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IFE: nº 1.196 - 17 de setembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Programa de apoio às distribuidoras é divulgado oficialmente
2 Plano de apoio: Exigências a serem cumpridas pelas distribuidoras
3 Plano de apoio: Recapitalização será limitada a quantidade da dívida de curto prazo renegociada
4 Lessa: 24 distribuidoras de energia estão aptas ao programa de auxilio
5 CBIEE elogia programa de auxilio as distribuidoras
6 Pacote de ajuda é retomada de acordos suspensos, diz secretário de energia de SP
7 Auxílio trará alívio apenas no curto prazo, dizem analistas
8 Antonio Ermírio: Setor de geração também deve receber ajuda
9 Novo modelo deve ter "modicidade tarifária inteligente", diz secretário de energia de SP
10 Governo já admite descartar índice setorial e revisão qüinqüenal no novo modelo
11 Financiadores não aprovaram criação de um índice setorial
12 Pool aliviará caixa de geradoras estatais
13 Aneel e MME estudam alterações na lei 10.438
14 Governo e Aneel tem pressa na conclusão do novo texto
15 Convites para leilão de linhas de transmissão já foram expedidos mas podem atrasar
16 Financiamento do BNDES pode influenciar deságio no leilão de LT
17 Governo de SC vai estimular projetos de energia eólica

Empresas
1 CEEE estuda plano emergencial para superar crise financeira
2 Crise financeira congelou a participação da estatal na Termogaúcha, afirma diretor da CEEE
3 Celg negocia dívida com Eletrobrás
4 Celesc renegocia dívidas com consumidores inadimplentes
5 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Norte registra consumo de 2.719 MW médios
2 Volume armazenado está em 56,48% no subsistema Norte
3 Nível de armazenamento do subsistema Nordeste está em 31,25%
4 Nível de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste está em 54,77%
5 Capacidade dos reservatórios do subsistema Sul está em 39,96%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Abrace e MME têm reunião para começar a formatar novo leilão de excedente

Gás e Termelétricas
1 Pesquisa da USP aponta problemas na avaliação de impacto ambiental das termelétricas
2 Rio de Janeiro vai ter três novas entradas de gás natural até o final do ano
3 Empresário diz que Bolívia admite rever os preços de gás se o Brasil ampliar volume importado

Economia Brasileira
1 Governo anuncia medidas de incentivo ao consumo
2 BNB voltado para ampliar créditos à produção
3 Lula diz que juros continuarão caindo para o consumidor

4 Mercado aposta em queda da Selic para 20%
5 Economista prevê recuperação lenta
6 Brasil só deve negociar um novo acordo com o FMI em outubro
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo colombiano venderá transportadora de gás Ecogas

 

Reestruturação e Regulação

1 Programa de apoio às distribuidoras é divulgado oficialmente

O BNDES divulgou ontem, oficialmente, as condições do Programa de Apoio à Capitalização das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica. O pacote de ajuda prevê um volume de R$ 3 bilhões para a capitalização das distribuidoras e visa resolver o estrangulamento da dívida de curto prazo das empresas. "Temos consciência do endividamento de curto prazo do setor elétrico. As distribuidoras ocupam um papel central, são a ponta que se relaciona com os consumidores", disse a Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo a ministra, este seria "um modelo tripartite: acionistas, bancos privados e, por último, o BNDES". O BNDES entrará, no máximo, com 50% do total do endividamento bancário de curto prazo, por intermédio de debêntures conversíveis. O programa prevê a renegociação das dívidas de curto prazo por um prazo médio de três anos, com carência de 12 meses. As debêntures emitidas terão prazo de 10 anos, com 4 de carência, e a remuneração para o BNDES será de TJLP mais 4% ao ano. O pacote também prevê um resgate antecipado das debêntures por parte da distribuidora. As empresas poderão resgatar seus papéis no quadragésimo segundo mês contado da data de emissão das debêntures, mediante o pagamento de um prêmio de 30%, calculado sobre o valor do saldo devedor. Caso a empresa não cumpra a obrigação de listar suas ações no Novo Mercado ou no Nível 2, a remuneração das debêntures sobe para TJLP mais 12% ao ano. O prazo de utilização dos recursos vai até 31 de dezembro de 2004. (Gazeta Mercantil e O Globo - 17.09.2003)

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2 Plano de apoio: Exigências a serem cumpridas pelas distribuidoras

Para que as empresas recebam o auxílio do BNDES, é preciso que os controladores apresentem ao banco estatal um protocolo de intenções firmado com os bancos credores privados de uma renegociação de, no mínimo, 30% da dívida de curto prazo das distribuidoras. Além disso, o programa exige a conversão dos créditos dos acionistas controladores na empresa em capital e a entrada da companhia no Nível 2 ou no Novo Mercado da Bovespa em até 42 meses. O banco se compromete ainda a converter um terço de suas debêntures em capital para a distribuidora se ela antecipar de 42 para 36 meses a condição de listar suas ações no Nível 2 ou no Novo Mercado. Se a empresa se tornar inadimplente, porém, o BNDES poderá resgatar os recebíveis lastreados em contas de luz, dados como garantia ao financiamento. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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3 Plano de apoio: Recapitalização será limitada a quantidade da dívida de curto prazo renegociada

