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IFE: nº 1.185 - 02 de setembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Eclusas de Tucuruí são prioritárias no PPA
2 CBIE: Posição cautelosa dos investidores pode comprometer investimentos no SEE
3 CBIEE: Projeção de recursos do PPA não contempla necessidade do SEE
4 Justiça suspende cobrança de seguro-apagão no Paraná
5 Engevix quer recursos do BNDES para hidrelétrica na Ásia
6 Curtas

Empresas
1 Grupo Endesa alcança a marca dos R$ 860 mi injetados no Estado
2 Celpe vai investir R$ 1,2 mi no suprimento de energia de aeroporto em Pernambuco
3 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Sul registra consumo de 5.440MW médios
2 Empreendimentos em andamento na região sul do país atendem quase 50% da atual demanda
3 Nível de armazenamento está em 63,9% no subsistema Norte
4 Região Nordeste está com 34,07% da capacidade de armazenamento
5 Reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 59,22%
6 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul está em 47,08%
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE se prepara para realizar liquidação financeira de julho

Gás e Termelétricas
1 ANP contrata consultoria da Argentina
2 Dutra: Local de refinaria será definido até 2004
3 Petrobras pode trocar energia por ações da Fafen
4 Alfred Klotz deve instalar termelétricas no Brasil na primeira quinzena de setembro

Economia Brasileira
1 Furtado vê moratória no futuro do País
2 Tavares não crê em mudanças no acordo com o FMI
3 Para analistas, poderá haver queda do PIB

4 Balança atinge saldo recorde em agosto
5 PPA de SP prevê investir R$ 30,1 bi até 2007
6 PPA não definirá modelo de parceria
7 Estado pode ser o agente indutor do desenvolvimento, diz Lula
8 IPC-S sobe 0,10%
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Colburn e AES Gener planejam projetos termelétricos na IV Região
2 Lucro da EDP no primeiro semestre deverá situar-se entre os 199,7 e 263 mi de euros
3 Bancos vão emprestar US$ 2,2 bi para NRG Energy
4 NRG Energy recebe prazo maior para apresentar planos de reestruturação

 

Reestruturação e Regulação

1 Eclusas de Tucuruí são prioritárias no PPA

As eclusas de Tucuruí, no Pará, e da hidrelétrica Lajeado (TO), ambas no rio Tocantins, são as duas únicas obras definidas como prioritárias, pelo governo Lula, para o setor hidroviário nacional. Elas estão incluídas no Plano Plurianual de Ação (PPA), o conjunto e projetos do governo federal para execução prevista no período de 2004 a 2007. A definição de prioridade para os sistemas de transposição das duas hidrelétricas construídas no rio Tocantins foi confirmada ontem pelo superintendente da Administração da Hidrovia Tocantins/Araguaia (Ahitar), Josenir Nascimento. A informação, segundo ele, foi tornada pública na última quinta-feira, dia 28, pelo secretário executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, durante a reunião conjunta da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Realizado no auditório da CNI, em Brasília, o encontro contou com a participação de dirigentes das Federações das Indústrias de todo o país e foi promovido com o objetivo de debater os projetos de interesse dos dois setores incluídos no PPA. (O Liberal - 02.09.2003)

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2 CBIE: Posição cautelosa dos investidores pode comprometer investimentos no SEE

Para o professor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), a perspectiva orçamentária do PPA ganha força com a entrada da Petrobras, cuja capacidade de investimentos, segundo ele, é muito grande - que pode superar os R$ 100 milhões no quadriênio 2004-2007. Entretanto, o especialista faz uma avaliação pouco otimista em relação ao setor elétrico. "Acho que para o setor elétrico a projeção é mais apertada. A Eletrobrás tem uma receita para investir muito longe da dimensão da Petrobras, por exemplo", cita Pires. No orçamento do ano que vem, a Eletrobrás tem relacionados investimentos de R$ 4,1 bilhões, contra R$ 25 bilhões da Petrobras. O diretor do CBIE diz ainda que, no tocante ao PPA, a previsão de investimentos em energia pode estar comprometida pela posição excessivamente cautelosa dos investidores privados do setor elétrico. (Canal Energia - 01.09.2003)

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3 CBIEE: Projeção de recursos do PPA não contempla necessidade do SEE

