l IFE:
nº 1.185 - 02 de setembro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Eclusas de Tucuruí são prioritárias no PPA As eclusas
de Tucuruí, no Pará, e da hidrelétrica Lajeado (TO), ambas no rio Tocantins,
são as duas únicas obras definidas como prioritárias, pelo governo Lula,
para o setor hidroviário nacional. Elas estão incluídas no Plano Plurianual
de Ação (PPA), o conjunto e projetos do governo federal para execução
prevista no período de 2004 a 2007. A definição de prioridade para os
sistemas de transposição das duas hidrelétricas construídas no rio Tocantins
foi confirmada ontem pelo superintendente da Administração da Hidrovia
Tocantins/Araguaia (Ahitar), Josenir Nascimento. A informação, segundo
ele, foi tornada pública na última quinta-feira, dia 28, pelo secretário
executivo do Ministério dos Transportes, Keiji Kanashiro, durante a reunião
conjunta da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação
Nacional dos Transportes (CNT). Realizado no auditório da CNI, em Brasília,
o encontro contou com a participação de dirigentes das Federações das
Indústrias de todo o país e foi promovido com o objetivo de debater os
projetos de interesse dos dois setores incluídos no PPA. (O Liberal -
02.09.2003) 2 CBIE: Posição cautelosa dos investidores pode comprometer investimentos no SEE Para o professor
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE),
a perspectiva orçamentária do PPA ganha força com a entrada da Petrobras,
cuja capacidade de investimentos, segundo ele, é muito grande - que pode
superar os R$ 100 milhões no quadriênio 2004-2007. Entretanto, o especialista
faz uma avaliação pouco otimista em relação ao setor elétrico. "Acho que
para o setor elétrico a projeção é mais apertada. A Eletrobrás tem uma
receita para investir muito longe da dimensão da Petrobras, por exemplo",
cita Pires. No orçamento do ano que vem, a Eletrobrás tem relacionados
investimentos de R$ 4,1 bilhões, contra R$ 25 bilhões da Petrobras. O
diretor do CBIE diz ainda que, no tocante ao PPA, a previsão de investimentos
em energia pode estar comprometida pela posição excessivamente cautelosa
dos investidores privados do setor elétrico. (Canal Energia - 01.09.2003) 3 CBIEE: Projeção de recursos do PPA não contempla necessidade do SEE Na avaliação
de Cláudio Sales, presidente da CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores
em Energia Elétrica), a projeção do PPA pode não contemplar para o setor
elétrico a necessidade de injeção de recursos, que seria de R$ 15 bilhões
por ano para as áreas de geração (R$ 10 bilhões), distribuição (R$ 3,5
bilhões) e transmissão (R$ 1,5 bilhão). Do total necessário, explica ele,
dois terços - ou R$ 10 bilhões - seriam bancados pelo capital privado,
o que daria um panorama de R$ 40 bilhões em quatro anos. Nesse aspecto,
a projeção do PPA de que o capital privado aportará pouco mais de R$ 35
bilhões para toda a área de energia (incluindo petróleo e gás) está aquém
do que o setor elétrico carece, na visão da CBIEE. "Para que os investimentos
aconteçam, é extremamente necessário que se corrija os problemas do setor
elétrico, cujo retrato hoje é de desequilíbrio econômico-financeiro e
de instabilidade regulatória", frisa Cláudio Sales, destacando que o esforço
conjunto de investidores e governo visa a sanar esses problemas. (Canal
Energia - 01.09.2003) 4
Justiça suspende cobrança de seguro-apagão no Paraná 5 Engevix quer recursos do BNDES para hidrelétrica na Ásia A Engevix
Engenharia está tentando conseguir que o BNDES financie sua participação
na construção da usina hidrelétrica vietnamita Son La. Segundo o vice-presidente
de Energia e Recursos Hídricos da empresa, José Antunes Sobrinho, as negociações
envolvem inicialmente o financiamento de serviços de engenharia, mas podem
incluir também o fornecimento de equipamentos. Segundo Antunes, a demanda
inicial é de recursos da ordem de US$ 150 milhões a serem emprestados
para o cliente. "O banco não tem muita cultura de financiamentos na Ásia",
reconhece o executivo. "Ele tem dado preferência a projetos na América
Latina e não se mostra muito aberto a projetos fora do continente". As
negociações começaram em janeiro. A usina, cuja construção deve começar
em 2004 e será a maior da região, deve ter 2 mil MW de capacidade instalada.
