l IFE:
nº 1.187 - 04 de setembro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Governo vai antecipar metas de universalização para 2008 O governo
federal vai antecipar as metas de universalização do fornecimento de energia
elétrica de 2016 para 2008. O novo planejamento prevê que todos os brasileiros
que ainda não têm luz elétrica em casa - cerca de 15 milhões de pessoas
- terão sido atendidos até 2008. O novo plano de universalização será
anunciado oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim
de outubro. Algumas medidas foram adiantadas ontem pela ministra Dilma
Rousseff. Em 2004, a meta será levar energia elétrica até 400 mil domicílios,
um projeto que exigirá investimento de R$ 1,3 bilhão. Para 2005 e 2006,
o plano é ligar mais 1 milhão de domicílios, 500 mil a cada ano. Para
2006 e 2007, restarão 600 mil casas sem luz elétrica. Segundo a ministra,
estas 600 mil residências serão provavelmente as de mais difícil acesso,
que significarão operações mais complexas. Dilma explicou que, para cumprir
as metas de universalização, será preciso reunir as três esferas de governo,
União, Estados e municípios. A ministra lembrou que o projeto tem interface
com todos os projetos sociais do governo federal e representa desenvolvimento
regional. "Este é um projeto que muda o perfil de renda", explicou. (Valor
- 04.09.2003) 2 Setor de mineração e metalurgia receberá apoio, promete Dilma O setor
de mineração e metalurgia deixará de ser o "patinho feio" do Ministério
de Minas e Energia. Foi o que prometeu ontem a ministra Dilma Rousseff
a empresários do setor. A primeira providência a ser tomada pelo ministério,
segundo Dilma, será a modernização do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM). O MME já liberou uma verba de R$ 84 milhões para a informatização
do departamento, hoje praticamente desequipado. "O DNPM ainda não chegou
a era da informatização", disse a ministra. "Vamos fazê-lo chegar ao século
21". A meta da ministra é fazer com que seja possível conceder outorgas
minerais e cobranças e cobrar tributos de forma "on line". Mais do que
modernizar o departamento, a preocupação do governo é modernizar a própria
relação entre a União e o setor, disse a ministra. "A mineração era vista
como uma questão lateral no ministério", reconheceu. Segundo Dilma, em
2004, o ministério investirá em informação sobre o setor de mineração,
encomendando levantamentos geofísicos das regiões consideradas estratégicas
para poder fazer uma avaliação realista dos recursos minerais. (Valor
- 04.09.2003) 3 MME entra em conflito com ANP A autorização
da ANP para que a Distribuidora Golfo Petróleo opere como formuladora
de combustíveis abriu uma nova frente de desgaste com o MME. Em Belo Horizonte,
onde participava de um encontro na Associação Comercial de Minas Gerais
(ACMinas), a ministra Dilma Rousseff considerou a decisão da ANP, tomada
"à revelia do Ministério", "tecnicamente injustificável". E anunciou uma
investigação para apurar de quem partiu o aval para a autorização da segunda
planta do gênero no País. A assessoria de imprensa da ANP entrou em cena
para lembrar que a atividade de formulador de gasolinas A, comum e premium
e de óleo diesel a partir da mistura de correntes de hidrocarboneto foi
regulamentada pela portaria ANP 316, publicada em 27 de dezembro de 2001,
e suspensa por outra medida similar, a 175, em 3 de junho de 2003. Mas,
lembrou a assessoria, a última portaria não se aplica a processos em andamento,
caso da Golfo Petróleo. Para a ANP, a interrupção poderia criar uma disputa
jurídica. A justificativa não foi suficiente para Dilma Rousseff. Depois
de lembrar que o ministério havia determinado a suspensão de novas autorizações,
a ministra lembrou que a ANP foi orientada de que a decisão de criação
da categoria de formulador teria que ser governamental. "Transplantar
este modelo para o Brasil, que ainda não possui um mercado maduro, seria
uma temeridade", justificou. (Gazeta Mercantil - 04.09.2003) 4
MG pleiteia devolução de hidrelétricas à União no final do prazo de concessão
5 MG apresenta estudo sobre potencial do estado em desenvolver PCHs O secretário
de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio Brumer informou que
o governo do estado de Minas Gerais apresentou a ministra Dilma Rousseff,
um estudo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que aponta o potencial
de Minas em desenvolver pequenas centrais hidrelétricas. "O levantamento
foi concluído essa semana e mostra que em Minas existem cerca de 250 PCHs.
