l IFE:
nº 1.207 - 02 de outubro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Diretor da Abar critica contrato de gestão O diretor
da Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar), Marco Antonio
Leite, fez ontem duras críticas a dois pontos dos anteprojetos de lei
que propõe a reestruturação dos órgãos reguladores: ao contrato de gestão
e à ouvidoria. Segundo Marco Antonio Leite, o contrato de gestão, na forma
em que está sendo proposta pelo governo, pode ser "um cavalo de tróia"
porque, explicou, colocaria as agências em uma situação de dependência
total dos ministérios. Na proposta do governo, segundo Leite, o contrato
de gestão estabelece penalidades somente para as agências e deixa de determinar
punições para os ministérios por eventuais contingenciamentos ou não repasse
de recursos. O diretor da Abar disse ainda que o ouvidor, da forma como
está sendo proposto pelo governo, assumiria a função de um controlador
do Executivo dentro das agências reguladoras. Segundo ele, os anteprojetos
não estabelecem critérios para a escolha do ouvidor e não prevêem que
a indicação do ouvidor seja submetida ao Legislativo. (Estado de São Paulo
- 02.10.2003) 2 Desconto nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão pode causar desequilíbrio das distribuidoras Apesar de
resolver a pendência em torno dos beneficiados com desconto nas tarifas
de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, a Medida Provisória
nº 127, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados como projeto de
lei de conversão nº 24, pode abrir espaço para reclamações das distribuidoras.
Isso porque o projeto não deixa claro os mecanismos a serem adotados para
manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das distribuidoras.
Segundo Ivo Pugnaloni, superintendente da Enercons, o governo acertou
ao conceder o desconto para a produção e consumo, mas é preciso definir
regras que mantenham o equilíbrio financeiro das concessionárias que sejam
afetadas pela medida. "A lei e a medida provisória falharam, pois não
deixaram claro como seria feita essa compensação para as distribuidoras",
lamenta. Ele diz que uma das saídas seria o rateio do custo do serviço
de distribuição por todos os consumidores cativos. Outra possibilidade
seria a utilização dos recursos da CDE para cobrir as diferenças desses
custos. De acordo com Ricardo Pigatto, presidente da APMPE, a distribuidora
só poderá ser compensada se ficar comprovada que ela foi prejudicada pela
medida. (Canal Energia - 01.10.2003) 3 MP sobre programa das distribuidoras continua trancada na pauta do Senado O projeto
de conversão da Medida Provisória 24, que institui o Programa Emergencial
de Apoio às Distribuidoras de Energia, do BNDES, não foi votado nesta
quarta-feira, dia 1° de outubro, no plenário do Senado Federal, como era
previsto. Em razão disso, a pauta do Senado - incluindo a votação sobre
o setor elétrico - continua trancada. Além de regulamentar o plano de
capitalização das distribuidoras, a MP 24, aprovada semana passada na
Câmara dos Deputados, prevê incentivos para a universalização dos serviços
de energia elétrica, além de destinar recursos para a eletrificação rural.
Esses dois itens foram incluídos no texto da MP pelo senador Rodolpho
Tourinho (PFL-BA), que hoje pediu apoio para aprovação do texto. Segundo
ele, caso a proposta seja aprovada, o país poderá antecipar um programa
de metas de universalização até 2008. (Canal Energia - 01.10.2003) 4
Governo adia chamada pública do Proinfa para final de novembro 5 Governo do RJ levanta potencial de geração por fontes alternativas O governo
do Rio de Janeiro está fazendo um levantamento do potencial de geração
de energia por fontes alternativas no estado. O mapeamento leva em consideração
as fontes de pequenas centrais hidrelétricas, eólica e biomassa. Na área
de PCH, o estado tem um potencial de 300 MW a 400 MW para rápida implementação,
o que representaria de 5% a 8% da demanda do estado. No entanto, o secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o potencial é grande,
mas muitas centrais foram abandonadas ao longo dos anos pelos empreendedores.
