l IFE:
nº 1.186 - 03 de setembro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Agentes preparam contribuição ao MME sobre modelo do setor O MME deverá
receber no dia 18 de setembro aquela que deverá ser a mais extensa e aprofundada
avaliação a respeito da proposta de novo modelo para o setor elétrico.
Neste dia, a ministra Dilma Rousseff vai receber de executivos de empresas
e associações do setor uma mega-contribuição, elaborada e formatada de
maneira conjunta por dezenas de agentes e entidades. O trabalho ainda
está em curso, e é considerado o principal expediente para que mudanças
e aperfeiçoamentos na proposição da reforma sejam consideradas pela equipe
do MME. A realização de um documento que reunisse de maneira crítica as
observações e ponderações em relação à proposta de modelo partiu da própria
ministra, que solicitou aos agentes no mês passado um estudo com maior
rescaldo em relação ao tema. Os assuntos trabalhados pelos grupos tratam
das áreas de geração, distribuição, transmissão, além de pontos pesados
da vida do setor como política tarifária, financiamento, planejamento,
contratação de energia e tributação e encargos setoriais. A coordenação
do estudo está a cargo da CBIEE. (Canal Energia - 02.09.2003) 2 Firjan aponta falhas no Novo Modelo A Federação
das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou um documento, entregue
à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, com sugestões para construção
do novo modelo do setor elétrico. O ex-ministro de Minas e Energia no
governo Castello Branco e membro do Conselho Empresarial de Energia da
Firjan, Mauro Thibau, diz que é necessário estabelecer condições para
que o setor privado tenha interesse de investir no setor elétrico. "Ou
o governo ajusta o modelo às regras do mercado, abrindo mão de algumas
posturas de interferência governamental, ou mantém esta interferência,
mas garantindo o dinheiro, que virá do Tesouro ou da tarifa", alertou.
Entre os "paradoxos" da nova regulamentação apontados por Thibau estão
o "pool", o planejamento determinativo e a licitação da energia velha
pela menor tarifa, entre outros . "A licitação pelo menor valor desmobiliza
recursos públicos. A energia velha segura preços mas deixa de contribuir
para os investimentos estatais", disse. Já o planejamento determinativo,
segundo ele, pode aumentar a necessidade de investimentos governamental
se nenhum investidor se interessar por um determinado projeto. Quanto
ao pool, Thibau acha que "ele tem o aspecto de absorver ineficiências
sistêmicas". (Valor - 03.09.2003) 3 Queda do repasse do FPM aumenta inadimplência das prefeituras com as distribuidoras no nordeste A queda
nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está agravando
um problema crônico nas distribuidoras de energia do Nordeste: a inadimplência
das prefeituras. Em Pernambuco, as administrações municipais devem R$
67 milhões para a Celpe. Entre as 185 prefeituras no mercado da empresa,
apenas 59 (32%) estão em dia com o pagamento das contas de energia, ante
126 (68%) na lista de inadimplentes, das quais 30 consideradas devedoras
contumazes. Juntas, as prefeituras pernambucanas devem R$ 45 milhões em
parcelamentos e R$ 22 milhões considerados débitos de difícil recebimento.
O vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, afirma que a fama de más
pagadoras das prefeituras não pode ser creditado à redução nas transferências
do FPM, pois este é um problema antigo para a concessionária. Mas ele
concorda que a diminuição nos repasses do fundo piorou o quadro. Alcoforado
afirma que a inadimplência da Celpe está concentrada nas prefeituras das
pequenas cidades. Segundo ele, a Celpe, numa estratégia para minorar o
problema, vem adotando programas bastante flexíveis de parcelamento para
as administrações municipais. "Alguns prefeitos conseguiram dividir os
débitos em até 100 meses", detalha. Ressalta ainda que, na esfera do poder
público, o único problema é com as prefeituras. "Não observamos dificuldades
na quitação de contas de órgãos do governo do estado ou da União", diz.
