l

IFE: nº 1.188 - 05 de setembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Integração de licenciamento ambiental em Minas Gerais terá investimento de R$ 1,2 milhão
2 Energia para a baixa renda pode subir em Pernambuco
3 Projeto de Lei cria novo instrumento de fiscalização sobre aumento de tarifas
4 Definida energia assegurada de sete PCHs
5 Alstom registra queda nas vendas para projetos de modernização hidrelétricas
6 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás poderia investir mais do que prevê orçamento de 2004, diz Pinguelli
2 Acionistas minoritários da Copel questionam decisões do governo paranaense
3 Analista do setor de energia considera equivocada suspensão de reajuste da Copel
4 Presidente da Copel: reajustes serão repassados quando condições econômicas forem favoráveis
5 Celesc consegue adiar repasse de RTE
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS é a favor da adoção do horário de verão este ano
2 Falta de chuva atinge reservatórios do rio Uruguai
3 Subsistema Sudeste/Centro Oeste registra alta de 0,2% no consumo
4 Volume armazenado da Região Norte teve redução de 0,32% em relação ao dia anterior
5 Submercado Nordeste está com 33,51% da capacidade
6 Subsistema Sudeste-Centro-Oeste está 32,87% acima da curva de aversão de risco
7 Submercado Sul registra redução de 0,67% na capacidade de armazenamento
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Matriz energética pode ser alterada com reserva de gás na Bacia de Santos
2 Diretor de E&P da Petrobras: Estimativa completa das descobertas vai demorar de 2 a 4 anos
3 Estado de São Paulo será maior beneficiado com reavaliação da Bacia de Santos
4 Especialistas se animam com a descoberta de gás na Bacia de Santos
5 Antônio Ermírio sugere que governo renegocie acordo do gás natural
6 Pressão sobre a Petrobras para renegociação de preços de gás vai aumentar, diz presidente da Comgás

7 Petrobras ganha poder de barganha na negociação com Bolívia
8 Gabrielli: Descoberta não traz resultados imediatos para Petrobras
9 CVM pede informações à Petrobras sobe reavaliação de reservas da Bacia de Santos

Grandes Consumidores
1 Grandes consumidores superam concessionárias nas compras de subestações da ABB
2 Intenções pró siderúrgica começa a ser elaborado no MA

Economia Brasileira
1 Ipea reduz previsão do PIB neste ano para apenas 0,5%
2 Palocci admite que economia crescerá menos
3 Queda de juros não será drástica, diz Lula

4 País perde espaço na disputa por investimento estrangeiro
5 Brasil está no caminho do crescimento, diz JP Morgan
6 País só cresce com controle de capitais, diz Unicamp
7 IPC-SP fica estável em agosto
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Hydro-Québec tem interesse na Transener
2 Iberdrola pretende comprar os 3% que a EDP detém no seu capital
3 CGE Transmisión vai emitir US$ 87,6 mi em bônus
4 PDVSA, Shell e Mitsubishi podem firmar parceria em projeto de gás natural

Biblioteca Virtual do SEE
1 FIRJAN (Conselho de Energia). "Atualidade do setor elétrico nacional" Rio de Janeiro: Julho de 2003 - 12 páginas
2 Unicamp (Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp). "Política Econômica em Foco". São Paulo: Maio/Agosto de 2003. - 114 páginas

 

Reestruturação e Regulação

1 Integração de licenciamento ambiental em Minas Gerais terá investimento de R$ 1,2 milhão

O estado de Minas Gerais investe R$ 1,2 milhão na integração do processo de licenciamento ambiental dos órgãos estaduais do estado: Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Instituto Estadual de Florestas (IEF). Os investimentos incluem treinamento de pessoal e infra-estrutura para implantação do processo de integração. De acordo com Ana Rita de Oliveira, gerente da divisão e documentação e informação da Feam, o objetivo da integração é desburocratizar o processo de requerimento de licença ambiental para os empreendedores. Na prática, o processo permite a tramitação interna e eletrônica dos processos, evitando que o empreendedor dê entrada em cada um desses órgãos. "Com a integração, o processo de requerimentos de licenças ambientais ficará mais fácil e mais ágil", avalia a gerente. A gerente não descarta a possibilidade de parceria futura com os órgãos federais, mas por enquanto, a integração só beneficia os empreendimentos sob jurisdição estadual. "No caso de uma hidrelétrica usar um rio federal, o empreendedor terá que ir à Ana (Agência Nacional de Águas)", exemplifica. A gerente ressalta que, apesar da integração do processo, o pedido de licenciamento ambiental continua sendo um processo complexo. Na prática, o licenciamento ambiental, a outorga de direito de uso das águas e a autorização para a exploração florestal são feitas em um único lugar. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

2 Energia para a baixa renda pode subir em Pernambuco

O Governo do Estado de Pernambuco já estuda como se adequará à reforma tributária que tramita no Congresso Nacional, principalmente em relação às alíquotas do ICMS. Uma das medidas é aumentar a taxa de 17% para 25% aos clientes da Celpe que consomem pouca energia, para compensar as reduções que serão aprovadas. Por outro lado, o setor têxtil deverá pagar 12% sobre o consumo, como forma de incentivo. Quem é isento, não sofrerá alteração. O vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, disse não ter informação oficial sobre a mudança e preferiu não comentar o assunto. Ele esclareceu que qualquer aumento no tributo implica em reajuste de conta. (Folha de Pernambuco - 05.09.2003)