Entretanto, isso não significa que todas elas são viáveis economicamente
e ambientalmente, mas, certamente, é um potencial que precisamos avaliar
melhor e a ministra está de acordo", disse. "É um trabalho que vamos desenvolver
em conjunto com o ministério de Minas e Energia". (Gazeta Mercantil -
04.09.2003) 6 Isenção de energia é aprovada na Assembléia Legislativa do Paraná A Assembléia
Legislativa do Paraná aprovou, por unanimidade, projeto do governo que
garante isenção da tarifa de energia a consumidores que gastam até 100
quilowatts por mês. A única alteração no texto original do Executivo foi
a dispensa da obrigatoriedade de inscrição do consumidor em programas
sociais federais, como Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação ou Vale-Gás, para
ser beneficiado. De acordo com cálculos iniciais, 200 mil residências
em todo o estado deverão ser beneficiadas. O governo deve investir de
R$ 24 milhões a R$ 30 milhões por ano na isenção da tarifa. (Gazeta Mercantil
- 04.09.2003) 7 Ana e Ibama definem agenda comum O presidente do Ibama , Marcus Barros, e o diretor-presidente da Ana , Jerson Kelman, definiram agenda comum para os trabalhos de outorga para uso da água e para o licenciamento ambiental. O objetivo da decisão é promover a integração entre as instituições responsáveis pela implantação dos instrumentos de gestão das Políticas de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos. O diretor Ambiental do Ibama, Nilvo Luiz Alves da Silva, deu explicações sobre os procedimentos da Ana para conceder a outorga pelo uso da água. Em maio deste ano, a agência encaminhou ao Ibama a minuta de um termo de cooperação. As entidades farão também novas reuniões para discutir os termos da proposta de cooperação. (Canal Energia - 03.09.2003)
Empresas 1 Eletrobrás está entre as empresas com maiores prejuízos na AL Entre os
maiores prejuízos apurados em dólar no segundo trimestre deste ano na
América Latina, segundo estudo da empresa de consultoria financeira Economática,
está a Eletrobrás, com perda de US$ 538 milhões. As indefinições do ambiente
regulatório e o grande endividamento das empresas desse setor abalaram
os resultados das companhias de energia elétrica. As demais empresas brasileiras
da lista são Telesp Celular Participações, Telemar, Light e Bradespar,
respectivamente, nas posições 3.ª, 6.ª 7.ª e 10.ª entre os maiores prejuízos.
(Estado de São Paulo - 04.09.2003) 2 Eletrobrás e Cerj implantam centro em São Fidélis A Eletrobrás está iniciando uma nova etapa do programa de eletrificação rural Luz no Campo. A holding doou R$ 60 mil para a implantação do primeiro Centro Comunitário de Produção (CCP) na comunidade de Boa Vista Esperança, no município São Fidélis (RJ). O presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, e o diretor de Engenharia, Valter Luiz Cardeal de Souza, participam da cerimônia de doação, que acontece nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, na sede da Eletrobrás, no Rio de Janeiro. A Cerj é outra empresa que participa da implantação do centro em São Fidélis. (Canal Energia - 03.09.2003) 3 Governo de MG sugere transformação de Cemig em uma holding Em reunião
com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a ministra de Minas e Energia,
Dilma Rousseff, discutiu, mais uma vez, a desverticalização da Cemig.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio
Brumer, o governo de Minas sugeriu a criação de uma holding que atenda
o modelo proposto pelo ministério de separação entre transmissão, geração
e distribuição, mas que não aumente os custos tributários para a Cemig.
Segundo o secretário, com a formação de um "pool" de empresas do setor
elétrico para abastecer o mercado nacional, a Cemig teria perdas, pois
venderia sua energia a um preço de custo mais baixo e, depois, teria de
comprá-la por um preço mais alto para atender o mercado interno de Minas.
"Esse é um ponto para o qual a ministra está sensibilizada e possivelmente
vamos encontrar uma solução para esse problema", disse. A ministra Dilma
Rousseff, deixou claro que não abrirá mão da desverticalização da companhia.