Na avaliação de Cláudio Sales, presidente da CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica), a projeção do PPA pode não contemplar para o setor elétrico a necessidade de injeção de recursos, que seria de R$ 15 bilhões por ano para as áreas de geração (R$ 10 bilhões), distribuição (R$ 3,5 bilhões) e transmissão (R$ 1,5 bilhão). Do total necessário, explica ele, dois terços - ou R$ 10 bilhões - seriam bancados pelo capital privado, o que daria um panorama de R$ 40 bilhões em quatro anos. Nesse aspecto, a projeção do PPA de que o capital privado aportará pouco mais de R$ 35 bilhões para toda a área de energia (incluindo petróleo e gás) está aquém do que o setor elétrico carece, na visão da CBIEE. "Para que os investimentos aconteçam, é extremamente necessário que se corrija os problemas do setor elétrico, cujo retrato hoje é de desequilíbrio econômico-financeiro e de instabilidade regulatória", frisa Cláudio Sales, destacando que o esforço conjunto de investidores e governo visa a sanar esses problemas. (Canal Energia - 01.09.2003)

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4 Justiça suspende cobrança de seguro-apagão no Paraná

O juiz federal Eduardo Fernando Appio, da 3.ª Vara Federal de Cascavel, concedeu na última quinta-feira liminar suspendendo a cobrança do Encargo de Capacidade Emergencial (ECE), conhecido como seguro-apagão, de todos os consumidores atendidos pela Copel. A empresa tem prazo de 10 dias para cumprir a decisão. Dezenas de outras liminares semelhantes já foram concedidas pela Justiça em vários estados, mas a CBEE, responsável pela administração dos recursos, tem conseguido derrubar essas decisões. A ação contra a cobrança no Paraná foi movida pelo Ministério Público Federal. Para o juiz Eduardo Fernando Appio, a tarifa mensal paga pelo consumidor já engloba todas as despesas de geração, transmissão e distribuição de energia. Para Appio, "não se pode querer cobrar do consumidor, além do preço da fatura de energia, um, dois ou três encargos, à guisa de custear o 'serviço público' de compra de energia no MAE". Embora a diretoria da Copel tenha sido intimada da decisão judicial, a assessoria de imprensa da empresa informou que o assunto deveria ser tratado com a CBEE, em Brasília. (Gazeta do Povo - 02.09.2003)

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5 Engevix quer recursos do BNDES para hidrelétrica na Ásia

A Engevix Engenharia está tentando conseguir que o BNDES financie sua participação na construção da usina hidrelétrica vietnamita Son La. Segundo o vice-presidente de Energia e Recursos Hídricos da empresa, José Antunes Sobrinho, as negociações envolvem inicialmente o financiamento de serviços de engenharia, mas podem incluir também o fornecimento de equipamentos. Segundo Antunes, a demanda inicial é de recursos da ordem de US$ 150 milhões a serem emprestados para o cliente. "O banco não tem muita cultura de financiamentos na Ásia", reconhece o executivo. "Ele tem dado preferência a projetos na América Latina e não se mostra muito aberto a projetos fora do continente". As negociações começaram em janeiro. A usina, cuja construção deve começar em 2004 e será a maior da região, deve ter 2 mil MW de capacidade instalada. A obra deve ser concluída em até cinco anos. (Gazeta Mercantil - 02.09.2003)

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6 Curtas

Ao que parece, a ministra Dilma Rousseff não quer críticas públicas ao novo modelo energético. Em reunião 15 dias atrás, investidores privados foram informados de que podem encaminhar sugestões até 18 de setembro. Mas, só ao ministério. Se o fizerem publicamente, poderão ter problemas. (Valor - 02.09.2003)

O ex-ministro das Minas e Energia, Mauro Thibau, apresenta hoje o relatório Atualidade do Setor Elétrico Nacional, na Firjan. O documento já foi entregue à ministra Dilma Rousseff, responsável pela pasta no atual governo. Às 11h, na Avenida Graça Aranha, 1, 10º andar, Rio de Janeiro. (Valor - 02.09.2003)

