a distribuidora não pode comprar de outro", diz. (Valor - 10.10.2003) Economia Brasileira Guido Mantega apresentará na próxima terça, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a versão final do projeto do PPP. Antes de enviar ao Congresso, Mantega quer debater o projeto com os empresários do Conselho. José Augusto Marques, da Abdib, que teve acesso à versão do texto, diz que o principal avanço é se tratar de um projeto "generalista", que permite que regulações específicas sejam estabelecidas a partir de cada edital de parceria. (Folha de São Paulo - 10.10.2003) 2 BNDES pede ao governo R$ 25 bi para aumentar oferta de crédito O presidente do BNDES, Carlos Lessa, pediu ontem ao governo um reforço no capital do banco de R$ 25 bilhões para fazer frente aos novos investimentos industriais. Lessa defendeu o reforço orçamentário durante encontro do qual participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros José Dirceu, Palocci, Guido Mantega e Luiz Fernando Furlan, além de Cássio Casseb (Banco do Brasil) e Jorge Matoso (Caixa Econômica Federal). Dos R$ 25 bilhões, R$ 15 bilhões seriam obtidos por meio de recursos transferidos do Tesouro para o banco, R$ 5 bilhões do FAT e mais R$ 5 bilhões em ações de empresas estatais. O argumento de Lessa é que, nos últimos anos, o BNDES repassou praticamente todo o lucro que obteve para a União com o objetivo de o país poder cumprir as metas de superávit primário acertadas com o FMI. As metas foram cumpridas, mas, em contrapartida, o BNDES se descapitalizou. Com a capitalização do BNDES, Lessa afirma que não só o banco vai adequar sua estrutura de capital às regras de Basiléia como também terá condições de ser o indutor de uma nova fase de investimentos na economia. O BNDES defende um plano de investimentos voltados principalmente para infra-estrutura de cerca de 7% do PIB por ano para o país. Na década de 70, o país chegou a investir cerca de 11% do PIB ao ano. (Folha de São Paulo - 10.10.2003) 3 Saldo de transações correntes volta a apresentar superávit O governo já conta com um superávit nas transações correntes do balanço de pagamentos, neste ano, de cerca de US$ 1 bilhão. Foi uma virada espetacular das contas externas, equivalente a um ajuste de US$ 8,7 bilhões, considerando que no ano passado houve um déficit de US$ 7,69 bilhões. A última vez que o país teve superávit em transações correntes foi em 1992. Quando divulgou as novas projeções para o balanço de pagamentos para 2003 e 2004, no mês passado, o BC ainda optou por colocar uma estimativa de déficit de US$ 1,2 bilhão este ano, que corresponderia a 0,28% do PIB. Foi uma conta conservadora, fundamentada num forte aumento das importações no último trimestre do ano, que não ocorrerá. Pelas contas do BC, as exportações encerrarão o ano em US$ 68,5 bilhões, as importações poderiam ter um crescimento de 14% entre outubro e dezembro, chegando a US$ 48 bilhões, e o saldo comercial ficaria, assim, em US$ 20,5 bilhões. (Valor - 10.10.2003) 4
Ipea: Retomada ajudará na obtenção de superávit Por causa
das altas dos alimentos e das tarifas públicas, a inflação de setembro,
medida pelo IPCA, subiu para 0,78% (a maior desde o 0,97% de abril). Em
agosto, a taxa havia sido 0,44 ponto percentual menor: 0,34%. Com o resultado,
o índice oficial do governo atingiu 8,05% no acumulado do ano, apenas
0,45 ponto abaixo da meta ajustada para o ano todo, de 8,50%. Apesar do
aumento, o IBGE considera que não há descontrole inflacionário, pois foram
poucos os preços responsáveis pela alta. São eles: tarifas de telefone
e água e esgoto, combustíveis e alguns alimentos (carnes). "Não se trata
de aumento generalizado. O que subiu foi uma lista pequena de produtos.
O problema é que eles têm um peso grande", disse Eulina Nunes dos Santos,
gerente dos índices de preços do IBGE. Especialistas disseram apesar do
"estouro" quase certo da meta, a trajetória da inflação nos próximos meses
é declinante. (Folha de São Paulo - 10.10.2003) 6 IGP-DI de setembro ficou em 1,05% O IGP -DI
de setembro registrou inflação de 1,05%, contra 0,62% de agosto. No ano,
o IGP-DI acumula alta de 6,05% e, nos últimos 12 meses, de 20,13%. O IPA,
com peso de 60% na taxa total, apontou alta de 1,29%, contra inflação
de 0,70% em agosto. O IPC, responsável por 30% do cálculo, saiu de uma
alta de 0,13% em agosto para 0,76% em setembro. Já o INCC, que representa
10 % do total do IGP-DI , teve elevação de 0,22%, ante alta de 1,44% em
agosto. (O Globo - 10.10.2003) O mercado de câmbio continua comprador e mantém o dólar em leve alta nos negócios desta manhã. Às 11h42m, a moeda americana era cotada a R$ 2,842 na compra e R$ 2,844 na venda, com valorização de 0,38%. Ontem, o dólar comercial fechou em queda de 0,49%, a R$ 2,8300 na compra e a R$ 2,8330 na venda, menor patamar desde 3 de julho. (O Globo On Line e Valor Online - 10.10.2003)
Internacional 1 México pode ter projeto eólico de US$ 80 mi A empresa
mexicana de engenharia Deproe e sua parceira francesa SIIF Energies pretendem
iniciar até o final do ano a construção de um projeto de energia eólica
de US$ 80 milhões no estado de Oaxaca, informou o diretor de projetos
da Deproe, Ricardo Whaley. A Siif e a Deproe têm, respectivamente, participações
de 75% e 25% no empreendimento conjunto. A CFE, estatal mexicana de energia,
e a CRÊ, agência reguladora do setor, aprovaram o projeto, que envolve
o fornecimento de 290 GWh por ano para quatro municípios no estado do
México, que consomem anualmente 262 GWh, disse Whaley. O projeto irá vender
os excedentes de energia para a CFE. O projeto tem capacidade máxima de
180 MW, mas vai começar com 67,5 MW. O equilíbrio será atingido à medida
que mais municípios ingressarem como clientes. O Banobras, banco estatal
de obras públicas, e a empresa francesa Credit Agricole Indosuez vão financiar
31% e 39% do projeto, respectivamente, e o capital do projeto financiará
o saldo. A construção deve durar 10-12 meses, e inclui 9km de linhas de
transmissão. (Business News Americas - 10.10.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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