l IFE:
nº 1.172 - 14 de agosto de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Novo modelo do setor elétrico é exposto a líderes do Senado A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, fez ontem uma exposição detalhada
aos líderes partidários no Senado sobre o novo marco regulatório do setor
elétrico, durante café da manhã na residência oficial do presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ao sair do encontro, o líder do governo
no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que houve receptividade à
proposta da ministra, apesar de o modelo ser muito complexo. "Tenho certeza
de que, do ponto de vista do Senado, não haverá nenhuma dificuldade".
Segundo Mercadante, o modelo busca assegurar uma política tarifária que
permita evitar que se repitam, no futuro, abusos que, segundo ele, foram
praticados no passado. Em uma outra frente, segundo ele, o modelo busca,
também, dar segurança aos investidores de que os contratos serão respeitados.
"Os investidores terão uma receita assegurada, dentro de uma visão sistêmica
que permita ao Brasil ter oferta de energia, a médio e longo prazo, capaz
de crescer à frente do crescimento da economia", disse o senador. Segundo
ele, não foi discutido quando as medidas que compõem o modelo do setor
elétrico serão encaminhadas pelo governo ao Congresso. (O Estado de São
Paulo - 14.08.2003) 2 BNDES quer recuperar as ações do setor elétrico O BNDES
espera retomar as ações das distribuidoras de energia elétrica que foram
dadas como garantia para empréstimos e promover a "reprivatização" dessas
ações. A informação é do presidente da instituição, Carlos Lessa, que
acredita que os papéis das empresas de energia podem atrair o interesse
de fundos de investimento. Segundo ele a tendência é de que muitas das
empresas em débito com o banco terão suas ações retomadas, dentre essas
companhias, Lessa citou Eletropaulo, Cemig e Light. Ele disse que não
é intenção do banco, no entanto, ser dono dessas empresas, mas sim fixar
uma política para que no futuro elas possam ser eventualmente reprivatizadas.
"Sem nenhuma quebra contratual, eu diria que a tendência vai ser retomar
muitas dessas empresas e provavelmente fixar uma política para o futuro,
que poderá ser eventualmente uma reprivatização", disse Lessa. (Valor
e Jornal do Brasil - 14.08.2003) 3 BNDES quer criar fundo com ações de elétricas em débito O presidente
do BNDES, Carlos Lessa, disse ontem que o banco poderá usar ações de distribuidoras
de energia elétrica inadimplentes para criar um fundo que seja destinado
a poupadores em geral e, especificamente, a aplicações de fundos de pensão.
O comentário foi feito durante debate sobre a privatização do setor elétrico,
na Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior da Câmara dos Deputados.
"As ações do setor elétrico são as melhores ações para dar um fundo de
sustentação aos fundos de pensão de longo prazo", afirmou. (O Estado de
São Paulo - 14.08.2003) 4
Setor de energia puxa recursos do BNDES para região Centro-Oeste 5 Abrate: Procura pelo leilão de LTs demonstra sucesso do modelo adotado para o segmento A grande
procura de empresas privadas e estatais pelo leilão de linhas de transmissão
revela o sucesso do modelo adotado para o segmento de transmissão. Na
semana passada, a Aneel recebeu propostas de interesse de 45 empresas,
individualmente ou agrupadas em consórcios. Segundo César de Barros Pinto,
diretor Executivo da Abrate (Associação Brasileira das Grandes Empresas
de Transmissão de Energia Elétrica), essa procura demonstra a boa adequação
do segmento ao marco regulatório estabelecido pelo governo anterior. "O
modelo atual elimina os riscos para os investidores. Por isso, eles se
sentem seguros para fazer investimentos na área", afirma. Outro ponto
destacado pelo executivo é a parceria público-privado. Neste leilão, as
estatais federais poderão participar da operação. No entanto, essa participação
está vinculada à formação de consórcios, limitando o controle societário
das estatais a 49%. A procura pela parceria também foi grande, segundo
as estatais. Na avaliação de Barros, essa parceria é viável desde que
hajam regras claras e estáveis no mercado. "Essa parceria garante a troca
de experiência entre as empresas, além de atrair novos investimentos para
o setor", defende. (Canal Energia - 13.08.2003) 6 Brasil e Venezuela terão de renegociar acordo de energia O Governo
brasileiro terá que negociar seu acordo sobre energia com a Venezuela
antes de poder atender as demandas da Guiana, que deseja comprar eletricidade
do Brasil, afirmou ontem uma fonte oficial. O embaixador do Brasil em
Georgetown, Ney do Prado Diegues, declarou que o pedido da Guiana para
obter energia elétrica não pode ser atendido de forma automática. ''Não
é tão fácil porque temos acordos internacionais com a Venezuela e teríamos
que negociar de forma tripartida'', disse o diplomata. O primeiro-ministro
da Guiana, Samuel Hinds, informou que seu Governo explora a possibilidade
de obter eletricidade para a localidade fronteiriça de Lethem conectando
sua rede de energia com a cidade brasileira de Bom Fim, no estado de Roraima.