<topo>

3 Projeto de Lei cria novo instrumento de fiscalização sobre aumento de tarifas

A sociedade poderá ter novo instrumento de fiscalização sobre o aumento das tarifas públicas. O Projeto de Lei 349/03, do deputado Rogério Silva (PPS-MT), torna obrigatória a realização de audiências públicas para discutir os critérios utilizados pelas empresas prestadoras de serviços públicos para os aumentos de preços, antes da autorização pelas agências reguladoras. A proposta foi aprovada na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Pelo projeto, as audiências públicas deverão ser convocadas mediante edital pelas prestadoras de serviços de água, saneamento, transporte, comunicações, limpeza urbana e saúde; ou pela agência reguladora setorial. As reuniões serão realizadas na maior cidade da área de concessão dos serviços. Se a concessionária prestar serviços em mais de um estado, deverão ser realizadas audiências em cada um deles. Ainda segundo o texto, será dispensada a obrigatoriedade de audiência pública caso o reajuste tarifário já estiver previsto no contrato de concessão. As empresas também serão obrigadas a divulgar informações relativas à realização das reuniões nas contas de prestação de serviços. (Eletrica.com - 05.09.2003)

<topo>

4 Definida energia assegurada de sete PCHs

A Aneel definiu a energia assegura de sete pequenas centrais hidrelétricas, que totalizam 121 MW de capacidade instalada. O montante que deverá despachado chega a 90,33 MW médios, segundo as resoluções publicadas na última quarta-feira, dia 3 de setembro no Diário Oficial da União. As usinas Fumaça IV e Funil, que pertencem à Eletroriver, despacharão 2,69 MW médios e 14,54 MW médios, respectivamente. Já a PCH Tudelândia, da Tudelândia Central Elétrica, poderá gerar 1,84 MW médios. A energia assegurada da usina Portobello, da SIIF Alpha, ficou em 15,18 MW médios. Dois empreendimentos da BsB Energética, Santa Fé e Buriti, tiveram o montante de energia assegurado pela agência reguladora. A primeira PCH despachará 26,1 MW médios e a outra 25,58 MW médios. O volume de energia para a hidrelétrica Varginha ficou em 4,4 MW médios. A unidade pertence à Centrais Elétricas Mantiqueira. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

5 Alstom registra queda nas vendas para projetos de modernização hidrelétricas

A estagnação dos investimentos no setor elétrico também atinge o setor de modernização e repotencialização de hidrelétricas. Até setembro, a Alstom não fechou nenhum projeto nesse segmento. No ano passado, a empresa faturou 16 milhões de euros nessa área, que representa 70% do total desse mercado. O gerente Comercial de Sistemas, Rubens Brandt, diz que a Alstom desenvolveu seis projetos de modernização e repotencialização. Ele explica que o ano de 2003 ainda pode ter uma virada no volume de negócios porque há grandes licitações públicas para acontecer. O executivo estima um grande mercado de modernização e repotencialização no Brasil, já que o parque gerador do país é antigo. Ele informa que a Alstom participa ativamente dos projetos, estudando as melhores alternativas para as hidrelétricas. Brandt conta que há três tipos de intervenção nas usinas: a reabilitação, a modernização e a repotencialização. Ele afirma que a primeira garante a segurança mínima da operação das unidades, já que há a substituição de equipamentos deteriorados. (Canal Energia - 05.09.2003)

<topo>

6 Curtas

A Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou na última quarta-feira, dia 3 de setembro, requerimento para que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, dê informações sobre o processo de assentamento da população rural atingida pelo reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, também conhecida como usina de Itaparica. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

 

Empresas

1 Eletrobrás poderia investir mais do que prevê orçamento de 2004, diz Pinguelli

A previsão de investimentos da Eletrobrás para o próximo ano, de R$ 4,1 bilhões, definida pelo Projeto de Lei Orçamentária do governo, está aquém do que a estatal realmente poderá investir. A avaliação é do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, que afirmou nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, que a holding poderia aplicar recursos da ordem de R$ 5 a 5,5 bilhões em 2004. Não é a primeira vez que Pinguelli contesta possíveis limitações de orçamento na Eletrobrás. Em agosto, o executivo fez críticas aos cortes no plano de investimentos da empresa para este ano, que deverá fechar em R$ 3,5 bilhões, por conta da meta de superávit primário (atualmente de 4,25% do Produto Interno Bruto). Segundo ele, a meta limou R$ 1 bilhão na capacidade de investimento de 2003. Pinguelli Rosa deixou claro que pretende elevar a previsão do ano que vem, através de discussões com a equipe econômica do governo. "Naturalmente, o orçamento é definido por aspectos macro-econômicos. Mas vamos tentar ampliar os recursos previstos para a empresa, dentro do que o governo entender como possível", afirmou Pinguelli, sem especificar qual valor será pleiteado. De acordo com o presidente da Eletrobrás, os investimentos de R$ 4,1 bilhões previstos para a estatal no orçamento de 2004 serão destinados essencialmente ao segmento de geração. Entre os projetos estão a complementação das obras de ampliação das usinas de Tucuruí e Itaipu, a revitalização de usinas já existentes e o incentivo a novos projetos de hidrelétricas que entrarão no sistema. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

2 Acionistas minoritários da Copel questionam decisões do governo paranaense

Os acionistas minoritários da Copel decidiram questionar a decisão do governo do Paraná de não reajustar as tarifas da empresa. A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec), representante dos acionistas minoritários, acionou ontem a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a suspensão do reajuste, determinada pelo governador Roberto Requião. O presidente em exercício da Animec, Gregorio Mancebo Rodriguez, alega que houve abuso de poder pelo acionista majoritário da Copel, o governo do Paraná. Outra acusação da Animec é de gestão temerária praticada pelo governo. "Decisões como a de não repassar para as tarifas o reajuste podem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro da empresa", diz Rodriguez. O objetivo do questionamento encaminhado à CVM é conseguir a responsabilização da Copel por eventuais prejuízos provocados aos minoritários. Após o pronunciamento da CVM, o próximo passo da Animec pode ser entrar com uma ação judicial contra o governo estadual. (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