Junto com o mapeamento, o governo estadual também está avaliando a quantidade
de usinas que podem ser implantadas. Por enquanto, o levantamento mostra
que cerca de quatro usinas - na faixa de 30 MW - podem ser implementadas
imediatamente. Na área de eólica, o potencial já mapeado revela que o
volume pode chegar a 300 MW. (Canal Energia - 01.10.2003) 6 Governo do RJ espera regulação do Proinfa Na área
de biomassa, Victer diz que o potencial se concentra no Norte Fluminense,
mas não chega ao potencial do estado de São Paulo que, hoje, está perto
de seis mil MW. "Ainda temos que esperar o Proinfa para ver quais projetos
se viabilizarão", afirma ele. O secretário destaca ainda a aplicação do
gás natural no estado. De acordo com ele, hoje, o Rio de Janeiro tem a
maior aplicação do insumo em sua matriz energética. No Brasil, o gás natural
responde por 3% a 4%. Já no Rio, esse índice está próximo de 15%. "O país
só deve alcançar esse percentual entre 2012 e 2014", prevê. Victer diz
que as áreas que têm contribuído para o uso do gás natural no estado são
a de geração distribuída e de cogeração. Ele cita o uso da geração distribuída
em regiões isoladas do estado, como Paraty. Nesta cidade, o governo tem
um programa de implantação de energia solar. (Canal Energia - 01.10.2003) 7 Pesquisa aponta principais preocupação de investidores em PCHs Os investidores das Pequenas Centrais Hidrelétricas estão preocupados com questões relacionadas à comercialização de energia elétrica. Esse é um dos resultados apontados por uma pesquisa respondida por cerca de 70 participantes do Fórum "PCH e Investimentos", promovido pelo Centro Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (CndPCH). Quando questionados sobre qual o maior "gargalo" para o mercado de PCH atualmente, 40,4% disseram que é a comercialização da energia, outros 28,5% apontaram o item "indefinições do Proinfa" e 16,6% indicaram o licenciamento ambiental. Segundo Jorge Sampaio, diretor de desenvolvimento de novos negócios do CndPCH, a falta de definição de regras para a comercialização do Proinfa gerou problemas para a obtenção de financiamentos e, conseqüentemente, paralisou os projetos. "Sem a definição das regras, nenhum órgão financiador libera recursos", afirma. Ele explica que na lei que estabeleceu o programa, aprovada em abril do ano passado, constava que a Eletrobrás garantiria, por 15 anos, a compra da energia gerada pelas PCHs. Na regulamentação da lei, feita em dezembro de 2002, o texto afirma que a estatal apenas repassará para as empresas o valor recebido das distribuidoras. "Além de criar uma contradição, essa mudança gerou um impasse nos projetos, porque se a distribuidora não pagar, o fluxo de caixa da PCH fica comprometido", disse. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003) 8
Pesquisa CndPCH: setor de PCH precisa de incentivos do governo 9 Aneel declara utilidade pública de terras para a instalação de linhas de transmissão A Aneel
declarou de utilidade pública faixas de terra destinadas à passagem das
linhas de transmissão Santa Marta-Lagoa Vermelha/Guaporé e Santa Marta-Capingui,
da CEEE; e Tauá-Parambu, da Coelce. As linhas da CEEE estão localizadas
em Passo Fundo (RS), e as da Coelce nos municípios de Tauá e Parambu (CE).
Também foi declarada a utilidade pública de terras necessárias à construção
da PCH São Joaquim, no município da Alfredo Chaves (ES). Com potência
instalada de 21 MW, a usina será construída pela empresa Eletroriver S.A.
(NUCA - 02.10.2003) 10
STJ deve se posicionar a favor do corte de energia por inadimplência 11 Empresas eletrointensivas repassam custos do reajuste do seguro antiapagão O aumento
do Encargo de Capacidade Emergencial de 28,46%, anunciado na última sexta-feira,
(26.09), começa a provocar um efeito dominó no mercado. As empresas eletrointensivas,
que têm na energia elétrica seu maior insumo, estão repassando o reajuste
do encargo, mais conhecido como seguro antiapagão, para seus produtos.
A White Martins, terceira maior consumidora de energia elétrica do País,
publicou ontem um comunicado nos jornais avisando que repassará os novos
custos aos preços dos gases industriais e medicinais. O exemplo deve ser
seguido por outras empresas eletrointensivas. Segundo o diretor executivo
da White Martins para o Norte/Nordeste, Jorge Reis, o aumento que será
repassado para os clientes da empresa em Pernambuco é da ordem de 2%.
