l

IFE: nº 1.180 - 26 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Governo pode comprar sobra de geradoras, diz Tomalsquim
2 Estatais serão prejudicadas com a sobreoferta de energia, diz Pinguelli
3 Brascan: Cemig, Copel e Tractebel não terão sobras de energia
4 Estudo conclui que tarifa de energia do país é alta
5 Governo se compromete com as regras
6 Governo pode inaugurar a FEPE antes do previsto, diz Tolmasquim
7 Sobeet: Investimentos Estrangeiros no setor elétrico caíram 68,7% no primeiro semestre
8 Sobeet aponta medidas para atrair novos recursos estrangeiros para o SEE
9 Sobeet: Novo modelo pode reverter saída da EDP de projetos no país
10 Abesco: Segmento de eficiência energética deve ter modelo auto-sustentável
11 Comissão de Minas e Energia vota pedido de audiência sobre privatizações do SEE
12 SC debate novo modelo do setor elétrico
13 Bahia deve antecipar metas de universalização
14 Energia eólica se torna nova matriz energética na Bahia

Empresas
1 BNDES aprova pré-edital para leilão de ordinárias da Eletropaulo
2 Novo modelo para Cemar atrai interessados
3 Aneel autoriza reajustes para CEB e Forcel
4 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Sul tem alta no consumo de 7,02% na última semana
2 Suprimento de energia da Bahia deve crescer 25%
3 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 66,5%
4 Capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste está em 35,43%
5 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste acumulam volume de 61,25%
6 Reservatórios do subsistema Sul estão com 50,49% da capacidade
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Preços MAE caem em três regiões do país

Gás e Termelétricas
1 Quantidade de gás natural não utilizado no Brasil chega a 14,2 milhões de m³/dia
2 Reservas de gás no país chegarão a 750 bilhões de metros cúbicos
3 Produção nacional reduz preço do gás cobrado pela Petrobras
4 Tolmasquim: Conflitos "empresariais e existenciais" travam o mercado de gás no país
5 Tolmasquim reconhece problemas com contrato de fornecimento de gás boliviano
6 Tolmasquim: Contraproposta do governo boliviano deverá ser entregue em setembro

7 Diesel terá percentual de biodiesel
8 Grupo interministerial apresenta relatório sobre biodiesel em outubro

Grandes Consumidores
1 Votorantim investe R$ 200 mi em hidrelétrica

Economia Brasileira
1 Orçamento do BNDES pode aumentar 40% para 2004
2 BC vê sinal de retomada
3 IPCA, juros e câmbio recuam segundo relatório Focus

4 Prevista nova retração da taxa de investimento
5 Williamson elogia política macroeconômica e critica adoção de política industrial
6 BC já reduziu em US$ 8 bi exposição da dívida ao câmbio
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Subsídio para fontes renováveis de energia tem aumento de 40% na Alemanha
2 Requião condena modelo energético dos EUA
3 Requião: EUA podem ter crise de energia com modelo adotado

 

Reestruturação e Regulação

1 Governo pode comprar sobra de geradoras, diz Tolmasquim

O governo estuda comprar parte do excedente de energia produzido pelas geradoras como forma de reduzir suas perdas no ano que vem. De acordo com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, o sistema deverá ter uma sobra de 9.000 MW em 2004. Segundo o secretário, esse excedente - que está em torno de 7.500 MW atualmente - deverá aumentar em razão da entrada de novas usinas no mercado e da descontratação de mais 25% da energia comercializada entre geradoras e distribuidoras. A descontratação gradual, estipulada no governo anterior, livrou as distribuidoras da obrigação de comprar parte da energia produzida pelas geradoras. "As geradoras serão fortemente impactadas. E uma parte importante dessa energia descontratada é das estatais", lembrou ele. Tolmasquim explicou que o objetivo do governo é comprar parte da sobra de energia a título de reserva, a preços menores que os praticados pelo mercado. Para evitar um novo aumento de tarifas ao consumidor, os recursos para a compra desse excedente poderão vir de fundos setoriais. (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

2 Estatais serão prejudicadas com a sobreoferta de energia, diz Pinguelli

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, discordou da avaliação de Tolmasquim de que as estatais serão as maiores prejudicadas com o excedente de energia. Segundo ele, ainda não é possível afirmar que haverá a descontratação de energia no ano que vem, até que saia o novo modelo para o setor elétrico. "Prever um prejuízo a priori para as estatais é equivocado. Se não sair o novo modelo, não haverá descontratação. E, havendo a descontratação, a idéia é que a sobra de energia seja comercializada em um pool, que colocará todos numa mesma situação", afirmou. "Se fossem mantidos inalterados os contratos privados e as estatais tivessem que pagar sozinhas, o ônus iria para um lado só. Eu, em nome os acionistas minoritários da Eletrobrás, discordaria do governo", disse Pinguelli. (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

3 Brascan: Cemig, Copel e Tractebel não terão sobras de energia

Levantamento feito pelo banco Brascan mostra que as geradoras Cemig, Copel e Tractebel não deverão ter problemas de excesso de energia no ano que vem. "A Cemig vende toda a energia que produz para o Estado de Minas. Já a Copel tinha uma sobra de 400 MW da energia comprada da argentina Cien, mas conseguiu renegociar o contrato. E a Tractebel informou que 90% da sua energia já está contratada até 2006", disse o analista de energia do Brascan, André Segadilha. (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