A obra deve ser concluída em até cinco anos. (Gazeta Mercantil - 02.09.2003) Ao que parece, a ministra Dilma Rousseff não quer críticas públicas ao novo modelo energético. Em reunião 15 dias atrás, investidores privados foram informados de que podem encaminhar sugestões até 18 de setembro. Mas, só ao ministério. Se o fizerem publicamente, poderão ter problemas. (Valor - 02.09.2003) O ex-ministro das Minas e Energia, Mauro Thibau, apresenta hoje o relatório Atualidade do Setor Elétrico Nacional, na Firjan. O documento já foi entregue à ministra Dilma Rousseff, responsável pela pasta no atual governo. Às 11h, na Avenida Graça Aranha, 1, 10º andar, Rio de Janeiro. (Valor - 02.09.2003)
Empresas 1 Grupo Endesa alcança a marca dos R$ 860 mi injetados no Estado Um investimento médio de R$ 100 milhões por ano, com uma injeção de R$ 987 milhões no ato da privatização da Coelce, há pouco mais de cinco anos. Sem contar com os recursos empregados na compra, o Grupo Endesa já chegou à soma de R$ 860 milhões aplicados diretamente no mercado cearense desde que adquiriu a concessão da distribuição de energia para o Estado pelo período de 30 anos. "O investimento, como um todo e dentro do prazo da concessão, é positivo", avalia o diretor financeiro da Coelce, Antônio Osvaldo Teixeira. Até o final deste ano, a companhia terá injetado investimentos da ordem de R$ 177 milhões. No âmbito geral, contudo, o retorno esperado deve compensar. "Os investimentos feitos onde o número de clientes a serem atendidos é maior traz mais rentabilidade ao volume de recursos aplicados", afirma. Em cinco anos - desde a privatização, em 1998 -, a Coelce vem mantendo a média de investimentos no mercado cearense em cerca de R$ 100 milhões por ano. "Em 2001, atingimos R$ 250 milhões", informa Osvaldo Teixeira. O Grupo Endesa atua, hoje, em 12 países e já atingiu a marca de 20,8 milhões de clientes. (Diário do Nordeste - 02.09.2003) 2 Celpe vai investir R$ 1,2 mi no suprimento de energia de aeroporto em Pernambuco A Celpe
será responsável por todo o suprimento de energia necessária ao funcionamento
do novo Aeroporto Internacional dos Guararapes, previsto para ser concluído
em 2005. A Infraero fechou acordo com a empresa para a construção de duas
linhas de 69 kilovolts (kV) - uma saindo do sistema Bongi, no Recife,
e outra da subestação de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho. O investimento
é de R$ 1,2 milhão. Segundo o gestor da Unidade de Atendimento a Clientes
Corporativos da Celpe, Alberto Júnior, as duas linhas disponibilizarão
6 MW para o aeroporto. "Caso uma linha saia do sistema, a outra entra
em operação imediatamente", assegura o gestor. O detalhe é que a segunda
linha, que sai de Pirapama, também terá energia fornecida pela Termopernambuco,
termelétrica de ciclo combinado (gás natural e vapor) em construção em
Suape pelo grupo Guaraniana, controlador da Celpe. Atualmente, o aeroporto
recebe 1 MW através de uma linha de 13,8 kV. "O edital de licitação para
a construção da subestação pode sair ainda esta semana e a Celpe também
pretende disputar o empreendimento", diz Alberto Júnior. (Diário de Pernambuco
- 02.09.2003) 3
Curtas O grupo espanhol Endesa terá, na quinta, audiência de conciliação em torno da liminar que suspendeu o fornecimento da energia gerada pela usina de Cachoeira Dourada, em Goiás. A usina foi privatizada pela Endesa em 1997.(Folha de São Paulo - 02.09.2003) A região de Barra do Garças tem atraído empresas de grande porte, principalmente no ramo da mineração. Essa expansão é sentida pela concessionária de energia, Rede-Cemat, que passa a contar com novos grandes consumidores. Em Nova Xavantina, o destaque vai para a Vanguarda Mineração e, em Cocalinho, para a Mineração Serra Dourada Ltda. (Diario de Cuiabá - 02.09.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Subsistema Sul registra consumo de 5.440MW médios O consumo
na região Sul chegou a 5.440 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios
do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado registra
alta de 4,31% nos últimos sete dias. O subsistema Norte registrou consumo
de 2.448 MW médios no último domingo, dia 31 de agosto, contra previsão
de 2.636 MW médios do ONS . Em relação ao programa mensal de operação,
a região acumula baixa de 0,63% nos últimos sete dias.O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 21.232 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador
do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema está com queda de 2,86%
no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios,
o submercado acumula baixa de 8,75% no mesmo período.O Nordeste consumiu
5.447 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do operador do sistema.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema
está com queda de 5,33% nos últimos sete dias. No mesmo período, a região
tem alta no consumo de 2,44%. (Canal Energia - 01.09.2003) 2 Empreendimentos em andamento na região sul do país atendem quase 50% da atual demanda Numa época
em que uma das maiores preocupações do Brasil é a geração de energia e
evitar futuros apagões, a serra catarinense ganha destaque nos investimentos
voltados para a produção de eletricidade. A se confirmar os empreendimentos
para o setor, a energia produzida será suficiente para atender quase 50%
da atual demanda estadual. As obras vão desde as tradicionais hidrelétricas,
até as pouco utilizadas no Brasil, como a eólica, e a biomassa. Das usinas
hidrelétricas projetadas para a região serrana, a que está em estágio
mais avançado é a de Barra Grande, em Anita Garibaldi. Sua primeira turbina,
de um total de três, está prevista para entrar em operação em outubro
de 2005. Quando pronta, em abril de 2006, a energia produzida será de
690 MW. Outra hidrelétrica que já está saindo do papel e atualmente está
na fase de aprovação de seus projetos ambientais junto o Ibama, é a usina
hidrelétrica de Pai Querê. Mas de todos os empreendimentos o que deve
entrar em operação ainda este ano, em dezembro, a usina termoelétrica
de biomassa, em Lages. A usina vai produzir 28 MW, 45% da atual demanda
da cidade de Lages. Já o parque eólico de Bom Jardim da Serra, irá produzir
um total de 1,8 MW. Das três torres de produção, uma já está concluída
desde maio do ano passado e gera 0,6 MW, energia que está interligada
ao sistema da Celesc. Segundo o secretário de Desenvolvimento de Lages,
Joaquim Goulart Junior, outras quatro hidrelétricas estão previstas para
a região. "Isso sem falar na usina de campos Novos que atinge parte da
região serrana com seu reservatório", lembra o secretário. (A Noticia
- 02.09.2003) 3 Nível de armazenamento está em 63,9% no subsistema Norte O volume
armazenado na região Norte está em 63,9%. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta
77,93% da capacidade. O índice teve uma redução de 0,36% em relação ao
dia anterior. (Canal Energia - 01.09.2003) 4
Região Nordeste está com 34,07% da capacidade de armazenamento 5 Reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 59,22% A capacidade
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 59,22%, ficando
33,22% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,2%
em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Emborcação e nova Ponte
estão com 74,32% e 49,84% da capacidade. (Canal Energia - 01.09.2003) 6 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul está em 47,08% A região Sul registra índice de 47,08%, uma redução de 0,24% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta 40,49% da capacidade. (Canal Energia - 01.09.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE se prepara para realizar liquidação financeira de julho O MAE realiza
na próxima quarta-feira, dia 3 de setembro, a liquidação financeira das
operações de compra e venda de energia realizadas em julho deste ano.
Segundo o mercado atacadista, o montante da operação é de R$ 43,23 milhões.