Em outros estados, o repasse dos novos custos está variando de 1,8% a
2,5%. "Todo eletrointensivo terá aumento de custos e é natural que repassem
para seus clientes", comenta o vice-presidente da Federação das Indústrias
de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. (Diário de Pernambuco - 02.10.2003) 12 Furnas coordena XI Sepef este ano, no RJ Furnas vai
coordenar este ano o XI Sepef (Seminário de Planejamento Econômico-Financeiro
do Setor Elétrico). O evento acontecerá nos dias 14 a 17 de outubro, no
Club Med, no Rio de Janeiro. O seminário, voltado para todos os agentes
do setor, vai abordar temas ligados ao novo modelo do setor elétrico.
Entre os assuntos que serão abordados destacam-se alternativas de financiamento
para o setor, novas fontes de financiamento, estrutura tarifária dentro
da proposta do novo modelo para o setor e perspectiva de desenvolvimento
da infra-estrutura nacional. Para debater esses temas, o evento contará
com a participação de bancos, como o Banco do Brasil e o BNDES, e de agentes
de infra-estrutura, como Abdib e Eletrobrás. (Canal Energia - 01.10.2003) A Aneel
autorizou a ampliação, de 9,2 para 9,8 MW, da capacidade
instalada da PCH Furnas do Segredo. Localizada no município de
Jaguari (RS), a usina tem como controlador a empresa Jaguari Energética
S.A. (NUCA - 02.10.2003)
Empresas 1 CPFL Energia planeja abertura de capital em 2004 A CPFL Energia,
maior investidor privado nacional no setor elétrico, planeja abrir seu
capital em 2004, na bolsa brasileira e em Nova York. Quer captar R$ 1,5
bilhão, ou US$ 500 milhões, e "fisgar" um ou mais sócios. Com capital
100% nacional, a CPFL Brasil é controlada pela VBC (Votorantim, Bradesco
e Camargo Correa), que detém 45,3%. Mas, antes de estrear no mercado de
ações, a companhia terá de equacionar suas dívidas. "O maior desafio deste
ano era resolver a dívida de R$ 1,8 bilhão que vencia no curto prazo",
diz Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL Energia. Em abril, a CPFL
recorreu aos controladores, que fizeram uma capitalização de R$ 800 milhões.
Ganhou mais fôlego ao emitir novas debêntures, no valor R$ 900 milhões,
com repactuação em um ano e meio. E, além disso, vendeu participação em
dois projetos de usinas hidrelétricas ainda em construção: Barra Grande
e Campos Novos. Ferreira Jr justifica que a exposição da empresa no curto
prazo deu-se porque o grupo manteve os investimentos em geração, mesmo
depois da ressaca do racionamento. Ressalta que para não atrasar o pagamento
de fornecedores, a empresa foi ao mercado buscar recursos no curto prazo.
A empresa ainda espera a liberação do BNDES de recursos referentes a variação
do dólar da energia comprada compulsoriamente de Itaipu. (Valor - 02.10.2003) 2 Contribuições para audiências públicas da revisão tarifária da Cemat, Enersul, Cemig e CPFL são analisadas pela Aneel Interessados que apresentaram contribuições e comentários durante a fase de audiência pública do processo de Revisão Tarifária Periódica das distribuidoras Cemat, Enersul, Cemig e CPFL já podem acessar as respostas da Aneel no site da Agência (www.aneel.gov.br), link "Audiências Públicas". Segundo a agencia, as respostas às contribuições e aos comentários realizados durante as audiências públicas que trataram da revisão tarifária das quatro empresas fazem parte da filosofia da Aneel de dar transparência aos seus atos e de permitir a participação direta da sociedade (agentes, consumidores etc) na discussão dos regulamentos por ela emitidos. A Aneel também tornará públicas as respostas às contribuições recebidas durante as audiências das outras 13 distribuidoras que este ano passam pela Revisão Tarifária Periódica. (NUCA - 02.10.2003) 3 Celg renegocia R$ 1 bi em dívidas com a Eletrobrás O presidente
da Celg, José Paulo Loureiro, anunciou ontem que a empresa renegociou
todas as suas dívidas pendentes com a Eletrobrás. O acordo coloca termo
em um montante de R$ 1,060 bilhão que a empresa tinha de passivo com o
setor energético e que equaliza todas as pendências. José Paulo disse