4 Estudo conclui que tarifa de energia do país é alta

Os consumidores brasileiros pagam caro pela sua tarifa de energia em comparação com países desenvolvidos - o que destaca que existe pouco espaço para altas nas contas de luz. O preço médio pago pelas residências aqui está em R$ 180 o MWh, abaixo, por exemplo, de Estados Unidos (R$ 202 o MWh) ou Espanha (R$ 341 o MWh). No entanto, quando se coloca o PIB do país e o poder aquisitivo da população na equação e divide-se pelo PIB nominal, as posições se invertem. O Brasil passa, então, a ter uma das mais elevadas tarifas para a classe residencial, ficando à frente de grandes potências econômicas. Com a tarifa ajustada pelo PIB e poder de compra, o preço no país às residências atingiria R$ 481 o MWh - mais que o dobro do verificado nos Estados Unidos (R$ 202 o MWh). Cálculos do gerente de projetos da consultoria Roland Berger, Wolfgang Rüth, apontam que um consumidor de 100 KWh gastava R$ 13 sem impostos em 1998. No ano passado, ele pagava R$ 23 - cerca de 10% do salário mínimo. Incluindo tributos, as faturas de energia chegariam a R$ 30. "A conta de luz tem um peso cada vez maior para o cliente residencial. Já a estrutura das tarifas não remunera o investidor", afirma Rüth. Para os investidores, a conta também é perversa e não fecha. Trabalhando com valores aproximados para custo de geração, transmissão e distribuição e excluindo impostos, o custo médio do sistema elétrico no ano passado chegaria a R$ 175 o MWh. Mas a tarifa média ficaria em R$ 134 o MWh. Ou seja, existiria um fosso que ainda está descoberto. "Essa lacuna precisará ser resolvida pelo governo", afirma. Em seus cálculos, as perdas chegam a R$ 12 bilhões. (Valor - 26.08.2003)

<topo>

5 Governo se compromete com as regras

O ministro Antonio Palocci reforçou a diretores da Abdib a necessidade de manter as agências reguladoras fortes. E o secretário Joaquim Levy prometeu para esta semana um documento com as diretrizes básicas para regular o funcionamento dos serviços de infra-estrutura. É um bom começo para que os investimentos comecem a voltar, avalia o setor. (Valor - 26.08.2003)

<topo>

6 Governo pode inaugurar a FEPE antes do previsto, diz Tolmasquim

Durante o seminário "Contribuições para o Estabelecimento da Nova Matriz Energética", promovido ontem pela Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE) e pelo Sindicato das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia), o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim anunciou que o Governo pretende inaugurar a Fundação de Estudos e Planejamento Energético (FEPE), antes mesmo de enviar ao Congresso Nacional o novo modelo para o setor elétrico, previsto para novembro. Segundo Tolmasquim, uma das idéias na mesa de trabalho é que a fundação opere nos moldes do Ipea. "A criação da FEPE visa, basicamente, a garantir a realização de um planejamento permanente, de forma estrutura, com coordenação do Estado", comentou. Para tocar os trabalhos de planejamento setorial de curto, médio e longo prazos, o MME quer reunir a elite técnica do setor elétrico, de acordo com Tolmasquim. "A idéia é contar com os melhores profissionais do setor", comentou o secretário, acrescentando que a fundação contará com executivos com passagens em grandes grupos do setor e especialistas de universidades e centros de pesquisa. (Jornal do Commercio e Canal Energia - 26.08.2003)

<topo>

7 Sobeet: Investimentos Estrangeiros no setor elétrico caíram 68,7% no primeiro semestre

Dados da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) mostram uma queda, no primeiro semestre do ano, na entrada de recursos estrangeiros no setor elétrico. Entre janeiro e junho de 2003, os ingressos brutos de Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE) relativos à aquisição de participações acionárias no setor caíram 68,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa em relação ao novo marco regulatório do setor elétrico é o principal fator que vem desestimulando os investimentos estrangeiros nos segmentos de geração, transmissão e distribuição, segundo a entidade. Além de uma queda nos investimentos estrangeiros, o primeiro semestre também foi marcado pelo crescimento na venda de participações estrangeiras nas empresas do setor de energia no Brasil. As repatriações de IDE, ou seja, a venda de ações por empresas do exterior atuantes no setor de energia elétrica alcançaram US$ 140 milhões entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período de 2002, este valor foi de US$ 37 milhões. Também pesou sobre a decisão de investimentos no setor o fraco desempenho da economia, tanto no Brasil quanto nos países sede das empresas transnacionais. Os dados da Sobeet mostram que a retração na entrada de IDE teve início já no ano passado. Em 2002, dos US$ 1,5 bilhão de investimentos estrangeiros no setor de energia, 82% chegaram ao País no primeiro semestre. Entre 1997 e 2000, graças ao programa de privatização das empresas de energia, o ingresso médio anual de IDE no segmento foi de US$ 1,9 bilhão. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

8 Sobeet aponta medidas para atrair novos recursos estrangeiros para o SEE

Para o economista-chefe da Sobeet, Fernando Ribeiro, um marco regulatório estável é determinante na atração de recursos estrangeiros em qualquer setor. No entanto, Ribeiro adverte que isto apenas não basta. Para ele, também é preciso que o novo modelo do setor elétrico - que deve entrar em vigor a partir de 2004 -, satisfaça a algumas das expectativas dos investidores. "As novas diretrizes do setor devem garantir o retorno do capital investido à médio prazo, fundamental para estimular os investimentos em energia", diz Ribeiro. Ele também considera importante que o novo modelo defina claramente qual vai ser o papel do agente regulador (Aneel) e também imponha limites à interferência do Ministério das Minas e Energia (MME) em decisões do órgão. "O novo marco regulatório tem de definir institucionalmente a relação que deve existir entre o MME e a Aneel", explicou Ribeiro. Segundo o economista, a expectativa, partindo do pressuposto de que o novo modelo contemple os interesses dos investidores, é de que os recursos estrangeiros voltem ao País a partir do ano que vem. "Mesmo com todas as dificuldades, o interesse das empresas transnacionais em investir no Brasil continua". (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)


