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IFE: nº 1.176 - 20 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Pacote de empréstimos para distribuidoras começa a ser negociado pelo Governo
2 Modelo do setor elétrico deve estar concluído em 2 ou 3 meses
3 Prisma Energy International: Setor de energia exigirá investimentos de R$ 15 bi por ano
4 Mudanças nas agências reguladoras serão definidas nos próximos dias
5 Estudo sobre reestruturação das agências já está concluído
6 Rede básica de transmissão receberá investimentos de R$ 4,7 bi, prevê ONS
7 Bahia receberá instalação de 100 km de LTs entre 2004 e 2006
8 Pesquisa da Abdib: Empresários tem expectativa de melhora para setor de energia
9 Reforma tributária deve manter alíquota máxima de ICMS sobre energia, diz consultoria tributária
10 Diretor de consultoria tributária diz que nada justifica alíquota máxima
11 Justiça confirma cobrança do seguro-apagão no RS

Empresas
1 Balanço de empresas do setor elétrico revela lucro de R$ 625,1 mi no semestre
2 Copel registra lucro de R$ 281,6 mi no segundo trimestre
3 Reajustes de tarifas aumentam em 11,7% receita da Copel no primeiro semestre
4 Copel passará a cobrar reajuste tarifário intergalmente
5 Copel diminui inadimplência
6 TCU inicia análise de risco da Chesf
7 CEEE receberá R$ 600 milhões referentes à CRC
8 Presidente da Eletronorte anuncia novos investimentos para a Amazônia
9 Eletronorte estuda aproveitamento hidrelétrico do Rio Jari

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Nordeste está com alta de 0,5% no consumo
2 Nível de armazenamento está em 68,14% no subsistema Norte

3 Volume armazenado na região Nordeste está em 36,57%

4 Capacidade do submercado SE/CO está em 62,84%

5 Capacidade está em 53,29% no subsistema Sul

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras estuda construção de novo gasoduto
2 Petrobras lidera licitação de blocos da ANP
3 Licitação de blocos da ANP: Aurizônia e Sinergy Group se destacam entre empresas de menor porte
4 Diretor da ANP satisfeito com balanço do primeiro dia de licitações
5 Taxação sobre produção de petróleo em águas profundas pede ser reduzida

Economia Brasileira
1 Fazenda quer corte maior no juro
2 Economistas cobram do BC ousadia de 1999
3 IGP-M volta a registrar inflação e sobe 0,18%

4 Regra de concessão pode mudar para atrair investidores
5 Cinco elétricas entre as dez empresas com maiores prejuízos em 2002, diz FGV
6 CDES defende 15 propostas para a retomada
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 British Gas e Nacional Grid abrem processo por tarifas maiores na Argentina
2 Shell obtém licenças da para construção de dois terminais de GNL no México


 

Reestruturação e Regulação

1 Pacote de empréstimos para distribuidoras começa a ser negociado pelo Governo

O ministério de Minas e Energia começou a costurar junto às empresas elétricas mais um pacote de capitalização do setor, que inclui empréstimo do BNDES e reestruturação das dívidas que as companhias têm junto ao banco estatal, com alongamento dos prazos de vencimentos dos débitos já existentes. Em contrapartida, as empresas controladoras também colocarão recursos nas concessionárias, provavelmente via aumento de capital. O presidente do banco, Carlos Lessa, confirmou as negociações do novo programa de ajuda financeira às elétricas e disse que o banco será novamente o repassador dos recursos às empresas. Lessa disse, no entanto, que somente as companhias que estiverem em dia com o pagamento de todas as suas dívidas poderão participar do pacote. Segundo fonte do governo próxima às negociações, a liberação dos recursos estará condicionada ao pagamento da compra de energia das geradoras e dos empréstimos bancários. Segundo cálculos das próprias empresas, seria preciso uma injeção de R$ 8 bilhões para criar a "estabilidade necessária". O programa de ajuda será feito com análise financeira dos grupos econômicos e não das concessionárias. Isso significa que a inadimplência dos controladores afetará a participação das distribuidoras no pacote de ajuda. O presidente do BNDES citou o caso da Eletropaulo, cuja controladora, a americana AES, deve mais de US$ 1 bilhão ao banco. (Valor - 20.08.2003)

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2 Modelo do setor elétrico deve estar concluído em 2 ou 3 meses

O presidente da Prisma Energy International, antiga Enron, Orlando Gonzalez, disse ontem que a intenção do governo e dos investidores privados do setor de energia é de concluir em dois ou três meses o modelo do setor elétrico. "Vamos acelerar a discussão e focar nos pontos críticos", disse ele, após reunião da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, com investidores privados de distribuição e geração de energia. "Tem que acelerar, até para dar estabilidade ao setor". Segundo Gonzalez, neste prazo, estarão definidos os projetos que serão enviados ao Congresso e as resoluções do CNPE, alterando a atual legislação. Para Gonzalez, que também preside a Abradee, o novo modelo do setor elétrico precisa dar tranqüilidade para a população, oferecendo energia confiável ao menor preço possível. Para o investidor, defende ele, é necessário um marco regulatório estável e de longo prazo, que dê condições de investir e financiar. E, para o governo, é importante um modelo que dê segurança e garanta uma tarifa "módica". (Estado de São Paulo - 20.08.2003)