que "a empresa conseguiu significativos descontos de valores que estava
pleiteando e que estava dificultando o fechamento do acordo, que foi histórico
para a Celg". Esse acordo teve um efeito maior que o esperado. A razão
é que o Estado de Goiás, acionista majoritário da Celg, não precisou se
comprometer em nada. "O Estado não terá que prestar nenhuma contrapartida
que importe em despesa para essa renegociação das dívidas da empresa,
um demonstrativo de que a Celg está viabilizada e pode caminhar com as
próprias pernas. A empresa pode pagar e está se garantindo", ressaltou
o presidente. A boa notícia disso é que a Celg deverá comprometer pouco
mais de 6% de seu faturamento com o pagamento dessas dívidas nos próximos
15 anos. Um reflexo direto disso é que a empresa fica com grande parte
de seu ativo disponibilizado para novos investimentos que deixaram de
ser feitos nos últimos cinco anos. (Diário da Manhã - 02.10.2003) 4
Ceal inaugura subestação Maragogi 5 Energia Regenerativa recebe autorização para construção de cinco usinas eólicas no RS A empresa
Energia Regenerativa do Brasil Ltda (ERB) foi autorizada pela Aneel a
explorar, como produtora independente, cinco novas usinas eólicas no Rio
Grande do Sul. Os empreendimentos terão, conjuntamente, potência instalada
de 55,5 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade com 222,3 mil
habitantes. O investimento estimado para construção das usinas é de R$
138,7 milhões. As novas centrais deverão entrar em operação comercial
até 15 de maio de 2005. Com essas autorizações, sobe para 21 o total de
outorgas de eólicas expedidas este ano pela Aneel. (NUCA - 02.10.2003) 6 NEG Micon investe US$ 16 mi na implantação de fábrica de hélices em Pernambuco A empresa
dinamarquesa NEG Micon anunciou, ontem, o investimento de US$ 16 milhões
para a implantação de uma fábrica de pás (hélices) para produção de turbinas
eólica. Esta é a segunda fábrica de componentes eólicos do Brasil. A empresa
dinamarquesa será instalada numa área de 14 hectares do Complexo Industrial
e Portuário de Suape e irá gerar 270 empregos diretos. Pernambuco foi
escolhido pela NEG Micon pela localização portuária e por ser um estado
nordestino, região extremamente envolvida no processo de geração de energia
eólica. Segundo diretores da NEG Micon, já existem quatro empresas interessadas
na aquisição das pás no País, mas apenas o aval do Proinfa poderá viabilizar
a instalação da fábrica no Estado. "O Governo Federal se comprometeu a
anunciar quais as empresas capacitadas para produzir energia, e é só desse
retorno que precisamos para iniciar a construção da nossa fábrica", explica
o diretor da NEG Micon, Oscar Balestro. (Folha de Pernambuco - 02.10.2003) 7 Trabalho da CESP é premiado em seminário internacional O trabalho
Automação Digital na CESP com a Implantação de Sistemas de Supervisão,
Controle, Monitoramento e Diagnóstico, produzido pela CESP, foi premiado
em seminário promovido pela Comisión de Integración Energética Regional
(Cier) na Colômbia. O trabalho foi escolhido pelo Comitê Organizador como
o melhor trabalho, entre os 21 selecionados para serem apresentados nas
seções técnicas da área de geração do Seminário Internacional de Manutenção
e Serviços Associados em Sistemas Elétricos (Simse) Cier 2003. A CESP
foi parabenizada pelo trabalho em comunicado enviado à Empresa pelo coordenador
da Área de Geração do Comitê Brasileiro do Cier (Bracier), Edgar Félix
de Oliveira Júnior. No comunicado ele registra que "o trabalho apresentado
foi de excelente nível e, com certeza, em muito contribuiu para a elevação
do nome da engenharia brasileira e da CESP". (NUCA - 02.10.2003) 8 Abengoa investe US$ 140 mi no Brasil O grupo
industrial espanhol Abengoa fechou contrato no Brasil para construir e
operar uma subestação elétrica e 370 km de linhas de transmissão, projeto
que deve trazer investimento de US$ 140 milhões. O contrato, o quinto
obtido pela empresa dentro do plano de investimentos do governo brasileiro,
renderá à empresa US$ 463 milhões, derivados dos direitos de exploração.