(Gazeta Mercantil - 03.09.2003) 4
Estudo do CndPCH: PCHs podem gerar R$ 3,5 bi em negócios para fabricantes
de máquinas 5 Produtores independentes são responsáveis por 90% dos novos investimentos em PCHs Segundo
o levantamento realizado pelo CndPCH, das usinas em construção, cerca
de 90% do total está sendo levada adiante por produtores independentes.
Esse número destaca uma mudança, já que das 226 PCHs que estão em operação
hoje apenas 22% dos projetos estão nas mãos de produtores independentes.
O estudo completo será divulgado na próxima terça-feira, dia 9, quando
o CndPCH fará um seminário no Rio de Janeiro. Nesse universo de investidores,
verifica-se cada vez mais uma diversificação. Fazendeiros, imobiliárias
e construtoras estão se interessando pelas PCHs, como forma de remunerar
investimento. (Valor - 03.09.2003) 6 Ex-presidente do BNDES rebate críticas sobre processo de privatização da Eletropaulo O ex-presidente
do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirmou nesta terça-feira, dia
2 de setembro, durante audiência da Comissão de Desenvolvimento Urbano
e Interior da Câmara Federal, que a privatização da Eletropaulo foi perfeita
do ponto de vista financeiro e jurídico. Mendonça de Barros rebateu as
críticas do atual presidente do banco, Carlos Lessa, em relação ao processo
de privatização do setor elétrico e disse não admitir acusações. O ex-presidente
do banco disse ainda estar disposto a participar de audiência pública
junto com Lessa para discutirem o processo de privatização "baseado em
números". Lessa havia feito acusações sobre o processo de privatização
em reunião da comissão no dia 13 de agosto, quando afirmou que o processo
de desestatização do setor elétrico foi uma "indecência e uma temeridade".
(Canal Energia - 02.09.2003) Acompanhados da ministra Dilma Rousseff, integrantes do núcleo de infra-estrutura da bancada do PT na Câmara dos Deputados vão à usina de Tucuruí, no Pará, na primeira semana de outubro. Além de realizarem uma visita técnica à hidrelétrica, discutirão com a ministra o novo modelo para o setor elétrico no país. (Canal Energia - 02.09.2003) Está para sair do forno o marco regulatório brasileiro. O documento, diferentemente do que acreditam alguns, vai balizar as atuais regras. Não trará grandes novidades. Sendo assim, será muito bem recebido pelos mercados. (Estado de São Paulo - 03.09.2003) A Abraceel realiza no próximo dia 11 de setembro, em São Paulo, assembléia geral para escolher o novo presidente da associação. O cargo é exercido atualmente por Ricardo Lima, ex-diretor de Comercialização no Atacado da Enertrade, que vai agora para a Eletropaulo. (Canal Energia - 02.09.2003)
Empresas 1 Eletropaulo não consegue realizar reunião que pretendia adiar vencimento de dívida A Eletropaulo
Metropolitana não conseguiu realizar a reunião com detentores de debêntures
da empresa, marcada para segunda-feira, em que tentaria adiar mais uma
vez o vencimento de uma dívida de R$ 248 milhões. Para que a assembléia
pudesse ser realizada, seria necessária a presença de 100% dos debenturistas,
o que não ocorreu. Em nota enviada ontem à Bovespa, a Eletropaulo alegou
falta de quorum para a votação de certos itens da pauta e adiou para até
o dia 1 de outubro a assembléia. A primeira tentativa de antecipar este
vencimento - marcado para 15 de junho - terminou em acordo entre a distribuidora
e os debenturistas. Na ocasião, foi fixada uma nova data para o vencimento
