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IFE: nº 1.179 - 25 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Governo vai divulgar nesta semana diretrizes para o marco regulatório
2 Abeer quer criação de programa de incentivo para cada fonte renovável
3 Paraná pode fornecer energia gratuita a consumidores de baixa renda
4 Tarifa social de energia atende minoria no MS
5 Câmara realizará audiência para debater modelo do setor de energia
6 Fiesp organiza evento para debater novo modelo

Empresas
1 Eletrobrás cria programa de eficientização de energia
2 Cemig investe R$ 13 mi em P&D
3 Celpe receberá certificação ISO 14001
4 Enertrade registra lucro de R$ 1,2 mi no semestre
5 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Pinguelli vê possibilidade de colapso igual ao de 1999
2 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Diretor financeiro da Petrobras fala sobre investimentos da estatal
2 Gabrielli: Preço dos derivados da Petrobras não pode fugir dos praticados internacionalmente
3 Gasoduto entre estados do Sudeste e Nordeste faz parte de plano estratégico da Petrobras
4 Obstáculos entravam investimentos em usinas de co-geração em São Paulo
5 Associação Paulista de Co-geradores de Energia entra em funcionamento no próximo mês

Grandes Consumidores
1 Governo estuda renovação de contrato de longo prazo com indústrias de alumínio
2 Pinguelli: Renovação dos contratos é uma chance de capitalizar a Eletronorte
3 Pinguelli: Licitações da Aneel no governo anterior têm aproveitamento hidrelétrico mais barato do Brasil

4 Cosipar amplia produção de ferro gusa
5 Eclusas seriam financiadas com recursos públicos

Economia Brasileira
1 Governo define política industrial
2 BID prevê crédito em 2004 a grandes empresas e PPA
3 BNDES tem prejuízo recorde

4 BNDES estuda incentivo para bens de capital
5 Investidores estrangeiros devem voltar em 2005
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Ausência da Enron atrapalha concorrência na Europa
2 RWE registra lucro de 13 mi de euros no primeiro semestre
3 Governo do Chile se prepara para possível falta de gás natural
4 Governo português admite não homologar concessão de gás natural no Algarves

 

Reestruturação e Regulação

1 Governo vai divulgar nesta semana diretrizes para o marco regulatório

No embalo da retomada dos investimentos externos no País, o governo prepara-se para divulgar, nesta semana, um documento contendo as diretrizes do novo marco regulatório brasileiro. O objetivo é dar confiança para o investidor, ao eliminar dúvidas quanto à atuação das agências reguladoras e da política tarifária. "Qualquer empresário quer tomar risco sabendo quais são os parâmetros com que vai trabalhar", disse o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, um dos autores do texto. "Esse ordenamento é essencial para que o investidor estrangeiro tenha o mínimo de interesse no Brasil." A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, foi orientada pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a acelerar a elaboração do novo marco regulatório no setor de energia elétrica. Além disso, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, conclui nesta semana a regulamentação da Parceria Público-Privada (PPP). (Estado de São Paulo - 25.08.2003)

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2 Abeer quer criação de programa de incentivo para cada fonte renovável

A Abeer (Associação Brasileira de Empresas de Energia Renovável e Eficiência Energética) quer aproveitar o momento atual de mudança no setor elétrico para difundir o uso de fontes de energia renováveis na matriz energética brasileira. Para isso, a entidade, que está no mercado há sete anos, defende a criação de programas de incentivo específicos para cada fonte alternativa. Segundo Ruberval Baldini, presidente da associação, o Proinfa não atende por completo o interesse do governo de diversificar a matriz energética. Ele explica que cada fonte tem suas próprias características e, conseqüentemente, seus custos são diferenciados. Por isso, a criação de programa de incentivo para cada fonte alternativa seria o ideal. Baldini cita como exemplo o caso da Dinamarca, em que o governo daquele país definiu como meta a implantação de 75 MW de energia eólica em 10 anos. No entanto, a meta foi alcançada pelo país em menos de oito anos. Na avaliação do executivo, isso só foi possível porque o governo dinamarquês definiu um programa de incentivo para a fonte. (Canal Energia - 22.08.2003)

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3 Paraná pode fornecer energia gratuita a consumidores de baixa renda