O projeto faz parte de concurso mais amplo convocado pela Aneel, do qual
participaram mais de 40 companhias. (Folha de São Paulo - 02.10.2003) A CPFL Energia está a um passo de ser contemplada, em R$ 450 milhões, no programa de capitalização das elétricas do BNDES. O que lhe ajudará a resolver as pendências com bancos privados, uma vez que o BNDES só libera os recursos após renegociação, por parte da empresa, de metade das dívidas com bancos privados. (Valor - 02.10.2003) A Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral) realiza, no próximo sábado, a solenidade de inauguração da Usina Cascata das Andorinhas. Iniciada em 7 de maio de 2001, a construção da estrutura consumiu R$ 2,2 milhões. A queda natural de 142,65 metros possibilitou a potência nominal de 1 mil quilowatts, permitindo a geração de 8,760 milhões de quilowatts/ano. (Correio do Povo - 02.10.2003) A Copel está instalando um laboratório para testar o uso dos chamados "softwares livres" - programas computacionais cujo acesso aos códigos-fonte é liberado. Os resultados obtidos vão validar a troca da plataforma tecnológica e a migração do atual sistema de licenças pagas para um software livre. (Gazeta do Povo - 02.10.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Hidrelétricas de SC continuam em estado crítico A situação
dos reservatórios de água para geração de energia elétrica em Santa Catarina
se agrava, apesar das chuvas observadas nas últimas semanas. Para poupar
água a hidrelétrica de Itá, com potência instalada de 1.450 MW, opera
no momento com apenas uma de suas cinco máquinas nos horários normais
em com três nos horários de pico. A usina de Machadinho, com potência
de 1.140 MW, não produz energia desde 4 de setembro. Em Itá o reservatório
está com 24,5% da capacidade. Em Machadinho, em somente 9,8%. "As últimas
chuvas foram todas absorvidas pelo solo, em função da seca. Por isso,
por enquanto a tendência continua sendo a piora da situação, já que não
há no momento previsão de precipitação em nível suficiente para recompor
as reservas", explica o hidrólogo Paulo Umezawa, do ONS. Ainda assim ele
ressalva que por hora não há risco de desabastecimento, uma vez que o
sistema elétrico nacional é interligado e a geração de energia no Sudeste
garante o abastecimento das regiões onde a produção foi reduzida. Na avaliação
do ONS nas atuais condições ainda é mais econômico usar a energia hidrelétrica
disponível no Sudeste, já que a geração via termelétrica é mais cara.
(A Noticia - 02.10.2003) 2 Sul registra alta de 8,98% no consumo O consumo
no Sudeste/Centro-Oeste registra alta de 1,52% nos últimos sete dias.
Na última terça-feira, dia 30 de setembro, o subsistema consumiu 26.697
MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 27.467, o submercado acumula queda de 4,05% nos
últimos sete dias.O subsistema Sul teve consumo de 7.585 MW médios, contra
previsão de 6.637 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa
mensal de operação, a região está com alta de 8,98% nos últimos sete dias.