<topo>

9 Sobeet: Novo modelo pode reverter saída da EDP de projetos no país

A consolidação do novo modelo para o setor elétrico já a partir do início ano que vem, quando está previsto o começo da sua implementação, pode reverter a possibilidade de a estatal portuguesa de energia EDP negociar a venda de parte de seus investimentos do Brasil. A avaliação é do economista-chefe da Sobeet, Fernando Ribeiro. Ele considerou a possibilidade de o grupo português e de outros investidores estrangeiros se desfazerem de ativos no país um reflexo da frustração das empresas com o atual marco regulatório do setor elétrico; segundo Ribeiro, mal-elaborado. Mas avaliou que a perspectiva pode mudar. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

10 Abesco: Segmento de eficiência energética deve ter modelo auto-sustentável

A Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia) defende a criação de um modelo auto-sustentável no segmento de eficiência energética, a fim de viabilizar investimentos para os projetos da área. A proposta da entidade é que os projetos de eficiência sejam pagos pelos proponentes empreendedores, e não pelos consumidores. "A nossa idéia é que os investimentos sejam feitos pelos bancos e fundos de pensão, com atratividade para esse segmento. Não podemos contar com recursos governamentais, que estão contigenciados nas três esferas: federal, estadual e municipal. As Escos têm que buscar soluções para alavancar os investimentos", justifica Eduardo Moreno, presidente da entidade. Segundo Moreno, os investimentos atuais na área de eficiência vêm, em grande parte, das concessionárias. De acordo com a lei, essas empresas são obrigadas a investir 0,5% da receita líquida em projetos de eficiência. Esses recursos geram, aproximadamente, R$ 200 milhões por ano e são uma importante fonte para a viabilização. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

11 Comissão de Minas e Energia vota pedido de audiência sobre privatizações do SEE

A Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal tem reunião marcada para a próxima quarta-feira, dia 27 de agosto, para votar requerimentos e projetos de lei. A pauta prevê a votação de convite ao ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, para esclarecimentos sobre o programa de privatizações do setor elétrico. O projeto de lei que institui as diretrizes de cobrança para prestação de serviços de abastecimento de água também será votado. Outro ponto a ser abordado é o projeto de lei que revoga a prisão para aqueles que se manifestarem contra atividades nucleares. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

12 SC debate novo modelo do setor elétrico

O novo modelo institucional do setor elétrico brasileiro, proposto para entrar em vigor em 2004, não está agradando as geradoras, as distribuidoras e nem os consumidores de energia elétrica de Santa Catarina. O debate sobre o novo modelo proposto ocorreu durante a reunião da Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. Participaram representantes de 20 empresas de grande porte de Santa Catarina, Tractebel, Eletrosul, Celesc, ONS e sindicatos de indústrias. "Os empresários estão atentos a proposta do novo modelo energético porque ela não garante redução de tarifas aos consumidores e pode inibir investimentos em geração de energia", afirmou o presidente da Câmara, Albano Schmidt. "Pelas propostas iniciais, estamos preocupados até com a possibilidade de faltar energia", completa. A Celesc acredita que a desverticalização do setor pode descapitalizar as distribuidoras. A empresa alega ter contrato de compra de energia até 2008 e a proposta não contempla tal situação. Para a Tractebel, a mudança tem que ser gradual, pois na atual proposta o preço poderá ser maior que o praticado hoje pelas distribuidoras. Os industriais defendem tarifas mais baixas para os turnos da madrugada, garantia de fornecimento no horário de pico para as empresas de uso intensivo de energia e descontos para exportadoras. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

13 Bahia deve antecipar metas de universalização

A Bahia promete antecipar para 2008 as metas de universalização do acesso da energia elétrica, previsto para 2013. A garantia foi dada pelo secretário de Infra-estrutura e vice-governador, Eraldo Tinoco. Hoje, cerca de 440 mil unidades rurais no interior do estado e outros 160 mil domicílios na região metropolitana não contam com energia. Para atendê-los, calcula-se um investimento da ordem de R$ 1,5 bilhão. Os cálculos do secretário levam em conta um custo médio de R$3 mil para ligação de um consumidor à rede convencional. A maioria dessas famílias reside no sudoeste do estado, nos povoados dos municípios próximos ao Rio São Francisco e nas regiões da Chapada Diamantina. O programa Luz no Campo já atendeu mais de 133 mil domicílios rurais em 389 municípios, nos últimos anos, com investimentos de mais de R$273 milhões na conclusão de 3.693 obras. (Correio da Bahia - 26.08.2003)

<topo>

14 Energia eólica se torna nova matriz energética na Bahia

Três usinas eólicas, já autorizadas pela Aneel, deverão ser construídas na Bahia até 2007. Os investimentos, da ordem de R$ 548 milhões, dependem apenas do anúncio oficial do novo modelo do setor elétrico. As usinas, que serão implantadas nos municípios de Caetité, Conde e Mucuri, vão gerar mais de 218 MW. Elas serão construídas pela Energias Renováveis do Brasil (Enerbrasil), do grupo Iberdrola. A energia dos ventos é considerada uma abundante fonte de energia renovável, além de ser limpa e disponível em todos os lugares. A utilização desta fonte energética para a geração de eletricidade, em escala comercial, teve início há pouco mais de 30 anos e, através de conhecimentos da indústria aeronáutica, os equipamentos para geração eólica evoluíram. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, existem, atualmente, mais de 30 mil turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo, com capacidade instalada da ordem de 13.500MW. A capacidade instalada no Brasil é de 20,3MW, com turbinas eólicas de médio e grande porte conectadas à rede elétrica. (Correio da Bahia - 26.08.2003)