Os valores já foram auditados pela Deloitte Touche Tohmatsu, que emitiu
os certificados que comprovam o atendimento às determinações legais, regulamentares
e judiciais. (Canal Energia - 01.09.2003)
Gás e Termoelétricas 1 ANP contrata consultoria da Argentina A ANP contratou a consultoria argentina Strat Consulting para elaborar um estudo de um modelo de desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil. A Strat, que prestará o serviço associada a consultoria argentina, a R. García Consultores, receberá R$ 3,296 milhões e terá prazo de 15 meses para fazer o trabalho. O mercado de gás natural brasileiro enfrenta sérias dificuldades para se desenvolver. Dos 30 milhões de m3 diários que pode comprar da Bolívia, o Brasil importa pouco mais de 13 milhões, e ainda passa por um processo de renegociação com os produtores bolivianos. O objetivo é reduzir o preço e flexibilizar as condições de entrega, que hoje determinam que o Brasil tem de pagar por um volume que não consome. O maior problema refere-se ao alto custo do gás importado da Bolívia, que torna o combustível pouco competitivo em comparação com energéticos alternativos, como o óleo combustível. (Estado de São Paulo - 02.09.2003) 2 Dutra: Local de refinaria será definido até 2004 O presidente
da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse ontem que a decisão sobre onde
será construída uma nova refinaria da empresa será tomada até 2004. A
Petrobras vem sendo pressionada por estados interessados no empreendimento,
como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Segundo Dutra,
a refinaria deverá entrar em operação em 2008. "A Petrobras está participando
desse empreendimento e estudando áreas, mas até agora nenhuma decisão
foi tomada. Até o ano que vem essa decisão será tomada" disse Dutra, acrescentando
que há um plano de ampliação das atuais refinarias. (O Globo - 02.09.2003) 3 Petrobras pode trocar energia por ações da Fafen A Petrobras
estuda propostas alternativas ao desejo manifestado pelo grupo português
EDP, de que a estatal aumente sua participação, atualmente de 20%, na
termoelétrica que fica dentro da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados
(Fafen), na Bahia. A EDP gostaria que a Petrobras aumentasse sua participação
ou até comprasse os 80% de suas ações. Um exemplo de negociação que a
Petrobras estaria disposta a aceitar é a venda de energia da térmica de
Piratininga, em São Paulo, para a distribuidora Bandeirante Energia, da
EDP, por um ano e meio. Em troca, ao fim desse prazo, ficaria com 100%
da térmica Fafen. (Valor - 02.09.2003) 4 Alfred Klotz deve instalar termelétricas no Brasil na primeira quinzena de setembro A diretoria
da Alfred Klotz do Brasil, de origem européia, prevê que empresa se instale
no país na primeira quinzena de setembro. Segundo o advogado da empresa,
Esacheu Nascimento, a atuação será na área de geração. A empresa já obteve
autorização nesta semana para implantar a termelétrica Klotz Corumbá,
de 176 MW de capacidade. A usina deverá entrar em operação comercial até
1° de dezembro de 2006. Além deste empreendimento, Nascimento explica
que a empresa está tentando obter autorização para outra termelétrica
na cidade de Campo Grande. "Estamos interessados na produção de energia,
mesmo que encontremos alguma dificuldade. Pricipalmente em função das
mudanças das regras atuais", comenta Nascimento. (Canal Energia - 01.09.2003)
Economia Brasileira 1 Furtado vê moratória no futuro do País O professor Celso Furtado disse ontem que o Brasil deve preparar-se para declarar uma moratória no futuro, com o objetivo de renegociar toda a dívida externa brasileira. Em conferência no primeiro dia do seminário "Brasil em Desenvolvimento", na UFRJ, ele disse que a renegociação seria necessária para baixar as taxas de juros internas. "Mais cedo ou mais tarde", previu, o País irá à moratória, talvez por falta de alternativa. Ele avalia que há riscos de a recessão evoluir para uma queda de 5% ou 6% do PIB, o que apressaria a renegociação da dívida. Para ele, o governo tem de "agir rapidamente" para evitar essa possibilidade. "Mais uma vez, o esforço é com o FMI. O governo quer consolidar a saúde do País em cooperação plena com o Fundo e os credores. Isso permite sobreviver, mas o Brasil