antecipado: 15 de setembro. (Gazeta Mercantil - 03.09.2003) 2 Empresas aceleram estudos de viabilidade na área de geração de energia Além de retomar o programa de obras e acelerar novos investimentos, o país precisa investir na outra ponta da equação para garantir o crescimento da expansão nos próximos anos. Eletronorte, Furnas e Chesf, sozinhas ou por meio de parcerias, aceleram os estudos de viabilidade de potenciais hidrelétricos. A estimativa é que o país tenha potencial hidrelétrico de 260 GW e potencial inventariado de 170 GW. Levando-se em conta os quase 80 GW instalados atualmente, tem-se um potencial estimado de 90 GW. O trabalho de fazer inventários e estudos de viabilidade é fundamental para um país que precisa ampliar sua base instalada de geração. Segundo o Plano Decenal 2003/2012, o país necessitará de 34 mil MW, se crescer a uma taxa de 5% do PIB; ou seja, 3,4 mil MW por ano. Serão necessários, só em geração, investimentos da ordem de R$ 10 bilhões anuais. "Esta é uma atividade constante para auxiliar o planejamento da matriz energética. Com os estudos de viabilidade, é possível determinar o que poderá ser licitado no futuro", explica Valter Luiz Cardeal de Souza, diretor de Engenharia da Eletrobrás. As estatais têm um amplo portfólio de projetos em estudos, com destaque para Belo Monte e o complexo do Rio Madeira, até agora os mais destacados. (Canal Energia - 02.09.2003) 3 Furnas tem oito projetos em fase de estudo Só em geração
Furnas tem oito projetos, que totalizam quase 11 mil MW de potência instalada
em fase de estudos de viabilidade. A lista inclui hidrelétricas como Jirau
(3.900 mil MW), Santo Antônio (3.580 MW), Teles Pires (3.100 MW) e Simplício
( 325 MW). Só nas usinas do complexo do Rio Madeira, cujo inventário é
feito em parceria com a Odebrecht, os investimentos estão estimados em
US$ 4,5 bilhões. "Os estudos das usinas do Rio Madeira devem ser concluídos
em fevereiro ou março do próximo ano", estima o presidente de Furnas,
José Pedro Rodrigues. A previsão é que a licitação aconteça no final de
2004 ou 2005. Entre as ações programadas pela estatal até 2004, estão
ainda os estudos de viabilidade das usinas de Mirador (80 MW), Buriti
Queimado (142 MW), Paulistas (81 MW) e Maranhão (125 MW). (Canal Energia
- 02.09.2003) 4
Chesf espera aval da Aneel para projetos 5 Dilma e Aécio Neves discutem hoje desverticalização da Cemig A ministra
das Minas e Energia, Dilma Rousseff, se reúne esta tarde com o governador
de Minas Gerais, Aécio Neves, para negociar a desverticalização da Cemig,
a liberação de recursos para o novo programa de eletrificação rural que
o governador Aécio Neves deve lançar ainda este mês e a participação da
Petrobras, via BR Distribuidora, no capital da Gasmig. A proposta de divisão
da Cemig, com a criação de empresas independentes para as áreas de geração,
transmissão e distribuição de energia desagrada o governo mineiro e os
eletricitários. "Eu não tenho preconceito com relação a modelo, nossa
preocupação é que ele não gere ineficiência", afirmou ainda nessa terça-feira
o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Wilson Brumer, que
também é presidente do Conselho de Administração da Cemig. "Nós queremos
garantias de que a empresa não haverá privatização de uma das áreas, de
como será garantida a tarifa módica do consumidor e de como ficam os investimentos
em meio ambiente", afirma o coordenador do Sindicato dos Eletricitários
de Minas Gerais (Sindieletro), Marcelo Correia. O principal argumento
do governo contra a divisão da estatal é o aumento da carga tributária
sobre a empresa como um todo após a desverticalização. Apenas com a tributação,
Brumer estima que a Cemig terá um custo adicional de R$ 80 milhões por
ano. (O Tempo - 03.09.2003) 6 Prefeitura de Curitiba e Copel renegociam dívida de R$ 64,9 mi A Copel
parcelou em 60 meses a dívida de R$ 64,9 milhões da prefeitura de Curitiba
com as contas de energia elétrica. Segundo a companhia, do total do valor
da pendência, R$ 27,9 milhões referem-se à energia consumida pela própria