(Jornal do Commercio - 14.08.2003) 7 Usina Hidrelétrica de Salto Pilão recebe Licença Ambiental Prévia A Licença Ambiental Prévia (LAP) - documento que viabiliza a construção da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão - está assegurada. A Fundação de Amparo e Tecnologia ao Meio Ambiente (Fatma) decidiu que o empreendimento a ser instalado entre as cidades de Ibirama, Lontras e Apiúna, é viável. O documento será entregue ao Consórcio Votorantim/Camargo Corrêa nos próximos dias. A informação é do engenheiro da Fatma responsável pelo estudo e desenvolvimento de Salto Pilão, Antônio Odilon Macedo, ao garantir que para o seguimento dos trâmites em torno da construção da usina basta apenas "um acerto de agenda entre o governo do Estado e o Consórcio empreendedor". A partir daí, os empreendedores terão de elaborar projetos ambientais de execução para que então a Fatma libere a Licença Ambiental de Instalação (LAI), que permitirá o início efetivo da construção da hidrelétrica. "A LAP dá a eles (consórcio empreendedor) a garantia de que a obra será executada", explica Macedo. De acordo com a assessoria do Consórcio Votorantim/Camargo Corrêa, como a liberação da LAP perdura por mais de um ano, os projetos começaram a ser estudados com antecedência, para agilizar o processo após a liberação da Fatma. (Jornal de Santa Catarina - 14.08.2003) 8
Aneel autoriza troca de controle da PCH Piedade
Empresas 1 Eletrobrás mantém investimento de até R$ 3,5 bi Apesar do
prejuízo semestral de R$ 1,77 bilhão anunciado terça-feira, a Eletrobrás
decidiu manter os planos de investimentos em até R$ 3,5 bilhões para este
ano, dentro do programa de desenvolvimento preparado pelo governo. De
acordo com o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, o volume seria
ainda maior se a área econômica do governo não determinasse que a empresa
deve ter um superávit de R$ 1 bilhão no ano. Os investimentos de até R$
3,5 bilhões este ano serão feitos em programas de expansão da geração
e da transmissão de energia no País. Entre os projetos, está a ampliação
da usina de Tucuruí, a ampliação do parque gerador de energia da região
de Manaus e a participação no leilão de linhas de transmissão que será
feito pela Aneel em setembro. (O Estado de São Paulo - 14.08.2003) 2 Eletrobrás quer agilizar investimentos no Norte A Eletrobrás quer agilizar os investimentos em geração elétrica na região Norte. O presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que, se as providências não forem tomadas com rapidez, a região poderá ter problemas de abastecimento no próximo biênio. Neste ano, o suprimento de energia será garantido com a instalação de térmicas móveis que estavam no Nordeste desde o programa de racionamento e agora estão sendo deslocadas. Pinguelli estimou em R$ 200 milhões os investimentos necessários para a instalação de equipamentos de geração na Amazônia, especialmente em Manaus. Três empresas capitaneariam as obras: Eletronorte, Ceam e Manaus Energia. (Valor - 14.08.2003) 3 Pinguelli teme que legislação impeça realização das obras necessárias na região Norte Ontem, o
presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, reuniu-se com a ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e pediu que a região Norte seja enquadrada
no conceito de excepcionalidade, que exime os projetos de várias exigências
burocráticas. Segundo o presidente da Eletrobrás, a legislação atual "atrapalha"
as empresas estatais. "Nós achamos que a situação da legislação atual
é tão burra que, se você seguir aquilo tudo, quando a obra chegar ao final,
já apagou tudo. Para alguma coisa ficar pronta daqui a um ano tem que
começar agora", disse Pinguelli. Ele disse ter recebido o apoio da ministra
Dilma, mas salientou que a questão da excepcionalidade precisa ser levada
ainda à Aneel e aos governos estaduais e federal. (Valor - 14.08.2003) 4 Prejuízo de R$ 1,77 bi no primeiro semestre não vai atrapalhar investimentos, diz Pinguelli Segundo
Luiz Pinguelli, o prejuízo líquido de R$ 1,77 bilhão registrado pela companhia
no primeiro semestre não vai impactar negativamente na programação de
investimentos. Pinguelli considerou o resultado um indicador contábil,
formal e sem efeitos para o caixa da empresa, causado principalmente pela
valorização do real frente ao dólar nos primeiros seis meses do ano. Créditos
em dólar que a empresa tem a receber refletem negativamente quando a moeda
norte-americana se desvaloriza. (Canal Energia - 13.08.2003) 5 BNDES prestes a anunciar data do leilão das ações preferenciais da Eletropaulo O presidente
do BNDES, Carlos Lessa, disse que nas próximas semanas o banco vai anunciar
a data do leilão das ações preferenciais da Eletropaulo que foram dadas
em garantia no empréstimo. Quanto à retomada das ações ordinárias, que
dão direito ao bloco de controle da distribuidora, Lessa acredita que
a AES não deverá dar o braço a torcer tão facilmente e deverá disputar
essas ações na Justiça. "Essa briga deve dar origem a um imbróglio judicial
que vai se arrastar por alguns anos". (Valor - 14.08.2003) 6 Diante do balanço registrado, AES Tietê volta a pagar dividendos A AES Tietê,
controlada pela norte-americana AES, encerrou o segundo trimestre de 2003
com lucro líquido consolidado de R$ 58,9 milhões, o que representa crescimento
de 4,2% ante o mesmo período do ano passado, quando a geradora lucrou
R$ 56,5 milhões. No semestre passado, a AES Tietê teve ganho líquido de
R$ 55,4 milhões. Na primeira metade de 2002, a empresa havia ganho R$
86,7 milhões. Entre abril e junho, a receita líquida consolidada totalizou
R$ 180,8 milhões, ante os R$ 185 milhões do segundo trimestre de 2002.
