l IFE:
nº 1.178 - 22 de agosto de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Pinguelli: Iniciativa privada deve participar dos investimentos no SEE Luiz Pinguelli
reiterou ontem a necessidade de que a iniciativa privada participe dos
investimentos no setor elétrico. Segundo Pinguelli, a meta da Eletrobrás
é investir R$ 3,5 bilhões em 2003, menos do que os R$ 3,8 bilhões previstos
pela empresa no início do ano. Os investimentos serão feitos, em grande
parte, em manutenção. O presidente da Eletrobrás lembrou que o novo modelo
para o setor energético, que deverá estar concluído no primeiro trimestre
de 2004, tem como principal objetivo atrair os investimentos da iniciativa
privada. Segundo ele, as reclamações das empresas sobre o projeto do novo
marco regulatório são normais. Ele acredita, no entanto, que uma vez colocado
em prática o novo modelo, as empresas se adaptarão e continuarão participando
dos novos investimentos. Para o presidente da Eletrobrás, mais importante
que a discussão sobre o novo modelo é, neste momento, a crise do setor,
com várias empresas enfrentando sérias dificuldades. "As condições iniciais
são caóticas, este é o problema". (Valor - 22.08.2003) 2 Pinguelli: Manaus precisa de mais usinas O sistema
elétrico na região norte do país é hoje a grande preocupação do presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. "O norte está em caos", alertou. Segundo
ele, a capital do Amazonas corre o risco de a qualquer momento ficar sem
fornecimento de energia. "A situação em Manaus é crítica; temos de colocar
mais usinas lá", disse. (Valor - 22.08.2003) 3 CBIEE e associações do setor discutem proposta do novo modelo elétrico Entidades
representativas dos diversos segmentos do mercado de energia pretendem
aprimorar de forma conjunta as análises e avaliações feitas internamente
a cerca da proposta de novo modelo para o setor elétrico. Em uma reunião
programada para esta sexta-feira, dia 22 de agosto, em São Paulo, as principais
associações vão debater as considerações e, principalmente, as críticas
elaboradas a partir do documento-base da reforma. O encontro está sendo
coordenado pela CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica)
e deverá contar com a presença de representantes da Abrage (geradoras),
Abradee (distribuidoras), Apine (produtores independentes), ABCE (concessionárias),
Abrace (grandes consumidores industriais), Abraceel (comercializadores),
Abraget (geradores termelétricos), entre outras entidades. Segundo um
executivo que estará presente amanhã na reunião, a idéia é que os diferentes
grupos que compõem a cadeia do setor elétrico troquem informações e discutam
saídas para pontos questionados na proposta lançada pelo Ministério de
Minas e Energia. O presidente da CBIEE, Cláudio Sales, limitou-se a dizer
que a reunião programada para faz parte de encontros regulares que já
vêm sendo realizados, e não terá caráter definitivo ou decisório. Paralela
às discussões no âmbito corporativo, as associações continuam mantendo
uma agenda semanal com o secretário executivo do Ministério, Maurício
Tolmasquim, encarregado de colher as contribuições para aperfeiçoamento
do que será levado adiante. (Canal Energia - 21.08.2003)
Empresas 1 Chesf registra lucro de R$ 369,4 mi no semestre A Chesf
registrou lucro de R$ 369,4 milhões nos primeiros seis meses do ano. A
receita bruta subiu 10,2%, passando de R$ 1,4 bilhão, em 2002, para R$
1,5 bilhão, em 2003. A gestão operacional da companhia também foi melhor
que a do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, o fluxo disponível
no caixa da geradora foi de R$ 9 milhões. Em igual período de 2002, esse
fluxo foi de R$ 27 milhões. A boa gestão refletiu na receita de aplicações
financeiras, que passou de R$ 23 milhões, em 2002, para R$ 54 milhões
neste ano. Em relação às despesas operacionais, a geradora manteve as
contenções de despesas no primeiro semestre do ano, à exceção da área
de RH, que registrou aumento quadro, passando de 5.012 para 5.491. (Canal
Energia - 21.08.2003) 2 Chesf: Redução do nível de compra no MAE e câmbio contribuem para bom desempenho O presidente da Chesf, Dilton da Conti, atribuiu o bom desempenho da geradora no primeiro semestre ao aumento da receita e à valorização cambial no período. O valor da compra de energia no período foi menor que o registrado no mesmo período do ano passado. De janeiro a junho deste ano, a empresa desembolsou R$ 112,8 milhões na compra de energia no MAE, contra os R$ 388,7 milhões em igual período de 2002. A desvalorização do dólar frente ao real permitiu uma melhora no nível de endividamento da concessionária. Hoje, a Chesf tem uma dívida total de R$ 6,2 bilhões, sendo que R$ 949 milhões estão em moeda estrangeira. (Canal Energia - 21.08.2003) 3 EDP negocia venda de participação em ativos no Brasil O grupo
português EDP planeja vender participações de seus ativos no Brasil. Pelo
menos dois deles já estão em firmes negociações - a hidrelétrica de Peixe
Angical, em Tocantins, e a termoelétrica de Fafen, instalada no pólo petroquímico
de Camaçari (BA). As obras dos dois empreendimentos demandam investimentos
superiores a R$ 1,5 bilhão. Para a hidrelétrica de Peixe (452 MW), que
está com as obras paralisadas, o grupo tenta uma operação com Furnas.
