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IFE: nº 1.183 - 29 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Banco BES Securities considera positiva capitalização para as distribuidoras
2 Abeer questiona valores econômicos do Proinfa
3 Sugestões sobre os VEs serão analisadas, diz Laura Porto
4 Estudo de viabilidade de usinas no Rio Madeira fica pronto até março
5 Retomada das obras das eclusas de Tucuruí é aprovada por Comissão Mista de Orçamento
6 Isentos já pagam tarifa reduzida no PR
7 Governo do RS apresenta política energética
8 Setor de energia lidera investimentos portugueses no Ceará
9 Núcleo de infra-estrutura do PT discute novo modelo do SEE

Empresas
1 BNDES admite comprar Eletropaulo
2 Furnas fecha semestre com lucro de R$ 518 mi
3 Situação financeira de Furnas está praticamente equacionada, diz presidente da estatal
4 Negociações para participação de Furnas na hidrelétrica Peixe Angical estão adiantadas
5 Alusa e Hydro-Québec formam parceria
6 CEEE tenta desbloquear conta
7 Eletrosul participa de lançamento do Programa Primeiro Emprego
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Presidente do ONS descarta riscos nos reservatórios do NE
2 LT Manaus-Urucum pode resolver problema de geração de Manaus, diz diretor da Eletrobrás
3 Região Norte está tem queda de 0,79% no consumo dos últimos sete dias
4 Volume armazenado na região Norte está em 65,38%
5 A capacidade está em 34,79% no subsistema Nordeste
6 Reservatórios estão com 60,3% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste
7 Volume armazenado na região Sul está em 48,94%
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE divulga lista para leilão de excedente de energia

Gás e Termelétricas
1 Secretário de gás do MME defende implantação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre
2 Cemig apresenta novo sistema de co-geração
3 Bi-tributação da biomassa é questionada pela Fiesp
4 Petrobras vai querer compensações se critério de escolha da nova refinaria não respeitar exigências técnicas
5 Autorizada implantação da termo Klotz Corumbá

Economia Brasileira
1 Nova versão para a lei do PPP está sendo finalizada pelo Governo
2 Investimento das estatais deve crescer 29% em 2004
3 Maior parte dos investimentos será da Petrobras

4 Tarifas públicas são a principal causa da inflação, diz BC
5 PIB recua 1,6% no 2.º trimestre
6 Para Planejamento, recuo se deve a aperto monetário e fiscal
7 Falta de investimento pode provocar gargalo
8 Ipea prevê nova retração dos investimentos
9 Para Stiglitz, governo tem de focar em empregos
10 Consumo pode iniciar retomada, afirma UFRJ

11 IGP-M tem alta de 0,38%

12 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Falha no circuito da National Grid foi responsável por apagão em Londres, afirma porta-voz da EDF Energy
2 Ofgem: Investimentos no sistema britânico de energia são superiores aos realizados nos EUA
3 Diretoria do ExIm nega empréstimo de US$ 200 mi a Camisea
4 Governo espanhol decide em breve sobre direitos de voto da EDP na Hidrocantábrico

 

Reestruturação e Regulação

1 Banco BES Securities considera positiva capitalização para as distribuidoras

A liberação de R$ 3 bilhões em recursos do governo para as distribuidoras refletirá positivamente, no curto prazo, na posição de caixa e no perfil financeiro de cada uma das empresas que conseguirem receber o financiamento do BNDES. A opinião é do banco BES Securities, em relatório divulgado hoje, a respeito da confirmação do aporte do banco estatal no programa de capitalização do setor de distribuição de energia elétrica. Do lado negativo, diz o comentário publicado nesta quinta-feira, dia 28 de agosto, está o fato de a Eletropaulo, maior distribuidora do Brasil, não fazer parte do programa, por estar inadimplente com o BNDES. (Canal Energia - 28.08.2003)

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2 Abeer questiona valores econômicos do Proinfa

A elevação dos valores econômicos (VEs) do Proinfa e a inclusão da energia solar nos projetos de universalização do abastecimento de energia elétrica estão entre os principais pontos do documento que a Associação Brasileira das Empresas de Energia Renovável (Abeer) vai entregar ao Ministério de Minas e Energia no início de setembro. O texto, no qual a entidade vai apresentar propostas para estimular o segmento, está sendo elaborado no Congresso Internacional sobre Energias Renováveis, que será encerrado hoje, em Olinda. O Proinfa é considerado pela Abeer como estratégico para impulsionar a segmento. "Mas, os VEs propostos pelo governo não remuneram os investidores", aponta o presidente da associação, Roberto Baldini, sem revelar os valores que a entidade defende no documento. Quanto à universalização, a idéia é que a geração a partir de painéis fotovoltáicos seja amplamente utilizada em áreas de difícil inclusão nos sistemas das distribuidoras de eletricidade, em especial nas zonas rurais em todo o País e nas localidades da região Norte. "Já existem diversos projetos de energia solar no interior de estados como Bahia e Ceará", defende Roberto Baldini. Só na Bahia, existem nove mil unidades consumidoras atendidas por painéis fotovoltaicos. A Abeer deseja que estas iniciativas se transformem em ações consistentes. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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3 Sugestões sobre os VEs serão analisadas, diz Laura Porto