O Nordeste consumiu 6.570 MW médios, contra previsão de 6.006 MW médios
do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, a
região registra queda de 3,26% nos últimos sete dias. No mesmo período,
o subsistema acumula alta de 4,64% no consumo. O consumo na região Norte
chegou a 2.720 MW médios, contra previsão de 2.823 MW médios do operador
do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula
queda de 5,45% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 01.10.2003) 3 Região Norte registra 46,97% da capacidade Os reservatórios
do Subsistema Norte registram 46,97% da capacidade, uma redução de 0,62%
em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 56,5% do volume. (Canal
Energia - 01.10.2003) 4
Volume do Subsistema Nordeste fica 18,78% acima da curva de aversão 5 Nível do Subsistema SE/CO tem queda de 0,28% O volume
armazenado do Sudeste/Centro-Oeste está em 50,2%, ficando 30,2% acima
da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,28% em comparação
com os dados do dia 29 de setembro. As hidrelétricas de Emborcação e Itumbiara
apresentam índice de 64,73% e 60,38%, respectivamente. (Canal Energia
- 01.10.2003) 6 Nível da região Sul fica em 33,57% O nível de armazenamento do Submercado Sul fica em 33,57%. O índice teve uma queda de 0,43% em relação ao dia 29 de setembro. A hidrelétrica de Salto Santiago registra 20,34% do volume. (Canal Energia - 01.10.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Rigotto confirma investimento alemão no projeto Seival O governador Germano Rigotto encerrou ontem o roteiro pela Europa com visita ao ministro-presidente do estado de Baden Württemberg, Erwin Teufel, e ao parlamento da região. Rigotto salientou que muitas das empresas visitadas estão investindo ou prontas para investir no Rio Grande do Sul. O governador gaúcho apontou como negócios concretizados a instalação de uma indústria de aerogeradores pela empresa espanhola Ecotecnia. A direção da Steag, empresa alemã que está investindo no projeto Seival, aportará US$ 800 milhões na usina termelétrica a carvão no Rio Grande do Sul. A empresa garantiu a Rigotto que irá estabelecer parceria com o governo federal para retomar a Usina de Candiota III, já que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, quer dar prioridade à termelétrica, que está parada há 20 anos. Rigotto pretende se encontrar com a ministra Dilma nos próximos dias para tratar da questão. (Correio do Povo - 02.10.2003) 2 Termelétrica Fortaleza inicia fase de testes para operação A Endesafortaleza,
subsidiária da companhia espanhola controladora da termelétrica Fortaleza,
concluiu na última sexta-feira, dia 26 de setembro, a sincronização do
primeiro dos dois turbogeradores a gás natural da usina. A térmica operou
pela primeira vez durante 45 minutos, conectada à rede básica e gerando
com uma potência de 4 MW, segundo o programado. A sincronização do turbogerador
com a rede de transmissão de 230 kV é uma das etapas para a entrada em
operação comercial da usina. Nos próximos dias serão realizados novos
testes, durante os quais o turbogerador atingirá sua capacidade máxima.
O segundo turbogerador será testado em algumas semanas. Até o final do
ano, a usina da Endesafortaleza entrará em operação comercial, com 310
MW. (Canal Energia - 01.10.2003) 3 Técnicos da Petrobras vão analisar a infra-estrutura dos estados candidatos a instalação de refinaria A Petrobras
iniciou um trabalho de campo nos 12 Estados que se apresentaram como candidatos
à instalação de uma nova refinaria de petróleo no país, informou ontem
o presidente da empresa, José Eduardo Dutra. Segundo ele, se o governo
não tomar uma decisão até o final do ano sobre a instalação da refinaria,
a Petrobras pretende pelo menos fazer uma seleção prévia e reduzir o leque
dos possíveis locais de instalação. Dutra assegurou que não há sequer
uma decisão sobre em qual região a refinaria será instalada. "Os técnicos
da Petrobras estão indo aos diversos Estados para analisar a infra-estrutura.
Nossa expectativa é que até o fim do ano e início do ano que vem, se não
chegarmos à definição, poderemos pelo menos afunilar os possíveis candidatos
em função da análise técnica que vamos fazer". (Valor - 02.10.2003) 4 Copec nega interesse na venda de ativos para a Petrobras O conglomerado
Compañia de Petroleos de Chile (Copec), negou, na terça-feira, qualquer
interesse na venda de suas operações relativas a combustíveis, que foi
desmembrada do grupo para constituir uma unidade à parte. Sua declaração,
enviada à agência reguladora chilena SVS, contrasta com os comentários
feitos na terça pelo diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró,
que afirmou que a empresa está em conversações com a Copec e a estatal
Enap para sua entrada no mercado chileno. A Copec "não tem nenhum interesse
em vender sua unidade de combustíveis e lubrificantes, e tampouco existem
negociações a este respeito", disse a companhia em seu documento divulgado
no site da Bolsa em Santiago. A criação da unidade independente, que se
deu ontem, foi feita "com o objetivo de otimizar sua participação no setor",
acrescentou a Copec. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003) A empresa Winimport S.A. foi autorizada a atuar como produtora independente com a implantação de uma usina termelétrica movida a resíduos de madeira, no município paranaense de Imbituva. A termelétrica Winimport terá capacidade instalada 7 MW. (NUCA - 02.10.2003)
Grandes Consumidores A CST registrou
na manhã de ontem um recorde mundial na produção do alto forno 1, que
atingiu 64,9 milhões de toneladas de gusa produzidas em uma única campanha
(operação sem interrupções do equipamento) Segundo a empresa, a marca
equivale "a maior produção acumulada na história da siderurgia, superando
o alto forno 04 de Mizushima (Japão) que detinha o recorde anterior".