O seu patrimônio líquido somava, ao fim de junho, R$ 489,4 milhões. A
despesa financeira líquida na controladora elevou-se dos R$ 80,4 milhões
do primeiro semestre de 2002 para R$ 163,5 milhões na primeira metade
deste ano. O aumento ocorreu, principalmente, devido à variação do IGP-M,
índice utilizado para corrigir a dívida da empresa com a Eletrobrás. Com
isso, a empresa comunicou à Bovespa ontem que voltará a pagar dividendo
aos seus acionistas. Dentre eles, estão a AES (53%), o Banespa (20%) e
Nossa Caixa Nosso Banco (8%). O montante acumulado no semestre soma R$
13 milhões, o que corresponde, segundo a empresa a 25% do lucro líquido
no período e é o mínimo exigido por lei. (Valor - 14.07.2003) 7 Valorização do real colabora para lucro liquido registrado pela Elektro Principal
ativo da Enron no mundo, a Elektro registrou lucro líquido de R$ 233 milhões
no segundo trimestre do ano, revertendo prejuízo de R$ 367,1 milhões em
igual período do ano anterior. O ganho deu-se por conta do recuo dólar,
uma vez que a empresa tem 65% de seu endividamento atrelado à moeda norte-americana.
A receita líquida também cresceu no trimestre, passando de R$ 302 milhões
no ano passado para R$ 389 milhões este ano. Para os próximos trimestres,
o resultado da Elektro poderá ser ainda melhor. Ao final de agosto, a
companhia terá revisão tarifária e deverá ganhar reajuste de 28,1%, sendo
que 21,7% podem ser cobrados já em setembro e o restante parcelado em
três anos. Os números constam de nota técnica da Aneel. (Valor - 14.08.2003) 8 Balanço da Elektro: Mudança na amortização do ágio contribuiu para resultado positivo Britaldo Predrosa Soares, diretor financeiro da Elektro, diz que, mesmo sem o efeito dólar, a companhia teria apresentado lucro, embora menor, de R$ 43 milhões. Em igual período do ano passado e também expurgando-se o resultado financeiro, a Elektro lucrou R$ 1 milhão. Ele diz que, além do dólar, o resultado da empresa foi beneficiado pela mudança da amortização do ágio pago pela Elektro, de quase 100%. A partir de 2003, a concessionária teve autorização da Aneel para amortizar o ágio até 2008, quando encerra-se o prazo de concessão. Antes, no entanto, tinha de amortizar em apenas dez anos. "Com essa alteração, conseguimos diminuir a nossa despesa operacional de R$ 22 milhões no primeiro trimestre de 2002 para R$ 8 milhões neste", explica ele. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a Elektro aumentou em 42% o lajida, para R$ 150 milhões. Mas o valor sobe para R$ 245 milhões no período ao se considerar o recebimento de recursos do MAE, que fez liquidações no primeiro semestre, e de quem a Elektro era credora. (Valor - 14.08.2003) 9 CEB registra lucro de R$ 10,5 mi no segundo trimestre A CEB teve
lucro de R$ 10,5 milhões no segundo trimestre do ano, contra prejuízo
de R$ 39,8 milhões registrado no mesmo período de 2002. No semestre, a
empresa reduziu em 87% o prejuízo, fechando com resultado negativo de
R$ 8,7 milhões. A receita bruta da empresa cresceu 18,7% nos seis primeiros
meses de 2002, passando de R$ 343,8 milhões para R$ 408,2 milhões. Já
na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e de 2003, o volume
de vendas aumentou 9,6%, com R$ 207 milhões. (Canal Energia - 13.08.2003) 10 Transmissora Paulista fecha segundo trimestre com aumento de 27,8% no lucro O lucro da Transmissora Paulista cresceu 27,8% no segundo trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2002. O resultado chegou a R$ 55,8 milhões, enquanto no ano passado o montante atingiu R$ 43,7 milhões. Na comparação entre os seis primeiros meses do ano, a transmissora acumulou alta de 34,7%, passando de R$ 71,4 milhões para R$ 96,2 milhões. Já a receita bruta da Transmissora Paulista teve elevação de 14% no segundo trimestre, fechando com R$ 194,5 milhões. No semestre, o montante cresceu de R$ 348,4 milhões em 2002 para R$ 396 milhões. (Canal Energia - 13.08.2003) 11 Investimentos da Chesf devem aumentar 24% no próximo ano Depois de
programar para 2003 aportes de R$ 800 milhões e posteriormente reduzir
a previsão para R$ 690 milhões, um corte de 13,7%, a Chesf planeja investir
R$ 858 milhões em 2004, 24% a mais que o valor final orçado para este
ano. "Ressalte-se que todo o investimento nos últimos anos vem sendo tocado
com 100% de recursos próprios", diz o presidente da estatal, Dilton da
Conti. Ele frisa que a aprovação do plano pela holding Eletrobrás, controladora
da Chesf, está praticamente assegurada. Quanto ao incremento, explica
que o reforço em 2004 se baseia tanto na previsão de uma situação de caixa
mais favorável no próximo ano, quanto na exigência de recursos do setor
elétrico nordestino, no qual a geradora é responsável pelo atendimento
a oito dos nove estados. (Gazeta Mercantil - 14.08.2003) 12 Transmissão é prioridade nos investimentos da Chesf Após os
pesados investimentos em geração tocados até a primeira metade dos anos
90, quando a Chesf concluiu a hidrelétrica de Xingó, a maior demanda na
região está na transmissão, considerada prioridade. O gargalo que levou