A recapitalização será limitada a dívida financeira de curto prazo que tiver sido renegociada com bancos privados. O programa prevê que se uma distribuidora negociar alongamento de 30% da dívida com os bancos, o BNDES fará capitalização equivalente, também de 30% do total. Se os bancos privados alongaram 60% da dívida, a capitalização do BNDES será limitada a um teto de 50%. Nesse caso, a empresa terá equacionado totalmente sua dívida (renegociando 110%, para continuar com o mesmo exemplo) ficando com uma folga de caixa que poderá ser usada para pagamento de outros passivos, sendo obrigada a informar a destinação ao BNDES através de um "quadro de usos e fontes". "Não consideramos correto uma solução de capitalização do setor que simplesmente resultasse na transferência, para o colo do Governo, dos problemas financeiros dos agentes privados", disse a ministra Dilma Rousseff. (Valor - 17.09.2003)

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4 Lessa: 24 distribuidoras de energia estão aptas ao programa de auxilio

O programa começa a vigorar a partir de hoje. De acordo com o presidente do BNDES, Carlos Lessa, 24 distribuidoras estariam aptas a participar do "Programa de apoio à capitalização de empresas distribuidoras de energia elétrica". A Eletropaulo, que deve US$ 1,2 bilhão ao BNDES, estaria de fora. Só quando começar a honrar o acordo para o pagamento de sua dívida com o BNDES é que passará a fazer parte do grupo. A dívida de curto prazo da empresa, segundo a Economática, é de R$ 3,5 bilhões, representando 91% da sua dívida bruta. Na semana passada, a empresa divulgou números diferentes: a dívida de curto prazo seria de R$ 4,2 bilhões, para uma dívida total de 6,3 bilhões. (Gazeta Mercantil e O Globo - 17.09.2003)

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5 CBIEE elogia programa de auxilio as distribuidoras

Cláudio Sales, presidente da Câmara de Investidores em Energia Elétrica, elogiou o programa. "Trata-se de uma iniciativa importante, não só pelo potencial de recursos envolvidos, mas principalmente por reconhecer que a situação financeira das empresas deve-se a questões estruturais que o governo pretende mitigar com essa ajuda". (Valor - 17.09.2003)

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6 Pacote de ajuda é retomada de acordos suspensos, diz secretário de energia de SP

Para o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, o pacote de ajuda ao setor elétrico é uma retomada, pelo governo federal, de acordos suspensos. "É a retomada do acerto anterior, com a compensação do não repasse dos custos não-gerenciáveis, além da liberação da parcela que faltava do empréstimo de socorro às companhias". O secretário ressaltou que "não é verdadeiro" o entendimento de que acionistas capitalizarão as companhias futuramente. "Algumas empresas privadas, como a CPFL, de sociedade 100% brasileira, estão sendo capitalizadas por seus acionistas. Mas não sabemos se as empresas estrangeiras também farão e as estatais não têm recursos". Arce lembrou que as empresas geradoras de energia tiveram redução de 25% na obrigatoriedade da contratação de sua energia pelas distribuidoras nesse ano e ainda sofrem com a sobra de eletricidade no mercado. "No caso da Cesp, por exemplo, perdemos 25% dos nossos contratos, o que representa 900 MW e deixamos de faturar R$ 400 milhões este ano. O que esperamos é voltar a vender esses 900 MW e não perder mais 25% no ano que vem. Esperamos que o governo encontre medidas para atenuar esse problema". (Estado de São Paulo - 17.09.2003)

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7 Auxílio trará alívio apenas no curto prazo, dizem analistas

O pacote de ajuda do BNDES às distribuidoras de energia foi considerado por analistas como um alívio de curto prazo para as empresas, que não resolverá o problema do setor. Isso porque não há nenhuma garantia de que as distribuidoras conseguirão pagar os empréstimos ao banco dentro de três anos. A dívida de curto prazo de sete das principais empresas de energia do Brasil é de R$ 7,4 bilhões. A geração de caixa anual delas é de R$ 5,6 bilhões. "Portanto, não há receita para pagar os débitos dessas companhias", disse Sérgio Tamashiro, analista de energia do Unibanco. Segundo Tamashiro, o governo não deu até agora nenhum sinal de que aumentará a tarifa das distribuidoras para garantir a elas mais receita, o que permitiria pagar os empréstimos que tomarem do BNDES. Para o analista, o único fator que pode aliviar as contas das distribuidoras seria o aumento do consumo de energia elétrica nos próximos anos. Paulo Cunha, especialista em energia elétrica e ex-diretor de Itaipu, também criticou o pacote de auxílio do BNDES. Segundo ele, dentro de dois ou três anos as distribuidoras voltarão a pedir dinheiro do BNDES, pois não terão solucionado seus problemas financeiros. "O projeto apresentado para as distribuidoras não é uma boa saída para o setor elétrico", disse Cunha. (Folha de São Paulo - 17.09.2003)

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8 Antonio Ermírio: Setor de geração também deve receber ajuda

O governo entendeu as dificuldades do setor, disse o empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim, sobre o pacote de ajuda ao setor elétrico. Mas, ele acrescenta, "o ideal é que se ajude também o setor de geração de energia. Sem ampliação da geração, o País terá dificuldade para promover o crescimento econômico". Segundo Ermírio, o crescimento consumiria "facilmente" as sobras de energia. Ele lembra que 90% do setor de geração pertence ao governo e também precisa ser ajudado "até para os investidores internacionais verem que aqui se investe em energia elétrica". Para Ermírio, as dificuldades do setor têm origem no período de racionamento de energia. Ele lembra que a iniciativa privada está ajudando: "Vamos capitalizar a CPFL, para que ela se recupere das perdas do racionamento". O Grupo Votorantim adquiriu parte da participação da CPFL na construção da hidrelétrica de Campos Novos, no rio Canoas, que deverá entrar em funcionamento a partir de janeiro de 2006. (Estado de São Paulo - 17.09.2003)


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9 Novo modelo deve ter "modicidade tarifária inteligente", diz secretário de energia de SP

O secretário de Energia e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, defendeu que o novo modelo do setor elétrico tenha uma "modicidade tarifária inteligente". Segundo ele, de 1994 a 2001, houve redução das tarifas, "mas não a ponto de quebrar as empresas". "O governo está ciente de que tem que contar com investidores privados. Então, que dê condições para que se continue investindo", disse, acrescentando que não deve ser adotada uma postura demagógica e paternalista no âmbito das tarifas. Para ele, as empresas estatais não devem pagar a conta dessa modicidade. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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10 Governo já admite descartar índice setorial e revisão qüinqüenal no novo modelo

O pleito dos agentes do setor elétrico ao MME por mudanças na proposta de novo modelo parece estar surtindo efeito. Mesmo antes de receber a posição consolidada de empresas e associações sobre as mudanças pretendidas, o governo já admite abandonar pontos apresentados no documento de reforma setorial, como a criação de um índice específico do setor e a revisão dos contratos a cada cinco anos. No caso da revisão qüinqüenal dos contratos entre geradoras e distribuidoras no pool, a proposta foi amplamente rechaçada pelas empresas de geração do setor, reunidas sob o coordenação da Abrage (Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica). A proposta consolidada das geradoras será levada ao secretário na próxima quinta, dia 18. Tolmasquim afirma que a revisão dos contratos a cada cinco anos foi sugerida justamente para abrir espaços visando a adequações nas bases firmadas inicialmente. Isto em função, segundo ele, do descolamento que ocorre com a variação, ao longo dos anos, do índice de correção. "O modelo sugeriu a revisão de cinco em cinco como forma de verificar se as condições de quando o acordo foi firmado estão se respeitadas. Isto nada tem a ver com a revisão das distribuidoras, que é um processo totalmente diferente", explica. (Canal Energia - 16.09.2003)

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11 Financiadores não aprovaram criação de um índice setorial

Segundo Tolmasquim, a falta de histórico de um novo índice foi colocado por organismos financiadores como principal entrave para a idéia, podendo dificultar a concessão de novos financiamentos para as empresas. Como alternativa ele adiantou que poderá ser construída uma cesta de índices para reajustar os contratos do pool. Para Flávio Decat, na implantação do novo modelo do setor elétrico, o governo não pode deixar de ver a questão tributária, que hoje afeta toda a cadeia. O executivo estima que 60% da receita das distribuidoras destinam-se, hoje, ao pagamento de impostos, tributos e encargos intrasetoriais. "O modelo não pode passar ao largo desta questão", diz. A questão tributária, na ordem do dia no Congresso Nacional, também preocupa o ministério de Minas e Energia e os agentes do setor elétrico. O tema está na agenda de vários segmentos. Atualmente, a questão é estudada pelo MME, pela, e pela Eletrobrás. (Canal Energia - 16.09.2003)

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12 Pool aliviará caixa de geradoras estatais