A diretora de Energias Renováveis do MME, Laura Porto, afirmou ontem que as sugestões encaminhadas no âmbito das audiências públicas sobre os VEs, encerradas em 15 de agosto, já estão sendo analisadas. A média dos VEs definidos pelo governo é R$ 123,55 para o MW de energia de biomassa, R$ 201 para o de eólica e R$ 125,09 para o de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A diferença entre o VE e o valor normativo (VN) - preço máximo ao consumidor - será coberta pelos subsídios do Proinfa. Nas audiências, foram apresentadas 85 contribuições, das quais 26 consideradas passíveis de avaliação. A diretora ressaltou que a principal queixa verificada foi a taxa de retorno dos empreendimentos, fixada pelo ministério em 14%. Os investidores reivindicaram 18%. Os governadores dos estados do Norte e Nordeste, por sua vez, reclamam da proposição do governo federal de VEs mais baixos nas duas regiões. Laura Porto explicou que os estados nordestinos e do Norte contam com incentivos fiscais, que foram levados em consideração. A diretora disse ainda que até novembro será realizado o processo de chamada pública para que as empresas interessadas no Proinfa apresentem suas propostas. Os contratos têm previsão de assinatura em abril de 2004. Mas, no caso da biomassa, a expectativa é que não se atinja a meta de 1,1 mil MW contratados. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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4 Estudo de viabilidade de usinas no Rio Madeira fica pronto até março

O presidente de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues, disse ontem que os estudos de viabilidade de duas usinas no Rio Madeira devem estar prontos entre fevereiro e março do próximo ano. "A previsão é que a obra seja licitada no final de 2004 ou início de 2005", disse, reforçando, entretanto, que trata-se apenas de uma estimativa. "O projeto vai ficar na prateleira até receber orientação da Eletrobrás e do Ministério de Minas e Energia". Segundo Rodrigues, as duas usinas - com potência total de aproximadamente 7,5 mil MW - devem ter um total de 102 turbinas, o que deve gerar encomendas para a indústria nacional. Além disso, a previsão é que, durante a obra, que pode levar até 14 anos, sejam gerados cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, outras vantagens do projeto seriam baixo impacto ambiental (por não haver uma grande área inundada), a transformação do Madeira num rio navegável (o que reduziria os custos de transporte na região) e o estabelecimento de pontes para a população local. O executivo demonstrou grande otimismo com relação aos financiamentos para a construção das usinas. "Qualquer um investe em energia a R$ 51 por MWh", disse, referindo-se às estimativas de preço para a energia gerada no projeto. Segundo Rodrigues, as obras devem receber investimentos da ordem de US$ 4,5 bilhões. Esses recursos devem sair do caixa da estatal. Mas o modelo de financiamento dos projetos vai ser desenhado apenas depois que forem estabelecidos parâmetros básicos, como os estudos de viabilidade. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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5 Retomada das obras das eclusas de Tucuruí é aprovada por Comissão Mista de Orçamento

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou ontem, por unanimidade, a retomada das obras das eclusas de Tucuruí, no rio Tocantins. Com R$ 62 milhões previstos no Orçamento Geral da União deste ano, as eclusas não receberam qualquer recurso por causa da paralisação do empreendimento, determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) depois que foram detectadas irregularidades na execução das obras. A matéria segue agora para apreciação pelo plenário do Congresso. A aprovação veio depois de os parlamentares terem examinado o Aviso nº 081/2002, que o TCU encaminhou ao Congresso Nacional. O documento informou os parlamentares de que a auditoria realizada pelo TCU nas obras de construção das eclusas - relatada no processo TC nº 004.068/2002-1 - constatou que haviam sido sanadas as irregularidades detectadas anteriormente e que motivaram a suspensão das obras. (O Liberal - 29.08.2003)

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6 Isentos já pagam tarifa reduzida no PR

O projeto de lei que o governador Roberto Requião (PMDB) enviou à Assembléia Legislativa para isentar cerca de 200 mil consumidores residenciais da tarifa de energia elétrica não vai extinguir a tarifa social, que prevê a redução escalonada da conta da luz e hoje beneficia 500 mil ligações de energia no estado. Segundo informou ontem a Copel , a maior parte dos 200 mil consumidores de baixa renda que terão as contas pagas pelo estado - ao custo de R$ 24 milhões ao ano - já são contemplados pela tarifa reduzida. Os outros 300 mil, que também são clientes de baixo consumo, continuarão pagando tarifa menor. Na regra estadual, que foi enviada à Assembléia Legislativa pelo governador, e deve ser votada na próxima segunda-feira, serão beneficiadas residências com consumo de até 100 KW/h ao mês, cujos moradores sejam amparados pelos programas sociais do governo federal. Segundo informações da Copel, o governo estadual deverá pagar à empresa pelas contas dos consumidores isentados da tarifa. O dinheiro provavelmente sairá dos dividendos que o governo tem direito a receber como acionista majoritário da companhia de energia. O programa, batizado por Requião de "Luz Fraterna", foi aprovado na última quarta-feira pelas comissões de Finanças e de Justiça da Assembléia Legislativa do Paraná. (Gazeta do Povo - 29.08.2003)

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7 Governo do RS apresenta política energética

Investimentos na expansão da geração no estado e o programa de universalização serão focos do programa da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do RS. O secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, apresentará a política energética do estado e as metas e projetos da secretaria para os próximos anos para empresários e lideranças políticas da região da fronteira. Os investimentos na expansão da geração no estado e o programa de universalização serão os focos da palestra do secretário. O secretário estima que o projeto, que será iniciado em 2004, custará R$ 400 milhões. Já o outro projeto pretende tornar o estado auto-suficiente na área de geração em 2008. Hoje, o Rio Grande do Sul recebe 34% da energia de outros estados e de países vizinhos. Os investimentos na área de geração incluem projetos hidrelétrico, eólico, mineral e de biomassa de casca de arroz e serragem.Valdir Andres, em recente audiência com o governador Germano Rigotto e com um grupo de empresários estrangeiros, apresentou projetos de investimentos de US$ 1,6 milhões na geração de energia. (Canal Energia - 28.08.2003)

