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IFE: nº 1.177 - 21 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Dilma: Programa de universalização sai em um mês
2 Dilma defende a construção de Belo Monte
3 Programa de eletrificação rural para SC vai beneficiar mais de 15 mil famílias
4 APMPE: VEs do Proinfa devem sair no final de agosto

Empresas
1 Planejamento Eletrobrás: Primeira fase concluída
2 Dilma: Eletronorte será o grande vetor da inclusão social no setor elétrico
3 Eletrobrás tem prejuízos com contratos de compra de energia térmica, diz diretor financeiro
4 Pinguelli: Eletrobrás poderá investir entre R$ 4,5 bi e R$ 5 bi em 2004
5 Governo do Paraná desautoriza reajuste de 15,27% nas tarifas da Copel
6 Cachoeira Paulista terá reestruturação societária
7 Bandeirante teve lucro de R$ 20,39 mi no segundo trimestre de 2003
8 Bandeirante negocia financiamento de US$ 100 mi com BID
9 Câmara Municipal de Belém discute reajuste de energia da Rede Celpa

10 Procon: reajuste da Rede Celpa é "absurdo"
11 Plano de reestruturação da Celg dá resultados
12 Celg espera ter segundo semestre semelhante ao primeiro em termos financeiros
13 Celg: Bom resultado financeiro permitirá manutenção do programa de investimentos desse ano
14 Cemat: Investimentos em energia no MT podem chegar a R$ 2 bi

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sobreoferta de energia só garante suprimento no curto prazo, dizem analistas
2 Região Norte acumula alta de 0,52% nos últimos sete dias
3 Subsistema Norte está com 68,14% da capacidade
4 Capacidade de armazenamento está em 36,57% no Nordeste
5 Armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 62,84%
6 Reservatórios do subsistema Sul estão com 53,29% da capacidade
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Governo do MS vai negociar com Petrobras instalação de pólo gás-químico
2 Biodiesel pode ter tributação diferenciada
3 Programa do Biodiesel deve ser divulgado em outubro
4 Dilma diz que sistemas isolados devem contar com biomassa e gás natural da Amazônia
5 Acordo com El Paso para compra de energia termoelétrica está próximo, diz Pinguelli
6 Obras de Termoaçu devem ser retomadas em Setembro

7 Presença de poucas empresas em licitação frustra a ANP

Economia Brasileira
1 BC corta 2,5 pontos percentuais do juro
2 Fiesp elogia decisão do BC
3 Ipea avalia ação como cautelosa e resultante da crise industrial

4 Governo economizará R$ 8,7 bi em um ano
5 Renda do trabalhador tem queda recorde
6 Queda de renda foi uma das maiores da história no Brasil, diz João Sabóia
7 IPC-Fipe sobe 0,24%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Geração de energia eólica vai crescer quase 32% nos EUA
2 Proinversión reabre licitação de Yuncán em setembro
3 Acionistas da Iberdrola vão receber dividendos na proporção dos lucros obtidos

 

Reestruturação e Regulação

1 Dilma: Programa de universalização sai em um mês

Dilma Rousseff tocou na questão da inclusão social a partir da universalização do acesso aos serviços de energia elétrica no encerramento do ciclo de debates promovido pela Eletronorte. Lembrou que as regiões Norte e Nordeste são as que têm os menores índices de cobertura de eletricidade do Brasil, e anunciou: "dentro de um mês, aproximadamente, estaremos lançando um grande programa de universalização do acesso à energia e estamos certos que, por atuar naquelas regiões, a Eletronorte também será um dos grandes vetores para a nossa política de inclusão social". (NUCA - 21.08.2003)

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2 Dilma defende a construção de Belo Monte

Ontem, no encerramento do ciclo de debates promovido pela Eletronorte para elaboração do Planejamento Estratégico da Empresa para o biênio 2003/2004, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que a construção de Belo Monte deve ser defendida. "Vamos resolver os problemas ambientais, enfrentar as críticas e os embargos, com a Eletronorte continuando à frente de mais esse desafio, porque o Governo a considera essencial e estratégica para o País". (NUCA - 21.08.2003)

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3 Programa de eletrificação rural para SC vai beneficiar mais de 15 mil famílias

O governador Luiz Henrique da Silveira e o vice, Eduardo Pinho Moreira, lançaram ontem à noite, em Lages, o novo programa de eletrificação rural para Santa Catarina. Com recursos do governo federal, Estado e Celesc, os novos consumidores terão acesso gratuito aos serviços de energia elétrica. O programa que está sendo implantado obedece à diretriz do governo federal e vai beneficiar mais de 15 mil famílias catarinenses. A meta da Celesc é de que, nos próximos dezoito meses, 50% do total desses domicílios já possam contar com luz elétrica e que todo o programa esteja concluído em três anos. Os investimentos são de aproximadamente R$ 100 milhões e serão custeados com recursos da União (30%), Estado (30%) e Celesc (40%). Na área de concessão da empresa serão construídos 7.500 km de redes rurais. O governador também assinou a autorização para a Celesc iniciar a formalização dos contratos com os futuros consumidores e encaminhar os projetos e a contratação das obras para construção das novas redes. A energia poderá incrementar agronegócios, acredita o presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider. (A Noticia - 21.08.2003)

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4 APMPE: VEs do Proinfa devem sair no final de agosto