O recorde não muda perspectivas de produção para este ano, mas é destaque
também porque foi atingido antes de o alto forno 1 completar 20 anos de
operação ininterrupta, iniciada em 30 de novembro de 1983. Nesse período,
a produtividade média foi de 14.697,63 toneladas por m3 de volume interno,
disse a empresa. (Estado de São Paulo - 02.10.2003) Economia Brasileira 1 Lessa acha que BNDES terá aporte do Tesouro O presidente do BNDES, Carlos Lessa, confirmou ontem que o BNDES deve receber um aporte de recursos do Tesouro Nacional, o que deve acontecer até o final do ano. Ele negou, porém, que a necessidade do socorro se deva ao prejuízo de R$ 2,1 bilhões acumulado pela instituição entre janeiro e agosto deste ano. "O BNDES não tem prejuízo", afirmou. Segundo Lessa, o resultado negativo obtido neste ano é apenas um reflexo das provisões de R$ 3,2 bilhões que o banco precisou fazer devido ao calote dado pela AES, controladora da Eletropaulo. Ele disse que o aporte de recursos é necessário porque o banco não aumenta seu patrimônio líquido há 20 anos. O BC impõe valores mínimos para o patrimônio das instituições financeiras. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, confirmou que negocia com o Ministério da Fazenda aumento de capital do BNDES. Segundo ele, as operações do banco passaram de R$ 100 bilhões para R$ 150 bilhões desde 1983, enquanto seu patrimônio se manteve em cerca de R$ 12 bilhões. (Folha de São Paulo - 02.10.2003) 2 Lessa: Os spreads para a indústria vão cair O presidente do BNDES, Carlos Lessa, anunciou ontem, em reunião com representantes da indústria, em Brasília, medidas da nova política operacional do banco que contemplam a redução dos "spreads" nos financiamentos diretos e indiretos em um ponto percentual, em média, a partir do ano que vem. Com isso, o "spread" máximo para as operações diretas, hoje de 7,5% ao ano, cairá para 6,5% ao ano, e mínimo será de 1%. No caso das operações indiretas, os "spreads" ficarão entre 1,5% ao ano e 5,5% ao ano, mais o "spread" do agente financeiro. O "spread" varia de acordo com o porte da empresa, localização, origem do capital e finalidade do investimento. (Gazeta Mercantil - 02.10.2003) 3 Governo enfrenta desafio de aumentar reservas O novo desafio da equipe econômica do governo, depois do sucesso em debelar a turbulência da transição de governo, é aumentar as reservas internacionais. Há quase um consenso entre economistas e analistas financeiros de que as reservas brasileiras permanecem em um nível muito baixo. Esta é a principal razão mencionada pelos que defendem a renovação do acordo com o FMI. O assunto às vezes confunde o público, por causa da diferença entre os conceitos de reservas brutas e líquidas. As reservas brutas do Brasil, que incluem um volume superior a US$ 30 bilhões de empréstimos do FMI, apresentavam o saldo robusto de US$ 52,7 bilhões em 30 de setembro. O que importa mesmo, quando se pensa na solidez econômica do Brasil no médio prazo, são as reservas líquidas, um colchão de moeda forte do País que o governo pode usar como bem entender. Segundo o economista Fábio Giambiagi, do BNDES, "para que estejamos em condições de, no futuro, deixar de ter um acordo com o FMI, mantendo uma situação sólida, precisamos de um nível de reservas líquidas bem superior ao atual". (Estado de São Paulo - 02.10.2003) 4
Não há intervenção no mercado de câmbio, garante Levy 5 Saldo comercial é recorde e pode ir a US$ 22 bi O ministro
do Desenvolvimento Furlan, previu ontem um superávit comercial de US$
22 bilhões para este ano, resultado de US$ 69 bilhões de exportações e
de US$ 47 bilhões em importações. A nova projeção é superior à divulgada
por Furlan no mês passado (US$ 20 bilhões) e à considerada pelo BC (US$
20,5 bilhões). Levando-se em conta o saldo positivo acumulado de janeiro
a setembro, de US$ 17,802 bilhões, o último trimestre do ano deverá fechar
com superávit de apenas US$ 4,198 bilhões. O saldo positivo recorde na
balança comercial de janeiro a setembro foi obtido graças ao recuo da
atividade econômica no País, que impulsionou as exportações e provocou
uma severa retração das importações ao longo do ano. Ao argumentar que
os cálculos do seu ministério têm influenciado as estimativas do BC para
o comércio exterior. (Estado de São Paulo - 02.10.2003) 6 País pode ter superávit com o exterior, diz Ipea O Ipea já
admite que neste ano o Brasil possa vir a ter um superávit em conta corrente.