Ela concordou que o modelo representa aumento das despesas tributárias,
mas afirmou que esta é uma questão menor diante do objetivo da desverticalização,
que é garantir que a energia gerada seja vendida pelo menor preço possível
à distribuidora. Segundo ela, a criação de uma holding controladora das
três empresas independentes é uma saída aceitável para a Cemig. (Valor
e Gazeta Mercantil - 04.09.2003) 4
Dividendos da Cemig são alvo de disputa judicial 5 Eletronorte, Furnas e Chesf aprofundam estudos para novas linhas de transmissão As estatais,
assim como no segmento de geração, também investem no desenvolvimento
de projetos de viabilidade de construção de novas linhas de transmissão.
Eletronorte, Furnas e Chesf, além de participarem do próximo leilão no
dia 23 de setembro na Bovespa, aprofundam os estudos sobre novos trechos.
A Eletronorte prevê para fevereiro de 2004 a conclusão da análise para
a implantação de dois projetos, cujos investimentos estão estimados em
US$ 915 milhões. Um deles é a interligação Tucuruí/Macapá/Manaus, de 1.471
quilômetros em 500 kV. Os investimentos estão estimados em US$ 830 milhões.
Outro projeto envolve a interligação Acre/Rondônia/Mato Grosso, com a
linha Ji-Paraná/Pimenta Bueno/Vilhena/Jirau, com investimentos de US$
85 milhões. A previsão de João Neves Filho, superintendente de Planejamento
da Expansão da Eletronorte, é que a linha seja licitada no primeiro semestre
do próximo ano. A entrada em operação destas linhas terá um papel estratégico
para o atendimento do mercado da região Norte, principalmente para a interligação
Amazônica. "O objetivo é buscar uma solução estrutural para conectar a
região à rede básica", comenta Valter Luiz Cardeal de Souza, diretor de
Engenharia da Eletrobrás. (Canal Energia - 03.09.2003) 6 Cachoeira Dourada e Celg têm audiência de conciliação em julho A Centrais
Elétricas Cachoeira Dourada e a Celg participarão de audiência de conciliação
em Goiás, nesta quinta , dia 4 de setembro. As empresas estão em litígio
devido ao contrato entre a distribuidora e a usina Cachoeira Dourada,
suspenso em julho por determinação da justiça. A CDSA defenderá as condições
do contrato original, firmado em setembro de 1997. Segundo a assessoria
de imprensa da Endesa, a empresa pagou US$ 800 milhões pela CDSA e teme
que a quebra do contrato traga prejuízos à imagem do Brasil junto aos
investidores. O contrato foi suspenso em abril deste ano, por liminar
judicial, em ação movida pela Celg, que alegou desequilíbrio financeiro
em função do preço cobrado pela CDSA. Em julho, o contrato entre a CDSA
e a Celg foi restabelecido, sendo que o preço estabelecido correspondia
a 50% do original. De acordo com Endesa, a Celg não pagou nada à CDSA.
O preço do MWh está em R$ 61,63 MWh. Segundo estimativa da Endesa, a CDSA
deixou de receber R$ 100 milhões este ano e a usina permanece funcionando
normalmente. (Canal Energia - 03.09.2003) 7 Aneel adia reajuste tarifário da Celesc para 2004 A Aneel
adiou para janeiro de 2004 a aplicação da Recomposição Tarifária Extraordinária
(RTE) da Celesc. A decisão atende a pedido da própria concessionária,
que solicitou autorização para prorrogar o início da cobrança da correção
de 2,9% para consumidores residenciais e de 7,9% para industriais e comerciais.