está parado, agüenta dois anos no máximo." Para Furtado, o País é tão dependente de capitais externos que pode ser na prática submetido a uma extorsão. "O controle da taxa de juros passou a ser um extraordinário instrumento de poder". Segundo ele, o FMI e os credores internacionais têm interesse em manter boa relação com o Brasil, mas a renegociação seria difícil e o País passaria "por dois, três ou quatro anos de penúria". (Estado de São Paulo - 02.09.2003) 2 Tavares não crê em mudanças no acordo com o FMI A economista Maria da Conceição Tavares, a outra conferencista do seminário "Brasil em Desenvolvimento", mostrou-se cética quanto a uma renovação do acordo com o FMI que dê mais autonomia ao governo brasileiro. "Tenho sérias dúvidas de que algum governo na América Latina seja capaz de mudar as regras do FMI. Se nem a Anne Krueger conseguiu...", afirmou, referindo-se à primeira vice-diretora gerente do Fundo. Conceição deixou claro que não vê solução rápida para o Brasil. "Temos um passivo de US$ 450 bilhões nas mãos. O que é que se faz? Não tenho idéia. A Anne Krueger quis discutir, não deixaram." A economista também criticou a reforma da Previdência, feita para aumentar a poupança, o que, segundo ela, não é necessário. "Tem poupança a dar com o pau. Está faltando investimento." (Estado de São Paulo - 02.09.2003) 3 Para analistas, poderá haver queda do PIB Analistas de mercado consultados pelo BC já consideram a possibilidade de queda do PIB em 2003. Segundo levantamento feito pelo BC entre cem bancos e empresas de consultoria, as projeções para o desempenho da economia em 2003 variam de crescimento de 2% a queda de 0,05%. É a primeira vez que a pesquisa do BC, feita semanalmente, aponta a possibilidade de queda do PIB neste ano. Até a semana passada, o levantamento mostrava que a expectativa do mercado era que a economia fosse crescer entre 0,81% e 2% neste ano. Na média, as projeções mais recentes apontam para um crescimento de 1,36% do PIB neste ano, abaixo do 1,40% estimado pelo levantamento anterior. A pesquisa do BC mostra que o pessimismo em relação ao desempenho da economia reflete, em boa parte, as perspectivas pouco animadoras para o setor industrial. O PIB da indústria, segundo o levantamento, deve crescer, no máximo, 1,7% neste ano. A indústria é um dos setores mais afetados pelas altas taxas de juros, pois costuma depender muito de financiamentos para expandir sua produção. (Folha de São Paulo - 02.09.2003) 4
Balança atinge saldo recorde em agosto 5 PPA de SP prevê investir R$ 30,1 bi até 2007 O PPA do
governo paulista no período 2004-2007 prevê investimentos de R$ 30,1 bilhões.
Metade desse montante virá do Tesouro, enquanto a outra parte será dividida
entre o capital das estatais e a iniciativa privada. A intenção é de que
por meio das PPP sejam obtidos entre R$ 5 a R$ 7 bilhões. Entre os projetos
que poderão contar com parceria da iniciativa privada estão o trecho sul
do Rodoanel, centros de logística integrados ao Rodoanel, e ampliações
dos Portos de Santos e de São Sebastião. O fundo que será usado para dar
garantia aos investidores ainda está em discussão na cúpula do governo.
"A forma e as estatais que poderão apoiar esse fundo ainda estão sendo
analisadas", afirmou o secretário de Economia e Planejamento do Estado
de São Paulo, Andrea Calabi. O PPA total do Estado contempla recursos
de R$ 307 bilhões nos próximos quatro anos. A parcela de dinheiro do Tesouro
paulista é de R$ 270 bilhões. Entre os principais programas previstos
estão a universalização de serviços de água e esgoto (R$ 15,7 bilhões)
e melhoria do ensino fundamental (R$ 18,8 bilhões). Um dos gargalos de
infra-estrutura no Estado a ser enfrentado é a área de energia elétrica.
Nesse caso, a idéia é investir em transmissão. Outra frente é a Cesp.
"Temos de cuidar bem dela. A rolagem de dívida que ela enfrenta não é
fácil", afirmou Calabi. (Valor - 02.09.2003) 6 PPA não definirá modelo de parceria A Parceria
Público Privada (PPP), principal instrumento que será usado pelo governo
para atrair a iniciativa privada no financiamento das obras de infra-estrutura,
determinou o adiamento do anúncio do Plano Plurianual (PPA) 2004-2007,
que deveria ser feito ontem pelo ministro de Planejamento, Guido Mantega.