O Ipea mantém a estimativa de que o país terá no ano déficit em conta
corrente, calculado em US$ 1,6 bilhão, mas acrescenta um comentário: "É
possível que o resultado final deste ano seja ainda menor, não podendo
ser descartado até mesmo um pequeno superávit". A avaliação do Ipea é
baseada no número de agosto divulgado na semana passada pelo BC. O país
obteve um superávit em conta corrente de US$ 1,2 bilhão e passou a acumular
um saldo positivo de US$ 2,5 bilhões de janeiro a agosto e de US$ 3,5
bilhões ao longo de 12 meses. O próprio BC reviu na semana passada sua
estimativa de déficit em conta corrente neste ano de US$ 4,2 bilhões para
US$ 1,2 bilhão, mas os técnicos e dirigentes do BC também não descartam
a possibilidade de superávit. De acordo com a análise do Ipea, o que vem
assegurando o resultado positivo neste ano na conta corrente do país é
o desempenho da balança comercial, que acumulou superávit de US$ 17,8
bilhões até o final de setembro. (Folha de São Paulo - 02.10.2003) O mercado de câmbio tem uma manhã bastante tranqüila e mantém o dólar em leve valorização, praticamente estável. Às 11h48m, a moeda americana era cotada a R$ 2,905 na compra e R$ 2,907 na venda, com avanço de 0,06%. Ontem, o dólar comercial terminou em alta de 0,44%, a R$ 2,9030 na compra e a R$ 2,9050 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 02.10.2003)
Internacional 1 BE chega a acordo com credores para reestruturação de dívida A British
Energy informou que chegou a um acordo para os termos de uma proposta
de reestruturação com alguns de seus credores e a secretaria de estado
para comércio e indústria. Segundo a BE, a conclusão da reestruturação
depende da aprovação por parte da Comissão Européia de um plano de auxílio
estatal para a companhia. Essa permissão poderia ser conseguida em 2004.
A BE havia chegado a um acordo preliminar com alguns credores, em 14 de
fevereiro de 2003. Este acordo agora foi colocado em termos formais antes
do prazo final (30/09) estipulado pelo governo no mês de setembro do ano
passado. Enron Capital and Trade Europe Finance, Teesside Power, Total
Gas and Power, Royal Bank of Scotland e British Nuclear Fuels foram os
credores com os quais a BE chegou a um acordo. (Platts - 01.10.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 VEIGA, Daniel da Silva; FONSECA, Vinicius Mendonça. "Análise do consumo de energia elétrica no Brasil" Dezembro 2002. Monografia - Curso de graduação em Estatística, Escola Nacional de Ciências Estatísticas/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, 2002 - 94 páginas O objetivo deste trabalho é traçar um perfil da situação energética no país apontando, através do levantamento de dados históricos no período de 1980 a 2000, as principais características do sistema energético brasileiro, sua atual infra-estrutura e os principais motivos que originaram a crise no setor. Além disso, este trabalho procura desenvolver modelos que expliquem o consumo de energia elétrica (residencial e total) através de variáveis que influenciem este serviço, estimando principalmente as elasticidades preço e renda. Estes modelos são utilizados para realizar previsões do consumo de energia elétrica no período de 2002 a 2006. Porém, vale destacar que o exercício de projeção não objetiva somente quantificar os volumes demandados de eletricidade no futuro, mas também avaliar o comportamento que as variáveis explicativas do consumo teriam sob diferentes cenários considerados neste trabalho. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/mercado.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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