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8 Setor de energia lidera investimentos portugueses no Ceará

O setor de energia, com oito empresas entre usinas eólicas e termelétricas, lidera o ranking dos investimentos portugueses no Ceará. A migração de capital para o segmento começou em 1998, com a privatização da Coelce, adquirida pelo consórcio Distriluz, formado por Enersis-Endesa e Cerj, esta última ligada ao grupo Eletricidade de Portugal (EDP), que participou com 7,67% dos R$ 987 milhões do global aplicado na aquisição da empresa. Nos últimos 6 anos, os empresários portugueses investiram algo em torno de US$ 140 milhões no Estado, valores atualizados, incluindo na soma a participação da EDP na compra da Coelce. O Ceará abriga hoje 184 empresas com aporte de recursos portugueses, cerca de 70% dos empreendimentos concentrados em Fortaleza. Aportes dirigidos para o setor de energia, juntamente com as áreas de hotelaria, construção civil e turismo, respondem por algo em torno 80% dos recursos aplicados no Ceará, acrescenta o advogado Rômulo Alexandre Soares, presidente Câmara Brasil-Portugal no Ceará de Comércio, Indústria e Turismo (CBPCE). (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)


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9 Núcleo de infra-estrutura do PT discute novo modelo do SEE

O núcleo de infra-estrutura do PT na Câmara, coordenado pelo deputado Fernando Ferro, recebeu, na reunião da última quarta-feira (27) o diretor de Engenharia da Eletronorte, Israel Bayman, e a consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia, Erenice Guerra. Durante a reunião foram levantadas algumas sugestões sobre o novo modelo do setor elétrico, sobre o projeto de lei que trata da universalização de energia elétrica e sobre a Medida Provisória 127/2003, que dispõe sobre a criação do Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica. Além disso, foi definida a nova data da viagem dos integrantes do núcleo de infra-estrutura a Tucuruí (PA), para, juntamente com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, realizar um amplo debate sobre o novo modelo do setor elétrico. A visita está agendada para a primeira semana de outubro. Os deputados petistas discutiram, ainda, a participação da Eletronorte na questão da interligação dos sistemas de energia na Amazônia. (NUCA - 29.08.2003)

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Empresas

1 BNDES admite comprar Eletropaulo

A Eletropaulo Metropolitana, distribuidora paulista de eletricidade, deverá ser incorporada ao patrimônio do BNDES caso não haja nenhum comprador no leilão das ações da empresa, que será realizado nos próximos meses. O vice-presidente do banco, Darc Costa, não vacilou ao ser indagado sobre a retração dos investidores de energia elétrica: se não houver interessado, o BNDES compra a distribuidora. Segundo ele, a instituição confia na recuperação do setor. ''Além disso, trata-se da maior concessionária da América Latina, da maior geradora de caixa do setor'', argumentou. Mas essa não seria uma solução permanente. A intenção do banco é esperar a valorização das ações da empresa e reprivatizá-la. Isso porque a instituição precisa do dinheiro perdido com o calote da americana AES, que controla a distribuidora. (Jornal do Commercio - 29.08.2003)

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2 Furnas fecha semestre com lucro de R$ 518 mi

Furnas fechou o balanço do primeiro semestre do ano com um lucro de R$ 518 milhões, segundo informou nesta quinta-feira, em São Paulo, o presidente da estatal, José Pedro Rodrigues. A conclusão da liquidação dos negócios no MAE contribuiu para o resultado da empresa. Outro ponto que influenciou o desempenho foi a renegociação com as empresas que compram energia de Furnas. (Canal Energia - 28.08.2003)

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3 Situação financeira de Furnas está praticamente equacionada, diz presidente da estatal

O presidente de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues disse durante o 4o Encontro de Negócios de Energia Fiesp/Ciesp, que a situação financeira da estatal está praticamente equacionada. Depois de iniciar a gestão em janeiro com problemas de caixa da ordem de R$ 500 milhões, a companhia acaba de concluir as negociações com a CEB para pagamento das dívidas da empresa, que chegam a R$ 190 milhões. O prazo de pagamento é de 12 anos. No encontro, Rodrigues disse ainda que espera chegar a um acordo, em breve, com a Celg, sobre débitos em atraso da concessionária goiana com o Grupo Eletrobrás. "As negociações com a Celg seguem o mesmo rumo", disse, ressaltando que as duas empresas estão pagando regularmente as contas de suprimentos atuais. Furnas também conseguiu negociar com as distribuidoras que o pagamento da energia fosse feito em dia, o que fez com que não houvesse novos endividamentos. (Gazeta Mercantil e Estado de São Paulo- 29.08.2003)

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4 Negociações para participação de Furnas na hidrelétrica Peixe Angical estão adiantadas

José Pedro Rodrigues informou também estarem adiantadas as negociações para compra de parte da participação da EDP no projeto da hidrelétrica Peixe Angical, em construção no rio Tocantins. "Trabalhamos com a possibilidade de concluir as negociações em 15 dias", informou. A concessão da usina Peixe Angical pertence a um consórcio formado pela EDP e pelo Grupo Rede, no qual o grupo português tem participação majoritária de 95%, segundo informações da empresa. O projeto, orçado em R$ 1,2 bilhão, terá capacidade de geração de 450 MW. As obras das usinas, ainda na fase inicial, encontram-se paralisadas, segundo ele. A urgência na conclusão da operação se deve, segundo Rodrigues, à aproximação da fase das chuvas. As empresas que participam do projeto teriam de retomar as obras rapidamente, antes que do período de chuvas. "Se não for agora, as negociações só terminarão em um ano". (Estado de São Paulo - 29.08.2003)

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5 Alusa e Hydro-Québec formam parceria