(Gazeata Mercantil - 04.09.2003) 8 Copel renegocia dívida com municípios do Paraná A Copel
- que conta com uma carteira de inadimplentes que chega a R$ 187 milhões
- abriu negociações com diversas prefeituras do estado do Paraná e já
conseguiu fechar acordos para o recebimento de R$ 90 milhões, de um total
de R$ 95 milhões devidos pelos municípios. Ao todo, mais da metade das
393 localidades atendidas pela Copel têm hoje algum tipo de débito com
a empresa. De acordo com a companhia, cada caso está sendo negociado individualmente,
levando-se em conta a situação da dívida e a capacidade de desembolso
de cada prefeitura. A Copel aguarda ainda o pronunciamento de outras prefeituras,
que representam os R$ 5 milhões ainda não negociados com a empresa. Ao
renegociar a dívida, as prefeituras tornam-se adimplentes e podem se beneficiar
do desconto de 25% sobre a tarifa reajustada concedida pela Copel. (Gazeta
Mercantil - 04.09.2003) A CEEE abriu processo para aquisição de transformadores de corrente classe 138 kV, destinado a subestação da usina de Jacuí. O prazo vai até 18 de setembro.(Canal Energia - 03.09.2003) A Celesc licita contratação de empresa especializada para fornecimento e instalação de cabo óptico dielétrico. O prazo termina em 15 de setembro. (Canal Energia - 03.09.2003) A Manaus Energia abre licitação para aquisição de aterramentos temporários, testador, load buster e detentor de alta tensão. O preço do edital é de R$ 10,00 e o prazo encerra em 11 de setembro. Clique aqui para acessar todas as licitações publicadas pelo CanalEnergia. (Canal Energia - 03.09.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Governo estuda mudanças na adoção do horário de verão O governo
estuda "flexibilizar" a adoção do horário de verão neste ano. A informação
é da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo ela, o ministério
está apurando qual é o nível de segurança que o sistema brasileiro possui
neste momento para operar sem horário de verão. A ministra disse que o
horário diferenciado será implantado somente nas regiões onde for constatada
a sua necessidade. A definição será tomada até o fim de setembro. "Se
não for necessário, não será implantado. Aliás, onde não for (necessário),
não será implantado. Agora, onde for necessário, será definitivamente
implantado", afirmou Dilma, que participou ontem de um debate na Associação
Comercial de Minas Gerais. A medida, segundo a ministra, vinha proporcionando
uma economia no consumo de energia elétrica de 1,5% a 2%. "O que o horário
de verão dá é um pouco mais de segurança. O que nós vamos ver é se é possível
flexibilizar ou não essa segurança". (Estado de São Paulo - 04.09.2003)
2 Consumo industrial cai 1% em junho O consumo
industrial de energia elétrica teve queda de 1% em junho deste ano em
relação ao mesmo mês de 2002, segundo a Eletrobrás. No acumulado de 12
meses, houve crescimento de 8,1% até junho. As indústrias do Norte do
país, onde está a Zona Franca de Manaus, não sentiram a retração no consumo
de energia observada no resto do país. A região apresentou um crescimento
do consumo de 6,8% em junho. O faturamento da Zona Franca aumentou 19,9%
no primeiro semestre. (Folha de São Paulo - 04.09.2003) 3 Região Sul registra alta de 10,71% no consumo nos últimos sete dias O Nordeste
está com alta no consumo de 2,99% nos últimos sete dias. Na última terça-feira,
dia 2 de setembro, a região consumiu 6.267 MW médios, contra previsão
de 6.006 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de
6.496 MW médios, o subsistema registra queda de 4,78% nos últimos sete
dias.O consumo na região Norte chegou a 2.655 MW médios, contra previsão
de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal
de operação, o submercado tem baixa de 6,38% nos últimos sete dias.O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 26.188 MW médios, contra previsão de 25.959 MW médios do ONS.
