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IFE: nº 1.200 - 23 de setembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Leilão será disputado por pelo menos 41 empresas
2 Dilma comemora concorrência em leilão do setor elétrico
3 MME: Investimentos em geração atingirão R$ 30 bi até 2007
4 Investimentos em LTs devem chegar a R$ 2,82 bi, diz MME
5 Governo prevê investimentos de R$ 1,25 bi na expansão das fontes alternativas de energia
6 Prazo para propostas de mudança no novo modelo termina esta semana, diz Tolmasquim
7 CNRH terá três representantes do MME
8 Subsidiária do grupo Guaraniana pode fechar
9 Curtas

Empresas
1 RGE analisa ajuda do BNDES
2 Elektro confirma interesse em entrar no plano de apoio às distribuidoras
3 CFLCL e Energipe podem entrar no programa de apoio às distribuidoras
4 Prazos de dívidas impedem entrada do Sistema Cataguazes -Leopoldina no plano de apoio do BNDES
5 Eletronorte participa do leilão de linhas de transmissão disputando o lote F
6 Bandeirante Energia realiza emissão de R$ 180 mi em notas promissórias
7 CEEE poderá investir R$ 1,89 bi no reforço de instalações da rede básica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Conservação de energia cresce com o uso de contratos de performance
2 Nova gestão de iluminação pública em Fortaleza vai economizar 36% no consumo de energia
3 Região Sul consumiu 5.725 MW médios, contra previsão de 6.637 MW médios
4 Geração de energia entra em colapso no Oeste
5 RS poderá ter auto-suficiência em energia
6 Capacidade de armazenamento do submercado Norte está em 52,97%
7 Nível do subsistema Nordeste tem queda de 0,25% em relação ao dia 20 de Setembro
8 Volume dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão 19,36% acima da curva d aversão ao risco
9 Região Sul está com 37,42% da capacidade

10 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte preços da energia têm crescimento de até 5,8%

Gás e Termelétricas
1 Petrobras pretende elevar consumo de gás natural no país
2 Presidente da El Paso Production: Ativos brasileiros devem aumentar com nova reserva de gás
3 Prorrogado prazo para adequação de despacho de térmicas
4 Copergás investe R$ 1mi na expansão de rede de gasoduto
5 Criado comitê gestor de bioenergia no Paraná
6 Fornecimento de carvão mineral em SC pode ter novas regras, diz secretário executivo da Siecesc

Grandes Consumidores
1 Águia Participações investiu R$ 1,3 mi para substituir diesel

Economia Brasileira
1 Palocci: Novo acordo será decidido com o FMI
2 Para Stiglitz, a renovação não traz vantagem ao país
3 Palocci quer restringir retirada de investimento do cálculo de déficit

4 FMI propõe ao país redução dos juros e do compulsório
5 Levy diz que prioridade do governo são as reformas
6 Coutinho prega a manutenção de superávits
7 Coutinho: é preciso diversificar a pauta de exportações
8 Mercado aponta IPCA de 9,59% em 2003
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Indenização da Enron
2 BE pretende aumentar vida útil de usinas nucleares
3 Alstom ganha plano de salvação de 3,2 bi de euros

 

Reestruturação e Regulação

1 Leilão será disputado por pelo menos 41 empresas

As concessões de sete lotes de redes de transmissão de energia elétrica que serão leiloadas hoje na Bovespa vão envolver, pelo menos, 41 empresas (34 do Brasil e 7 da Espanha). O número de participantes, individuais ou reunidos em consórcio, foi definido ontem à tarde, na última etapa do processo de pré-qualificação, o depósito das garantias financeiras na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Esse número pode ainda chegar a 44, se o consórcio Fiat Engeneering-Iesa, formado por duas empresas brasileiras e uma italiana, fizer o depósito das garantias até o início do leilão, possibilidade aberta por liminar concedida pelo TRF da 1ª Região (DF). Das empresas pré-qualificadas, não se habilitaram a Cemig e a Terna SpA. As concessões para instalação, operação e manutenção dos 1.787 quilômetros de linhas da rede básica de transmissão, com a oferta de 11 trechos, integram o planejamento estratégico do governo federal para reforçar a capacidade de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os investimentos para colocar em operação, até 2005, os 11 trechos de linhas que integram os lotes são estimados em R$ 1,776 bilhão. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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2 Dilma comemora concorrência em leilão do setor elétrico

A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem que o leilão das linhas de transmissão que será realizado hoje mostra que o setor elétrico não está parado. Ela destacou o fato de 45 empresas se cadastraram para fazer lances, entre as quais sete estrangeiras, "é um marco expressivo na retomada do setor elétrico". Ao falar a empresários, investidores e analistas no seminário Conferência Econômica Brasil 2003, Dilma afirmou que não haverá atraso na definição do marco regulatório previsto para novembro. "Não haverá adiamento para além do mês de novembro. No máximo, um remanejamento de datas dentro do próprio mês. Estamos bastante flexíveis no que se refere aos passos de negociação, só que essa flexibilidade não é infinita. De maneira nenhuma vamos comprometer o tempo político das reformas por qualquer processo de alongamento excessivo da negociação", afirmou Dilma. Dilma afirmou que as diferenças entre geradoras e distribuidoras serão arbitradas pelo governo. "Não é viável para o País esperar um consenso perfeito", afirmou. Em relação à situação das empresas geradoras, a ministra disse que o principal problema é a grande quantidade disponível de energia não contratada. (Tribuna da Imprensa - 23.09.2003)

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3 MME: Investimentos em geração atingirão R$ 30 bi até 2007

O Ministério de Minas e Energia divulgou um levantamento na última sexta-feira, dia 19 de setembro, mostrando uma forte massa de recursos sendo aplicada atual e futuramente em obras de expansão do sistema. No quadro apresentado pelo secretário-executivo, Maurício Tolmasquim, serão aplicados mais de R$ 33 bilhões de 2003 a 2007. Os recursos são concentrados em projetos nas áreas de geração e transmissão de energia e refletem, na sua maior parte, empreendimentos já licitados, cujas obras foram iniciadas desde o início do governo Lula. Na estimativa de expansão do parque gerador, a previsão é que sejam investidos R$ 5,81 bilhões até o final deste ano, com o acréscimo de 2.790 MW; e R$ 6,68 bilhões no ano que vem, representando mais 5.012 MW no sistema. Somados aos R$ 18,2 bilhões estimados em investimentos de 2005 a 2007, com a injeção de 11 mil MW, a área de geração no país receberá pouco mais de R$ 30 bilhões no período de curto e de médio prazo. A grande concentração dos recursos será na geração hidrelétrica. Dos 18,8 mil MW que estão agregados à previsão de investimentos, 13,8 mil MW estão centralizadas nessas fontes. Os outros 5 mil MW virão de usinas termelétricas. (Canal Energia - 22.09.2003)

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4 Investimentos em LTs devem chegar a R$ 2,82 bi, diz MME

Na malha de linhas de transmissão, a expectativa do MME é que sejam investidos um total de R$ 2,82 bilhões nos próximos quatro anos - incluindo 2003 - com a incorporação de 5.361 quilômetros ao sistema interligado. O maior volume está previsto para o ano que vem, quando serão investidos R$ 1,34 bilhão, em 3.054 quilômetros de linhas. Neste ano, o ministério prevê a entrada de R$ 571 milhões em recursos e 1.261 quilômetros em linhas. Os números apresentados pelo ministério na área de transmissão, segundo Tolmasquim, representam obras que estão em fase final de construção, e não incorporam os trechos que serão licitados pela Aneel nesta terça-feira, dia 23 de setembro, que totalizam 1.809 quilômetros e significam mais R$ 1,77 bilhão em investimentos no setor elétrico. De acordo com Tolmasquim, as premissas trabalhadas pelo MME no segmento de transmissão são privilegiar a construção de interligações entre regiões e interligar a Amazônia - hoje atendida por sistemas isolados - ao Sistema Elétrico Interligado. Em geração, o objetivo principal é retomar os estudos de inventários de bacias e realizar a licitação de empreendimentos pelo menor custo apresentado (como já ocorre na transmissão). (Canal Energia - 22.09.2003)

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5 Governo prevê investimentos de R$ 1,25 bi na expansão das fontes alternativas de energia

Com relação ao programa de universalização do acesso à energia elétrica, a intenção do governo é ligar 400 mil domicílios até 2004, com investimentos de R$ 1,32 bilhão - em recursos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Na expansão das fontes alternativas dentro da matriz energética, os investimentos esperados até o final do ano que vem somam R$ 1,25 bilhão, com a geração de mais de 10 mil postos de trabalho. (Canal Energia - 22.09.2003)

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6 Prazo para propostas de mudança no novo modelo termina esta semana, diz Tolmasquim

O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, voltou a afirmar ontem que o prazo para que as distribuidoras e geradoras de energia apresentem propostas ao novo modelo do setor elétrico termina esta semana. "As empresas pediram até quarta-feira para enviar propostas. Parece que estão com uma certa dificuldade para chegar a um consenso", disse o secretário. "São muitos os agentes envolvidos e parece que está sendo difícil que os interesses sejam convergentes. Existem empresas verticalizadas, outras não, algumas que têm geração, outras não. Mas o que eu digo para todas é que tragam as opiniões, mesmo que divergentes, que nós vamos analisar e considerar". Segundo Tolmasquim, há interesse do governo em ouvir as empresas, mas o prazo não pode mais ser prorrogado, já que está previsto para o próximo mês de novembro a entrega do documento com o novo modelo do setor elétrico ao Senado e à Câmara, em Brasília. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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7 CNRH terá três representantes do MME

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) contará com três representantes do Ministério de Minas e Energia, segundo alterações regulamentadas nesta segunda-feira, dia 22 de setembro, por portaria do Ministério de Meio Ambiente (MMA). As alterações no regimento interno prevêem a saída de um representante da Aneel, que integrava o conselho. De acordo com o novo regimento, o CNRH será formado por um presidente, que será o Ministro titular do MMA; um secretário executivo, também titular do MMA no cargo de secretário de Recursos Hídricos, três representantes do MMA e três do MME. Os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos terão dez representantes; outros doze responderão pelos usuários de recursos hídricos e outros virão de organizações civis deste segmento. As concessionárias de energia e autorizadas de geração terão direito a indicar dois representantes que integrarão o grupo dos usuários da área. Entre as atribuições definidas para o conselho estão a formulação da política nacional de recursos hídricos, a promoção de articulação de planejamento, a análise de propostas de alteração de legislação pertinente, a aprovação e propostas de instituição dos Comitês de Bacias Hidrográficas e o acompanhamento da execução do Plano Nacional de Recursos Hídricos, entre outras. O regimento interno foi regulamentado pela portaria n° 377/03, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 22 de setembro. (Canal Energia - 22.09.2003)

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8 Subsidiária do grupo Guaraniana pode fechar

A IbenBrasil, uma subsidiária integral do consórcio Guaraniana, que tem a Iberdrola como maior acionista, está fechando as portas. A empresa é formada ainda pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e Banco do Brasil Investimentos (BB/BI). De acordo com os empregados, o anúncio foi feito pela diretoria da IbenBrasil, desde a quarta-feira passada, na própria sede da empresa. Ainda hoje, Walter Pinheiro e uma comissão de empregados da IbenBrasil deverão ter uma audiência, em Brasília, com o presidente da Aneel. A denúncia dos empregados da IbenBrasil é que vários projetos estão "engavetados" na Aneel, órgão responsável pela implementação e fiscalização da política energética no País. No final da tarde, o diretor da IbenBrasil, Mário Márcio Raposo, confirmou a reunião com os empregados, na qual, segundo ele, foi anunciada uma política de contenção de custos. "Em nenhum momento dissemos que a empresa irá fechar", lembrou. Raposo admitiu, contudo, que tal política vai significar demissão de pessoal, sem revelar a quantidade. (A Tarde - 23.09.2003)


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9 Curtas

O deputado federal, Mauro Passos (PT/SC), embarcou ontem à noite para a Argentina para saber como funciona o processo de revisão dos contratos de privatização no país vizinho. O parlamentar tem encontro marcado com o Ministério Público local, com a Secretaria de Energia e com a comissão parlamentar de energia argentina. O petista volta para o Brasil na quinta-feira. (A Noticia - 23.09.2003)

A consultoria norte-americana PricewaterhouseCoopers está lançando no Brasil o software que produz informações comparativas para empresas do setor elétrico. O serviço vai permitir às empresas terem sua qualidade operacional comparada à de outras no país e no mundo, além de medir sua eficiência. Inicialmente, a consultoria está convidando 100 empresas do setor para participar da pesquisa. (Canal Energia - 22.09.2003)

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentará emenda ao PPA para viabilizar a interligação energética Roraima-Manaus (AM) e a construção do gasoduto Coari-Manaus. Para o senador, o gasoduto garantirá a geração de energia para Manaus e o excedente, atenderá a cidade de Roraima. (Canal Energia - 22.09.2003)

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Empresas

1 RGE analisa ajuda do BNDES

A Rio Grande Energia (RGE) enviou fato relevante à Bovespa no qual informa que deu início, desde ontem, aos trabalhos de análise e avaliação das condições e benefícios do Programa de Apoio a Capitalização de Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica. O programa, anunciado pelo BNDES e pelo MME, consiste no desembolso total de R$ 3 bilhões por parte do banco para auxílio às distribuidoras. No texto, a RGE promete manter o mercado informado de todas as decisões que vierem a ser tomadas com relação ao programa. Privatizada em outubro de 1997, a RGE atende a 254 municípios gaúchos. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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2 Elektro confirma interesse em entrar no plano de apoio às distribuidoras

O presidente da Elektro, Orlando Gonzalez, confirmou que a empresa tem interesse em fazer parte do programa desenvolvido pelo BNDES para capitalizar as empresas de distribuição de energia elétrica. "A nossa situação hoje não é grave, mas temos interesse, sim, em participar do plano do governo", afirmou o executivo. Após reestruturação entre 2001 e 2002, a distribuidora detém hoje uma dívida de US$ 20 milhões no cenário de curto prazo. Gonzalez afirma que a empresa está analisando os prós e os contras para o ingresso no programa do governo, juntamente com bancos credores e acionistas. Não há previsão para uma decisão junto ao BNDES. (Canal Energia - 22.09.2003)

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3 CFLCL e Energipe podem entrar no programa de apoio às distribuidoras

Das cinco distribuidoras que integram o Sistema Cataguazes-Leopoldina - CFLCL, Cenf, Energipe, Celb e Saelpa - a tendência é que apenas CFLCL e Energipe entrem no programa, caso as condições do plano sejam consideradas favoráveis. Isto porque as empresas já têm capital aberto e já operam na Bovespa. "Abrir capital em vários níveis pode não ser positivo", indica o diretor financeiro e de Relações com Investidores do grupo, Maurício Botelho. O executivo alega que empresas de pequeno porte, como a Cenf (que atende apenas o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio) e a Celb (do interior da Paraíba) teriam maiores desvantagens no caso de passarem por abertura de capital. Ele estima que as cinco companhias teriam direito a um aporte de R$ 170 milhões, no caso de todas entrarem no plano. O valor de R$ 3 bilhões por parte do BNDES, segundo ele, será uma boa ajuda ao setor. (Canal Energia - 22.09.2003)

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4 Prazos de dívidas impedem entrada do Sistema Cataguazes -Leopoldina no plano de apoio do BNDES

O Sistema Cataguazes-Leopoldina terá que renegociar os prazos fixados na reestruturação da sua dívida de cerca de R$ 578 milhões, se quiser ingressar no programa de capitalização desenvolvido pelo BNDES. Um dos pontos do plano de apoio às distribuidoras do governo estipula que a renegociação das dividas bancárias de curto prazo das empresas observe prazo médio mínimo de 36 meses, com carência mínima de 12 para a primeira parcela. Na reestruturação interna com os bancos, o período médio de pagamento para a Cataguazes ficou em 21 meses (15 abaixo do mínimo exigido no programa), com carência de seis meses no caso da primeira parte. O descolamento dos prazos fixados entre a reestruturação e o apoio às empresas, entretanto, não deverá se transformar em impeditivo para uma possível entrada do Sistema Cataguazes no plano de socorro ao setor, segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores do grupo, Maurício Botelho. "Acredito que não será difícil de acontecer uma nova renegociação. Só haverá um novo desgaste, o que é natural, mas nada impossível", afirma. Apesar dos prazos desiguais, a reorganização financeira promovida pela holding este ano já conseguiu reduzir consideravelmente a quantidade de dívidas de curto prazo de 47%, em junho, para cerca de 16% atualmente. Hoje, o montante de obrigações no curto prazo está na casa dos R$ 170 milhões, o que, de acordo com o executivo, melhora muito o perfil da dívida do grupo. (Canal Energia - 22.09.2003)

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5 Eletronorte participa do leilão de linhas de transmissão disputando o lote F

Desde o anúncio da licitação, em 1º de julho, a Eletronorte passou a trabalhar com o objetivo de montar uma Sociedade de Propósito Específico - SPE, na qual tem participação minoritária. Cerca de 18 empresas, nacionais e internacionais se mostraram interessadas em participar da sociedade juntamente com a Eletronorte. Desta forma foi montado o Consórcio Amazônia Eletronorte, no qual a Empresa participa com 49%. As demais empresas são: Mastec Brasil AS; Alubar cabos AS; Encomind Engenharia Comércio e Indústria Ltda; Linear Participações e Incorporações Ltda; e Bimetal Indústria e Comércio de Produtos Metalúrgicos Ltda. A estatal pretende disputar o Lote F - linhas Coxipó/Cuiabá; Cuiabá/Rondonópolis (MT) - uma extensão de 193 quilômetros, com previsão de entrada em operação em junho de 2005, e estimativa de investimento de R$ 152,96 milhões. A nova linha de transmissão vai permitir o escoamento da geração da usina termelétrica Cuiabá e das hidrelétricas Manso, Jauru, Guaporé e Itiquira I e II de Mato Grosso para o sistema interligado nacional. A obra é considerada de importância estratégica para a interligação do sistema brasileiro. (NUCA - 23.09.2003)

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6 Bandeirante Energia realiza emissão de R$ 180 mi em notas promissórias

A Bandeirante Energia anunciou nesta segunda-feira, dia 22 de setembro, a emissão de 360 notas promissórias, com valor unitário de R$ 500 mil. O negócio, coordenado pelos bancos Pactual, Bradesco, Alfa, Banco do Brasil, ABC e Safra, totaliza R$ 180 milhões e tem prazo de 180 dias. A emissão de notas promissórias foi autorizada no dia 12 de setembro pelo Conselho de Administração da distribuidora, controlada pela EDP Brasil. O novo presidente EDP Brasil, Antonio Manuel da Costa, contou que a concessionária prepara a renovação, pelos próximos seis meses, de uma emissão de notas promissórias lançadas originalmente em março deste ano, que totalizaram R$ 200 milhões. Os papéis têm vencimento previsto para os próximos dias. (Canal Energia - 22.09.2003)

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7 CEEE poderá investir R$ 1,89 bi no reforço de instalações da rede básica

A receita anual permitida para a CEEE em reforços das instalações da rede básica do sistema interligado ficou em R$ 1,89 bilhão. Entre os projetos autorizados pela Aneel está a implantação da subestação Tapera 2, de 230 kV, que atenderá à região norte/nordeste do estado do Rio Grande do Sul. A subestação deve entrar em operação em março de 2005. A autorização foi dada pela agência reguladora, através da resolução nº 475. A receita garantida para o empreendimento ficou em cerca de R$ 2,8 milhões. (Canal Energia - 22.09.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Conservação de energia cresce com o uso de contratos de performance

O modelo de negócio adotado pelas empresas que atuam com eficiência energética tem se mostrado um sucesso. O principal fator de expansão dos negócios na área é o chamado contrato de performance, utilizado como padrão no segmento. O racionamento de energia foi outro fator que chamou a atenção das empresas para a importância de um consumo mais racional. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) mostram que, desde 2000, o número de empresas que atuam na área (chamadas ESCOs) triplicou, chegando a 78. Até mesmo as distribuidoras, que poderiam ver no uso mais racional de energia um problema, já tratam o tema como mais uma divisão de negócios. É o caso da CPFL. Desde o começo do ano, a empresa criou uma área para atuar na venda de projetos de conservação de energia. Segundo o vice-presidente de gestão em energia da CPFL, Paulo Tavarez, a área de conservação faz parte do "supermercado de serviços que a empresa oferece". A idéia de que uma distribuidora perderia com o uso mais racional da energia é, para Tavares, fruto da falta de visão de médio prazo. "Queremos vender mais energia, não porque uma empresa consome mal, e sim porque a redução no consumo possibilitou economia, o que fez aumentar a competitividade e, por conseqüência, a produção". (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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2 Nova gestão de iluminação pública em Fortaleza vai economizar 36% no consumo de energia

Um dos principais programas de gestão de iluminação pública da Citeluz, desenvolvido para a prefeitura de Fortaleza, começou em junho do ano passado. Segundo o presidente da AMC - autarquia responsável pela iluminação pública - Francisco Matos, mudou-se o conceito do trabalho, até então prestado pela Coelce. "Antes, quando uma lâmpada queimava, a Coelce trocava e nós pagávamos pelo equipamento", lembra. "Hoje, como o custo da lâmpada é da Citeluz, a empresa coloca equipamentos mais eficientes", diz. No contrato antigo também não havia a obrigatoriedade de ações preventivas. Agora, todo ano a Citeluz tem de trocar 25% das lâmpadas da cidade. "Isto significa que, a cada quatro anos, todo a iluminação pública será renovada". Em 6 meses, todos os 70 mil pontos de iluminação estarão eficientizados, o que vai reduzir o consumo de energia em 36%. O empréstimo de R$ 12 milhões, contraído da Eletrobrás para o projeto, será todo pago com a economia. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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3 Região Sul consumiu 5.725 MW médios, contra previsão de 6.637 MW médios

O Nordeste consumiu 5.579 MW médios, contra previsão de 6.006 MW médios do operador do sistema. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, a região está com queda de 4,84% nos últimos sete dias. No mesmo período, o subsistema registra alta de 2,93% no consumo. O Sudeste/Centro-Oeste registrou consumo de 22.388 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o submercado está com queda de 6,73% nos últimos sete dias. No período, o subsistema acumula baixa de 1,31% no consumo. O consumo no Norte chegou a 2.501 MW médios, contra previsão de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região registra queda de 5,56% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 22.09.2003)

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4 Geração de energia entra em colapso no Oeste

As hidrelétricas de Itá e Machadinho, que injetaram em julho de 2003 somente em royalties R$ 2,37 milhões na economia dos municípios gaúchos e catarinenses atingidos pelos lagos das duas usinas, continuam praticamente paradas. Machadinho completou ontem 18 dias sem gerar nenhum quilowatt de energia e Itá opera com apenas 15% da capacidade total, que é de 1,45 mil MW. "Compraríamos dois tratores com o dinheiro dos royalties neste mês. Tudo ficou para quando a chuva voltar", disse o prefeito de Itá, Jairo Sartoretto. Usinas do Sudeste estão abastecendo com energia as regiões atendidas por Itá e Machadinho. A assessoria de comunicação da Tractebel Energia, que administra as duas hidrelétricas, foi contatada ainda na semana passada para informar o prejuízo diário com a queda na geração de energia no Alto Uruguai catarinense devido à estiagem. Mas apesar dos vários pedidos, a assessoria da empresa não informou os números. Apesar da Tractebel não se pronunciar sobre o dinheiro que está deixando de faturar, os municípios da região não escondem o estrago que a falta de chuva proporciona nas contas públicas. (A Noticia - 23.09.2003)

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5 RS poderá ter auto-suficiência em energia

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, afirmou ontem que os contatos comerciais que estão sendo estabelecidos com grupos europeus tornarão, no futuro, o estado auto-suficiente em energia. Segundo Rigotto, hoje o estado importa de outras regiões aproximadamente 30% da energia que consome. Segundo ele, com os investimentos a serem feitos na área, o estado poderá, inclusive, exportar energia. Em viagem pela Europa, o governador destacou a importância dos futuros investimentos no Estado. Na sua avaliação, eles são fundamentais para a geração de emprego e renda na medida em que permitem o desenvolvimento da economia em diversas regiões gaúchas. O governador destacou ainda que, além dos contatos comerciais pré-agendados, outros também estão sendo efetuados em função da presença da Missão Governamental e Empresarial Gaúcha na Europa. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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6 Capacidade de armazenamento do submercado Norte está em 52,97%

A capacidade do Norte está em 52,97%, uma redução de 0,57% em comparação com o dia 20 de setembro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 64,29% do volume. (Canal Energia - 22.09.2003)

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7 Nível do subsistema Nordeste tem queda de 0,25% em relação ao dia 20 de Setembro

O volume armazenado do Nordeste está em 29,86%, ficando 19,36% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,25% em relação aos dados do dia 20 de setembro. A usina de Sobradinho está com 23,98% da capacidade. (Canal Energia - 22.09.2003)

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8 Volume dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão 19,36% acima da curva d aversão ao risco

Os reservatórios do Submercado Sudeste/Centro-Oeste registram 53,08% da capacidade, volume está 19,36% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,25% em relação aos dados do dia 20 de setembro. Os níveis das hidrelétricas de Itumbiara e Furnas estão em 64,72% e 69%, respectivamente. (Canal Energia - 22.09.2003)

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9 Região Sul está com 37,42% da capacidade

O Subsistema Sul está com 37,42% da capacidade, uma queda de 0,19% em relação ao dia 20 de setembro. A hidrelétrica de Passo Fundo registra 65,24% do volume. (Canal Energia - 22.09.2003)

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10 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte preços da energia têm crescimento de até 5,8%

Os preços MAE para a região Nordeste subiram 22,4% nesta semana. O valor do MWh para todas as cargas na região fica em R$ 16,95. Nas demais, o aumento no preço da energia foi de até 6,3%. Os preços valem para o período que vai de 20 a 26 de setembro. Na região Sul, o valor do MWh para a carga pesada ficou com o maior aumento (6,3%), passando para R$ 22,26 nesta semana. Para a carga média, o preço da energia está em R$ 22,04, um aumento de 5,3%. Na carga leve, o valor fica em R$ 17,91. Para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte, o preço da energia teve crescimento de até 5,8%. O valor do MWh para a carga pesada fica em R$ 18,67. Nas cargas média e leve, o preço fica em R$ 17,94 e R$ 17,70, respectivamente. Os valores são válidos para os dias 20 a 26 de setembro. Os valores são válidos para as duas regiões. (Canal Energia - 22.09.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras pretende elevar consumo de gás natural no país

O gás natural tem participação de apenas 3% na matriz energética nacional. Para elevar para 12% o consumo de gás natural, a Petrobras projeta investir, até 2010, cerca de US$ 1 bilhão, gerando 10 mil empregos diretos, principalmente no Norte e Nordeste. As informações são do diretor de Dutos e Terminais da Petrobras, Faustino Viertanatti. Hoje, no Brasil o consumo de gás natural perde para o de lenha. O desafio é massificar e interiorizar o consumo de gás natural, elevando sua participação na matriz energética brasileira, ressalta Viertanatti. (Diário do Nordeste - 23.09.2003)

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2 Presidente da El Paso Production: Ativos brasileiros devem aumentar com nova reserva de gás

As descobertas de gás natural na costa brasileira, realizadas pela El Paso, já somam 12,6 bilhões de metros cúbicos em 2003. Desse total, 5,12 bilhões são de reservas comprovadas e 7,48 bilhões foram realizadas em blocos de exploração localizados em mar no sul da Bahia e de São Paulo. Segundo o presidente da El Paso Production, Rod Erskine, essas descobertas irão melhorar significativamente o valor dos ativos brasileiros da empresa, superando os US$ 70 milhões que a companhia investiu em exploração e produção este ano. Ao todo, a El Paso Production, divisão da El Paso na área de exploração e produção, possui a concessão de 17 blocos da ANP, sendo 11 de exploração e oito de desenvolvimento. Esses blocos estão localizados nas bacias de Potiguar (RN), Camamu (BA), Espírito Santo, Santos (SP) e Paraná. (Canal Energia - 22.09.2003)

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3 Prorrogado prazo para adequação de despacho de térmicas

O prazo para as usinas termelétricas contratadas pela CBEE, produtores independentes e concessionárias de distribuição se adequarem às condições de despacho previstas na Resolução nº 283/03 foi prorrogado por mais 60 dias. A resolução estabelece as condições segundo as necessidades do Sistema Elétrico Interligado Nacional. A autorização foi dada pela Aneel por meio da resolução n° 476/03, publicada na edição do dia 18 de setembro, do Diário Oficial. (Canal Energia - 22.09.2003)

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4 Copergás investe R$ 1mi na expansão de rede de gasoduto

A Copergás já instalou mais de 300 metros de gasodutos em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. As obras, que começaram na semana passada e devem ser concluídas no primeiro semestre de 2004, integram o bolsão piloto para a implantação do gás natural para os consumidores comerciais e residenciais. O investimento na construção do gasoduto, que vai expandir a rede da Copergás em 3,8 quilômetros, é de R$ 1 milhão. Nesse primeiro momento, a meta é atender aos comerciantes de Piedade e às padarias do município de Abreu e Lima. "A nossa expectativa é terminar o ano com 12 clientes comerciais", prevê o diretor-presidente da Copergás, Romero Oliveira. Para 2004, a Copergás pretende atender a 36 consumidores comerciais e 2,5 mil residenciais. "As pessoas têm recebido bem o serviço. Ele traz várias vantagens como o abastecimento contínuo e a maior segurança", garante Oliveira. As obras do gasoduto estão sendo realizadas pela Netgás, empresa vencedora da licitação. (Jornal do Commercio de Pernambuco - 23.09.2003)

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5 Criado comitê gestor de bioenergia no Paraná

O governador em exercício do Paraná, Orlando Pessuti, se reuniu ontem com representantes da Emater, Crea-PR, Secretaria de Ciência e Tecnologia e Tecpar com o objetivo de discutir o "Programa Paranaense de Bionergia". Na reunião, foi criado um comitê gestor de bioenergia que pretende anunciar, dentro de 60 dias, um plano para criação de um projeto que viabilize a produção de biodiesel no Paraná. "É uma ação de governo em favor a produção agropecuária, pois o biodiesel garante uma redução de custos no campo", afirmou Pessuti. O secretário de Ciência e Tecnologia, Aldair Rizzi, disse que deverá ser criada uma rede de pesquisas para os diversos usos do biodisel. (O Paraná - 23.09.2003)

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6 Fornecimento de carvão mineral em SC pode ter novas regras, diz secretário executivo da Siecesc

Até o início da próxima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve baixar uma Medida Provisória que vai regulamentar o fornecimento de carvão mineral das indústrias de extração da região de Criciúma para a Tractebel, que administra a termelétrica Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, no Sul do Estado. A expectativa foi revelada ontem no final da tarde pelo secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Carvão de Santa Catarina (Siecesc), Fernando Zancan, que embarca nesta manhã para Brasília, para acompanhar o desenvolvimento das ações que resultem já, em solução para as mineradoras, evitando a falta de contrato registrada no início deste ano, quando por dois meses nenhuma tonelada de carvão foi comercializada. "As informações que dispomos dão conta que teremos novidades nos próximos dias e uma Medida Provisória deve ser editada, definindo o marco regulatório do fornecimento de carvão à Usina Jorge Lacerda", disse Fernando Zancan, que fez questão de frisar o caráter extra-oficial das informações que tem recebido de Brasília. Segundo ele, a definição de forma antecipada das quantidades de carvão mineral que serão adquiridas no próximo ano é uma das principais preocupações do Siecesc. Atualmente as 10 mineradoras da região fornecem 187,5 mil toneladas por mês do produto, considerada uma quantidade abaixo do mínimo necessário para manutenção da atividade. (A Noticia - 23.09.2003)

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Grandes Consumidores

1 Águia Participações investiu R$ 1,3 mi para substituir diesel

O grupo paranaense Águia Participações, de Ponta Grossa, investiu R$ 1,3 milhão em uma caldeira de óleo térmico que substituirá totalmente o óleo diesel utilizado como fonte de energia pelas três empresas da holding, composta pela metalúrgica Águia Sistemas, pela indústria de resinas sintéticas Águia Química e pela Águia Florestal, que produz madeira de pinus beneficiada. O equipamento tem tecnologia 100% nacional e foi desenvolvido em conjunto pelas empresas Tenge, de São Paulo, e Biocham, de Santa Catarina. A caldeira, que só tem similar importado, permite a geração de energia térmica a partir da queima de resíduos de madeira gerados na indústria da Águia Florestal. Calcula-se que a empresa gere 50 toneladas de resíduos diariamente, sendo que o sistema consumirá duas toneladas por hora desse produto, gerando duas vezes mais energia do que o consumido hoje pela queima do óleo diesel. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)

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Economia Brasileira

1 Palocci: Novo acordo será decidido com o FMI

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse ontem que o governo brasileiro e o FMI vão "analisar conjuntamente os prós e contras" da necessidade de renovação do acordo de ajuda financeira. A decisão final será anunciada também de forma conjunta no fim de outubro. Palocci afirmou que o tema foi tratado pela primeira vez numa reunião oficial, durante encontro de uma hora e meia, ontem, com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler. "Iniciamos um diálogo com perspectivas para o ano que vem", disse Palocci. "Há uma posição do Fundo de abertura ampla para as reivindicações, feita ao Brasil nesse sentido". Segundo o ministro, Köhler "mostrou uma impressão muito positiva da evolução da economia do Brasil e está muito confiante na política econômica do governo para que o ordenamento prossiga com sucesso e possamos colher crescimento econômico efetivo". Palocci disse que o governo brasileiro levará em consideração vários indicadores para decidir se renova ou não o acordo. "Serão levados em consideração, entre outras coisas, as contas nas transações correntes, o controle inflacionário, o orçamento, a construção do superávit primário, o perfil da dívida e as perspectivas das contas do ano que vem", disse. (Estado de São Paulo - 23.09.2003)

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2 Para Stiglitz, a renovação não traz vantagem ao país

O Brasil não deveria renovar o acordo com o FMI. A sugestão foi feita ontem por Joseph Stiglitz, ex-economista chefe do Banco Mundial, Prêmio Nobel de Economia de 2001 e professor da Universidade de Columbia. "É melhor não ter programa a ter um programa ruim", disse Stiglitz em seminário sobre a economia brasileira realizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Para Stiglitz, qualquer acordo com o Fundo é ruim. "O FMI pune o Brasil pela forma como calcula o superávit primário". Um exemplo dado por ele diz respeito aos títulos da dívida agrária, emitidos pelo Tesouro para financiar a desapropriação de terras destinadas à reforma agrária. "O Fundo só contabiliza o passivo no cálculo do déficit, mas esse é só um exemplo". Este é um dos aspectos que o governo pretende flexibilizar numa possível renovação do acordo com o FMI. Stiglitz disse que foi um avanço importante o Brasil ter convencido o Fundo a adotar o superávit primário como critério de desempenho. "O superávit primário tem variáveis que estão sob o controle do país. O resto, não", explicou. Stiglitz criticou o fato de o Fundo não adotar, em seus programas, o princípio dos ciclos econômicos. Por esse princípio, nos períodos de expansão da economia, os governos podem economizar mais para, nos períodos de contração, gastar mais e, assim, minorar seus efeitos. "O Brasil deveria insistir em ter superávits primários cíclicos", sugeriu. O economista fez um alerta ao país: o governo deveria evitar que o foco da política econômica seja a estabilização. "Não é verdade que o crescimento virá após anos e mais anos de estabilização, privatização e liberalização financeira e comercial. As evidências mostram o contrário". (Valor - 23.09.2003)

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3 Palocci quer restringir retirada de investimento do cálculo de déficit

O ministro Palocci deixou bem claro que não deseja retirar do cálculo do déficit público, de forma generalizada, os investimentos das estatais, o que contraria a vontade de vários integrantes do governo. "Nossa prioridade não é criar critérios novos de contabilidade; é melhorar as contas, e não as formas como os números são apurados, porque [senão] nós vamos estar enganando o público num primeiro momento, a nós mesmos num segundo, e vamos ter a conta na nossa mesa no terceiro momento", disse ele. Os investimentos das estatais hoje são considerados simplesmente como gastos, o que contribui para o déficit público. A única exceção são os investimentos da Petrobras, que ficam de fora dessa conta. Se as estatais tivessem o mesmo tratamento da Petrobras, certamente iriam gastar mais, o que forçaria o governo central (União e Previdência Social) a ter de economizar ainda mais recursos para poder cumprir a meta de superávit primário (receitas menos despesas, exceto gastos com juros). É isso o que Palocci quer evitar. Segundo o ministro, o que pode ser feito para que o superávit seja menos restritivo é melhorar as contas do governo. "Se você conseguir praticar juros menores por longo prazo, você ganha muito mais do que num critério novo de contabilidade. Você ganha mais e de maneira mais saudável", disse. Juros menores significam menos gastos do governo para rolar a dívida pública. (Folha de São Paulo - 23.09.2003)

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4 FMI propõe ao país redução dos juros e do compulsório

As altas taxas de juros, o elevado "spread" bancário e o atual patamar de depósito compulsório são os nós estruturais do crescimento do Brasil na avaliação de Jorge Márquez-Ruarte, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI. Ruarte criticou os elevados níveis de "spread" bancário no Brasil. "O "spread" é alto demais para padrões internacionais. É quase dez vezes superior aos registrados em países em desenvolvimento como o Brasil. O crescimento está voltando, mas ainda não dá para saber de quanto ele será. O desafio é fazer com que ele seja constante", disse Ruarte. As taxas de juro real no Brasil também foram alvo das críticas de Ruarte. "As taxas são terrivelmente altas. Isso é um grande obstáculo para o crescimento", afirmou. Para ele, o Banco Central terá que contar com a ajuda de todos os setores do governo para conseguir reduzir as taxas de juro real. "O BC tem conseguido baixar a taxa de juro nominal nos últimos meses, mas a principal questão é que a taxa de juro real tem sido elevada no Brasil nos últimos anos e acredito que ela deva permanecer alta", diz. (Folha de São Paulo - 23.09.2003)

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5 Levy diz que prioridade do governo são as reformas

Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, rebateu as críticas de Ruarte. "Ainda não é o momento adequado para reduzir o compulsório. Há bastante liquidez nos bancos. No futuro, a redução dos compulsórios pode ser um passo importante para diminuir o "spread", mas, hoje, a prioridade do governo é o avanço das reformas [previdenciária e tributária]", disse. Levy afirmou ainda que a economia brasileira dá outros sinais de que está em recuperação e de que a confiança dos mercados no Brasil está de volta. Um desses indicadores, segundo ele, seria a mudança no perfil da dívida pública brasileira. "A parte da dívida indexada a dólar está em queda e tem crescido a participação de papéis prefixados", afirmou. Para Levy, esses movimentos sinalizam que os investidores estão confiantes da retomada do crescimento do país. Diante desse cenário, considerado como positivo, um acordo com o FMI pode ser desejável, mas não é mais fundamental, segundo ele. "O FMI continua a ser um parceiro importante, mas não estamos mais em crise. Já é tempo de nós pensarmos na nossa relação com o Fundo de uma forma diferente", declarou Levy. (Folha de São Paulo - 23.09.2003)

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6 Coutinho prega a manutenção de superávits

O economista Luciano Coutinho, em palestra sobre "O Brasil e o Mundo", em seminário promovido pelo Instituto de Economia da UFRJ, defendeu a reestruturação da inserção internacional do país dentro de uma estratégia comercial e não apenas diplomática, visando à busca e manutenção por longos anos de superávits comerciais de grande escala - de cerca de 3% a 4% do PIB ao ano para diminuir a vulnerabilidade externa que se vive hoje. Esta posição supervitária significativa e persistente da balança comercial brasileira junto com a retomada de ingresso de investimentos diretos possibilitaria ao governo sair de uma situação subordinada em sua capacidade de realizar políticas, para uma situação mais capacitada e soberana garantida por uma acumulação substancial de reservas próprias de divisas, o que contribuiria para uma redução da taxa de risco cambial e da prática de uma taxa de juros reais bem mais reduzida, próxima de 6%. Nesse cenário, o Brasil poderia alcançar em três anos o status de "investment grade", pressagia Coutinho. Coutinho criticou a baixa participação do país no comércio mundial, de apenas 0,9% e a manutenção de uma pauta de exportações praticamente congelada nos últimos 10 anos em cima de produtos agrícolas em sua maioria commoditties. (Valor - 23.09.2003)

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7 Coutinho: é preciso diversificar a pauta de exportações

Nesse sentido, disse que é preciso criar fatos novos, como um novo desenho da pauta de exportações brasileiras, para tocar uma política externa mais pragmática, visando ganhar novos mercados para os produtos competitivos e capacitação competitiva para novos produtos. A seu ver, a diplomacia brasileira precisaria focar com mais clareza as posições defendidas pelo país para ter acesso ao mercado de commoditties e agricultura. "Esta é uma pauta insatisfatória para sustentar a longo prazo a sustentação da economia brasileira . Nossa pauta de exportações é muito pobre. A liberalização anos 90 não cumpriu a promessa de permitir desenvolvimento dessa pauta. Além dos produtos primários, só temos tecnologia desenvolvida em Embraer e autopeças", considera. Isso remete, segundo ele, a questão do investimento direto brasileiro no exterior. "Comércio e investimento andam de mãos dadas", realça. Segundo o levantamento feito no estudo de Coutinho, o país recebeu 33% do investimento direto no mundo e realizou apenas 2% em 2000. O Brasil perdeu espaço nos dez anos tanto na inserção comercial, quanto na inserção de investimento externo. Se comparamos o desenvolvimento brasileiro nesses quesitos com o de outros países "é uma vergonha", destaca o economista. (Valor - 23.09.2003)

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8 Mercado aponta IPCA de 9,59% em 2003

A pesquisa semanal feita pelo BC, divulgada ontem, indica que as projeções do mercado para o IPCA caíram de 9,61% para 9,59%. Os cerca de 80 analistas e instituições financeiras consultados pelo BC estimam um IPCA de 6,10% para o ano que vem, ante 6,20% da semana anterior, o que trouxe a inflação para mais próximo do centro da meta de 5,5%. Para este mês, as estimativas evoluíram de 0,63% para 0,65%, enquanto a previsão para outubro se manteve em 0,50%. Para os próximos 12 meses, o mercado projeta um IPCA de 6,43% ante 6,48% na semana passada. Em relação ao reajuste este ano dos preços administrados as previsões do mercado pularam de 13,50% para 13,70%, mas a aposta continua sendo de que a alta será de 8% no ano que vem, conforme indica a pesquisa do BC. (Gazeta Mercantil - 23.09.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio tem uma manhã relativamente tranqüila e mantém o dólar em leve alta. Às 11h47m, a moeda americana subia 0,44%, cotada a R$ 2,914 na compra e R$ 2,916 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com cotações idênticas às registradas na última sexta-feira, a R$ 2,9000 na compra e a R$ 2,9030 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 23.09.2003)

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Internacional

1 Indenização da Enron

Os funcionários da americana Enron poderão buscar US$ 53 milhões que foram pagos a alguns executivos às vésperas da concordata da gigante de energia, de acordo com decisão de um tribunal de falências dos Estados Unidos divulgada ontem. O juiz Arthur Gonzalez autorizou um comitê de funcionários a coletar pagamentos de compensação que foram feitos para alguns executivos. (Valor - 23.09.2003)

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2 BE pretende aumentar vida útil de usinas nucleares

O gerador nuclear do Reino Unido, British Energy (BE), pode estender o tempo de vida útil de suas usinas, que são responsáveis pela produção de cerca de 20% da energia do Reino Unido. Para realizar esse processo, a British Energy deverá apresentar um projeto de segurança para cada cinco anos de expansão. A BE possui sete reatores a gás que estão para ser fechados entre 2003 e 2008, e um reator a água pressurizado, que tem a previsão de funcionamento até 2035, de acordo com cronogramas definidos. (Platts - 22.09.2003)

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3 Alstom ganha plano de salvação de 3,2 bi de euros

A Alstom foi salva ontem da falência. O grupo, com filiais no mundo inteiro, inclusive no Brasil, vai receber 3,2 bilhões de euros em empréstimos de médio e longo prazos, dos quais 2,4 bilhões de 32 bancos, na sua maioria estrangeiros, e 800 milhões de euros do governo francês. O plano de salvamento, maior do que os 2,8 bilhões previstos anteriormente, foi aceito em princípio pelo comissário europeu para concorrência, Mario Monti, e marca o fim de uma disputa entre a UE e o governo francês. Bruxelas havia bloqueado um plano anterior porque Paris iria assumir 31.5% do capital do grupo, o que viola as leis de concorrência da UE. A França abriu mão de sua participação no capital. (O Globo - 23.09.2003)

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