A criação do pool de energia elétrica no novo modelo aliviará o caixa das geradoras do grupo Eletrobrás. Atualmente, a descontratação de 25% da energia dos contratos iniciais traz prejuízo anual de R$ 1,5 bilhão, sendo que Furnas Centrais Elétricas registra perdas de R$ 1,2 bilhão. O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, alertou durante o evento "As estatais e o Novo Modelo", que aconteceu na última segunda-feira, dia 15 de setembro, para o risco de perdas por parte das empresas com a demora da entrada do novo modelo do setor elétrico, já que outros 25% serão liberados em 2004. "Com o pool, as estatais estarão contratadas, garantindo sua remuneração e capitalização", afirma. Para negociar essa sobra de energia e trazer remuneração para os geradores, o governo federal promoveu o leilão de excedentes, realizado pelo MAE na última sexta-feira, dia 12 de setembro. O montante vendido por Furnas no leilão, 231,51 MW médios, representou 59% do total negociado no Sul e Sudeste na base e ponta. O presidente da estatal, José Pedro Rodrigues, preferiu não criticar o processo, mas alertou que o leilão não permite a previsão de faturamento para as empresas. O executivo de Furnas também destacou a importância da revitalização das áreas de planejamento das estatais. Segundo Rodrigues, a Fundação de Estudos e Planejamento Energético (Fepe), entidade proposta pelo novo modelo, precisará das informações mercadológicas das empresas para executar o trabalho com eficiência. (Canal Energia - 16.09.2003)

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13 Aneel e MME estudam alterações na lei 10.438

A Aneel e o MME estão estudando alterações no texto da lei nº 10.438/02, que, entre outros assuntos, estabelece desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e de transmissão. Atualmente, a lei concede desconto de 50% para tarifas de transporte de energia, "incidindo da produção ao consumo de energia comercializada" pelos aproveitamentos de fontes alternativas. O texto está causando confusões no mercado, pois alguns executivos e especialistas do setor elétrico afirmam que a medida beneficia pequenos produtores e consumidores livres. Segundo José Eduardo Tanure, superintendente de regulação de distribuição da Aneel, a redação não deixa claro que o benefício é estendido aos consumidores livres. Ele explica que a redação usada na lei utiliza termos da época do modelo estatal. "Não temos dúvida de que o desconto é válido para as geradoras, mas, para o consumidor livre, isso não está claro", afirma. Tanure afirma que o benefício já está valendo para as geradoras (por meio da resolução nº 213/03), mas para os consumidores livres o texto não está claro quanto ao incentivo. É neste ponto que se concentram as conversas entre a Aneel e o MME. As duas instituições discutem a possibilidade de estender o benefício para os consumidores livres. Na semana passada, a agência e o ministério se reuniram para discutir a questão, mas o superintendente diz que nada foi fechado oficialmente. (Canal Energia - 16.09.2003)

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14 Governo e Aneel tem pressa na conclusão do novo texto

A expectativa é que, nos próximos meses, governo e Aneel concluam a nova redação sobre o tema. "Esse é um assunto que também preocupa a agência", comenta. No entanto, consultores da área discordam da justificativa da Aneel. Na avaliação de Ivo Pugnaloni, superintendente técnico da Enercons Consultoria em Energia, o texto da lei está claro e não tem porque a agência demorar tanto para regulamentar a questão pelo lado do consumidor. Segundo ele, o caso preocupa, pois reduz a efetiva implantação da livre competição no mercado. "Essa demora diminui o interesse de grandes consumidores em se tornarem livres, além de afastar os investidores do mercado de fontes alternativas", afirma. O executivo explica que, sem o incentivo, os grandes consumidores não se sentem estimulados em sair do mercado cativo, pois a tarifa de transporte da energia é quase o mesmo valor que o da energia. Pelo lado do pequeno produtor, Pugnaloni diz que a falta de divulgação sobre a regulamentação do desconto, afasta o interesse de investidores pelo segmento de fontes alternativas. Para o vice-presidente da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica), Eduardo Carlos Spalding, a falta de uma regulamentação que estimule os autoprodutores de energia elétrica inviabiliza os negócios na área. (Canal Energia - 16.09.2003)

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15 Convites para leilão de linhas de transmissão já foram expedidos mas podem atrasar

A Aneel estará realizando o Leilão 001/2003, referente às outorgas de concessões de serviços públicos de transmissão de energia elétrica, na Bovespa, dia 23 de setembro de 2003, a partir das 12h. Segundo a agência, os convites já foram expedidos, mas em virtude da greve dos Correios poderá haver atraso na sua distribuição. Se o convite não chegar em tempo hábil, o credenciamento, por meio de confirmação em listagem presente na entrada da Bovespa, será realizado com a apresentação de documento de identidade. As concessões de novas linhas de transmissão deverão ser disputadas por 42 empresas nacionais e estrangeiras. Esse foi o total de interessados que, individualmente ou agrupados em consórcio, se pré-qualificou para o processo licitatório. (NUCA - 17.09.2003)

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16 Financiamento do BNDES pode influenciar deságio no leilão de LT