<topo>

 

Empresas

1 BNDES aprova pré-edital para leilão de ordinárias da Eletropaulo

O BNDES aprovou na semana passada o pré-edital para o leilão das ações ordinárias da Eletropaulo, pertencentes à AES Elpa, segundo informou nesta segunda-feira, dia 25 de agosto, presidente do banco, Carlos Lessa. O executivo não confirmou quando será divulgada a versão final do edital. Lessa disse que serão contratadas três empresas de consultoria para fazer a avaliação das ações, que totalizam 74,88% das ordinárias. O grupo AES, controlador da Eletropaulo, tem uma dívida de US$ 1,2 bilhão com o BNDES. A inadimplência do grupo AES foi o principal responsável pelo prejuízo de R$ 2 bilhões que o BNDES registrou no primeiro semestre do ano, segundo avaliação Lessa. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

2 Novo modelo para Cemar atrai interessados

A retomada pela Aneel do processo de transferência do controle da Cemar já começa a movimentar interessados. Um dos grupos que se prepara para a disputa é o consórcio formado pelo fundo de investimento americano Acon, o banco Brascan e a empresa Travessia, do ex-presidente da Eletropaulo, Luiz David Travesso.O Acon já havia se inscrito no processo de licitação anterior, sem os atuais parceiros, e foi desqualificado pela agência reguladora por não apresentar garantias. Segundo Travesso, o Acon tem US$ 500 milhões e interesse de investir no setor elétrico brasileiro. O fundo já investiu US$ 100 milhões na América Latina, nas áreas de telecomunicações e têxteis. A Franklin Park, empresa que já tentou comprar a Cemar, mas não obteve aval da Aneel, também está reavaliando o ativo. Nesse primeiro processo de licitação, encerrado neste mês, o GP Investimentos, do grupo Garantia Partners, foi o único pré-qualificado pela Aneel na disputa. Mas a sua proposta foi considerada insatisfatória pela agência. A empresa disse, por meio da sua assessoria de imprensa, que não desistiu da disputa e sim não conseguiu "fechar o negócio com as demais partes interessadas". A empresa disse que ainda não sabe se voltará a disputar o ativo. Nessa nova etapa de licitação do controle da Cemar, a novidade que atraiu os investidores foi a conversão de parte da dívida da distribuidora com a Eletrobrás em participação minoritária. O interventor nomeado pela Aneel na Cemar, Sinval Gama, informou que a geração de caixa da empresa deverá atingir este ano aproximadamente R$ 570 milhões, situação considerada saudável. Para o ex-presidente da Eletropaulo, esse caixa pode ser compatível com o pagamento das dívidas, se os credores se dispuserem a ser mais flexíveis. (Valor - 26.08.2003)

<topo>

3 Aneel autoriza reajustes para CEB e Forcel

A tarifa de energia elétrica sobe hoje 22,69%, em média, para os 640 mil consumidores atendidos pela CEB, no Distrito Federal. Haverá aumento também, de 28,34%, em média, no município de Coronel Vivida, no Paraná, atendidos pela Forcel. Com a redução do subsídio das tarifas dos consumidores industriais, o aumento para os consumidores residenciais é menor: de 21,50% para a CEB e de 27,94% para os consumidores de Coronel Vivida. Para os consumidores industriais e comerciais de grande porte, o aumento é de até 31,65% no caso da CEB e de 29,49% para a Forcel. (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

4 Curtas

Furnas licita a contratação de serviços de recuperação de um transformador elevador monofásico, da usina de Marimbondo, a serem realizados nas instalações da empresa contratada, com fornecimento de material. O prazo encerra-se em 9 de setembro e o preço do edital é de R$ 10,00. (Canal Energia - 26.08.2003)

A Chesf prorroga o processo para aquisição do sistema digital integrado de medição, proteção, comando, controle, supervisão e regulação (MPCCSR) do Complexo Energético de Paulo Afonso. O novo prazo termina em 26 de setembro e o preço do edital é de R$ 5,00 se adquirido em CD ou R$ 50,00 se adquirido em papel. (Canal Energia - 26.08.2003)

A CEEE abre licitação para serviços de manutenção em redes de distribuição, para Pantano Grande e Encruzilhada do Sul. O prazo vai até 8 de setembro. (Canal Energia - 26.08.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Sul tem alta no consumo de 7,02% na última semana

O submercado Sul tem alta no consumo de 7,02% nos últimos sete dias. No último domingo, dia 24 de agosto, a região registrou consumo de 5.670 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do ONS. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 22.196 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema está com queda de 2,13% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o submercado registra baixa de 8,07% no mesmo período. O Nordeste registrou consumo de 5.435 MW médios ontem, contra previsão de 5.952 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado está com alta no consumo de 0,56%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, a região acumula queda de 7,08% no mesmo período. O submercado Norte consumiu 2.456 MW médios no último domingo, dia 25 de agosto, contra previsão de 2.636 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema registra baixa de 1,2% nos últimos sete dias.(Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