O governador Roberto Requião anunciou sexta-feira (22/08) a intenção de isentar os consumidores de até 100 KWh mensais de eletricidade do pagamento da conta, o que deverá beneficiar cerca de 700 mil paranaenses em 200 mil domicílios. A medida amplia decisão anterior do ex-governador Jaime Lerner, que isentava do pagamento 15 mil residências com consumo de até 30 KWh mensais, o que significa contas na faixa de R$ 2,30. Técnicos da Copel começaram a analisar as conseqüências da medida, mas não sabem ainda se a decisão beneficiará consumidores de baixa renda e também o baixo consumo, como um flat em bairro nobre em que o gasto é baixo pelo fato de o morador passar o dia fora. Outros critérios que definirão quem tem direito à isenção - chamada de tarifa social - ainda não foram definidos pela Copel. A decisão de criar a tarifa social não deve afetar o caixa da Copel. O programa vai ser custeado pelo governo do estado, que repassará os recursos para a empresa, subsidiando os consumidores. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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4 Tarifa social de energia atende minoria no MS

A maior parte das famílias carentes continua excluída da tarifa social de energia elétrica no MS por falha nos programas sociais do Governo Federal. Essa análise é feita pelo presidente da Agepan, Anízio Pereira Tiago, responsável pela fiscalização da empresa energética estadual. Dos 340 mil clientes com direito ao benefício, que daria desconto de até 66% na conta de luz, 58% não estão cadastrados no MS. Tiago explica que a única forma de o cidadão ser incluído na tarifa social é estar cadastrado em um dos programas sociais do Governo Federal. Somente o Bolsa-Escola da União beneficia 47 mil famílias no Estado do Mato Grosso do Sul. "O cadastro é incompleto", avalia o presidente da Agepan, ressaltando que a ampliação da tarifa social depende da regularização dos projetos federais. (Correio do Estado - 25.08.2003)

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5 Câmara realizará audiência para debater modelo do setor de energia

A Comissão de Minas e Energia da Câmara realizará audiência pública para debater o modelo do setor elétrico com associações dos setores de distribuição, transmissão e geração e representantes do governo federal. Ainda não foi definida data para realização da reunião. A proposta do deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) foi aprovada por unanimidade pela comissão na última quarta-feira, dia 20 de agosto. (Canal Energia - 22.08.2003)

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6 Fiesp organiza evento para debater novo modelo

A Fiesp realiza, de 26 a 28 deste mês, encontro anual com empresários, especialistas e autoridades de governo, em São Paulo, sobre o novo modelo do setor elétrico. A entidade quer discutir as dúvidas que persistem no ambiente de negócios e aumentam o receio dos investidores. (Folha de São Paulo - 24.08.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás cria programa de eficientização de energia

A Eletrobrás criou o Programa de Eficientização Industrial, para racionalizar o consumo de energia elétrica das indústrias. O programa vai ensinar as indústrias de todo o país como economizar até 30% de energia, para aumentar a competitividade. As federações de indústrias do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco e de Mato Grosso já assinaram convênios com a Eletrobrás. Na quinta, a Fiemg aderiu ao programa. Serão investidos, aproximadamente, R$ 500 mil por Estado. (Folha de São Paulo - 23.08.2003)

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2 Cemig investe R$ 13 mi em P&D

A Cemig investirá até o final do ano R$ 13 milhões em programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Os P&Ds vão contemplar o desenvolvimento de novos produtos e melhorias de processos da maioria das áreas de atuação da Cemig e têm como objetivo a geração de novas metodologias, softwares, protótipos de equipamentos e acessórios para o sistema elétrico, além da instalação de laboratórios e criação de centros de excelência em universidades e centros de pesquisa do estado. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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3 Celpe receberá certificação ISO 14001

A Celpe receberá nesta sexta-feira, dia 22 de agosto, a certificação ISO 14001 para a usina Tubarão, localizada em Fernando de Noronha, em Pernambuco. A termelétrica é o segundo empreendimento da empresa, o primeiro foi o edifício-sede em agosto, a ter implantado um sistema de gestão ambiental. A premiação concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas está sendo dada pelos investimentos que foram feitos na geração e distribuição da energia do local. A empresa instalou dois novos grupos geradores de 1 MVA cada um, com baixa emissão de poluentes, construiu uma bacia de contenção e a implantou um moderno sistema de combate a incêndio. Além disso, a Celpe colocou espaçadores na rede de baixa tensão do arquipélago para prevenir curtos-circuitos no contato das árvores com a rede elétrica, proporcionando uma convivência mais harmônica com a natureza. (Canal Energia - 22.08.2003)

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4 Enertrade registra lucro de R$ 1,2 mi no semestre