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3 Prisma Energy International: Setor de energia exigirá investimentos de R$ 15 bi por ano

O presidente da Prisma Energy International, Orlando Gonzalez, avalia que seriam necessários, em média, investimentos de R$ 15 bilhões por ano no setor de energia. Essa projeção, explicou, está baseada no eventual crescimento do PIB de 3,5% a 4% e no aumento de 7% a 8% da capacidade instalada. Do total de R$ 15 bilhões, segundo ele, R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões seriam investidos na geração de energia, R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões na distribuição e R$ 2 bilhões na transmissão. Se esses investimentos fossem feitos na proporção atual, metade viria do governo e a outra metade do setor privado, acredita. Mas ele avalia que, como há uma sobra estrutural de energia, talvez em 2004 os investimentos não alcancem esse total. Segundo Gonzalez, no setor de distribuição, nos últimos 5 anos, foram investidos de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões ao ano. (Estado de São Paulo - 20.08.2003)

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4 Mudanças nas agências reguladoras serão definidas nos próximos dias

Até o fim desta semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá decidir sobre o novo marco regulatório dos serviços públicos. "Está tudo preparado e ele (o presidente) vai tomar as decisões nos próximos dias", disse ontem o ministro da Casa Civil, José Dirceu, que adiantou ainda que a apresentação do novo modelo do setor elétrico deverá ser antecipada pela ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff. "A ministra disse que vai antecipar a definição do modelo, e eu vou fazer um reforço na estrutura dela, técnica, de assessoria", afirmou. O esboço do novo modelo está em consulta pública e a estimativa inicial da ministra era de que até o fim do ano todos os atos legais e regulamentares necessários ao funcionamento do novo modelo estivessem preparados para que as novas regras entrassem em vigor em janeiro de 2005. Como a legislação também se refere às agências reguladoras, o presidente Lula deverá reunir, provavelmente nesta semana, os ministros ligados aos órgãos reguladores para definir o projeto de reformulação dessas autarquias, que será encaminhado ao Congresso. (Tribuna da Imprensa - 20.08.2003)

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5 Estudo sobre reestruturação das agências já está concluído

O subchefe de Assuntos Governamentais da Presidência da República, Luiz Alberto dos Santos, disse que o estudo sobre a reestruturação das agências já foi concluído e servirá de base para a elaboração do projeto de lei. Segundo Santos, o grupo coordenado por ele está trabalhando em linhas gerais de ação que servirão de subsídios para que o presidente e os ministros definam o que deve ser alterado. Umas das propostas que constam do documento é o contrato de gestão, que deverá ser firmado entre os diretores desses órgãos e os ministérios afins. De acordo com esse contrato, os diretores terão obrigações e metas a serem cumpridas, diretamente relacionadas com a estabilidade nos cargos. Segundo Santos, a duração dos mandados desses diretores deverá ser unificada em quatro anos. Será mantida a não coincidência entre eles, ou seja, o início e o fim de cada mandato acontecerá em anos diferentes. O estudo aponta ainda para a possibilidade de os ministérios passarem a ter atribuição de elaborar os novos contratos de concessão, com a contribuição técnica e operacional das agências. (Tribuna da Imprensa - 20.08.2003)

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6 Rede básica de transmissão receberá investimentos de R$ 4,7 bi, prevê ONS

O Plano de Ampliações e Reforços da Rede Básica do ONS prevê investimentos de R$ 4,7 bilhões na rede básica de transmissão até 2006. Desse total, cerca de R$ 3,2 bilhões devem ser aplicados na implantação de 10,7 mil km de linhas de transmissão. O restante deve ser destinado à expansão da capacidade das subestações da rede básica. "As obras permitirão ao sistema elétrico brasileiro escoar a energia e atender a critérios de planejamento do setor", afirma o diretor de administração dos serviços de transmissão do ONS, Roberto Gomes. O executivo participou ontem de seminário de apresentação do plano para representantes de companhias energéticas do Norte e Nordeste em Salvador. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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7 Bahia receberá instalação de 100 km de LTs entre 2004 e 2006

Apenas para o Estado da Bahia, o Plano de Ampliações e Reforços da Rede Básica do ONS prevê a instalação de mais 100 km de linhas de transmissão no período entre 2004 e 2006. O presidente da Coelba, Moisés Sales, comemorou o projeto. "São grandes notícias: isso aumenta a confiabilidade da distribuição e essa infra-estrutura é a base para o crescimento do mercado de energia", afirma. Ele lembra que, com as perspectivas de que a economia volte a crescer a partir de outubro, haverá necessidade de infra-estrutura para suprir as necessidades decorrentes do crescimento do consumo. De acordo com o ONS, a ampliação da rede da Bahia vai exigir investimentos de R$ 40 milhões. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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8 Pesquisa da Abdib: Empresários tem expectativa de melhora para setor de energia

Levantamento realizado pela Abdib mostra que 57% dos empresários do setor apostam em um segundo semestre melhor do que os últimos seis meses do ano passado. A pesquisa, feita no início de agosto, indica que 14% acreditam na manutenção do cenário. Outros 29% consideram que este semestre será pior em relação ao ano passado. "Sabemos que a percepção positiva está comparada com uma base muito frágil, que foi o período de deterioração do ambiente político e econômico no segundo semestre do ano passado. A expectativa de um cenário melhor é fruto das indicações do Governo de que estamos entrando em uma agenda desenvolvimentista", diz José Augusto Marques, presidente da Abdib. (Jornal do Commercio - 20.08.2003)