3 Analista do setor de energia considera equivocada suspensão de reajuste da Copel

Além da ação da Animec, a Copel também terá de enfrentar a desconfiança do mercado. O analista do Unibanco, Sergio Tamashiro, considera uma atitude equivocada não levar em consideração os interesses dos acionistas minoritários. "Pode até, do ponto de vista de Estado, serem corretos alguns dos argumentos utilizados para o não repasse, mas é preciso lembrar que os minoritários capitalizaram a empresa e têm direitos". Tamashiro aponta outro agravante na decisão do governo. "O reajuste autorizado pela Aneel foi calculado com base nas perdas passadas da Copel, ou seja, visava reequilibrar as finanças da empresa", destaca. Além disso, para o analista, no setor de energia este tipo de decisão afeta diretamente o caixa da empresa. "Não é como em setores competitivos, quando se reduz o preço e se ganha aumentando as vendas unitárias". O analista também questiona o argumento usado pelo governo do estado para não reajustar a tarifa "O resultado positivo do primeiro semestre, como ocorreu com a maioria das empresas do setor, foi basicamente pela valorização do real frente ao dólar", diz. Segundo ele, o balanço do semestre foi contaminado pelo câmbio e também pela decisão da Copel de romper os contratos com as térmicas Cien e Araucária. "Só neste terceiro trimestre teremos uma visão mais clara da situação financeira da empresa". (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

4 Presidente da Copel: reajustes serão repassados quando condições econômicas forem favoráveis

O reajuste de 25,27% para as tarifas de energia elétrica só será repassado aos consumidores paranaenses "quando as condições econômicas do País forem favoráveis". Essa é a visão da administração da Copel. A decisão, que embute uma importante parcela da política social do governo do estado, tem gerado inquietude entre acionistas da companhia, temerosos sobre possíveis reflexos negativos nos resultados futuros da empresa. "A recessão econômica deprimiu o consumo e gerou sobras de energia. O momento para o reajuste é inoportuno e, se por um lado o benefício ameniza a vida do consumidor, também estimula o consumo", justifica Paulo Pimentel, presidente da estatal. As decisões adotadas pelo governo do estado, controlador da empresa e cuja visão estratégica é de que ela tem como missão maior atender interesses da sociedade, estão presentes ainda em outras ações, como o programa "Luz Fraterna", cujo objetivo é, com base em vários critérios, isentar consumidores de baixa renda e com demanda inferior a 100 quilowatts/hora por mês (kW). Nesse caso, conforme Pimentel, não haverá impacto nas receitas da Copel, já que os recursos do Tesouro do estado é que irão bancar o programa. (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

5 Celesc consegue adiar repasse de RTE

O reajuste de 2,9% para consumidores residenciais e de 7,9% para industriais e comerciais da Celesc foi adiado pela Aneel para início de 2004, a pedido da própria concessionária. O valor refere-se à RTE, que seria aplicada no dia 7 de agosto. A medida foi motivada pela preocupação com o aumento do nível de inadimplência e com manifestações de entidades de defesa do consumidor. Com a autorização da Aneel, cerca de 1,8 milhão de unidades consumidoras continuarão a pagar a tarifa vigente, reajustada em 25,25% em agosto. A Celesc e as demais empresas da região Sul só têm direito à CVA, que corrige, pela Selic, os custos com encargos setoriais e de compra de energia das concessionárias de distribuição. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

6 Curtas

A Cemig foi informada ontem de que foi uma das 317 empresas do mundo a serem escolhidas para fazer parte do índice de sustentabilidade da Dow Jones (DSJI). O índice seleciona empresas preocupadas com responsabilidade social e ambiente. (Folha de São Paulo - 05.09.2003)

A Manaus Energia investirá R$ 1,06 milhão em projetos de pesquisa e desenvolvimento. A Aneel aprovou o programa da empresa para ciclo 2002/2003 através do despacho nº 601 publicado nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, no Diário Oficial da União. A empresa terá que cumprir as metas físicas dos projetos selecionados até setembro do próximo ano. (Canal Energia - 04.09.2003)

A Manaus Energia licita empresa de engenharia para execução dos serviços de manutenção no sistema de iluminação pública. Está incluído no processo os serviços de inspeção, manutenção de rotina, diurna e noturna, além de outras atividades. A empresa deve fornecer também equipes leves e pesadas, mão de obra de apoio, veículos e equipamentos. O preço do edital é de R$ 50,00 e o prazo vai até 2 de outubro.

A Eletronorte abre processo para contratação de empresa para executar serviço de desmontagem e montagem de torres de transmissão. O prazo termina em 23 de setembro. (Canal Energia - 04.09.2003)

A Celg abre licitação para prestação de serviços de reforma de transformadores de distribuição. O prazo encerra em 15 de setembro. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS é a favor da adoção do horário de verão este ano

O Governo não deve abrir mão de adotar o horário de verão neste ano, quando há efetiva economia de energia. A avaliação é do presidente do ONS, Mario Santos, mesmo reconhecendo que a medida este ano não é "absolutamente indispensável" devido à sobra de energia no sistema provocada pela redução do consumo. "Não fazer o horário de verão não tem conseqüência no curto prazo, mas se cria um hiato cultural. Não gosto de quebrar padrões de comportamento", afirmou Santos. O presidente do ONS alertou que existem decisões que devem ser tomadas com grande cuidado e não olhadas apenas do ponto de vista conjuntural. "Abrir mão do horário de verão por um momento é uma decisão muito séria". De acordo com dados do ONS, o consumo de energia nos horários de ponto no sistema interligado nacional está em torno 52 mil MW. Quatro mil MW a menos que os 56 mil registrados em abril de 2001, mês anterior ao início do racionamento de energia. O presidente do ONS destacou que, caso o horário de verão não seja adotado, a expectativa é de que o consumo volte ao patamar de 56 mil MW no horário de ponta durante o verão, o que pode dificultar a operação do sistema. (Jornal do Commercio - 05.09.2003)