A Enertrade fechou o primeiro semestre do ano com lucro de R$ 1,2 milhão. Ainda nesse período, o faturamento alcançou R$ 71 milhões. A previsão é fechar o ano com uma receita de R$ 151 milhões, quase três vezes superior aos R$ 46 milhões registrados no ano passado. Para 2004, a comercializadora prevê um crescimento em torno de 30% no faturamento assegurado. Com isso, a receita subirá para R$ 187 milhões. "Estamos conseguindo ter um bom desempenho apesar das dificuldades do mercado", afirma Ricardo Lima, diretor de Comercialização no Atacado. Segundo ele, as dificuldades no setor elétrico não estão influenciando a empresa a fechar novos negócios, principalmente com grandes consumidores. Ele diz que os consumidores estão preocupados com a proposta do novo modelo do setor elétrico apresentado pelo governo e, por isso, alguns clientes estão procurando a Enertrade para fechar contratos de compra e venda de energia. (Canal Energia - 22.08.2003)

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5 Curtas

A Copel abre processo para serviços de atendimento de emergência no sistema elétrico de distribuição de energia, sob regime de empreitada por preço mensal, com equipe de um elemento, com dois lotes, na Fazenda Rio Grande e Guaraituba. O prazo vai até 1º de setembro. (Canal Energia - 22.08.2003)

A Cemig licita manutenção de emergência na rede de distribuição urbana e manutenção pública. O prazo para entrega de propostas termina em 3 de setembro. (Canal Energia - 22.08.2003)

Furnas abre licitação para a contratação do fornecimento de reatores de 550 KVA e reatores de 362 KV. O preço do edital é de R$ 15,00 e o prazo encerra em 30 de setembro.(Canal Energia - 22.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Pinguelli vê possibilidade de colapso igual ao de 1999

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que há risco de um colapso de energia no Brasil como o ocorrido em 1999, quando dez Estados e o Distrito Federal ficaram sem energia, mas sem a dimensão do blecaute dos Estados Unidos. Em 1999, o blecaute foi atribuído à queda de um raio numa subestação em Bauru. Pinguelli, porém, descartou o risco de um novo racionamento, como o de 2001. "Uma questão é o racionamento como ocorreu no Brasil em 2001, não há risco disso no sistema interligado, o que a ministra Rousseff afirmou com toda razão. Uma outra questão é um colapso, como aconteceu no Brasil em 1999. Isso é um acidente, pode ocorrer", afirmou. Segundo Pinguelli, a situação está sob controle, mas tende a se agravar se não houver novos investimentos no sistema de transmissão de energia e na manutenção das linhas já existentes. Ele não disse até quando a situação estaria sob controle, caso não haja novos investimentos. "Se faltar investimento, não tem data marcada o acidente, mas o risco de acidente aumenta". Segundo o presidente da Eletrobrás, risco de racionamento não há. Pinguelli disse que, numa reunião do Conselho Superior dos presidentes das empresas do grupo Eletrobrás, em julho, fez um documento pedindo "atenção" com a manutenção. O documento, segundo ele, foi feito após duas quedas de energia, uma no Rio, que atingiu o município de Niterói, e outra na região Norte, que atingiu algumas cidades do interior do Amazonas. Quanto aos investimentos, Pinguelli disse que a Eletrobrás foi a empresa que mais investiu no Brasil em energia neste ano, cerca de R$ 3,5 bilhões, fazendo também um superávit fiscal de R$ 1 bilhão. O ideal, para ele, será, com o crescimento econômico, investir de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões. (Folha de São Paulo - 23.08.2003)

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2 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Diretor financeiro da Petrobras fala sobre investimentos da estatal

Do total previsto de US$ 34,5 bilhões de investimentos da Petrobras, para os próximos cinco anos, US$ 550 milhões devem ser aplicados na modernização e ampliação da refinaria Landulfo Alves, em Mataripe, recôncavo baiano. O anúncio foi feito em Salvador pelo diretor Financeiro da estatal, José Sérgio Gabrielli, em palestra para cerca de 200 empresários. Ele explicou por que a empresa vai bem, apesar da crise econômica do País, e disse que a Petrobras faz sua parte, e é o maior contribuinte estatal do governo federal, além de investir cerca de R$ 300 milhões, anualmente, em ações de responsabilidade social. Segundo Gabrielli, parte dos investimentos se destina à aquisição de cinco novas plataformas de extração em águas profundas. "A P51 e a P52 estão em fase final de licitação, e as futuras P52, P53 e P54, em fase de preparação". Do total de US$ 34,5 bilhões previstos, apenas US$ 5 bilhões devem vir de captação no exterior, e o restante, cerca de 85%, será financiando com recursos de fontes originárias do País. A empresa pretende bancar 57% dos investimentos previstos com recursos próprios, e dispõe em caixa de recursos em torno de R$ 16 bilhões. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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2 Gabrielli: Preço dos derivados da Petrobras não pode fugir dos praticados internacionalmente