A estatal canadense Hydro-Québec TransÉnergie e a brasileira Alusa acabam de formar uma parceria de olho nas metas de universalização estabelecidas pela Aneel. As duas empresas querem vender projetos de SCC-3, tecnologia criada pela Hydro-Québec que consiste na implantação de mini-subestações próximas de linhas de transmissão, de onde é extraída a energia, para abastecer comunidades não atendidas pelos sistemas de distribuição. A estratégia das duas empresas é atuar preferencialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O principal motivo dessa escolha é que essas regiões têm baixos índices de universalização. O programa de universalização da Aneel prevê para o próximo ano o atendimento a 43% dos domicílios que atualmente não estão ligados à rede de iluminação. O diretor de comércio exterior da Alusa, Guilherme de Godoy Pereira afirma que a parceria com a estatal canadense prevê a utilização de equipamentos nacionais na implantação das mini-subestações. "A Hydro-Québec vai entrar com a tecnologia e a Alusa com a integração do projeto, ou seja, a parte física da implantação. Pelo menos 95% dos equipamentos necessários para viabilizar os projetos são fabricados no Brasil", afirma. O diretor comercial da Hydro-Québec Internacional, David Crouch, responsável na empresa pelos mercados brasileiro e asiático, afirma que a empresa já desenvolve projetos de SCC-3 no Canadá e pretende começar a atuar no mercado brasileiro com a estratégia de consolidar as metas de universalização. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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6 CEEE tenta desbloquear conta

Está marcada para as 20h30min de hoje, na Vara do Trabalho de Bagé, a audiência conciliatória entre a CEEE, os reclamantes e o Ministério Público do Trabalho, referente ao bloqueio das contas da companhia determinado pela juíza Ana Ilca H. Saalfeld, em 14 de agosto, para pagamento de cinco ações trabalhistas. Os processos referem-se à solicitação de vínculo empregatício, desde 91, somando R$ 1,7 milhão. No dia 20, diretores da CEEE apresentaram à juíza pedido de reconsideração e argumentaram a crítica situação financeira da CEEE. (Correio do Povo - 29.08.2003)

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7 Eletrosul participa de lançamento do Programa Primeiro Emprego

Primeira estatal do País a aderir ao Programa Primeiro Emprego, do governo federal, a Eletrosul participa hoje do evento de lançamento do programa no Paraná. O gerente da Regional de Manutenção da empresa, Jorge Felipe Carminati Grein, representará o presidente da empresa, Milton Mendes, na solenidade, no Iate Clube de Londrina. O programa vai beneficiar inicialmente cerca de 200 jovens nos quatro estados onde a empresa atua Eletrosul. (O Paraná - 29.08.2003)

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8 Curtas

A Celesc abre licitação para contratação de empresa de engenharia para prestação de serviços, com fornecimento de material, para execução da eficientização energética de unidades de iluminação pública. O prazo vai até 2 de setembro. (Canal Energia - 29.08.2003)

A Copel licita prestação de serviços de substituição de cabos pára-raios, num total de 55.100 metros, na linha de transmissão Ubiratã / Mamboré. O prazo termina em 15 de setembro. (Canal Energia - 29.08.2003)

Furnas abre processo para contratação dos serviços de modernização das unidades geradoras 1 a 6, da Usina Hidrelétrica Furnas. O prazo encerra em 15 de setembro e o preço do edital é de R$ 10,00. (Canal Energia - 28.08.2003)

A Aneel licita contratação de empresa para prestação de serviços técnicos especializados de engenharia para monitoramento intensivo das obras das pequenas centrais hidrelétricas e usinas hidrelétricas, em implantação, que fazem parte do programa de expansão de geração hidrelétrica de 2003 e 2004, nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e norte. O prazo termina em 11 de setembro. (Canal Energia - 29.08.2003)

A CEEE abre processo para aquisição de ferramentas para estoque e montagem de equipes de emergência e fiscalização na gerência regional de Pelotas. O prazo vai até 3 de setembro. (Canal Energia - 29.08.2003)

A Cteep abre licitação para manutenção mecânica na transmissão marca Clark, instalada no Galion, modelo 125 A, com fornecimento de mão de obra e material. O edital pode ser obtido no site ao custo de R$ 20,00 na versão impressa, ou gratuitamente, mediante apresentação de um disquete hd 3 1/2, formatado. O prazo encerra em 16 de setembro. (Canal Energia - 29.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Presidente do ONS descarta riscos nos reservatórios do NE

O sistema elétrico do Nordeste não enfrentará problemas no fornecimento de energia devido à falta de chuvas, que mantém os reservatórios da região com níveis inferiores aos do ano passado. A garantia é do presidente do ONS, Mário Santos. Santos garantiu que os reservatórios chegarão a novembro com um nível de enchimento bem acima da curva de segurança estabelecida pelo órgão, o que deverá dispensar o uso das usinas emergenciais instaladas na região. ''Além disso, a interligação entre os sistemas Sul/Sudeste e Norte/Nordeste deverá permitir ao Nordeste a energia necessária para atender ao consumo'', disse o presidente do ONS. Segundo dados do ONS, o nível médio de enchimento dos reservatórios nordestinos atingiu na semana passada 35,8%. No ano passado, o nível de enchimento médio era, na mesma época do ano, de 44,19%. Mesmo assim, segundo Santos, os reservatórios do Nordeste estão ainda 20 pontos percentuais acima da curva de segurança determinada pelo ONS. (O Povo - 29.08.2003)

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2 LT Manaus-Urucum pode resolver problema de geração de Manaus, diz diretor da Eletrobrás