2 Suprimento de energia da Bahia deve crescer 25%

O suprimento de energia elétrica na Bahia deverá ter uma elevação de 25% nos próximos anos. A estimativa é de que sejam investidos, até 2007, mais de R$2,6 bilhões em novos projetos, como hidrelétricas, termelétricas, usinas eólicas e linhas de transmissão. Elas deverão garantir um incremento na oferta de, pelo menos, 1,5 milhão de MW, que deverão ser somados aos 7,6 milhões de MW hoje garantidos. O superintendente de Energia e Comunicação da Secretaria estadual de Infra-estrutura, Luiz Antônio de Azevedo, informou que, mesmo com alguns atrasos, todos os investimentos deverão ser consolidados. Ele declarou que determinados projetos, como de usinas eólicas, estão dependendo das mudanças no novo modelo do setor elétrico, que serão anunciadas pelo governo federal. "As empresas querem ter garantia do retorno de investimento", declarou. Entre os novos projetos, o mais adiantado é o da hidrelétrica de Itapebi, instalada no extremo sul, já totalmente concluída. A usina, pertencente ao Grupo Iberdrola, colocou sua terceira e última turbina em operação em junho passado. Sozinha, ela já está ofertando mais de 450 MW de energia para o estado, o que daria para suprir uma região ou município com mais de dois milhões de habitantes. (Correio da Bahia - 26.08.2003)

<topo>

3 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 66,5%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 66,5%, uma queda de 0,26% em um dia. A usina de Tucuruí registra 80,87% do volume.(Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

4 Capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste está em 35,43%

No subsistema Nordeste, a hidrelétrica de Sobradinho, a maior da região, está com 28,97% da capacidade. Os reservatórios do submercado acumulam volume de 35,43%, ficando 20,53% acima da curva de aversão ao risco. O índice caiu 0,2% em relação ao dia anterior. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

5 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste acumulam volume de 61,25%

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 61,25% da capacidade, volume 34,35% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,17% em relação ao dia anterior. As usinas de São Simão e Marimbondo estão com 73,59% e 66,7% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

6 Reservatórios do subsistema Sul estão com 50,49% da capacidade

O nível de armazenamento do subsistema Sul está em 50,49%, uma queda de 0,12% em um dia. A hidrelétrica de Passo Fundo apresenta 73,45% da capacidade. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Comercialização de Energia

1 Preços MAE caem em três regiões do país

Os preços MAE caíram em três regiões do país na quarta semana de agosot. A maior queda foi registrada no submercado Nordeste, com descréscimos superiores a 6%. Para os dias 23 a 29 de agosto, os valores para todas as cargas estão em R$ 12,93. No subsistema Norte, os preços caíram até 4,2%. Para as cargas pesada e média, o valor do MWh está em R$ 16,90. Já na carga leve, o preço da energia caiu 3,7%, passando para R$ 16,40. Os preços MAE para a região Sudeste/Centro-Oeste também caíram, com índice superior a 3%. O valor do MWh para a carga pesada caiu 3,8%, passando para R$ 17,73 esta semana. Para a carga média, o valor está em R$ 16,90, uma queda de 3,8%. Na carga leve, o preço da energia está em R$ 16,40. A região Sul foi a única a apresentar aumento no valor do MWh nesta semana. Para a carga pesada, o valor do MWh está em R$ 22,71, um aumento de 11,6% em comparação com o dia anterior. Na carga média, o preço da energia subiu 17,6%, passando para R$ 22,39. Já na carga leve, o valor está em R$ 16,64, uma queda de 6,9%. Os valores são válidos para os dias 23 a 29 de agosto. (Canal Energia - 25.08.2003)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Quantidade de gás natural não utilizado no Brasil chega a 14,2 milhões de m³/dia

O Brasil joga fora, todos os dias, 14,2 milhões de m³ de gás natural produzidos no País. As recentes descobertas de campos gigantes de gás natural, sobretudo na Bacia de Santos, agravam o desperdício: triplicam as reservas brasileiras e tornam ainda mais dispensável a importação do insumo boliviano. Segundo o gerente-executivo da área de gás e energia da Petrobras, Henyo Barretto, dos 14,2 milhões de m³ que sobram por dia, 9,2 milhões voltam para os poços de petróleo e cerca de 5 milhões são queimados nas unidades de produção do País. "Quem assinou esse contrato (com a Bolívia) não acreditava na produção nacional", diz. A produção nacional de gás natural chega hoje a 41,5 milhões de m³ por dia. Desses, cerca de 27 milhões são vendidos às distribuidoras brasileiras, que repassam aos consumidores finais. O consumo próprio da Petrobras é de aproximadamente 14 milhões de m³/dia. O Brasil importa hoje, em média 13,5 milhões de m³ de gás natural da Bolívia, mas em 2010, segundo as amarras contratuais, o volume importado deverá ser de 30 milhões de m³. As negociações com governo e fornecedores daquele país não contemplam a revisão do volume comprado. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

2 Reservas de gás no país chegarão a 750 bilhões de metros cúbicos

Com as novas descobertas de gás no Brasil, as reservas provadas saltarão de 250 bilhões para 750 bilhões de m³, segundo estimativas da Petrobras. "A projeção do total de gás a ser reinjetado nos poços depois das descobertas é assustadora", diz Henyo Barretto, sem revelar quanto sobrará de gás após a produção dos campos gigantes onde foram encontrados indícios de óleo e gás. Como há campos nos quais não é possível produzir óleo sem retirar gás também, a produção de gás torna-se forçada. Além disso, segundo o executivo, há outro problema. Fornecedores de gás da Bolívia chegam a vender o produto para a Argentina pela metade do preço que cobra do Brasil. A informação, de acordo com Barretto, consta de uma entrevista publicada neste final de semana pelo no jornal La Prensa, da Bolívia. "A entrevista, com o embaixador Luiz Felipe Lampreia, mostra que a empresa argentina PlusPetrol paga US$ 0,85 por cada milhão de BTU de gás natural, enquanto o Brasil, via Petrobras, paga US$ 1,70. Somos a casa da mãe Joana", diz o executivo. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