José Sérgio Gabrielli explicou que a Petrobras tem 60% de seus custos em moeda estrangeira, e que por conta disso, o preço dos seus derivados não pode fugir muito aos praticados internacionalmente. "Temos uma dívida de US$ 14 bilhões, com um perfil de seis anos, perfeitamente administrável, mas que exige gestão competente, para permitir o crescimento seguro". "Da mesma forma", continua, "não podemos também praticar preços acima do mercado, já que a importação está liberada e fatalmente ocorrerá num cenário destes". Gabrielli disse que no primeiro trimestre, a gasolina no País esteve abaixo do preço americano. O diretor financeiro revela que o melhor negócio, para a empresa, é extrair, refinar, e comercializar petróleo no País. "Temos uma proximidade de 100 milhas de nosso mercado, que também apresenta forte potencial de expansão, isto é um dos fatores que garantem a competitividade da empresa, que tem o concorrente mais próximo a pelo menos 3 mil milhas." Por outro lado, a maior dificuldade é o alto custo da captação. "Enquanto conseguimos uma taxa de 9%, boa se comparada à obtida pelo governo, a China conseguiu financiamento de US$ 4 bilhões a 5,5% para o setor no País." A causa é o grande volume de reservas chinesas, de 240 bilhões de barris. "É garantia satisfatória ao investidor". (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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3 Gasoduto entre estados do Sudeste e Nordeste faz parte de plano estratégico da Petrobras

O diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, alinhou algumas prioridades da estatal, como a integração dos estados do Sudeste e Nordeste, que têm oferta e demanda invertidas na produção de gás natural, que podem ser equalizadas a partir da construção de um gasoduto interligando as duas regiões. Outra necessidade está na revisão do portfólio petroquímico, pois apesar da participação em várias indústrias o poder de decisão da empresa é limitado. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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4 Obstáculos entravam investimentos em usinas de co-geração em São Paulo

A Comgás e a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) querem aumentar a geração de energia elétrica no estado de São Paulo por meio das usinas de co-geração. Enfrentam, entretanto, o problema dos custos elevados, tanto do gás natural como da implantação das usinas, além da conjuntura atual que desestimula os investimentos no setor elétrico. Com potencial estimado de gerar entre 5 mil MW e 8 mil MW, com base principalmente em bagaço de cana-de-açúcar e gás natural, o estado produz atualmente cerca de 500 MW em co-geração. Deste total, 400 MW saem das usinas de álcool e açúcar, predominantemente, e o restante é gerado por meio do gás natural. Entre os usineiros de cana-de-açúcar, o problema para ampliar a co-geração de energia esbarra na conjuntura atual do setor elétrico, com sobra de energia e baixo preço no mercado "spot", e na falta de regras mais claras que garantam retorno ao investimento e linhas de financiamento. Segundo Onório Kitayama, assessor da diretoria da Unica, atualmente há apenas 390 MW em projetos de co-geração com base em biomassa em processo de outorga na Aneel, e somente 75 MW já aprovados pelo órgão. O Proinfa prevê contemplar 1,1 mil MW de projetos de biomassa. De acordo com Kitayama, apesar dos descontos de 50 % nas tarifas de conexão, transmissão e distribuição previstos pelo Proinfa, na maior parte das vezes os usineiros preferem investir em ampliação dos canaviais ou na produção de álcool ou açúcar do que na construção de uma planta de co-geração de energia. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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5 Associação Paulista de Co-geradores de Energia entra em funcionamento no próximo mês

Para tentar aumentar a participação da co-geração na matriz energética paulista, entra em funcionamento no próximo mês a Associação Paulista de Co-geradores de Energia (Cogen), que além da Comgás e Única também tem como fundadores as concessionárias Gas Brasiliano e Gas Natural SPS, a Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná (ADTP) e empresas como a Tractebel, Siemens, Dalkia, EnergyWorks e Tec Participações Ltda. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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Grandes Consumidores