<topo>

2 Falta de chuva atinge reservatórios do rio Uruguai

A hidrelétrica de Machadinho interrompeu ontem a geração de energia elétrica por causa da estiagem. A Tractebel, empresa que administra a usina, explicou que o desligamento das turbinas foi uma medida preventiva para preservar a vazão do rio Uruguai. A outra hidrelétrica do Alto Uruguai, a de Itá, continua funcionando, mas em condições mínimas. A usina está gerando apenas 25% por 1,4 mil MW que está apta a produzir. Os lagos das duas hidrelétricas atingiram ontem um estado crítico. De acordo com os técnicos que administram a usina de Machadinha, o nível do lago chegou a 14 metros abaixo do normal, estágio em que o desligamento das turbinas é necessário. Já o lago de Itá chegou a 12 metros abaixo do nível normal. Apesar da falta de água, a Tractebel garantiu que nenhuma das usinas sofre ameaça de danos. Em relação ao fornecimento de energia, também não há perigo. Como o sistema é interligado, a demanda é suprida por usinas em outras regiões do país. As duas usinas dependem da água que circula pela bacia do rio Uruguai. Como os meses de julho e agosto foram os menos chuvosos dos últimos cinco anos na região, os lagos das hidrelétricas foram aos poucos perdendo capacidade de produção de energia. (A Noticia - 05.09.2003)

<topo>

3 Subsistema Sudeste/Centro Oeste registra alta de 0,2% no consumo

O Sudeste/Centro-Oeste registra alta no consumo de 0,2% nos últimos sete dias. Na última quarta-feira, dia 3 de setembro, o submercado consumiu 26.428 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o subsistema tem queda de 5,3% nos últimos sete dias.O consumo na região Sul chegou a 7.507 MW médios no dia 3, contra previsão de 6.637 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula alta de 11,31% nos últimos sete dias. O Nordeste registrou consumo de 6.297 MW médios, contra previsão de 6.006 MW médios de ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.496 MW médios, o submercado tem baixa de 4,32% nos últimos sete dias. No mesmo período, a região acumula alta de 3,48% no consumo. O subsistema Norte consumiu 2.691 MW médios na última quarta-feira, contra previsão de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula queda de 5,78% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

4 Volume armazenado da Região Norte teve redução de 0,32% em relação ao dia anterior

O volume armazenado na região Norte está em 62,82%. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 76,77% da capacidade. O índice teve uma redução de 0,32% em relação ao dia anterior. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

5 Submercado Nordeste está com 33,51% da capacidade

Os reservatórios do Nordeste estão com 33,51% da capacidade, volume está 20,01% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho registra índice de 27,14%. O nível teve uma redução de 0,2% em um dia. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

6 Subsistema Sudeste-Centro-Oeste está 32,87% acima da curva de aversão de risco

A capacidade de armazenamento do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 58,27%, ficando 32,87% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,32% em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Emborcação e Itumbiara estão com 73,57% e 72,74% da capacidade. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

7 Submercado Sul registra redução de 0,67% na capacidade de armazenamento

A região Sul registra índice de 45,17%, uma redução de 0,67% na capacidade de armazenamento. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta 35,43% da capacidade. (Canal Energia - 04.09.2003)

<topo>

8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Matriz energética pode ser alterada com reserva de gás na Bacia de Santos

As gigantescas reservas de gás natural descobertas pela Petrobras nos blocos BS-400 e BS-500 da bacia de Santos, estimadas em 418,84 bilhões de metros cúbicos, permitirão mudar o perfil da matriz energética brasileira nos próximos anos, elevando a participação desse insumo dos atuais 3% para 12%. No médio e longo prazos, o aumento da oferta de gás poderá deslocar outros combustíveis mais poluentes como a gasolina, o óleo combustível e o diesel, barateando também a geração de energia termoelétrica, onde o preço do gás corresponde a dois terços do custo de geração. Mas a estimativa da Petrobras é de que sejam necessários entre seis e oito anos para esse gás ser oferecido ao mercado. A previsão do diretor da área de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, é de que o mercado brasileiro de gás poderá chegar a 100 milhões de metros cúbicos por dia no longo prazo graças às reservas da bacia de Santos. Sauer fez questão de frisar que suas previsões levam em conta o desenvolvimento do mercado brasileiro de gás contando a atual produção, as importações, as novas descobertas em Santos e, mais importante de tudo: do aumento da malha de transporte e comercialização do gás. Sauer adiantou, ainda, que um grupo de investidores de São Paulo, cujos nomes não revela, já manifestou interesse de construir uma planta de gás natural liquefeito em Paulínia usando 380 mil metros cúbicos de gás da bacia de Santos. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

2 Diretor de E&P da Petrobras: Estimativa completa das descobertas vai demorar de 2 a 4 anos

O diretor de exploração e produção (E&P) da Petrobras, Guilherme Estrella, estima que a avaliação completa das descobertas na bacia de Santos pode demorar entre dois e quatro anos. Só então a companhia terá a dimensão exata das reservas para então declarar a comercialidade do local. Cumprida essa etapa, Estrella estimou em quatro anos o tempo necessário para desenvolver a produção, o que inclui perfuração de poços, construção de plataformas flutuantes e gasodutos. O diretor lembrou que a Petrobras está investindo US$ 1,1 bilhão nas malhas Nordeste e Sudeste de gasodutos, para melhorar e aumentar o mercado brasileiro de gás. Estrella também disse que ainda não é possível estimar quanto será necessário investir para desenvolver a produção de gás na bacia de Santos. As reservas provadas de gás natural da Petrobras em 31 de dezembro eram de 231 bilhões de metros cúbicos, equivalentes a 8,16 TCFs (trilhões de pés cúbicos) e as descobertas quase dobraram as reservas, pularam 22,3 TCFs, equivalentes a 631 bilhões de metros cúbicos. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