Isso ocorreu porque o governo ainda não definiu o arcabouço jurídico da
associação entre o setor público e a iniciativa privada. Na avaliação
do secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
(CDES), ministro Tarso Genro, esse fato não retira o mérito do PPA. Genro
salienta que o governo criou as condições macroeconômicas para que o PPA
seja posto em prática a partir do início do próximo ano. "Começaremos
2004 com juros mais baixos e teremos um orçamento sem contingenciamento,
que já prevê investimentos em infra-estrutura", afirmou. Nos meios empresariais,
a crítica mais freqüente que se faz é de que sem a definição de um marco
regulatório claro não haverá sinalização de investimentos. (Gazeta Mercantil
- 02.09.2003) 7 Estado pode ser o agente indutor do desenvolvimento, diz Lula Lula defendeu que o Estado adote um papel de indutor de ações sociais ao invés de ser o único realizador de políticas públicas. "Criou-se no Brasil a idéia de que o Estado pode tudo, e nós queremos provar que o Estado pode menos do que as pessoas imaginam , mas que seu poder de indução é tão grande, que se o Estado fizer a política correta de envolvimento da sociedade, não tenho dúvida que a gente consegue acabar com a fome neste país", disse. Na exposição de motivos do PPA assinada por Mantega, o ministro prevê gastos da ordem de R$ 1, 857 trilhão até 2007, sendo cerca de 70% deste valor destinados para o financiamento da previdência. Os recursos para investimentos serão aplicados em 374 programas, cuja implementação envolverá 4,3 mil ações . A área de infra-estrutura ficará com R$ 189 bilhões desta fatia, sendo 86% destinados para a área de energia. (Valor - 02.09.2003) 8
IPC-S sobe 0,10% Diminuiu
a pressão de compra sobre o dólar comercial, que opera perto da estabilidade
neste final de manhã. Às 11h59m, a moeda americana era cotada a R$ 2,982
na compra e R$ 2,986 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou com leve
alta de 0,23%, a R$ 2,9840 na compra e a R$ 2,9860 na venda. (O Globo
On Line e Valor Online - 02.09.2003)
Internacional 1 Colburn e AES Gener planejam projetos termelétricos na IV Região A Codelco,
corporação estatal do cobre chilena, quer que outros clientes usem o gasoduto
de 74 km que leva gás natural à sua unidade de fundição Caletones para
reduzir custos de transporte, disse o porta-voz da Codelco Rodrigo Rivas.
O gasoduto custou US$ 35 milhões. A Codelco quer que outras empresas comprem
capacidade no gasoduto na VI Região, que pertence à companhia de transportes
chilena GasAndes, porque "quanto mais usuários de gás a região tiver,
mais baixa a tarifa que temos de pagar", disse Rivas. As geradoras chilenas
Colbun e AES Gener estão considerando projetos termelétricos a gás na
VI Região, mas ambos os projetos enfrentam oposição de vinicultores locais,
que dizem que as usinas seriam localizadas demasiado próximas de suas
terras. (Business News Americas - 02.09.2003) 2 Lucro da EDP no primeiro semestre deverá situar-se entre os 199,7 e 263 mi de euros Os analistas
esperam que, em média, o lucro da EDP tenha recuado para uma média de
217,6 milhões de euros, contra os 231 milhões registrados no mesmo período
de 2002. A eventual queda dos resultados da EDP ocorrerá, essencialmente,
em virtude do aumento dos encargos financeiros da empresa. No mesmo período
de tempo as receitas da empresa deverão ter subido para entre 3,24 e 3,48
bilhões de euros, contra 3,06 bilhões de euros no primeiro semestre do
ano passado, enquanto o EBITDA terá aumentado de 746 milhões de euros
para entre 868,7 e 937 milhões de euros. (Diário Econòmico - 02.09.2003) 3 Bancos vão emprestar US$ 2,2 bi para NRG Energy Os bancos Credit Suisse First Boston e Lehman Brothers concordaram em realizar um empréstimo de US$ 2,215 bilhões a NRG Energy, a partir do momento que a empresa consiga sair do estado falimentar em que se encontra, o que deve acontecer no final deste ano. A NRG pretende utilizar esse financiamento para sanar um "montante significante" de débitos não - asseguráveis de suas subsidiárias do sul e Centro-Sul dos Estados Unidos, segundo anúncio da Corte de Falências dos EUA. (Platts - 29.08.2003) 4
NRG Energy recebe prazo maior para apresentar planos de reestruturação
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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