Nos últimos sete dias, o subsistema tem queda de 0,56% no consumo. Em
relação à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o submercado
registra baixa de 6,02% no período. A região Sul teve consumo de 7.492
MW médios na terça-feira, contra previsão de 6.637 MW médios do operador
do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema acumula
alta de 10,71% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 03.09.2003) 4
Submercado Norte tem queda de 0,38% em relacão à 1º de Setembro 5 Os reservatórios da região Nordeste estão com 33,71% da capacidade Os reservatórios
do Subsistema Nordeste estão com 33,71% da capacidade, volume 20,04% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003, determinada pelo ONS. O índice
teve uma redução de 0,18% em relação ao dia 1° de setembro. A usina de
Sobradinho está com 27,28% da capacidade. (Canal Energia - 03.09.2003) 6 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com volume 32,99% acima da curva de aversão ao risco O submercado Sudeste/Centro-Oeste está com 58,59% da capacidade, uma redução de 0,33% em m dia. O volume está 32,99% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas de Marimbondo e Furnas apresentam índice de 58,44% e 77,45%, respectivamente. (Canal Energia - 03.09.2003) 7 Subsistema Sul registra queda de 0,62% em relação ao dia anterior A região
Sul está com 45,84% da capacidade, o que corresponde a queda de 0,62%
em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Passo Fundo está com 71,15%
do volume. (Canal Energia - 03.09.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Liquidação do mês de julho no MAE totaliza R$ 43,17 mi O MAE registrou
99,86% de adimplência na liquidação financeira realizada ontem. O acerto
de contas refere-se à compra e venda de energia realizada em julho de
2003, totalizando R$ 43,17 milhões. A liquidação incluiu valores referentes
à inadimplência acumulada de agentes do mercado em operações de compra
de energia efetuadas no primeiro semestre. (Valor - 04.09.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Bacia de Santos pode triplicar reservas brasileiras de gás natural Novos testes feitos pela Petrobrás indicam que as reservas de gás natural, descobertas em abril na Bacia de Santos, ultrapassam os 400 bilhões de metros cúbicos, volume suficiente para triplicar as atuais reservas brasileiras, atualmente na casa dos 200 bilhões de metros cúbicos. Para o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, a descoberta representa uma revolução na história deste produto. Na área técnica da companhia, acredita-se que há ainda muito gás a ser descoberto no local, um bloco exploratório concedido pela ANP em 1998, chamado de BS-400. Quando a jazida foi encontrada, com estimativa inicial de 70 bilhões de barris, já era classificada como a maior descoberta de gás no País. Estima-se que, com a nova reserva, o País chegará à produção diária de 80 milhões de metros cúbicos nos próximos anos. "O gás descoberto em Santos está a apenas 130 km do principal entroncamento brasileiro", diz Sauer, referindo-se ao mercado paulista, de onde saem gasodutos para a Região Sul e para o Rio de Janeiro, com uma perna para Minas Gerais. Segundo avaliações preliminares, o gás de Santos chegará ao Continente a R$ 0,20 por metro cúbico, contra os R$ 0,30 cobrados pela Bolívia. A diferença, que parece pequena, poderia viabilizar a geração de energia com este gás em termoelétricas - atualmente inviável por causa do custo do produto importado. (Estado de São Paulo - 04.09.2003) 2 São Paulo é o maior produtor de gás natural do país Com a descoberta
de gás na Bacia de Santos, São Paulo torna-se, de longe, a maior província
de gás brasileira, enquanto o Rio mantém o posto de maior produtor de
petróleo. As reservas de gás da Bacia de Campos, no litoral fluminense,
eram pouco superiores a 100 bilhões de metros cúbicos no final de 2002.
Mas se trata de gás associado ao petróleo, que depende diretamente da
produção do óleo para ser extraído. A Petrobrás não pode, portanto, regular
a vazão dos poços de acordo com as necessidades do mercado. O principal
desafio, agora, é encontrar consumidores para o gás que será produzido
na Bacia de Santos. A Petrobrás está iniciando um programa de massificação
do uso do gás, para evitar o desperdício das reservas e impulsionar o
desenvolvimento de novos campos produtores. O programa prevê a ampliação
da malha de dutos, com investimentos de cerca de US$ 1 bilhão, e a criação
de "gasodutos virtuais", veículos que transportarão gás comprimido ou
liquefeito para regiões distantes da malha de dutos. (Estado de São Paulo
- 04.09.2003) 3 Definição sobre preço do gás faz empresas segurarem planos de investimento para 2003 em SC Apesar do
grande empenho dos empresários, do governo do Estado de Santa Catarina
e da SC Gás não há garantias de que o preço do gás natural não sofrerá
reajuste em outubro. A demora na definição está preocupando as indústrias
que utilizam o insumo como matriz energética. "Um aumento vai ser muito
ruim para todo o segmento e essa espera também traz problemas. Enquanto
não há sinalização, as empresas não conseguem fechar seus orçamentos para
o próximo ano. Se houver reajuste, muitas empresas vão projetar investimentos
para usar outra matriz energética, como o carvão", comenta o presidente
do Sindicato da Indústria Cerâmica do Sul (Sindiceram), Leandro Medeiros.