A sinalização positiva do BNDES para liberação de financiamentos dos projetos de transmissão que serão licitados pela Aneel no dia 23 de setembro, na Bovespa poderá trazer modicidade tarifária, segundo Nélson Siffert, chefe do departamento de energia elétrica. Ele explica que as condições de financiamento oferecidas pelo banco podem influenciar no deságio do negócio. Siffert informa que algumas empresas já sondaram as oportunidades de empréstimos com o BNDES. O executivo do BNDES alerta que a sondagem anterior não garante a liberação dos recursos para os vencedores do leilão. "Vamos analisar os empréstimos caso a caso", diz. Siffert explica que o caso AES aumentou as exigências do banco para o financiamento. Segundo ele, os interessados devem apresentar fiança corporativa, em caso de empresas estrangeiras ligado à matriz, e ter capacidade de endividamento. "Não estamos atuando com project finance. O investidor deve ter condições de obter os financiamentos", afirma. Nelson Siffert destaca que o BNDES é um fator de competitividade para os empreendimentos, já que o financiamento será em moeda nacional. "Os investidores terão segurança para alocar os recursos, sabendo que a remuneração fixa cobrirá os custos", explica. (Canal Energia - 16.09.2003)

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17 Governo de SC vai estimular projetos de energia eólica

O governo de Santa Catarina vai estimular iniciativas para desenvolvimento de projetos de energia eólica. Ao visitar nesta terça-feira pela manhã um parque eólico na Galícia, o governador Luiz Henrique disse que é preciso que o Estado tenha fontes alternativas de energia para evitar a dependência exclusiva de um só modelo. O governador ponderou ainda que a energia eólica representa o futuro, já que é uma fonte ecologicamente correta. O sistema já está sendo implantando no Estado, em Laguna, Bom Jardim da Serra e Água Doce. A produção em 48 parques eólicos na Galícia chega a 1,8 milhões de quilowats, contra 2,8 milhões de energia hidráulica e 2 milhões de energia térmica. O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, lembrou que a energia eólica ainda é mais cara que a gerada pelas hidrelétricas, em Santa Catarina. Mas acredita que é importante investir já neste segmento. "Mesmo que não exista ainda viabilidade econômica, é bom começar a pena nas gerações futuras e a diversificação das fontes", emendou Schneider. (A Noticia - 17.09.2003)

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Empresas

1 CEEE estuda plano emergencial para superar crise financeira

O novo presidente da CEEE, Antônio Carlos Brites Jaques, pretende definir em duas semanas um plano emergencial para o restante de 2003. O executivo pretende também implantar um planejamento estratégico que isole a companhia de turbulências a cada troca de governo, mas no curto prazo o maior problema são as ações trabalhistas. Neste ano elas devem consumir R$ 157 milhões, mais do que os R$ 155 milhões orçados para investimentos. Hoje, por exemplo, a estatal enfrenta um julgamento no Tribunal Regional do Trabalho em que um escritório de advocacia lhe cobra R$ 100 milhões só em honorários. Segundo Jaques, a manutenção dos projetos de investimentos depende de uma renegociação para o reescalonamento de desembolsos referentes a ações já julgadas. O cronograma atual prevê pagamentos de R$ 54 milhões até fevereiro de 2004, mas a empresa pretende adequá-los ao fluxo de caixa, limitando-os a R$ 1,5 milhão mensais, disse o presidente. Definido o novo plano estratégico, Jaques pretende abrir negociações para ampliar a participação da Eletrobrás na empresa até o limite que não implique a perda de controle pelo governo do Estado. (Valor - 17.09.2003)

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2 Crise financeira congelou a participação da estatal na Termogaúcha, afirma diretor da CEEE

Segundo o diretor financeiro, Edison Zart, a crise forçou a estatal congelar a participação na Termogaúcha, um projeto de 500 MW que envolve os grupos Ipiranga, Petrobras e YPF-Repsol. A CEEE deve limitar-se aos R$ 45 milhões aportados desde 2000, reduzindo sua participação a 11% na térmica que deve operar a partir de meados de 2005 no pólo petroquímico de Triunfo, ante os 23% previstos originalmente. .. (Valor - 17.09.2003)

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3 Celg negocia dívida com Eletrobrás

A Celg negocia nesta terça-feira, dia 16 de setembro, o pagamento das suas dívidas com a RGR, CDE e CCC com a Eletrobrás. O débito da empresa com os encargos setoriais chega a R$ 270 milhões. Devido à inadimplência, a empresa não pôde repassar o reajuste autorizado pela Aneel nas tarifas de energia fornecida para os consumidores e distribuidoras. (Canal Energia - 16.09.2003)

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4 Celesc renegocia dívidas com consumidores inadimplentes

A Celesc espera reduzir em R$ 38 milhões o total das dívidas de clientes inadimplentes por meio de uma campanha de renegociação com esses consumidores. De acordo com o diretor Econômico-financeiro da companhia, Paulo Martignago, essas dívidas atingem hoje a um total de R$ 130 milhões, o que corresponde a aproximadamente metade do faturamento mensal da companhia. A empresa, que lançou a campanha na sexta-feira, está recebendo diversas consultas de consumidores interessados na renegociação. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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5 Curtas

A Light, que está renegociando o pagamento de parte de sua dívida de curto prazo, no caso de R$ 220 milhões, aos bancos credores no primeiro semestre do ano, está iniciando os trabalhos de análise e avaliação dos benefícios do programa do BNDES. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

A Light investiu R$ 150 mil para participar da Expo Abras na expectativa de movimentar mais de R$ 1,3 milhão em negócios de eficiência energética junto ao comércio e à indústria. O setor representa 40% do faturamento da distribuidora, que participa pela primeira vez do evento. (Valor - 17.09.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Norte registra consumo de 2.719 MW médios

A região Norte teve consumo de 2.719 MW médios na última segunda-feira, dia 15 de setembro, contra previsão de 2.823 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula queda de 4,89% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 6.188 MW médios, contra previsão de 6.006 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula elevação de 2,11% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, o subsistema está com baixa de 5,59% no mesmo período. O submercado Sul consumiu 7.290 MW médios, contra previsão de 6.637 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com alta de 5,02% nos últimos sete dias. O consumo no Sudeste/Centro-Oeste chegou a 25.694 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o subsistema registra queda de 0,98% nos últimos sete dias. No mesmo período, o submercado acumula baixa de 6,41% no consumo. (Canal Energia - 16.09.2003)

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2 Volume armazenado está em 56,48% no subsistema Norte

O nível de armazenamento do subsistema Norte está em 56,48%, o que corresponde a uma redução de 0,69% em comparação com os dados do dia 14 de setembro. A usina de Tucuruí está com 68,58% da capacidade. (Canal Energia - 16.09.2003)

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3 Nível de armazenamento do subsistema Nordeste está em 31,25%

A capacidade dos reservatórios do subsistema Nordeste está em 31,25%. O nível teve uma queda de 0,2% em relação ao dia 14 de setembro. O volume armazenado fica 19,75% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A hidrelétrica de Sobradinho está com 25,01% da capacidade. (Canal Energia - 16.09.2003)

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4 Nível de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste está em 54,77%

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 54,77% da capacidade. O volume está 31,77% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,31%. As hidrelétricas de Furnas e Itumbiara estão com 70,65% e 67,35% da capacidade. (Canal Energia - 16.09.2003)

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5 Capacidade dos reservatórios do subsistema Sul está em 39,96%

O volume armazenado está em 39,96% no subsistema Sul, uma queda de 0,4% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago registra índice de 31,03%. (Canal Energia - 16.09.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Abrace e MME têm reunião para começar a formatar novo leilão de excedente

A Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia) se reúne na próxima semana com o MME para começar a discutir a formatação de um novo leilão de excedente. O encontro terá o objetivo de preparar o terreno para a futura venda do montante que não foi vendido no leilão que aconteceu na semana passada. Dos 1.454 MW médios colocados à venda, 857,2 MW foram comercializados, gerando uma receita de quase R$ 180 milhões. Na próxima quinta-feira, dia 18 de setembro, Abrace, Associação Brasileira do Alumínio, Associação Latino-America da Indústria Cloro, Álcalis e Derivados, o Instituto Brasileiro de Siderurgia e a Abrace/Ferro Liga se encontram para tratar do negócio. "A idéia é oferecer produtos mais flexibilizados e interruptíveis no próximo leilão", conta Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente da Abrace. Segundo ele, para a realização de um novo leilão será preciso eliminar as restrições de rede que reduziram a oferta de energia na operação da semana passada. (Canal Energia - 16.09.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Pesquisa da USP aponta problemas na avaliação de impacto ambiental das termelétricas

Trabalho feito pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) revela que os Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) não estão avaliando corretamente a emissão de poluentes das termelétricas. De acordo com simulação do engenheiro Antônio Gonçalves do Curral, o nível do poluente dióxido de nitrogênio (NO2) emitido pela termelétrica de Piratininga, em São Paulo, é quase o dobro do apresentado pela consultora responsável pelo EIA da usina. A pesquisa "Avaliação de impacto ambiental produzido por usinas termelétricas com enfoque na poluição atmosférica" mostra que a concentração dos poluentes está próxima ao limite estabelecido. Na análise do engenheiro, o problema é que esta simulação "mais realista" e os de EIA não são semelhantes, o que mostra problemas na análise de impacto ambiental. Outro problema citado pelo engenheiro é a não-medição de três dos seis poluentes recomendados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb). Ficaram faltando a medição do dióxido de enxofre (SO2), dos materiais particulados (MP) e dos compostos orgânicos voláteis (VOC). O estudo foi iniciado pelo engenheiro em 2000, quando foi lançado o PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade). (Canal Energia - 16.09.2003)

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2 Rio de Janeiro vai ter três novas entradas de gás natural até o final do ano

O estado do Rio de Janeiro pretende aumentar o uso do gás natural em sua matriz energética e também tornar mais seguro o abastecimento do combustível. Para isto, prevê inaugurar até o final do ano três entradas de gás natural para a cidade do Rio e para alguns municípios da Baixada Fluminense, diminuindo o risco de saturação dos dutos já existentes. Com o funcionamento dos novos gasodutos, haverá uma oferta adicional de 1,8 milhão de m³ por dia, segundo as contas do secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o que aprofunda também o uso de gás na sua matriz, superando com folga a casa de 10%. No próximo dia 25, será inaugurado o primeiro ramal de distribuição de gás natural, o gasoduto Novas Fontes 1, cujas obras foram executadas em dois anos, somando um investimento de R$ 27 milhões, feito pela concessionária CEG. O gasoduto terá 27 km de extensão, transportando mais de 35 mil m³ de gás por hora. Segundo Victer, em conseqüência de seu funcionamento, criam-se condições para o abastecimento direto de gás natural para 20 novas indústrias e ao Porto de Sepetiba. Depois disso, haverá um segundo ramal, o Novas Fontes 2, interligando Japeri e a termelétrica Eletrobolt. O terceiro ramal, o Novas Fontes 3, chegará a Jacarepaguá. Os novos gasodutos, explicou o secretário, põem fim ao problema de pressão e regulagem das estações da CEG, que operam no limite dado o desbalanceamento na distribuição do gás. Com os novos ramais, o Rio de Janeiro (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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3 Empresário diz que Bolívia admite rever os preços de gás se o Brasil ampliar volume importado

O empresário Maurílio Biagi volta do encontro do Ceal, em La Paz, com informação interessante. Diz que o presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, admite rever os preços dos contratos da compra de gás assinados pelo Brasil desde que, como contrapartida, o Brasil amplie o volume importado. Como o Brasil hoje não consegue consumir as quantidades que importa da Bolívia, talvez Lozada jogue com esse fato para dizer que não disse não à queda dos preços, diretamente. (Estado de São Paulo - 17.09.2003)

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Economia Brasileira

1 Governo anuncia medidas de incentivo ao consumo

O governo anuncia hoje medidas de incentivo ao crédito, na tentativa de forçar uma aceleração da queda dos juros e injetar novo ânimo à economia. Pela manhã, o presidente Lula assina uma MP sugerida por Luiz Marinho, presidente nacional da CUT, que permite aos bancos descontar diretamente na folha de pagamento das empresas os empréstimos contratados pelos seus funcionários. O ministro da Fazendo, Antonio Palocci, e o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, anunciam também novas linhas de crédito para compra de eletrodomésticos, como fogões e geladeiras e televisores, que serão concedidas pelo BB e CEF. Os recursos, estimados em R$ 200 milhões devem vir do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A possibilidade de descontar os empréstimos diretamente na folha de pagamento reduz o risco dos bancos na concessão de crédito e, por tabela, deveria diminuir os juros cobrados pelas instituições financeiras. A medida vem sendo negociada pelo ministério da Fazenda com a centrais sindicais e a Federação Brasileira de bancos (Febraban). Segundo uma fonte, a expectativa é que, com essa garantia, os juros cobrados caiam para menos de 2% ao mês. (Valor - 17.09.2003)

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2 BNB voltado para ampliar créditos à produção

O Banco do Nordeste (BNB) pretende dinamizar a concessão de créditos para a produção. A carteira do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), cujos recursos administra, deverá desembolsar R$ 1,5 bilhão neste ano. Em 2002, foram liberados R$ 254 milhões. Considerando os recursos do FNE, o BNB poderá dispor de até R$ 3 bilhões para os estados nordestinos, norte de Minas e Espírito Santo, em 2004. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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3 Lula diz que juros continuarão caindo para o consumidor

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar otimista com a retomada do crescimento econômico e com a geração de empregos que o reaquecimento deve provocar. Lula disse que o país está no caminho certo, que os juros vão continuar caindo e que esse movimento vai beneficiar consumidores e o setor produtivo. O presidente, no entanto, não fez referência à reunião do Copom do BC, que nesta quarta-feira decide o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 22% ao ano. "Obviamente, a redução das taxas de juros vai chegar ao consumidor e aos empresários. Essas coisas não se dão de forma automática. Quando você anuncia, não chega no dia seguinte a quem nós queremos atingir e favorecer. Leva um tempo de maturação" - afirmou o presidente, lembrando que o governo anunciou há um mês o Plano Plurianual e abriu linhas de financiamentos de R$ 4 bilhões no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. (O Globo - 17.09.2003)

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4 Mercado aposta em queda da Selic para 20%

Na véspera da reunião do Copom, que decide hoje a nova taxa de juros, bancos e consultorias mantinham a aposta consensual em queda de dois pontos percentuais. "O Copom deve reduzir os juros em dois pontos porque, se for além disso, esbarra na preocupação com a inflação, se for aquém disso, esbarra na preocupação com os juros reais, ainda muito elevados", afirma Tomás Málaga, economista-chefe do Itaú. A LCA Consultores falou de queda entre 1,5 ponto e dois pontos. "Achamos que o corte pode ser de 1,5 a 2 pontos por causa do perfil conservador da diretoria do BC. Além disso no último boletim Focus houve aumento nas projeções de inflação para 2003 e para os próximos 12 meses em quatro índices", diz Luís Suzigan, economista-chefe da LCA. No entanto, a maior parte das instituições ouvidas não descarta totalmente a possibilidade de que a autoridade monetária seja mais agressiva e reduza os juros para menos de 20% ao ano. (Folha de São Paulo - 17.09.2003)

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5 Economista prevê recuperação lenta

O País caminha para a recuperação do crescimento, mas a passos bem mais lentos do que gostaria o governo, alerta projeção feita pela Macroplan Prospectiva e Estratégia, que aponta um salto no PIB de 0,8% em 2003, de 3% em 2004 e altas acima de 4% somente em 2006. As estimativas, no entanto, pressupõem que o governo adote mecanismos de melhora na qualidade dos gastos públicos e "engenharias financeiras" que atraiam a iniciativa privada aos investimentos, receituário alinhado com propostas apresentadas nesta semana por membros do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP). A Macroplan agora credita em 75% as chances de que o País esteja no caminho para a recuperação, sendo de 25% a probabilidade de que haja algum tipo de problema de condução da política econômica. Porto acredita que o governo deve semear a confiança através de regras estáveis, o que passa pela consolidação do papel das agências reguladoras no País. "Logo de início integrantes do governo extrapolaram nessa discussão, mas agora ela está bem mais racional", observa. O segundo ponto está ligado ao que o analista classifica como "engenharia financeira". "Devem ser montados novos esquemas para financiamento de investimentos e o conceito-chave aí é a Parceria Público-Privada (PPP), tema para o qual o governo está jogando menos empenho do que deveria - é preciso discutir o tema sem nenhum preconceito em relação à iniciativa privada", reforça. (Gazeta Mercantil - 17.09.2003)

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6 Brasil só deve negociar um novo acordo com o FMI em outubro

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, não abrirá negociações com o FMI agora. Ele embarca nesta semana para Dubai, para participar da reunião anual do FMI/Banco Mundial, terá encontro com o diretor da instituição, Horst Köhler, poderá fazer sondagens sobre um eventual acordo preventivo, mas negociação mesmo, se houver, será em outubro. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, que é o coordenador da equipe técnica que negocia com os funcionários do FMI, não deverá acompanhar o ministro da Fazenda nessa viagem. A comitiva de Palocci inclui o secretário de Assuntos Internacionais, Otaviano Canuto, e, do BC, está prevista ida do presidente Henrique Meirelles e de três chefes de departamento. Palocci tem citado, nas suas conversas sobre a eventual prorrogação do acordo com o FMI, a intenção de fazer uma negociação "preventiva". Isso não significa, segundo explicou sua assessoria, buscar, entre o cardápio de possibilidades do Fundo, o modelo de ajuda criado exatamente para ser "preventivo", que é a Contingent Credit Line (CCL). (Valor - 17.09.2003)

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7 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio tem uma manhã morna, marcada pela expectativa dos agentes financeiros em torno da reunião do Copom. Às 11h52m, a moeda americana era cotada a R$ 2,903 na compra e R$ 2,905 na venda, com baixa de 0,27%. Ontem, o dólar fechou com alta de 1,04%, a R$ 2,9100 na compra e a R$ 2,9130 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 17.09.2003)

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Internacional

1 Governo colombiano venderá transportadora de gás Ecogas

O governo da Colômbia decidiu privatizar a empresa de transporte de gás Ecogas, de acordo com anúncio do governo. A medida visa a redução de tarifas de transporte, dessa forma estimulando o crescimento do setor de gás natural do país, disse o vice-diretor do Departamento Nacional de Planejamento (DNP), Alejandro Gaviria. "A expectativa é de queda dos preços de transporte de gás no médio prazo depois da privatização e, portanto, o preço para os usuários será menor, contribuindo para a estratégia de popularização do gás natural", disse. A Ecogas foi criada em 1997 para administrar a infra-estrutura de transporte de gás da petroleira estatal Ecopetrol. A empresa tem mais de 3.600km de dutos e abastece 17 distribuidoras (que representam 32% do faturamento da empresa), sete clientes industriais (2%), oito usinas de geração de energia (17%), quatro comercializadoras (48%) e três fornecedoras de gás natural veicular (1%). A demanda de gás natural em 2002 era de pouco mais de 600 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d), de acordo com o Conselho de Política Econômica e Social (Conpes), que estima que a cifra vai dobrar até 2010. O anúncio do governo é preliminar, e detalhes de como a venda será estruturada ainda não estão disponíveis. (Business News Americas - 17.09.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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