prefeitura e aos débitos com o Procel - programa de combate ao desperdício
de energia. Os demais R$ 37 milhões são dívidas relativas aos gastos com
a iluminação pública. A assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba
confirmou a renegociação da dívida com a empresa de energia. De acordo
com determinação do governador Roberto Requião, o mesmo benefício concedido
para Curitiba será estendido às demais prefeituras paranaenses inadimplentes
com a Copel. "É mais uma medida que adotamos para aliviar as dificuldades
enfrentadas pelas administrações municipais", informa o governador. As
dívidas totais com a Copel chegam a R$ 187 milhões, dos quais R$ 95 milhões
são reflexo dos débitos dos municípios. O pagamento parcelado da dívida
das prefeituras é corrigido pelo IPCA, com adição de um porcentual de
0,5%. No mês em que a inflação for nula ou negativa, serão aplicados apenas
os juros de 0,5%. (Gazeta do Povo - 03.09.2003) 7 Celpe intensifica combate à perda de energia e interrupções no fornecimento A Celpe
está intensificando as ações para melhorar os indicadores de perdas de
energia e interrupções no fornecimento. O combate às perdas, por exemplo,
recebe entre janeiro e dezembro investimentos de R$ 24 milhões, aplicados
em tecnologia. As duas áreas recebem atenção especial após a divulgação
da mais recente pesquisa de desempenho da Abradee e que apontou estas
como as maiores deficiências da empresa. As perdas ficaram, em julho passado,
no patamar de 18,3% do volume de energia fornecido. Houve uma redução
de 1,12 ponto percentual em relação aos 19,42% contabilizados no final
de 2002. Mesmo assim, os níveis atuais ainda são considerados elevados.
A meta é fechar 2003 com 18%, recuo de 0,3% sobre o percentual do mês
passado. As principais estratégias para baixar as perdas são os aportes
em tecnologia, a ampliação do número de inspeções em unidades consumidoras,
e uma campanha publicitária que vem sendo veiculada em rádio, TV, jornal
e out-door. Os R$ 24 milhões do programa tecnológico são voltados, entre
outras iniciativas, para a regularização de clientes clandestinos em comunidades
de baixa renda. A meta é integrar ao sistema 60 mil consumidores carentes
que usam artifícios para receber energia sem pagar a conta. Uma fatia
dos recursos será voltada para a instalação de medidores anti-fraude nos
cinco mil consumidores de alta tensão da empresa. (Gazeta Mercantil -
03.09.2003) 8 Celpe registra redução em DEC e FEC A Celpe
registrou em 2002 Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
(DEC) de 15,54 horas e Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidoras (FEC) de 11,73. Isso significa que cada cliente da empresa
ficou sem fornecimentos, (considerando-se os 12 meses de 2002) em 11,7
vezes e num total de 15,54 horas. No acumulado agosto de 2002/julho de
2003, a Celpe conseguiu recuar o DEC para 13,35 e o FEC para 9,27. (Gazeta
Mercantil - 03.09.2003) 9 CGE investe 45,5 mi de euros em energia eólica no Ceará A Ceará Geradora de Energia (CGE), que possui 50% de capital português, vai investir 45,5 milhões de euros, até 2005, em energia eólica no estado do Ceará, revelou hoje fonte da empresa. O diretor comercial da empresa, Armando Ferreira, disse que o projeto será financiado em 70% pelo BNDES, e o capital próprio será um reinvestimento de recursos já aplicados no Brasil, provenientes de benefícios fiscais. Para concretizar o projeto, a CGE está a selecionar empresas geradoras de energias alternativas a serem contratadas por 15 anos, sendo a seleção feita pela Eletrobrás, dentro do Proinfa, após a publicação, em outubro, de um decreto do governo estabelecendo os valores do MW de cada fonte alternativa (eólica, biomassa e co-geração). A empresa, de acordo com o Censo de Investimentos Portugueses no Ceará, é o maior investidor português naquele estado do nordeste brasileiro nos últimos cinco anos. De acordo com o estudo realizado pela Câmara Brasil-Portugal no Ceará, os investimentos da CGE somam 54,6 milhões d euros, 50,6% do total dos investimentos portugueses no estado, no período entre 1998 e 2003. (Diário Econòmico - 02.09.2003) 10 Coelce investirá R$ 2,27 mi em P&D A Coelce