O presidente do conselho de administração da Infragás, entidade que congrega
os maiores consumidores de gás natural do Sul do País, Murilo Bortoluzzi,
diz que o insumo chegou para ser a solução energética para o setor produtivo
do sul do Brasil, mas que hoje quase não há mais vantagens para quem optou
pelo sistema. O presidente da SC Gás, Otair Becker, que tem comandado
as negociações por Santa Catarina com a Petrobras, disse que não haverá
aumento em outubro. (A Noticia - 09.04.2003) 4 Quaraí e Livramento querem gasoduto Quaraí e
Livramento lideram um movimento regional visando garantir para os dois
municípios uma extensão do gasoduto que levará o gás argentino de Uruguaiana
até Porto Alegre. Ontem ocorreu uma reunião na Câmara de Vereadores de
Quaraí com a participação do assessor da presidência da Sulgás, Luís Carlos
Barros Krieger, e do engenheiro da Petrobras, Luís Costa Freire, além
de representantes uruguaios de Rivera e Artigas. (Correio do Povo - 04.09.2003) 5 Termoaçu terá obras retomadas segundo novo presidente A partir de segunda-feira, estará assumindo a presidência da Termoaçu, o engenheiro José Odilon Gama da Silva. Sobre o reinicio da construção da Termoaçu que está com suas obras paradas há cinco meses, José Odilon disse que as modificações que estão sendo feitas no acordo de controle acionário entre a Guaraniana e a Petrobras devem atrasar um pouco a obra. O acordo prevê que a Guaraniana que atualmente tem 70% das ações e a Guaranaina 30% se inverta, passando a Petrobras a deter o controle acionário. Somente após a conclusão dessa negociação é que se terá uma nova previsão sobre o recomeço das obras da Termoaçu que estão paralisadas há cinco meses. A construtora Camargo Correia é a responsável pela sua construção. Movida a gás, a Termoaçu terá uma capacidade inicial de geração de 325 MW de energia elétrica e 610 toneladas/hora de vapor. A Petrobras vai também utilizar gás injetar nos seus poços de petróleos localizada na região. Se a obra for retomada agora a expectativa é que seja inaugurada em dezembro do próximo ano. (Tribuna do Norte - 04.09.2003) 6 Implantação de termelétrica no MS deve ser definida até o final do ano O governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, afirmou querer concluir até o final do ano as negociações para definir projetos estratégicos para a região: uma termelétrica, pólo mínero-siderúrgico e pólo gasquímico. Segundo o governador, caso o estado viabilize estes três projetos, Corumbá vai entrar em novo ciclo de desenvolvimento. Este mês, técnicos da Petrobras e empresários deverão discutir o ramal do gasoduto em Corumbá. O empreendimento vai assegurar preços diferenciados do combustível para geração de energia, o que acelera o processo de implantação da termelétrica. Em relação ao pólo mínero-siderúrgico, Zeca disse que, além da vantagem do gás natural como insumo na produção de energia, há disposição do setor de aumentar a lavra. O setor siderúrgico pretende investir R$ 4 bilhões. "Até o final do ano queremos definir a termelétrica, o pólo mínero-siderúrgico e o pólo gasquímico", afirmou. (Canal Energia - 03.09.2003)
Economia Brasileira 1 Novo acordo com Fundo é conveniente, diz o Bird O economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina, Guillermo Perry, afirma que mesmo que não precise, pode ser "conveniente" para o Brasil fechar um novo acordo com o FMI no fim do ano. "Nem todos os países da América Latina têm acordos com o FMI porque precisam, muitos optaram pelo acordo como uma precaução.", afirmou. "O Brasil provavelmente não precisa, mas fazer um acordo com o fundo pode ser conveniente", disse Perry. Ao divulgar as expectativas de crescimento para a América Latina, o economista do Banco Mundial disse estar do lado "otimista" das previsões de crescimento para o país e afirmou que o PIB poderá terminar o ano com crescimento de até 1,5%, apesar da forte retração no primeiro semestre. Sobre as previsões de crescimento de apenas 0,5%, Perry afirma que são "pessimistas". A partir de 2004, o Brasil pode crescer cerca de 3%. Para Perry, a redução das taxas de juros básicas no Brasil está na direção correta, porque a política macroeconômica do governo cria condições para as taxas de juros. Mas o economista preferiu não comentar o ritmo da queda. (Valor - 04.09.2003) 2 Governo prepara regras para parcerias O governo Lula está trabalhando para concluir em duas semanas a proposta de regulamentação das parcerias público-privadas em projetos de interesse comum, sobretudo em áreas de infra-estrutura, como transporte, energia, saneamento básico e habitação. A informação foi dada ontem pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega, ao fazer uma apresentação do PPA encaminhado na última sexta-feira ao Congresso. O Plano prevê dispêndios totais de R$ 1,857 trilhão no período de 2004 a 2007. "O anteprojeto (da futura lei do PPP) está praticamente pronto e, dentro de duas semanas, começará a ser discutido com a sociedade'', afirmou o ministro. O plano plurianual prevê que, de 2004 a 2007, R$ 298,33 bilhões serão aplicados em projetos de infra-estrutura, incluindo os das empresas estatais. Desse total, a previsão é de que R$ 36,28 bilhões virão do setor privado. Conforme o ministro, estão consideradas nesta cifra tanto concessões para exploração de serviços públicos (tipo de relação já existente na lei) quanto a possibilidade de parcerias baseadas em novas regras. Este novo arcabouço jurídico em estudo é o que está sendo chamado de PPP. Comparado às concessões, "o PPP será um instrumento mais flexível'', disse Guido Mantega. Como exemplo, o ministro explicou que o poder público poderá assegurar taxas de retorno a empresas que se disponham a investir em projetos de baixa ou nenhuma viabilidade econômica do ponto de vista da geração de lucros. (Valor - 04.09.2003) 3 Mantega acredita que o setor privado será conservador em um primeiro momento A participação de recursos privados no conjunto do PPA é calculada em R$ 55 bilhões, 2,97% do total orçado no plano (1,85 trilhão). Segundo o ministro, tendo em vista as manifestações de interesse do setor privado, a previsão é conservadora,ou seja, baixa, mesmo considerando que as novas regras de parceria ainda não existem. " Pelos sinais que temos recebido, fomos modestos ao colocar o setor privado". Guido Mantega disse que este é um dos pontos que faz do PPA 2004/2007 um " plano exeqüível ". Ele assegurou que, também em relação aos projetos que não dependem de recursos privados, o governo está sendo prudente. " Optamos por um plano realista , ao invés de um plano ambicioso". O ministro garantiu que,mesmo com um PPA modesto, se todos os projetos previstos forem executados, ao final de quatro anos, " o Brasil será outro país". As inúmeras metas descritas no PPA incluem ainda auto-suficiência em petróleo e completa interligação dos sistemas de transmissão de energia elétrica. " O Brasil será interligado de norte a sul, de leste a oeste " , disse Mantega. O ministro disse que o governo conta com os projetos do PPA, sobretudo na área de infra-estrutura, para ajudar a economia do país a crescer entre 3,5% e 5% ao ano a partir de 2004. A melhoria da infra-estrutura, destacou vai destravar investimentos privados de forma que o país terá taxas de investimento crescentes, ano a ano (saindo de 18,5% em 2003 e chegando a 21,2% em 2007 " . Por outro lado, o ministro reconheceu que a execução do PPA também depende das taxas de crescimento da economia. (Valor - 04.09.2003) 4
Presidente da CNI apóia texto do Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social 5 Governo já espera superávit anual de US$ 20 bi na balança comercial O ministro
do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, estima que as exportações devam
superar as importações neste ano em cerca de US$ 20 bilhões. A previsão
de Furlan, feita ontem, é maior que a do Banco Central, que espera superávit
comercial de US$ 17,5 bilhões neste ano. Furlan, no entanto, afirmou que
não há razão para comemorar o saldo de US$ 20 bilhões. "Não me dá alegria
anunciar um saldo com base na queda das importações", disse o ministro.