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9 Reforma tributária deve manter alíquota máxima de ICMS sobre energia, diz consultoria tributária

Mesmo com a indefinição das alíquotas de cobrança do ICMS no substitutivo da proposta de reforma tributária apresentado na última segunda-feira, dia 18 de agosto, pelo deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG), a taxação da energia elétrica nos Estados não deve sofrer grandes alterações. A avaliação é do diretor de Consultoria Tributária da Deloitte Touche Tohmatsu, Antonio Ganim. O texto elaborado pelo relator da reforma na Câmara prevê a criação de cinco alíquotas de cobrança para o ICMS, variando entre um índice modal (médio) e um máximo. O relatório não traz as alíquotas (a definição acontecerá no Senado), mas, de acordo com o próprio parlamentar, a perspectiva é que a carga sobre energia elétrica seja a mais elevada, como já ocorre hoje. Atualmente, os percentuais variam respectivamente de 18% (quota média) a 25% (máxima). A indicação, na opinião de Antonio Ganim, representa a manutenção da tributação máxima aplicada sobre a eletricidade nos Estados de destino. "É difícil crer que haverá algum tipo de perda para os Estados. Acredito que a taxação de ICMS para energia deve ficar como está hoje, no nível mais elevado, e se houver aumento na alíquota, o impacto certamente recairá no bolso do consumidor", afirma o especialista, explicando que o ICMS compõe sua própria base de cálculo no caso da energia, o que, na prática, eleva a alíquota efetiva para cerca de 33%. (Canal Energia - 19.08.2003)

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10 Diretor de consultoria tributária diz que nada justifica alíquota máxima

O diretor de Consultoria Tributária da Deloitte Touche Tohmatsu, Antonio Ganim, esclarece que possíveis elevações na alíquota de ICMS nas contas de luz independem de homologação da Aneel, pois são fixadas diretamente pelos Estados após determinação do Congresso Nacional, e são aplicáveis pelas concessionárias de energia elétrica diretamente aos índices concedidos pelo órgão regulador. Para ele, não há justificativa para que a tributação de ICMS sobre a energia seja a mais alta. "Na verdade, a energia elétrica deveria ser taxada pela alíquota modal, e não pela máxima. Trata-se de um serviço público essencial para toda a população. Ninguém vive dignamente sem energia. Nessa linha, o lógico era que a alíquota máxima fosse praticada para os serviços e produtos supérfluos", avalia Ganim, admitindo que a idéia não deve ser incorporada no espírito da reforma tributária encaminhada ao Legislativo. (Canal Energia - 19.08.2003)

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11 Justiça confirma cobrança do seguro-apagão no RS

Instituído em fevereiro de 2002 pela Aneel, o seguro-apagão teve a cobrança no RS confirmada ontem por sentença do juiz Rômulo Pizzolatti, da 2º Vara Federal da Capital. Ao julgar ação civil pública do Ministério Público Federal contra a CBEE, empresa que recolhe e repassa o seguro à Aneel, RGE, CEEE e AES Sul, o juiz definiu o encargo como 'contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE)'. Correspondente a 0,0059% sobre o kWh (em contas acima de 160 kWh), a taxa, para o juiz, equivale a necessidade de encargos como a capacidade emergencial e aquisição de energia emergencial. Para o MP, a taxa viola o Código de Defesa do Consumidor. (Correio do Povo - 20.08.2003)

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Empresas

1 Balanço de empresas do setor elétrico revela lucro de R$ 625,1 mi no semestre

O segundo trimestre de 2003 fechou positivo para o setor elétrico brasileiro, com lucro de R$ 528,5 milhões. O balanço levou em consideração os resultados da AES Sul, AES Tietê, Caiuá, Celesc, Cemig, Cerj, Cesp, Coelba, CPFL Geração, CPFL Piratininga, Elektro, Eletrobrás, Eletropaulo, Cataguazes-Leopoldina, Duke Energy, Light, Tractebel e Transmissão Paulista. No mesmo período do ano passado, essas empresas acumularam prejuízos de R$ 351,4 milhões, segundo os dados divulgados pela Bovespa. Comparando os primeiros semestres de 2003 e 2002, o resultado saiu de uma perda de R$ 2,8 bilhões para um lucro de R$ 625,1 milhões. Em relação à receita bruta das empresas, houve um crescimento de 37,5% entre abril e junho, chegando a R$ 12,5 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2003, o volume de vendas alcançou R$ 25,1 bilhões, enquanto no ano passado o montante foi de R$ 18,7 bilhões. (Canal Energia - 19.08.2003)

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2 Copel registra lucro de R$ 281,6 mi no segundo trimestre

A Copel anunciou lucro líquido de R$ 281,6 milhões no segundo trimestre do ano, revertendo um prejuízo de R$ 53,4 milhões apurado no mesmo período de 2002. No primeiro trimestre do ano, a concessionária também havia registrado perda líquida, de R$ 15,5 milhões. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, o lucro líquido soma R$ 266,1 milhões. A recuperação dos resultados é reflexo, principalmente, de dois contratos de compra de energia que haviam sido suspensos - sendo um com a térmica Araucária e outro com a Cien. No caso de Araucária, a Copel - com base em um relatório jurídico - decidiu não mais provisionar os valores de compra de energia, tal como fez no primeiro trimestre do ano. As negociações com a Araucária, porém, ainda não foram fechadas. Já com a Cien - com quem havia suspendido um contrato desde o início do ano - a Copel acaba de assinar um novo acordo que irá gerar impacto positivo de R$ 246,2 milhões. O acerto prevê a redução em 50% do volume inicial, caindo dos 800 MW para 400 MW, com redução de prazo de 20 para 7 anos. O efeito dólar, que teve um recuo de 18% frente ao real, também colaborou para o balanço positivo da empresa, uma vez que a Copel tem R$ 873 milhões de dívida indexada à moeda americana (metade com hedge). A receita líquida consolidada da companhia subiu dos R$ 618,3 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 683 milhões em igual período desse ano. A Copel conseguiu reajuste tarifário de 25,2%, concedido pela Aneel. (Valor - 20.08.2003)

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3 Reajustes de tarifas aumentam em 11,7% receita da Copel no primeiro semestre

Entre janeiro e junho, as receitas da Copel somaram R$ 1,39 bilhão, um aumento de 11,7% sobre o mesmo período de 2002. Esse acréscimo é atribuído ao reajuste de 10,96% nas tarifas aplicado a partir de junho de 2002. O endividamento total da companhia é de R$ 1,94 bilhão, o equivalente a 39,1% do patrimônio liquido. Desse total, 56% são em moeda nacional e 44% em moeda estrangeira. Parte do resultado positivo ocorreu por conta da não realização do provisionamento dos valores de compra de energia da UEG Araucária, uma térmica a gás natural de quem a empresa é sócia (20%) e com quem mantém uma disputa judicial sobre valores. Os pagamentos estão suspensos desde o início do ano e a El Paso, que controla 60% da empresa, apresentou o assunto em uma corte de arbitragem de Paris. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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4 Copel passará a cobrar reajuste tarifário intergalmente

A direção da Copel anunciou ontem mudanças nos descontos concedidos aos consumidores com base no reajuste médio de 25,27%, autorizado pela Aneel em junho. A companhia, que ainda não cobrou os reajustes, informou que passará a cobrá-los integralmente dos consumidores inadimplentes a partir de primeiro de setembro e, de forma parcial, de quem estiver com o pagamento das contas em dia. Quem estiver com o pagamento em dia com a empresa, pagará em outubro 5,27% de reajuste, em novembro mais 5% e em dezembro outros 5%. Ou seja, a Copel ainda estará concedendo um "desconto" de 10 pontos percentuais do valor de reajuste total autorizado pela Aneel. A partir de dezembro, segundo a empresa, ainda não há definição da política de reajustes. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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5 Copel diminui inadimplência

O diretor financeiro da Copel, Ronald Thadeu Ravedutti, admitiu ontem que a suspensão do reajuste de energia elétrica anunciada por Requião em junho teria influência negativa sobre os resultados da empresa no segundo semestre. "Quanto menor a receita, menor é o lucro", disse. Enquanto a promessa vigorou, a Copel conseguiu diminuir a inadimplência de seus devedores, segundo o diretor financeiro da Copel, que não quis falar em porcentual de redução. Disse apenas que os valores devidos atingem hoje R$ 187 milhões. Apesar da informação de que a inadimplência caiu, o número é igual ao informado pela empresa em maio, quando chegava a 65% a quantidade de clientes que pagavam a conta de energia com atraso. Os maiores devedores da Copel, segundo o diretor, são as prefeituras municipais, cujas dívidas chegam a R$ 96 milhões. Só a Prefeitura de Curitiba tem um débito de R$ 60 milhões, que já foi renegociado com a companhia. Outros R$ 13 milhões estão sendo negociados com os prefeitos dos diversos municípios paranaenses e Ravedutti espera zerar a inadimplência até o fim do ano. No segmento residencial, informa o diretor financeiro da Copel, a inadimplência soma R$ 8 milhões. Até 30 de junho último, o mercado atendido diretamente pela Copel totalizava 3.053.761 ligações nas diversas categorias de consumo, ou 2,8% a mais que o existente ao final do primeiro semestre de 2002. (Gazeta do Povo - 20.08.2003)

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6 TCU inicia análise de risco da Chesf

Nos últimos 12 meses, o Tribunal de Contas da União avaliou a análise de risco do BNDES, da Infraero e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pelos próximos seis meses, o tribunal vai realizar essa fiscalização na Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Chesf, Companhia de Energia Elétrica de Manaus e Departamento da Polícia Federal. O TCU faz fiscalizações periódicas, mas esta contará com um ingrediente especial: análise de risco das operações. A idéia foi importada. Um técnico do tribunal passou um ano no Canadá, de onde a metodologia foi trazida. O objetivo é identificar as irregularidades na gestão do dinheiro público antes mesmo que elas ocorram. As palavras de ordem do TCU, agora, são prevenir, detectar, corrigir e orientar. O tribunal analisará os projetos das instituições para verificar eventuais dificuldades para a execução das propostas. A partir daí, apresentará sugestões ou determinações, caso sejam detectadas irregularidades. Os resultados serão acompanhados de perto. (Jornal do Brasil - 20.08.2003)

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7 CEEE receberá R$ 600 milhões referentes à CRC

A Comissão de Infra-estrutura do Senado aprovou, ontem, projeto de lei que contempla a CEEE com R$ 600 milhões, referentes à Conta de Resultados a Compensar (CRC). Depois de passar pela terceira comissão no Senado, o projeto está pronto para entrar na ordem do dia e ser votado em plenário. O valor refere-se a aumentos de energia elétrica praticados pela Eletrobrás, que não foram repassados ao RS. Segundo o secretário estadual de Minas, Energia e Comunicações, Valdir Andres, após votação em plenário, a CEEE fará acerto de contas com a Eletrobrás, já que tem dívidas com a companhia nacional de energia. O senador Pedro Simon (PMDB), presente à votação, disse que a aprovação é resultado de ampla negociação entre União, Estados, concessionárias de energia e representantes da sociedade. 'Foi restabelecida a justiça com o RS, já que o redutor aplicado limitava em muito a capacidade da CEEE e do próprio Estado em manter o funcionamento do sistema'. (Correio do Povo - 20.08.2003)

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8 Presidente da Eletronorte anuncia novos investimentos para a Amazônia

O presidente da Eletronorte, Silas Rondeau Cavalcante, participou ontem (19/08), de audiência pública promovida pela Comissão da Amazônia e de Desenvolvimento Regional, da Câmara dos Deputados. Silas Cavalcante anunciou os planos de investimentos e a nova política energética para a região amazônica. Entre os projetos está a interligação Tucuruí/Macapá/Manaus, uma construção estratégica orçada em R$ 2,5 milhões, que abastecerá a capital do Amazonas com energia da usina de Tucuruí, no Pará. Por determinação do Ministério de Minas e Energia, a Eletronorte formou uma comissão que está aprimorando os estudos para o projeto básico da interligação. Segundo o presidente, os recursos estão assegurados no Plano Plurianual de 2004. Outra novidade para suprir os estados da Amazônia abastecidos por sistemas isolados (termelétricas) é a interligação Acre/Rondônia/Mato Grosso, projeto orçado em R$ 250 milhões. (NUCA - 20.08.2003)

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9 Eletronorte estuda aproveitamento hidrelétrico do Rio Jari

O presidente da Eletronorte, Silas Rondeau Cavalcante, informou que a empresa está estudando o aproveitamento hidrelétrico do Rio Jari, divisa dos estados Amapá e Pará. A Usina Hidrelétrica Santo Antônio do Jari está sendo considerada a única alternativa a curto prazo para atendimento ao Amapá. O projeto está passando pela análise da Aneel e do Ministério de Minas e Energia. Silas Rondeau enfatizou aos deputados integrantes da Comissão da Amazônia, a filosofia da Empresa de promover planos de desenvolvimento sustentável para as regiões no entorno de seus empreendimentos. (NUCA - 20.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Nordeste está com alta de 0,5% no consumo

O Nordeste consumiu 6.071 MW médios na última segunda-feira, dia 18 de agosto, contra previsão de 5.952 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região está com alta no consumo de 0,5%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema registra queda de 7,13% no mesmo período. No Sul, o consumo chegou a 7.145 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula alta de 4,82% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste teve consumo de 24.974 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do ONS. O submercado está com baixa no consumo de 3,13%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema registra queda de 9% no período. O Norte registrou consumo de 2.675 MW médios no dia 18, contra previsão de 2.636 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula alta de 0,52% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 19.08.2003)

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2 Nível de armazenamento está em 68,14% no subsistema Norte

O volume armazenado na região Norte está em 68,14%, uma redução de 0,31%. A hidrelétrica de Tucuruí registra 82,57% da capacidade. (Canal Energia - 19.08.2003)

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3 Volume armazenado na região Nordeste está em 36,57%

A capacidade está em 36,57% no subsistema Nordeste, volume 20,89% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma redução de 0,24%. A usina de Sobradinho está com 30,18% da capacidade. (Canal Energia - 19.08.2003)

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4 Capacidade do submercado SE/CO está em 62,84%

O submercado Sudeste/Centro-Oeste está com 62,84% da capacidade. O volume está 35,16% acima da curva de aversão determinada pelo ONS. O nível teve uma queda de 0,26% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas registram, respectivamente, 54,84% e 79,79% do volume. (Canal Energia - 19.08.2003)

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5 Capacidade está em 53,29% no subsistema Sul

O nível de armazenamento está em 53,29% no subsistema Sul, uma queda de 0,36% em comparação com o dia anterior. A usina de G. B. Munhoz registra índice de 47,82%. (Canal Energia - 19.08.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras estuda construção de novo gasoduto

Está em estudo na Petrobrás a construção de um novo gasoduto ligando a região de Encarnacion, na fronteira do Paraguai e Argentina, e Corumbá. A intenção é viabilizar uma central petroquímica no Mato Grosso do Sul com gás natural argentino. O gás é da Petrobras, que comprou a argentina Perez Companc. (Valor - 20.08.2003)

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2 Petrobras lidera licitação de blocos da ANP

A Petrobras ficou com 73 dos 83 blocos de exploração de petróleo negociados no primeiro dia da quinta rodada de licitação da ANP. O processo termina hoje. Dos 73 blocos adquiridos pela Petrobras, 70 a empresa arrematou sozinha, dois em parceria com a portuguesa Partex e um em consórcio liderado pela dinamarquesa Maersk. Os demais blocos foram arrematados pela Aurizônia (quatro), Sinergy Group (três), Newfield (dois) e Maersk (um). O critério de escolha do vencedor neste ano - ganha quem oferece o maior conteúdo nacional - foi alcançado, com a maior parte das áreas leiloadas com percentuais de 80% a 90% de investimentos locais. Foram leiloados no primeiro dia 639 blocos dos 908 à venda. No total, os lances da Petrobras no primeiro dia da quinta rodada de licitações somaram R$ 19,3 milhões. A estatal se empenhou em participar da rodada porque planeja recompor seu portfólio, disse o gerente-geral de exploração e produção da empresa, Francisco Nepomuceno. Somente pelas áreas da Bacia do Jequitinhonha (BA), a empresa pagou R$ 14,5 milhões, bem acima do preço mínimo de R$ 500 mil estipulado pela ANP. "Temos informações boas sobre as áreas", disse o executivo, acrescentando que os blocos situam-se próximos a áreas da Petrobras, o que facilita a logística do processo exploratório. A empresa também investiu em blocos de Santos porque a região "está se tornando uma grande bacia de gás". (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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3 Licitação de blocos da ANP: Aurizônia e Sinergy Group se destacam entre empresas de menor porte

Apesar do apetite da Petrobras, foram empresas de menor porte que mostraram direcionar a maioria dos seus investimentos na indústria nacional. Mesmo em blocos terrestres, onde fornecedores locais se destacam pela competitividade, a estatal mostra-se mais contida nas propostas de conteúdo local do que empresas menores, como a brasileira Aurizônia e a controladora da Marítima, Sinergy Group. Estreante nos leilões da ANP, a Aurizônia vai injetar no País todos os investimentos em exploração e produção nos blocos que adquiriu. A brasileira arrematou quatro concessões de blocos em terra localizados na Bacia de Potiguar. Disputou outros dois blocos da mesma região, mas perdeu para a portuguesa Partex e para a Petrobras. A empresa ofereceu cerca de R$ 162 mil pelas áreas adquiridas. A Sinergy, por sua vez, se comprometeu a gastar no Brasil no mínimo 90% dos investimentos realizados nos três blocos que arrematou. Com exceção das últimas etapas da fase de produção, a empresa vai encomendar a fornecedores locais de 95% a 100% dos bens e serviços necessários para explorar e desenvolver as áreas, também na Bacia de Potiguar. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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4 Diretor da ANP satisfeito com balanço do primeiro dia de licitações

O diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, fez uma avaliação positiva do primeiro dia da quinta rodada. Ele preferiu deixar um balanço mais concreto para o último dia, mas mostrou-se satisfeito com as primeiras impressões. "Nesse novo formato, com maior número de blocos, até para ter a fotografia final é necessário mais tempo", disse. "Eu diria que, mesmo sem ter essa fotografia, os resultados foram bons". Ele destacou a participação de pequenas empresas como a Aurizônia e o Sinergy Group. Segundo ele, mais importante do que o valor a ser arrecadado com as licitações é despertar o interesse para as variadas áreas ofertadas, garantir programas exploratórios mínimos de qualidade e assegurar a participação da indústria nacional. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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5 Taxação sobre produção de petróleo em águas profundas pede ser reduzida

O governo poderá reduzir a taxação sobre a produção de petróleo em águas profundas. A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, afirmou que estuda mudanças na regulamentação que determina cobrança de royalties e participações especiais. A desoneração, pleiteada por petroleiras, pode aumentar o potencial de viabilidade comercial das descobertas. Mas ela rebate as críticas de empresários e analistas sobre os impostos. "Se não fosse viável, as empresas teriam devolvido as áreas em agosto", disse, referindo-se a Shell, Petrobras e TotalFinaElf, que mantiveram 17 áreas adquiridas em 1998. Das 22 áreas sob concessão, apenas cinco foram devolvidas na íntegra, por falta de viabilidade comercial. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Fazenda quer corte maior no juro

O Ministério da Fazenda acredita que já há espaço para um corte mais acentuado na taxa básica de juros. Na avaliação da equipe comandada pelo ministro Antonio Palocci, o Copom do BC tem condições de cortar hoje a taxa Selic em pelo menos dois pontos percentuais, reduzindo-a de 24,5% para 22,5% ao ano. O corte pode ser feito sem ameaçar o controle da inflação. A equipe de Palocci julga ainda que o momento político é favorável à queda mais acentuada, na medida em que o assunto juros saiu da arena política nas últimas semanas. O raciocínio é o de que o Copom agora pode ser mais ousado sobre os juros, sem que se questione a autonomia operacional do Banco Central. Mas apesar dessa opinião, não há atritos entre a Fazenda e a equipe do BC. "O ministro Palocci e o presidente do BC, Henrique Meirelles, jogam totalmente afinados. A decisão sobre os juros é e continuará sendo técnica. Quem decide é o Copom e a decisão continuará sendo respeitada pelo governo", assegurou um assessor graduado do governo. A expectativa no Ministério da Fazenda é a de que o Copom baixará a Selic em apenas 1,5 ponto percentual. Essa é a expectativa predominante também no mercado financeiro, embora analistas importantes, como Afonso Celso Pastore, ex-presidente do BC, e Sérgio Werlang, ex-diretor da instituição e principal mentor do regime de metas de inflação, venham dizendo que há espaço para uma queda mais acentuada dos juros. (Valor - 20.08.2003)

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2 Economistas cobram do BC ousadia de 1999

Em 1999, depois de uma grande desvalorização cambial e em uma situação na qual tinha que ganhar credibilidade rapidamente - condições parecidas com as de 2003 - o BC reduziu a taxa básica de juros de 45% para 19% em seis meses, de abril até outubro. A ação foi comandada por Armínio Fraga, que também foi responsável, recém-empossado na presidência do BC, pela alta da Selic de 25% para 45% em março de 1999. Para vários economistas, o BC poderia ousar mais. O ganho seria reativar a economia mais rapidamente, sem perdas no combate à inflação. "Eu defendi um corte de 4 pontos porcentuais na última reunião do Copom (de julho) porque havia espaço no modelo (de metas de inflação) e porque este tipo de ação já tinha sido feito com bom resultado no passado", diz Sérgio Werlang, diretor do Banco Itaú, e ex-diretor do Banco Central. Werlang observa que um dos argumentos que se ouve em defesa da postura gradualista de redução da Selic, empregada pelo BC até agora, é de que os bancos centrais, em outras partes do mundo, costumam ser graduais no corte dos juros: "Isto até é verdade, mas uma coisa é ser gradual com um juro em torno de 6, 7%, e outra é ser gradual com o juro a 24,5%", ele diz. O economista José Alexandre Scheinkman, da Universidade de Princeton, acha que "está na hora de o Banco Central sinalizar que será agressivo na redução dos juros, desde, é claro, que a inflação se mantenha na trajetória atual". O economista Aloísio Araújo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio, diz que "a queda dos juros poderia ir mais rápido". Ele elogia a ação de Armínio em 1999, quando o viés de baixa foi usado seguidamente para reduzir a Selic entre as reuniões do Copom. Houve dois cortes entre as reuniões de março e abril, e mais três entre as de abril e maio (fora os cortes nas próprias reuniões). Como resultado, os juros desceram de 45% para 23,5% em pouco mais de dois meses. Araújo, porém, ressalva que a redução da dívida dolarizada pelo BC, no momento, justifica em parte a redução mais gradual da Selic até agora. (Estado de São Paulo - 20.08.2003)

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3 IGP-M volta a registrar inflação e sobe 0,18%

A segunda prévia de agosto do IGP-M registrou inflação de 0,18%, de acordo com dados da FGV. A primeira prévia do mês havia apontado inflação zero. Em igual período de julho, o índice havia indicado deflação de 0,35%. No ano, o IGP-M acumula alta de 5,65%. Nos últimos 12 meses, a taxa alcança 22,63%. Os preços no atacado, medidos pelo IPA, apresentaram deflação de 0,06%, após uma queda de 0,59% na segunda prévia de julho. Os preços no varejo, medidos pelo IPC, ficaram praticamente estáveis, com variação positiva de 0,02%, contra deflação de 0,08% na segunda de julho. O INCC apontou alta de 2,27%, após subir 0,57% no mesmo período do mês passado. (Folha de São Paulo - 20.08.2003)

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4 Regra de concessão pode mudar para atrair investidores

Para estimular o investimento dos empresários em obras nas áreas de infra-estrutura, o governo deve divulgar, nos próximos dias, as regras para o novo modelo de concessão de serviços públicos para o setor privado. Chamado tecnicamente de PPP, o novo programa tem como objetivo atrair empresas privadas para obras nas quais os recursos públicos não são suficientes. A mudança irá substituir a atual Lei de Concessões em determinados projetos. Para o ministro Guido Mantega (Planejamento), uma nova lei é necessária porque a atual Lei de Concessões não permite contratos com prazo superior a cinco anos e também não permite que a empresa que faz a obra fique com a sua administração. O governo anunciou que quer investimentos de R$ 191,4 bilhões entre 2004 e 2007 no setor de infra-estrutura (R$ 47,85 bilhões por ano nos próximos três anos). Boa parte desse investimento, no entanto, terá de ser feito pelo setor privado. Neste ano, por exemplo, o setor público deve aplicar apenas R$ 4,3 bilhões dos R$ 14,5 bilhões previstos no Orçamento, sem contar as estatais. O modelo do PPP tem como base a divisão do risco do investimento entre o governo e o setor privado. Na construção de uma rodovia, por exemplo, o empresário faria a obra e depois começaria a receber pela construção e manutenção de duas maneiras: a tarifária (pedágio) e uma complementação do governo federal já prevista no contrato de parceria. Nesse exemplo, caso a estrada não recebesse o volume de tráfego estimado, como o risco é do empresário, o Tesouro não poderia reduzir o total de repasses acertado em contrato. (Folha de São Paulo - 20.08.2003)

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5 Cinco elétricas entre as dez empresas com maiores prejuízos em 2002, diz FGV

O nível de endividamento das 500 maiores empresas não-financeiras do país alcançou seu patamar mais alto em 2002, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ). Divulgado desde 1970, o ranking das 500 maiores sociedades anônimas do Brasil mostra que o repique cambial ocorrido no segundo semestre do ano passado contribuiu decisivamente para o resultado negativo de setores como serviços de transporte, eletricidade e telecomunicações. Entre as 500 companhias, 214 - quase 43% do total - tiveram prejuízo em 2002. Foi o segundo pior resultado da série histórica, melhor apenas que o de 1999, quando 219 registraram perdas. Os critérios utilizados para organizar a lista foram dois: o volume total de ativos e a receita operacional líquida de empresas com balanços de 2002 publicados até 15 de junho. Na liderança do ranking aparece novamente a Petrobras, que encabeça a lista desde 1994. Em segundo lugar, vem a operadora Telemar, seguida por Telefônica, Vale do Rio Doce e Furnas. Fecham o grupo das dez primeiras Brasil Telecom, Embraer, Embratel, Pão de Açúcar e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Entre as dez empresas do ranking que anunciaram os maiores prejuízos, cinco são do setor elétrico: Cesp, AES Sul, Light, Eletronuclear e Eletronorte. Somados os resultados em 2002 de todas as 500 empresas, constatou-se um prejuízo de R$ 12,5 bilhões, contra um lucro de R$ 23,6 bilhões em 2001. O lucro de R$ 40 bilhões registrado por 286 companhias presentes no ranking das 500 maiores foi insuficiente para compensar as perdas de R$ 52,5 bilhões registradas pelas outras 214. (Valor - 20.08.2003)

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6 CDES defende 15 propostas para a retomada

Os noventa integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) elaboraram uma proposta de 15 pontos, já encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para acelerar o crescimento. "A maioria dos conselheiros deseja que o governo sinalize mais fortemente uma política voltada para a retomada do crescimento", disse o secretário-executivo do CDES, ministro Tarso Genro. "Os conselheiros acham que os juros têm que baixar mais, mas sem afobamento", disse. "Eles não querem bolhas de crescimento". Entre as medidas preconizadas pelo CDES, as mais conhecidas são o descontingenciamento parcial de algumas verbas e a liberação de 20% do FGTS para a construção e a reforma de residências. Mas existem outras 13 sugestões. Algumas das propostas apresentadas pelo CDES foram adotadas pelo governo nas últimas semanas, a exemplo da redução do compulsório dos depósitos a vista não remunerados da abertura de linhas de crédito especiais. A maioria das sugestões, no entanto, ainda está no papel. Para pavimentar o caminho da retomada do crescimento, o CDES propõe o descontingenciamento parcial dos fundos setoriais e a ampliação dos gastos públicos em obras de habitação popular, saneamento e infra-estrutura. Os membros do CDES também defendem a abertura de linhas de financiamento para a renovação do parque industrial, a adequação do câmbio, de forma a se manter o incentivo às exportações, sendo mantido o sistema de câmbio flutuante, e a ampliação dos acordos setoriais a outros setores produtivos, além do automotivo. (Gazeta Mercantil - 20.08.2003)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial operava às 12h07m na máxima do dia, com elevação de 0,76% sobre o fechamento de ontem. A moeda americana estava cotada a R$ 3,007 na compra e R$ 3,011 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou com queda de 0,46%, negociado a R$ 2,9860 na compra e a R$ 2,9880 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 20.08.2003)

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Internacional

1 British Gas e Nacional Grid abrem processo por tarifas maiores na Argentina

As britânicas British Gas e Nacional Grid iniciaram nesta semana um processo judicial contra a Argentina para pressionar o governo a reajustar as tarifas de serviços públicos, congeladas desde 2002. O processo foi acionado na Comissão das Nações Unidas para o Direito Mercantil, órgão da ONU que age como mediador quando há divergência entre investidores e governos. As empresas querem uma indenização de US$ 350 milhões, prejuízo que teriam acumulado após o congelamento. (Folha de São Paulo - 20.08.2003)

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2 Shell obtém licenças da para construção de dois terminais de GNL no México

A CRE, agência reguladora de energia do México, concedeu licenças para regaseificação e armazenamento para dois projetos de terminais de gás natural liquefeito (GNL) da petroleira anglo-holandesa Shell, de acordo com comunicado da Secretaria de Energia do México. "É um pequeno passo em um longo caminho", disse o gerente de gás e energia da Shell no México, Cornelis Van der Bom. Se tudo sair como o planejado, a Shell vai investir cerca de US$ 1,1bilhão para construir plantas para armazenamento de GNL na Costa Azul, no estado de Baja California, no litoral oeste do México, e um terminal de GNL em Altamira, no litoral do Golfo do México, estado de Tamaulipas. Na Costa Azul, a Shell planeja construir dois reservatórios com capacidade de armazenagem de 170.000m3 cada e capacidade para fornecer 1 bi de pés cúbicos por dia (mpc/d) a Baja California Norte. O investimento projetado é de US$ 747 milhões, e a entrada em operação é programada para 2007. A Shell planeja financiar o projeto com capital próprio e assinou um memorando de entendimento para que a australiana Gorgon LNG seja fornecedora de GNL. No entanto, Van der Bom não se referiu a outras condições internas para a decisão sobre investimento da empresa. A Shell obteve licença ambiental para o projeto em abril, mas ainda precisa de autorização para uso da terra concedida pelo governo municipal de Ensenada, em Baja California, e de um fornecedor de GNL, um comprador e financiamento, disse Van der Bom. (Business News Américas - 20.08.2003)

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