investirá R$ 2,27 milhões no ciclo 2002/2003 do programa de pesquisa e
desenvolvimento. Os recursos correspondem a 0,24% da receita líquida de
R$ 933 milhões. As metas físicas deste ciclo têm de ser cumpridas até
30 de setembro de 2004, conforme a Aneel determinou. A aprovação do programa
foi concedida pela agência por meio do despacho n° 584/03, publicado na
edição desta terça-feira, 2 de setembro, do Diário Oficial da União. (Canal
Energia - 02.09.2003) 11 Celesc recebe Prêmio Eletricidade 2003 por desempenho na área de perdas de energia A Celesc receberá na próxima quarta-feira, dia 3 de setembro, o Prêmio Eletricidade 2003 pelo seu desempenho na área de perdas de energia. A distribuidora teve o menor índice, 5%, na relação entre o volume de energia perdida e entregue à distribuição no ano passado, segundo ranking da revista Eletricidade Moderna. Esta analisa as perdas técnicas e comerciais, baseado em indicadores que demonstram a qualidade e eficiência no atendimento aos consumidores. (Canal Energia - 02.09.2003) 12 AES Sul recebe Prêmio Eletricidade melhor distribuidora da região Sul A AES Sul
Distribuidora Gaúcha de Energia conquistou, pelo segundo ano consecutivo,
o Prêmio Eletricidade, da publicação especializada Eletricidade Moderna,
como a melhor distribuidora de energia da região Sul. Nesta edição, a
AES Sul ganhou também o Prêmio de Melhor Evolução em Desempenho, em nível
técnico e operacional. (Correio do Povo - 03.09.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS descarta racionamento até 2007 O atual
estoque de energia, estimado em 7,5 mil MW no País, e a entrada em operação
de novas usinas têm condições de assegurar o "espetáculo do crescimento"
pretendido pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, sem risco de racionamento,
até 2007. Foi o que garantiu o presidente do ONS, Mário Santos. Segundo
ele, o sistema está preparado para suportar um crescimento de até 2% do
PIB em 2003 e de até 5% a partir de 2004. O ONS realizou estudos considerando
dois cenários. No primeiro, com o PIB crescendo 2% em 2003, o mercado
de energia cresceria entre 4,5% e 5%. A partir de 2004, o operador considerou
um crescimento na economia da ordem de 4,5% em média e aumento da demanda
de 5,5%. No segundo cenário, o ONS considerou os mesmos 2% de crescimento
do PIB para este ano e 5% a partir de 2004. Nesse caso, o mercado de energia
cresceria em torno dos 6%. "Em ambos os cenários, só começa a surgir risco
de déficit de energia elétrica superiores aos atuais 5% a partir de 2007.
Até lá, as obras de geração licitadas em andamento estarão concluídas",
diz Mário Santos. De acordo com o executivo, está prevista a entrada em
operação de 11 mil MW até 2006, entre térmicas e hidrelétricas, e mais
6 mil MW em 2007. "O único fator que poderá atrapalhar o boom econômico
esperado para o Brasil é um risco hidrológico superior aos atuais 5%,
ou seja, se chover menos nas cabeceiras dos rios do que a média dos últimos
70 anos", afirmou Mário Santos. (Diário de Pernambuco - 03.09.2003) 2 Relatório da Firjan teme por blecautes Em relatório
apresentado ao Ministério de Minas e Energia, a Federação das Indústria
do Rio de Janeiro (Firjan) destacou a expansão da capacidade instalada
do setor elétrico, que passou de 61,8 GW para 80,3 GW de 1996 a 2002.
Mas teme que a atual falta de investimentos possa levar ao risco de blecautes.