3 Produção nacional reduz preço do gás cobrado pela Petrobras

A produção local permite à Petrobras reduzir consideravelmente os preços que cobra das distribuidoras. De acordo com Henyo Barretto, as distribuidoras brasileiras pagam menos de US$ 1 por milhão de BTU pelo gás natural vendido pela Petrobras. Na ponta do consumo, o produto não sai por menos de US$ 2, chegando a US$ 3 cada milhão de BTU vendido a indústrias, por exemplo. Custos de transportes e margens de comercialização das distribuidoras elevam o preço final. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

4 Tolmasquim: Conflitos "empresariais e existenciais" travam o mercado de gás no país

Em palestra para empresários e especialistas reunidos na Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), o secretário do ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, mencionou que a existência de conflitos "empresariais e existenciais" travam o mercado de gás natural no País e impedem a queda de preços do insumo por parte da estatal. "Quem é dono do gás também é dono do óleo combustível, e isso cria um conflito porque o aumento do mercado do gás vai tirar mercado do óleo combustível", disse Tolmasquim. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

5 Tolmasquim reconhece problemas com contrato de fornecimento de gás boliviano

O contrato com a Bolívia para fornecimento de gás é hoje um problema para o Brasil, reconheceu o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Ele garantiu que o acordo, que prevê fornecimento até 2020 de gás boliviano ao País no sistema de pagamento com ou sem utilização do produto (take or pay), será respeitado até o fim do prazo. Mas o governo não abre mão de negociar a redução de preço do gás e também a diminuição no comprometimento do take or pay, hoje de 80%. "Não vamos romper contrato, mas temos de achar um jeito de consumir este gás", afirmou Tolmasquim. Ele não detalhou a proposta entregue pelo Brasil na última reunião para discutir o assunto, na Bolívia, há um mês. Disse apenas que se trata de uma redução expressiva no take or pay, além da renegociação do preço do gás, muito caro na avaliação das autoridades brasileiras. De acordo com o secretário, há um impasse que impede tanto a expansão do mercado brasileiro para o gás, solicitado pela Bolívia, quanto a redução de preço pedida pelo Brasil. (Estado de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

6 Tolmasquim: Contraproposta do governo boliviano deverá ser entregue em setembro

Maurício Tolmasquim disse que comissão do MME e da Petrobras que tenta renegociar os contratos de fornecimento de gás natural com a Bolívia deverá receber a contraproposta do Governo boliviano em setembro. O Brasil já entregou a proposta no mês passado. Tolmasquim disse que o Governo propôs redução dos percentuais de compra obrigatória em relação ao volume contratado de gás, além de baixar os preços. Uma das contrapartidas oferecidas pelo Governo brasileiro para a renegociação, segundo Tolmasquim, será o comprometimento da expansão da malha de gasodutos Sudeste e Nordeste, de modo a ampliar a demanda de gás natural no País. (Jornal do Commercio - 26.08.2003)

<topo>

7 Diesel terá percentual de biodiesel

Até o fim do Governo Lula, o diesel vendido nos postos do País terá percentual de biodiesel - óleo de origem vegetal - misturado ao combustível. A informação é do secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim. Tolmasquim disse que o percentual do biodiesel a ser misturado no diesel convencional não foi definido, mas será menor que o do álcool anidro na gasolina. Atualmente, a gasolina vendida nos postos do País contém 25% de álcool anidro na mistura. De acordo com Tolmasquim a idéia é de que não ocorra aumento nos preços do diesel com a adição do óleo vegetal. Entretanto, segundo especialistas, o custo do biodiesel é mais elevado do que o do diesel e somente com incentivos fiscais será possível implementar o programa. O secretário do MME ressaltou o aspecto social do programa de biodiesel, que proporcionaria desenvolvimento econômico para regiões produtoras de vegetais oleoginosos, como a mamona e a soja. Segundo ele, o projeto prevê que o combustível será produzido em diversas regiões do País e utilizará diferentes oleoginosas, de acordo com característica da produção local. (Jornal do Commercio - 26.08.2003)

<topo>

8 Grupo interministerial apresenta relatório sobre biodiesel em outubro

A secretária de Petróleo e Gás do MME, Maria das Graças Silva Foster, informou que o grupo interministerial que estuda a viabilidade do biodiesel no Brasil apresentará na segunda semana de outubro o relatório técnico sobre a utilização do produto como fonte alternativa de energia. O grupo, que apresentará o relatório, foi instituído por um decreto no início de julho e conta com representantes da Casa Civil, que também coordena os trabalhos, e dos ministérios da Fazenda, Transportes, Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Minas e Energia; Planejamento, Orçamento e Gestão; Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Integração Nacional e Cidades. (Canal Energia - 25.08.2003)


<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Votorantim investe R$ 200 mi em hidrelétrica

A hidrelétrica de Pedra do Cavalo, no Rio Paraguaçu, deve entrar em operação em 2005. Ela terá capacidade para produzir 160 MW de energia, o que equivale ao atendimento a uma cidade com 800 mil habitantes. O investimento é da ordem de R$ 200 milhões, que está sendo realizado pelo Grupo Votorantim, que venceu o leilão para concessão da exploração. O superintendente de Energia e Comunicação da Secretaria estadual de Infra-estrutura, Luiz Antônio de Azevedo, destacou que Pedra do Cavalo apresenta várias vantagens. A barragem, que é a parte mais demorada na construção de uma usina, está pronta, já contando inclusive com a área para instalação das turbinas e geradores. O prazo estabelecido para início da operação leva em conta, na verdade, a encomenda das turbinas geradoras e outros equipamentos. A instalação da usina deve gerar cerca de 2,1 mil empregos, segundo a Aneel. (Correio da Bahia - 26.08.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Orçamento do BNDES pode aumentar 40% para 2004

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, informou ontem que o banco deverá ter no próximo ano um orçamento de R$ 47 bilhões, o maior da história. O número é 38,2% maior do que os R$ 34 bilhões do orçamento deste ano. Lessa não disse como será composto o orçamento de 2004 que, por enquanto, ainda é um propósito. Ele disse apenas que, para o próximo ano, pretende fazer uma captação "robusta" de recursos do BID. Os recursos para os empréstimos do BNDES têm, normalmente, três origens: repasses constitucionais do FAT, correspondentes a 40% da arrecadação do fundo; retorno dos empréstimos feitos, que representa a maior fatia; e empréstimos internacionais. Os empréstimos do BID têm um custo. Normalmente, o pagamento é atrelado à taxa Libor. Isso pode significar juros anuais na casa de 2,5%. De toda maneira, é um custo menor do que as operações no mercado financeiro, cujos juros cobrados são normalmente de 6% a 8% ao ano. "À medida que baixar, a taxa de juros vai viabilizar uma maior captação de recursos por meio de parcerias que se somarão aos R$ 47 bilhões previstos, gerando um aumento significativo nos financiamentos", disse. Lessa avaliou que para 2004 os esforços serão concentrados em investimentos em infra-estrutura. (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

2 BC vê sinal de retomada

Pela segunda vez em quatro dias, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que estão dadas as condições para o crescimento da economia brasileira. Mas ontem foi mais longe, dizendo que "existem sinais que mostram que a economia já está nesse caminho de crescimento e que a retomada se dará a partir do último trimestre deste ano", disse, em discurso. O presidente do BC participava de encontro do grupo Lide (que representa 140 empresas e instituições financeiras), em São Paulo. Meirelles voltou a mencionar que nas últimas décadas o desempenho da economia brasileira foi marcado por "freadas e arrancadas, com surtos de crescimento de curto prazo". (Folha de São Paulo - 26.08.2003)

<topo>

3 IPCA, juros e câmbio recuam segundo relatório Focus

A decisão do Copom de promover um corte de 2,5 pontos percentuais na taxa Selic na semana passada, trazendo-a para o nível de 22% ao ano, se refletiu imediatamente nas estimativas para os índices de preços. As projeções do mercado para o IPCA em 2003 caíram pela décima segunda vez consecutiva e esse indexador recuou de 9,74% para 9,63% na consulta semanal feita pelo BC junto a cerca de 80 instituições financeiras e empresas de consultoria. Esta projeção de 9,63% aproxima-se, mas ainda supera, a meta ajustada para este ano, de 8,5%. Na mesma direção, as previsões de IPCA para o ano que vem foram ajustadas para baixo, recuando de 6,50% para 6,20% e aproximando-se mais do centro da meta de 5,5% fixada para 2004. No caso das expectativas do mercado para o IPCA deste mês houve queda de 0,50% para 0,40%, enquanto que as projeções subiram de 0,45% para 0,50%. Para os próximos doze meses, as projeções do mercado indicam um recuo do IPCA de 6,47% para 6,30%, ante os 6,50% projetados pelo mercado há quatro semanas. Com relação ao reajuste dos preços administrados ao longo de 2003, as projeções do mercado mostram queda, de 13,52% para 13,30%. O mercado não acredita em uma recuperação da economia no curto prazo. As estimativas para o crescimento do PIB em 2003 recuaram de 1,46% para 1,40%. A projeção para 2004 permanece a mesma, com aumento de 3%. Com relação à taxa média de câmbio em 2003, as estimativas do mercado revelam queda de R$ 3,15 para R$ 3,14. As previsões de taxa média para o próximo ano recuaram de R$ 3,33 para R$ 3,32. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

4 Prevista nova retração da taxa de investimento

O investimento físico na economia brasileira, entendido como formação bruta de capital fixo (FBCF), deverá apresentar uma queda entre 11% a 13% no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano passado, conforme projeções do Ipea e a LCA Consultores. A construção civil, com peso de 70% no índice de formação bruta do capital fixo deverá puxar a taxa de investimento para baixo, despencando 11% em abril/junho. A produção e importação de bens de capital devem apresentar retração na média de 18%. Se estes números se confirmarem, as perspectivas são de uma taxa negativa para o investimento físico em 2003, o que ocorreria pelo segundo ano consecutivo. No ano passado, a FBCF - equação que mede o investimento físico tomando como base o comportamento da construção civil, da produção e importação de bens de capital - caiu 5,1%. Este ano, na estimativa da LCA poderá encolher 6,6%, avalia Francisco Pessoa Faria. A proposta do BNDES de criar um Modermaq para financiar com juro fixo a aquisição de bens de capital pela indústria e assim induzir o investimento é vista com cautela por Mérida Medina, do Ipea, apesar de aplaudir a futura medida do banco. "Com certeza teria um efeito bom sobre a indústria de bens de capital, mas não é suficiente criar condições de crédito quando não existe demanda". (Valor - 26.08.2003)

<topo>

5 Williamson elogia política macroeconômica e critica adoção de política industrial

Depois de catorze anos da criação do consenso de Washington, o economista inglês John Williamson, considerado pai das orientações compiladas no documento que objetiva a estabilidade e o crescimento da América Latina, disse, ontem em São Paulo, que o Brasil está no caminho certo e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "mostra bom senso com sua política macroeconômica". Entretanto, o economista é contra a criação de uma política industrial, que pode apoiar determinado setor ou empresa. Sugere um sistema nacional de inovação, que dê oportunidade para qualquer empresa que esteja disposta a inovar. Williamson disse ontem que o êxito para uma taxa de crescimento de 5% ao ano vai depender de políticas microeconômicas, sociais, educacionais e institucionais. A estagnação na América Latina, inclusive no Brasil, nos anos 80 e 90 deveu-se justamente à série de crises que abateu-se sobre a região. Além da política fiscal, a estabilização da economia real exige uma política cambial bastante flexível assim como o aumento da poupança interna. "O crescimento dos países do Leste Asiático foi possível porque tinham poupança doméstica suficiente para investimentos, compensando a não entrada de capital estrangeiro", disse. As reformas previdenciária e fiscal no Brasil podem estimular a poupança interna, acrescentou. "Espero que o governo Lula enfrente essas reformas, evitando a política populista". Williamson ainda responsabilizou a falta de reformas institucionais pelo desempenho decepcionante da América Latina. (Gazeta Mercantil - 26.08.2003)

<topo>

6 BC já reduziu em US$ 8 bi exposição da dívida ao câmbio

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Augusto Candiota, disse nesta quinta-feira que desde que alterou as regras de rolagem da dívida cambial, em maio, a participação desses títulos no total da dívida pública caiu de 37% para 29%, o que significou uma redução de US$ 8 bilhões no estoque da dívida oficial atrelada ao dólar. Na última rolagem, terça-feira, o BC renovou somente 61% de um total de U$ 930 milhões de dívida cambial com vencimento em setembro. Segundo Candiota, essas rolagens permitirão também que o BC deixe, ao longo do tempo, de ter o papel de provedor de hedge cambial para o mercado. Segundo Candiota, além de reduzir a exposição cambial, o BC pretende também diminuir o volume de títulos indexados à Selic do estoque e aumentar a parcela de papéis prefixados com correção indexada a índices de preços. "Esse é um processo importante, de melhoria do perfil da dívida. São títulos de médio e longo prazo e sinalizam claramente que o governo confia que a inflação estará sob seu controle e que o BC continuará perseguindo as metas de inflação definidas pelo CMN" disse Candiota. (O Globo - 26.08.2003)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera ''de lado'' neste final de manhã, com oscilações mínimas e negócios bastante escassos. Às 11h52m, a moeda americana era negociada por R$ 2,984 na compra e R$ 2,988 na venda, com recuo de 0,26%. Ontem, o dólar comercial fechou em alta de 0,26%, a R$ 2,9920 na compra e a R$ 2,9960 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 26.08.2003)

<topo>

 

Internacional

1 Subsídio para fontes renováveis de energia tem aumento de 40% na Alemanha

Os subsídios do governo alemão para a eletricidade gerada através de fontes renováveis tiveram um aumento de mais de 40% em 2002, segundo cálculos publicados pela associação de produtores nacionais, VDEW. Em 2002, o Governo deu um montante de 1,7 bilhões de euros para as fontes renováveis de energia, enquanto que em 2001, o valor disponibilizado foi de 1,2 bilhões de euros. Para 2003, o VDEW estima outro aumento nesses valores, para cerca de 2 bilhões de euros. Em 2002, as distribuidoras compraram cerca de 25 TWh de energia de fontes renováveis, já em 2001 a quantidade foi de 18 TWh. Esse tipo de eletricidade foi subsidiada em cerca de 8,9 centavos de euro por KWh. Isso significa três vezes o valor da energia no mercado europeu, que está em 2,5 centavos de euro o KWh. (Platts - 26.08.2003)

<topo>

2 Requião condena modelo energético dos EUA

O governador Roberto Requião disse nesta segunda-feira (25) - após o retorno de sua viagem ao Texas, onde foi conhecer o modelo energético aplicado nos Estados Unidos - que o sistema norte-americano tem mais erros que acertos. "O sistema dos Estados Unidos é uma bagunça completa", afirmou. "Eles transformaram a energia numa mercadoria que pode ser vendida no mercado futuro, onde quem perde é o consumidor residencial, que não pode fazer propostas ou acompanhar os preços numa espécie de pregão que define os valores de 15 em 15 minutos". Segundo Requião, de todos os Estados norte-americanos, apenas 16 entraram no sistema de privatização. "O restante ficou fora dessa folia", destacou. (Eletrica.com - 26.08.2003)

<topo>

3 Requião: EUA podem ter crise de energia com modelo adotado

Segundo o governador Roberto Requião, "no Texas, onde o sistema está enormemente privatizado, ainda há empresas públicas que ficam mais realçadas porque vendem energia 20% abaixo do preço das empresas privadas". A maior parte delas entrou no sistema de concorrência - lembrou o governador. "Mas, como são públicas, elas consideram a energia um serviço a ser prestado e não uma mercadoria a ser jogada numa espécie de cassino monumental. É como se fosse uma mesa de câmbio num grande banco ou numa bolsa de valores". O resultado - reforça - é um caos. "O próprio Texas está congestionado e os americanos estão desesperados com esse modelo de privatização do governo Bush. A ameaça de apagão é constante. A Califórnia já teve um apagão alguns anos atrás. Agora, todo eixo entre Nova York e Canadá passa pelo mesmo problema. O exemplo deles é o exemplo a não ser seguido", reafirmou Requião. "A tecnologia deles é fantástica. Eles têm usinas termelétricas extraordinariamente eficientes, usinas combinadas com gás e com vapor, usinas de carvão bem montadas", ponderou. "Tecnicamente, estão muito bem, mas a jogada liberal que considera um monopólio natural uma coisa privada está criando uma anarquia. Ou os Estados Unidos mudam ou vão pagar por inteiro e não só por um setor", advertiu. (Eletrica.com - 26.08.2003)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás