l IFE:
nº 1.181 - 27 de agosto de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Tolmasquim: Distribuidoras poderão repassar erros nas previsões de oferta e demanda para as tarifas Os consumidores
vão dividir com as distribuidoras o risco embutido nos contratos de fornecimento
de energia elétrica de longo prazo, previstos no novo modelo do setor.
De acordo com o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, as empresas
de distribuição poderão repassar para as tarifas eventuais erros nas previsões
de oferta e demanda de eletricidade que vão definir a remuneração das
geradoras de energia, mas apenas até um determinado limite. A distribuidora
terá de arcar com o que exceder essa margem de erro aceitável. Uma das
principais queixas das distribuidoras quanto ao novo modelo do setor energético
diz respeito justamente à exigência de preverem suas necessidades de energia
num horizonte de cinco anos, de modo a garantir a remuneração das geradoras.
"Ao garantir a remuneração dos investimentos em geração, garantimos a
segurança de fornecimento. E a modicidade tarifária será garantida porque
o preço da energia será calculado pela média das usinas mais baratas e
mais caras." (Estado de São Paulo - 27.08.2003) 2 Situação financeira das distribuidoras vai depender de esforço conjunto, diz Dilma A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem que a discussão da situação
financeira complicada de boa parte das distribuidoras de energia elétrica
do País vai depender de esforço conjunto de bancos, credores e acionistas.
"Daí é possível discutir como os créditos estatais participam desse processo",
disse. Ela acrescentou que a atuação do governo se daria apenas via BNDES,
na medida em que o banco é credor de várias dessas empresas. "Não há um
horizonte para que isso possa ser definido. Não tenho os valores", disse.
Segundo a ministra, tais negociações devem se referir apenas aos problemas
relativos à queda de consumo registrada durante e após o racionamento,
e não com a perda de valor dos ativos e às variações do câmbio. (Gazeta
Mercantil - 27.08.2003) 3 Governo estuda medida para impedir encarecimento de tarifas das regiões Norte e Nordeste O secretário
do MME, Maurício Tolmasquim, disse que o governo está estudando meios
de impedir que as tarifas nas Regiões Norte e Nordeste - hoje mais baixas
do que no resto do País - encareçam quando for estabelecido um preço médio
para a energia, conforme prevê o novo modelo. "Precisaremos definir uma
política pública que permita não aplicar a média nestas regiões", disse
Tolmasquim, que participou ontem do 4.º Encontro de Negócios de Energia,
promovido pela Fiesp. (Estado de São Paulo - 27.08.2003) 4
Criação de tarifas diferençadas para Norte e Nordeste é debatida em evento
da Fiesp 5 Entidades cobram soluções no Encontro de Negócios de Energia A demora
do governo em detalhar seu projeto e iniciar a transição para o novo modelo
do setor elétrico pode levar à paralisia das obras de geração, comprometendo
a expansão da oferta de energia necessária para evitar novos racionamentos
no país nos próximos anos. A advertência foi feita ontem por empresários
de diversos setores à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, durante
o 4º Encontro de Negócios de Energia, promovido pela Fiesp. De acordo
com o presidente da Abdib, José Augusto Marques, a incerteza sobre as
novas regras ainda é muito grande. Em sua opinião, o projeto formulado
pelo ministério ainda não constitui um modelo, mas um "conjunto de bases
conceituais". Para o presidente em exercício da Abinee, Ruy de Salles
Cunha, a elevada taxa de ociosidade do setor, de até 50% em algumas empresas,
é fruto da paralisação dos investimentos. A ministra Dilma Rousseff reagiu
negando que as indefinições que persistem sobre os detalhes do novo modelo
energético tenham paralisado as obras de novas usinas já em andamento.
Segundo Dilma, as obras já em andamento devem acrescentar ao sistema 2.790
MW ainda este ano, com investimentos da ordem de R$ 5,8 bilhões. Para
2004, afirmou, há a previsão da entrada em operação de projetos com capacidade
para gerar mais 5.012 MW, fruto de US$ 6,6 bilhões em investimentos. Segundo
a ministra, nos últimos anos investimentos permitiram a modernização dos
sistemas de interligação e transmissão. Além, disso, o racionamento de
2001 derrubou o consumo interno para níveis daquela época. Segundo a ministra,
hoje há sobra de energia da ordem de 16% da capacidade de geração do país.
(O Globo - 27.08.2003) 6 Abradee reclama da carga tributária no setor elétrico Fernando
Cézar Maia, diretor jurídico da Abradee e representante da associação
na IV Enercon, reclamou da pesada carga tributária no setor. "De tudo
que se arrecada, 29% vão para o pagamento de tributos, e o restante é
para dividir entre distribuidoras, geradoras e transmissoras", disse.
Por conta disso, defendeu que as distribuidoras não podem assumir "todos
os riscos do novo modelo". Em relação aos impostos, a determinação do
Ministério é de que o setor se mobilize na reforma tributária. Mas, isso
será muito difícil, ainda mais que o ICMS de energia é uma das principais
fontes de recursos dos Estados. O medo com a alta de custos vem também
da implantação do planejamento e de existência de uma reserva de segurança
(para evitar racionamentos futuros), o que pode implicar aumento do preço
para os consumidores. Tolmasquim, afirmou que, por exemplo, se uma recessão
mundial afetar as previsões de mercado e o consumo sofrer uma grande retração,
essa conta poderá ser absorvida pelos consumidores.A grande queixa das
distribuidoras é que há dificuldade no repasse dos custos não-gerenciáveis
(custos cambiais, por exemplo). "Esse ponto precisa ser equacionado",
afirmou o diretor jurídico da Abradee, Cezar Maia. (Valor - 27.08.2003) 7 Governo ampliará fornecimento de energia a usuário carente Os recursos da Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE), que seriam utilizados para financiar a expansão da geração a partir de fontes alternativas, serão direcionados para o financiamento da universalização do fornecimento e da tarifa de baixa renda. O anúncio foi feito ontem pela ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, durante o 4º Encontro de Negócios de Energia. Segundo a ministra, para a expansão das fontes alternativas serão utilizados "mecanismos de mercado", sujeitos a uma limitação do repasse dos custos dessa energia a um reajuste máximo de 0,5% nas tarifas. A expectativa da ministra é de que serão atendidos 400 mil domicílios a partir de 2004. O ministério planeja antecipar as metas de universalização do fornecimento de energia, acelerando o atendimento até 2006. A ministra disse que está para ser anunciada a liberação dos recursos para a aquisição de 3,3 mil MW de fontes alternativas pela Eletrobrás. Ela destacou que a preocupação com a modicidade tarifária também ocorrerá entre os projetos de fontes alternativas. (Tribuna da Imprensa - 27.08.2003) 8
Ex-secretário executivo do MME rebate críticas Os investimentos privados em infra-estrutura no primeiro semestre do ano ficaram abaixo de US$ 1 bilhão. Um dos principais carros-chefes, a energia elétrica, ficou praticamente nulo, segundo cálculos da Abdib. As incertezas ante o marco regulatório do setor estão segurando os investidores. (Valor - 27.08.2003) As inscrições para o primeiro Fórum de Investidores e de Pequenas Centrais Hidrelétricas, que acontece em setembro, são, na maioria, de empresários de setores como agropecuário, imobiliário e de construção civil. (Estado de São Paulo - 27.08.2003)
Empresas 1 Eletrobrás vai estimular fabricantes de equipamentos para o setor elétrico O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que a estatal fechou um
protocolo junto às empresas e associações de empresas fabricantes de equipamentos
para os diversos segmentos do setor elétrico com o objetivo de estimular
a indústria nacional, ampliando as encomendas. "O objetivo é criar condições
para a competição do empresariado nacional", disse. Segundo Pinguelli,
esse acordo foi fechado há cerca de duas semanas e a Eletrobrás também
deve se reunir com federações para discutir o assunto. Entre as linhas
de ação já determinada, Pinguelli citou o uso de peças fabricadas por
indústrias instaladas no Brasil para a recuperação de usinas da holding.
(Gazeta Mercantil - 27.08.2003) 2 Darc da Costa assume comando das negociações do BNDES com a AES O BNDES realizou mudanças com relação as discussões de um acordo para a dívida da AES: Carlos Lessa está deixando o "front" da batalha no dia-a-dia do banco. E a mesma função está agora sob o comando do vice-presidente Darc da Costa. Fontes do mercado não sabem, ao certo, se isso favorecerá a nova rodada de negociações do grupo AES com o BNDES. "Apesar das diferenças, eles têm discursos afinados e isso não quer dizer que o banco facilitará as negociações com a AES", observa uma fonte do setor. (Valor - 27.08.2003) 3 José Bernini assume presidência da Eletropaulo em setembro O ex-presidente
do grupo Electricidade de Portugal (EDP) no Brasil, Eduardo José Bernini,
assume a partir de 1 de setembro o cargo de diretor-presidente da Eletropaulo
Metropolitana, distribuidora de energia paulista controlada pelo grupo
norte-americano AES. Segundo comunicado da Eletropaulo, o atual presidente
da empresa, Steven Patrick Clancy, retorna aos Estados Unidos para exercer
outras atividades na AES Corporation. Bernini assumiu a presidência da
EDP no Brasil em julho de 2000, e formalizou sua saída da empresa no último
dia 12, para dar lugar ao português António Martins da Costa. (Gazeta
Mercantil - 27.08.2003) 4
Furnas, Eletrosul, Chesf e Eletronorte estão entre as habilitadas para
leilão de LTs 5 Três empresas são desqualificadas da licitação Dos 45 grupos
que apresentaram propostas, só 3 foram desqualificados. Segundo informações
da Aneel, o consórcio Fiatengeneering-Iesa, formado por duas empresas
brasileiras e pela Fiatengeneering, braço do grupo italiano Fiat que atua
na área de construção pesada, foi desclassificado nos quatro lotes que
disputava (A, B, C e G) por não preencher os requisitos exigidos na licitação.
O consórcio Amazonas, formado pelas empresas Mastec Brasil, Alubar Cabos,
Encomind, Linear Participações e Bimetal, que disputava quatro trechos
do leilão foi impedido de participar dos leilões do lote A - Londrina
(PR)/Assis (SP), Assis/Araraquara (SP) - por não cumprir a exigência quanto
ao patrimônio líquido, mas se qualificou para a disputa pelos lotes D,
E e G. (Gazeta Mercantil - 27.08.2003) 6 Garantia de remuneração com base no IGP-M e regras estáveis explicam atratividade do leilão de LTs A garantia
de remuneração com base na correção anual pelo IGP-M e as regras estáveis
que asseguram o retorno do investimento no segmento de transmissão, além
das linhas de financiamento, têm sido os principais motivos para a atratividade
dos leilões da Aneel. A expansão em geração e na distribuição de energia,
que não seguem as mesmas regras da transmissão, enfrentam uma situação
contrária, com falta de atratividade e projetos autorizados que sequer
saíram das pranchetas. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira
das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), César
de Barros Pinto, a base de remuneração oferecida pela Aneel é de cerca
de 11%, mas os consórcios e empresas que operam as linhas licitadas conseguem
subir a remuneração para cerca de 17% com negociações sobre os custos.
"A transmissão é um segmento que não enfrentou crise como o restante do
setor de energia", disse. (Gazeta Mercantil - 27.08.2003) 7 Elektro tem tarifas de energia reajustadas A Elektro
Eletricidade e Serviços, concessionária de energia elétrica no interior
de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, poderá reajustar suas tarifas em
até 27,93%. De acordo com a Aneel, apenas 20,25% poderá ser repassado
neste ano e os 7,68 pontos percentuais restantes deverão ser aplicados
em três parcelas anuais entre 2004 e 2006. A próxima revisão tarifária
da Elektro será em 2007. Os consumidores residenciais e de baixa tensão
terão reajuste de 20,08%. Os consumidores comerciais e industriais poderão
ter suas contas reajustadas em até 23,93%. A empresa queria um reajuste
de 42,77%. (Gazeta Mercantil - 27.08.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Dilma: Risco de novo apagão é menor do que em 99 Apesar da
situação financeira difícil das empresas do setor, a ministra Dilma Rousseff
afirmou que o risco de o País sofrer blecautes atualmente nem se compara
com o de 1999 - quando houve o apagão provocado pela queda de um raio
numa subestação do sistema de transmissão de Bauru (SP). "Hoje, se comparar
com 1999, só se fôssemos inconseqüentes diríamos que o risco é igual",
disse. Ela lembrou que, naquela ocasião, os investimentos em transmissão
encontravam-se congelados, havia um "nível de estresse violento na rede"
e falta de manutenção. Por outro lado, de lá para cá, foram feitos investimentos
para reduzir problemas, incluindo o fortalecimento do sistema de interligação
Sul/Sudeste e do sistema do Nordeste, entre outros pontos. A ministra
disse também que está solicitando medidas para melhoria dos sistemas de
subtransmissão, considerados um dos principais gargalos do setor de transmissão.
"Estamos pedindo providências concretas", disse. (Gazeta Mercantil - 27.08.2003) 2 Excedente de energia preocupa Rousseff A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff demonstrou preocupação com o excedente
de energia previsto para este ano e o próximo, no que chamou de "efeito
pêndulo": "O sistema sai de racionamento, vai para sobreoferta e depois
volta a haver escassez. Queremos acabar com esse movimento". Dia 5 de
setembro, o governo irá leiloar mil MW dos 7,5 mil MW excedentes no sistema
este ano. O objetivo será baratear a energia utilizada pela indústria,
que fica até quatro vezes mais cara nos horários de pico. A ministra defendeu
a necessidade de existência de uma "reserva técnica" de energia no País,
embora ainda não tenha sido definido o nível ideal de sobras no sistema.
Dilma citou o caso dos Estados Unidos, onde são mantidas reservas de 13%
da capacidade de geração de energia num horizonte de cinco anos. (Estado
de São Paulo - 27.08.2003) 3
Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra queda no consumo de 1,3% na semana 4 Região Norte registra índice de 66,11% O volume
armazenado no subsistema Norte está em 66,11%. A hidrelétrica de Tucuruí
apresenta 80,43% da capacidade. O índice teve uma redução de 0,39% em
relação ao dia anterior. (Canal Energia - 26.08.2003) 5 Volume armazenado no subsistema Nordeste está em 35,23% Os reservatórios do subsistema Nordeste estão com 35,23% da capacidade. A usina de Sobradinho está com 28,9% do volume. A capacidade de armazenamento da região está 20,46% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O nível teve uma redução de 0,2% em um dia. (Canal Energia - 26.08.2003) 6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com 60,94% da capacidade A capacidade
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 60,94%, volume
34,17% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma queda de 0,31%
em um dia. As hidrelétricas de Marimbondo e Itumbiara estão com 65,64%
e 75,28% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 26.08.2003) 7 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul está em 49,98% A região
Sul registra índice de 49,98%, uma redução de 0,51% em comparação com
o dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta 40,03% da capacidade.
(Canal Energia - 26.08.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MME anuncia leilão para setembro O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, anunciou que será realizado, no dia 5 de
setembro, um leilão de excedentes de energia para grandes consumidores
de energia elétrica. De acordo com Tolmasquim, vão a leilão 1 mil MW,
dos 7 mil MW de energia que estão sobrando no mercado por conta de redução
do consumo de energia elétrica. "Será vendida uma energia mais barata,
que será utilizada pelos grandes consumidores de energia no horário de
ponta do consumo", disse Tolmasquim. "Essa energia mais barata vai resultar
em aumento do emprego, da renda e das exportações". O leilão, segundo
o secretário, será realizado pelo MAE. A venda da energia ocorrerá pelo
sistema de leilão holandês - que começa com um preço mais alto e vai caindo,
conforme vão sendo dados os lances. Tolmasquim acrescentou que o governo
estuda alternativas para dar um destino ao restante das sobras de energia.
Ele acrescentou que parte das sobras deverá ser transformada em reserva
para o sistema elétrico. Segundo Tolmasquim, a idéia de realizar o leilão
de excedentes de energia agradou tanto a geradores como a consumidores,
mas não foi bem aceita pelas distribuidoras. O diretor técnico e regulatório
da Abradee, Fernando Cezar Maia, explicou que as distribuidoras acabaram
tendo de reduzir as tarifas de distribuição de energia para a passagem
dos excedentes a serem leiloados pelas suas redes de distribuição. "As
tarifas apenas cobrirão o custo variável", disse Maia. (Tribuna da Imprensa
- 27.08.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Setor de gás natural receberá investimentos de R$ 11 bi até 2007 O setor de gás natural receberá investimentos de R$ 11 bilhões até 2007, segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Ela informou, durante o 4° Encontro de Negócios em Energia, realizado pela Fiesp em São Paulo, que o Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás (Promip) será o principal vetor da ampliação do combustível na matriz energética brasileira. A ministra disse que estão previstos a ampliação da malha de gasodutos nas regiões Sudeste e Nordeste, além da construção dos projetos Uruguaiana - Porto Alegre e Coari - Manaus. Dilma destacou ainda a importância de o país conseguir preços mais competitivos para o gás natural. "Para ter preços competitivos é fundamental a negociação do contrato com a Bolívia", afirma. Além disso, Dilma destacou nesta terça-feira, dia 26 de agosto, a importância da ampliação do gás natural nacional nesse mercado, visando a formação de uma espécie de hedge para os preços do produto. O Promip conta com a participação da Petrobras, do Ministério, do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e da Organização Nacional da Indústria do Petróleo. (Canal Energia - 26.08.2003) 2 Lula e Chávez selam acordo pró-refinaria A parceria
entre Petrobras, PDVSA e Grupo Renor para construção de uma refinaria
de petróleo em Pernambuco foi referendada ontem durante encontro do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
em Caracas. Através de uma declaração conjunta, os dois chefes de Estado
expressaram satisfação pelos avanços alcançados em matéria de cooperação
energética que resultaram na assinatura de um acordo entre PDVSA e Petrobras,
em julho, e em uma reunião entre PDVSA e Renor, no mesmo mês. A construção
do mega-empreendimento, que envolve investimentos de US$ 2 bilhões e capacidade
para processar 200 mil barris/dia de óleos pesados brasileiros e venezuelanos,
também foi incluída na pauta de interesses conjuntos entre Brasil e Venezuela
que vem sendo discutida por empresários dos dois países. "Estamos dando
um passo muito importante para a concretização da refinaria em Suape.
Isso não significa que as obras terão início amanhã, mas agora temos,
pelo menos, 85% de certeza de que o empreendimento será viabilizado",
comemorou o diretor da Renor, Lourenco Cunha. (Diário de Pernambuco -
27.08.2003)
Grandes Consumidores 1 Fiesp critica prazo para adesão dos consumidores ao mercado livre A Fiesp
criticou nesta terça-feira, dia 26 de agosto, o aumento do prazo de seis
meses para cinco anos para os consumidores cativos optarem pelo mercado
livre de energia. O novo prazo foi apresentado na proposta de novo modelo
para o setor elétrico. Para Carlos Roberto Liboni, vice-presidente da
Fiesp, o novo período é muito longo. "Nos últimos 10 anos tivemos quatro
modelos. Quem poderá traçar o planejamento estratégico num ambiente tão
volátil?", questionou, durante o 4º Encontro de Negócios em Energia, promovido
pela federação. Ele disse que a homologação do novo prazo pode inviabilizar
o mercado livre, já que não haverá segurança para o consumidor atuar nessa
área. Segundo Liboni, a Fiesp já sinalizou essa preocupação para o MME,
através de conversas informais com a ministra de Minas e Energia, Dilma
Rousseff. Ele informou que a federação participará das negociações para
implantação do novo modelo e a redução do prazo para 2,5 anos será uma
das reivindicações da Fiesp. (Canal Energia - 26.08.2003) 2 Dilma: Prazo para grandes consumidores decidirem por se tornarem livres será mantido Um temor
entre os industriais é o prazo de cinco anos para que os grandes consumidores
avisem se querem ser livres (comprar fora do pool) ou não (continuar no
mercado cativo, comprando das distribuidoras). "É muito difícil fazer
uma projeção de cinco anos, isso reduz o mercado livre", disse Ricardo
Lima, presidente da Enertrade, o braço de comercialização da EDP Brasil.
Em resposta à essas críticas, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
deixou claro que esse ponto deve ser mantido no novo modelo do setor elétrico.
Segundo ela, há queixa generalizada por parte das distribuidoras para
que possam dimensionar o mercado. O prazo de cinco anos se refere ao tempo
médio para construção de uma usina de geração. "O consumidor livre não
pode ser livre e volúvel", disse. "Não pode mudar de idéia no dia seguinte".
(Valor e Gazeta Mercantil - 27.08.2003) Economia Brasileira 1 País já mostra sinais de crescimento, diz Palocci O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou ontem que a economia brasileira já mostra os primeiros sinais de aquecimento. "Os dados que estavam mostrando restrições no processo econômico começam a se acomodar. Esse é o primeiro sinal de que vamos começar a ter um aquecimento", disse o ministro, em rápida entrevista após receber o economista e Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz. Segundo o ministro, o conjunto de medidas já adotadas pelo governo tem permitido a redução dos juros em todo o mercado. Entre essas medidas, Palocci citou o programa de incentivo ao microcrédito, que começou a funcionar esse mês. "Já há redução de juros em todo o mercado e a redução de juros no consumo básico. Esse conjunto de medidas certamente vai trazer um crescimento da economia". (Estado de São Paulo - 27.08.2003) 2 Armínio elogia gestão de Meirelles O ex-presidente do BC Armínio Fraga cumprimentou ontem o atual presidente da instituição, Henrique Meirelles, elogiando-o por conduzir a política monetária "com muita firmeza e transparência" num momento delicado de transição na economia. Ele acrescentou que considera fundamental que se conceda autonomia formal ao BC, uma mudança institucional importante para que a autoridade monetária possa voltar-se para seus objetivos de médio e longo prazo, livre das pressões do dia-a-dia. Armínio disse que, em termos de política monetária, o Brasil tem um sistema promissor, destacando o papel do regime de metas inflacionárias. Segundo ele, mais importante do que a decisão do Copom da semana passada é que o BC trabalha com "objetivos que todos entendem, com métodos conhecidos e que dão resultado". O regime de metas, afirmou, permite que o BC tenha objetivos transparentes e que não são absolutamente rígidos, que oferecem um grau necessário de flexibilidade, desde que o BC se explique. "Nós procuramos fazer isso na minha gestão e hoje o BC tem feito ainda melhor, aprimorando seus mecanismos". (Estado de São Paulo - 27.08.2003) 3 Indústria de SP tem melhor mês desde 2002 As vendas reais, descontada a inflação, atingiram em julho a maior alta do ano na indústria paulista - expansão de 4,9% em relação ao mês anterior. Foi o melhor desempenho para esse indicador desde outubro de 2002, quando a elevação atingiu 5,9%. O resultado abre caminho, informa a Fiesp, para uma recuperação lenta do setor. Nesse levantamento, os resultados sobre o uso da capacidade instalada da indústria mostram, porém, perda de fôlego. A taxa de uso das máquinas estava em 79% no mês passado. Outro indicador que retrata a produção, o total de horas trabalhadas nas fábricas de São Paulo, teve queda (0,7%) em comparação a julho de 2002. Isso ocorre porque o ritmo de fabricação só deve voltar a patamares positivos depois que os estoques se reduzirem. O que as empresas estão vendendo é o estoque parado. Mas, para que haja manutenção de vendas elevadas, é preciso levar em conta duas variáveis de peso. O tamanho real dos estoques em cada um dos setores e se haverá consistência nessa possível retomada nas vendas industriais. (Folha de São Paulo - 27.08.2003) 4
Lessa ameniza mudanças na diretoria do BNDES 5 "Crescer não é decisão de governo", diz FHC Crescer
ou não crescer não é uma simples decisão de governo, depende também de
fatores externos, condição considerada "cruel" pelo ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso. Mas, diante do atual cenário internacional pouco favorável,
de baixa perspectiva de expansão mundial, a responsabilidade maior acaba
mesmo nas mãos do governo brasileiro, "nas posições que o Brasil vier
a adotar" para consolidar a volta do crescimento. Citou as dificuldades
para a redução dos juros, a necessidade de se ampliar o máximo possível
os acordos comerciais - "o Mercosul é importante, mas não é suficiente"
e "não se trata de ou a Alca ou a União Européia, trata-se da Alca e da
UE" - e defendeu a implantação de regras bem claras como condição essencial
para atrair investimentos, principalmente o capital estrangeiro. "Nossas
regras são muito frágeis". Para FHC, o País tem um limite para reduzir
a taxa de juros. Segundo ele, para promover a queda é preciso que a dívida
interna esteja sob controle. "É bom que a dívida externa também esteja,
mas é o que menos atrapalha. A dívida interna é muito mais preocupante".
Outro entrave à redução dos juros, segundo FHC, é o déficit da Previdência.
O ex-presidente também disse que é preciso tomar cuidado com as afirmações
de mudanças nas regras relativas às agências controladoras, uma vez que
isso pode afastar investimentos. "Fico preocupado quando dizem que vão
mudar as regras das agências e não se diz o que vai ser feito. O investidor
fica parado e não coloca seu dinheiro porque não sabe o que vai acontecer",
disse. (Gazeta Mercantil - 27.08.2003) 6 IPC da Fipe registra inflação de 0,37% O IPC da
Fipe voltou a registrar inflação. Na terceira quadrissemana de agosto
o índice ficou em 0,37%. Na prévia anterior, o IPC apurou inflação de
0,24% e, na terceira quadrissemana de julho, registrou uma queda de 0,28%.
Habitação teve o aumento mais expressivo, de 1,38%. Na prévia anterior,
a alta chegou a 0,82%. Saúde cresceu 0,36%, acentuando o avanço registrado
na segunda quadrissemana, de 0,02%. (O Globo - 27.08.2003) O fluxo cambial levemente negativo não impede a leve baixa do dólar no final da manhã desta quarta-feira. Às 11h46m, a moeda americana recuava 0,36%, cotada a R$ 2,975 na compra e R$ 2,977 na venda. Ontem, o dólar comercial caiu 0,26% e fechou a R$ 2,9860 na compra e a R$ 2,9880 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 27.08.2003)
Internacional 1 Ministério da Energia da Colômbia licita linha de transmissão O Ministério
das Minas e Energia da Colômbia abriu licitação para projeto, construção
e operação de uma linha de transmissão de 1.000 km para ligar os departamentos
do noroeste aos da zona central do país a custo aproximado de US$ 350
milhões. A linha de 500kV está dividida em dois trechos, sob contratos
distintos por 25 anos, o primeiro trecho, de 330km e US$ 135 milhões,
ligará a subestação Bacatá, perto de Bogotá, à estação Primavera, no norte.
A segunda linha, de 658 km, Bolívar-Copey-Ocaña-Primavera, terá um custo
aproximado de US$ 215 milhões. "O projeto vai garantir melhores condições
de abastecimento de eletricidade na região onde passa a linha e tornará
o serviço mais confiável, segundo disse a BNamericas Julián Villarruel,
diretor general da Unidade de Planejamento de Minas e Energia (Upme).
A linha também permitirá que energia hidrelétrica do sul, relativamente
competitiva, chegue aos departamentos do norte, que no momento são abastecidos
principalmente por geração térmica mais cara, acrescentou. Além disso,
o projeto promoverá o desenvolvimento de novos projetos de geração a gás
natural e a carvão no nordeste para ajudar a atender à crescente demanda
no resto do país, disse. A Colômbia vai precisar de cerca de 150MW adicionais
de capacidade instalada para atender à demanda até 2006 a uma taxa de
crescimento atual de 3,5% ao ano, disse Villarruel. (Business News Americas
- 27.08.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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