ao racionamento de 2001 e 2002 foi a falta de uma rede de transmissão
que permitisse o escoamento em grande volume de energia das regiões com
excedentes para as áreas com déficit", diz o presidente da Chesf, Dilton
da Conti. Em 2003, do total programado, a maior parcela, de R$ 290,8 milhões,
está sendo destinada ao incremento da malha de linhas, que chegará a dezembro
com 18 mil quilômetros. Em 2004, não apenas o tratamento prioritário será
mantido, como a fatia será ampliada. Serão injetados na expansão da transmissão
R$ 414,8 milhões, R$ 124 milhões a mais que este ano. A previsão orçamentária
não inclui as duas linhas - Teresina (PI)/Sobral (CE)/Fortaleza (CE) e
Sapeaçu/Salvador (BA) - que a Chesf pretende construir em parceria com
a holding Alusa (SP) e que integram o próximo leilão de transmissão da
Aneel, marcado para 23 de setembro. O investimento estimado para os dois
empreendimentos é de R$ 658,8 milhões. (Gazeta Mercantil - 14.08.2003) 13 Situação da Cemar será debatida em audiência publica A Comissão
de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem requerimento
do deputado Wagner Lago (PDT-MA) para convocação de uma audiência pública,
ainda sem data definida, para discutir a situação da Cemar. O parlamentar
pede a convocação dos presidentes do BNDES, Carlos Lessa; da Eletrobrás,
Luiz Pinguelli Rosa; do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, Fernando
Antonio Pereira e do diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo. "Vamos solicitar
explicações sobre os processos de privatização e intervenção. Queremos
expor a realidade da empresa", afirma. As dívidas da Cemar com a Eletrobrás,
bancos privados e debenturistas (que possuem títulos de renda fixa emitidos
pela empresa) somam R$ 675 milhões. Para tentar estimular a venda da distribuidora,
o governo anunciou anteontem proposta que prevê a transformação de parte
da dívida da empresa em participação acionária. (O Imparcial - 14.08.2003) 14 Caso Cemar: Divergência de opiniões quanto à federalização da estatal A ministra
Dilma Rousseff (Minas e Energia) e José Mario Abdo (Aneel) já descartaram
a federalização da empresa. A informação foi confirmada ontem por Luiz
Pinguelli Rosa (Eletrobrás). No entanto, o deputado Wagner Lago (PDT-MA),
afirma que a federalização é a única solução para a empresa. Ele não acredita
que grupos privados tenham interesse em uma distribuidora com passivo
(dívidas) tão grande. "A Cemar recebe o pagamento dos consumidores, mas
não paga o fornecimento da energia elétrica à Eletrobrás", disse. O deputado
conta que a grave situação da distribuidora preocupa a população e os
políticos do Estado. A crise financeira, acrescenta o parlamentar, traz
uma estagnação nos investimentos e compromete o sistema energético local.
O Sindicato dos Urbanitários de São Luís informou ontem que vai continuar
sua campanha pela federalização da Cemar. A decisão foi tomada em assembléia
da categoria, ontem pela manhã. O secretário de finanças do Sindicato,
José do Carmo Vieira de Castro, disse que na próxima semana uma nova assembléia
deverá ocorrer. No encontro será decidido que tipo de estratégia será
adotada para a campanha em prol da federalização da distribuidora. (O
Imparcial - 14.08.2003) 15 Ação tenta evitar reajuste de energia da Rede Celpa no Pará A promotora
de Justiça de Defesa do Consumidor, Eliete Almeida de Sousa, interpôs
ontem a ação civil pública com pedido de liminar para que a concessionária
de distribuição de energia elétrica, Rede Celpa, se abstenha de aplicar
o reajuste de 26,38% aos consumidores residenciais e de 29,65% aos não
residenciais, autorizado na semana passada pela agência que regula o setor.
No processo, ela classifica a reposição tarifária da Celpa de "abusiva",
"inadequada" e prejudicial ao consumidor. Por isso, no mérito, ela requer
a substituição do IGP-M do Instituto Getúlio Vargas, na qual se baseou
o reajuste, pelo IPCA do IBGE, o que garantirá um aumento consoante com
a inflação dos últimos 12 meses. O motivo da promotora requerer a substituição
do IGP-M pelo IPCA é que o primeiro comensura as oscilações de mercado
e não as de preço e, por isso, rege percentuais maiores do que a inflação.
Na outra ponta, o IPCA é o índice oficial adotado pelo governo federal
para o cálculo da inflação e dos preços da cesta básica. O processo foi
distribuído à juíza da 15ª Vara Cível de Belém, Dahil Paraense. Em nota
oficial enviada à redação, a diretoria da Rede Celpa informou: "A definição
sobre as tarifas de energia elétrica é competência da Aneel, que realiza
audiências públicas com a sociedade. Em Belém, a audiência foi realizada
no mês de julho. Em relação à ação judicial anunciada pela imprensa, a
Rede Celpa vai aguardar a decisão para se manifestar sobre o assunto".
(O Liberal - 14.08.2003) 16 OAB defende aumento máximo de 16% na tarifa da Rede Celpa A sessão
extraordinária realizada ontem, às 12 horas, pelo Conselho Seccional da
OAB, resultou na decisão unânime em apoiar a postura da diretoria da Ordem
quanto a solicitação da redução da alíquota de aumento da energia elétrica.
A OAB entra, hoje, com uma ação junto à Justiça Federal contra os reajustes
de 26,38% e de 29,65%, respectivamente para consumidores residenciais
e não residenciais, autorizados pela Aneel. A Rede Celpa também é chamada
na ação, que sugere a aplicação do IPCA como índice de reajuste e não
o IGP-M. Segundo o presidente da OAB, Ophir Cavalcante Júnior, o reajuste
concedido pela Aneel não reflete a realidade salarial do trabalhador brasileiro.
Para ele, o reajuste máximo aceitável é o percentual de 16% do IPCA. "O
aumento concedido atenta contra o direito do consumidor", comentou o presidente
da OAB. O vice-presidente da OAB, Evaldo Filho, disse que o aumento autorizado
pela Aneel encontra-se acima dos índices oficiais. "A correção das tarifas
tem que acompanhar o índice de correção da inflação", ressaltou o presidente
interino da Ordem. Segundo ele, a ação vem com pedido de liminar ou antecipação
de tutela, a fim de que seus efeitos sejam imediatos. (O Liberal - 14.08.2003) 17 Celpe registra alta de 7% no consumo em julho A Celpe
está concluindo a consolidação dos dados referentes ao mês de julho. Foi
constatado um crescimento de 7% no consumo, em relação a julho de 2002.
A classe comercial sai na frente, com uma recuperação de 6,1%. A residencial
e a industrial vêm na seqüência, com alta de 4,8% e 1,9% no consumo. No
acumulado de janeiro a julho deste ano a Celpe registra alta de 12,7%
em relação ao mesmo período de 2002 e de apenas 1,8% na comparação com
2000. (Diário de Pernambuco - 14.08.2003) 18 Copel, Eletronorte e Chesf abrem processos de licitação A Copel
abre seis processos de licitação. Um deles envolve a construção de redes
de distribuição de energia elétrica urbana e rural, com fornecimento parcial
de material. Outro licita a execução e ligação de entradas de serviço
de consumidores, com fornecimento de mão de obra e material. Ambos os
prazos encerram-se em 25 de agosto. A Eletronorte licita fornecimento
de sistema digital de proteção, controle e supervisão para a ampliação
de um centro de operação local, da subestação de Santana e da subestação
central, todas no estado do Paraná. O prazo vai até 19 de agosto e o preço
do edital é de R$ 100,00. Em outro processo, licita a contratação de empresa
para fornecimento de sistemas de gravação digital para o sistema de telecomunicações
geral da Eletronorte. O preço do edital é de R$ 50,00 e o prazo termina
em 21 de agosto. A Chesf também com dois processos, licita aquisição de
cabo de controle blindado e cabo de potência, com prazo até 19 de setembro,
e aquisição de clarificador de contato de fluxo ascendente em poliester
estruturado com fibra de vidro e capacidade de 5M3/H. Este prazo termina
em 22 de agosto e os dois editais podem ser retirados gratuitamente pela
internet. (Canal Energia - 13.08.2003) Saiu na coluna de Ancelmo Gois: Provoca choque em gente do setor o novo acordo de acionistas que vem sendo costurado na Guaraniana - que fornece a luz de Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Sem gastar um tostão, a sócia espanhola Iberdrola assumiria o mando de campo, embora 61% do capital estejam nas mãos do Banco do Brasil e da Previ. (O Globo - 14.08.2003) O assessor de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, negou a possibilidade de a companhia se desfazer dos ativos de geração, mesmo que a tarifa por MWh fique em R$ 50, ante os R$ 64 pleiteados pela empresa. "Não consideramos essa alternativa", disse Rolla. (Gazeta Mercantil - 14.08.2003) O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, ressaltou que a entrada da holding na gestão da Cemar não indica a federalização da distribuidora, alternativa vetada pela governo. A operação, segundo ele, decorre da iniciativa da empresa de baixar parte da dívida de R$ 318 milhões, e visa atrair potenciais compradores para a concessionária. (Canal Energia - 13.08.2003) Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo na região Sul chega a 7.438 MW médios O consumo
no Sul chegou a 7.438 MW médios na última terça-feira, dia 12 de agosto,
contra previsão de 6.647 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal
de operação, a região está com alta de 3,92% nos últimos sete dias. O
Sudeste/Centro-Oeste consumiu 26.070 MW médios, contra previsão de 25.770
MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema
está com queda no consumo de 1,01%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 27.434 MW médios, o submercado registra baixa de 7,01% no período.
O Nordeste registra queda no consumo de 1,65% nos últimos sete dias. Na
terça-feira, a região consumiu 6.112 MW médios, contra previsão de 5.952
MW médios do operador do sistema. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.441 MW médios, o submercado acumula baixa de 9,11%. Em relação ao
programa mensal de operação, o Norte registra baixa de 0,34% nos últimos
sete dias. No dia 12, o consumo no submercado chegou a 2.691 MW médios,
contra previsão de 2.636 MW médios do ONS. (Canal Energia - 13.08.2003) 2 Pernambuco registra aumento de 8,2% no consumo de energia em maio Apesar dos
efeitos prolongados do racionamento, o consumo de energia elétrica em
Pernambuco está crescendo acima da média do Brasil e do Nordeste. Em maio,
enquanto o crescimento nacional foi de apenas 0,6%, na comparação com
maio de 2002, no Estado foi registrada alta de 8,2%. Foram consumidos
629 GWh, contra 582 GWh em maio do ano passado. Mesmo em relação a maio
de 2000, quando não havia racionamento, ainda foi constatado um crescimento
de 4%. No Nordeste, segundo informe da Eletrobrás que consolida informações
de 64 distribuidoras de energia elétrica, o consumo aumentou 3,4%. No
Nordeste, o setor industrial apresentou variação negativa de 3,1%. Já
em Pernambuco a variação foi positiva em 4,2%. "Mas, na comparação com
maio de 2001, houve queda no consumo da indústria de 8,4%", rebate o gestor
da Unidade de Mercado da Celpe, Carlos Frederico Diniz. O consumo médio
residencial do Estado chegou a 113,3 kWh mensais, acima do Nordeste (96
kWh/mês). No Brasil, essa média em maio ficou em 142 kWh/mês. "Para se
ter uma idéia, em maio de 2000, o consumo médio residencial no Estado
era de 130 kWh/mês. Caiu mais de 13%", avalia Diniz. Trocando em miúdos:
o consumo está aumentando, mas ainda não é suficiente para cobrir o déficit
do racionamento. O consumo da classe comercial, no Brasil, cresceu apenas
0,9%, contra 5,3% no Nordeste e 7,7% em Pernambuco. (Diário de Pernambuco
- 14.08.2003) 3 Reservatórios do subsistema Norte registra volume de 70% Os reservatórios
do subsistema Norte estão com 70% do volume. Em relação ao dia anterior,
a redução foi de 0,4%. A usina de Tucuruí registra índice de 84,43%. (Canal
Energia - 13.08.2003) 4
Nível de armazenamento do subsistema Nordeste tem redução de 0,25% 5 Nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 64,38% O volume
armazenado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 35,93% acima da curva
de aversão ao risco. Os reservatórios estão com 64,38% da capacidade.
O nível caiu 0,31% em um dia. As usinas de Miranda e Marimbondo estão
com 79,34% da capacidade. (Canal Energia - 13.08.2003) 6 Capacidade da região Sul tem redução de 0,6% O nível de armazenamento da região Sul está em 55,73%, uma queda de 0,6%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta 51,13% da capacidade. (Canal Energia - 13.08.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Três empresas brasileiras são habilitadas pela ANP para a Quinta Rodada de Licitações Onze empresas foram habilitadas pela ANP para participar da Quinta Rodada de Licitações, que acontece nas próximas terça e quarta-feira. Apenas três são brasileiras: a Aurizônia Empreendimentos Ltda.; a Starfish e a Petrobras. Esse é o menor número de companhias habilitadas entre todas as rodadas da agência. A primeira, realizada em 1999, teve 38 empresas habilitadas, na segunda e terceira foram 42 e na quarta foram 29. Entre as habilitadas estão empresas espanholas e inglesas. (Valor - 14.08.2003)
Economia Brasileira 1 Recursos para infra-estrutura vão superar R$ 191 bi Vai ultrapassar R$ 191 bilhões o montante de recursos públicos e privados que será investido em infra-estrutura no período de 2004 a 2007. "Temos uma idéia do valor, mas não vou dizer agora; posso afirmar que é superior a R$ 191 bilhões", disse ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Ele explicou que a estimativa divulgada na segunda-feira não contemplava alguns investimentos de estatais, como plataformas e refinarias da Petrobrás. Depois de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nove ministros, mais os presidentes dos bancos oficiais, o governo praticamente já chegou a uma lista dos projetos prioritários na área de infra-estrutura. "Faltam só alguns detalhes", disse Mantega, que não informou quais são os projetos, mas prometeu divulgá-los na semana que vem. Os "detalhes" a que ele se referiu são as fontes de financiamento. No final da tarde, depois de uma maratona de reuniões preparatórias com os ministros da área de infra-estrutura, para o encontro com Lula, ele garantiu que o governo vai oferecer projetos atraentes ao setor privado. (Estado de São Paulo - 14.08.2003) 2 BNDES tem até R$ 20 bi para investimentos O BNDES tem entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões para investir em infra-estrutura anualmente nos próximos anos, de acordo com o presidente da instituição, Carlos Lessa. Essa seria a contribuição do banco para os R$ 191,4 bilhões que o governo estima de investimentos, públicos e privados, para a área de infra-estrutura entre 2004 e 2007. A definição de como esses recursos serão investidos seria discutida novamente ontem à noite em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com alguns ministros. Lessa, que pela manhã disse que não havia sido "convocado" para a reunião, informou no final do dia, após depoimento no Congresso, que participaria da reunião. Lessa disse que, na eventual renegociação do acordo do Brasil com o FMI, os investimentos das estatais não deveriam ser considerados como gastos. "Acho que tem de flexibilizar. O investimento não pode ser considerado gasto. Na minha visão, temos que negociar esse ponto". Pela manhã, em depoimento na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara, Lessa disse que "está