A APMPE (Associação de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica) estima que o decreto com a definição dos valores econômicos (VE) para o Proinfa saia no final de agosto. O presidente da entidade, Ricardo Pigatto, informa que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, está trabalhando para iniciar a chamada pública no dia 15 de outubro. Na última sexta-feira, dia 15 de agosto, o MME encerrou a consulta pública contabilizando 86 colaborações, sendo que apenas 25 foram selecionados para análise da equipe técnica do órgão. Pigatto diz que a APMPE enviou contribuições e solicitou que os seus associados também participassem do processo. O presidente explica que as sugestões enviadas pela associação abordavam divergências entre os parâmetros adotados pelo ministério. (Canal Energia - 20.08.2003)

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Empresas

1 Planejamento Eletrobrás: Primeira fase concluída

A Eletronorte fechou nesta quarta-feira, dia 20 de agosto, a primeira fase do realinhamento do plano estratégico da empresa. O trabalho, iniciado na última segunda-feira, contou com a participação de cerca de 120 profissionais da estatal, entre gerentes e diretores, e agora será submetido à análise de nove unidades regionais da companhia, além das subsidiárias integrais Boa Vista Energia e Manaus Energia. Segundo o presidente da Eletronorte, Silas Rondeau, o planejamento estratégico leva em conta principalmente a cultura de um plano empresarial, envolvendo ações e diretrizes em áreas estratégicas como operação e expansão do sistema, e o equilíbrio econômico-financeiro. (Canal Energia - 20.08.2003)

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2 Dilma: Eletronorte será o grande vetor da inclusão social no setor elétrico

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, participou ontem (20/08), em Brasília, da programação de encerramento do ciclo de debates promovido pela Eletronorte para elaboração do Planejamento Estratégico da Empresa para o biênio 2003/2004. Durante sua apresentação, a ministra ressaltou a importância da Eletronorte como vetor da inclusão social no setor elétrico. Entre os assuntos mais debatidos pelos grupos de trabalho da Oficina de Planejamento da Eletronorte, e que constam dos documentos entregues à ministra pela Diretoria da Empresa e pelas entidades sindicais, Dilma Rousseff destacou a solução para os sistemas isolados, o debate sobre a universalização e uma adequada solução para Belo Monte. (NUCA - 21.08.2003)

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3 Eletrobrás tem prejuízos com contratos de compra de energia térmica, diz diretor financeiro

O diretor financeiro da Eletrobrás, Alexandre Magalhães da Silveira, em apresentação para analistas na Abamec-Rio, chamou atenção para as dificuldades que a estatal vêm enfrentando com contratos de compra de energia térmica, que causam prejuízo às empresas do grupo. Silveira falou sobre os casos de Cien e Cuiabá e citou o exemplo do contrato firmado com a Termonorte, para a qual a Eletronorte fornece o combustível e ainda paga US$ 35 por MW. "Deve ser uma das energias mais caras do mundo. Hoje, o preço de compra é maior do que o de venda, mas a estatal federal tem que honrar contratos", disse. Ao comentar os contratos de venda de energia para os eletrointensivos, o diretor mostrou-se ainda mais preocupado: "Se coloca o preço lá embaixo está dando subsídio. E pode dar? Desse jeito, como ficam os investimentos?", questionou, lembrando ainda que o compromisso da Eletrobrás para o superávit de 2004 é de R$ 1,2 bilhão. (Valor - 21.08.2003)

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4 Pinguelli: Eletrobrás poderá investir entre R$ 4,5 bi e R$ 5 bi em 2004

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem, pouco antes de entrar em uma reunião com o secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, que a Eletrobrás poderá investir entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões em 2004. Segundo ele, a empresa já está habilitada para participar do leilão de linhas de transmissão em todos os trechos e está discutindo pré-contratos com associações do setor de construção e indústria pesada. (Valor - 21.08.2003)

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5 Governo do Paraná desautoriza reajuste de 15,27% nas tarifas da Copel

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que está nos Estados Unidos, desautorizou ontem aumento de 15,27% nas tarifas de energia elétrica, anunciado pela direção da Copel. ''Trata-se de uma declaração precipitada da diretoria e que não tem o consentimento do Governo do Paraná'', disse Requião. As declarações sobre o reajuste que seria aplicado em três parcelas mensais a partir de outubro teriam alterado inclusive o valor das ações da Copel nas bolsas de valores. O governador prometeu apurar as responsabilidades por essa divulgação. ''Se no futuro houver necessidade de aumento da tarifa, o anúncio será feito oficialmente pelo governo do Estado'', garantiu. O Governo reafirmou ainda que o aumento de 25,27% autorizado no mês passado pela Aneel será transformado em desconto integral para os consumidores que pagarem em dia. As contas com o valor integral e o desconto já estão sendo entregues no Estado. O Governo acredita que os cerca de R$ 95 milhões ao mês que deixarão de entrar nos cofres em razão do desconto serão injetados na economia do Estado. (Jornal do Commercio - 21.08.2003)

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6 Cachoeira Paulista terá reestruturação societária

A concessionária Cachoeira Paulista Transmissora de Energia foi autorizada pela Aneel a promover sua reestruturação societária. Com essa aprovação, as empresas espanholas Elecnor S/A e Isolux Wat S/A podem transferir 33,33% das cotas do capital social que detêm na transmissora para a Cobra Instalaciones Y Servicios. A concessionária é responsável pela construção e manutenção da linha de transmissão de 500 kV e 181 quilômetros de extensão que fará a interligação entre as subestações de Tijuco Preto e Cachoeira Paulista, em São Paulo. A concessão do empreendimento foi arrematada em leilão realizado pela agência no ano passado. (Gazeta Mercantil - 21.08.2003)

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7 Bandeirante teve lucro de R$ 20,39 mi no segundo trimestre de 2003

Em relação ao resultado da Bandeirante Energia (SP), que fechou o segundo trimestre de 2003 com lucro de R$ 20,39 milhões e resultado positivo de R$ 1,15 milhão no semestre, Thomas Brull, diretor financeiro da empresa, atribui o desempenho ao aumento do consumo e do bom controle das despesas. Segundo Brull, no primeiro trimestre do ano o lucro foi em função do aumento de consumo e conseqüentemente da receita. Já no segundo trimestre, o resultado foi favorecido pela queda da inflação, IGP-M e CDI. Ele destaca ainda o bom controle das despesas como fator positivo no resultado. "Somado a esses fatores, devolvemos em maio deste ano alguns contratos iniciais referentes à liberação de clientes cativos que se tornaram livres, diminuindo o volume de energia comprada", completa ele. A expectativa de Brull é que o resultado continue positivo no segundo semestre de 2003. (Canal Energia - 20.08.2003)

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8 Bandeirante negocia financiamento de US$ 100 mi com BID

A Bandeirante Energia (SP) está negociando financiamento de US$ 100 milhões com o BID. Segundo Thomas Brull, diretor financeiro da empresa, a negociação já está quase concluída e o prazo de financiamento deve ficar entre cinco a oito anos. "Os recursos serão usados para investimentos até 2004 em projetos regulares e especiais. Esta é uma operação importante para a empresa", comenta Brull. De acordo com executivo, esta negociação mostra que a Bandeirante continua investindo, com certa cautela, apesar das dificuldades enfrentadas. Além dos investimentos regulares de expansão, operação e manutenção, a empresa implantará três projetos especiais. O primeiro é o Plano Interno de Modernização (PIN) que tem como objetivo automatizar e telecomandar a rede da empresa, aumentando a confiabilidade do sistema. O segundo projeto é a implantação do módulo comercial do SAP. Segundo Thomas Brull, a adoção do sistema na gestão comercial, financeira e contábil da empresa é pioneiro no país e terá impacto positivo na qualidade de atendimento, evitando, por exemplo, erro nas faturas de energia. Com o Sistema de Informação Técnica, último dos grandes projetos a serem implementados, será digitalizado o banco de dados da empresa. (Canal Energia - 20.08.2003)

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9 Câmara Municipal de Belém discute reajuste de energia da Rede Celpa

Sem a presença da Rede Celpa e da Aneel, que justificaram a ausência sob a alegação de compromissos anteriormente assumidos, a Câmara Municipal de Belém debateu, ontem, em sessão especial requerida pelos vereadores Alfredo Costa (PT) e Paulo Fonteles (PCdoB), o aumento de 27,05% autorizado pela Aneel para a tarifa de energia elétrica. Coordenador técnico do Dieese, o economista Roberto Sena evidenciou que o novo reajuste, autorizado no último dia 7, representa, para o consumidor residencial, um aumento de 26,38% e de 29,65% para os grandes consumidores (indústria e comércio). Segundo Sena, o novo aumento é oficialmente o primeiro reajuste de 2003, mas os consumidores paraenses já tiveram no primeiro semestre um aumento nas contas de energia elétrica por conta da atualização no valor do Seguro Apagão. Sena demonstrou que desde a privatização da Celpa, em julho de 1998, a tarifa de energia elétrica teve um crescimento de 136,22%, bem mais elevado do que os índices inflacionários medidos entre agosto de 1998 e agosto de 2003, que foram os seguintes: IGP-M, 94,04%; INPC, 54,22%; (IVC) Dieese, 54,55%; e IPCA, 50,99%. Alfredo Costa foi enfático: "Esta sessão é para dizer à população de Belém que os vereadores não vão aceitar de maneira nenhuma o reajuste imposto pela Aneel". O vereador anunciou que no domingo, 24, ele estará promovendo um ato público na Praça da República e coletando assinaturas para um abaixo-assinado contra o reajuste. (O Liberal - 21.08.2003)

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10 Procon: reajuste da Rede Celpa é "absurdo"

Rita Peres, representante do Procon, considerou o reajuste tarifário de energia da Rede Celpa "absurdo". Segundo ela, o Procon, que nada pode fazer no caso, não vê razão para um reajuste tão elevado e que decorre, disse, do próprio modelo de privatização. Depois de aconselhar o aguardo da decisão da Justiça, que julga ações propostas contra o reajuste pela Ordem dos Advogados (OAB/PA) e Ministério Público Estadual, Rita Pares afirmou, com base em numerosas denúncias feitas ao Procon, que "vamos pagar um alto preço por um serviço precário, que responsabiliza e penaliza o consumidor por qualquer incidente ocorrido na rede distribuidora". (O Liberal - 21.08.2003)

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11 Plano de reestruturação da Celg dá resultados

A Celg comemorou os primeiros resultados da estratégia ao término do segundo trimestre: lucro de R$ 121 milhões. A primeira fase da estratégia concebida pela direção da Celg para recolocar a empresa em rota de crescimento começou a dar os primeiros resultados no segundo trimestre deste ano. Com ajuda de uma queda de 14,3% na cotação do dólar e de um corte de 27% nos gastos com energia comprada, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 121,639 milhões entre abril e junho deste ano, diante de um prejuízo de R$ 159,364 milhões no segundo trimestre do ano passado. Nos primeiros seis meses deste ano, num resultado recorde para a companhia, que comemora neste mês seu 48º aniversário, o lucro acumulado no período somou R$ 128,809 milhões, frente à perdas de R$ 190,487 milhões no primeiro semestre de 2002. A Celg conseguiu recuperar perto de R$ 264,3 milhões no período, saindo de um patrimônio líquido negativo de R$ 284,262 milhões em dezembro de 2002 para R$ 19,975 milhões em junho, ainda negativo, mas 93% abaixo do rombo patrimonial do final do exercício passado. Nesta primeira etapa, a companhia apertou a cobrança de dívidas históricas de prefeituras e outros grandes devedores, acertou a renegociação de uma dívida de R$ 66 milhões da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), o que resultou em uma receita financeira de R$ 25 milhões no primeiro semestre, e abriu duas frentes de briga judicial contra grupos multinacionais. (Gazeta Mercantil - 21.08.2003)

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12 Celg espera ter segundo semestre semelhante ao primeiro em termos financeiros

A Celg espera obter, no segundo semestre do ano, um lucro correspondente aos R$ 128 milhões verificados nesses seis primeiros meses. Segundo José Paulo Loureiro, presidente da distribuidora, a expectativa é conseguir um resultado positivo agora para chegar ao final do ano com patrimônio líquido positivo. Atualmente, o patrimônio está negativo em R$ 152 milhões. No início do ano, estava em R$ 283 milhões. O executivo diz que o bom desempenho registrado pela companhia só foi possível devido à liminar que suspende o contrato de compra de energia elétrica de Cachoeira Dourada. Ele conta que, com a ação judicial, a Celg conseguiu uma economia de R$ 38 milhões. Outro fator que contribuiu para o resultado positivo da distribuidora foi a renegociação de dívidas com as prefeituras do estado de Goiás. De acordo com Loureiro, do total de 140 prefeituras com dívidas, somente 11 ainda não tiveram suas dívidas negociadas pela Celg. (Canal Energia - 20.08.2003)

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13 Celg: Bom resultado financeiro permitirá manutenção do programa de investimentos desse ano

Com a melhora no resultado financeiro, a Celg vai manter o programa de investimentos para este ano. O programa, orçado em R$ 150 milhões, vai contemplar projetos na recuperação e ampliação do sistema da rede elétrica do estado. Segundo José Paulo Loureiro, presidente da distribuidora, a empresa está num processo de reversão muito grande, mas exige cuidados, pois ainda necessita de um grande volume de investimentos. "Esses recursos permitirão o crescimento da companhia", diz. Entre os projetos para este ano, destaca-se a construção das subestações Pirineus e Acreúna. (Canal Energia - 20.08.2003)

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14 Cemat: Investimentos em energia no MT podem chegar a R$ 2 bi

O Estado de Mato Grosso deverá receber investimentos da ordem de R$ 2 bilhões na geração, ampliação e distribuição da rede de energia elétrica até 2012. O plano decenal de infra-estrutura energética do Grupo Rede Cemat foi apresentado em audiência, nesta quarta-feira (20/08), ao governador Blairo Maggi por diretores da empresa. A proposta do grupo é obter a contrapartida do Governo em obras de infra-estrutura para execução do projeto de geração e transmissão de energia, cujo valor estimado é de R$ 350 milhões, informou o vice-presidente de operações da Cemat, Nuremberg Borja de Brito. O projeto de universalização, com a garantia de energia de 100% no campo, prevê investimentos da ordem de R$ 750 milhões. Só em transmissão, até 2012, o grupo deve investir R$ 700 milhões, assegurou Nuremberg. Após ouvir a apresentação dos diretores da empresa, o governador Blairo Maggi solicitou um resumo do estudo com a definição das prioridades para levar energia no campo e na cidade. A proposta energética de Mato Grosso para os próximos anos, será discutida em audiência com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. A garantia é do governador Blairo Maggi, que se comprometeu em agendar encontro com executivo do Grupo Rede em Brasília. Atualmente, a Cemat é responsável pela distribuição de energia para 685 mil consumidores em Mato Grosso. Até 2012 a estimativa é de atingir 1 milhão de consumidores. (Diário de Cuiabá - 21.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sobreoferta de energia só garante suprimento no curto prazo, dizem analistas

Na virada para 2007, há potencial para que o País se veja mergulhado em séria crise energética, com agravantes em relação ao racionamento de energia elétrica de 2001 e parte de 2002, a depender da duração da atual paralisia dos investimentos do setor elétrico. A opinião é dos analistas do mercado energético, ouvidos pelo AESetorial. Segundo a maior parte dos especialistas, a sobra de energia de 6 mil MW médios, proporcionada pela queda no consumo após o racionamento de 2001, garante o suprimento de energia no curto prazo. Há ainda dirigentes do setor que temem que retomada súbita do crescimento econômico, como a registrada nos meses de euforia consumista que sucederam ao Plano Real, em 1994, associada a riscos existentes na área de subtransmissão de energia, possa ameaçar o equilíbrio entre oferta e demanda de eletricidade. Com 60 mil MW médios de capacidade, o sistema elétrico brasileiro daria conta do recado de atender a oferta de energia até 2006, mesmo que a relação entre crescimento do PIB e o aumento do consumo extrapolasse a demanda tradicional, segundo um representante da indústria. A característica do crescimento da atividade econômica hoje, puxado pela agricultura - segmento que não figura entre os principais consumidores de eletricidade - oferece segurança ao sistema. A indústria não oferece, momentaneamente, potencial para afetar a balança entre oferta e demanda de energia. Para alguns observadores, embora o Governo federal tenha manifestado a intenção de promover um crescimento econômico sustentável, não se descarta totalmente a possibilidade de que venha a ocorrer um surto de crescimento. (Jornal do Commercio - 21.08.2003)

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2 Região Norte acumula alta de 0,52% nos últimos sete dias

O submercado Norte registrou consumo de 2.675 MW médios na última terça-feira, dia 19 de agosto, contra previsão de 2.636 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema acumula alta de 0,52% nos últimos sete dias. A região Nordeste consumiu 6.071 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do operador do sistema. O subsistema registra alta no consumo de 0,5% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o submercado está com queda de 7,13% no mesmo período. O consumo na região Sul chegou a 7.145 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema registra elevação de 4,82% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 24.974 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula queda no consumo de 3,13%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o submercado está com baixa de 9% no período. (Canal Energia - 20.08.2003)

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3 Subsistema Norte está com 68,14% da capacidade

No subsistema Norte a capacidade de armazenamento está em 68,14%, o que corresponde a uma redução de 0,31% em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí registra índice de 82,57%. (Canal Energia - 20.08.2003)

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4 Capacidade de armazenamento está em 36,57% no Nordeste

O nível de armazenamento no subsistema Nordeste está em 36,57%, ficando 20,82% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve uma queda de 0,24%. A usina de Sobradinho apresenta 30,18% da capacidade. (Canal Energia - 20.08.2003)

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5 Armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 62,84%

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 62,84% da capacidade, volume 35,02% acima da curva de aversão. O nível teve uma queda de 0,26% em um dia. As usinas de Miranda e Marimbondo registram índice de 68,09% e 70,61%. (Canal Energia - 20.08.2003)

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6 Reservatórios do subsistema Sul estão com 53,29% da capacidade

O subsistema Sul está com 53,29% da capacidade, uma queda de 0,36%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra volume de 47,82%. (Canal Energia - 20.08.2003)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Governo do MS vai negociar com Petrobras instalação de pólo gás-químico

O governo do Mato Grosso do Sul vai tentar negociar com a Petrobras que a estatal faça um estudo de viabilidade econômica da implementação de um pólo gás-químico no Estado, em uma região próxima à fronteira com a Bolívia. Para levantá-lo, seria necessária a aplicação de US$ 1,5 bilhão. Um dos entraves para a concretização do empreendimento é o preço do gás da Bolívia, para o qual o governo brasileiro busca uma redução. Para aproveitar o gás existente na região, o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, disse também que outra possibilidade é a criação de um pólo siderúrgico no Estado, que detém uma das principais reservas de manganês e ferro do Brasil. O governador esteve ontem na Abdib, onde apresentou aos empresários as principais obras que pretende fazer no Estado em seu mandato. Zeca do PT, que estará hoje e amanhã em Brasília, deverá se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. A discussão da criação dos pólos será um dos temas da conversa. (Valor - 21.08.2003)

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2 Biodiesel pode ter tributação diferenciada

A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, disse ontem que o biodiesel deverá ter uma tributação específica. Para isso, os técnicos da área já estão discutindo com o Ministério da Fazenda a questão dos impostos que vão incidir sobre o combustível. Em 2004, estão previstos os testes de campo em frotas de veículos controladas e a implementação do biodiesel em região delimitada. A proposta é que a partir de 2005 ele comece a ser utilizado. A idéia é misturá-lo ao diesel comum, num percentual que começaria em 5%. O biodiesel é feito a partir da mamona, da soja ou de outros óleos vegetais. "Tem que ter a vontade política de colocar o combustível a preços competitivos", disse a secretária, que participou de audiência pública sobre o Programa de Biodiesel, na Comissão de Agricultura da Câmara. Maria das Graças Foster destacou que o biodiesel é um projeto de absoluta prioridade para o governo. (Gazeta Mercantil - 21.08.2003)

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3 Programa do Biodiesel deve ser divulgado em outubro

O secretário de Política Tecnológica Empresarial do Ministério de Ciência e Tecnologia, Francelino Grando, disse que em meados de outubro o governo deverá divulgar as metas, diretrizes, alternativas e prazos do Programa de Biodiesel. "Um tratamento tributário adequado é capaz de torná-lo atraente" disse Grando, ao afirmar que os tributos têm um peso importante no preço dos combustíveis. Estão sendo desenvolvidos no país cinco projetos-piloto com biodiesel, disse a secretária. No Rio de Janeiro, a Coppe, da UFRJ, trabalha em um projeto de produção de biodiesel a partir de óleos de fritura usados. A capacidade de produção é de 6.500 litros/dia. No Rio Grande do Norte, com participação da Petrobras, o projeto utiliza a mamona. A expectativa é começar a produção em janeiro de 2005. Há projetos em Ceará, Piauí e Mato Grosso. (O Globo - 21.08.2003)

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4 Dilma diz que sistemas isolados devem contar com biomassa e gás natural da Amazônia

Ontem, no encerramento do ciclo de debates promovido pela Eletronorte para elaboração do Planejamento Estratégico da Empresa para o biênio 2003/2004, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que a solução para os sistemas isolados da Região Norte do país está na Amazônia. "Este Governo vai equacionar o problema dos sistemas isolados, sempre vistos como um resíduo e que gastam um grande volume de combustíveis fósseis, principalmente o óleo diesel. Nós achamos que isso não deve continuar. Afinal, a Amazônia tem grandes reservas de biomassa e de gás natural, e é possível fazer a interconexão com o sistema interligado e poupar na Conta de Combustíveis a Compensar - CCC. Há que se fazer a integração da Amazônia e nessa meta a Eletronorte é estratégica", ressaltou a Ministra. (NUCA - 21.08.2003)

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5 Acordo com El Paso para compra de energia termoelétrica está próximo, diz Pinguelli

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse que está "muito próximo" de anunciar um acordo com a El Paso visando à revisão dos acordos de compra de energia das termoelétricas na Amazônia. Segundo ele, faltam "pequenos detalhes", mas ele se disse otimista quanto a um acerto final. "Isso deverá ser anunciado em conjunto com a El Paso", disse Pinguelli. (A Noticia - 21.08.2003)

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6 Obras de Termoaçu devem ser retomadas em Setembro

O presidente da Guaraniana, consórcio formado pela (Iberdrola, Banco do Brasil e Previ) em associação com a Petrobras, Gilson Veloso garantiu para início de setembro, a retomada das obras da Termoaçu que está sendo construída em Alto do Rodrigues. A construção da usina está paralisada desde 1º de maio. Segundo o presidente da Guaraniana, o grupo está em negociação final com a Petrobras para dar prosseguimento ao projeto. Este depende ainda de alguns termos de acordo de acionistas entre Guaraniana e Petrobras, de modo que se dê prosseguimento ao projeto. "A expectativa é que retomemos as obras em setembro e a previsão de conclusão é dezembro de 2004". Entre os principais obstáculos estavam as questões regulatórias relativas ao preço que seria cobrado da energia produzida pela Termoaçu. Houve uma mudança nas regras estabelecidas inicialmente pela Aneel e com os novos preços o projeto da Termoaçu se tornava economicamente inviável. "Tivemos que renegociar esses marcos regulatórios com a Aneel. Isso só foi possível graças a essa conjugação de esforços", reforça Gilson Veloso. Sobre a nova composição acionária, explicou Gilson que nesse novo desenho a Petrobras passaria a ser majoritária. Ele não soube explicar qual vai ser a participação da Guaraniana. O projeto tem investimentos de US$ 300 milhões. A Termoaçu terá uma capacidade inicial de geração de 325 MW de energia elétrica e 610 toneladas/hora de vapor. A Pertrobas utilizará gás para injetar nos poços de petróleo espalhados na região. (Tribuna do Norte - 21.08.2003)

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7 Presença de poucas empresas em licitação frustra a ANP

Do total de 908 blocos oferecidos, apenas 101 foram negociados. A participação de apenas seis empresas na Quinta Rodada de Licitações, encerrada ontem, frustrou as expectativas da direção da ANP. "A participação foi menor do que eu teria gostado", afirmou o diretor-geral da agência, Sebastião do Rego Barros. "Trata-se de algo novo, que as empresas estão se acostumando. A Aurizônia, por exemplo, levou certo tempo até conseguir participar", disse, justificando a ausência de investidores justamente na rodada cujo foco foi a atração de empresas independentes, de menor porte em relação às chamadas "majors" (grandes petroleiras). A brasileira Aurizônia tentou participar da licitação do ano passado, sem sucesso. Rego Barros informou que a empresa não cumpriu as exigências estipuladas pela agência, inclusive no que diz respeito à documentação. Neste ano, as exigências diminuíram justamente para permitir que produtores de pequeno porte e independentes participassem. Dos 908 blocos oferecidos na licitação, apenas 101 foram adquiridos. Desses, somente 16 não terão a Petrobras como operadora. Depois da Petrobras, que arrematou sozinha 85 concessões e mais três em parceria, a Aurizônia levou seis áreas. A Marítima, por meio da Sinergy, levou quatro blocos em terra. As estrangeiras Newfield (americana), Maersk (dinamarquesa) e Partex (portuguesa) ficaram com duas áreas cada uma. A rodada de licitações encerrada ontem abrirá caminho para investimentos da ordem de R$ 363 milhões na exploração dos 22 quilômetros de áreas que foram concedidas. A ANP estimou os recursos com base nas 33,4 mil unidades de trabalho que os concessionários propuseram criar para descobrir óleo e gás nas áreas adquiridas. (Gazeta Mercantil - 21.08.2003)

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Economia Brasileira

1 BC corta 2,5 pontos percentuais do juro

O Copom surpreendeu o mercado ontem com um corte de 2,5 pontos porcentuais na taxa básica de juros, a Selic, que passou para 22% ao ano. A maioria dos analistas acreditava que o BC iria manter a posição "gradualista" e reduzir os juros em apenas 1,5 ponto porcentual. A ousadia foi comemorada por economistas e empresários, que classificaram o corte nos juros como um "choque de otimismo". Essa é a maior redução dos juros feita de uma só vez pelo Copom desde maio de 1999. Para Marcelo Carvalho, economista-chefe da Itaú Corretora, trata-se de um problema de semântica. "O que o BC chama de gradualismo é diferente do que o mercado achava que era gradualismo - certamente, não um corte de 2,5 pontos porcentuais", diz. "Foi além do esperado, mas não irresponsável. Acho que ainda se trata de gradualismo", diz Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Unibanco. "Não achei uma decisão ousada. No mês passado eu havia afirmado que via espaço para uma redução de 4 pontos porcentuais", diz Sérgio Werlang, diretor do Banco Itaú e ex-diretor do BC. Para analistas, a decisão se justifica porque não há sinais de inércia, os indicadores de inflação tranqüilizam e a atividade está muito reprimida. Mas o impacto na atividade deve ser sentido apenas no final do ano. (Estado de São Paulo - 21.08.2003)

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2 Fiesp elogia decisão do BC

A Fiesp elogiou ontem a queda na taxa de juros, mas afirmou que, mesmo com a diminuição, o Brasil ainda está longe do nível ideal, pois mantém um dos percentuais mais elevados do mundo. "Não posso deixar de elogiar essa queda e dizer que o Banco Central mantém o gradualismo, a cautela. Acredito que houve um entendimento de que era possível fazer uma redução com responsabilidade", afirmou o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva. Na avaliação de Piva, a diminuição dos juros vem em boa hora. De acordo com ele, "a conversa de que não poderia haver redução nesse momento porque seria ato irresponsável não tinha sentido diante de uma economia entrando em recessão e de uma trajetória de inflação apontando para baixo". Ter cautela hoje, declarou o presidente da Fiesp, pressupõe uma postura distinta daquela adotada há dois ou três meses. "O ambiente econômico era completamente diferente. O governo está procurando trabalhar pelo método da confiança. É importante relaxar a política monetária", disse Piva, que completou: "Tenho a impressão de que foi uma medida bastante acertada e de que vai ser bem absorvida pelo mercado". O presidente da Fiesp disse, no entanto, que, como industrial, "quer sempre uma taxa mais baixa": "Nós continuamos trabalhando no Brasil com uma das taxas de juros mais altas do mundo, que cria uma extraordinária assimetria com os países com quem nós mantemos negócios". (Folha de São Paulo - 21.08.2003)

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3 Ipea avalia ação como cautelosa e resultante da crise industrial

O corte de 2,5 pontos percentuais na taxa de juros não pôs em risco a política de gradualismo do presidente do BC, Henrique Meirelles, na avaliação de economistas do Rio. Para o diretor do Ipea Paulo Levy, o BC agiu de forma "cautelosa", em resposta aos baixos níveis de atividade econômica observados nos últimos meses e à trégua da inflação. "O setor industrial estava reagindo pior do que o esperado ao movimento de alta da taxa de juros iniciado no fim do ano passado", disse. O professor do Grupo de Conjuntura da UFRJ Antônio Licha endossa a avaliação de Levy: "Desde o momento em que a inflação começa a convergir para a meta de 2004, o governo não perde a fama de conservador ao fazer um corte um pouco maior da taxa de juros". Para ele, a redução da taxa Selic foi na medida e resultado da influência política do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sobre Meirelles. "Se o corte tivesse sido maior, haveria risco de especulação do mercado, principalmente de câmbio, e de fuga de capitais". O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, também aprovou a decisão do Copom. Ele lembrou que o Brasil não corre risco de pressão inflacionária nos próximos meses. Para Paulo Levy, o corte da Selic terá impactos imediatos sobre a oferta de crédito e decisões de investimento, mas deverá percorrer um longo caminho até que influencie os níveis de emprego. (Folha de São Paulo - 21.08.2003)

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4 Governo economizará R$ 8,7 bi em um ano

A redução da taxa básica vai permitir, ao longo dos próximos 12 meses, uma economia de R$ 8,73 bilhões no pagamento de juros da dívida pública indexada à Selic. O cálculo, de técnicos do Tesouro, é conservador, pois não leva em conta o valor que o governo deixará de gastar com a venda de títulos prefixados a juros mais baixos. A diminuição do custo da dívida persistirá nos próximos meses, já que o mercado futuro de juros da BM&F reduziu ontem de 20% para 19% sua expectativa de juro básico para o fim do ano. Como o corte da Selic foi mais agressivo do que o 1,5 ponto percentual previsto pelo mercado diminuiu o grau de previsibilidade das decisões do Copom. Mesmo assim, a tendência de baixa persiste. (Valor - 21.08.2003)

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5 Renda do trabalhador tem queda recorde

Mesmo com queda recorde de 16,4% na renda real do trabalhador em julho ante julho de 2002 e de 1,7% ante junho e uma taxa de desemprego de 12,8% no mês passado, divulgadas ontem pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, os analistas estão otimistas. Luiz Roberto Cunha, da PUC/RJ e diretor da Fecomércio do Rio e o economista sênior da área de pesquisa do Bradesco, Luiz Afonso Lima, projetam para os próximos meses uma recuperação da economia através da retomada do consumo. Esse cenário, segundo Lima, foi reforçado pela surpreendente queda de 2,5 pontos percentuais na taxa de juro básico, que caiu de 24,5% para 22%, conforme decisão do Copom. Para Cunha e Lima, esta queda acentuada da renda real do trabalho é função da inflação alta acumulada nos últimos 12 meses, que atingiu 18,3% no INPC, índice que corrige os salários e 15,4% no IPCA. "A inflação destrói mais a renda do que o desemprego", destaca Luiz Roberto Cunha. O economista do Bradesco argumenta que houve uma surpresa por parte do Copom e isto faz diferença na taxa futura de juro que tem reflexo no juro final ao consumidor. "É de se esperar queda das taxas para o consumidor final no curto prazo". Nesse cenário, a retomada do investimento não será tão imediata, pois não depende apenas da queda do juro, mas de outros fatores como o comportamento da própria demanda interna, lembrou Lima. (Valor - 21.08.2003)

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6 Queda de renda foi uma das maiores da história no Brasil, diz João Sabóia

João Sabóia, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ligada a área de trabalho, considera "astronômica" a queda de 16,4% na renda do consumidor em doze meses. "Nunca vi nada parecido, não tem paralelo na história do Brasil, num período tão curto". Mas, reconhece que a inflação elevada foi um dos fatores que induziu a retração do poder aquisitivo do trabalhador. Mas, ressalta outro ponto que contribuiu para o fenômeno. Ele lembrou que o mercado de trabalho está muito pressionado pelo aumento de pessoas procurando trabalho por conta da queda da renda e da inflação. Com isto, a taxa de atividade cresceu 2 pontos percentuais no período medido pela PME, atingindo 57% da população ocupada. Por conta dessa procura, a taxa de desemprego está altíssima, mesmo tendo se mantido estável ante junho, e as pessoas estão aceitando qualquer ocupação e qualquer remuneração, o que ajuda na média a encolher a renda. Se o juro permanecer em queda poderá melhorar este quadro, mas a renda fecha o ano em vermelho, garante. (Valor - 21.08.2003)

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7 IPC-Fipe sobe 0,24%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fipe na cidade de São Paulo, registrou inflação de 0,24% na segunda prévia de agosto, depois de seis semanas consecutivas de deflação. O IGP-10 da FGV também apresentou alta no mês, de 0,21%; em julho, teve queda de 0,73%. (Gazeta Mercantil - 21.08.2003)

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8 Dólar ontem e hoje

À espera do resultado do leilão de swap cambial, o dólar comercial mantém alta nesta quinta-feira. Às 11h33m, a moeda americana era negociada a R$ 3,001 na compra e R$ 3,004 na venda, com alta de 0,30%. Ontem, o dólar comercial fechou com avanço de 0,23%, a R$ 2,9920 na compra e a R$ 2,9950 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 21.08.2003)


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Internacional

1 Geração de energia eólica vai crescer quase 32% nos EUA

Os Estados Unidos provavelmente vão aumentar sua capacidade de geração de energia eólica em 1.400 a 1.600 MW, ou quase 32%, este ano com as companhias buscando aproveitar os benefícios de créditos fiscais que vencem no dia 31 de dezembro, disse a Associação Americana de Energia Eólica. O diretor-executivo da associação, Randall Swisher, disse que é necessário prorrogar os créditos fiscais para energia eólica para manter o ritmo de crescimento do setor. As versões do Senado e da Câmara da lei de política energética, que o Congresso está tentando finalizar, contêm uma prorrogação de três anos para esses créditos. Em 2002, a capacidade de geração de energia eólica somava 4.685 MW, depois de um crescimento de 410 MW no ano e um recorde de 1.696 MW em 2001, de acordo com a associação. A maior parte da energia eólica nos EUA é gerada nos estados da Califórnia, Novo México e Texas, contudo, a associação também citou projetos em Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota e Iowa, que irão acrescentar um total de 375 MW de capacidade este ano. O grupo industrial está promovendo a energia eólica como uma alternativa positiva ao meio ambiente em comparação à energia do gás natural - cujos preços registraram uma forte alta este ano. (Tribuna da Imprensa - 21.08.2003)

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2 Proinversión reabre licitação de Yuncán em setembro

A Proinversión, agência estatal de investimento do Peru, planeja reabrir em meados de setembro a licitação da concessão da operação por 30 anos do projeto hidrelétrico Yuncán (130 MW), no departamento de Pasco. A Proinversión planeja outorgar o contrato no dia 30 de setembro e estabeleceu o preço mínimo de US$ 200 milhões, de acordo com o comunicado. As tentativas de venda anteriores esbarraram numa disputa sobre a propriedade do projeto com autoridades do departamento de Pasco. As partes alcançaram um acordo em junho, segundo o qual Pasco receberá ágio e outros pagamentos no total de US$ 15,3 milhões. O investimento total estimado para o projeto é de US$ 262 milhões. A inauguração da usina está prevista para julho de 2005. Yuncán está sendo construída pela energética estatal Egecen e apresenta avanço de 60%. As obras foram interrompidas em abril depois que o governo ficou sem recursos para financiar os 25% que lhe cabiam das despesas. O governo quer que o ganhador da concessão faça um pagamento adiantado de cerca de US$ 32 milhões em prestações semestrais de 30 de setembro de 2003 a 30 de junho de 2005. Os outros 75% estão sendo financiados pelo Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC). O contrato exige ainda que a eventual concessionária invista US$ 18 milhões em um programa de desenvolvimento social para regiões e comunidades locais, de acordo com a Proinversión. (Business News Americas - 20.08.2003)

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3 Acionistas da Iberdrola vão receber dividendos na proporção dos lucros obtidos

A Iberdrola decidiu passar a distribuir aos seus acionistas dividendos na mesma proporção do lucro obtido, informou hoje a empresa em comunicado à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV). Na origem desta decisão está o "bom andamento" do plano estratégico 2002-2006, a progressiva redução da dívida e o crescimento sustentado do seu resultado, explica a empresa. A Iberdrola mantém "um firme compromisso com o progressivo aumento da retribuição dos acionistas", razão pela qual quer que o aumento anual dos dividendos seja de pelo menos 5%, de acordo com o plano estratégico da empresa aprovado em 2001. Desde 1 de Janeiro de 2002, data em que o plano entrou em vigor, até 31 de Julho deste ano, a rentabilidade total dos acionistas da Iberdrola situou-se nos 12,28%. (Diário Econòmico - 20.08.2003)

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