1 Governo estuda renovação de contrato de longo prazo com indústrias de alumínio

O governo federal negocia atualmente com duas mega-indústrias de alumínio da região Norte do país, a Albrás e a Alumar, a obrigação de fornecimento de energia por um prazo de 20 anos. As empresas já possuem essa garantia há 19 anos, mas os contratos chegam ao fim em meados do ano que vem. As duas indústrias consomem, juntas, três vezes mais energia do que a população do Estado do Pará. A Albrás está localizada no Pará e a Alumar, no Maranhão. Os acionistas da Albrás e da Alumar têm concessões para construir hidrelétricas que garantiriam sua energia. Em maio, eles desistiram do principal empreendimento, a usina Santa Isabel, no rio Araguaia. O projeto foi vetado pelo Ibama e teria de ser refeito. Segundo a Aneel, o grupo terá de pagar uma multa de cerca de R$ 120 milhões ao governo. As empresas pressionam para que haja uma decisão rápida e condicionam a realização de novos investimentos na produção de alumínio à renovação do contrato de longo prazo. O governo admite renovar os contratos, mas sem o subsídio de preços que foi concedido pelo Estado até agora. A Eletronorte deixou de faturar US$ 1,3 bilhão com a venda de energia elétrica à Albrás e à Alumar desde 1984 até hoje, devido ao subsídio de preços estabelecido nos contratos iniciais das duas empresas. (Folha de São Paulo - 24.08.2003)

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2 Pinguelli: Renovação dos contratos é uma chance de capitalizar a Eletronorte

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, diz que as negociações com a Albrás e a Alumar estão sendo feitas em comum acordo com a Eletronorte, e que ambos os lados têm interesse em renovar os contratos. Pinguelli disse que a Eletronorte enfrenta uma inadimplência crônica das distribuidoras da energia da região Norte e a renovação dos contratos com a Albrás e a Alumar, sem subsídio de preço, é uma chance de capitalizar a estatal. Segundo ele, as empresas terão algum desconto no preço da energia em relação ao valor que é cobrado das demais indústrias."O grande comprador tem preço menor, mas não haverá subsídio". Pinguelli Rosa não falou em cifras (o valor em negociação é da ordem de US$ 25 por MWh), mas disse que a orientação do governo federal é não inviabilizar o investimento empresarial para que as fábricas continuem no Brasil. (NUCA e Folha de São Paulo - 24.08.2003)

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3 Pinguelli: Licitações da Aneel no governo anterior têm aproveitamento hidrelétrico mais barato do Brasil

A seguir, um trecho da entrevista de Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás, publicada na Folha de São Paulo: Folha - Por que o governo não assina o contrato por prazo menor e induz as indústrias a produzirem sua própria energia? Pinguelli Rosa - Se o setor privado tem dinheiro para investir em energia, tudo bem, mas há um lado traiçoeiro neste raciocínio: algumas das licitações feitas pela Aneel no governo anterior têm o aproveitamento hidrelétrico mais barato do Brasil e não é justo que a energia mais barata vá para o setor industrial e que a mais cara fique com o resto da população. É claro que o Estado não deve fazer toda a energia de que as empresas precisam, mas a Eletronorte tem problemas sérios de receita com as distribuidoras dos Estados mais pobres da região Norte, que são devedoras crônicas, ao passo que a Alumar e a Albrás pagam em dia. Uma fonte real de receita para a Eletronorte é a venda de energia para os eletrointensivos.

Folha - Soube que há interesse da Eletronorte em comprar a concessão da usina Santa Isabel. Isto faz parte das negociações com os grupos Alumar e Albrás? Pinguelli Rosa - A Eletrobrás assumiu uma posição mais proativa para aumentar sua presença no mercado de energia. Podemos entrar em empreendimentos elétricos, se houver retorno financeiro para a empresa. Não será mais como no passado, em que ela só entrava em negócios para ter prejuízo, a ponto de que podia ter sido chamada de Eletrobrás Prejuízos Sociedade Anônima. Isso acabou. (Folha de São Paulo - 24.08.2003)

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4 Cosipar amplia produção de ferro gusa

Das cinco empresas que hoje produzem ferro gusa no distrito industrial de Marabá, na região sudeste do Pará, três estão em fase de expansão e a maior delas, a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar), que pertencente ao grupo Costa Monteiro, acaba de se tornar a maior produtora independente de ferro gusa do Brasil, com a entrada em operação do quarto auto-forno que elevará a produção da indústria de 320 mil toneladas para 500 mil toneladas anuais. A produção do parque guseiro de Marabá, que em 2004 deverá atingir um milhão de toneladas anuais, representa um passo importante na agregação de valor ao minério extraído em território paraense. "Precisamos oferecer melhor infra-estrutura e menores custos para os investidores. Por isso o governo do Estado está preparando um plano de desenvolvimento para o setor mineral que deverá contar com o acompanhamento de uma consultoria internacional e que deverá apontar quais obras estruturais devem ser realizadas para tornar o Pará mais atrativo aos investidores do setor mineral", disse o secretário especial de Produção, Sérgio Leão. No caso de Marabá, por exemplo, o secretário especial de Produção, Sérgio Leão, ressaltou que a economia local terá uma boa alavancagem com a construção das eclusas. Sérgio Leão lembrou que a hidrovia Araguaia-Tocantins é provavelmente o mais importante corredor hidroviário de integração entre a Amazônia e o centro-sul brasileiro. (O Liberal - 25.08.2003)