3 Estado de São Paulo será maior beneficiado com reavaliação da Bacia de Santos

A reavaliação das reservas de gás natural do bloco BS-400, na Bacia de Santos, traz enormes oportunidades tanto para a mudança da matriz energética brasileira, como para a economia paulista, pois o Estado poderá auferir vultosos royalties com a exploração do gás natural. O Estado de São Paulo tem amplo mercado potencial para o consumo de gás natural - na indústria, nos transportes e em termoelétricas - estimado em 24 milhões de m3 por dia, dentro de dez anos, ou seja, mais do dobro do volume hoje transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil. A demanda efetiva, no entanto, dependerá do preço do gás. (Estado de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

4 Especialistas se animam com a descoberta de gás na Bacia de Santos

O volume da reserva de gás descoberto na Bacia de Santos deverá baratear o preço do produto em São Paulo e traz "novas perspectivas de sustentabilidade energética" para a indústria local, na avaliação do presidente da Comgás, Oscar Prieto. De acordo com o executivo, o transporte corresponde a 50% do custo do gás proveniente da Bolívia, que responde por 70% da demanda diária de 10 milhões de m3 no Estado, e é comprado por R$ 0,39 o m3. O gás nacional, vindo da Bacia de Campos, no Rio, custa R$ 0,31 por m3. A perspectiva de especialistas do setor é que o preço possa baixar para R$ 0,20. Segundo Prieto, a demanda pelo gás natural cresceu 17% no ano passado, mas só o consumo de Gás Natural Veicular (GNV) tem aumentado 70% ao ano. "Além de atrair para o Estado mais indústrias que dependam do combustível, as reservas vão motivar investimentos na área de transporte de gás", acrescentou o presidente da Comgás. Olivier Escola, um dos responsáveis por Marketing e Comercialização da Gaz de France, companhia de gás francesa, classificou as reservas de Santos como de "grande valor estratégico", por causa da proximidade da maior zona consumidora. Entretanto, segundo Escola, o Brasil terá de investir em infra-estrutura de abastecimento e em marketing, para estimular o uso do gás. (Estado de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

5 Antônio Ermírio sugere que governo renegocie acordo do gás natural

Aproveitando a nova descoberta de gás da Petrobrás, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, da Votorantim, sugere que o governo renegocie urgentemente o acordo do gás natural com a Bolívia. Feito durante o governo FHC, ele se mostra prejudicial ao País, que é obrigado a importar o produto cotado em dólares, no sistema take or pay. Isso está encarecendo a energia elétrica gerada pelas termoelétricas recém-nascidas no País. (Estado de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

6 Pressão sobre a Petrobras para renegociação de preços de gás vai aumentar, diz presidente da Comgás

A Petrobras poderá sofrer grande pressão dos seus clientes para renegociar os contratos do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), uma vez que o insumo da Bacia de Santos promete custar a metade do preço. Na opinião de Oscar Prieto, presidente da Comgás, a lógica leva a crer que a Petrobras será pressionada a rever os preço do gás boliviano. Ele diz que não haverá quebra de contratos por parte da Comgás, mas é natural que as empresas batalhem por preços mais competitivos. Ele ressalta, porém, que a descoberta vai movimentar positivamente a economia brasileira. "Nós poderemos até antecipar nossos investimentos", destaca. Hoje o Gasbol trabalha com um mix, sendo que o nacional custa R$ 0,31 o m3, e o boliviano, R$ 0,39 o m3. Dependendo do sinal dado, isso poderá ser um incentivo às térmicas. Prieto, da Comgás, acha que é uma boa oportunidade para que sejam desengavetados os projetos termelétricos. Além disso, poderá reduzir a importação do óleo dieesel, se optar por substituir esse insumo pelo gás natural, segundo Alfred Szwarc, consultor em energia e meio ambiente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). No ano passado, o Brasil gastou US$ 1,1 bilhão apenas com a importação de diesel. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

7 Petrobras ganha poder de barganha na negociação com Bolívia

Apesar da Petrobras não admitir, a descoberta das jazidas de gás natural na bacia de Santos aumentou o poder de barganha do governo brasileiro nas negociações com a Bolívia. O Brasil está negociando desde o início do ano uma redução dos volumes e das condições do contrato firmado com a Bolívia, onde está previsto que o gás tem que ser pago mesmo se não for utilizado. A Petrobras ganha condições de negociar com muito mais força uma melhora das condições contratuais já que, na prática, o Brasil não precisa mais do gás boliviano para desenvolver o mercado brasileiro. Para o consultor e ex-diretor da British Gas, François Moureau, é um equívoco achar que o gás boliviano perde atratividade com a descoberta, para ele poderia é ser mais barato. "Basta vontade política do governo brasileiro. O gás boliviano pode ser bem mais barato, mas é preciso negociar a redução de preço com a Bolívia e o custo do transporte no Brasil", afirma o executivo. Na opinião de Moureau, o governo brasileiro tomou a decisão política de viabilizar o gás argentino e o brasileiro a US$ 2,50/milhão de BTU, enquanto o gás boliviano custa hoje US$ 3,30/milhão de BTU. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