Segundo o relatório, apesar do desastre do racionamento de 2001, o modelo
anterior possibilitou vultosos investimentos de origem privada. (Gazeta
Mercantil - 03.09.2003) 3 Consumo na região Nordeste registra alta de 2,01% nos últimos sete dias O consumo
na região Nordeste registrou consumo de 6.127 MW médios, contra previsão
de 6.006 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de
6.496 MW médios, a região está com queda de 5,68% nos últimos sete dias.
No período, o subsistema tem alta no consumo de 2,01%. O consumo no Sul
tem alta de 9,16% nos últimos sete dias. Na última segunda-feira, dia
1º de setembro, o subsistema consumiu 7.245 MW médios, contra previsão
de 6.637 MW médios do ONS .O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.470 MW médios,
contra previsão de 25.959 MW médios do operador do sistema. Nos últimos
sete dias, o submercado acumula queda no consumo de 1,88%. Em relação
à curva de aversão ao risco, de 27.467 MW médios, o subsistema tem baixa
de 7,27% no mesmo período.O consumo na região Norte chegou a 2.627 MW
médios, contra previsão de 2.823 MW médios do operador do sistema. Em
relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula baixa de
6,94% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 02.09.2003) 4
Nível no submercado Norte está em 63,52% 5 Capacidade está em 33,89% no subsistema Nordeste A capacidade
do submercado Nordeste está em 33,89%, volume está 20,06% acima da curva
de aversão ao risco. O índice teve uma queda de 0,18% em relação ao dia
31 de agosto. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 27,5%. (Canal
Energia - 02.09.2003) 6 Volume do submercado Sudeste/Centro-Oeste está 33,12% acima da curva de aversão O submercado Sudeste/Centro-Oeste está com 58,92% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,3% em um dia. O volume armazenado está 33,12% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. As usinas de Miranda e São Simão apresentam índice de 65,38% e 73,69%, respectivamente. (Canal Energia - 02.09.2003) 7 Reservatórios do Subsistema Sul estão com 46,46% da capacidade de armazenamento O volume
armazenado na região do subsistema Sul está em 46,46%, uma queda de 0,62%
em comparação com o dia anterior. A usina de Salto Santiago está com 36,24%
da capacidade. (Canal Energia - 02.09.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE adia leilão de excedentes para o dia 12 de setembro O MAE adiou
para o dia 12 setembro o leilão de excedentes de energia das geradoras
que estava previsto para sexta-feira. De acordo com o comunicado do MAE,
o adiamento foi feito devido à necessidade de maior prazo para concluir
estudos técnicos para definir os limites dos lotes que serão levados a
leilão. Com o adiamento, os prazos para apresentação de garantias também
foram adiados. (Gazeta Mercantil - 03.09.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Termoaçu: consórcio Guaraniana tem novo presidente Foi anunciado ontem, pela assessoria de imprensa da Guaraniana consórcio formado pela (Previ/BB e Iberdrola) associada com a Petrobras na construção da Termoaçu a saída do presidente Gilson Veloso Prado. Assume temporariamente em seu lugar Luis Carlos Alvarez. Com a saída de Gilson Veloso também estará deixando o cargo de diretor-presidente da Termoaçu, Enrique Capuz, que vinha comandando a implantação do projeto daquela termelétrica no município de Alto do Rodrigues. A saída de Gilson Prado a frente da Guaraniana deve mudar o cronograma de construção da termelétrica. A Termoaçu é o maior projeto de co-geração de energia elétrica e vapor da América Latina, tem investimento de 300 milhões de dólares, aproximadamente R$ 900 milhões. (Tribuna do Norte - 03.09.2003) 2 Petrobras vai investir US$ 16 bi no Rio de Janeiro O presidente
da empresa, José Eduardo Dutra, disse ontem que a Petrobras vai investir,
dentro do plano estratégico, US$ 16 bilhões no estado do Rio de Janeiro.
No total, a empresa planeja um investimento no período US$ 34,3 bilhões,
sendo que 85% desse valor, ou R$ 29,2 bilhões, serão feitos no Brasil,
e o restante no exterior. Dutra explicou também que, dos investimentos
programados para o Rio de Janeiro, US$ 1 bilhão serão destinados à ampliação
e modernização da Reduc, refinaria da Petrobras em Duque de Caxias. Dutra
participou ontem da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Questionado
sobre os investimentos da empresa para evitar novos acidentes como o ocorrido
na Baía de Guanabara, o diretor Claudio Nunes disse que todos os sete
mil quilômetros de dutos da empresa passaram por uma revisão recentemente.
(Gazeta Mercantil - 03.09.2003)
Grandes Consumidores 1 BNDES aprova financiamento para CST no valor de R$ 144 mi O BNDES
aprovou financiamento no valor de R$ 144 milhões para a expansão da capacidade
produtiva da CST. A empresa está investindo R$ 403 milhões na construção
de uma central termoelétrica na usina de Serra, no estado do Espírito
Santo, e no aumento da capacidade de produção anual de placas de aço.
A nova usina permitirá que a empresa se mantenha auto-suficiente em energia.
A termelétrica deverá ser concluída em julho de 2004 e terá capacidade
nominal de 75 MW. Com a produção de 5 milhões de toneladas de placas por
ano, o consumo de energia deve ficar em 218 MW. Atualmente, a CST é capaz
de gerar 191 MW com as três centrais termoelétricas e uma turbina de topo
de alto-forno. (Canal Energia - 02.09.2003) Economia Brasileira 1 Fraga elogia política econômica do governo O ex-presidente do BC, Armínio Fraga, defendeu ontem, na Câmara dos Deputados, a política econômica adotada pelo governo Lula. "O caminho que estamos trilhando com o novo governo é promissor", argumentou Fraga ao deixar a sala de audiências da CPI que investiga a Centralização de Serviços Bancários, o Serasa. Sempre defendendo uma política de responsabilidade fiscal, Fraga chegou a concordar com uma pretensão do atual governo, de retirar do cálculo do superávit primário as empresas estatais, o que abriria espaço para a expansão dos investimentos. "Conceitualmente, empresas independentes e com gestão profissionalizada poderiam não estar nas contas", argumentou, para logo em seguida explicar que entende como empresa independente uma estatal que não necessita de recursos do orçamento, como a Petrobrás. De acordo com Fraga, as demais, que dependem do Tesouro, têm de estar incluídas no superávit. Fraga também disse que, no futuro, o Brasil poderá adotar uma política fiscal semelhante à do Chile, onde o governo aproveita momentos de maior crescimento para acumular superávits que serão utilizados para reduzir efeitos de períodos de crise na economia. (Estado de São Paulo - 03.09.2003) 2 Conselho critica política de Palocci A política econômica do ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, deverá ser posta novamente em xeque por um braço do próprio governo. Desta vez, o "fogo amigo" virá do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que se reúne amanhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com Palocci, no Palácio do Planalto. Em cinco páginas, os conselheiros deixam clara sua impaciência com a demora na colheita dos frutos da austeridade da política e sugerem uma direção alternativa "para reverter as baixas expectativas de crescimento e de investimento para os próximos 12 meses". Na lista de 17 "medidas imediatas" para a retomada do crescimento, o grupo propõe "metas de redução drástica da taxa básica de juros em termos reais". Quer, ainda, mais flexibilidade para que Estados, municípios e estatais aumentem seus investimentos e reivindica uma taxa de câmbio "com baixa volatilidade e maior previsibilidade". Nos corredores do Ministério da Fazenda, o documento foi considerado "um libelo contra a política econômica do governo", em papel timbrado da Presidência da República. "Não se trata de conflito, mas de contribuição", afirmou o ministro Tarso Genro, que preside o Conselho. (Estado de São Paulo - 03.09.2003) 3 Brasil deverá sacar mais US$ 4,16 bi do empréstimo do FMI O governo deve sacar, na próxima semana, os cerca de US$ 4,168 bilhões da quarta parcela do empréstimo total de US$ 30 bilhões acertado com o FMI em meados do ano passado. Nesta sexta-feira a diretoria do Fundo se reúne, em Washington, para avaliar e aprovar a penúltima revisão do acordo, liberando, conseqüentemente, a nova parcela. O atual acordo com o FMI termina este ano, com a última revisão prevista para novembro e desembolso final de cerca de US$ 7,7 bilhões em dezembro. A prorrogação da sua vigência deve ser decidida neste mês ou, mais tardar, em outubro. E esse assunto é, sem dúvida, politicamente muito delicado para o governo Lula, que pretende conduzi-lo com a máxima racionalidade. Até agora, permanecem algumas poucas dúvidas técnicas sobre prosseguir, em 2004, com ou sem acordo com o Fundo. Do lado do balanço de pagamentos, é útil ter acesso a recursos da instituição, até porque há, no ano que vem, pagamentos ao próprio FMI que corresponderiam a US$ 6,11 bilhões só em amortizações. Isso, sem contar com os saques das duas últimas parcelas do acordo em vigor e sem considerar os US$ 9 bilhões liberados em junho. (Valor - 03.09.2003) 4
Lula admite renovar acordo com FMI 5 IPC da Fipe registra inflação de 0,63% em agosto O Índice
de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe) registrou inflação de 0,63% no mês de agosto. Na prévia anterior,
o IPC teve alta de 0,37% e no mês de julho apresentou deflação de 0,08%.
O grupo habitação teve a maior alta de preços (2,01%), seguido por transportes
(0,40%); saúde (0,32%) e educação (0,04%). (O Globo - 03.09.2003) 6 Dieese apontará nova deflação em São Paulo O Índice
do Custo de Vida (ICV) medido pelo Dieese, a ser divulgado hoje, ficou
ligeiramente negativo, depois de ter registrado alta de 0,35% em julho.
O resultado reflete basicamente o fim do impacto dos aumentos das tarifas
dos serviços de eletricidade (10,43%) e de telefonia (14,30%), ocorridos
em julho. (Estado de São Paulo - 03.09.2003) O mercado de câmbio tem um final de manhã de tranqüilidade e mantém o dólar em leve baixa. Às 11h46m, a moeda americana cedia 0,23%, cotada a R$ 2,952 na compra e R$ 2,955 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou com queda de 0,80%, a R$ 2,9600 na compra e a R$ 2,9620 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 03.09.2003)
Internacional 1 Sonatrach recebe autorização para comprar participação em Camisea A Perupetro,
agência estatal peruana para investimentos em hidrocarbonetos, autorizou
a estatal argelina Sonatrach a comprar 10% de participação no consórcio
upstream de gás natural Camisea das mãos da empresa argentina Pluspetrol,
segundo confirmação de uma fonte da Perupetro na terça-feira. A Sonatrach
vinha negociando a compra de uma fatia no consórcio upstream com a Pluspetrol
desde 2002, disse a fonte. A Pluspetrol é hoje a líder do consórcio upstream,
com uma participação de 36%, mas "nunca esteve realmente interessada no
aspecto operacional do projeto, seu principal interesse está na coordenação
do consórcio e do financiamento para assegurar que o projeto aconteça",
disse a fonte. Outros membros no consórcio são a americana Hunt Oil (36%),
a SK Corporation (18%) e a argentina Tecpetrol (10%). O ministro da Economia
do Peru, Jaime Quijandria, acredita que a incorporação da Sonatrach seja
positiva porque contribui para os planos de exportar gás natural liquefeito
(GNL) de Camisea para os EUA. (Business News Americas - 03.09.2003) 2 Endesa tem aumento de 28,4 % no lucro no primeiro semestre A Endesa
registrou um aumento de 28,4% em seu lucro líquido, que alcançou 47,9
bilhões de pesos (US$ 67,7 milhões) no primeiro semestre do ano. O resultado
se deve aos melhores resultados operacionais a partir de ativos de geração
no Chile, Argentina e Colômbia, e melhor desempenho não-operacional resultante
da subida da taxa de câmbio na região. (Business News Americas - 03.09.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. "Boletim de relações com os investidores" Edição nº8, 29 de agosto de 2003. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/biblioteca/bib_cataguazes.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|