rigorosamente na hora de ser dado ao Brasil o que é dado a qualquer país europeu". (Folha de São Paulo - 14.08.2003) 3 Mantega: Fundos não serão obrigados a investir O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que o governo não vai pressionar os fundos de pensão para que invistam nas obras de infra-estrutura tidas como prioritárias pelo governo. "Como qualquer outra instituição financeira, o fundo de pensão fará um investimento se nele houver atratividade, lucratividade e segurança", afirmou. "O que vamos oferecer são investimentos sólidos, e eles vão optar. Não há pressão por parte do governo". Dos R$ 191 bilhões em investimentos em infra-estrutura previstos no Plano Plurianual (PPA) para o período de 2004 a 2007, perto de 40% terão de vir do setor privado - e o governo acredita que parte do dinheiro virá dos fundos de pensão, cujo patrimônio soma R$ 180 bilhões. Para captar esses recursos, o governo está desenhando fundos de investimentos cuja remuneração será garantida pela venda de serviços em energia elétrica, estradas, portos e ferrovias. "Os fundos que estamos montando vão oferecer títulos seguros que vão competir com a Selic e outras formas de captação e estarão lastreados em empreendimentos sólidos: hidrelétrica, concessão de estrada, que terão rendimento seguro por muitos anos", disse o ministro. Ele acredita que os projetos terão condições de atrair até aplicações de fundos de pensão estrangeiros, já que o Brasil pode garantir um nível de rentabilidade superior ao de vários países desenvolvidos. (Estado de São Paulo - 14.08.2003) 4
Governo vai ajudar mais setores, diz Fiesp 5 Políticas reduzem ganhos de eficiência, dizem economistas O jeito
mais usual de calcular a produtividade de uma economia é dividir sua produção
de bens e serviços pela quantidade de trabalho que ela requer. É uma forma
simples de medir a eficiência econômica dos países, mas ela ajuda pouco
a entender por que alguns saem-se melhor que outros. Um novo estudo sobre
o assunto oferece algumas pistas para entender o que aconteceu com o Brasil
nas últimas décadas. O trabalho foi feito por três economistas, Victor
Gomes, da Universidade Católica de Brasília, Samuel de Abreu Pessôa, da
FGV, e Fernando Velloso, do Ibmec. Algumas conclusões do estudo foram
adotadas pelo documento "Política Econômica e Reformas Estruturais", divulgado
em abril pelo Ministério da Fazenda. O estudo procurou calcular separadamente
a contribuição que o acúmulo de capital, o aumento da escolaridade dos
trabalhadores e o progresso tecnológico observado nos países mais avançados
tiveram para o crescimento da economia brasileira desde 1950. Além disso,
comparou a evolução da produtividade no Brasil com a de outros países.
Uma conclusão dos três economistas é que a absorção do progresso técnico
mundial foi o principal motor do crescimento da economia brasileira nas
últimas décadas. Outra é que, na maior parte do período examinado, os
ganhos de produtividade do país limitaram-se a acompanhar essa evolução
e raramente ultrapassaram essa fronteira. Confira o estudo completo clicando
aqui. (Valor - 14.08.2003) 6 IBGE: Produção industrial fecha segundo trimestre com desaceleração A produção
industrial fechou o segundo trimestre de 2003 com desaceleração em 10
dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. O indicador acumulado do semestre
caiu em seis regiões. Em relação a junho de 2002, o desempenho regional
da indústria brasileira mostrou queda em oito regiões. As duas exceções
para perda de ritmo generalizada entre o primeiro e o segundo trimestre
ocorreram na Bahia e, por conseqüência, no Nordeste. Vale ressaltar que,
na Bahia, onde caiu 1,3% no primeiro trimestre e se expandiu 11,1% no
segundo, havia uma base de comparação deprimida. No Nordeste, os índices
trimestrais passaram de -1,5% para 1,2%. Em algumas regiões houve reversão
de taxas positivas para negativas. Foram os casos de São Paulo, que registrou
2,4% no índice de janeiro a março e -3,8%, no índice de abril a junho;
Rio de Janeiro, que passou de 4,2% para -2,7%; região Sul (de 3,6% para
-1,2%); e Ceará (de 1,2% para -4,9%). Acentuando suas taxas negativas,
Pernambuco e Santa Catarina apresentaram taxas de -0,1% e -6,9% e de -0,3%
e -5,8%, respectivamente. Espírito Santo se manteve na liderança da expansão,
com aumentos de 23,2% no primeiro trimestre e 15,5% no segundo. Mesmo
com índices positivos, Paraná e Rio Grande do Sul experimentaram considerável
desaceleração. A indústria paranaense passou de um crescimento de 6,4%
no primeiro trimestre, para 0,2%, no segundo; e a indústria gaúcha, de
4,1% para 1,9%. (JB Online - 14.08.2003) O dólar comercial inverteu há pouco a tendência e opera em queda de 0,06%. Às 12h33m, a moeda americana era negociada a R$ 3,004 na compra e R$ 3,007 na venda. Ontem, o dólar comercial fechou em queda de 0,69%, a R$ 3,0050 na compra e a R$ 3,0090 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 14.08.2003)
Internacional 1 Preço da energia dispara nas Bolsas européias O mercado
da energia está com febre na Europa. Nas Bolsas européias de eletricidade,
onde é negociado, de hora em hora, cerca de 5% da produção do continente,
os preços explodiram. Nesta terça-feira (12/08), na Bolsa da energia de
Amsterdã, a tarifa do MWh para quarta-feira, entre 9h e 10h da manhã,
alcançou o valor recorde de 2 000 euros (R$ 6.818,70), em vez de um valor
médio de 25 a 30 euros (R$ 85,23 a R$ 102,28), o qual costuma ser o seu
preço habitual. É a primeira vez que tais níveis são alcançados desde
a criação das Bolsas européias da eletricidade, em 45 anos. Na véspera,
na França, os contratos para a segunda-feira envolvendo as horas de maior
consumo haviam sido negociados por valores que chegaram a até 1.000 euros
(R$ 3.409,35) por MWh na Powernext, a Bolsa de eletricidade de Paris.
As tensões acabaram diminuindo após o anúncio de que as centrais da EDF
haviam sido autorizadas a soltar a água utilizada a uma temperatura mais
elevada do que o normal. Para os primeiros dias de agosto, as tarifas
de eletricidade têm alcançado em média 97 euros (R$ 330,71) por MWh, ao
passo que este valor era de 57 euros (R$ 194,33) em julho, e 20 euros
(R$ 68,19) em julho de 2002. "Está havendo um desequilíbrio considerável
entre a oferta e a demanda, uma tendência que vem sendo registrada desde
a primavera", constata Jean-François Cosnil-Lacoste, o diretor-geral da
Powernext. (Le Monde - 14.07.2003) 2 Calor excessivo demonstra vulnerabilidade do setor Mesmo com
o aumento do consumo de eletricidade, em razão do forte calor e da utilização
intensiva de aparelhos de ar-condicionado, ele permanece, ainda assim,
muito aquém dos níveis alcançados durante o inverno. Por que razão então,
o mercado, que, na Europa, possui uma capacidade estrutural amplamente
acima de suas necessidades, não consegue atender à atual demanda? De um
lado, inúmeras centrais interromperam as suas atividades, assim como costumam
fazer em todos os verões, para obras de manutenção. Essas interrupções,
que teriam passado desapercebidas em tempo normal, são atualmente danosas.
De outro lado, as centrais que estão operando têm dificuldades para funcionar
normalmente. Qualquer que seja o modo de produção escolhido, todos estão
descobrindo a sua vulnerabilidade neste período de calor excessivo. Os
problemas mais comuns que vêm sendo enfrentados dizem respeito à alta
temperatura, ao abastecimento ou à preservação das reservas de água. O
fim anunciado do excesso de calor no Norte da Europa deverá fazer com
que os fortes movimentos de especulação nas Bolsas da eletricidade desapareçam
logo. A seca continua a assolar inúmeras regiões, enquanto os rios já
alcançaram o seu nível mais baixo. A falta de água poderá obrigar as centrais
a continuarem a manter a sua produção em nível reduzido, o que irá resultar
em novas perturbações do mercado. Nos países escandinavos, que contam
essencialmente com a produção hidráulica, as reservas de água estão 20%
inferiores ao normal. (Le Monde - 14.08.2003) 3 Governo argentino tem divergências internas com relação as tarifas congeladas A polêmica sobre o eventual aumento das tarifas públicas, congeladas desde janeiro de 2002, já começou a causar confrontos dentro do governo do presidente Néstor Kirchner. Terça-feira, os argentinos foram dormir com o aviso do vice-presidente Daniel Scioli de que em outubro as tarifas seriam liberadas. Ontem, diversos ministros desmentiram Scioli, anunciando que a liberação tarifária ainda precisa ser amadurecida. As informações contraditórias, dizem os analistas, é o primeiro sinal de que dentro do governo há fortes grupos com interesses divergentes. Além disso, começa a delinear-se uma tentativa de maior autonomia por parte do vice-presidente. As declarações de Scioli ocorreram no Colóquio Idea, principal reunião anual de empresários argentinos. Ali, o vice-presidente, que durante anos foi aliado do ex-presidente Carlos Menem, anunciou que 60 dias depois de assinar o acordo com o FMI, possivelmente em outubro, o governo Kirchner liberaria as tarifas. As declarações de Scioli foram relativizadas pelo porta-voz de Kirchner, Miguel Núñez, que afirmou que não passavam de uma "opinião pessoal" do vice-presidente. "O governo ainda não analisou o assunto", disse o porta-voz. (O Estado de São Paulo - 14.08.2003) 4
El Paso registra prejuízo no segundo trimestre do ano 5 HCB tem aumento de 79,2% no resultado operacional de 2002 A Hidroeléctrica
de Cahora-Bassa (HCB), de Moçambique, registrou, em 2002, um resultado
operacional de US$ 18 milhões, o que representa um aumento de 79,2% em
relação ao ano anterior. Segundo números hoje divulgados pela empresa
moçambicana, detida em 82% pelo Estado português, as receitas cresceram
16% para US$ 62 milhões. A produção de energia elétrica aumentou 7%, enquanto
as vendas totalizaram 12,5 milhões de MW, mais 18%. Em 2002, a elétrica
estatal sul-africana ESKOM continuou a ser o principal cliente, consumindo
cerca de 59% da energia produzida pela HCB, seguido pela zimbabueana ZESA
(34%) e Electricidade de Moçambique (6,5%). O 'cash flow' foi de 38 milhões
de dólares, mais 21,5% do que no ano anterior. (Diário Econòmico - 13.08.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Independent Evaluation Office/IMF. IMF and Recent Capital Account Crises: Indonesia, Korea, Brasil (Foreword). Evaluation Report. Washington: IMF, Julho de 2003 Neste documento o Independent Evaluation Office, órgão vinculado ao FMI analisa a atuação do fundo durante as recentes crises asiática e brasileira. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm 2 Independent Evaluation Office/IMF. IMF and Recent Capital Account Crises: Indonesia, Korea, Brasil (Main Report). Evaluation Report. Washington: IMF, Julho de 2003. - 90 páginas Neste documento o Independent Evaluation Office, órgão vinculado ao FMI analisa a atuação do fundo durante as recentes crises asiática e brasileira. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm 3 Independent Evaluation Office/IMF. IMF and Recent Capital Account Crises: Indonesia, Korea, Brasil (Annex III: Brazil). Evaluation Report. Washington: IMF, Julho de 2003. - 46 páginas Neste documento o Independent Evaluation Office, órgão vinculado ao FMI analisa a atuação do fundo durante as recentes crises asiática e brasileira. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|