l

IFE: nº 1.207 - 02 de outubro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Diretor da Abar critica contrato de gestão
2 Desconto nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão pode causar desequilíbrio das distribuidoras
3 MP sobre programa das distribuidoras continua trancada na pauta do Senado
4 Governo adia chamada pública do Proinfa para final de novembro
5 Governo do RJ levanta potencial de geração por fontes alternativas
6 Governo do RJ espera regulação do Proinfa
7 Pesquisa aponta principais preocupação de investidores em PCHs
8 Pesquisa CndPCH: setor de PCH precisa de incentivos do governo
9 Aneel declara utilidade pública de terras para a instalação de linhas de transmissão
10 STJ deve se posicionar a favor do corte de energia por inadimplência
11 Empresas eletrointensivas repassam custos do reajuste do seguro antiapagão
12 Furnas coordena XI Sepef este ano, no RJ
13 Curtas

Empresas
1 CPFL Energia planeja abertura de capital em 2004
2 Contribuições para audiências públicas da revisão tarifária da Cemat, Enersul, Cemig e CPFL são analisadas pela Aneel
3 Celg renegocia R$ 1 bi em dívidas com a Eletrobrás
4 Ceal inaugura subestação Maragogi
5 Energia Regenerativa recebe autorização para construção de cinco usinas eólicas no RS
6 NEG Micon investe US$ 16 mi na implantação de fábrica de hélices em Pernambuco
7 Trabalho da CESP é premiado em seminário internacional
8 Abengoa investe US$ 140 mi no Brasil
9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Hidrelétricas de SC continuam em estado crítico
2 Sul registra alta de 8,98% no consumo
3 Região Norte registra 46,97% da capacidade
4 Volume do Subsistema Nordeste fica 18,78% acima da curva de aversão
5 Nível do Subsistema SE/CO tem queda de 0,28%
6 Nível da região Sul fica em 33,57%
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Rigotto confirma investimento alemão no projeto Seival
2 Termelétrica Fortaleza inicia fase de testes para operação
3 Técnicos da Petrobras vão analisar a infra-estrutura dos estados candidatos a instalação de refinaria
4 Copec nega interesse na venda de ativos para a Petrobras
5 Curtas

Grandes Consumidores
1 CST alcança recorde mundial

Economia Brasileira
1 Lessa acha que BNDES terá aporte do Tesouro
2 Lessa: Os spreads para a indústria vão cair
3 Governo enfrenta desafio de aumentar reservas

4 Não há intervenção no mercado de câmbio, garante Levy
5 Saldo comercial é recorde e pode ir a US$ 22 bi
6 País pode ter superávit com o exterior, diz Ipea
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 BE chega a acordo com credores para reestruturação de dívida

Biblioteca Virtual do SEE
1 VEIGA, Daniel da Silva; FONSECA, Vinicius Mendonça. "Análise do consumo de energia elétrica no Brasil" Dezembro 2002. Monografia - Curso de graduação em Estatística, Escola Nacional de Ciências Estatísticas/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, 2002 - 94 páginas

 

Reestruturação e Regulação

1 Diretor da Abar critica contrato de gestão

O diretor da Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar), Marco Antonio Leite, fez ontem duras críticas a dois pontos dos anteprojetos de lei que propõe a reestruturação dos órgãos reguladores: ao contrato de gestão e à ouvidoria. Segundo Marco Antonio Leite, o contrato de gestão, na forma em que está sendo proposta pelo governo, pode ser "um cavalo de tróia" porque, explicou, colocaria as agências em uma situação de dependência total dos ministérios. Na proposta do governo, segundo Leite, o contrato de gestão estabelece penalidades somente para as agências e deixa de determinar punições para os ministérios por eventuais contingenciamentos ou não repasse de recursos. O diretor da Abar disse ainda que o ouvidor, da forma como está sendo proposto pelo governo, assumiria a função de um controlador do Executivo dentro das agências reguladoras. Segundo ele, os anteprojetos não estabelecem critérios para a escolha do ouvidor e não prevêem que a indicação do ouvidor seja submetida ao Legislativo. (Estado de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

2 Desconto nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão pode causar desequilíbrio das distribuidoras

Apesar de resolver a pendência em torno dos beneficiados com desconto nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, a Medida Provisória nº 127, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados como projeto de lei de conversão nº 24, pode abrir espaço para reclamações das distribuidoras. Isso porque o projeto não deixa claro os mecanismos a serem adotados para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das distribuidoras. Segundo Ivo Pugnaloni, superintendente da Enercons, o governo acertou ao conceder o desconto para a produção e consumo, mas é preciso definir regras que mantenham o equilíbrio financeiro das concessionárias que sejam afetadas pela medida. "A lei e a medida provisória falharam, pois não deixaram claro como seria feita essa compensação para as distribuidoras", lamenta. Ele diz que uma das saídas seria o rateio do custo do serviço de distribuição por todos os consumidores cativos. Outra possibilidade seria a utilização dos recursos da CDE para cobrir as diferenças desses custos. De acordo com Ricardo Pigatto, presidente da APMPE, a distribuidora só poderá ser compensada se ficar comprovada que ela foi prejudicada pela medida. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

3 MP sobre programa das distribuidoras continua trancada na pauta do Senado

O projeto de conversão da Medida Provisória 24, que institui o Programa Emergencial de Apoio às Distribuidoras de Energia, do BNDES, não foi votado nesta quarta-feira, dia 1° de outubro, no plenário do Senado Federal, como era previsto. Em razão disso, a pauta do Senado - incluindo a votação sobre o setor elétrico - continua trancada. Além de regulamentar o plano de capitalização das distribuidoras, a MP 24, aprovada semana passada na Câmara dos Deputados, prevê incentivos para a universalização dos serviços de energia elétrica, além de destinar recursos para a eletrificação rural. Esses dois itens foram incluídos no texto da MP pelo senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), que hoje pediu apoio para aprovação do texto. Segundo ele, caso a proposta seja aprovada, o país poderá antecipar um programa de metas de universalização até 2008. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

4 Governo adia chamada pública do Proinfa para final de novembro

A chamada pública do Proinfa só sairá no final de novembro. Inicialmente, a chamada pública estava prevista para acontecer até o final do mês de outubro. Segundo Laura Porto, diretora de Energias Renováveis do Ministério de Minas e Energia, o processo foi adiado porque o governo está finalizando detalhes para a promulgação de uma lei que vai detalhar pontos do programa. A expectativa, disse ela, é que essa lei seja promulgada já nas próximas semanas. Depois disso, será lançado um decreto regulamentando a lei. Com isso, explicou a diretora, "a nova lei vai assegurar que os 3,3 mil MW do Proinfa sejam comercializados pela Eletrobrás", afirma Porto. Ela confirmou ainda que os recursos da CDE somente serão utilizados para o programa de universalização. Assim, a segunda etapa do Proinfa ficará descoberta de recursos oriundos da CDE. Pela lei 10.438/02, o programa de fontes alternativas também terá direito aos recursos da conta na segunda etapa. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

5 Governo do RJ levanta potencial de geração por fontes alternativas

O governo do Rio de Janeiro está fazendo um levantamento do potencial de geração de energia por fontes alternativas no estado. O mapeamento leva em consideração as fontes de pequenas centrais hidrelétricas, eólica e biomassa. Na área de PCH, o estado tem um potencial de 300 MW a 400 MW para rápida implementação, o que representaria de 5% a 8% da demanda do estado. No entanto, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o potencial é grande, mas muitas centrais foram abandonadas ao longo dos anos pelos empreendedores. Junto com o mapeamento, o governo estadual também está avaliando a quantidade de usinas que podem ser implantadas. Por enquanto, o levantamento mostra que cerca de quatro usinas - na faixa de 30 MW - podem ser implementadas imediatamente. Na área de eólica, o potencial já mapeado revela que o volume pode chegar a 300 MW. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

6 Governo do RJ espera regulação do Proinfa

Na área de biomassa, Victer diz que o potencial se concentra no Norte Fluminense, mas não chega ao potencial do estado de São Paulo que, hoje, está perto de seis mil MW. "Ainda temos que esperar o Proinfa para ver quais projetos se viabilizarão", afirma ele. O secretário destaca ainda a aplicação do gás natural no estado. De acordo com ele, hoje, o Rio de Janeiro tem a maior aplicação do insumo em sua matriz energética. No Brasil, o gás natural responde por 3% a 4%. Já no Rio, esse índice está próximo de 15%. "O país só deve alcançar esse percentual entre 2012 e 2014", prevê. Victer diz que as áreas que têm contribuído para o uso do gás natural no estado são a de geração distribuída e de cogeração. Ele cita o uso da geração distribuída em regiões isoladas do estado, como Paraty. Nesta cidade, o governo tem um programa de implantação de energia solar. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

7 Pesquisa aponta principais preocupação de investidores em PCHs

Os investidores das Pequenas Centrais Hidrelétricas estão preocupados com questões relacionadas à comercialização de energia elétrica. Esse é um dos resultados apontados por uma pesquisa respondida por cerca de 70 participantes do Fórum "PCH e Investimentos", promovido pelo Centro Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (CndPCH). Quando questionados sobre qual o maior "gargalo" para o mercado de PCH atualmente, 40,4% disseram que é a comercialização da energia, outros 28,5% apontaram o item "indefinições do Proinfa" e 16,6% indicaram o licenciamento ambiental. Segundo Jorge Sampaio, diretor de desenvolvimento de novos negócios do CndPCH, a falta de definição de regras para a comercialização do Proinfa gerou problemas para a obtenção de financiamentos e, conseqüentemente, paralisou os projetos. "Sem a definição das regras, nenhum órgão financiador libera recursos", afirma. Ele explica que na lei que estabeleceu o programa, aprovada em abril do ano passado, constava que a Eletrobrás garantiria, por 15 anos, a compra da energia gerada pelas PCHs. Na regulamentação da lei, feita em dezembro de 2002, o texto afirma que a estatal apenas repassará para as empresas o valor recebido das distribuidoras. "Além de criar uma contradição, essa mudança gerou um impasse nos projetos, porque se a distribuidora não pagar, o fluxo de caixa da PCH fica comprometido", disse. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003)