8 Gabrielli: Descoberta não traz resultados imediatos para Petrobras

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, José Sergio Gabrielli, frisou ontem que a descoberta na Bacia de Santos não tem resultado imediato sobre a Petrobras. "Ao contrário do petróleo, os volumes de gás que foram descobertos são considerados ainda recursos de acordo com as normas que regulamentam o conceito de reservas. Para transformar isso em reservas, esses volumes precisam ter sua comercialidade declarada, o que só será feito caso se consiga comercializar esse gás", explicou Gabrielli. (Valor - 05.09.2003)


<topo>

9 CVM pede informações à Petrobras sobe reavaliação de reservas da Bacia de Santos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encaminhou ontem um ofício à Petrobras pedindo a publicação de um comunicado ao mercado, o chamado "fato relevante", sobre a reavaliação da reserva de gás na Bacia de Santos. A estatal infringiu a regulamentação para as companhias abertas ao comentar apenas com analistas de investimentos, numa teleconferência, que a reserva de gás era na verdade de 400 bilhões e não 70 bilhões de metros cúbicos como havia informado anteriormente. A instrução 358 da CVM, de 3 de janeiro de 2002, é clara ao definir que é relevante qualquer fato "técnico, de negociação, econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos negócios" de companhia aberta "que possa influir de modo ponderável " na cotação dos valores mobiliários ou na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter esses valores. Além do mercado brasileiro, a estatal tem papéis negociados nos Estados Unidos. No entanto, segundo Gregory Harrington, advogado do escritório Linklaters, as regras americanas de divulgação não se aplicam a empresas estrangeiras. Segundo a assessoria de imprensa da CVM, até o início da noite de ontem a companhia não havia feito qualquer comunicado. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Grandes consumidores superam concessionárias nas compras de subestações da ABB

Pela primeira vez, o segmento de grandes empresas consumidoras de energia elétrica superou as concessionárias de distribuição e transmissão nas compras de subestações da ABB. Em meio a crise no setor de energia, a ABB já faturou neste ano R$ 70 milhões com a venda de subestações para aumentar a tensão no recebimento de energia para empresas como a Veracel, Yamaha, Procter & Gamble, CCE e Plastipak. Com o nível de tensão mais alto, as empresas pagam menos pela energia comprada das distribuidoras e podem se transformar em consumidores livres, o que possibilita negociar diretamente com as geradoras e conseguir preços e prazos melhores. Segundo o gerente de vendas de sistemas de potência da ABB, Marco Berardi, o último contrato fechado para fornecimento de subestação no segmento de transmissão, com tensão acima de 145 kV, foi feito em julho, no valor de R$ 37 milhões, para a planta da Veracel. No segmento de subestações para distribuição, com tensão até 145 kV, a empresa já vendeu neste ano seis sistemas para indústrias. No total de fornecimento de subestações, as indústrias acumulam oito vendas feitas pela empresa e superaram os clientes tradicionais. "Nos outros anos as vendas de subestações sempre foram maiores para as concessionárias que atuam no setor", afirma Berardi. (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

2 Intenções pró siderúrgica começa a ser elaborado no MA

Diretores e técnicos das empresas Baosteel, Arcelor, Vale do Rio Doce, Eletronorte, Caema, Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e da Gerência de Indústria e Comércio estiveram reunidos esta semana do Palácio Henrique de La Rocque para dar início ao processo de elaboração de um protocolo de intenções a ser firmado entre investidores e governos estadual e municipal para estabelecer "contribuições de cada setor para implantação e operacionalização da siderúrgica no Estado do Maranhão", informou o gerente de Indústria e Comércio, Danilo Furtado. Os empresários franceses e chineses ficaram sabendo, por exemplo, que o governo estadual está investindo R$ 440 milhões na duplicação da adutora que capta água do rio Itapecuru (Italuis II) e na ampliação das instalações do Porto do Itaqui. "Estes investimentos são necessários para atender às necessidades da siderúrgica e de outros projetos de grande porte que pretendemos implantar no Estado, como a refinaria de petróleo", completou Danilo Furtado. As obras estarão concluídas até o ano de 2004/2007 - quando a siderúrgica também estará concluída. (O Imparcial - 05.09.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Ipea reduz previsão do PIB neste ano para apenas 0,5%

O Brasil está tomando o caminho do crescimento, mas desta vez, a retomada deve ser mais lenta do que em outras crises. A avaliação é do Ipea. O órgão, ligado ao Ministério do Planejamento, reviu ontem de 1,6% para 0,5% a estimativa de crescimento do PIB para este ano, em seu boletim de conjuntura trimestral. Em contrapartida, aumentou de 3% para 3,5% a projeção do PIB para o ano que vem. "O estímulo para a retomada do crescimento virá da queda das taxas de juros e do aumento do consumo, fundamentalmente por meio da maior oferta de crédito. É isso que vai colocar a economia em marcha novamente", acredita o coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural do Ipea, Paulo Levy. O Ipea também reviu a expectativa de crescimento do consumo das famílias, de 0,2%, no boletim divulgado em junho, para -2,1% neste ano. Para 2004, a estimativa passou de 3,8% para 3,9%. A revisão teve como base a forte queda no ganho médio do trabalhador, que despencou cerca de 15% até julho. Levy lembra que esse recuo nunca foi tão alto, nem mesmo em outras crises pelas quais o Brasil passou. Portanto, estima, a recuperação do país desta vez se dará de forma gradual. Para este ano, a previsão do Ipea é que a produção industrial caia 0,7%, mesmo com a expectativa de que cresça 0,2% de julho a setembro e 2% de outubro a dezembro na comparação com os trimestres anteriores. "A renda real deve parar de cair neste mês ou no próximo e começar a se recuperar porque ela está muito ligada à inflação. Com os preços mais baixos, a demanda aumenta", diz Levy. (Folha de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

2 Palocci admite que economia crescerá menos

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, justificou ontem a lentidão da retomada da atividade econômica com o tamanho da crise enfrentada pelo Brasil no ano passado. Comentando a perspectiva do Ipea, de que o PIB crescerá apenas 0,5% neste ano, Palocci disse que "também tivemos em 2002 a pior crise dos últimos 10 anos, o que comprometeu o crédito para as empresas, o risco país, a rolagem da dívida e a inflação". Mas admitiu que o crescimento será menor do que se esperava. "A queda do PIB no primeiro semestre é produto dos juros efetivos da economia no final de 2002 e começo deste ano, que estavam muito acima da Selic", disse, em entrevista à imprensa, referindo-se à taxa básica de juros (Selic). "Hoje, a taxa básica vem caindo e temos taxas efetivas da economia abaixo da Selic." Na reunião do conselho, Palocci admitiu que o crescimento será menor do que se imaginava. "É lógico que gostaríamos de não ter inflação e ter grande crescimento, mas corrigir os rumos de um desacerto econômico normalmente tem custado perdas importantes de PIB. Devemos ter um crescimento pequeno neste ano, mas não negativo, e devemos partir já neste semestre para um processo de crescimento sustentável", afirmou o ministro. (Estado de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

3 Queda de juros não será drástica, diz Lula

No Palácio do Planalto, em discurso recheado de metáforas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a redução da taxa de juros não será "drástica" e cobrou mais ação dos empresários na solução de problemas sociais. A fala do presidente, de improviso, durou cerca de 40 minutos e foi dirigida aos membros do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), que debateram um documento que pede, entre outras coisas, "redução drástica" da taxa de juros. Lula afirmou que a queda de juros vai ocorrer, mas que "talvez não seja tão drástica como alguns querem". Segundo Lula, a política econômica do governo é a possível: "A nossa política econômica talvez não seja a política econômica do sonho do Palocci, do meu sonho, mas é a política econômica possível neste momento". Segundo o presidente, ninguém mais do que ele deseja o crescimento econômico: "Mais do que ninguém, eu desejo criar os empregos que eu reivindiquei. A minha vida inteira foi reivindicar". (Folha de São Paulo - 05.09.2003)

<topo>

4 País perde espaço na disputa por investimento estrangeiro

O Brasil está perdendo terreno para seus principais competidores na disputa cada vez mais acirrada pelo dinheiro dos investidores estrangeiros. Divulgado ontem, o relatório anual da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) mostra que a participação do Brasil no fluxo de investimentos externos caiu no ano passado, enquanto a de países como a China e a Índia cresceu. Segundo a Unctad, os investimentos estrangeiros diminuíram 21% e somaram US$ 651 bilhões no ano passado, o nível mais baixo dos últimos cinco anos. O Brasil recebeu US$ 16,5 bilhões, 26% menos do que no ano anterior e metade do que conseguiu no ano 2000. O relatório da Unctad atribui a redução nos investimentos à desaceleração da economia mundial e ao tombo sofrido por grandes empresas com o fim da bolha do mercado de ações e os escândalos corporativos nos Estados Unidos e na Europa, entre outros fatores. A entidade prevê que o nível de investimentos estrangeiros vai se manter estável neste ano e só se recuperará em 2004. A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), que divulgou o relatório da Unctad no Brasil, prevê que o fluxo de investimentos para o país cairá mais um pouco neste ano, chegando a US$ 10 bilhões, e atingirá US$ 15 bilhões em 2004. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

5 Brasil está no caminho do crescimento, diz JP Morgan

O banco norte-americano JP Morgan está otimista com a economia brasileira. Para o presidente da instituição no Brasil, Charles Wortman, a habilidade demonstrada pelo novo governo na condução da política econômica contribui fortemente para a retomada da credibilidade do Brasil no mercado externo. Depois de vender sua área de recursos de terceiros para o Bradesco, no começo do ano, a instituição centrou foco na intermediação de captações externas e de fusões e aquisições. Entre outras transações, o banco assessorou a Vale do Rio Doce na colocação de US$ 250 milhões em títulos lastreados em receitas de exportação. Na avaliação de Wortman, a recuperação da economia americana terá efeitos positivos em toda a América Latina, em especial no México e no Brasil. Ele projeta crescimento de 3,5% a 4% para o PIB brasileiro no ano que vem. E recomenda a aplicação em ações de empresas brasileiras. (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

6 País só cresce com controle de capitais, diz Unicamp

Passados oito meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a vulnerabilidade externa do país continua a ser o grande empecilho à retomada do crescimento sustentado. Isso acontece porque a "nova" política econômica é apenas uma cópia do velho modelo. Sendo assim, todos os problemas foram herdados e o principal entrave - uma política cambial inadequada - está mantido. Enquanto o Brasil não mexer no regime de câmbio flutuante e adotar um controle dos fluxos de capitais, não vai crescer. Essa pode ser considerada a síntese do pensamento dos economistas do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon) do Instituto de Economia da Unicamp, expressa em um boletim de 110 páginas. Para ler o documento na íntegra, clique aqui. (Valor - 05.09.2003)