Foi a primeira vez que ele fez uma previsão de superávit comercial para
este ano. O Ministério do Desenvolvimento, até ontem, trabalhava apenas
com a meta de exportar US$ 68 bilhões até o final do ano. A meta de exportação
está mantida. Segundo o ministro, no início do ano havia a expectativa
de recuperação das importações. As compras do exterior são fundamentais
para a economia brasileira, pois o país depende de tecnologia estrangeira
para fazer uma série de investimentos nos setores produtivos. (Folha de
São Paulo - 04.09.2003) 6 Governo deve pensar em crescer, diz Fipe A inflação
de agosto em São Paulo não surpreendeu e ficou em 0,63% - taxa próxima
do 0,60% previsto pela Fipe. O comportamento da inflação está bastante
previsível segundo diz Heron do Carmo, coordenador do IPC - Fipe. De fato,
após dois meses de deflação, a taxa de agosto foi impulsionada apenas
por energia e tarifa de telefone fixo. Juntos, os dois itens geraram inflação
de 0,54%. As tarifas voltam a pressionar neste mês com a definição do
reajuste de água e esgoto. A Fipe prevê taxas de 0,40% para este mês e
de 0,70% para o último trimestre do ano. Heron diz que, agora que a inflação
está controlada, o governo deve mudar o foco e se preocupar com o desenvolvimento.
"Não podemos passar mais uma década com crescimento de apenas 1% ao ano",
acrescentou. (Folha de São Paulo - 04.09.2003) O dólar comercial mantém a trajetória de queda neste final de manhã, oscilando ao redor do piso informal de R$ 2,95. Às 11h56m, a moeda americana era negociada por R$ 2,943 na compra e R$ 2,946 na venda, na mínima do dia, com recuo de 0,54%. Ontem, o dólar comercial encerrou com estabilidade, a R$ 2,9600 na compra e R$ 2,9620 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 04.09.2003)
Internacional 1 Lucro da EDP recua 21% no primeiro semestre A EDP registrou
um lucro líquido de 182 milhões de euros no primeiro semestre do ano,
uma queda de 21% em relação ao mesmo período de 2002. O Ebitda subiu para
877,7 milhões de euros, uma alta de 17,6% em relação ao mesmo período
do ano passado e as receitas aumentaram 9,2%, para 3,34 bilhões de euros.
(Gazeta Mercantil - 04.09.2003) 2 EDP pretende reduzir endividamento em 10% A EDP pretende
reduzir o seu endividamento em 10%, ou cerca de 700 milhões de euros com
a venda de ativos não 'core', como as posições na Iberdrola e a diminuição
da posição na Rede Eléctrica Nacional (REN), disse João Talone, CEO da
EDP. Talone adiantou, durante a conferência de imprensa para apresentação
dos resultados semestrais da elétrica, que em termos relativos face à
estrutura do balanço, espera "que os atuais níveis de endividamento da
EDP representem o seu ponto máximo". A posição de cerca de 3% que a EDP
tem na Iberdrola deverá ser alienada ainda este ano. Talone referiu ainda
que a empresa pretende retomar "a tradição de forte geração de 'free cash
flow'", um fato que foi já visível este semestre, em que sofreu um acréscimo
de 48% para os 550 milhões de euros. (Diário Econòmico - 04.09.2003) 3 Prejuízo da UTE por roubo cresce 50% A empresa energética estatal uruguaia UTE experimentou prejuízo devido a roubo e fraude 50% maior nos 12 meses que terminaram em 30 de junho. Em termos financeiros, a empresa teve prejuízo de cerca de US$36 mi no ano por fraude e roubo, contra receita de aproximadamente US$ 400 milhões. Esse prejuízo responde pelo fato de que embora os preços tenham subido 40% nos 12 meses anteriores a 30 de junho de 2003, a receita da UTE só aumentou 30%. Em todo o país, o prejuízo total representa 18% da eletricidade distribuída, metade atribuída a perdas técnicas e a outra metade devida a roubo. Cada ponto percentual de perda de energia significa cerca de US$ 4 milhões de receita não arrecadada. Na capital, Montevidéu, 21% do consumo de eletricidade não é faturado; 9% disso são atribuídos a perdas técnicas e os outros 12%, a roubo e fraude. A UTE perdeu cerca de 14.000 clientes nos 12 meses entre julho de 2002 e junho de 2003, muito dos quais acabam se tornando consumidores ilegais. (Business News Americas - 03.09.2003) 4
Vestas vai fabricar 17 turbinas de vento para Portugal
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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