<topo>

8 Pesquisa CndPCH: setor de PCH precisa de incentivos do governo

Diante dessas perspectivas, 91% dos entrevistados pela CndPCH afirmaram que o mercado de PCH necessita efetivamente de incentivos por parte do governo. Para 65,4%, o Proinfa viabilizaria os investimentos necessários e 72,7% afirmam acreditar que o governo vai implementar o programa. De outro lado, as indefinições fizeram com que os entrevistados fizessem uma má avaliação de instituições governamentais. O BNDES recebeu nota 4,54, o MME, 4,57, a Eletrobrás, 5,65, e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 5,71. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003)


<topo>

9 Aneel declara utilidade pública de terras para a instalação de linhas de transmissão

A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terra destinadas à passagem das linhas de transmissão Santa Marta-Lagoa Vermelha/Guaporé e Santa Marta-Capingui, da CEEE; e Tauá-Parambu, da Coelce. As linhas da CEEE estão localizadas em Passo Fundo (RS), e as da Coelce nos municípios de Tauá e Parambu (CE). Também foi declarada a utilidade pública de terras necessárias à construção da PCH São Joaquim, no município da Alfredo Chaves (ES). Com potência instalada de 21 MW, a usina será construída pela empresa Eletroriver S.A. (NUCA - 02.10.2003)

<topo>

10 STJ deve se posicionar a favor do corte de energia por inadimplência

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está a um passo de firmar entendimento favorável ao corte no fornecimento de energia elétrica por inadimplência do usuário. A decisão será tomada pela 1ª Seção do tribunal, que reúne as duas Turmas encarregadas de aplicar o direito público (Primeira e Segunda). Embora tivessem oportunidade de examinar e definir a questão apresentada pelo ministro Humberto Gomes de Barros ontem à tarde, os componentes da Corte Especial optaram por delegar a decisão à 1ª Seção. Além das duas Turmas da 1ª Seção, também há divergências sobre a possibilidade do corte em decisões proferidas pela Quarta Turma do STJ. O ministro Franciulli Netto constatou que o corte com prévia notificação do usuário inadimplente será o entendimento firmado no STJ dentro de pouco tempo. Ele lembrou que as decisões da Segunda Turma são unânimes em favor do corte e que a Primeira Turma só tem dois votos contrários. Assim, quando as duas Turmas se reunirem para apreciar o caso em seção, o resultado provável do julgamento será de sete votos a favor do corte contra dois. Como a Quarta Turma também é favorável, se encerrará a divergência no STJ. (Valor - 02.10.2003)

<topo>

11 Empresas eletrointensivas repassam custos do reajuste do seguro antiapagão

O aumento do Encargo de Capacidade Emergencial de 28,46%, anunciado na última sexta-feira, (26.09), começa a provocar um efeito dominó no mercado. As empresas eletrointensivas, que têm na energia elétrica seu maior insumo, estão repassando o reajuste do encargo, mais conhecido como seguro antiapagão, para seus produtos. A White Martins, terceira maior consumidora de energia elétrica do País, publicou ontem um comunicado nos jornais avisando que repassará os novos custos aos preços dos gases industriais e medicinais. O exemplo deve ser seguido por outras empresas eletrointensivas. Segundo o diretor executivo da White Martins para o Norte/Nordeste, Jorge Reis, o aumento que será repassado para os clientes da empresa em Pernambuco é da ordem de 2%. Em outros estados, o repasse dos novos custos está variando de 1,8% a 2,5%. "Todo eletrointensivo terá aumento de custos e é natural que repassem para seus clientes", comenta o vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. (Diário de Pernambuco - 02.10.2003)

<topo>

12 Furnas coordena XI Sepef este ano, no RJ

Furnas vai coordenar este ano o XI Sepef (Seminário de Planejamento Econômico-Financeiro do Setor Elétrico). O evento acontecerá nos dias 14 a 17 de outubro, no Club Med, no Rio de Janeiro. O seminário, voltado para todos os agentes do setor, vai abordar temas ligados ao novo modelo do setor elétrico. Entre os assuntos que serão abordados destacam-se alternativas de financiamento para o setor, novas fontes de financiamento, estrutura tarifária dentro da proposta do novo modelo para o setor e perspectiva de desenvolvimento da infra-estrutura nacional. Para debater esses temas, o evento contará com a participação de bancos, como o Banco do Brasil e o BNDES, e de agentes de infra-estrutura, como Abdib e Eletrobrás. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

13 Curtas

A Aneel autorizou a ampliação, de 9,2 para 9,8 MW, da capacidade instalada da PCH Furnas do Segredo. Localizada no município de Jaguari (RS), a usina tem como controlador a empresa Jaguari Energética S.A. (NUCA - 02.10.2003)