O diretor de engenharia da Eletrobrás, Valter Cardeal de Souza, disse que a interligação de Manaus a Urucum por meio de uma linha de transmissão que passará por Macapá deve equacionar o problema da geração no sistema isolado da capital do Amazonas. Com isso, Manaus deixa de queimar óleo combustível para geração de energia, o que possibilitará uma economia anual de R$ 1,5 bilhão de recursos oriundos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Esses recursos poderão ser usados na amortização das obras. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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3 Região Norte está tem queda de 0,79% no consumo dos últimos sete dias

A região Norte está com queda no consumo de 0,79% nos últimos sete dias. Na última quarta-feira, dia 27 de agosto, o submercado consumiu 2.688 MW médios, contra previsão de 2.636 MW médios do ONS. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.858 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado registra queda de 1,45% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema tem baixa de 7,42% no mesmo período. O Nordeste consumiu 6.295 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região está com alta no consumo de 1,29%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o submercado registra queda de 6,4% no período. A região Sul teve consumo de 7.405 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema registra alta de 6,48% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 28.08.2003)

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4 Volume armazenado na região Norte está em 65,38%

A capacidade está em 65,38% no subsistema Norte, uma redução de 0,42% em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí registra 79,61% do volume. (Canal Energia - 29.08.2003)

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5 A capacidade está em 34,79% no subsistema Nordeste

Os reservatórios estão com 34,79% da capacidade no subsistema Nordeste, volume 20,27% acima da curva de aversão 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,2% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 28,53%. (Canal Energia - 29.08.2003)

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6 Reservatórios estão com 60,3% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade está em 60,3% no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 33,78% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,33%. As hidrelétricas de Corumbá I e Marimbondo registram índices de 62,53% e 64,51% , respectivamente. (Canal Energia - 29.08.2003)

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7 Volume armazenado na região Sul está em 48,94%

O volume armazenado da região Sul está em 48,94%. O nível caiu 0,53% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Ernestina registra 57,64% da capacidade. (Canal Energia - 28.08.2003)

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8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 MAE divulga lista para leilão de excedente de energia

O MAE divulgou nesta quinta-feira, dia 28 de agosto, a lista de pré-qualificados para participar do leilão de excedente de energia elétrica, que acontece no dia 5 de setembro. Segundo o mercado atacadista, 54 empresas foram pré-qualificadas como compradoras e sete como vendedoras. O leilão, que terá duração de seis horas, adotará a metodologia de preço decrescente dos lotes. Os preços iniciais estarão disponíveis online a partir das 9 horas no dia do leilão. Os vendedores são a Cesp (SP), CGTEE (RS), Chesf (NE), Eletronorte (N), Emae (SP), Furnas (RJ) e Tractebel (RS). Entre os compradores estão Alcan Alumínio do Brasil, Alunorte, Cia. Paulista de Ferro Ligas, Gerdau S/A e Votorantim Celulose e Papel. (Canal Energia - 28.08.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Secretário de gás do MME defende implantação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre

O secretário de gás do Ministério das Minas e Energia, Luiz Oscar Becker, defendeu a necessidade de construção do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, possibilitando a importação do gás natural da Argentina. Pelo cronograma estabelecido, as obras do gasoduto devem começar em 2004 com término previsto para 2006. O volume inicial de importação do gás argentino será de 4,4 milhões de m³/dia, subindo para 6,4 milhões em 2006 e chegando a 9,4 milhões em 2012.Nesta última fase, já estará operando a reversão do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que levará o produto - mais barato do que o boliviano - até os estados de Santa Catarina e Paraná. Segundo Becker, há vários argumentos que justificam a construção do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre: o Gasbol, no estado do Rio Grande do Sul, está com a capacidade de transporte no limite. Caso a térmica gaúcha venha a entrar em operação, não haverá gás suficiente. Um outro fator que justifica a construção do gasoduto, segundo ele, é o preço mais baixo do gás importado da argentina. Becker disse ainda que a expectativa é de que o produto argentino custe muito menos do pago pelo boliviano. (Canal Energia - 28.08.2003)

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2 Cemig apresenta novo sistema de co-geração

A Cemig apresentou ontem um novo sistema de co-geração de energia elétrica usando o motor Stirling de combustão externa. O sistema, inédito na América Latina segundo a companhia, é capaz de produzir 9 KW de energia elétrica e 24 KW de energia térmica, suficiente para o consumo de 30 famílias. O motor permite trabalhar com diferentes tipos de combustível. Segundo a Cemig, é útil para locais afastados de redes de transmissão. (Valor - 29.08.2003)

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3 Bi-tributação da biomassa é questionada pela Fiesp

O diretor do departamento de infra-estrutura da Fiesp, Sérgio Luiz Bergamini, questionou ontem a incidência do ICMS na biomassa. Ele observou que os insumos como bagaço de cana-de-açúcar, palha de arroz e outros utilizados na produção de energia, ao serem usadas para a produção de produtos finais como açúcar e álcool, já são tributados. Desse modo, a cobrança de impostos sobre a energia produzida a partir desses insumos seria considerada uma bi-tributação. Segundo ele, que participou do 4o Encontro de Negócios de Energia Fiesp/Ciesp, bastaria uma portaria do Ministério de Minas e Energia - que poderia ser incluída no novo modelo do setor elétrico - para que essa questão fosse resolvida. O coordenador de Energias Renováveis do ministério, Carlos Carvalho, respondeu que há um grupo de trabalho discutindo o assunto junto à Receita Federal. "No caso do ICMS, estamos trabalhando para se sugerir uma particularidade na reforma Tributária para o setor elétrico". (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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4 Petrobras vai querer compensações se critério de escolha da nova refinaria não respeitar exigências técnicas

O governo federal tende a escolher Pernambuco como sede da nova refinaria de petróleo do país. A decisão definitiva será tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que admitiu há alguns meses que poderá escolher o estado com base em critérios políticos. A direção da Petrobras, em mais de uma ocasião, afirmou que se o critério de escolha não respeitar exigências técnicas vai exigir algum tipo de compensação. A pressão da estatal venezuelana para que a refinaria seja instalada em Pernambuco estaria pesado na decisão do presidente. Na viagem a Caracas, Lula teria selado com o presidente venezuelano Hugo Chávez a instalação da refinaria perto do Recife. A estatal venezuelana teria considerado outros fatores como a localização geográfica do porto de Suape, em Recife. O local tem melhores condições que as oferecidas pelo Ceará e também é mais perto dos grandes centros consumidores. O presidente da estatal, José Eduardo Dutra, e a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, haviam dito que a decisão seria feita com base em quatro critérios, todos eles técnicos: viabilidade econômico-financeira, proximidade do mercado, facilidade de escoamento da produção e proximidade com as fontes supridoras. (Valor - 29.08.2003)

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5 Autorizada implantação da termo Klotz Corumbá

A Aneel autorizou a empresa Alfred Klotz do Brasil a atuar como produtora independente de energia mediante a implantação da termelétrica Klotz Corumbá, em Mato Grosso do Sul. A usina terá 176 MW de capacidade instalada e deverá entrar em operação comercial até dezembro de 2006. O investimento previsto para a obra é de R$ 211,2 milhões. As instalações também incluem uma linha de transmissão, de 138 kV, que ligará a térmica à subestação de Corumbá, da Enersul. (Gazeta Mercantil - 29.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Nova versão para a lei do PPP está sendo finalizada pelo Governo

O governo está finalizando uma nova versão da lei do PPP (parceria público privado). A intenção é encaminhá-la ao Congresso na semana que vem. O novo texto tem pelo menos um ponto a lamentar, segundo especialistas que acompanham o assunto: Estados que não estão dentro dos parâmetros da Lei Fiscal poderão fazer parcerias. Em versões anteriores do projeto, eles seriam punidos. (Valor - 29.08.2003)

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2 Investimento das estatais deve crescer 29% em 2004

Os investimentos das empresas estatais crescerão 29% em 2004, em relação a este ano, de acordo com a proposta orçamentária encaminhada ontem ao Congresso pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega. Os investimentos das estatais produtivas passarão de R$ 22,92 bilhões este ano para R$ 29,59 bilhões em 2004. Se forem considerados também os investimentos das estatais do setor financeiro (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e demais instituições), que investirão R$ 3,22 bilhões, o total atingirá R$ 32,808 bilhões. Uma nota técnica do Ministério do Planejamento informou que os investimentos feitos pelas empresas estatais apenas no Brasil terão um crescimento de 15% em 2004, em relação a este ano. A nota não especifica em que países as estatais brasileiras realizarão investimentos no próximo ano e nem em que montante. O maior crescimento será dos investimentos da Petrobrás, que passarão de R$ 18,084 bilhões este ano para R$ 24,329 bilhões em 2004, com crescimento nominal de 34,53%. (Valor - 29.08.2003)

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3 Maior parte dos investimentos será da Petrobras

Segundo o Ministério do Planejamento, os investimentos da Petrobras estão de acordo com a meta de buscar a auto-suficiência do país em petróleo até 2007. A maior parte dos investimentos da empresa, segundo o Ministério do Planejamento, será feito na Bacia de Campos e na manutenção e recuperação dos sistemas de produção. O governo informa que as refinarias também serão beneficiadas com R$ 2,4 bilhões, "especialmente na modernização e adequação dos sistemas de produção". O Grupo Eletrobrás investirá R$ 4,124 bilhões, contra os R$ 3,678 bilhões previstos para este ano. O crescimento será de 12,1%. O Ministério do Planejamento informou que parte dos recursos de investimento da Eletrobrás "destina-se à expansão e melhoria dos sistemas de geração de energia elétrica". Para os empreendimentos de transmissão, a Eletrobrás deverá utilizar R$ 1,7 bilhão. Os recursos serão direcionados também para estudos de viabilidade para execução de projetos em parcerias com empresas privadas, segundo informou o ministro do Planejamento, Guido Mantega. (Valor - 29.08.2003)

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4 Tarifas públicas são a principal causa da inflação, diz BC

Ao divulgar a ata da reunião da semana passada, na qual promoveu um corte de 2,5 pontos percentuais na taxa básica de juros (Selic), o Copom deixou claro que a inflação no país só está sendo sustentada pelas tarifas públicas. Não fossem os reajustes da telefonia (25,5%) e da energia elétrica (22,3%) nos últimos meses, os índices seriam negativos. Segundo cálculos do Comitê, os preços administrados e monitorados pelo governo vão subir, em média, 14% este ano, 0,9 ponto percentual a mais do que o previsto no mês passada, por causa da gasolina (4,9%), do gás de cozinha (5,8%). Os diretores do BC avisaram, ainda, que o período de deflação acabou. No dia em que o IBGE mostrou um país em recessão, o Copom reconheceu a necessidade de novas reduções na taxa Selic, como forma de reativar a economia no segundo semestre e no próximo ano, quando o governo espera crescimento de 3,5% do PIB. (Correio Brasiliense - 29.08.2003)

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5 PIB recua 1,6% no 2.º trimestre