<topo>

7 IPC-SP fica estável em agosto

O IPC-SP apurado pela FGV para a cidade de São Paulo (IPC-SP) apresentou relativa estabilidade em agosto ao registrar alta de 0,05%. O resultado representa um recuo de 0,30 ponto percentual na comparação com a inflação de julho (0,35%). O recuo resulta do fim do impacto das tarifas de energia elétrica e telefonia, que pressionaram o indicador no mês de julho. No ano, o IPC-SP registra alta de 6,21%, sendo que em doze meses a inflação acumulada é de 13,37%. O resultado do IPC-SP de agosto mostra que a inflação está sob controle e que o governo agora pode mudar o foco, sugeriu ontem o professor da FGV, Yoshiaki Nakano. "Essa estabilidade indica que a inflação está controlada e que é preciso agora mudar o foco da política econômica e olhar mais para a questão do desemprego, por exemplo", disse. Na avaliação de Nakano, a inflação sob controle pode levar o Banco Central a ampliar a redução da Selic. (Gazeta Mercantil - 05.09.2003)

<topo>

8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial inverteu a tendência de alta sinalizada na abertura e volta ao terreno negativo, ameaçando romper novos suportes. Às 11h42m, a moeda americana caía 0,54%, cotada a R$ 2,914 na compra e R$ 2,916 na venda. Ontem, o dólar fechou com recuo de 1,01%, a R$ 2,9300 para compra e a R$ 2,9320 para venda, na mínima do dia. (O Globo On Line e Valor Online - 05.09.2003)


<topo>

 

Internacional

1 Hydro-Québec tem interesse na Transener

A Petrobras confirmou que a empresa canadense Hydro-Québec está interessada em adquirir os 32,5% da transportadora de energia Transener que foram comprados no ano passado pela estatal brasileira junto com o pacote de ativos da Pecom Energia, hoje rebatizada como Petrobras Energia. O negócio de aproximadamente US$ 1,03 bilhão foi aprovado pelo governo argentino com a condição de que a estatal brasileira venda a Transener. Um porta-voz da Petrobras Energia confirmou o interesse da Hydro-Québec pela Transener. Segundo esse porta-voz, os contatos até agora foram "protocolares" e não foi apresentada nenhuma proposta concreta. Questionado sobre a possibilidade de o governo argentino voltar a se opor à transferência da companhia a estrangeiros, o diretor de comunicações da Petrobras, Mario Grandinetti, disse que a Transener "será vendida a quem queira comprá-la, e os entes competentes decidirão se a venda pode ser concretizada ou não". Segundo o compromisso assumido pela Petrobras junto ao governo, a empresa será vendida quando recuperar seu valor de mercado. A Transener tem uma dívida de cerca de US$ 470 milhões, que está em "default". (Valor - 05.09.2003)

<topo>

2 Iberdrola pretende comprar os 3% que a EDP detém no seu capital

A elétrica espanhola, Iberdrola, planeja exercer o seu direito de preferência sobre a participação de 3% que a EDP. A Iberdrola tem o direito de preferência sobre as ações que a EDP atualmente detém no seu capital, indo exercê-lo antes que os títulos possam ser colocados no mercado. Em valores atuais de mercado, a participação de 3% da EDP na Iberdrola está avaliada em 410 milhões de euros. (Diário Econòmico - 05.09.2003)

<topo>

3 CGE Transmisión vai emitir US$ 87,6 mi em bônus

A CGE Transmisión, empresa chilena de transmissão, planeja emitir até 60 bilhões de pesos (US$ 87,6milhões) em bônus no mercado local até o final do ano, segundo press release da empresa divulgada na quinta-feira. A CGE Transmisión vai emitir os bônus em duas séries; uma para até 10 anos, e a outra para 21 anos, disse Maria Teresa Rojas, assistente da gerência de finanças da empresa. A emissão de bônus será a primeira emissão da CGE Transmisión desde sua criação em 2001. "Não temos nível alto de endividamento e também poderíamos fazer a emissão de um montante fixo no curto prazo, mas por que o faríamos se temos esta opção para aproveitar dos incentivos fiscais em sete ou oito anos?", disse Rojas. Cerca de 60% dos recursos obtidos com as transações será usado para refinanciar a dívida de 35 bi de pesos da empresa, disse Rojas. A CGE Transmisión usará pelo menos 20% dos recursos para comprar linhas e subestações das distribuidoras Conafe e Rio Maipo até o final do ano. A CGE Transmisión pertence majoritariamente (99,99%) à distribuidora CGE e foi criada em 2001 como uma medida estratégica da CGE para consolidar seus ativos de transmissão. (Business News Americas - 05.09.2003)

<topo>

4 PDVSA, Shell e Mitsubishi podem firmar parceria em projeto de gás natural

A petroleira estatal venezuelana PDVSA está na expectativa de firmar um acordo de parceria por 35 anos com a empresa anglo-holandesa Shell e a japonesa Mitsubishi para desenvolvimento do projeto gás natural liquefeito Mariscal Sucre, de US$ 2,7 bilhões, até novembro, confirmou Jesus Aboub, gerente de projetos da PDVSA."Planejamos fazer todo o possível para que a parceria seja firmada em novembro, e estamos trabalhando nisso", disse Aboub. A PDVSA, a Shell e a Mitsubishi estão fazendo um estudo de viabilidade que deve ser concluído até novembro, acrescentou. As empresas firmaram um acordo de desenvolvimento preliminar em dezembro de 2002 que dá à PDVSA 60% de propriedade, 30% à Shell, 8% à Mitsubishi e 2% a outras organizações venezuelanas. No entanto, a PDVSA planeja vender 9% da sua participação para a Qatar Petroleum, que está fazendo um estudo de due diligence, disse Aboub. As reservas de gás são estimadas em 10 trilhões de pés cúbicos, "mas pode haver mais do que isso", disse Aboub. (Business News Americas - 05.09.2003)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 FIRJAN (Conselho de Energia). "Atualidade do setor elétrico nacional" Rio de Janeiro: Julho de 2003 - 12 páginas

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm

<topo>

2 Unicamp (Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp). "Política Econômica em Foco". São Paulo: Maio/Agosto de 2003. - 114 páginas

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/politica.htm

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás