l IFE:
nº 1.190 - 09 de setembro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Aneel prevê acréscimo de 1.703 quilômetros em LTs O sistema
de transmissão nacional deve ganhar este ano mais 1.703,5 quilômetros
em linhas de transmissão, segundo boletim semanal da Aneel. Para 2004,
a previsão é que entrem em operação comercial mais 3.260,9 quilômetros.
Em 2005, a estimativa é que 41 quilômetros em linhas de transmissão entrem
em operação. De 1998 para cá, quando a agência foi criada, já foram expedidas
1.306 outorgas, que somam 58.930 MW e investimentos de R$ 85,2 bilhões,
segundo informações do boletim semanal da Aneel. Dos 12.203,1 MW previstos
para entrar em 2003, somente 4.645,9 MW devem entrar em operação neste
ano. O levantamento mostra que 5.426 MW apresentam graves restrições ambientais
ou judiciais e outros 2.131,2 MW têm algum tipo de restrição. No período
2004/2007, a previsão é que 7.640,9 MW entrem efetivamente em operação,
contra os 26.662,4 MW previstos para iniciar operação neste período. Outros
12.174,7 MW apresentam algum tipo de restrição e 9.511,9 MW estão com
graves restrições. (Canal Energia - 08.09.2003) 2 LT na Bahia será disputada por onze consórcios e empresas Onze consórcios
e empresas estão na disputa da concessão da nova linha de transmissão
de energia elétrica na Bahia, entre Camaçari (II) e Sapeaçu. O leilão
será no próximo dia 23, na Bovespa. Segundo a Aneel, os investimentos
são de R$ 109,1 milhões. A previsão da Aneel é que a nova linha entre
em operação até junho de 2005, ligando as subestações de Camaçari II e
Sapeaçu, numa extensão de 106 km e tensão de 500kV. A obra aumentará a
estabilidade e a confiabilidade da rede de 230kV da região Leste da Bahia,
além de garantir o escoamento da energia da Hidrelétrica Itapebi, no extremo
Sul do estado. Entre os grupos interessados estão três espanhóis: Consórcio
Elecnor-Isolux, formado pela Elecnor AS e Isolux Wat AS; Consórcio Alhambra,
formado pela Control y Montajes Industriales Cymi SA e a brasileira Fluxo
Engenharia, e a Abengoa AS. Outro estrangeiro é a Terna SpA, da Itália.
Os nacionais são: a Cemig, Hot Line, Consórcio São Francisco Bahia (Chesf
e Alusa), Consórcio Promon-Engevix (Promon e Engevix); Consórcio Goiás
Energia (J Malucelli, Fuad Rassi, Construtora Floriano e Cel Engenharia);
Consórcio Amazônia (Mastec Brasil, Alubar Cabos, Encomind, Linear Participações
e Bimetal), e o Consórcio Brasil Energia (Global Participações, MPE-Montagens,
MPE S/A, EBE e Gemon). (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 3 Cepel quer priorizar projetos de longo prazo no segmento de P&D No novo
modelo do setor elétrico, o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica)
deverá ter papel importante no desenvolvimento de pesquisas e projetos
na área de energia elétrica. A intenção do governo atual é que os recursos
destinados à área de pesquisa e desenvolvimento estejam dentro de uma
política setorial que efetivamente traga retorno à sociedade. Segundo
Márcio Zimmermann, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Cepel, isso
somente irá acontecer se os investimentos forem feitos em projetos que
tenham visão de longo prazo. "O governo quer resgatar as premissas que
motivaram a criação do centro, há 30 anos. Assim, a nossa atuação estará
voltada para grandes projetos e linhas de pesquisa", explica. Esses projetos
deverão ser tocados pela instituição em parceria com as universidades,
a Eletrobrás e os principais agentes do setor. Entre os projetos destacam-se
os de desenvolvimento e aperfeiçoamento de modelos computacionais energéticos,
utilizados pelo setor no planejamento da expansão no horizonte de 10 e
20 anos, no planejamento da operação no horizonte de um a cinco anos e
a operação de curto prazo, que vai de uma semana a um ano. Para o desenvolvimento
de todos os projetos, o executivo diz que o orçamento do Cepel deve chegar
a R$ 74 milhões neste ano. Dentro do programa de dispêndios globais, a
instituição teve aprovado R$ 15 milhões para 2003. "Os recursos incluem
ainda as demais atividades da instituição e sua manutenção", comenta Zimmermann.
(Canal Energia - 09.09.2003) 4
Seminário no Rio vai debater cooperação na América do Sul
Empresas 1 Acordo entre AES e BNDES prevê criação de nova empresa O BNDES
e o grupo norte-americano AES firmaram ontem memorando de entendimentos
entre as parte que vislumbra a possibilidade de um acordo, com data limite
para formalização até 15 de dezembro de 2003. O memorando de entendimentos
estabelece condições para a superação das disputas entre as partes, relacionadas
com a aquisição das ações ordinárias e preferenciais da Eletropaulo, de
propriedade da AES Elpa e AES Transgás. Pelo documento assinado será constituída
uma nova empresa de participação, cujo capital será partilhado entre BNDES
e AES Corp. O BNDES terá 50% menos uma ação de participação na nova empresa
e a AES fica com o restante. Do total de US$ 1,2 bilhão da dívida do grupo
AES, US$ 600 milhões serão utilizados para a capitalização da empresa
a ser constituída e denominada temporariamente Novacom. Para os outros
US$ 600 milhões, será montado um cronograma de quitação do débito, sendo
US$ 60 milhões (10% do valor) pago em dinheiro no ato da assinatura do
contrato. Os US$ 540 milhões restantes serão parcelados e 100% amortizados
em prazo máximo de doze anos. O memorando de entendimentos estabelece
ainda que se o grupo AES não honrar o pagamento dos US$ 600 milhões nas
condições previamente estabelecidas entre as partes, o BNDES assumirá
o controle da Novacom. Há clausulas também que garantem direito de preferência
caso um dos dois sócios da Novacom queira sair do negócio vendendo participação.
(Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 2 BNDES terá participação direta na estruturação da Novacom A Novacom será administrada por um conselho de administração, e por uma diretoria, sendo o primeiro composto por cinco membros, três dos quais indicados pela AES e os dois outros pelo BNDES. A diretoria será composta por dois diretores escolhidos pela AES. O conselho fiscal da Novacom, bem como da Eletropaulo, da AES Tietê e da AES Uruguaiana terão maioria de profissionais indicados pelo BNDES. A nova empresa terá por objetivo exclusivamente a participação nos interesses atuais das subsidiárias brasileira da AES, tornando-se proprietária de todas as ações preferenciais e ordinárias de emissão da Eletropaulo, atualmente detidas pela AES Transgás, pela AES Elpa, pela AES Cemig e, ainda, de todas as ações de emissão da AES Tietê e das quotas representativas do capital da AES Uruguaiana (a ser transformada em sociedade anônima). Todas as ações da AES Sul também poderão vir a fazer parte da Novacom, na medida em que o BNDES entenda que a AES Sul tenha conseguido reestruturar sua dívida financeira de forma compatível com o plano de reorganização. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 3 BNDES terá 60 dias para concluir "Due diligence" nas empresas da AES Firmado
o memorando de entendimentos, o BNDES terá 60 dias para concluir uma "due
diligence" nas empresas do grupo norte-americano. Para isso, será constituído
um grupo de especialistas do banco. Para o presidente do BNDES, Carlos
Lessa, o caso AES "foi uma das heranças mais incômodas da antiga administração
do banco". A inadimplência do grupo fez com que o BNDES amargasse prejuízo
de R$ 2,47 bilhões no primeiro semestre deste ano, por conta de provisionamentos.
O vice-presidente da banco, Darc Costa , informa que, com o futuro acordo,
será possível reverter a situação, desprovisionando o equivalente a US$
1 bilhão de débitos AES. Com isso, o BNDES passará a um lucro de R$ 700
milhões em janeiro-junho de 2003. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 4
CPFL deve receber repasse de R$ 300 mi do BNDES 5 Abertura de capital da CPFL deverá ocorrer no segundo semestre de 2004 A abertura
de capital da CPFL, que ocorrerá na Bovespa simultaneamente a uma oferta
pública internacional, deverá ocorrer no segundo semestre de 2004, segundo
o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. A operação, prevista
para este ano, foi adiada em função da expectativa em relação ao novo
modelo do setor elétrico. O grupo deve faturar cerca de R$ 9 bilhões este
ano, conforme projeções de analistas de mercado. Na área de geração, a
CPFL está investindo R$ 2 bilhões em três hidrelétricas. (Gazeta Mercantil
- 09.09.2003) 6 Retomado processo de transferência da Cemar A Cemar
divulga hoje o cronograma da reabertura do processo de transferência de
seu controle acionário, atualmente em poder da norte-americana Pensilvânia
Power Light (PPL). Os interessados poderão ter acesso às informações sobre
a distribuidora no "data room" da empresa, que deve permanecer aberto
a consultas até o dia 9 de outubro, quando se inicia o prazo para apresentação
da documentação necessária para participar do processo pré-qualificatório.
Poderão participar da nova tentativa de venda instituições públicas ou
privadas que atenderem às exigências da Aneel e às condições estabelecidas
pela atual controladora da concessionária, a PPL, que estão sendo divulgadas
hoje. As empresas, após consultar o Data Room, terão até o dia 21 de outubro
para apresentar a documentação e participar do processo pré-qualificatório.
Até o dia 4 de novembro, depois de ouvir a PPL, a Aneel divulgará a lista
dos pré-qualificados para a disputa pela Cemar. Após essa etapa, os habilitados
terão até o dia 1 de dezembro para apresentar à agência suas propostas
para aquisição do controle da distribuidora, o que inclui o pagamento
dos créditos que a Eletrobrás tem na Cemar. A Aneel divulgará a proposta
selecionada no dia 23 de dezembro. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 7 Balanços de distribuidoras indicam perdas de consumidores industriais Os balanços
financeiros de distribuidoras de energia revelam perdas significativas
de clientes industriais ao longo do primeiro semestre, com correspondentes
quedas no consumo industrial registradas por essas companhias. O início,
neste ano, do processo de extinção dos contratos iniciais, que mantinham
muitos clientes industriais atrelados às distribuidoras, fez com que parte
da clientela procurasse outros fornecedores, passando a comprar energia
de outras distribuidoras ou de comercializadoras de energia ou mesmo iniciando
projetos de autogeração de eletricidade. A perda de clientes industriais,
contudo, pode não ter sido um mau negócio. Segundo executivos do setor,
entre os clientes industriais que deixaram as distribuidoras estão categorias
de consumidores que contam com tarifas subsidiadas, que muitas vezes oferecem
uma margem negativa de remuneração às companhias. (Tribuna da Imprensa
- 09.09.2003) 8 Bandeirante Energia teve queda de 8,2% nas vendas de energia A liberação
de clientes na área de atuação da Bandeirante Energia - que abrange 28
municípios nas regiões do Alto Tietê e do Vale do Paraíba, no interior
de São Paulo - provocou uma queda de 8,2% nas vendas de energia da empresa
a clientes industriais no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período
do ano passado, totalizando 2.710 GWh. Os clientes industriais respondem,
na área da Bandeirante Energia, a 55,4% do mercado total. Essa queda influiu
para uma diminuição de 2,4% nas vendas totais de energia pela empresa
no primeiro semestre, para 4.892 GWh. Essa perda de clientes, no caso
da Bandeirante, não se traduziu exatamente em perda de dinheiro, explicou
o gerente da Área de Planejamento Energético da Bandeirante, Michel Itkes.
Segundo ele, um reajuste tarifário no final do ano passado garantiu que
a companhia encerrasse o primeiro semestre com um aumento de receita operacional.
De acordo com o balanço publicado pela empresa, a Bandeirante Energia
encerrou o primeiro semestre com uma receita operacional líquida de R$
799,4 milhões, 5,6% superior à do mesmo período do ano passado. (Tribuna
da Imprensa - 09.09.2003) 9 CEB perde dois de seus principais clientes A CEB, que atende ao Distrito Federal, viu dois de seus principais clientes industriais deixarem a companhia neste ano. A Latasa S.A. efetivou-se como cliente industrial em janeiro. Em junho, foi a vez da Cimento Planalto (Ciplan), que respondia por 27% do consumo industrial, deixar a empresa, conforme revela o balanço semestral da companhia. Com isso, as vendas de energia da empresa para a categoria industrial apresentou uma queda de 23,5% no segundo trimestre, passando a 62.215 MWh, segundo o balanço. (Tribuna da Imprensa - 09.09.2003) 10 Tarifas da Celg estão entre as mais baratas A tarifa
de energia elétrica cobrada pela Celg figura entre as mais baixas do país.
Os dados são da Aneel e apontam a concessionária goiana em 5º lugar, atrás
de distribuidoras da Região Norte, que têm subsídios para equilibrar suas
contas na energia comprada no mercado atacadista. Dentre as concessionárias
que apresentam maior tarifa figura a Cemig, que é igualmente estatal,
como a Celg, com a ressalva de que a Cemig é auto-suficiente em energia
gerada. O levantamento da Aneel mostra que as tarifas mais caras são das
empresas privatizadas. Segundo o presidente da Celg, José Paulo Loureiro,
o quesito geração de energia é fundamental para a adoção de tarifas "socialmente
aceitáveis". Apenas quatro distribuidoras apresentam tarifas mais baratas
que a Celg: a Manaus Energia (que abastece principalmente a Zona Franca
de Manaus), a Eletroacre (AC), Boa Vista Energia (de Roraima) e a CEA
(Acre). Três dessas distribuidoras são administradas pela gigante estatal
federal Eletrobrás e a última é estadual, com os subsídios sendo rateados
para todos os contribuintes. (Diário da Manhã - 09.09.2003) 11 Objetivo da Celg é atingir a auto-suficiência em geração de energia Para o presidente da Celg, o segredo de uma distribuidora está na geração própria da energia. "Se ainda tivéssemos a usina de Cachoeira Dourada, com certeza nossa tarifa seria a mais baixa e teríamos um lucro substancial que nos permitiria crescer e impulsionar o desenvolvimento de Goiás. Em suma, a venda de Cachoeira Dourada foi um péssimo negócio para Goiás, sem contar que estávamos desde 1997 pagando uma energia muito cara". José Paulo Loureiro adianta que a Celg e o governo de Goiás têm como meta prioritária a geração de energia para os próximos anos. Segundo ele, "o potencial hidrelétrico de Goiás faz acreditar que a Celg pode almejar a auto-suficiência em geração de energia". Ele informa que a empresa poderá buscar parcerias no setor privado ou investir em usinas próprias para garantir o abastecimento de energia necessária em Goiás. (Diário da Manhã - 09.09.2003) 12 Eletrosul receberá da Celesc R$ 4,1 mi por uso de sistema de transmissão A Aneel
homologou o contrato de conexão ao sistema de transmissão da Celesc com
a Eletrosul, no valor de R$ 4,18 milhões. O montante pago, para fins da
parcela A, tem como referência preços de julho de 2002, para os primeiros
15 anos do contrato de conexão das duas empresas. O pagamento contabiliza
o uso do sistema desde 30 de novembro de 2002, quando as instalações foram
contratadas para operação. O montante corresponde a 50% do valor total
a ser pago. A agência homologou também o reajuste das tarifas entre a
Celg e a Ceb. A tarifa de energia ficou estabelecida de R$ 36,32 por MWh.
A Ceb pagará R$ 12,94 por kW referente à tarifa de demanda. Os novos valores
estão vigentes desde 26 de agosto de 2003. As homologações foram divulgadas
na edição desta sexta-feira, 5 de setembro, no Diário Oficial da União.
(Canal Energia - 08.09.2003) 13 Coelce obtém aprovação para implantar 2 novas LTs A Coelce
obteve aprovação para implantação de duas linhas de transmissão no estado
do Ceará. A aprovação do projeto da LT Boa Viagem-Monsenhor Tabosa, de
72,5 kV em circuito simples, permite à empresa a obtenção de declaração
de utilidade pública com estabelecimento de servidão administrativa de
uma faixa de terras de 15 metros de largura com 56,74 quilômetros de extensão.
A linha deverá ser construída até o dia 5 de janeiro de 2004 e a empresa
tem 30 dias para comunicar a conclusão das obras à Aneel . O outro projeto
básico aprovado se refere à LT Sobral-Cariré, de 69 kV em circuito simples.
A aprovação permite à Coelce a obtenção, para fins de instituição administrativa,
de área de terras de 15 metros de largura com 36,5 quilômetros de extensão
para instalação da linha. Ainda não foi determinado o prazo de conclusão
das obras, mas a Coelce deve informar à agência a conclusão dos projetos
em um prazo similar ao da LT Boa Viagem. As aprovações foram dadas pela
agência, na edição da última quinta-feira, 4 de setembro, do Diário Oficial
da União . (Canal Energia - 08.09.2003) 14 Empresas brasileiras negociam construção de hidrelétrica no Vietnã A Braspower,
controlada pela Copel e pela Engevix, está negociando a construção de
uma hidrelétrica de 2 GW no Vietnã. O projeto deve ser iniciado no início
de 2004 e as obras deverão estar concluídas em quatro ou cinco anos. Estimativas
do governo do Vietnã apontam que a construção da usina demandará de US$
1,5 bilhão a US$ 2 bilhões e para alavancar esses recursos, o governo
deste país está tentando obter financiamento com o BNDES. De acordo com
José Antunes Sobrinho, vice-presidente de energia e recursos hídricos
da Engevix, a escolha da empresa que fará a engenharia da usina será baseada
em análise técnica e a indústria brasileira está muito equipada e bem
vista. Ele explica que a construção da usina, que ficará a 200 quilômetros
da capital do Vietnã, Hanói, é vital para o suprimento do país já que
a demanda de energia no país cresceu a 14% por ano na última década.Este
ano a Braspower prestou consultoria técnica para a construção de uma hidrelétrica
de 250 MW no Vietnã, ainda não concluída. (Canal Energia - 08.09.2003) A Cemig abre licitação para eficientização de energia elétrica em confecções no sul do estado de Minas Gerais. O prazo termina em 22 de setembro. (Canal Energia - 09.09.2003) Furnas abre processo para contratação dos serviços de recuperação de um transformador monofásico da subestação de Grajaú, a serem realizados nas instalações da empresa contratada, com fornecimento de material. O preço do edital é de R$ 10,00 e o prazo encerra em 8 de outubro. (Canal Energia - 09.09.2003) Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia cresce 5,3% no primeiro semestre O consumo
de energia elétrica no Brasil cresceu 5,3% no primeiro semestre do ano
em relação ao mesmo período de 2002, segundo dados da Eletrobrás. Mesmo
assim, ficou 2,7% abaixo do que havia sido planejado em 2002 pela empresa.
O segmento residencial foi o que mais cresceu no período, com alta de
8,1%, 1,4% abaixo do previsto. O comércio registrou aumento de 7,2% no
consumo, 1,0% abaixo da previsão. O consumo total de energia no País no
período foi de 149,6 mil GWh. A recessão na indústria e os novos hábitos
de consumo adquiridos na época do racionamento são apontados como os principais
fatores para o consumo abaixo do esperado. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 2 Consumo na indústria cresce pouco no primeiro semestre O consumo
de energia elétrica na indústria ficou 4,9% abaixo do previsto pela Eletrobrás
no primeiro semestre deste ano, apesar do crescimento de 2,3% sobre igual
período do ano passado. Em junho, o consumo ficou 6,6% abaixo do previsto,
com uma retração de 1% com relação a junho de 2002. Na região Sudeste,
que concentra mais da metade do consumo de energia do país, houve retração
de 2,4% nos gastos da indústria no semestre com relação aos seis primeiros
meses de 2002, e queda de 6,6% em junho. (Valor - 09.09.2003) 3 Consumo de energia em junho cresceu 1,2% em junho Em junho,
o consumo de energia elétrica no País cresceu 1,2% em relação a junho
de 2002. No mês, apenas a indústria registrou queda, com -1,0%, resultado
6,6% inferior ao previsto pela Eletrobrás. A classe residencial teve crescimento
de 2,7%, 2,3% menor que a previsão, e a comercial registrou aumento de
2,2%, número 2,3% inferior à previsão. Em junho, o consumo total no Brasil
foi de 24,5 mil GWh. O acompanhamento feito pelo Departamento de Estudos
Energéticos e Mercado (DEM) da Eletrobrás verificou que na classe industrial
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste houve queda de 3% no consumo de
energia em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2002 e 1% de crescimento
no comparativo entre o primeiro semestre de 2003 e o mesmo período do
ano passado. A indústria é o segmento que tem registrado os piores índices
na recuperação de consumo desde o início do ano. A energia consumida nas
três regiões em junho, pelas três categorias, representa 77% do total
consumido no País. No segmento residencial o melhor índice de desempenho
no boletim de consumo da Eletrobrás ficou com as regiões Sul, Sudeste
e Centro-Oeste. As três concentram 71% dos consumidores residenciais e
tiveram crescimento de 2,6% no número de novas ligações em junho de 2003
em relação a junho do ano passado. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 4
Indústria tem maior aumento de consumo de energia na região Norte 5 Sudeste/Centro-Oeste consumiu 21.873 MW médios ontem O consumo
na região Nordeste está com alta de 0,39% nos últimos sete dias. No último
domingo, dia 7 de setembro, o submercado consumiu 5.287 MW médios, contra
previsão de 6.006 MW médios do ONS .Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.496 MW médios, o subsistema registra queda de 7,18% nos últimos sete
dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 21.873 MW médios, contra previsão
de 25.959 MW médios do operador do sistema. Em relação à curva de aversão
ao risco, de 27.467 MW médios, o submercado acumula queda de 7,86% nos
últimos sete dias. No mesmo período, o subsistema registra baixa de 2,51%
no consumo. A região Sul registrou consumo de 5.713 MW médios ontem, contra
previsão de 6.637 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação,
o subsistema acumula alta de 7,59% nos últimos sete dias. O submercado
Norte consumiu 2.509 MW médios ontem, contra previsão de 2.823 MW médios
do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região
está com queda de 6,6% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 08.09.2003) 6 Nível de armazenamento do Subsistema Norte tem queda de 0,36% em relação a 6 de Setembro A capacidade de armazenamento do Norte está em 61,28%. O nível teve uma queda de 0,36% em relação ao dia 6 de setembro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta índice de 75,08%. (Canal Energia - 08.09.2003) 7 Subsistema Nordeste está com volume 26,42% acima da curva de aversão ao risco Os reservatórios
do Submercado Noedeste estão com 32,81% da capacidade, volume 26,42% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,12%
em comparação com o dia anterior. O nível da usina de Sobradinho está
em 26,42%. (Canal Energia - 08.09.2003) 8 O Submercado Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,19% em um dia O subsistema
Sudeste/Centro-Oeste está com 57,22% da capacidade, ficando 32,62% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003. O nível teve uma redução de 0,19%
em um dia. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas registram, respectivamente,
índice de 73,17% e 73,02%. (Canal Energia - 08.09.2003) 9 Subsistema Sul está com 43,12% da capacidade de armazenamento A região Sul está com 43,12% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,18% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta índice de 35,56%. (Canal Energia - 08.09.2003) 10 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Preços MAE sobem em todas as regiões do país Os preços
MAE para a região Sul tiveram aumento de até 11,7% na segunda semana de
setembro. O valor do MWh para a carga pesada está em R$ 22,07. Para a
carga média, o valor subiu 10,6%, passando para R$ 21,79. Já na carga
leve, o preço da energia está em R$ 17,92, um aumento de 4,7%. Nas regiões
Sudeste/Centro-Oeste e Norte, valor do MWh teve pequeno crescimento. O
preço da energia para a carga pesada nestas regiões subiu 5,3%, passando
para R$ 18,07. Para a carga média, o valor está em R$ 17,85, um aumento
de 4,3%. Na carga leve, o preço fica em R$ 17,43. No Nordeste, os preços
aumentaram em até 3,9%. Para a carga pesada, o preço está em R$ 14,84,
um aumento de 3,8%. Para as cargas média e leve, o valor subiu 3,9%, passando
para 3,9%. Os valores são válidos para os dias 6 a 12 de setembro. (Canal
Energia - 09.09.2003)
Gás e Termoelétricas 1 British Gas: Nova reserva de gás terá impacto importante O presidente da British Gas do Brasil, Luis Costamilan, disse que a ampliação das reservas de gás natural do Brasil, anunciada na semana passada pela Petrobras, poderá ter "um impacto positivo na crescente participação" do grupo britânico na demanda de energia primária do País. "As novas reservas vão gerar "conseqüências econômicas importantes". "Costamilan disse que a descoberta das reservas na Bacia de Santos não deverá ter um impacto substancial no atual contrato assinado com a Bolívia porque o cronograma para que o gás fique disponível para o mercado é de quatro a oito anos, "As descobertas estão localizadas em águas profundas, Elas vão exigir somas substanciais de capital para serem desenvolvidas." (A Noticia - 09.09.2003) 2 CGTEE fortalece compromisso ambiental do sistema Eletrobrás A instalação
do Comitê Permanente de Gestão Ambiental da Companhia de Geração Térmica
de Energia Elétrica (CGTEE), nesta segunda, 8 de setembro, serviu para
consolidar o compromisso do sistema Eletrobrás e do Ministério das Minas
e Energia com a preservação ambiental no setor de produção energética,
especialmente da queima limpa do carvão. Nas palavras do presidente do
Conselho de Administração da CGTEE e diretor da Eletrobrás, Valter Cardeal,
o MME e a Eletrobrás estudam avançar na queima limpa do carvão. Cardeal
disse que o primeiro ato da gestão da Eletrobrás com o meio ambiente foi
a criação do Departamento de Engenharia e Meio Ambiente que está estudando
aprimorar a produção da energia elétrica de forma limpa e sustentável
em todas suas matrizes. Para o presidente da CGTEE, Júlio Quadros, o Comitê
Permanente de Gestão Ambiental vai garantir transversalidade, transparência
dos dados e a integração dos diversos setores e projetos da empresa. O
plano da atual gestão de CGTEE é construir o desenvolvimento econômico
e o avanço tecnológico aliado a preservação ambiental e a responsabilidade
social. (Eletrica.com - 08.09.2003)
Grandes Consumidores 1 BNDES estuda criação de super siderúrgica O BNDES
já tem pronto o desenho para criação de uma grande companhia siderúrgica
nacional. O banco planeja reunir quatro empresas cuja maioria do capital
está em poder de três grupos de acionistas nacionais: Usiminas-Cosipa,
CSN e Açominas. Esse formato, a princípio, não inclui a Cia. Siderúrgica
de Tubarão-CST, que tem no controle a japonesa Kawasaki, o grupo europeu
Arcelor e a Vale do Rio Doce. Desde que tomaram posse, o governo Lula
e a atual diretoria do BNDES têm se manifestado favorável à formação de
uma companhia forte no setor siderúrgico, com condições de competir internacionalmente
e fazer frente ao avanço do capital estrangeiro no aço - leia-se Arcelor.
No caso do aço, o banco quer fomentar um modelo de reestruturação que
fortaleça as usinas do país, dando-lhes maior escala de produção em nível
internacional para competir com as gigantes mundiais. A idéia é buscar
as sinergias existentes nas operações de Usiminas, Cosipa, CSN e Açominas,
que unidas teriam porte para produzir 20 milhões de toneladas de aço bruto
ao ano. Com isso, a nova companhia se posicionaria entre as seis primeiras
do mundo. O segundo passo seria a busca da internacionalização da empresa
via aquisições ou joint ventures com companhias do primeiro mundo. (Valor
- 09.09.2003) 2 Darc Costa: objetivo é preservar a siderurgia em mãos nacionais O vice-presidente
do BNDES, Darc Costa, afirma que a idéia base dessa operação é "preservar
a siderurgia em mãos nacionais, pois não queremos que a indústria nacional
do aço vire centro de custos da siderurgia internacional". Para que este
plano se torne realidade, ele defende a consolidação do setor. Diz que
o país tem usinas pequenas em relação aos níveis atuais de escala. Segundo
Costa, o banco já está conversando com Usiminas-Cosipa, Gerdau (Açominas)
e Vicunha (CSN). O vice-presidente do BNDES mostra a disposição do banco
na empreitada. "Unidas num único bloco, essas empresas vão competir lá
fora. E o nosso objetivo é internacionalizar nossa economia. É um projeto
para médio prazo, para ser costurado nos próximos três anos", afirma.
A operação visa aproveitar as vantagens comparativas da indústria local
do aço em relação às concorrentes estrangeiras. O Brasil tem hoje o menor
custo total (incluindo custo industrial, administrativo e de distribuição)
de aço do mundo. Isso se deve à abundância de matéria-prima (minério de
ferro) e à excelente localização das usinas - próximas das minas e portos,
avaliam técnicos do banco. A concretização desse projeto, com o apoio
do BNDES, vai depender prioritariamente da vontade dos agentes privados
envolvidos, observa Costa. Ele acredita ser viável. "A siderurgia americana
e européia passam por reestruturação e, por isso, há ofertas de laminadoras
de diversos portes a preços competitivos". (Valor - 09.09.2003) 3 Presidentes de siderúrgicas repercutem plano do BNDES O presidente
da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, não esconde que é um grande defensor
desse modelo em gestação no BNDES. "O Brasil precisa ter o domínio sobre
a agenda do aço", afirma. Ele garantiu que ainda não havia sido chamado
pela direção do banco e acrescentou que não vê muitas sinergias na inclusão
da Açominas, de aços longos. As demais fazem aços planos. mundial. Jorge
Gerdau, presidente do grupo, disse que apenas foi sondado. "O BNDES tem
nos perguntado sobre consolidação do setor. Eles querem conter o avanço
da Arcelor", relatou. O empresário vê com bons olhos a estratégia do banco,
mas ressalva: "Não há nada fechado". Nessa operação, resta saber a posição
do empresário Benjamin Steinbruch, dono da Vicunha. A empresa tem uma
pesada dívida com o banco que vai até 2011 por conta da aquisição das
partes do Bradesco e Previ na CSN em 2001. E só pode pagar isso com dividendos
da própria siderúrgica. No momento, os pagamentos com o banco estão em
dia. Steinbruch não quis falar sobre o assunto. (Valor - 09.09.2003) 4 Gerdau vai investir R$ 626 mi em duas usinas gaúchas O Grupo
Gerdau anunciou ontem investimentos de R$ 626 milhões nas usinas Gerdau
Aços Finos Piratini e Gerdau Riograndense, ambas no Rio Grande do Sul,
nos próximos quatro anos. Os recursos vão aumentar a capacidade instalada
da Piratini, localizada em Charqueadas, em 200 mil toneladas anuais de
produtos acabados, para 500 mil toneladas. A unidade receberá R$ 348 milhões.
Na Riograndense, em Sapucaia do Sul, a Gerdau irá investir R$ 278 milhões,
prevendo a instalação de um novo conjunto de trefilarias, com reflexo
na qualidade de produtos de maior valor agregado. O anúncio oficial dos
investimentos foi feito no Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho.
O capital próprio vai representar entre 40% e 50% do investimento total,
disse o presidente do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter. A Gerdau espera
contar com empréstimo do BNDES, a quem já entregou um pré-projeto para
análise. Além disso, o grupo também deverá ter financiamento por meio
do Finame para equipamentos e uma pequena parte virá de fornecedores.
O programa de investimentos está essencialmente baseado no crescimento
da economia regional, afirmou Johannpeter. A previsão de investimentos
do Grupo Gerdau para 2003 é de US$ 200 milhões. (Estado de São Paulo -
09.09.2003) 5 Projeto de incentivo fiscal a Gerdau pode ser alongado pelo governo gaúcho O governo
gaúcho está analisando a possibilidade de alongar um projeto de incentivos
fiscais concedido ao Grupo Gerdau e assinar um novo compromisso, segundo
informou o secretário estadual de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais,
Luís Roberto Ponte. Ele observou que o grupo encaminhou ao governo um
pré-projeto do investimento que fará no Estado e há possibilidade de enquadrá-lo
na nova legislação do Fundo Operação Empresa (Fundopem), programa estadual
de incentivos. Com isso, seria possível alongar o incentivo já concedido
ao grupo por até oito anos e assinar outro, já que as duas ações são permitidas
de forma coincidente, afirmou Ponte, sem detalhar como seria a composição
do incentivo nessa hipótese. (Estado de São Paulo - 09.09.2003) Economia Brasileira 1 Meirelles: País vai tirar proveito da expansão global O presidente do BC, Henrique Meirelles, acredita que o Brasil está preparado para tirar vantagens de um futuro crescimento da economia mundial, tendência que começa a ser verificada pelos principais atores do mercado internacional. Meirelles participou ontem de uma reunião na sede do Banco Internacional de Compensações (BIS), na Basiléia, na Suíça, e, antes de voltar ao Brasil, previu a recuperação da economia do País até o fim deste ano. "Nossa expectativa é de que, no final do ano, o crescimento será bem melhor que hoje. Não há dúvida de que economia brasileira está em processo de retomada, e isso tudo dá condições para que o País possa solidamente participar do processo de retomada mundial", garantiu Meirelles. Meirelles acredita que, com a estabilização, as reformas e o equilíbrio fiscal, o País está em uma "boa posição" para se beneficiar do esperado crescimento da economia internacional. (Estado de São Paulo - 09.09.2003) 2 Palocci sinaliza ao FMI queda no juro O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse à direção do FMI que é possível um "relaxamento" da política de taxa de juros porque a inflação está caindo. A afirmação abre a carta de intenções enviada ao Fundo em 20 de agosto, dia em que a taxa de juros foi reduzida para 22% ao ano. "Indicadores da evolução da inflação e de suas expectativas estão convergindo para as metas do governo, permitindo relaxar a política monetária", diz a carta assinada por Palocci e por Henrique Meirelles, do Banco Central. Na carta, o governo brasileiro também sinaliza ao FMI que as metas centrais de inflação para 2004 e 2005 serão perseguidas "firmemente". Ou seja, o governo não vai "relaxar" demais a política monetária, trabalhando com a possibilidade de atingir a banda superior das metas inflacionárias. Pelo sistema de metas, a meta de inflação será considerada cumprida caso a inflação medida pelo IPCA chegue a 8% em 2004, ou seja, 2,5 pontos percentuais acima da meta de 5,5%. (Folha de São Paulo - 09.09.2003) 3 Bernard Appy: crescimento deve ocorrer sem surto inflacionário O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou ontem que o Brasil tem hoje condições muito melhores do que teve no passado para um crescimento sustentável, sem surtos inflacionários. Em seminário no Instituto de Economia da UFRJ, Appy disse que a perspectiva de crescimento sustentável pode levar as empresas a buscarem eficiência em favor do consumidor. Segundo ele, em vez de tentarem recompor as margens de lucros com aumento de preços, as empresas tendem a valorizar, num cenário estável, preços competitivos para a conquista de uma maior participação no mercado. "Acho que existe espaço no Brasil para um ambiente de maior concorrência entre as empresas, puxada pela perspectiva de crescimento. A concorrência pode levar as empresas a buscarem eficiência em favor do consumidor", afirmou Appy. Segundo o secretário-executivo, a situação está mais favorável ao crescimento sustentável do que no governo anterior. Essa situação é clara, disse, quando se analisa a situação das contas externas. Para que esse crescimento aconteça, Appy disse que o governo não pode abrir mão do tripé inflação baixa, rigor fiscal e contas externas sólidas. (Folha de São Paulo - 09.09.2003) 4
Edmar Bacha concorda que o objetivo é crescer sem inflação 5 Staub: Regras com o FMI deveriam ser mudadas Eugênio
Staub, da Gradiente, considerou que "quem é responsável crescimento econômico
não pode desejar uma inflação alta. Os empresários torcem por uma inflação
brasileira em torno de 7%". Staub cobrou do representante da Fazenda uma
reavaliação da "contabilidade fiscal burra" no tocante a questão do investimento
. Avaliou que é preciso ser revisto o ponto de vista do investimento ser
contabilizado como despesa, declarou fazendo menção a cláusula do acordo
com o FMI referente. Staub destacou ainda que a critérios de contabilidade
das contas públicas do Brasil vinculado ao investimento das estatais.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) considera
o maior problema do Brasil a vulnerabilidade externa e defendeu um projeto
de longo prazo para o desenvolvimento com juros mais baixos e câmbio mais
competitivo. (Valor - 09.09.2003) 6 Barros de Castro e Frenkel: O grande perigo é a armadilha financeira Em seminário
promovido pelo IE da UFRJ, Appy teve o apoio do professor e ex-presidente
do BNDES Antônio Barros de Castro. O economista, que tinha comparado as
situações de início de crescimento seguido de retração a um "vôo de galinha",
disse que acredita que nas atuais condições o País "estaria saindo da
armadilha financeira. "Estaríamos passando do vôo da galinha para o vôo
do besouro, que teoricamente não deveria voar, mas voa e vai longe", afirmou.
Para o economista argentino Roberto Frenkel, o Brasil está em uma armadilha
financeira da qual nenhum país ainda conseguiu sair e é candidato a moratória.
O problema consiste em taxas de juros internas altas devido ao alto risco-país
, o que provoca o aumento da dívida interna, o baixo crescimento e a piora
de indicadores que levam ao aumento do risco país e assim sucessivamente.
Segundo Frenkel, o risco Brasil, que já chegou a 2.400 pontos no ano passado,
continua entre os mais altos do mundo justamente porque há possibilidade
de moratória. "A armadilha existiu, mas já pagamos por isso um custo muito
elevado. Estamos saindo. A questão é a gente não cair de novo nessa armadilha",
rebateu Appy. Para o secretário, "Frenkel está influenciado não só por
sua formação teórica como pela tragédia argentina", disse Castro. (Valor
- 09.09.2003) 7 Novo acordo deverá manter a credibilidade do País, dizem analistas O governo brasileiro terá que encontrar um "meio termo" entre a necessidade de renovação do acordo com o FMI e, na outra ponta, conseguir fazer investimentos essenciais na infra-estrutura e no setor elétrico, pondera o professor da PUC do Rio, Luiz Roberto Cunha, que, junto com outros analistas, aponta para a renovação do acordo com o Fundo como forma de manutenção da credibilidade junto aos agentes econômicos. Cunha vê espaço para que o governo possa conseguir uma negociação melhorada com o organismo internacional. Ele cita, por exemplo, a possibilidade de se chegar a um acordo mais favorável a alguns tipos de investimentos no País, além de alguma flexibilidade em relação a estados e municípios. Renovar o acordo, diz Cunha, tem um significado importante no sentido de apresentar, perante os agentes econômicos, uma garantia de que o País realmente terá um acompanhamento das metas de ajuste fiscal acordadas. Para o professor da FEA da USP e do departamento de economia e pesquisa da Fipe/USP, Simão Davi Silber, o saque da penúltima parcela do acordo em vigor foi necessário em razão da atual movimentação cambial. Além disso, é mais adequado para o Brasil sacar para aumentar sua liquidez junto ao Banco Central, completou Silber. O economista, assim como Cunha, defende a renovação do acordo com o FMI basicamente por dois motivos: "O suporte do FMI é necessário para a credibilidade do País e para melhorar suas reservas", diz. (Gazeta Mercantil - 09.09.2003) 8
FGV: Inflação medida pelo IPC-S é de 0,29% O dólar
comercial inverteu a tendência de alta com que vinha operando e agora
registra baixa moderada. Às 11h34m, a moeda americana recuava 0,44%, cotada
a R$ 2,928 na compra e R$ 2,932 na venda. Ontem, o dólar fechou com avanço
de 1,34%, a R$ 2,9400 na compra e a R$ 2,9450 na venda. Foi a maior alta
desde 1° de agosto, quando o dólar subiu 2,22%. (O Globo On Line e Valor
Online - 09.09.2003)
Internacional 1 EDP surpreendida com reação da Iberdrola A EDP estranhou
a reação da Iberdrola quando a elétrica portuguesa anunciou a semana passada
que venderia a sua participação na elétrica espanhola, afirmou hoje um
porta-voz da EDP. A EDP informou na quinta-feira passada (04/09), que
planejava se desfazer da sua participação de quase 4% na segunda maior
'holding' elétrica de Espanha, dentro dos seus planos para reduzir em
10%, ou 700 milhões de euros, o seu endividamento. Em resposta, um porta-voz
da Iberdrola disse que a empresa tem direito de preferência sobre essas
ações, as quais não são de livre circulação, e destacou que a EDP manifestou
a sua intenção de que a venda se realizaria de forma coordenada. "Estamos
muito surpreendidos com a reação da Iberdrola, porque a comunicação formal
e informal sobre a nossa intenção de sair da empresa foi feita já há muito
tempo", afirmou o porta-voz da EDP, Horácio Piriquito, adiantando que
"não é verdade que a Iberdrola tenha sido apanhada de surpresa". (Diário
Econòmico - 09.09.2003) 2 Proinversión outorga contrato para Yuncán no próximo mês A agência
estatal de investimentos peruana Proinversión planeja receber propostas
e outorgar um contrato para operação do projeto hidrelétrico Yuncán (130
MW) por 30 anos no dia 24 de outubro, anunciou a Proinversión. A agência
planeja aprovar e publicar o edital em seu site (www.proinversion.gob.pe)
até 12 de setembro. O preço mínimo foi estabelecido em US$ 200 milhões.
O investimento total no projeto é estimado em US$ 262 milhões, dos quais
o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC) está financiando
75%, com 25% de contrapartida do governo. A usina está sendo construída
pela empresa energética estatal Egecen, que teve de interromper as obras
em abril depois que o governo ficou sem recursos para financiar seus 25%.
A concessionária terá de pagar ao governo cerca de US$ 32 milhões semestralmente
de 30 de setembro de 2003 até 30 de junho de 2005. Na segunda-feira, a
Corporação Andina de Fomento (CAF) aprovou uma garantia financeira de
até US$ 50 milhões para os pagamentos, de acordo com comunicado da CAF.
(Business News Americas - 09.09.2003) 3 CAF aprova empréstimo de US$ 75 mi para Camisea A Corporação Andina de Fomento (CAF) aprovou um empréstimo de US$ 75 milhões para o consórcio que está construindo o gasoduto TGP, do projeto de gás natural Camisea, no Peru, de acordo com comunicado divulgado pela CAF na segunda-feira. "A participação da CAF e de outras instituições financeiras internacionais no projeto Camisea garante a implementação de um rigoroso plano de gestão ambiental e social", diz a CAF no comunicado. O empréstimo é por 12 anos, com carência de dois anos. O TGP já concluiu cerca de 82% do gasoduto e investiu US$ 575 milhões desde 30 de agosto, disse o diretor de relações institucionais do consórcio TGP, Fernando Deustua, acrescentando: "Estamos bem para concluir antes do programado". O gasoduto deve entrar em operação no dia 9 de agosto de 2004. O custo total do gasoduto, incluindo despesas operacionais, será de cerca de US$ 800 milhões, disse Deustua. A diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja decidir sobre um empréstimo de US$ 75 milhões na quarta-feira, 10 de setembro. (Business News Americas - 09.09.2003) 4
CAF aprova financiamento para projeto de gás de Camisea
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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