A estatal busca arregimentar parceiros, numa tentativa clara de implementar,
desde já, o programa parceria público-privada (PPP). Na usina de Peixe,
a EDP já tem como sócio o grupo Rede, com 5%, e há algum tempo entrou
com pedido de financiamento no BNDES. O recurso ainda não foi liberado.
Dos investimentos demandados para esta usina, a EDP desembolsou até o
ano passado R$ 162 milhões. Previa colocar mais R$ 330 milhões este ano.
Procurado pelo Valor, o grupo EDP optou por não se manifestar. Furnas
alegou, segundo sua assessoria de imprensa, que o executivo não estava
disponível para comentar a negociação. Para a térmica de Fafen, a idéia
do grupo português é convencer sua sócia Petrobras - que atualmente detém
20% do empreendimento - a aumentar sua participação. Ou, até mesmo, conseguir
convencer a estatal a assumir totalmente o controle da usina, informa
uma fonte do setor. O Valor apurou que a venda de participação nas duas
usinas faz parte da reestruturação do grupo no Brasil. (Valor - 22.08.2003) 4
Coelce prevê investimentos de R$ 56 mi no segundo semestre 5 Brascan e Merrill Lynch criticam Copel O banco
Brascan e a agência de avaliação de risco Merrill Lynch criticaram a decisão
do governo do Paraná de desautorizar o reajuste nas tarifas da Copel.
Segundo o banco, "mais uma vez o governador (Roberto Requião) se apresenta
como um dos principais riscos e entraves para os papéis da Copel". A Merrill
Lynch avalia que a decisão não somente tem um efeito economicamente negativo
para a Copel, como também aumenta o nível de incerteza da empresa. (Valor
- 22.08.2003) 6 Contas da CEEE são desbloqueadas A juíza
da Vara do Trabalho de Bagé, Ana Luiza H'rter Sallfeld, autorizou ontem
o desbloqueio de R$ 1,7 milhão das contas da CEEE, no Banrisul. O dinheiro
foi retido para a quitação de dívidas trabalhistas resultantes de ações
movidas por funcionários terceirizados da CEEE. Eles requerem vínculo
empregatício com a estatal, desde o término do contrato em 1991, em Candiota.
A medida vale até o dia 29 próximo quando foi marcada nova audiência.
(Correio do Povo - 22.08.2003) A Cat-Leo (MG) conseguiu aprovação da Aneel na última terça-feira, dia 19 de agosto, para o projeto básico da pequena central hidrelétrica Palestina. Localizada no município de Guarani, em Minas Gerais, a usina terá 12,4 MW de capacidade instalada. (Canal Energia - 21.08.2003) A Aneel aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento da Eletrosul, que investirá R$ 1,36 milhões no ciclo 2002/2003. A empresa terá até o dia 31 de outubro de 2004 para cumprir as metas estabelecidas nos projetos. (Canal Energia - 21.08.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Pinguelli: País precisa de R$ 32 bi nos próximos quatro anos para evitar racionamento Evitar uma
nova crise no setor de energia elétrica no prazo de quatro anos vai exigir
investimentos da ordem de R$ 32 bilhões em geração, transmissão e distribuição.
A previsão foi feita ontem por Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás,
em Belo Horizonte, durante a assinatura de um convênio com a Federação
das Industrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Segundo Pinguelli, o
novo modelo do setor deverá criar um ambiente propício para o investidor,
tanto público quanto privado. "Para atender a um ritmo de crescimento
econômico de 4% ao ano, como prevê o governo, o setor de energia deverá
ter incentivos. Herdamos do neoliberalismo uma estrutura energética mal
gerida, com grandes dívidas e contratos com fornecedores e credores complicados.
Já estamos negociando esses contratos com cada um deles", disse. O empresário
Robson Braga de Andrade, presidente da Fiemg, afirmou que, em levantamento
com o próprio Pinguelli, se constatou que serão necessários investimentos
de cerca de R$ 8 bilhões por ano, caso contrário haverá um novo racionamento
em 2007. Tais aportes devem garantir uma geração adicional de quatro mil
MW por ano e aumentar a infra-estrutura no Norte e Nordeste do país. (Gazeta
Mercantil - 22.08.2003) 2 Submercado Sul acumula alta de 4,79% nos últimos sete dias A região
Sul teve consumo de 7.598 MW médios na última quarta-feira, dia 20 de
agosto, contra previsão de 6.647 MW médios do ONS. Em relação ao programa
mensal de operação, o submercado acumula alta de 4,79% nos últimos sete
dias. O consumo no Nordeste chegou a 6.114 MW médios, contra previsão
de 5.952 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região
está com alta no consumo de 0,46%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.441 MW médios, o subsistema registra queda de 7,17% no mesmo período.
O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 26.211 MW médios, contra previsão de 25.770
MW médios do ONS. O submercado registra queda de 3,15% no consumo nos
últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW
médios, o subsistema está com baixa de 9,02% no mesmo período. No submercado
Norte, o consumo atingiu 2.634 MW médios, contra previsão de 2.636 MW
médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação,
a região acumula queda de 0,56% nos últimos sete dias.(Canal Energia -
21.08.2003) 3 Capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 67,62% Os reservatórios
do subsistema Norte estão com 67,62% da capacidade, uma queda de 0,28%
em um dia. A usina de Tucuruí registra 82,06% do volume. (Canal Energia
- 21.08.2003) 4
Capacidade do subsistema Nordeste está em 36,18% 5 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 62,28% do volume A capacidade
do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 62,28%, o que corresponde a
uma redução de 0,29%. O volume armazenado está 34,86% acima da curva de
aversão ao risco. As usinas de Emborcação e Furnas estão com 76,75% e
79,19% da capacidade.(Canal Energia - 21.08.2003) 6 Reservatórios do subsistema Sul estão com 52,19% da capacidade A região Sul está com 52,19% do volume, uma queda de 0,55% em um dia. A hidrelétrica de Salto Santiado está com 43,27% da capacidade. (Canal Energia - 21.08.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Aneel aprova cobertura de custos do leilão de excedente O valor
de encargo para cobertura dos custos do leilão de excedente foi aprovado
pela Aneel. O Encargo de Serviços de Distribuição (ESD) foi criado em
função da liberação dos contratos iniciais ou equivalentes de compra e
venda e de excedentes de geração própria. A responsabilidade pelo pagamento
do encargo é dos consumidores livres, excetos os conectados diretamente
à rede básica, já que estes não usam a rede de distribuição das concessionárias.
O leilão será realizado pelo MAE e direcionado a consumidores livres já
conectados às redes de distribuição ou de transmissão e com demanda igual
ou superior a 3 MW. (Canal Energia - 21.08.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás já renegocia com térmicas paradas O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que a estatal já começou a renegociar os contratos firmados pelo governo passado com os PIE, envolvendo o aluguel de geradoras térmicas de energia elétrica que estão paradas. Embora sem citar valores, ele disse que está tendo "êxito" nas renegociações "meticulosas". "Estou conseguindo renegociar. Eu faço um prognóstico de êxito até agora. A gente cedeu um pouco, a empresa cedeu um pouco", disse Pinguelli Rosa, ao assinalar que a negociação se dá em cima de preços e prazos e que os grandes contratos, "os que contam mais", são três ou quatro. O governo deveria gastar neste ano R$ 2,2 bilhões com o aluguel de 77 térmicas. Os contratos foram firmados durante o racionamento de energia e com vigência de três ou quatro anos. O valor total é de R$ 15,8 bilhões. (Folha de São Paulo - 22.08.2003) 2 Jalles Machado inaugura central termoelétrica A Jalles
Machado S.A. inaugura hoje uma nova etapa em sua trajetória empresarial,
ao colocar oficialmente em operação a primeira central termoelétrica de
Goiás para co-geração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar.
Segunda maior usina do estado, com uma participação estimada em 14% no
volume total de cana a ser esmagada nesta safra em Goiás, a empresa consolida
sua auto-suficiência, com sobras para atender a contratos de longo prazo
para fornecimento de energia ao sistema elétrico interligado. O novo sistema
de co-geração surge com uma das peças da estratégia de modernização e
expansão definida pela Jalles Machado há quase três anos, quando a usina
atingiu sua capacidade plena, segundo Otávio Lage, presidente da empresa
e ex-governador do estado. A unidade terá capacidade para gerar 30 MWh,
suficientes para abastecer cidades como Itumbiara ou Rio Verde, com população
estimada, pela ordem, em 83 mil e 122 mil habitantes. A capacidade final
de geração, agregados os dois turbogeradores já instalados, atingirá 39
MWh (70 mil MWh por safra), dos quais 7 MWh já estão sendo colocados no
mercado. Isoladamente, a central exigiu investimentos de R$ 28,5 milhões.
Mais R$ 24 milhões, em valores aproximados, vêm sendo investidos desde
2002 pela Jalles Machado na ampliação e modernização da usina, que deverá
receber uma injeção de mais R$ 14 milhões no próximo ano, distribuídos
entre as áreas de áreas de moenda, evaporação, secagem do açúcar, cozimento
e empacotamento. (Gazeta Mercantil - 22.08.2003) 3 Terceira turbina da térmica Termocamaçari inicia operação em outubro A Chesf
inicia, em outubro, a operação da terceira turbina da térmica Termocamaçari.
A estatal está repotenciando a usina, além de fazer a conversão da unidade
de óleo diesel para gás natural. Os investimentos estão estimados em R$
250 milhões. O trabalho de repotenciação prevê o aumento da capacidade
instalada dos atuais 250 MW para 350 MW. A térmica possui cinco unidades
geradoras de 50 MW. Os outros dois geradores repotenciados têm início
de operação previstos para o primeiro semestre de 2004. (Canal Energia
- 21.08.2003) 4 Empresários brasileiros promoverão nova refinaria Empresários
brasileiros acompanharão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua
visita à Venezuela para impulsionar o projeto de nova refinaria, que deverá
custar US$ 2,5 bilhões e seria operada pelos dois países, informaram ontem
fontes do setor. Lula chegará à Venezuela na próxima semana, proveniente
do Peru, para uma visita que procura estreitar o intercâmbio político
e econômico bilateral. A missão de empresários brasileiros de diversos
setores acompanhará Lula nesta viagem para avaliar negócios concretos
junto com colegas venezuelanos e funcionários oficiais. A construção de
refinaria deverá ser em Pernambuco e está na agenda de projetos bilaterais
desde o início da década de 90. ''Esta é a iniciativa mais madura e mais
avançada'' entre os dois países, disse Gilberto Prado, presidente do projeto
Refinaria do Nordeste (Renor). O custo estimado dessa obra projetada para
processar 200 mil barris por dia (bpd) de petróleos pesados venezuelanos
e brasileiros estaria entre US$ 2,2 bilhões e US$ 2,5 bilhões. O projeto
prevê 30% de financiamento direto de capital dos sócios e 70% de financiamento
por meio de bancos de investimento, organismos multilaterais e de crédito
à exportação. Os sócios da Renor pretendem financiar pelo menos 10% desses
30% de capital social, e o restante proviria dos outros sócios industriais
e de fundos de investimento. ''Estudamos exaustivamente e o financiamento
não é um problema grande'', afirmou Prado. (Jornal do Commercio - 22.08.2003)
Grandes Consumidores 1 Indústrias de MG terão programa de eficiência energética Eletrobrás
e Fiemg assinaram ontem, em Belo Horizonte, um convênio para a implantação
de um programa de eficiência energética nas indústrias do estado. O objetivo
é realizar um diagnóstico das empresas com potencial de redução de consumo
de energia elétrica em seus equipamentos. O trabalho será realizado por
técnicos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MG), da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e de outras entidades. A idéia é trocar maquinários
por outros mais econômicos. A substituição dos equipamentos, segundo disse
Robson Braga, pode ser feita com financiamentos do BNDES. "Vamos começar
esta pesquisa a partir do primeiro dia de setembro e a redução, em alguns
setores, poderá chegar a 80%", disse. (Gazeta Mercantil - 22.08.2003) Economia Brasileira 1 Investimento externo surpreende e supera US$ 1 bi Depois de sete meses de forte ajuste fiscal e juros altos, que se refletiram em queda no nível de atividade, o Brasil começa a apresentar uma retomada dos fluxos de investimentos estrangeiros. Em julho, esses investimentos somaram US$ 1,247 bilhões, superando a estimativa inicial do BC, de US$ 800 milhões. O valor é o maior em sete meses e também é primeira vez, no ano, que supera a casa de US$ 1 bilhão. Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o ingresso em julho reflete decisões tomadas pelos investidores no primeiro semestre, quando os indicadores econômicos do País davam sinais de melhora. Por isso, ele acredita que até dezembro será possível manter uma média mensal em torno de US$ 1 bilhão, o que faria o País alcançar a projeção de encerrar o ano com investimentos diretos de US$ 10 bilhões. "O ingresso de investimento direto no primeiro semestre é fruto de decisões tomadas no final do ano passado, quando o ambiente econômico era ruim", afirmou Lopes, ressaltando que embalada pelo crescimento das exportações, a maior parte dos recursos está indo para indústria. Segundo ele, em 21 dias de agosto, o País teve entradas de mais de US$ 700 milhões e deverá fechar o mês com US$ 1,1 bilhão. Ainda assim, o saldo de investimentos diretos vem contando com a contribuição de dívidas de empresas brasileiras com grupos estrangeiros convertidas em investimentos. (Estado de São Paulo - 22.08.2003) 2 Meirelles diz que BC mantém o gradualismo O presidente do BC, Henrique Meirelles, sinalizou ontem que cortes mais agressivos na taxa de juros, como o decidido anteontem pelo Copom, não vão necessariamente se repetir nos próximos meses. Um dia após o corte de 2,5 pontos percentuais na taxa Selic (que passou para 22% ao ano), Meirelles defendeu o que ele chama de gradualismo na redução dos juros, mas logo completou: "Ser gradual não é repetir necessariamente a cada reunião, de forma constante, decisões tomadas em reuniões anteriores", afirmou. A declaração foi dada durante cerimônia de posse do economista Eduardo Loyo na diretoria de Estudos Especiais do BC. Após a redução da taxa Selic ter sido entendida como um esforço para incentivar a recuperação da economia, Meirelles voltou a afirmar que o compromisso do BC é com o controle da inflação. O presidente do BC reafirmou o compromisso com a redução dos juros, mas que isso não se dará rapidamente. "Se um choque tende a elevar a inflação, então a resposta adequada é um aumento rápido dos juros, seguido de uma reversão relativamente mais lenta". (Folha de São Paulo - 22.08.2003) 3 Economistas defendem negociação com FMI A economia brasileira começa a dar sinais de recuperação, mas, ainda assim, o governo deveria cogitar a renovação do acordo com o FMI, segundo a opinião de economistas presentes a um congresso sobre mercado financeiro, ontem, em Campos do Jordão (SP). Em momentos distintos, a retomada da economia foi citada pelo ex-diretor do FMI Stanley Fischer e por dois dos principais economistas brasileiros: Affonso Celso Pastore, ex-presidente do BC, e José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade Princeton (EUA). Entre os três, só Fischer não quis falar sobre eventuais renegociações com o FMI. Mas partiu dele os maiores elogios à condução das políticas monetária e fiscal. Fischer afirmou que o país superou a crise deflagrada em 2002 durante o processo eleitoral, que obrigou a recorrer ao FMI. "Vemos que o Brasil agora está em uma trajetória correta, que permite a redução da inflação e o crescimento sustentado". Scheinkman sustentou que, em decorrência da política fiscal austera, que, segundo ele, estabeleceu prerrogativas para uma política monetária menos restritiva, a economia entrará no curto prazo "em uma fase muito favorável". Pastore disse que a economia crescerá "fortemente" no último trimestre do ano, em virtude da retomada do consumo. A expansão da indústria não ocorreria de forma imediata, porque o setor acusa de forma mais lenta efeitos do aumento da demanda. (Valor - 22.08.2003) 4
FMI: Política monetária está bem orientada 5 Depois de deflação, preços medidos pelo IPCA-15 sobem A inflação
de agosto medida pelo IPCA-15 foi de 0,27%, o que significa uma aceleração
dos preços de 0,45 ponto percentual em relação à deflação de 0,18% verificada
em julho. A alta do IPCA-15 deste mês foi influenciada, principalmente,
pelos aumentos das contas de telefone fixo, de energia elétrica e pelo
reajuste de salários dos empregados domésticos. O IPCA, a inflação oficial
do país, e o IPCA-15 têm a mesma metodologia. A diferença é o período
de coleta de dados. Para o IPCA, a coleta é do começo ao final do mês.
Para o IPCA-15, o período básico é do dia 16 do mês anterior a 15 do mês
de referência. Para o índice de agosto, a coleta foi de 15 de julho a
12 de agosto. (Folha de São Paulo - 22.08.2003) 6 Abinee prevê redução de 5% no faturamento total do setor em 2003 Depois de
uma queda de 10%, em termos reais, no faturamento do setor eletroeletrônico
no primeiro semestre, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica (Abinee) reviu para baixo sua previsão para o desempenho do
setor este ano: estimava uma estabilização em termos reais na receita,
agora espera uma baixa de 5% no faturamento total. Em termos nominais,
a associação reviu para R$ 60 bilhões a estimativa de receita do segmento,
montante 7% superior aos R$ 56 bilhões faturados em 2002. A entidade espera
9% de crescimento nas exportações, para US$ 4,75 bilhões, e recuo de 3%
nas importações, para US$ 9,82 bilhões, resultando num déficit de US$
5,1 bilhões. "No primeiro trimestre de 2003, havia uma certa tendência
de investimento pelo otimismo do setor, mas no segundo trimestre isso
já não aconteceu", disse Cezar Rochel, gerente de economia da Abinee.
Por isso, nas estatísticas em termos reais, descontada a inflação, o faturamento
do setor caiu 4% no primeiro trimestre e 15% no segundo trimestre, o que
resultou na queda real de 10% no semestre. As exportações cresceram 6,7%,
para US$ 2,16 bilhões nos primeiros seis meses enquanto as importações
caíram 2,5%, para US$ 4,58 bilhões, como fruto da queda na atividade industrial.
O setor eliminou 2 mil postos de trabalho e encerrou o semestre com 121
mil empregados. A utilização da capacidade produtiva voltou aos níveis
de junho do ano passado, para 66%, contra um índice de 68% em março deste
ano. (Valor - 22.08.2003) O dólar comercial operava às 11h39m na mínima do dia, com queda de 0,56%, cotado a R$ 2,985 na compra e R$ 2,988 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou com avanço de 0,33%, a R$ 3,0010 na compra e a R$ 3,0050 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 22.08.2003)
Internacional 1 Governador de NY pede retomada de operação de LT O governador
de Nova York, George Pataki, pediu nessa quinta-feira (21) ao Departamento
de Energia dos EUA a extensão de uma ordem emergencial permitindo a operação
da Cross Sound Cable, uma linha de transmissão de 330MW ligando New England
e Long Island, NY. As subsidiárias da Hydro-Quebec e da United Iluminating
são as proprietárias da linha, que foi instalada em 2002, mas teve sua
operação suspensa por oficiais de Connecticut. Segundo esses oficias a
linha não estava fixada com a profundidade adequada ao solo. (Platts -
21.08.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|