O controle da inflação via política monetária austera e a queda na renda real dos trabalhadores provocaram uma recessão técnica no País no primeiro semestre do ano. O PIB caiu 1,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro, que, por sua vez, havia recuado 0,6% ante o trimestre anterior. Na avaliação de analistas econômicos, os dois sinais negativos consecutivos configuram um quadro recessivo. "Foi o preço que tivemos de pagar para o controle da inflação", resumiu o economista Paulo Levy, do Ipea. Ele ressalta, contudo, que os resultados negativos devem ser revertidos a partir deste terceiro trimestre. Com o agravamento do quadro no segundo trimestre, que apresentou também redução de 1,4% ante igual período do ano passado, a economia brasileira fechou o primeiro semestre do ano estagnada, com expansão do PIB de apenas 0,3% na comparação com igual período de 2002. Os resultados foram divulgados ontem pelo IBGE. Levy atribui a desaceleração da economia "à política monetária muito forte, combinada com uma aceleração forte da inflação do final do ano passado até abril deste ano com impacto forte sobre a demanda". (Estado de São Paulo - 29.08.2003)

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6 Para Planejamento, recuo se deve a aperto monetário e fiscal

A assessoria econômica do Ministério do Planejamento afirmou, em nota divulgada ontem, que a queda do PIB no segundo trimestre deste ano foi conseqüência "dos ajustes monetário e fiscal que o governo foi obrigado a implementar para debelar os choques adversos ocorridos em 2002 e conter as expectativas inflacionárias dos agentes econômicos". A nota ressalta, porém, que o resultado das políticas monetárias e fiscal aplicadas no primeiro semestre tem sido a melhoria significativa de todos os fundamentos macroeconômicos. Esse fato, prossegue a nota, vem permitindo a reversão gradual das políticas contracionistas desde junho último. Com isso, "as políticas monetária e fiscal mais expansionistas e inflação cadente começam a se fazer sentir pela elevação do poder de compra dos salários e aumento das vendas". Segundo o Planejamento, indicadores mais recentes apontam para a recuperação do nível de atividade a partir do terceiro trimestre, e a aceleração da produção industrial e das vendas do comércio no último trimestre do ano. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, atribuiu a queda de 1,6% do PIB no segundo trimestre ao ajuste sofrido pela economia em decorrência da crise de 2002. Mesmo com a baixa acima do que era previsto, ele disse que o governo acredita numa reversão já nos dados do terceiro trimestre deste ano, com uma inversão da curva. A partir do quarto trimestre, a economia já estaria em recuperação. (Estado de São Paulo - 29.08.2003)

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7 Falta de investimento pode provocar gargalo

Os números do PIB divulgados ontem pelo IBGE confirmam uma tendência que vem preocupando os analistas econômicos: a de que a falta de investimentos pode vir a ser o gargalo para a retomada do crescimento após o período recessivo que o país atravessou no primeiro semestre. De abril a junho, os investimentos declinaram 9% em relação ao mesmo período de 2002 (a maior queda desde o primeiro trimestre de 2002). Em relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 6,4% - a maior desde o último trimestre de 2001 (6,5%). No primeiro semestre a queda foi de 5,4% em relação ao mesmo período de 2002. Segundo relatório divulgado nesta semana pela consultoria Tendências, comandada, entre outros, pelo ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, as estimativas mais recentes apontam para uma taxa de investimentos de apenas 17,6% do PIB neste ano. Segundo o economista Carlos Thadeu de Freitas, professor do Ibmec, a recuperação econômica que pode estar começando neste trimestre será impulsionada apenas pelo consumo. Segundo ele, a maior dificuldade para a sustentação dessa retomada virá justamente da falta de investimentos, tanto em novos projetos industriais como em obras de infra-estrutura. (Folha de São Paulo - 29.08.2003)

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8 Ipea prevê nova retração dos investimentos

O investimento fixo ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) poderá apresentar queda pelo segundo ano consecutivo, conforme previsões de Mérida Medina, economista do Ipea, que trabalha com este indicador. "Isto retarda mais o crescimento e tira a sua força", disse. No ano passado, essa taxa, que mede os investimentos do país, caiu 4,1% e, este ano, no primeiro semestre, já declinou 6,5% .No segundo trimestre ante igual trimestre do ano passado, a retração foi recorde de 11,1%. A construção civil, com peso de 70% no cálculo do investimento, foi quem derrubou o índice. Mérida destacou que, entre janeiro e junho ante o mesmo período de 2002, o consumo aparente de máquinas e equipamentos encolheu 11,6%. "Esta conta reflete o que se consome internamente de máquinas e equipamentos", disse, lembrando que uma queda dessa magnitude no consumo de bens de capital só ocorreu no primeiro trimestre de 1999. Para Mérida é difícil pensar em recuperação do investimento no segundo semestre, pois as decisões de investir são tomadas no longo prazo. "Por muito que melhorem as condições objetivas da economia o empresário tem de ter certeza que terá uma situação permanente de melhoria e crescimento. (Valor - 29.08.2003)


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9 Para Stiglitz, governo tem de focar em empregos

A retração do PIB divulgada ontem é um sinal de que o governo tem que focar sua política monetária mais em emprego e crescimento, e não tanto em inflação. A opinião foi expressada ontem pelo economista Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel em 2001. "Eles [o governo] estavam um pouco entusiasmados demais com a inflação. Espero que tirem uma lição dessa experiência", disse. Apesar disso, Stiglitz lembrou que o fortalecimento de economias globais, principalmente a americana, "pode trazer benefícios para o Brasil". Por outro lado, o economista Albert Fishlow, diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Columbia, de Nova York, elogiou a política monetária do Banco Central. "Depois do fato, sempre se pode criticar. Mas a inflação anual, que estava na ordem de 14%, já se aproxima da meta", disse ele, ao ser questionado se o BC foi rigoroso demais em relação aos juros. Apesar disso, Fishlow afirmou que o resultado negativo do PIB foi conseqüência da "continuidade das políticas anteriores de reduzir taxas inflacionárias". (Folha de São Paulo - 29.08.2003)