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr. empunha a bandeira de que o Brasil precisa investir em infra-estrutura, especialmente em geração de energia para evitar um novo apagão. (Valor - 02.10.2003)

<topo>

 

Empresas

1 CPFL Energia planeja abertura de capital em 2004

A CPFL Energia, maior investidor privado nacional no setor elétrico, planeja abrir seu capital em 2004, na bolsa brasileira e em Nova York. Quer captar R$ 1,5 bilhão, ou US$ 500 milhões, e "fisgar" um ou mais sócios. Com capital 100% nacional, a CPFL Brasil é controlada pela VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Correa), que detém 45,3%. Mas, antes de estrear no mercado de ações, a companhia terá de equacionar suas dívidas. "O maior desafio deste ano era resolver a dívida de R$ 1,8 bilhão que vencia no curto prazo", diz Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL Energia. Em abril, a CPFL recorreu aos controladores, que fizeram uma capitalização de R$ 800 milhões. Ganhou mais fôlego ao emitir novas debêntures, no valor R$ 900 milhões, com repactuação em um ano e meio. E, além disso, vendeu participação em dois projetos de usinas hidrelétricas ainda em construção: Barra Grande e Campos Novos. Ferreira Jr justifica que a exposição da empresa no curto prazo deu-se porque o grupo manteve os investimentos em geração, mesmo depois da ressaca do racionamento. Ressalta que para não atrasar o pagamento de fornecedores, a empresa foi ao mercado buscar recursos no curto prazo. A empresa ainda espera a liberação do BNDES de recursos referentes a variação do dólar da energia comprada compulsoriamente de Itaipu. (Valor - 02.10.2003)

<topo>

2 Contribuições para audiências públicas da revisão tarifária da Cemat, Enersul, Cemig e CPFL são analisadas pela Aneel

Interessados que apresentaram contribuições e comentários durante a fase de audiência pública do processo de Revisão Tarifária Periódica das distribuidoras Cemat, Enersul, Cemig e CPFL já podem acessar as respostas da Aneel no site da Agência (www.aneel.gov.br), link "Audiências Públicas". Segundo a agencia, as respostas às contribuições e aos comentários realizados durante as audiências públicas que trataram da revisão tarifária das quatro empresas fazem parte da filosofia da Aneel de dar transparência aos seus atos e de permitir a participação direta da sociedade (agentes, consumidores etc) na discussão dos regulamentos por ela emitidos. A Aneel também tornará públicas as respostas às contribuições recebidas durante as audiências das outras 13 distribuidoras que este ano passam pela Revisão Tarifária Periódica. (NUCA - 02.10.2003)

<topo>

3 Celg renegocia R$ 1 bi em dívidas com a Eletrobrás

O presidente da Celg, José Paulo Loureiro, anunciou ontem que a empresa renegociou todas as suas dívidas pendentes com a Eletrobrás. O acordo coloca termo em um montante de R$ 1,060 bilhão que a empresa tinha de passivo com o setor energético e que equaliza todas as pendências. José Paulo disse que "a empresa conseguiu significativos descontos de valores que estava pleiteando e que estava dificultando o fechamento do acordo, que foi histórico para a Celg". Esse acordo teve um efeito maior que o esperado. A razão é que o Estado de Goiás, acionista majoritário da Celg, não precisou se comprometer em nada. "O Estado não terá que prestar nenhuma contrapartida que importe em despesa para essa renegociação das dívidas da empresa, um demonstrativo de que a Celg está viabilizada e pode caminhar com as próprias pernas. A empresa pode pagar e está se garantindo", ressaltou o presidente. A boa notícia disso é que a Celg deverá comprometer pouco mais de 6% de seu faturamento com o pagamento dessas dívidas nos próximos 15 anos. Um reflexo direto disso é que a empresa fica com grande parte de seu ativo disponibilizado para novos investimentos que deixaram de ser feitos nos últimos cinco anos. (Diário da Manhã - 02.10.2003)

<topo>

4 Ceal inaugura subestação Maragogi

A Ceal investiu R$ 5 milhões na construção da subestação Maragogi, que solucionará os problemas de energia elétrica no litoral norte de Alagoas. O projeto inclui a implantação de uma linha de transmissão, em 69 kV, que liga o município de Porto Calvo a Maragogi. A operação da estação é totalmente informatizada, possuindo um sistema digital de proteção, medição e supervisão conectado à subestação do Pinheiro, em Maceió. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

5 Energia Regenerativa recebe autorização para construção de cinco usinas eólicas no RS

A empresa Energia Regenerativa do Brasil Ltda (ERB) foi autorizada pela Aneel a explorar, como produtora independente, cinco novas usinas eólicas no Rio Grande do Sul. Os empreendimentos terão, conjuntamente, potência instalada de 55,5 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade com 222,3 mil habitantes. O investimento estimado para construção das usinas é de R$ 138,7 milhões. As novas centrais deverão entrar em operação comercial até 15 de maio de 2005. Com essas autorizações, sobe para 21 o total de outorgas de eólicas expedidas este ano pela Aneel. (NUCA - 02.10.2003)

<topo>

6 NEG Micon investe US$ 16 mi na implantação de fábrica de hélices em Pernambuco

A empresa dinamarquesa NEG Micon anunciou, ontem, o investimento de US$ 16 milhões para a implantação de uma fábrica de pás (hélices) para produção de turbinas eólica. Esta é a segunda fábrica de componentes eólicos do Brasil. A empresa dinamarquesa será instalada numa área de 14 hectares do Complexo Industrial e Portuário de Suape e irá gerar 270 empregos diretos. Pernambuco foi escolhido pela NEG Micon pela localização portuária e por ser um estado nordestino, região extremamente envolvida no processo de geração de energia eólica. Segundo diretores da NEG Micon, já existem quatro empresas interessadas na aquisição das pás no País, mas apenas o aval do Proinfa poderá viabilizar a instalação da fábrica no Estado. "O Governo Federal se comprometeu a anunciar quais as empresas capacitadas para produzir energia, e é só desse retorno que precisamos para iniciar a construção da nossa fábrica", explica o diretor da NEG Micon, Oscar Balestro. (Folha de Pernambuco - 02.10.2003)

<topo>

7 Trabalho da CESP é premiado em seminário internacional

O trabalho Automação Digital na CESP com a Implantação de Sistemas de Supervisão, Controle, Monitoramento e Diagnóstico, produzido pela CESP, foi premiado em seminário promovido pela Comisión de Integración Energética Regional (Cier) na Colômbia. O trabalho foi escolhido pelo Comitê Organizador como o melhor trabalho, entre os 21 selecionados para serem apresentados nas seções técnicas da área de geração do Seminário Internacional de Manutenção e Serviços Associados em Sistemas Elétricos (Simse) Cier 2003. A CESP foi parabenizada pelo trabalho em comunicado enviado à Empresa pelo coordenador da Área de Geração do Comitê Brasileiro do Cier (Bracier), Edgar Félix de Oliveira Júnior. No comunicado ele registra que "o trabalho apresentado foi de excelente nível e, com certeza, em muito contribuiu para a elevação do nome da engenharia brasileira e da CESP". (NUCA - 02.10.2003)

<topo>

8 Abengoa investe US$ 140 mi no Brasil

O grupo industrial espanhol Abengoa fechou contrato no Brasil para construir e operar uma subestação elétrica e 370 km de linhas de transmissão, projeto que deve trazer investimento de US$ 140 milhões. O contrato, o quinto obtido pela empresa dentro do plano de investimentos do governo brasileiro, renderá à empresa US$ 463 milhões, derivados dos direitos de exploração. O projeto faz parte de concurso mais amplo convocado pela Aneel, do qual participaram mais de 40 companhias. (Folha de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

9 Curtas

A CPFL Energia está a um passo de ser contemplada, em R$ 450 milhões, no programa de capitalização das elétricas do BNDES. O que lhe ajudará a resolver as pendências com bancos privados, uma vez que o BNDES só libera os recursos após renegociação, por parte da empresa, de metade das dívidas com bancos privados. (Valor - 02.10.2003)

A Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral) realiza, no próximo sábado, a solenidade de inauguração da Usina Cascata das Andorinhas. Iniciada em 7 de maio de 2001, a construção da estrutura consumiu R$ 2,2 milhões. A queda natural de 142,65 metros possibilitou a potência nominal de 1 mil quilowatts, permitindo a geração de 8,760 milhões de quilowatts/ano. (Correio do Povo - 02.10.2003)

A Copel está instalando um laboratório para testar o uso dos chamados "softwares livres" - programas computacionais cujo acesso aos códigos-fonte é liberado. Os resultados obtidos vão validar a troca da plataforma tecnológica e a migração do atual sistema de licenças pagas para um software livre. (Gazeta do Povo - 02.10.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Hidrelétricas de SC continuam em estado crítico

A situação dos reservatórios de água para geração de energia elétrica em Santa Catarina se agrava, apesar das chuvas observadas nas últimas semanas. Para poupar água a hidrelétrica de Itá, com potência instalada de 1.450 MW, opera no momento com apenas uma de suas cinco máquinas nos horários normais em com três nos horários de pico. A usina de Machadinho, com potência de 1.140 MW, não produz energia desde 4 de setembro. Em Itá o reservatório está com 24,5% da capacidade. Em Machadinho, em somente 9,8%. "As últimas chuvas foram todas absorvidas pelo solo, em função da seca. Por isso, por enquanto a tendência continua sendo a piora da situação, já que não há no momento previsão de precipitação em nível suficiente para recompor as reservas", explica o hidrólogo Paulo Umezawa, do ONS. Ainda assim ele ressalva que por hora não há risco de desabastecimento, uma vez que o sistema elétrico nacional é interligado e a geração de energia no Sudeste garante o abastecimento das regiões onde a produção foi reduzida. Na avaliação do ONS nas atuais condições ainda é mais econômico usar a energia hidrelétrica disponível no Sudeste, já que a geração via termelétrica é mais cara. (A Noticia - 02.10.2003)

<topo>

2 Sul registra alta de 8,98% no consumo

O consumo no Sudeste/Centro-Oeste registra alta de 1,52% nos últimos sete dias. Na última terça-feira, dia 30 de setembro, o subsistema consumiu 26.697 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.467, o submercado acumula queda de 4,05% nos últimos sete dias.O subsistema Sul teve consumo de 7.585 MW médios, contra previsão de 6.637 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com alta de 8,98% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 6.570 MW médios, contra previsão de 6.006 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, a região registra queda de 3,26% nos últimos sete dias. No mesmo período, o subsistema acumula alta de 4,64% no consumo. O consumo na região Norte chegou a 2.720 MW médios, contra previsão de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula queda de 5,45% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

3 Região Norte registra 46,97% da capacidade

Os reservatórios do Subsistema Norte registram 46,97% da capacidade, uma redução de 0,62% em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 56,5% do volume. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

4 Volume do Subsistema Nordeste fica 18,78% acima da curva de aversão

A capacidade de armazenamento do Nordeste chega a 27,78%. O volume fica 18,78% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,21%, em relação ao dia 29 de setembro. A usina de Sobradinho registra 22,2% da capacidade. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

5 Nível do Subsistema SE/CO tem queda de 0,28%

O volume armazenado do Sudeste/Centro-Oeste está em 50,2%, ficando 30,2% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,28% em comparação com os dados do dia 29 de setembro. As hidrelétricas de Emborcação e Itumbiara apresentam índice de 64,73% e 60,38%, respectivamente. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

6 Nível da região Sul fica em 33,57%

O nível de armazenamento do Submercado Sul fica em 33,57%. O índice teve uma queda de 0,43% em relação ao dia 29 de setembro. A hidrelétrica de Salto Santiago registra 20,34% do volume. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Rigotto confirma investimento alemão no projeto Seival

O governador Germano Rigotto encerrou ontem o roteiro pela Europa com visita ao ministro-presidente do estado de Baden Württemberg, Erwin Teufel, e ao parlamento da região. Rigotto salientou que muitas das empresas visitadas estão investindo ou prontas para investir no Rio Grande do Sul. O governador gaúcho apontou como negócios concretizados a instalação de uma indústria de aerogeradores pela empresa espanhola Ecotecnia. A direção da Steag, empresa alemã que está investindo no projeto Seival, aportará US$ 800 milhões na usina termelétrica a carvão no Rio Grande do Sul. A empresa garantiu a Rigotto que irá estabelecer parceria com o governo federal para retomar a Usina de Candiota III, já que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, quer dar prioridade à termelétrica, que está parada há 20 anos. Rigotto pretende se encontrar com a ministra Dilma nos próximos dias para tratar da questão. (Correio do Povo - 02.10.2003)

<topo>

2 Termelétrica Fortaleza inicia fase de testes para operação

A Endesafortaleza, subsidiária da companhia espanhola controladora da termelétrica Fortaleza, concluiu na última sexta-feira, dia 26 de setembro, a sincronização do primeiro dos dois turbogeradores a gás natural da usina. A térmica operou pela primeira vez durante 45 minutos, conectada à rede básica e gerando com uma potência de 4 MW, segundo o programado. A sincronização do turbogerador com a rede de transmissão de 230 kV é uma das etapas para a entrada em operação comercial da usina. Nos próximos dias serão realizados novos testes, durante os quais o turbogerador atingirá sua capacidade máxima. O segundo turbogerador será testado em algumas semanas. Até o final do ano, a usina da Endesafortaleza entrará em operação comercial, com 310 MW. (Canal Energia - 01.10.2003)

<topo>

3 Técnicos da Petrobras vão analisar a infra-estrutura dos estados candidatos a instalação de refinaria

A Petrobras iniciou um trabalho de campo nos 12 Estados que se apresentaram como candidatos à instalação de uma nova refinaria de petróleo no país, informou ontem o presidente da empresa, José Eduardo Dutra. Segundo ele, se o governo não tomar uma decisão até o final do ano sobre a instalação da refinaria, a Petrobras pretende pelo menos fazer uma seleção prévia e reduzir o leque dos possíveis locais de instalação. Dutra assegurou que não há sequer uma decisão sobre em qual região a refinaria será instalada. "Os técnicos da Petrobras estão indo aos diversos Estados para analisar a infra-estrutura. Nossa expectativa é que até o fim do ano e início do ano que vem, se não chegarmos à definição, poderemos pelo menos afunilar os possíveis candidatos em função da análise técnica que vamos fazer". (Valor - 02.10.2003)

<topo>

4 Copec nega interesse na venda de ativos para a Petrobras

O conglomerado Compañia de Petroleos de Chile (Copec), negou, na terça-feira, qualquer interesse na venda de suas operações relativas a combustíveis, que foi desmembrada do grupo para constituir uma unidade à parte. Sua declaração, enviada à agência reguladora chilena SVS, contrasta com os comentários feitos na terça pelo diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que afirmou que a empresa está em conversações com a Copec e a estatal Enap para sua entrada no mercado chileno. A Copec "não tem nenhum interesse em vender sua unidade de combustíveis e lubrificantes, e tampouco existem negociações a este respeito", disse a companhia em seu documento divulgado no site da Bolsa em Santiago. A criação da unidade independente, que se deu ontem, foi feita "com o objetivo de otimizar sua participação no setor", acrescentou a Copec. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003)

<topo>

5 Curtas

A empresa Winimport S.A. foi autorizada a atuar como produtora independente com a implantação de uma usina termelétrica movida a resíduos de madeira, no município paranaense de Imbituva. A termelétrica Winimport terá capacidade instalada 7 MW. (NUCA - 02.10.2003)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 CST alcança recorde mundial

A CST registrou na manhã de ontem um recorde mundial na produção do alto forno 1, que atingiu 64,9 milhões de toneladas de gusa produzidas em uma única campanha (operação sem interrupções do equipamento) Segundo a empresa, a marca equivale "a maior produção acumulada na história da siderurgia, superando o alto forno 04 de Mizushima (Japão) que detinha o recorde anterior". O recorde não muda perspectivas de produção para este ano, mas é destaque também porque foi atingido antes de o alto forno 1 completar 20 anos de operação ininterrupta, iniciada em 30 de novembro de 1983. Nesse período, a produtividade média foi de 14.697,63 toneladas por m3 de volume interno, disse a empresa. (Estado de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Lessa acha que BNDES terá aporte do Tesouro

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, confirmou ontem que o BNDES deve receber um aporte de recursos do Tesouro Nacional, o que deve acontecer até o final do ano. Ele negou, porém, que a necessidade do socorro se deva ao prejuízo de R$ 2,1 bilhões acumulado pela instituição entre janeiro e agosto deste ano. "O BNDES não tem prejuízo", afirmou. Segundo Lessa, o resultado negativo obtido neste ano é apenas um reflexo das provisões de R$ 3,2 bilhões que o banco precisou fazer devido ao calote dado pela AES, controladora da Eletropaulo. Ele disse que o aporte de recursos é necessário porque o banco não aumenta seu patrimônio líquido há 20 anos. O BC impõe valores mínimos para o patrimônio das instituições financeiras. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, confirmou que negocia com o Ministério da Fazenda aumento de capital do BNDES. Segundo ele, as operações do banco passaram de R$ 100 bilhões para R$ 150 bilhões desde 1983, enquanto seu patrimônio se manteve em cerca de R$ 12 bilhões. (Folha de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

2 Lessa: Os spreads para a indústria vão cair

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, anunciou ontem, em reunião com representantes da indústria, em Brasília, medidas da nova política operacional do banco que contemplam a redução dos "spreads" nos financiamentos diretos e indiretos em um ponto percentual, em média, a partir do ano que vem. Com isso, o "spread" máximo para as operações diretas, hoje de 7,5% ao ano, cairá para 6,5% ao ano, e mínimo será de 1%. No caso das operações indiretas, os "spreads" ficarão entre 1,5% ao ano e 5,5% ao ano, mais o "spread" do agente financeiro. O "spread" varia de acordo com o porte da empresa, localização, origem do capital e finalidade do investimento. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003)

<topo>

3 Governo enfrenta desafio de aumentar reservas

O novo desafio da equipe econômica do governo, depois do sucesso em debelar a turbulência da transição de governo, é aumentar as reservas internacionais. Há quase um consenso entre economistas e analistas financeiros de que as reservas brasileiras permanecem em um nível muito baixo. Esta é a principal razão mencionada pelos que defendem a renovação do acordo com o FMI. O assunto às vezes confunde o público, por causa da diferença entre os conceitos de reservas brutas e líquidas. As reservas brutas do Brasil, que incluem um volume superior a US$ 30 bilhões de empréstimos do FMI, apresentavam o saldo robusto de US$ 52,7 bilhões em 30 de setembro. O que importa mesmo, quando se pensa na solidez econômica do Brasil no médio prazo, são as reservas líquidas, um colchão de moeda forte do País que o governo pode usar como bem entender. Segundo o economista Fábio Giambiagi, do BNDES, "para que estejamos em condições de, no futuro, deixar de ter um acordo com o FMI, mantendo uma situação sólida, precisamos de um nível de reservas líquidas bem superior ao atual". (Estado de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

4 Não há intervenção no mercado de câmbio, garante Levy

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, rechaçou ontem avaliações de analistas do mercado financeiro de que as compras de dólares do Tesouro no mercado interno signifiquem intervenção no mercado de câmbio. "Não é essa nossa intenção. Por isso estamos fazendo as compras da forma mais homogênea possível.", assegurou. O aumento dessas compras, a partir deste segundo semestre, tem sido interpretado como uma forma de intervenção indireta no mercado cambial, para evitar queda maior do dólar. Ao comprar mais do que o previsto, o Tesouro contribui para reduzir a oferta de dólares no mercado e evitar que o excesso de liquidez faça a taxa de câmbio desabar. Para analistas, a queda da cotação do real ante o dólar nos últimos meses teria sido bem maior sem as intervenções do Tesouro. Na direção oposta, Levy disse não acreditar que as compras de dólar estejam influenciando a cotação do dólar. De janeiro a setembro, ele comprou US$ 4,95 bilhões diretamente no mercado para honrar parte dos compromissos no exterior que vencem neste ano. Até dezembro, serão adquiridos mais US$ 700 milhões. O total é mais do que o dobro dos US$ 2,2 bilhões de compras previstas para 2003. (Estado de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

5 Saldo comercial é recorde e pode ir a US$ 22 bi

O ministro do Desenvolvimento Furlan, previu ontem um superávit comercial de US$ 22 bilhões para este ano, resultado de US$ 69 bilhões de exportações e de US$ 47 bilhões em importações. A nova projeção é superior à divulgada por Furlan no mês passado (US$ 20 bilhões) e à considerada pelo BC (US$ 20,5 bilhões). Levando-se em conta o saldo positivo acumulado de janeiro a setembro, de US$ 17,802 bilhões, o último trimestre do ano deverá fechar com superávit de apenas US$ 4,198 bilhões. O saldo positivo recorde na balança comercial de janeiro a setembro foi obtido graças ao recuo da atividade econômica no País, que impulsionou as exportações e provocou uma severa retração das importações ao longo do ano. Ao argumentar que os cálculos do seu ministério têm influenciado as estimativas do BC para o comércio exterior. (Estado de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

6 País pode ter superávit com o exterior, diz Ipea

O Ipea já admite que neste ano o Brasil possa vir a ter um superávit em conta corrente. O Ipea mantém a estimativa de que o país terá no ano déficit em conta corrente, calculado em US$ 1,6 bilhão, mas acrescenta um comentário: "É possível que o resultado final deste ano seja ainda menor, não podendo ser descartado até mesmo um pequeno superávit". A avaliação do Ipea é baseada no número de agosto divulgado na semana passada pelo BC. O país obteve um superávit em conta corrente de US$ 1,2 bilhão e passou a acumular um saldo positivo de US$ 2,5 bilhões de janeiro a agosto e de US$ 3,5 bilhões ao longo de 12 meses. O próprio BC reviu na semana passada sua estimativa de déficit em conta corrente neste ano de US$ 4,2 bilhões para US$ 1,2 bilhão, mas os técnicos e dirigentes do BC também não descartam a possibilidade de superávit. De acordo com a análise do Ipea, o que vem assegurando o resultado positivo neste ano na conta corrente do país é o desempenho da balança comercial, que acumulou superávit de US$ 17,8 bilhões até o final de setembro. (Folha de São Paulo - 02.10.2003)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio tem uma manhã bastante tranqüila e mantém o dólar em leve valorização, praticamente estável. Às 11h48m, a moeda americana era cotada a R$ 2,905 na compra e R$ 2,907 na venda, com avanço de 0,06%. Ontem, o dólar comercial terminou em alta de 0,44%, a R$ 2,9030 na compra e a R$ 2,9050 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 02.10.2003)

<topo>

 

Internacional

1 BE chega a acordo com credores para reestruturação de dívida

A British Energy informou que chegou a um acordo para os termos de uma proposta de reestruturação com alguns de seus credores e a secretaria de estado para comércio e indústria. Segundo a BE, a conclusão da reestruturação depende da aprovação por parte da Comissão Européia de um plano de auxílio estatal para a companhia. Essa permissão poderia ser conseguida em 2004. A BE havia chegado a um acordo preliminar com alguns credores, em 14 de fevereiro de 2003. Este acordo agora foi colocado em termos formais antes do prazo final (30/09) estipulado pelo governo no mês de setembro do ano passado. Enron Capital and Trade Europe Finance, Teesside Power, Total Gas and Power, Royal Bank of Scotland e British Nuclear Fuels foram os credores com os quais a BE chegou a um acordo. (Platts - 01.10.2003)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 VEIGA, Daniel da Silva; FONSECA, Vinicius Mendonça. "Análise do consumo de energia elétrica no Brasil" Dezembro 2002. Monografia - Curso de graduação em Estatística, Escola Nacional de Ciências Estatísticas/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, 2002 - 94 páginas

O objetivo deste trabalho é traçar um perfil da situação energética no país apontando, através do levantamento de dados históricos no período de 1980 a 2000, as principais características do sistema energético brasileiro, sua atual infra-estrutura e os principais motivos que originaram a crise no setor. Além disso, este trabalho procura desenvolver modelos que expliquem o consumo de energia elétrica (residencial e total) através de variáveis que influenciem este serviço, estimando principalmente as elasticidades preço e renda. Estes modelos são utilizados para realizar previsões do consumo de energia elétrica no período de 2002 a 2006. Porém, vale destacar que o exercício de projeção não objetiva somente quantificar os volumes demandados de eletricidade no futuro, mas também avaliar o comportamento que as variáveis explicativas do consumo teriam sob diferentes cenários considerados neste trabalho.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/mercado.htm

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás