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IFE: nº 1.198 - 19 de setembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Novo modelo com prazos indefinidos
2 Mudanças marginais poderão ser discutidas e mudadas, diz Tolmasquim
3 Empresários do setor acreditam que novo modelo não sai em janeiro de 2004
4 Há problemas com a transição de modelo, diz Abradee
5 Abrage envia propostas para o MME
6 Presidente da Abraceel: alterações constantes nas regras do SEE inibem investidores
7 Geradoras reivindicam aplicação do IGP-M nos contratos do pool
8 APMPE quer discutir com BNDES regras de financiamento das PCHs
9 Siffert: BNDES não tem atuado com project finance
10 Brasil está próximo da auto-suficiência energética, diz pesquisador
11 TCU vai acompanhar programa de apoio às distribuidoras
12 Leilão de LTs: Resultado da análise de recursos sai hoje
13 Consumidores residenciais de energia em Pernambuco podem ter aumento na conta de luz
14 Curtas

Empresas
1 BNDES vai enviar informações solicitadas por CVM sobre acordo com AES
2 Eletropaulo: Recente valorização de ações ocorreram por "questões de mercado"
3 Dilma defende investigação sobre vazamento de informações no acordo BNDES/AES
4 Chesf investe R$ 75,1 mi na implantação de LTs
5 Cemig pede tratamento isonômico com as empresas privadas do SEE
6 Qualidade total gera controle na Cemig
7 Ceran recebe autorização para implantação de hidrelétrica de Monde Claro
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Economia de consumo com horário de verão será de 0,5%
2 Submercado Sul consome 7.537MW médios
3 Nível de armazenamento da região Norte está em 55,34%
4 Volume armazenado do Subsistema Nordeste está 19,65% acima da curva de aversão ao risco
5 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste 54,17%
6 Região Sul tem queda de 0,43% em relação a 16 de Setembro
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Térmica no Mato Grosso do Sul
2 El Paso descobre nova reserva na Bacia de Santos
3 Petrobras realiza captação de US$ 250 mi no mercado internacional
4 Petrobras estuda captação direta sem intermediação de bancos

Economia Brasileira
1 País ficará vulnerável por muito tempo, diz FMI
2 País recebeu em julho US$ 1,4 bi em investimentos
3 BNDES procura por projetos de investimento

4 Tarifa pública sustenta inflação alta
5 Prévia do IGP-M registra inflação de 1,04%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enron apresenta novo plano de reorganização para sair de concordata
2 Credores da Enron receberão apenas 16,6% do montante
3 Iberdrola espera decisão no final de setembro para aquisição de participação na Medgaz

 

Reestruturação e Regulação

1 Novo modelo com prazos indefinidos

O MME trabalha com o horizonte de chegar a janeiro com o novo modelo do setor elétrico integralmente pronto e já em operação. Agentes do setor e representantes da oposição ao governo federal no Legislativo, porém, acham que essa é uma previsão muito otimista. Segundo o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, a previsão de implantação do modelo em janeiro baseia-se nos trabalhos que vêm sendo feitos com representantes do setor para equacionar os pontos polêmicos do projeto. A idéia é enviar ao Congresso Nacional, em novembro, um modelo acabado, sem arestas que possam emperrar sua tramitação. O secretário disse que caberá à Casa Civil definir se o documento a ser entregue ao Legislativo será na forma de projeto de lei ou de medida provisória. De acordo com Tolmasquim, as propostas polêmicas que estão sendo discutidas são questões como as definições dos índices, prazos e formas de reajustes nos contratos de compra e venda de energia entre geradoras e distribuidoras pelo Administrador de Contratos de Energia (ACE), futuro substituto do MAE, e as previsões com cinco anos de antecedência sobre a oferta e demanda das distribuidoras de energia. "Estamos fazendo reuniões semanais com os vários agentes do setor e deveremos chegar a um consenso sobre esses pontos", disse. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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2 Mudanças marginais poderão ser discutidas e mudadas, diz Tolmasquim

Segundo o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, desde que não sejam feitas alterações que mudem completamente a proposta do ministério, as questões consideradas polêmicas poderão ser mudadas. "Há uma série de pontos que estão sendo analisados, como a rentabilidade, por exemplo", disse. Sobre este assunto, o secretário já afirmou que a proposta do MME é usar vários índices. Ele disse também que o prazo de cinco anos para revisar os contratos poderá ser revisto. O secretário disse que as negociações em andamento com os agentes do setor devem facilitar a aprovação do projeto a ser encaminhado ao Congresso e possibilitar a implantação do novo modelo em janeiro. A implantação da ACE e seu efetivo funcionamento, apontado por agentes do setor como um provável empecilho à rapidez almejada pelo MME em relação ao novo modelo, segundo Tolmasquim, não deve representar problemas. O secretário afirma que a ACE deve ter pouca atividade no primeiro ano de implantação do modelo, tomando como base 2004. "Como boa parte das distribuidoras de energia estão com contratos firmados, a expectativa é que somente a partir de 2005, com maior descontratação, o pool de comercialização seja, de fato, ativado", disse. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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3 Empresários do setor acreditam que novo modelo não sai em janeiro de 2004

Empresários de importantes associações que representam os vários segmentos do setor elétrico também não acreditam na implantação do novo modelo até janeiro. Paulo Ludmer, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais (Abrace), por exemplo, tem a expectativa de que o projeto deverá estar implantado somente em meados do próximo ano. Segundo Ludmer, a tramitação na Câmara e no Senado deve emperrar os planos do MME. Fontes do setor de infra-estrutura também não se mostram tão otimistas quanto membros do MME. Além de empecilhos para aprovar o projeto de maneira rápida no Legislativo, também há expectativas de que lobbies no Congresso Federal podem dificultar as coisas para o governo. Entre profissionais do setor elétrico, há ainda análises de que a proposta apresentada pelo MME pode ser alterada nas negociações com os agentes. "Tem muito estilista e pouco costureiro para este novo modelo", diz uma fonte do setor, que alerta para propostas de alterações que devem ser encaminhadas quando o projeto chegar no Legislativo. "Há muitos interesses", disse. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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4 Há problemas com a transição de modelo, diz Abradee

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, disse ontem que o grande problema da mudança de modelo do setor elétrico é a transição e suas regras. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a situação atual do setor no País, o executivo observou que houve vários problemas na mudança para o modelo atual. Já o presidente das Celesc, Gilberto Aguiar, que também participou do encontro, demonstrou preocupação com a ausência de linhas de crédito, sobretudo em função das limitações impostas à empresa, pelo fato de esta ser uma estatal. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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5 Abrage envia propostas para o MME

A Abrage entregou ao secretário Maurício Tolmasquim um modelo de sistematização de pagamentos intra-setoriais entre geradoras e distribuidores no pool. O processo sugerido é semelhante ao utilizado pelo BNDES para arrecadar os recursos com a RTE, através de transferências entre agentes de conta para conta, com valores calibrados de acordo com a receita de cada um. Além do ministério, o modelo de pagamentos desenvolvido pela Abrage também foi apresentado à Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica) para análise. Sobre a possibilidade de revisão qüinqüenal nos contratos de geração, as geradoras defenderam parcialmente a medida, apenas na ocorrência de desvios ou distorções provocados pela aplicação do indexador ao longo do tempo. A idéia, de acordo com Neiva, é impedir o repasse de ineficiência ou ganhos de produtividade para os contratos por conta de descolamento do índice de correção. (Canal Energia - 18.09.2003)

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6 Presidente da Abraceel: alterações constantes nas regras do SEE inibem investidores

O presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica), Paulo Cézar Tavares, defendeu nesta quinta-feira, dia 18 de setembro, a necessidade de haver regras claras e estáveis no setor elétrico para atrair o capital privado. Segundo ele, esta já é a terceira vez que um governo muda as regras do setor elétrico em 10 anos. Essas alterações, explicou ele, inibem a participação de investidores no país. "O poder público não tem condições efetivas para investir em todos os projetos de infra-estrutura que o país necessita", afirmou Tavares. Outro ponto destacado pela associação é a necessidade da existência de um mercado livre para o setor. Segundo o executivo, a competição é a peça fundamental para o desenvolvimento da economia, permitindo ao cidadão a obtenção de preços melhores da energia. Nesta semana, a Abraceel encaminhou à ministra Dilma Rousseff, uma avaliação sobre a proposta do novo modelo do setor elétrico. Segundo o relatório, a proposta é contraditória, já que oferece a existência de um mercado livre e a figura de um comprador único. (Canal Energia - 18.09.2003)

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7 Geradoras reivindicam aplicação do IGP-M nos contratos do pool

As geradoras de energia querem a aplicação do IGP-M nos contratos com as empresas distribuidoras que serão fechados no pool do novo modelo do setor. O posicionamento foi apresentado pela Abrage ao secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, em reunião nesta quinta-feira, dia 18 de setembro. Segundo o presidente da associação, Flávio Neiva, o índice - que já é utilizado como corretor das tarifas das distribuidoras - leva em conta quase todos os fatores que englobam o segmento de geração, além de já ter um histórico, o que pode facilitar operações no mercado. A posição, porém, abre brecha para a adoção de outro índice que já tenha histórico registrado, na possibilidade de o IGP-M ser vetado pelo governo. "Queremos um índice com embasamento, que passe confiabilidade e que tenha visibilidade ao longo do tempo", afirmou Neiva. A Abrage discute as mudanças no modelo setorial à parte das outras associações, que elaboram uma contribuição única ao governo. (Canal Energia - 18.09.2003)

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8 APMPE quer discutir com BNDES regras de financiamento das PCHs

A APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica) pretende se reunir com o BNDES para discutir o financiamento das pequenas centrais hidrelétricas que farão parte do Proinfa. Ricardo Pigatto, presidente da associação, conta que a intenção é debater os critérios exigidos pelo banco para liberação de empréstimos. "Já tínhamos discutido com a diretoria antiga a criação de uma metodologia para o financiamento. Como a administração mudou, buscaremos retomar esse contato", diz. Ele conta que o objetivo é criar uma padronização para os empréstimos destinados às PCHs do Proinfa. Para o presidente da APMPE, não se pode criticar as linhas de empréstimos atuais e as exigências do BNDES, já que não há uma modelagem padrão para o financiamento. "Cada projeto apresentava um contrato de venda de energia diferente e, por isso, o banco analisava caso a caso", lembra Pigatto. O presidente da APMPE diz que os interessados no Proinfa e o BNDES poderão encontrar uma solução que ofereça segurança para o banco e facilite a obtenção dos financiamentos. Ricardo Pigatto afirma que as dificuldades impostas não podem gerar uma exclusão empresarial para os pequenos investidores. (Canal Energia - 18.09.2003)


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9 Siffert: BNDES não tem atuado com project finance

O chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Nélson Siffert, diz que o banco continua concedendo financiamento para PCHs, desde que os investidores tenham condições de oferecer as garantias exigidas durante a construção do empreendimento. Em 2003, o montante liberado para o segmento chegou a R$ 25,6 milhões. Sobre o Proinfa, Siffert diz que o PPA da Eletrobrás é ótimo, mas ele sozinho não garante o empréstimo. "O BNDES não tem atuado com project finance, por isso exigimos garantias fora do empreendimento durante a construção", explica. Segundo o executivo do BNDES, o investidor poderá ser ressarcido do aporte inicial após a conclusão do projeto. Ele diz que o BNDES fica com a caução das ações do empreendimento como garantia mais recebíveis do empreendedor e libera outro financiamento. (Canal Energia - 18.09.2003)

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10 Brasil está próximo da auto-suficiência energética, diz pesquisador

O pesquisador Jeremy Rifkin disse ontem que o Brasil poderá se tornar o primeiro país independente de petróleo e outros combustíveis fósseis para a geração de energia e o primeiro totalmente baseado em energias renováveis. O pesquisador, presidente da Fundação de Tendências Econômicas de Washington, observou que o Brasil já conta hoje com mais de 90% da energia elétrica gerada por meio de hidrelétricas e conta com o maior programa de biomassa do mundo, o Proálcool. Rifkin defende que esse avanço seja feito por meio das células de combustível, que geram energia a partir de hidrogênio. Entre as principais vantagens da tecnologia, o pesquisador destacou a possibilidade de se estocar a energia. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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11 TCU vai acompanhar programa de apoio às distribuidoras

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai acompanhar a execução do Programa de Apoio à Capitalização das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica, anunciado esta semana pelo BNDES. A decisão do plenário do TCU foi tomada a partir de solicitação do ministro Augusto Sherman Cavalcanti que sugeriu, quando necessário, a realização de fiscalizações para verificar a regularidade dos empréstimos ou financiamentos concedidos pelo banco ou por meio de suas subsidiárias. Sherman lembrou a possibilidade de o BNDES "se tornar sócio de inúmeras empresas do setor elétrico, com reflexos diretos na sua capacidade de financiamento, comprometendo parte de seus resultados financeiros ao desempenho das empresas do setor elétrico". Ele destacou também o elevado nível de endividamento das empresas do setor elétrico. Essas dívidas, conforme o ministro, estão atreladas à variação cambial, com vencimentos de curto prazo. (Tribuna da Imprensa - 19.08.2003)

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12 Leilão de LTs: Resultado da análise de recursos sai hoje

A Aneel divulga nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, o resultado da análise dos recursos apresentados à Comissão Especial de Licitação para conduzir o leilão de linhas de transmissão. Até o momento, 42 empresas nacionais e estrangeiras, entre consórcios ou individuais, estão pré-qualificadas para a licitação. As empresas aprovadas pela comissão terão de depositar as garantias financeiras previstas no edital. O depósito deverá ser feito até às 14 horas da próxima segunda-feira, dia 22 de setembro, na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. (Canal Energia - 18.09.2003)

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13 Consumidores residenciais de energia em Pernambuco podem ter aumento na conta de luz

O consumidor residencial de energia elétrica de Pernambuco deve pagar mais caro pelo KWh a partir do próximo ano, caso o projeto de redução da alíquota do ICMS, para atacadistas de tecidos e indústria de confecções, proposto pela Secretaria da Fazenda não dê certo. De acordo com o projeto de lei n.° 291, encaminhado ontem pelo governador Jarbas Vasconcelos à Assembléia Legislativa em regime de urgência, o benefício fiscal concedido para o setor têxtil terá como "medida compensatória o incremento da receita decorrente da majoração de alíquota de ICMS para o fornecimento de energia elétrica domiciliar". Outra precaução do Estado para evitar perdas foi garantir a possibilidade de revogação dos benefícios fiscais em caso de queda de arrecadação. Um estudo feito pela Sefaz prevê que os consumidores da Celpe passarão a pagar 25% de ICMS. Hoje, a taxa varia de 17% a 25%, dependendo da faixa. A medida só deixaria de fora quem gasta até 30 kWh. O diretor da Coordenadoria de Legislação e Orientação Tributária da Secretaria de Fazenda, Frederico Amâncio, reconheceu a existência do estudo da Secretaria, mas garantiu que a vinculação feita no projeto é apenas uma forma de respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. (Folha de Pernambuco - 19.09.2003)

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14 Curtas

Segundo o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, "algumas empresas privadas, como a CPFL, de sociedade 100% brasileira, estão sendo capitalizadas por seus acionistas. Mas não sabemos se as empresas estrangeiras também farão e, no caso de estatais, não há recursos para esses aportes". (Estado de São Paulo - 19.09.2003)

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Empresas

1 BNDES vai enviar informações solicitadas por CVM sobre acordo com AES

O BNDES vai apenas colaborar no que for necessário com as investigações que estão sendo feitas pela CVM para saber se houve vazamento de informação para operadores do mercado sobre o acordo de renegociação da dívida da AES. A providência imediata do BNDES sobre o assunto será o envio hoje à CVM de todas as informações sobre funcionários do banco que participaram das negociações. Essas informações foram solicitadas na semana passada pela CVM. Além de nomes de funcionários, a CVM solicitou dados sobre todas as pessoas que participaram de alguma forma do processo de negociação. A assessoria de imprensa do BNDES informou que o banco vai responder a todas as questões formuladas pela CVM e se colocar à disposição para colaborar nas investigações. A direção do BNDES considera pouco provável que um eventual vazamento de informação tenha partido de funcionários do banco. Quando receber as informações solicitadas ao BNDES, à Eletropaulo, à AES e à Bovespa, a CVM vai cruzá-las com os nomes das pessoas que operaram com ações da Eletropaulo nas semanas que antecederam o acordo. O roteiro da investigação é procurar relações de negócios ou de parentesco entre os que compraram e venderam as ações e os que tiveram conhecimento prévio de que o acordo seria assinado. (Folha de São Paulo - 19.09.2003)

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2 Eletropaulo: Recente valorização de ações ocorreram por "questões de mercado"

A Eletropaulo disse ontem acreditar que a recente valorização das ações da empresa nas semanas que antecederam o anúncio do acordo da AES, dona da companhia, com o BNDES, banco de fomento do governo, ocorreram por "questões de mercado". A Eletropaulo informou ontem que encaminhou à CVM o nome dos executivos que estiveram envolvidos na elaboração do acordo entre as partes. "A participação da Eletropaulo se resume a atender aos pedidos da CVM", disse Eduardo Bernini, presidente da Eletropaulo. Segundo ele, as ações da empresa estavam depreciadas e, portanto, pode ter ocorrido uma correção natural nos preços dos papéis. Entre 1º de agosto e o dia 8, pouco antes do anúncio da parceria entre os grupos, as ações da Eletropaulo tiveram valorização de 59,55%. (Folha de São Paulo - 19.09.2003)

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3 Dilma defende investigação sobre vazamento de informações no acordo BNDES/AES

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, defendeu ontem que seja feita uma grande investigação para verificar se houve vazamento de informações sobre o acordo do BNDES com a americana AES Corp., na renegociação da dívida da Eletropaulo. "Vazamento de informações tem que ser apurado. Não acho admissível, não é correto. Um processo como este necessita que as coisas sejam mais transparentes, mais neutras", disse Dilma. Para a ministra, a CVM tem condições de fazer essa investigação, o que daria maior segurança ao mercado de capitais. A CVM constatou que houve um aumento da cotação das ações da Eletropaulo, de 13,27%, no dia 5 de setembro. Esta alta foi considerada suspeita porque o anúncio do acordo com a AES, controladora da empresa, sobre a dívida de R$ 1,2 bilhão, foi feito somente no dia 8 deste mês. (O Globo - 19.08.2003)

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4 Chesf investe R$ 75,1 mi na implantação de LTs

A Chesf teve um aumento de R$ 3,85 milhões na receita garantida em transmissão com a entrada em operação das linhas Milagres/Quixadá e Quixadá/Fortaleza II, e das subestações Fortaleza II, Milagres e Quixadá. O investimento da empresa nos projetos, todos em 500 kV, chegou a R$ 75,1 milhões. O projeto incluiu a construção da subestação de Quixadá, com investimentos de R$ 4,6 milhões, e a ampliação da tensão de 230 kV para 500 kV dos outros empreendimentos. As LTs Milagres/Quixadá e Quixadá/Fortaleza II receberam recursos da ordem de R$ 12 milhões e R$ 6,8 milhões, respectivamente. Já o projeto que elevou a tensão das subestações Milagres e Fortaleza II custou R$ 15,8 milhões e R$ 15,9 milhões, respectivamente. Segundo o diretor de Operações da Chesf, Mozart Arnaud, a conclusão do projeto no final de julho fechou o anel de transmissão que traz a energia elétrica do complexo de Paulo Afonso, na Bahia, para a capital do Ceará. (Canal Energia - 18.09.2003)

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5 Cemig pede tratamento isonômico com as empresas privadas do SEE

A Cemig pediu aos deputados federais apoio no tratamento isonômico com as demais empresas privadas do setor elétrico. O assessor de relacionamento com o poder público da Cemig, Carlos Junqueira Alvin, que também esteve na Câmara dos Deputados participando de audiência pública sobre o setor elétrico, afirmou que a empresa tem R$ 1 bilhão a receber do BNDES, resultante de acordos feitos, no ano passado, de reestruturação das empresas do setor elétrico. Segundo Junqueira, as empresas privadas que participaram do acordo, já receberam seus dividendos. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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6 Qualidade total gera controle na Cemig

Prevendo um cenário mais competitivo no médio prazo, várias empresas já iniciaram a mudança dos sistemas de gerenciamento. Na Cemig, por exemplo, a implantação do programa de Qualidade Total (QTC) começou em 1992. O superintendente de Coordenação Ambiental e da Qualidade, Luiz Augusto Barcelos de Almeida, destaca que a adoção do programa proporcionou maior controle sobre todas as atividades. "Com isso, a companhia tem apresentado melhor performance, aprimorado o atendimento e os funcionários estão mais satisfeitos", enfatiza o executivo, que também é professor de Gestão Ambiental em curso de pós-graduação de Belo Horizonte. Segundo Almeida, ao longo desses 11 anos o QTC avançou para várias áreas da empresa e hoje já está implantado em 50% da companhia. O QTC, lembra Almeida, restringia-se, inicialmente, ao treinamento e à utilização de ferramentas de gestão da rotina em todos os setores: planejamento, engenharia, administrativo, assessoria e operacional. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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7 Ceran recebe autorização para implantação de hidrelétrica de Monde Claro

A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) conseguiu a declaração de utilidade pública para faixas de terra para implantação da hidrelétrica Monte Claro, localizada entre os municípios Pinto Bandeira, Veranópolis e Nova Roma do Sul, no Rio Grande do Sul. A usina terá 130 MW de capacidade instalada. A autorização foi dada pela Aneel nesta semana. A primeira unidade geradora entra em operação em outubro de 2004 e a segunda em dezembro do mesmo ano. A hidrelétrica faz parte do complexo do rio das Antas, que terá 360 MW de capacidade instalada. (Canal Energia - 18.09.2003)

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8 Curtas

A Cerj foi multada pela Aneel em R$ 3,716 milhões. A empresa não cumpriu, no ano passado, as metas de qualidade DEC e FEC fixadas pela agência. O número de vezes em que a população ficou sem energia ficou acima do permitido pela agência. A empresa ainda pode recorrer da multa. (Valor - 19.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Economia de consumo com horário de verão será de 0,5%

O espaço territorial do horário de verão no período 2003/2004, que começa no dia 19 de outubro, será reduzido de 13 para 10 unidades da federação. Até 14 de fevereiro, os relógios serão adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A decisão, anunciada ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, retira da área de abrangência da medida, em relação ao período 2002/2003, os estados da Bahia, do Tocantins e do Mato Grosso. A mudança deve ser ratificada por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada com base em estudos que apontam a ausência de riscos de desabastecimento destas regiões, mesmo com a manutenção continuada da oferta de energia nos horários de ponta (entre 19h e 21h). A ministra Dilma Rousseff, com base em projeções do ONS, estimou que a decisão representará uma redução, no horário de pico, da ordem de 1.690 MW no Sudeste e Centro-Oeste e de 560 MW no Sul, o que equivale a uma diminuição do consumo de 5% e 6%, respectivamente. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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2 Submercado Sul consome 7.537MW médios

O Nordeste consumiu 6.380 MW médios na última quarta-feira, dia 17 de setembro, contra previsão de 6.006 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula alta de 2,25% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, o subsistema registra queda de 5,46% no mesmo período. O subsistema Sul teve consumo de 7.537 MW médios, contra previsão de 6.637 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula alta de 5,06% nos últimos sete dias. O consumo no Sudeste/Centro-Oeste atingiu 26.388 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o submercado registra queda de 7,55% nos últimos sete dias. No mesmo período, o subsistema acumula baixa de 2,18% no consumo. O submercado Norte registra consumo de 2.706 MW médios, contra previsão de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula queda de 5,07% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 18.09.2003)

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3 Nível de armazenamento da região Norte está em 55,34%

A capacidade de armazenamento do Submercado Norte está em 55,34%, uma queda de 0,57% em relação aos dados do dia 16 de setembro. A hidrelétrica de Tucuruí está com 67,35%. (Canal Energia - 18.09.2003)

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4 Volume armazenado do Subsistema Nordeste está 19,65% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do Nordeste estão com 30,82% do volume, ficando 19,65% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,23% em relação ao dia anterior. O nível da usina de Sobradinho está em 24,68%. (Canal Energia - 18.09.2003)

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5 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste 54,17%

O volume armazenado do Submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 54,17%, valor 31,57% acima da curva de aversão. O índice teve uma redução de 0,3%. As hidrelétricas de Emborcação e Marimbondo registram 69,85% e 45,89% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 18.09.2003)

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6 Região Sul tem queda de 0,43% em relação a 16 de Setembro

Subsistema Sul - O nivel de armazenamento do Subsistema Sul está em 39%. Em relação ao dia 16 de setembro, o índice teve uma queda de 0,43%. A hidrelétrica de Salto Santiago está com 31,21% da capacidade. (Canal Energia - 18.09.2003)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Térmica no Mato Grosso do Sul

A empresa Alfred Klotz do Brasil foi autorizada pela Aneel a atuar como produtora independente de energia com a implantação da termelétrica Klotz Campo Grande II, em Mato Grosso do Sul. A usina terá 242,5 MW de capacidade instalada e deve entrar em operação comercial até dezembro de 2006. O investimento previsto para a obra é de R$ 291,1 milhões. São classificados como produtores independentes (PIEs) empresas individuais ou grupo de empresas reunidas em consórcio, com autorização ou concessão para produzir energia destinada ao comércio de toda ou parte da produção, por sua conta e risco. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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2 El Paso descobre nova reserva na Bacia de Santos

A El Paso Energy anunciou ontem a descoberta de uma nova reserva de petróleo, com 6,5 bilhões de metros cúbicos presumidos, na Bacia de Santos. A descoberta ocorreu no bloco BS-1, que é operado pela El Paso (60%) em parceria com a Petrobras (40%). Com isso, a empresa soma mais 1,76 bilhão de reservas comprovadas no país. Segundo o presidente da El Paso Production - a divisão petroleira da companhia -, Rod Erskine, o novo campo poderá representar reservas de 200 bilhões de metros cúbicos equivalentes, conceito que inclui petróleo e gás natural. "O total pode chegar a 200 bilhões de metros cúbicos equivalentes se obtivermos sucesso nos blocos futuros", afirma Erskine, que informou o prosseguimento dos trabalhos de perfuração nos próximos meses. Erskine informou, também, que a El Paso estuda o investimento na construção de um novo gasoduto para ligar a área da descoberta ao litoral paulista. Apenas com as descobertas deste ano, a El Paso já soma reservas de 12,6 bilhões de metros cúbicos no Brasil. Erskine avalia que as descobertas devem ampliar o valor dos ativos brasileiros da empresa, que já superou os US$ 70 milhões investidos neste ano pela El Paso na área de exploração e produção. (Jornal do Brasil - 19.09.2003)

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3 Petrobras realiza captação de US$ 250 mi no mercado internacional

A Petrobras fechou ontem mais uma venda de bônus no mercado internacional, desta vez de US$ 250 milhões. Com esta operação - a última no mercado de capitais este ano, conforme informação da empresa -, a estatal completa um total de US$ 2,45 bilhões no ano. A operação, feita em Nova York, foi concluída em tempo recorde, em apenas três horas. Segundo nota divulgada pela estatal, o bônus serve como "modelo de referência importante do custo de financiamento da empresa no mercado global" e demonstra o descasamento total de seu risco com o País. Os juros da captação ficaram em 8,65% ao ano, abaixo, portanto, dos 9,25% registrados na emissão de julho, de US$ 500 milhões, que já havia sido considerada um sucesso e histórica por representar o descolamento da Petrobras do risco Brasil e sua equiparação às grandes companhias de petróleo mundiais. Segundo a estatal a procura pelos títulos atingiu US$ 500 milhões, o dobro do efetivamente captado pela empresa e cinco vezes o volume inicial, que era de US$ 100 milhões. A venda foi totalmente subscrita por investidores americanos e europeus e marcou o ingresso da empresa no mercado de high yield, formado por investidores americanos interessados em financiar basicamente empresas dos EUA. (Jornal do Commercio - 19.09.2003)

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4 Petrobras estuda captação direta sem intermediação de bancos

A Petrobras está avaliando mecanismos de captação direta de recursos no mercado interno, sem a intermediação de bancos, principalmente para os projetos de gás natural. A idéia é pulverizar dívidas, criando canais diretos para que o pequeno investidor aplique seus recursos nos projetos de exploração e produção de gás. "Nossa intenção é que um dia o investidor que queira emprestar à Petrobras possa fazer isso diretamente, sem precisar dos bancos, mas num estágio intermediário um gerente irá custodiar lotes de ações", disse o gerente de Estruturações Financeiras da estatal, Laerte Pires Rocha. Ele afirmou, entretanto, que não há interesse em concorrer diretamente com o Tesouro. Rocha explicou que, como os projetos de gás natural renderão à Petrobras receita em real, "faz mais sentido" captar recursos também em real, diferentemente do caso do petróleo, cujo barril é cotado em dólar e, portanto, a receita da Petrobras é na mesma moeda. (Jornal do Commercio - 19.09.2003)

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Economia Brasileira

1 País ficará vulnerável por muito tempo, diz FMI

O Brasil ainda tem um longo período pela frente de vulnerabilidade interna e externa, disse ontem o economista-chefe do FMI, Kenneth Rogoff. Sobre um possível novo acordo com o FMI, ele declarou: "Cabe ao Brasil decidir o que quer fazer". Rogoff fez fortes elogios ao desempenho econômico do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas observou que, dada a grande dimensão do endividamento interno e externo do Brasil, não era possível resolver o problema "do dia para a noite". Para Rogoff, "embora o Brasil esteja indo extremamente bem, e o seu desempenho mereça ser elogiado, há um longo caminho pela frente". O economista disse que a dívida pública interna do Brasil está em torno de 65% do PIB e a dívida externa (pública e do setor privado) está acima de 55%. "Você não resolve estes problemas do dia para a noite, e é preciso crescimento sustentado para reduzir (as dívidas) com porcentagem do produto (PIB), a não ser que fossem tomadas medidas mais radicais", disse Rogoff, em entrevista à imprensa em Dubai, onde apresentou o documento semestral do FMI, Perspectiva Econômica Global de setembro de 2003. Segundo ele, as experiências de Chile e México e, um pouco mais no passado, de Grécia, Portugal e Espanha mostram que o processo de recuperação de países com problemas econômicos semelhantes aos do Brasil leva tempo. Rogoff observou que a Espanha fez 13 moratórias ao longo da sua história, e está indo muito bem hoje. (Estado de São Paulo - 19.09.2003)

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2 País recebeu em julho US$ 1,4 bi em investimentos

O ministro Guido Mantega afirmou o governo revisou o valor do investimento estrangeiro direto recebido pelo país em julho. De acordo com o ministro, o ingresso de capital estrangeiro foi de US$ 1,4 bilhão, e não de US$ 1,2 bilhão, que era o dado preliminar anunciado inicialmente pelo BC, no mês passado. Mantega reafirmou a projeção de que o ingresso de investimento estrangeiro no país tenha chegado a US$ 1,1 bilhão durante o mês passado. A estimativa já havia sido divulgada pelo Banco Central, que só deverá divulgar os números finais na próxima semana. Caso essa projeção se confirme, subirá para aproximadamente US$ 6 bilhões a entrada de capital externo no Brasil entre janeiro e agosto. A previsão do governo, confirmada ontem por Mantega, é que o ingresso de investimento estrangeiro chegue a US$ 10 bilhões neste ano -contra US$ 16,6 bilhões registrados em 2002. A entrada de investimentos estrangeiros serve para equilibrar as contas externas do país. A queda no ingresso de capital externo deve ser compensada pela redução do déficit em transações correntes. No ano passado, o déficit foi de US$ 7,7 bilhões. Neste ano, graças ao crescimento do saldo da balança comercial (exportações maiores do que as exportações), ele deve recuar, nas contas do Banco Central, para US$ 4,2 bilhões. (Folha de São Paulo - 19.09.2003)

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3 BNDES procura por projetos de investimento

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, vem cumprindo uma maratona de reuniões com o setor empresarial atrás de bons projetos de investimentos, capazes de ativar a tomada por empréstimos do banco. Com a baixa demanda, o BNDES tem dificuldades para cumprir seu orçamento deste ano, de R$ 34 bilhões. Nos primeiros oito meses de 2003, os desembolsos do banco somaram apenas R$ 17 bilhões, equivalentes a 50% do orçamento total para o ano, e 20% abaixo de mesmo período do ano passado. As consultas, que projetam liberações futuras, caíram 29% no período, somando R$ 21,3 bilhões. "Estamos conversando com os setores industriais pesados (siderurgia, petroquímica, papel e celulose) para que eles reformatem planos de expansão", disse Lessa, que espera em dois meses ver definidos com precisão projetos na siderurgia e na petroquímica. "Estamos trabalhando nos setores-chave da indústria", afirmou ele, citando como ponta-de-lança a construção naval. Este setor, segundo Lessa, o banco vem conseguindo reativar, já tendo aprovado neste ano quase US$ 600 milhões em operações de financiamento. Ele reconhece que o banco teve "uma queda dramática das consultas industriais". Em seu entender, isso é reflexo da situação econômica do País. "Qualquer grande empresário hoje, que vê uma taxa de câmbio com paridade volátil, e que tem pela frente uma indefinição de quando a economia vai crescer, fica naturalmente esperando", explicou. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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4 Tarifa pública sustenta inflação alta

Os reajustes das tarifas públicas mantêm a taxa de inflação elevada em São Paulo. Nos últimos 30 dias até 15 deste mês, a Fipe registrou alta de preços de 0,89%, taxa próxima do 0,91% da primeira semana do mês. Heron do Carmo, coordenador do IPC, diz que, apesar dessa taxa elevada, a inflação deve recuar para 0,60% até o final do mês, com as pressões menores de energia elétrica e de telefone fixo. Mesmo com essa sustentação da taxa em patamares acima das previsões iniciais de 0,4% para este mês, o economista da Fipe acredita em inflação próxima de 7% para este ano. O núcleo da inflação indica que a taxa "está girando por volta de 0,40% ao mês, ou menos de 5% no acumulado em 12 meses", diz Heron. (Folha de São Paulo - 19.09.2003)

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5 Prévia do IGP-M registra inflação de 1,04%

A segunda prévia da inflação medida pelo IGP-M mostrou alta de 1,04% em setembro, na maior variação para o indicador desde março, quando ficou positivo em 1,13%, informou ontem a FGV. A prévia do IGP-M também ficou bem acima da registrada no mês de agosto (0,18%) e foi pressionada pelo fim da safra. O IPA, que tem um peso de 60% na composição do IGP-M, passou de uma queda de 0,06% em agosto para alta de 1,37% neste mês. O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, entretanto, diz que não há risco de novos repiques inflacionários. "As acelerações estão muito concentradas na cadeia alimentar e em alguns combustíveis, ligados à cana-de-açúcar. Em compensação, vários produtos industriais ligados a investimentos, bens duráveis e eletrodomésticos estão negativos. A demanda está muito reprimida". Segundo Quadros, há espaço, inclusive, para cortes maiores nos juros: "Essa alta não representa uma tendência. A entressafra se manifesta de maneira mais aguda por dois ou três meses, mas depois desaparece. Produtos que responderiam à demanda estão imóveis". (Jornal do Commercio - 19.09.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera perto da estabilidade neste final de manhã, com os investidores divididos entre o fluxo positivo e especulações em torno da política cambial. Às 11h48m, a moeda americana tinha alta de 0,10%, cotada a R$ 2,902 na compra e R$ 2,905 na venda. Ontem, o dólar fechou em queda de 0,27%, a R$ 2,9000 na compra e a R$ 2,9020 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 19.09.2003)

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Internacional

1 Enron apresenta novo plano de reorganização para sair de concordata

A gigante do setor energético americano Enron apresentou ontem um novo plano de reorganização para sair da concordata, na qual entrou em dezembro de 2001. A empresa forneceu finalmente projeções financeiras até 2006 relativas às três empresas que sobreviverão quando ela sair da situação atual. Duas destas empresas, de gás natural na América do Norte e ativos internacionais, serão definitivamente alienadas para os credores, enquanto a terceira é uma empresa de eletricidade do Oregon que a Enron quer vender, mas que dará aos credores se não conseguir. Todas as três entidades serão lucrativas até lá, acredita a Enron. "Os valores dos ativos estão melhorando na área de energia em geral, porque não fizemos nenhuma venda de liquidação e vamos pressionar um pouco as ações judiciais", comentou ontem o porta-voz Mark Palmer, referindo-se aos esforços da companhia para reduzir o montante que os credores exigem. Os credores poderão receber uma quantia ainda maior, ele disse, pois a companhia está recorrendo aos tribunais e quer processar os bancos que, acredita, contribuíram para a sua queda. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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2 Credores da Enron receberão apenas 16,6% do montante

Em um documento apresentado ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos em Manhattan, a companhia disse que agora acredita que os credores da controladora recuperarão 16,6% do montante que possuíam, em comparação com a meta de 14,4% apresentada há dois meses. Os credores da Enron North America Corp., sua subsidiária maior, receberão de volta 19,5% de seu dinheiro, ante a estimativa de 18,3% apresentada no dia 11 de julho, enquanto os credores da terceira maior unidade, a Enron Power Marketing, obterão 22,5%, ou seja, acima da estimativa anterior de 21%. A Prisma Energy International Inc., depois de ser desmembrada da Enron, incluirá as operações internacionais de infra-estrutura de energia, incluindo a distribuidora de energia brasileira Elektro, cuja área de concessão cobre 223 municípios do interior de São Paulo e cinco do Mato Grosso do Sul. A Enron acredita que obterá uma receita de US$ 112,8 milhões em 2004, US$ 176,7 milhões em 2005 e US$ 233,2 milhões em 2006. (Gazeta Mercantil - 19.09.2003)

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3 Iberdrola espera decisão no final de setembro para aquisição de participação na Medgaz

A espanhola Iberdrola vai ter de esperar até o final de setembro para ver se poderá comprar participação na Medgaz, a companhia que vai construir e operar gasoduto da Argélia e a Espanha, segundo informou nessa quinta-feira o porta-voz da empresa de energia espanhola. A Iberdrola pretende comprar a participação de 12% que a italiana Eni possui atualmente na Medgaz. "Nós reiteramos nosso interesse pelo projeto, mas agora é uma questão de esperar a decisão a ser tomada pelo comitê da Medgaz", informou o porta-voz. A reunião do comitê da Medgaz será realizado no dia 30 de setembro. (Platts - 18.09.2003)

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