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Empresas

1 Grupo Endesa alcança a marca dos R$ 860 mi injetados no Estado

Um investimento médio de R$ 100 milhões por ano, com uma injeção de R$ 987 milhões no ato da privatização da Coelce, há pouco mais de cinco anos. Sem contar com os recursos empregados na compra, o Grupo Endesa já chegou à soma de R$ 860 milhões aplicados diretamente no mercado cearense desde que adquiriu a concessão da distribuição de energia para o Estado pelo período de 30 anos. "O investimento, como um todo e dentro do prazo da concessão, é positivo", avalia o diretor financeiro da Coelce, Antônio Osvaldo Teixeira. Até o final deste ano, a companhia terá injetado investimentos da ordem de R$ 177 milhões. No âmbito geral, contudo, o retorno esperado deve compensar. "Os investimentos feitos onde o número de clientes a serem atendidos é maior traz mais rentabilidade ao volume de recursos aplicados", afirma. Em cinco anos - desde a privatização, em 1998 -, a Coelce vem mantendo a média de investimentos no mercado cearense em cerca de R$ 100 milhões por ano. "Em 2001, atingimos R$ 250 milhões", informa Osvaldo Teixeira. O Grupo Endesa atua, hoje, em 12 países e já atingiu a marca de 20,8 milhões de clientes. (Diário do Nordeste - 02.09.2003)

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2 Celpe vai investir R$ 1,2 mi no suprimento de energia de aeroporto em Pernambuco

A Celpe será responsável por todo o suprimento de energia necessária ao funcionamento do novo Aeroporto Internacional dos Guararapes, previsto para ser concluído em 2005. A Infraero fechou acordo com a empresa para a construção de duas linhas de 69 kilovolts (kV) - uma saindo do sistema Bongi, no Recife, e outra da subestação de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho. O investimento é de R$ 1,2 milhão. Segundo o gestor da Unidade de Atendimento a Clientes Corporativos da Celpe, Alberto Júnior, as duas linhas disponibilizarão 6 MW para o aeroporto. "Caso uma linha saia do sistema, a outra entra em operação imediatamente", assegura o gestor. O detalhe é que a segunda linha, que sai de Pirapama, também terá energia fornecida pela Termopernambuco, termelétrica de ciclo combinado (gás natural e vapor) em construção em Suape pelo grupo Guaraniana, controlador da Celpe. Atualmente, o aeroporto recebe 1 MW através de uma linha de 13,8 kV. "O edital de licitação para a construção da subestação pode sair ainda esta semana e a Celpe também pretende disputar o empreendimento", diz Alberto Júnior. (Diário de Pernambuco - 02.09.2003)

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3 Curtas

A Bandeirante Energia prepara uma nova emissão de notas promissórias ("commercial papers"), no valor de R$ 180 milhões. Os papéis terão vencimento em 180 dias e, de acordo com comunicado distribuído ao mercado ontem, servirão para "incremento das disponibilidades de caixa da companhia". (Valor - 02.09.2003)

O grupo espanhol Endesa terá, na quinta, audiência de conciliação em torno da liminar que suspendeu o fornecimento da energia gerada pela usina de Cachoeira Dourada, em Goiás. A usina foi privatizada pela Endesa em 1997.(Folha de São Paulo - 02.09.2003)

A região de Barra do Garças tem atraído empresas de grande porte, principalmente no ramo da mineração. Essa expansão é sentida pela concessionária de energia, Rede-Cemat, que passa a contar com novos grandes consumidores. Em Nova Xavantina, o destaque vai para a Vanguarda Mineração e, em Cocalinho, para a Mineração Serra Dourada Ltda. (Diario de Cuiabá - 02.09.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Sul registra consumo de 5.440MW médios

O consumo na região Sul chegou a 5.440 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado registra alta de 4,31% nos últimos sete dias. O subsistema Norte registrou consumo de 2.448 MW médios no último domingo, dia 31 de agosto, contra previsão de 2.636 MW médios do ONS . Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula baixa de 0,63% nos últimos sete dias.O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 21.232 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema está com queda de 2,86% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o submercado acumula baixa de 8,75% no mesmo período.O Nordeste consumiu 5.447 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do operador do sistema. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema está com queda de 5,33% nos últimos sete dias. No mesmo período, a região tem alta no consumo de 2,44%. (Canal Energia - 01.09.2003)

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2 Empreendimentos em andamento na região sul do país atendem quase 50% da atual demanda

Numa época em que uma das maiores preocupações do Brasil é a geração de energia e evitar futuros apagões, a serra catarinense ganha destaque nos investimentos voltados para a produção de eletricidade. A se confirmar os empreendimentos para o setor, a energia produzida será suficiente para atender quase 50% da atual demanda estadual. As obras vão desde as tradicionais hidrelétricas, até as pouco utilizadas no Brasil, como a eólica, e a biomassa. Das usinas hidrelétricas projetadas para a região serrana, a que está em estágio mais avançado é a de Barra Grande, em Anita Garibaldi. Sua primeira turbina, de um total de três, está prevista para entrar em operação em outubro de 2005. Quando pronta, em abril de 2006, a energia produzida será de 690 MW. Outra hidrelétrica que já está saindo do papel e atualmente está na fase de aprovação de seus projetos ambientais junto o Ibama, é a usina hidrelétrica de Pai Querê. Mas de todos os empreendimentos o que deve entrar em operação ainda este ano, em dezembro, a usina termoelétrica de biomassa, em Lages. A usina vai produzir 28 MW, 45% da atual demanda da cidade de Lages. Já o parque eólico de Bom Jardim da Serra, irá produzir um total de 1,8 MW. Das três torres de produção, uma já está concluída desde maio do ano passado e gera 0,6 MW, energia que está interligada ao sistema da Celesc. Segundo o secretário de Desenvolvimento de Lages, Joaquim Goulart Junior, outras quatro hidrelétricas estão previstas para a região. "Isso sem falar na usina de campos Novos que atinge parte da região serrana com seu reservatório", lembra o secretário. (A Noticia - 02.09.2003)

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3 Nível de armazenamento está em 63,9% no subsistema Norte

O volume armazenado na região Norte está em 63,9%. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 77,93% da capacidade. O índice teve uma redução de 0,36% em relação ao dia anterior. (Canal Energia - 01.09.2003)

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4 Região Nordeste está com 34,07% da capacidade de armazenamento

Os reservatórios do submercado Nordeste estão com 34,07% da capacidade, volume 20,07% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho está com 27,72% do volume. O nível teve uma redução de 0,16% em relação aos dados do dia 30 de agosto. (Canal Energia - 01.09.2003)

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5 Reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 59,22%

A capacidade de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 59,22%, ficando 33,22% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,2% em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Emborcação e nova Ponte estão com 74,32% e 49,84% da capacidade. (Canal Energia - 01.09.2003)

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6 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul está em 47,08%

A região Sul registra índice de 47,08%, uma redução de 0,24% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta 40,49% da capacidade. (Canal Energia - 01.09.2003)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 MAE se prepara para realizar liquidação financeira de julho

O MAE realiza na próxima quarta-feira, dia 3 de setembro, a liquidação financeira das operações de compra e venda de energia realizadas em julho deste ano. Segundo o mercado atacadista, o montante da operação é de R$ 43,23 milhões. Os valores já foram auditados pela Deloitte Touche Tohmatsu, que emitiu os certificados que comprovam o atendimento às determinações legais, regulamentares e judiciais. (Canal Energia - 01.09.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 ANP contrata consultoria da Argentina

A ANP contratou a consultoria argentina Strat Consulting para elaborar um estudo de um modelo de desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil. A Strat, que prestará o serviço associada a consultoria argentina, a R. García Consultores, receberá R$ 3,296 milhões e terá prazo de 15 meses para fazer o trabalho. O mercado de gás natural brasileiro enfrenta sérias dificuldades para se desenvolver. Dos 30 milhões de m3 diários que pode comprar da Bolívia, o Brasil importa pouco mais de 13 milhões, e ainda passa por um processo de renegociação com os produtores bolivianos. O objetivo é reduzir o preço e flexibilizar as condições de entrega, que hoje determinam que o Brasil tem de pagar por um volume que não consome. O maior problema refere-se ao alto custo do gás importado da Bolívia, que torna o combustível pouco competitivo em comparação com energéticos alternativos, como o óleo combustível. (Estado de São Paulo - 02.09.2003)

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2 Dutra: Local de refinaria será definido até 2004

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse ontem que a decisão sobre onde será construída uma nova refinaria da empresa será tomada até 2004. A Petrobras vem sendo pressionada por estados interessados no empreendimento, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Segundo Dutra, a refinaria deverá entrar em operação em 2008. "A Petrobras está participando desse empreendimento e estudando áreas, mas até agora nenhuma decisão foi tomada. Até o ano que vem essa decisão será tomada" disse Dutra, acrescentando que há um plano de ampliação das atuais refinarias. (O Globo - 02.09.2003)

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3 Petrobras pode trocar energia por ações da Fafen

A Petrobras estuda propostas alternativas ao desejo manifestado pelo grupo português EDP, de que a estatal aumente sua participação, atualmente de 20%, na termoelétrica que fica dentro da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), na Bahia. A EDP gostaria que a Petrobras aumentasse sua participação ou até comprasse os 80% de suas ações. Um exemplo de negociação que a Petrobras estaria disposta a aceitar é a venda de energia da térmica de Piratininga, em São Paulo, para a distribuidora Bandeirante Energia, da EDP, por um ano e meio. Em troca, ao fim desse prazo, ficaria com 100% da térmica Fafen. (Valor - 02.09.2003)

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4 Alfred Klotz deve instalar termelétricas no Brasil na primeira quinzena de setembro

A diretoria da Alfred Klotz do Brasil, de origem européia, prevê que empresa se instale no país na primeira quinzena de setembro. Segundo o advogado da empresa, Esacheu Nascimento, a atuação será na área de geração. A empresa já obteve autorização nesta semana para implantar a termelétrica Klotz Corumbá, de 176 MW de capacidade. A usina deverá entrar em operação comercial até 1° de dezembro de 2006. Além deste empreendimento, Nascimento explica que a empresa está tentando obter autorização para outra termelétrica na cidade de Campo Grande. "Estamos interessados na produção de energia, mesmo que encontremos alguma dificuldade. Pricipalmente em função das mudanças das regras atuais", comenta Nascimento. (Canal Energia - 01.09.2003)

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Economia Brasileira

1 Furtado vê moratória no futuro do País

O professor Celso Furtado disse ontem que o Brasil deve preparar-se para declarar uma moratória no futuro, com o objetivo de renegociar toda a dívida externa brasileira. Em conferência no primeiro dia do seminário "Brasil em Desenvolvimento", na UFRJ, ele disse que a renegociação seria necessária para baixar as taxas de juros internas. "Mais cedo ou mais tarde", previu, o País irá à moratória, talvez por falta de alternativa. Ele avalia que há riscos de a recessão evoluir para uma queda de 5% ou 6% do PIB, o que apressaria a renegociação da dívida. Para ele, o governo tem de "agir rapidamente" para evitar essa possibilidade. "Mais uma vez, o esforço é com o FMI. O governo quer consolidar a saúde do País em cooperação plena com o Fundo e os credores. Isso permite sobreviver, mas o Brasil está parado, agüenta dois anos no máximo." Para Furtado, o País é tão dependente de capitais externos que pode ser na prática submetido a uma extorsão. "O controle da taxa de juros passou a ser um extraordinário instrumento de poder". Segundo ele, o FMI e os credores internacionais têm interesse em manter boa relação com o Brasil, mas a renegociação seria difícil e o País passaria "por dois, três ou quatro anos de penúria". (Estado de São Paulo - 02.09.2003)

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2 Tavares não crê em mudanças no acordo com o FMI

A economista Maria da Conceição Tavares, a outra conferencista do seminário "Brasil em Desenvolvimento", mostrou-se cética quanto a uma renovação do acordo com o FMI que dê mais autonomia ao governo brasileiro. "Tenho sérias dúvidas de que algum governo na América Latina seja capaz de mudar as regras do FMI. Se nem a Anne Krueger conseguiu...", afirmou, referindo-se à primeira vice-diretora gerente do Fundo. Conceição deixou claro que não vê solução rápida para o Brasil. "Temos um passivo de US$ 450 bilhões nas mãos. O que é que se faz? Não tenho idéia. A Anne Krueger quis discutir, não deixaram." A economista também criticou a reforma da Previdência, feita para aumentar a poupança, o que, segundo ela, não é necessário. "Tem poupança a dar com o pau. Está faltando investimento." (Estado de São Paulo - 02.09.2003)

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3 Para analistas, poderá haver queda do PIB

Analistas de mercado consultados pelo BC já consideram a possibilidade de queda do PIB em 2003. Segundo levantamento feito pelo BC entre cem bancos e empresas de consultoria, as projeções para o desempenho da economia em 2003 variam de crescimento de 2% a queda de 0,05%. É a primeira vez que a pesquisa do BC, feita semanalmente, aponta a possibilidade de queda do PIB neste ano. Até a semana passada, o levantamento mostrava que a expectativa do mercado era que a economia fosse crescer entre 0,81% e 2% neste ano. Na média, as projeções mais recentes apontam para um crescimento de 1,36% do PIB neste ano, abaixo do 1,40% estimado pelo levantamento anterior. A pesquisa do BC mostra que o pessimismo em relação ao desempenho da economia reflete, em boa parte, as perspectivas pouco animadoras para o setor industrial. O PIB da indústria, segundo o levantamento, deve crescer, no máximo, 1,7% neste ano. A indústria é um dos setores mais afetados pelas altas taxas de juros, pois costuma depender muito de financiamentos para expandir sua produção. (Folha de São Paulo - 02.09.2003)

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4 Balança atinge saldo recorde em agosto

A balança comercial brasileira registrou em agosto o maior superávit mensal da história: US$ 2,674 bilhões. O saldo é resultado de um aumento de 11,38% nas exportações, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e de uma queda de 10,66% nas importações. As importações que mais recuaram foram as de bens de capital, fundamentais para investimentos produtivos no país. O superávit acumulado nos oito primeiros meses do ano -US$ 15,132 bilhões- também é recorde histórico. O melhor resultado anterior para o período é de 1988, quando as exportações superaram as importações em US$ 12,591 bilhões. (Folha de São Paulo - 02.09.2003)

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5 PPA de SP prevê investir R$ 30,1 bi até 2007

O PPA do governo paulista no período 2004-2007 prevê investimentos de R$ 30,1 bilhões. Metade desse montante virá do Tesouro, enquanto a outra parte será dividida entre o capital das estatais e a iniciativa privada. A intenção é de que por meio das PPP sejam obtidos entre R$ 5 a R$ 7 bilhões. Entre os projetos que poderão contar com parceria da iniciativa privada estão o trecho sul do Rodoanel, centros de logística integrados ao Rodoanel, e ampliações dos Portos de Santos e de São Sebastião. O fundo que será usado para dar garantia aos investidores ainda está em discussão na cúpula do governo. "A forma e as estatais que poderão apoiar esse fundo ainda estão sendo analisadas", afirmou o secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, Andrea Calabi. O PPA total do Estado contempla recursos de R$ 307 bilhões nos próximos quatro anos. A parcela de dinheiro do Tesouro paulista é de R$ 270 bilhões. Entre os principais programas previstos estão a universalização de serviços de água e esgoto (R$ 15,7 bilhões) e melhoria do ensino fundamental (R$ 18,8 bilhões). Um dos gargalos de infra-estrutura no Estado a ser enfrentado é a área de energia elétrica. Nesse caso, a idéia é investir em transmissão. Outra frente é a Cesp. "Temos de cuidar bem dela. A rolagem de dívida que ela enfrenta não é fácil", afirmou Calabi. (Valor - 02.09.2003)

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6 PPA não definirá modelo de parceria

A Parceria Público Privada (PPP), principal instrumento que será usado pelo governo para atrair a iniciativa privada no financiamento das obras de infra-estrutura, determinou o adiamento do anúncio do Plano Plurianual (PPA) 2004-2007, que deveria ser feito ontem pelo ministro de Planejamento, Guido Mantega. Isso ocorreu porque o governo ainda não definiu o arcabouço jurídico da associação entre o setor público e a iniciativa privada. Na avaliação do secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ministro Tarso Genro, esse fato não retira o mérito do PPA. Genro salienta que o governo criou as condições macroeconômicas para que o PPA seja posto em prática a partir do início do próximo ano. "Começaremos 2004 com juros mais baixos e teremos um orçamento sem contingenciamento, que já prevê investimentos em infra-estrutura", afirmou. Nos meios empresariais, a crítica mais freqüente que se faz é de que sem a definição de um marco regulatório claro não haverá sinalização de investimentos. (Gazeta Mercantil - 02.09.2003)

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7 Estado pode ser o agente indutor do desenvolvimento, diz Lula

Lula defendeu que o Estado adote um papel de indutor de ações sociais ao invés de ser o único realizador de políticas públicas. "Criou-se no Brasil a idéia de que o Estado pode tudo, e nós queremos provar que o Estado pode menos do que as pessoas imaginam , mas que seu poder de indução é tão grande, que se o Estado fizer a política correta de envolvimento da sociedade, não tenho dúvida que a gente consegue acabar com a fome neste país", disse. Na exposição de motivos do PPA assinada por Mantega, o ministro prevê gastos da ordem de R$ 1, 857 trilhão até 2007, sendo cerca de 70% deste valor destinados para o financiamento da previdência. Os recursos para investimentos serão aplicados em 374 programas, cuja implementação envolverá 4,3 mil ações . A área de infra-estrutura ficará com R$ 189 bilhões desta fatia, sendo 86% destinados para a área de energia. (Valor - 02.09.2003)

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8 IPC-S sobe 0,10%

A inflação ao consumidor (IPC-S), medida em doze capitais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre 29 de julho a 26 de agosto, subiu apenas 0,10% mantendo o ritmo de desaceleração que marcou o mês de agosto. Mas isso pode mudar, segundo os técnicos da FGV, devido a aumentos de tarifas públicas - água, esgoto e telefone - previstos para as próximas semanas. As cidades de São Paulo e Rio preparam reajustes para as taxas de água e esgoto e também espera-se aumento na tarifa telefônica, cujo índice será determinado pelo Justiça. (Gazeta Mercantil - 02.09.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

Diminuiu a pressão de compra sobre o dólar comercial, que opera perto da estabilidade neste final de manhã. Às 11h59m, a moeda americana era cotada a R$ 2,982 na compra e R$ 2,986 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou com leve alta de 0,23%, a R$ 2,9840 na compra e a R$ 2,9860 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 02.09.2003)

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Internacional

1 Colburn e AES Gener planejam projetos termelétricos na IV Região

A Codelco, corporação estatal do cobre chilena, quer que outros clientes usem o gasoduto de 74 km que leva gás natural à sua unidade de fundição Caletones para reduzir custos de transporte, disse o porta-voz da Codelco Rodrigo Rivas. O gasoduto custou US$ 35 milhões. A Codelco quer que outras empresas comprem capacidade no gasoduto na VI Região, que pertence à companhia de transportes chilena GasAndes, porque "quanto mais usuários de gás a região tiver, mais baixa a tarifa que temos de pagar", disse Rivas. As geradoras chilenas Colbun e AES Gener estão considerando projetos termelétricos a gás na VI Região, mas ambos os projetos enfrentam oposição de vinicultores locais, que dizem que as usinas seriam localizadas demasiado próximas de suas terras. (Business News Americas - 02.09.2003)

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2 Lucro da EDP no primeiro semestre deverá situar-se entre os 199,7 e 263 mi de euros

Os analistas esperam que, em média, o lucro da EDP tenha recuado para uma média de 217,6 milhões de euros, contra os 231 milhões registrados no mesmo período de 2002. A eventual queda dos resultados da EDP ocorrerá, essencialmente, em virtude do aumento dos encargos financeiros da empresa. No mesmo período de tempo as receitas da empresa deverão ter subido para entre 3,24 e 3,48 bilhões de euros, contra 3,06 bilhões de euros no primeiro semestre do ano passado, enquanto o EBITDA terá aumentado de 746 milhões de euros para entre 868,7 e 937 milhões de euros. (Diário Econòmico - 02.09.2003)

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3 Bancos vão emprestar US$ 2,2 bi para NRG Energy

Os bancos Credit Suisse First Boston e Lehman Brothers concordaram em realizar um empréstimo de US$ 2,215 bilhões a NRG Energy, a partir do momento que a empresa consiga sair do estado falimentar em que se encontra, o que deve acontecer no final deste ano. A NRG pretende utilizar esse financiamento para sanar um "montante significante" de débitos não - asseguráveis de suas subsidiárias do sul e Centro-Sul dos Estados Unidos, segundo anúncio da Corte de Falências dos EUA. (Platts - 29.08.2003)

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4 NRG Energy recebe prazo maior para apresentar planos de reestruturação

A Corte de Falências dos EUA determinou na sexta-feira um prazo maior para que a NRG Energy formate o plano de reorganização de suas subsidiárias até que uma decisão final sobre a situação de falência da NRG seja tomada em audiência marcada para o dia 10 de setembro. A NRG Energy e 26 de suas subsidiárias entraram no dia 14 de maio com pedido de falência, mas até o momento apenas a NRG e 4 subsidiárias apresentaram planos de reestruturação. (Platts - 29.08.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
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