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10 Consumo pode iniciar retomada, afirma UFRJ

A retomada do crescimento econômico deverá ocorrer ainda neste segundo semestre, impulsionada pelo aumento do consumo das famílias (com destaque pela demanda de bens duráveis ) e do consumo do governo, prevê Francisco Eduardo Pires de Souza, coordenador do Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia (IE), da UFRJ. Segundo Souza, juntos, eles respondem por 78% dos componentes da demanda no PIB. O consumo das famílias tem peso de 60% no produto real, e o do governo, de quase 20%. Em trabalho divulgado no último boletim Economia & Conjuntura, do IE, Pires revisita quatro períodos recessivos ocorridos no país entre 1995 e 2001, caracterizados por dois trimestres consecutivos de queda do PIB, e conclui que em três deles a retomada se deu pelo consumo. "O exame das recessões anteriores mostra que não existe um padrão único de recuperação, porém em três dos quatro casos, a expansão do consumo das famílias deu a maior contribuição para a recuperação, sendo que no primeiro trimestre de expansão pós-recessão essa contribuição respondeu pela metade ou mais do crescimento observado do PIB". Pires prevê melhoria do consumo acontecendo por conta da queda dos juros, demanda reprimida, oferta de crédito e melhoria das expectativas. Ele não espera uma recuperação imediata da recomposição do emprego e da renda, mas acredita que a renda também pare de cair por conta da queda da inflação. (Valor - 29.08.2003)

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11 IGP-M tem alta de 0,38%

A inflação medida pelo IGP- M deu um salto de julho para agosto - passou de menos 0,42% para alta de 0,38%. Presssionado pela aceleração de preços no atacado e por dissídios de mão-de-obra, o índice voltou a ter variação positiva após ter registrado deflação em três meses consecutivos. ''Realmente, foi consolidado um movimento de fim da deflação'', disse o Coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Para setembro, Quadros prevê um resultado um pouco acima do 0,38% em setembro. Segundo o economista, a diferença entre os índices de agosto e setembro dependerá quase que exclusivamente da decisão sobre qual será o índice de reajuste nas tarifas de telefonia. (Valor - 29.08.2003)

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12 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial mantém leve valorização neste final de manhã tranqüila no mercado interbancário. Às 12h02m, a moeda americana subia 0,16%, cotada a R$ 2,960 na compra e R$ 2,963 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou com ligeira queda de 0,03%, a R$ 2,9550 na compra e a R$ 2,9580 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 29.08.2003)

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Internacional

1 Falha no circuito da National Grid foi responsável por apagão em Londres, afirma porta-voz da EDF Energy

O apagão ocorrido nessa quinta-feira (28) em Londres e no Sul da Inglaterra foi causados por uma falha nos circuitos do National Grid, informou um porta-voz da EDF Energy, que opera a rede de distribuição local em Londres. A porta-voz não soube informar a extensão do problema e afirmou que a EDF Energy vai discutir o problema com a National Grid Transco, que opera a rede de transmissão nacional. (Platts - 28.08.2003)

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2 Ofgem: Investimentos no sistema britânico de energia são superiores aos realizados nos EUA

O regulador de energia do Reino Unido, Ofgem, informou nessa sexta-feira que os investimentos de 716 milhões de libras esterlinas realizados anualmente, desde de 2001, no sistema de rede de transmissão de energia nacional tem o mesmo valor financeiro do que o investido nos Estados Unidos, mas um valor real muito superior ao norte-americano, visto que o sistema dos Eua é quinze vezes maior que o britânico. (Platts -29.08.2003)

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3 Diretoria do ExIm nega empréstimo de US$ 200 mi a Camisea

O conselho diretor do banco americano Export Import Bank (ExIm) rejeitou um empréstimo de US$ 200 milhões à parte upstream do projeto de gás natural peruano Camisea, devido a preocupações ambientais. "Estou muito entusiasmado com a notícia. Não tem precedentes. Geralmente quando [uma proposta de empréstimo] chega ao nível do conselho diretor, significa que será aprovada", disse a BNamericas Atossa Soltani, diretor executivo da Amazon Watch. Os membros do conselho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) disseram ao Amazon Watch e a outros grupos ambientais que o voto contrário do Ex-Im causaria "problemas" para que eles aprovassem um pacote de empréstimo de US$ 135 milhões para o projeto downstream, disse Soltani. O conselho do BID deve votar no dia 10 de setembro. "Estamos sabendo da decisão do banco Ex-Im, e o BID vai avaliar as implicações financeiras e ambientais em relação à consideração do BID quanto ao financiamento do componente downstream do projeto Camisea, que está em vista", disse o Dan Drosdoff, porta-voz do BID. Grupos ambientalistas, entre eles o Amazon Watch, querem que o consórcio upstream pare de fazer perfurações dentro da reserva indígena NK e leve a planta de fracionamento de gás do departamento de Pisco para longe da reserva marinha Paracas. (Business News Americas - 29.08.2003)

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4 Governo espanhol decide em breve sobre direitos de voto da EDP na Hidrocantábrico

O Governo espanhol vai decidir em breve se irá ou não levantar as restrições aos direitos de voto da EDP na Hidrocantábrico, disse o Secretário de Estado da Energia espanhol, José Folgado. "Vamos tomar uma decisão sobre este assunto num futuro próximo", afirmou Folgado. A EDP, por ser em parte controlada pelo Governo português, tem os seus direitos de voto na quarta maior elétrica espanhola limitados a 3%, apesar de a sua participação financeira chegar a 40%. A Lei espanhola limita os direitos de voto dos acionistas oriundos de países que não tenham liberalizado os seus mercados elétricos, dentre os quais se encontra Portugal. (Diário Econòmico - 28.08.2003)

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