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5 Eclusas seriam financiadas com recursos públicos

O secretário especial de Produção, Sérgio Leão, fez questão de explicar que a proposta apresentada pelo governador do Pará, de bancar 50% do valor da obra com o adiantamento de três anos dos royalties pagos pela Eletronorte pelo uso do potencial hidroenergético do Estado, é a melhor saída para tirar as eclusas do papel. "Esse é um tipo de obra que não pode ser construída com a participação do setor privado. Nenhuma empresa privada investe recursos a fundo perdido. Ela vai querer ter lucro com o investimento e lucro, só se os navios pagassem para usar a eclusa, mas nós não vamos fazer isso", disse Sérgio Leão. Para assegurar a gratuidade do transporte na hidrovia, afirmou o secretário, é que o governador Simão Jatene defende como melhor alternativa a construção das eclusas utilizando apenas recursos públicos. Metade deles viriam da União e a outra metade, do governo estadual. (O Liberal - 25.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Governo define política industrial

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva praticamente definiu, após vários meses de discussões, os segmentos que serão beneficiados por uma política industrial com vistas ao crescimento econômico sustentável. Ao contrário de setores tradicionais e grandes geradores de mão-de-obra, os eleitos foram as áreas de semicondutores, software, fármacos e medicamentos e bens de capital. A opção foi por setores com capacidade de competir nos padrões internacionais e contribuir para a redução da vulnerabilidade externa. Elaborada por um grupo de "notáveis" ligados ao Ipea e a ministérios, a proposta de política industrial "tem como objetivo o aumento da eficiência econômica e do desenvolvimento e difusão de tecnologias com maior potencial de indução do nível de atividade e de competição no comércio internacional". O governo reconhece que o tamanho de muitas empresas é pequeno para os padrões internacionais. Para garantir um futuro exportador ao País, pretende estimular a fusão de empresas ou a atuação conjunta para possibilitar o desenvolvimento tecnológico e inserção mais ativa no comércio exterior. Também se compromete a aprovar instrumentos que facilitem a obtenção de financiamentos por consórcios de empresas. O texto de introdução assinala que a política estará focada no aumento da eficiência da estrutura produtiva, da capacidade de inovação das empresas brasileiras e expansão das exportações. Uma das marcas fundamentais será a alocação de recursos públicos e privados para pesquisa e desenvolvimento e para a alta qualificação do trabalhador. (Estado de São Paulo - 25.08.2003)

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2 BID prevê crédito em 2004 a grandes empresas e PPA

O BID, que já vem destinando a sua maior fatia de recursos para o Brasil, prevê aumento dos investimentos no País em 2004 e também uma reversão de prioridades. Hoje, as maiores atenções do banco estão voltadas a projetos sociais, onde estão incluídos desde programas de saúde até turismo. O foco no próximo ano passa a ser o financiamento de empresas que queiram se integrar às parcerias público-privadas (PPP) através das quais o governo federal pretende viabilizar a execução do Plano Plurianual (PPA) 2004/2007, em fase de discussão. Sem poupar elogios ao governo Lula, o presidente do BID, Henrique Iglesias, ressaltou que o banco já oferece, através de instituições financeiras oficiais, linhas de financiamento para micro, pequenas, médias e grandes empresas, liberando em média US$ 650 milhões/ano. Esse montante corresponde a 43% de tudo o que o banco destina em média anualmente ao País. Porém, no caso do crédito para pequenos negócios, o foco é mais social, com ênfase na geração de emprego e renda. A idéia para 2004 é ampliar a atuação junto às empresas maiores, financiando as que se disponham a entrar nas parcerias público-privadas. O banco pretende não apenas alargar a fatia, mas também aumentar o bolo de recursos no próximo ano. O presidente, no entanto, prefere não arriscar uma estimativa para este incremento. Iglesias contabiliza que o banco vem aportando anualmente no Brasil US$ 1,5 bilhão e que esta média será mantida em 2003. Quanto ao PPA, o presidente sustenta que "o BID vai apoiar expressivamente a viabilização do plano". "Neste sentido, temos interesse em priorizar o setor privado, já que o governo federal depende dele para tirar o PPA do papel", explicou Iglesias. Iglesias ressaltou que o ministro do Planejamento, Guido Mantega, e o BNDES já vêm negociando com a instituição desde o início do ano, visando o incremento das operações BID no mercado brasileiro. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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3 BNDES tem prejuízo recorde

A situação financeira do BNDES vem sendo monitorada de perto pelo governo, que já se comprometeu a dar apoio ao banco, "no momento oportuno", dizem fontes da Fazenda. Contudo, o pleito já apresentado pelo BNDES, em favor do aumento de seu capital, não vem tendo receptividade da União. A União também recusou proposta do banco no sentido de reter a distribuição de dividendos, relativos ao lucro do BNDES apurado no exercício de 2002, que foi de R$ 550 milhões. Pela legislação em vigor, a União tem direito de receber dividendos de, no mínimo, 25% do valor do lucro. O objetivo do BNDES era incorporar o valor do lucro ao capital do banco. O patrimônio líquido do banco cresce abaixo das expectativas, com expansão de apenas 23% em sete anos, atingindo R$ 12,3 bilhões no ano passado. Maior agente financeiro de longo prazo do País, o BNDES encerrou 2002 com lucro líquido de R$ 550 milhões, 31,5% menor que os R$ 802 milhões apurados no ano anterior. O resultado de 2002 foi fortemente impactado pelo desempenho do último trimestre, quando o BNDES aumentou provisões contra perdas decorrentes de possível inadimplência da AES. Os resultados financeiros não deverão prejudicar os projetos de investimentos do BNDES, com orçamento previsto de R$ 34 bilhões em 2003. Mas com a retração da atividade econômica, os desembolsos do BNDES, nos primeiros sete meses deste ano, acumulam R$ 14,2 bilhões, com queda de 14% em relação aos R$ 16,5 bilhões liberados em igual período de 2002. (Gazeta Mercantil - 25.08.2003)

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4 BNDES estuda incentivo para bens de capital

O BNDES estuda a criação de um programa de financiamento com taxas de juros fixas para modernização do parque industrial brasileiro. Na linha do Moderfrota e Modercarga deverá ser criado o "Modermaq", voltado para bens de capital produzidos no país. "Queremos promover um grande impulso nos investimentos baseado no pressuposto que se a taxa de juros for fixa recupera-se a idéia do investimento. Estamos ainda examinando a possibilidade de estender essa modalidade de empréstimo a outros setores", disse o vice-presidente do BNDES, Darc Costa. O financiamento a juro fixo retira do investidor a variável errática da taxa de juro flexível. "A taxa de juro sendo fixa o tomador sabe quanto vai pagar", frisou. A idéia da atual direção do banco é melhorar cada vez mais as condições de crédito da instituição no rastro da queda da Selic. Uma medida que está sendo examinada é a de limitar o custo do empréstimo baseado em cesta de moedas mais correção cambial ao financiamento destinado à exportação. Outra providência para baratear os empréstimos do BNDES é fiscalizar e punir os agentes financeiros que extrapolem em sua função de repassadores de dinheiro do banco. "Pretendemos tomar medidas para extinguir práticas que o sistema financeiro adota para repassar recursos do BNDES, como exigência de reciprocidade do tomador, depósitos prévios e outras. Vamos fiscalizar e punir as instituições financeiras que procederem assim". Na questão dos investimentos em infra-estrutura, assunto que vem sendo discutido com relevância pelo governo, Costa destacou que o BNDES está preocupado com a iniciativa privada. "Nós temos que criar condições para financiar às empresas nesses projetos, mas hoje temos um problema sério, que são as garantias. Como banco, temos que receber garantias dos financiamentos que executamos, temos que criar mecanismos que sustentem as garantias", disse. Ressaltou o prejuízo que o BNDES registrou no balanço do primeiro semestre do ano devido à necessidade de fazer provisões de devedores da época da privatização, como a AES, Chapecó, Cemig e governos estaduais, cujos empréstimos careciam de garantias firmes. (Valor - 25.08.2003)

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5 Investidores estrangeiros devem voltar em 2005

Apesar de estarem confiantes em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os investidores estrangeiros ainda estão muito preocupados com a volatilidade da economia brasileira e céticos quanto a investir no país por enquanto. Mas isso não significa que as perspectivas sejam negativas para os próximos anos. Se 2004 se confirmar como um ano mais estável, como se espera, o investimento estrangeiro deve voltar ao Brasil em 2005. A percepção é do CEO mundial da consultoria de alta gestão A.T. Kearney, Dietmar Ostermann. "Passado o medo anterior às eleições, a comunidade internacional tem hoje crédito com o governo brasileiro. Ela sente que o país está no bom caminho, as reformas estão indo na direção certa e os indicativos de crescimento são grandes", disse Ostermann. "Mas a volatilidade ainda é mortal para os investidores, porque a pressão do mercado financeiro é pesada e não se pode apostar em um país que tem altos índices de crescimento em um ano e despenca no outro". Ostermann disse que conversou com diversos executivos e presidentes de empresas esta semana e gostou do que ouviu. "Eles estão bastante otimistas, até mais que os americanos, e parecem estar lidando com muita sensibilidade com a situação econômica atual". (Valor - 25.08.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio tem fraca liquidez e o dólar sofre alguma volatilidade neste final de manhã. Às 11h50m, o dólar comercial subia 0,23%, cotado a R$ 2,992 na compra e R$ 2,995 na venda. Na sexta, o dólar comercial fechou com 0,56% de baixa, a R$ 2,9850 na compra e a R$ 2,9880 na venda. Na semana, a divisa teve leve recuo de 0,20%. (O Globo On Line e Valor Online - 25.08.2003)

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Internacional

1 Ausência da Enron atrapalha concorrência na Europa

Vinte meses após a queda da Enron Corp. e depois do blecaute de energia da semana passada nos EUA ter trazido à tona novos debates sobre a desregulamentação do setor de eletricidade no mercado americano, alguns executivos de empresas de serviços públicos européias dizem estar nostálgicos em relação a sua antiga rival. Segundo eles, sem os comercializadores de energia dos EUA, a União Européia (UE) pode ter dificuldades para quebrar o monopólio de empresas como a Electricité de France, em um momento no qual a região se expande em direção ao Leste para criar o segundo maior mercado de energia do mundo. "Admito: tenho saudades dos dias da Enron", disse Frederic Beucher, diretor de comercialização de energia da unidade alemã da Statkraft, maior empresa elétrica da Noruega. Companhias americanas como a Aquila e a Dynegy saíram da UE após a falência da Enron, em dezembro de 2001, o que dificultou a obtenção de financiamento e afetou o preço de suas ações. O cenário fez com que a comercialização de energia na Europa crescesse apenas 5% em 2002, ante o aumento de 86% verificado em 2001, de acordo com a Prospex Research Ltd. (O Globo - 25.08.2003)

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2 RWE registra lucro de 13 mi de euros no primeiro semestre

A RWE, maior comercializadora de energia da Europa, anunciou que o lucro operacional do primeiro semestre com a comercialização de energia caiu 68%, para 13 milhões de euros (US$ 14,4 milhões). (O Globo - 25.08.2003)

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3 Governo do Chile se prepara para possível falta de gás natural

O governo do Chile está preparando um plano de contingência caso a falta de gás na Argentina resulte em desabastecimento de gás para geradoras de energia e distribuidores de gás, informou o jornal chileno El Diario. O governo quer que as geradoras movidas a gás assegurem que têm reservas de combustível suficientes para manter suas operações se o gás da Argentina for cortado, informou o jornal. Em 2002, as empresas argentinas exportaram 11,4%, ou 15 milhões de metros cúbicos por dia, do total da produção nacional para o Chile através de quatro gasodutos - Pacífico, Gás Andes, Norandino e Atacama - que cruzam os Andes do oeste da Argentina até o Chile. A dependência que o Chile tem do gás argentino ficou evidente em fevereiro de 2002 quando, devido a uma disputa trabalhista envolvendo trabalhadores da empresa francesa Total e da espanhola Repsol-YPF, o fornecimento de gás para o Chile foi cortado por cerca de sete horas, quase forçando um racionamento de energia. O fornecimento de gás está ameaçado porque os baixos preços na Argentina estão desincentivando as empresas privadas de investirem em exploração de gás para substituir reservas esgotadas. No entanto, a fonte disse que é muito pouco provável que as reservas de gás acabem antes de dezembro de 2004 e como os chilenos pagam em dólar, provavelmente terão prioridade das empresas argentinas sobre os mercados domésticos. (Business News Americas - 22.08.2003)

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4 Governo português admite não homologar concessão de gás natural no Algarves

O ministério da Economia de Portugal admitiu, segundo uma notícia publicada no semanário "O Independente", a possibilidade de não homologar a concessão da exploração de gás natural nos blocos 13 e 14 ao consórcio formado pela Repsol/RWE. Na semana passada foi revelado que o consórcio formado pelas empresas espanhola e alemã iria explorar o potencial de gás natural em profundidade destas duas zonas do sotavento algarvio, aguardando apenas a homologação da concessão. Segundo um relatório do ministério da Economia citado pelo semanário, "a proposta apresentada não traz contrapartidas suficientes para justificar a entrega a estrangeiros de um recurso natural tão valioso". O processo está nas mãos do secretário de Estado Adjunto da Economia, Franquelim Alves, e aguarda a homologação desde Dezembro do ano passado. (Diário Econòmico - 22.08.2003)

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