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IFE: nº 1.171 - 13 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
BNDES poderá criar linhas de financiamento para fontes alternativas
2 MME quer antecipar metas de universalização do Paraná
3 Parecer sobre usina hidroelétrica de Salto Pilão em SC sai hoje
4 COPPE/UFRJ organiza Seminário sobre o Mercado Brasileiro de Gás Natural

Empresas
1 Governo faz nova tentativa de transferir o controle da Cemar
2 Sindicato dos Urbanitários do Maranhão quer federalização da Cemar
3 Dilma: Entrada da Eletrobrás como acionista não representa reestatização da Cemar
4 Eletrobrás tem prejuízo de R$ 1,7 bi no semestre
5 Cesp tem lucro de R$ 794,4 mi no segundo trimestre
6 Celpe registra lucro líquido de R$ 26,1 mi no trimestre
7 Cosern lucra R$ 11,3 mi
8 Lucro líquido da Energipe cai 30,6% no segundo trimestre
9 Lucro da Coelba aumenta 10 vezes no semestre

10 Coelba investe no combate aos furtos de energia
11 CFLCL reduz prejuízo consolidado
12 Vendas consolidadas de energia da CFLCL crescem 11,5% no semestre
13 Eletronorte assina contrato com Embratel para serviço de comunicações de dados
14 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nordeste registra consumo de 5.952 MW médios
2 Nível do submercado Norte está em 70,4%
3 Capacidade está em 38,11% no subsistema Nordeste
4 Volume do submercado Sudeste/Centro-Oeste está 36,11% acima da curva de aversão
5 Reservatórios estão com 56,33% da capacidade no subsistema Sul
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Lucro da Comgás no segundo trimestre do ano é 98% menor
2 Vendas da Comgás para mercado industrial crescem 25,9 no último trimestre
3 Comgás deve investir R$ 90 mi no segundo semestre
4 Eletronorte, Eletrobrás e governo do Acre fecham convênio para instalação de usina de biodiesel
5 Petrobras em Angola
6 Governo pretende misturar óleo vegetal ao diesel

Economia Brasileira
1 Fundos de pensão querem garantias para investir
2 Cide vai subir para financiar projetos de infra-estrutura
3 Mudanças nas resoluções do BC são necessárias para investimento dos fundos

4 Deflação perde força no IGP-DI de julho
5 Fipe: Inflação de 0,60% em agosto
6 Liminar segura inflação em SP
7 Nível de emprego industrial recua pelo quarto mês
8 Estudo da Economática indica recuo das dívidas
9 Empresas do setor elétrico confirmam influência do câmbio
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Kirchner e distribuidoras não chegam a acordo
2 Lucro da RWE cai 24,1% no primeiro semestre


Reestruturação e Regulação

1 BNDES poderá criar linhas de financiamento para fontes alternativas

O BNDES pretende criar linhas especiais de financiamento para geração de energia alternativa. A chefe do departamento de Gás, Petróleo e Energia Alternativas, diz que o banco está revisando sua política operacional e que há intenção de incentivar esses projetos. Sobre o montante que pode ser liberado para geração de energia alternativa, Prattes explica que não há um valor definido. "O tamanho da verba dependerá da demanda do setor", diz. Nesse ano, o BNDES liberará cerca de R$ 4 bilhões para financiamento de novos projetos nas áreas de geração, transmissão e distribuição. O banco já identificou empreendimentos que demandam investimentos de R$ 42 bilhões nos próximos quatro anos, sendo que o financiamento previsto vai girar entre 50% a 60% do montante total. Os projetos englobam a instalação de 12,5 mil MW e sete mil quilômetros de linhas. Em 2003, já foram aprovados financiamentos para cerca de 1 mil MW. (Canal Energia - 12.08.2003)

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2 MME quer antecipar metas de universalização do Paraná

O Ministério de Minas e Energia deverá antecipar as metas de atendimento de energia no estado do Paraná, ligando todas as 36 mil propriedade em até três anos. O governo do estado apresentou um plano para conclusão de todas as ligações e estima que sejam necessários investimentos de R$ 182,2 milhões. Os recursos seriam divididos entre o governo federal, estadual e pela Copel. Um dos objetivos do governo paranaense é reduzir o índice de desenvolvimento humano (IDH) no estado. O IDH, o tamanho da propriedade e participação da mão-de-obra familiar nas atividades agrícolas serão usados como critérios para definir a prioridade no atendimento. De acordo com o governo do Paraná, a Copel colaborará na elaboração do manual do Programa de Universalização do Atendimento de Energia, que deverá ser lançado no início de setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. (Canal Energia - 12.08.2003)

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3 Parecer sobre usina hidroelétrica de Salto Pilão em SC sai hoje

A equipe de especialistas das áreas de engenharia, meio ambiente, geologia, hidrologia e botânica da Furb e da Univali apresentam hoje, ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-açu, o parecer prévio sobre a usina hidroelétrica de Salto Pilão, prevista para ser construída entre os municípios de Lontras, Ibirama e Apiúna. A assembléia extraordinária inicia às 9h30 no auditório da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), em Rio do Sul. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio do Sul (Acirs), Germano Purnhagen, adiantou que na reunião com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, responsável pela gestão de energia elétrica em Santa Catarina, foram definidos os interesses como forma de compensação pela construção da usina, num total de R$ 24 milhões, incluindo o montante destinado os três municípios onde o complexo ficará localizado. (A Notícia - 13.08.2003)

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4 COPPE/UFRJ organiza Seminário sobre o Mercado Brasileiro de Gás Natural

O Centro de Economia Energética e Ambiental (CENERGIA), do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ está organizando um Seminário sobre o Mercado Brasileiro de Gás Natural, "A indústria brasileira de gás natural:desafios da expansão do consumo no país", no dia 15 de agosto 2003, no Centro de Convenções da FIRJAN. O evento contará com a presença do atual Secretário Executivo do MME, Sr. Maurício Tolmasquim, compondo a Mesa de Abertura do Seminário, bem como da atual Secretária de petróleo e gás do MME, Sra. Maria das Graças Silva Foster. Durante o Seminário, o CENERGIA também estará lançando dois livros: "Mercado de gás natural na indústria química e no setor hospitalar do Brasil" e "Potencial de cogeração nos setores terciário e industrial do Rio de Janeiro". O primeiro, de autoria de Maurício Tolmasquim, Alexandre Szklo e Jeferson Borghetti Soares, resultou de uma pesquisa que contou com o apoio do CTPetro e da Finep, com publicação patrocinada pela Petrobras. O segundo também tem como um dos autores o Sr. Secretário Executivo do MME, Maurício Tolmasquim. Maiores informações no tel.: (21) 2539.1214 / 2539.1458 ou no e-mail: mara.lucia@cmeventos.com.br (NUCA - 13.08.2003)

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Empresas

1 Governo faz nova tentativa de transferir o controle da Cemar

O Ministério de Minas e Energia colocou ontem uma nova carta na mesa para viabilizar a última tentativa de transferir o controle acionário da Cemar, em poder da Pensilvânia Power Light (PPL). Após o fracasso da segunda tentativa, entrou em cena a Eletrobrás, a maior credora da distribuidora. A ministra Dilma Rousseff anunciou que a Eletrobrás aceita participar na gestão, transformando parte da dívida em participação acionária na Cemar. O processo de transferência deve ser reaberto na próxima semana, depois de a Eletrobrás definir as condições para participar do processo. A nova estratégia da busca por um parceiro privado para assumir o controle da Cemar foi desenhada após a Aneel desqualificar a única empresa habilitada no processo de transferência encerrado segunda-feira. O diretor-presidente da Aneel, José Mário Abdo, disse que a SVM Participações e Empreendimentos Ltda. não fechou proposta formal para equacionar a dívida com os principais credores, uma das exigências do processo. A Aneel começou a preparar a terceira tentativa de repassar o controle acionário da Cemar na sexta-feira, quando obteve autorização formal da PPL para realizar a nova operação. O fato novo dessa rodada é que os principais credores definirão previamente quais são as condições para o pagamento da dívida. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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2 Sindicato dos Urbanitários do Maranhão quer federalização da Cemar

Para o Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, a decisão da Aneel é tida como a primeira vitória das pressões exercidas pela entidade em defesa da federalização da Cemar. "A SVM só entrou com R$ 100 milhões. Não aceitaríamos porque não há condições de assumir a Cemar. A federalização é a melhor saída", disse o secretário de Finanças do sindicato, José do Carmo Vieira de Castro. As pressões do sindicato contra a transferência do controle acionário da Cemar se intensificaram a partir de junho, por meio de uma forte campanha que conta com o apoio da maioria da bancada maranhense no Congresso Nacional, em Brasília. No último dia 1, a entidade encaminhou ao Ministério de Minas e Energia e ao ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, um abaixo assinado para solicitar a não transferência do controle acionário da Cemar. O documento sugere ainda a federalização. A entidade aguarda uma audiência com os ministros José Dirceu e Dilma Rousseff. "Esta decisão nos remete agora, mais do que nunca, a uma questão crucial - qual o destino da Cemar?", questiona Fernando Pereira, presidente do sindicato. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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3 Dilma: Entrada da Eletrobrás como acionista não representa reestatização da Cemar

Nesta terça-feira, dia 12 de agosto, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o diretor geral da Aneel, José Mário Abdo, anunciaram em Brasília a renovação da intervenção do governo na Cemar e a reabertura da venda. Segundo Dilma, a entrada da Eletrobrás como acionista não representa uma reestatização da Cemar, muito menos uma nova federalização - processo que já ocorreu com outras distribuidoras. "O que a Eletrobrás está buscando é a minimização de sua dívida. Apostamos que a Cemar pode ser um bom negócio, por isso a Eletrobrás está se dispondo a participar", afirmou a ministra, ressaltando que a União não pretende assumir qualquer dívida de empresas do setor elétrico que estejam em dificuldades financeiras. Pela legislação, uma empresa pública como a Eletrobrás não pode fazer um deságio sobre créditos a receber, daí a opção pela entrada nas ações. De acordo com a ministra, as condições da conversão de parte do montante da dívida da Eletrobrás serão explicitadas pela estatal aos candidatos que se propuserem a entrar na briga pela compra da Cemar. (Canal Energia - 12.08.2003)

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4 Eletrobrás tem prejuízo de R$ 1,7 bi no semestre

A Eletrobrás teve um prejuízo de R$ 1,772 bilhão no primeiro semestre deste ano, depois de ter fechado igual período de 2002 com um lucro líquido de R$ 649 milhões. Contribuiu para isso os péssimos resultados do segundo trimestre de 2003: no período, a empresa teve um prejuízo de R$ 1,554 bilhão - no ano passado, na mesma época, o lucro havia alcançado R$ 350 milhões. Segundo nota distribuída pela Eletrobrás, a valorização do real frente ao dólar repercutiu de forma negativa nos resultados da empresa, "por possuir ativos representados por financiamentos a receber, principalmente de Itaipu, indexado à valorização do dólar". Nas empresas controladas da Eletrobrás, por terem passivos indexados ao dólar, a desvalorização da moeda americana teve efeito oposto na constituição da equivalência patrimonial da holding. As vendas de energia somaram neste primeiro semestre R$ 3,518 bilhões. O prejuízo operacional da empresa bateu na casa dos R$ 2,727 bilhões, ante o lucro de R$ 2,197 bilhões dos seis primeiros meses do ano passado. A Eletrobrás já tinha registrado no ano passado resultados piores que em 2001. O lucro líquido em todo o ano de 2002 ficou em R$ 1,1 bilhão, enquanto no ano anterior a empresa havia fechado o exercício com ganhos de R$ 3,3 bilhões. A explicação foi que o a desvalorização do real frente ao dólar no período - que chegou a atingir 68% nos primeiros nove meses de 2002 - repercutiu de forma negativa nas subsidiárias da Eletrobrás, afetando o resultado final. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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5 Cesp tem lucro de R$ 794,4 mi no segundo trimestre

A Cesp fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 794,4 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 1,52 bilhão no mesmo período de 2002, ano em que a geradora registrou uma das maiores perdas da sua história. No semestre, o lucro chega a R$ 956,7 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 1,51 bilhão no primeiro semestre de 2002. A reversão veio com a recuperação do real neste ano. Só de receita de variações monetárias e cambiais, a Cesp registrou R$ 1,5 bilhão no semestre. No mesmo período de 2002, ao contrário, a empresa teve uma despesa líquida de R$ 1,6 bilhão com o câmbio, a maior parte concentrada no segundo trimestre, quando começou a disparada do dólar. A empresa é muito sensível à variação cambial porque grande parte de sua dívida (71%, no final de junho) está atrelada a moedas estrangeiras. Segundo dados das demonstrações financeiras, o endividamento financeiro total no final de junho era de R$ 10,1 bilhões - R$ 3,1 bilhões de curto prazo. A empresa informa, nas notas explicativas do balanço, que há uma "concentração expressiva de vencimentos de dívidas nos anos de 2004 e 2005", o que vai exigir captação de recursos e renegociações de dívidas. Em julho, a alta de 3,26% na cotação dólar voltou a incomodar. O impacto negativo nos resultados do mês foi de aproximadamente R$ 230 milhões. (Valor- 13.08.2003)

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6 Celpe registra lucro líquido de R$ 26,1 mi no trimestre

A Celpe conseguiu passar de um prejuízo de R$ 11,599 milhões verificado no segundo trimestre do ano passado para um lucro de R$ 26,127 milhões no mesmo período deste ano. A receita líquida da companhia apresentou resultado positivo de R$ 318, 817 milhões, acima do verificado em igual período do ano passado, de R$ 259,183 milhões. No acumulado do primeiro semestre, a Celpe registra lucro de R$ 41,903 milhões, ante prejuízo de R$ 8,428 milhões no mesmo período de 2002. Segundo o diretor de Economia, Finanças e Relações com Investidores da Celpe, Afonso José Walker, os resultados são um reflexo da recuperação do consumo de energia elétrica. "O racionamento durou até fevereiro de 2002, sendo que os meses subseqüentes também foram afetados. Agora percebemos claramente que o consumo está se recuperando, mesmo que de forma tímida", comentou Walker. Ele afirma que a previsão da empresa é fechar 2003 com um nível de consumo ligeiramente superior ao ano de 2000. (Diário de Pernambuco e Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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7 Cosern lucra R$ 11,3 mi

A Cosern registrou um lucro líquido de R$ 11,351 milhões no segundo trimestre de 2003, ante prejuízo de R$ 1,217 milhão apurado em 2002, segundo dados enviados à Bovespa. O resultado operacional da companhia foi positivo em R$ 17,673 milhões, enquanto no mesmo período do ano anterior a Cosern teve prejuízo de R$ 1,285 milhão. A receita líquida, no período, foi de R$ 107,097 milhões, o que representa um pequeno acréscimo em relação ao ano passado, quando ficou em R$ 111,119 milhões. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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8 Lucro líquido da Energipe cai 30,6% no segundo trimestre

A Energipe anunciou ontem lucro líquido de R$ 4,353 milhões no segundo trimestre de 2003, ante lucro de R$ 6,251 milhões apurado em 2002, segundo dados enviados à Bovespa. O resultado operacional da companhia foi positivo, em R$ 9,664 milhões, enquanto no mesmo período do ano anterior a empresa apresentou resultado de R$ 30,223 milhões. A receita líquida, no período, foi de R$ 173,520 milhões, o que representa crescimento em relação ao ano passado, quando ficou em R$ 133,688 milhões. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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9 Lucro da Coelba aumenta 10 vezes no semestre

A Coelba informou ontem que registrou um lucro líquido de R$ 28,3 milhões no primeiro semestre de 2003. No mesmo período do ano passado, o lucro da distribuidora foi bem menor, ficando em R$ 2,8 milhões. No período, a receita líquida da companhia cresceu de R$ 887,7 milhões para R$ 979,3 milhões. No semestre, o resultado operacional da Coelba foi de R$ 62,5 milhões, cinco vezes maior do que o apurado no mesmo período de 2002. Já o resultado bruto da distribuidora cresceu para R$ 404,7 milhões, ante os R$ 254,3 milhões apurados em 2002. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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10 Coelba investe no combate aos furtos de energia

A Coelba está investindo R$ 1,4 milhão no combate a furtos de energia elétrica. Esse valor será dividido entre uma campanha publicitária a ser lançada hoje, com o objetivo de desestimular os furtos, e a formação de 60 novas equipes técnicas de fiscalização da rede. Hoje, a empresa já dispõe de 300 equipes desse tipo. Cada equipe é formada por duas ou três pessoas. O combate ao furto de energia é feito de duas formas. Uma delas é por meio da blindagem de medidores, que recebem selos especiais que não podem ser rompidos. A outra iniciativa visa o acompanhamento das unidades consumidoras que tiveram o fornecimento de energia cortado por falta de pagamento da conta, para que a religação seja feita apenas depois que o débito tiver sido pago. O objetivo da Coelba é reduzir em 0,5 ponto percentual os furtos de energia elétrica até o final do ano por meio de um aumento da fiscalização e da campanha publicitária. A partir de 2004, a expectativa é reduzir essas perdas em 1 ponto percentual ao ano. No total, a distribuidora tem perdas da ordem de 6% ao ano apenas com furtos. Isso significa um prejuízo anual de R$ 120 milhões. A maior parte desses furtos, 70%, acontece na capital Salvador. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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11 CFLCL reduz prejuízo consolidado

O prejuízo líquido da CFLCL no segundo trimestre de 2003 reduziu para R$ 9,5 milhões. Em igual período do ano passado, o resultado fechou com prejuízo de R$ 39,8 milhões. A empresa reduziu seu prejuízo consolidado em 46,8% (em 45,6% na controladora) no 1º semestre de 2003, comparativamente ao contabilizado em igual período do ano passado, que atingiu R$ 24.647 mil (R$25.517 mil na controladora CFLCL). A despeito dos ganhos e das melhorias das margens operacionais no semestre, o resultado consolidado da Cataguazes-Leopoldina foi penalizado pelas despesas financeiras provenientes do seu endividamento e pelo aumento das taxas de juros e spread bancários ocorridos no período. As despesas financeiras líquidas consolidadas no semestre foram de R$ 98.388 mil, contra R$ 95.802 mil no mesmo período de 2002. A receita bruta no trimestre cresceu 10% em comparação com igual período do ano passado. Neste ano, a receita alcançou R$ 59,1 milhões, contra os R$ 53,7 milhões de abril a junho de 2002. De janeiro a junho deste ano, a receita bruta chega a R$ 119 milhões. (NUCA - 13.08.2003)

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12 Vendas consolidadas de energia da CFLCL crescem 11,5% no semestre

As vendas consolidadas de energia elétrica a consumidores finais da Cataguazes-Leopoldina e de suas controladas CENF, Energipe, CELB e Saelpa cresceram 11,5% (6,5% na área de concessão da CFLCL) no 1º semestre de 2003 em relação ao mesmo período de 2002, atingindo 2.938 GWh. Esse volume de energia vendido supera em 3,5% se comparado ao registrado no 1º semestre de 2000 (período sem os efeitos do racionamento de energia elétrica). O volume das vendas de energia no Nordeste, especificamente das controladas Energipe, CELB e Saelpa, mostram uma recuperação de mercado mais acentuada após o racionamento, em relação as vendas da CFLCL e CENF, atuantes no Sudeste brasileiro. Em relação ao período de janeiro a junho de 2000 (sem racionamento), as vendas consolidadas nesse 1º semestre de 2003 das controladas que atuam no Nordeste são superiores em 5,4%. Já no Sudeste, o volume vendido de energia pela CFLCL e CENF é menor em 2,9%, em relação àquele período sem racionamento. (NUCA - 13.08.2003)

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13 Eletronorte assina contrato com Embratel para serviço de comunicações de dados

A Eletronorte assinará, nos próximos dias, contrato com a Embratel para contratação de serviço de comunicação de dados. O sistema ligará seis subestações do Mato Grosso: Sinop, Sorrisso, Nova Mutum, Rondonópolis, Couto Magalhães e Barra do Peixe ao escritório regional de Cuiabá. Posteriormente os dados serão repassados à central da Eletronorte em Brasília, via link da Embratel. A previsão é de que o serviço seja implantado 30 dias após a assinatura do contrato. Segundo Maria Teresa Lima, diretora de Vendas para Governo da Embratel, o ponto mais importante do serviço é a confiabilidade e a segurança da transmissão de dados. Ela afirma que, nesse caso, a velocidade da transmissão não precisa ser muito alta. O contrato renderá à Embratel R$ 324 mil ao ano e prevê o fornecimento do serviço por 12 meses. A expectativa da empresa é de prorrogá-lo por mais 48 meses. A Embratel também têm contratos com outras elétricas da área de transmissão e distribuição, como a Cemig e a Celg, para serviços de telemetria e acompanhamento de vazão de rios. (Canal Energia - 12.08.2003)

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14 Curtas

A Ceam licita a contratação de empresa para fazer operação, manutenção e conservação de cinco usinas termoelétricas flutuantes, a base de motores a diesel. O processo inclui também o fornecimento de peças, componentes e materiais de reposição. (Canal Energia - 12.08.2003)

A Eletronorte abre dois processos de licitação. O primeiro é para a contratação de empresa para fornecer e instalar cinco sistemas de energia solar e o prazo vai até 14 de agosto. O segundo é para contratação de empresa para fornecimento, confecção e instalação de miscelâneas metálicas. (Canal Energia - 12.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nordeste registra consumo de 5.952 MW médios

O Nordeste registrou consumo de 5.952 MW médios na última segunda-feira, dia 11 de agosto, contra previsão de 5.952 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula queda no consumo de 2,11%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema tem baixa de 9,54% no período. Na região Sul, o consumo chegou a 7.089 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado acumula alta de 4,69% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.178 MW médios ontem, contra previsão de 25.770 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado acumula baixa no consumo de 0,77%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema registra queda de 6,79% no mesmo período. Já o Norte teve consumo de 2.639 MW médios na última segunda-feira, contra previsão de 2.636 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com baixa de 0,63% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 12.08.2003)

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2 Nível do submercado Norte está em 70,4%

A capacidade está em 70,4% no subsistema Norte, uma queda de 0,3%. A capacidade da usina de Tucuruí está em 84,87%. (Canal Energia - 12.08.2003)

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3 Capacidade está em 38,11% no subsistema Nordeste

A região Nordeste registra índice de 38,11%, volume 21,53% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Em comparação com o dia 10 de agosto, o nível teve uma queda de 0,19%. A hidrelétrica de Sobradinho, a maior da região, está com 31,68% do volume. (Canal Energia - 12.08.2003)

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4 Volume do submercado Sudeste/Centro-Oeste está 36,11% acima da curva de aversão

Os reservatórios estão com 64,69% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, ficando 36,11% acima da curva de segurança 2002/2003. Em relação ao dia anterior, o nível caiu 0,22%. A usina de Nova Ponte está com 57,33% da capacidade, enquanto Furnas está em 81,45%. (Canal Energia - 12.08.2003)

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5 Reservatórios estão com 56,33% da capacidade no subsistema Sul

O nível do submercado Sul está em 56,33%, o que corresponde a uma redução de 0,54% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra índice de 52,01%. (Canal Energia - 12.08.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Lucro da Comgás no segundo trimestre do ano é 98% menor

Nos últimos três meses, as vendas da Comgás cresceram 19%, somando 846,7 milhões de m3, em comparação com igual período do ano anterior. Ainda assim, o lucro da companhia, controlada pela BG, registrou queda de 98%, passando de R$ 19,8 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 429 mil em igual período deste ano. Roberto Lage, diretor financeiro da Comgás, explicou que a redução acentuada dos ganhos foi causada pelo aumento dos custos no preço do gás, de 130%. "Ainda não conseguimos recuperar a variação do custo porque o aumento tarifário foi concedido em 30 de junho", disse. O aumento tarifário, concedido pela CSPE, apesar de "puxar" para cima a receita de vendas, não chegou a cobrir os custos da empresa, segundo Lage. Isto porque o preço do gás que a distribuidora compra da Petrobras está atrelado a uma cesta de óleos internacionais e é indexado ao dólar, tal como o transporte do gás pelo gasoduto Bolívia-Brasil. Segundo Lage, o aumento dos custos teve impacto direto na geração de caixa da Comgás. No segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) caiu 51% para R$ 35,8 milhões. O executivo acredita, porém, que se o preço do dólar se mantiver estável e o cenário macroeconômico não sofrer nenhum revés, a Comgás deverá reverter a situação. (Valor - 13.08.2003)

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2 Vendas da Comgás para mercado industrial crescem 25,9% no último trimestre

A Comgás persegue a meta de expansão em São Paulo, sobretudo no mercado industrial que gera 80% do volume de vendas. As vendas para o mercado industrial cresceram 25,9% nos últimos três meses, totalizando 662,2 milhões de m3. Mas o segmento automotivo, GNV (gás natural veicular), foi o que apresentou a maior expansão: 65,3% passando de 45,9 milhões m3 para 75,9 milhões de m3. A receita líquida de vendas somou R$ 480 milhões, expansão de 66% em relação a igual período do ano anterior. A Comgás conseguiu conquistar 15 novos clientes industriais, dentre eles a Rhodia, a Ajinomoto e a Goodyear. (Valor - 13.08.2003)

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3 Comgás deve investir R$ 90 mi no segundo semestre

O diretor financeiro da Comgás, Roberto Lage disse que a empresa de gás deverá aplicar R$ 90 milhões no segundo trimestre e finalizar 2003 com investimentos totais de R$ 180 milhões. A empresa conseguiu reduzir a sua dívida em R$ 50 milhões, em comparação com o primeiro trimestre do ano. A dívida total soma R$ 659 milhões, sendo R$ 430 milhões indexados à moeda americana (100% com hedge). Do total, R$ 236 milhões são de curto prazo (um ano) e o restante longo (até cinco anos). (Valor - 13.08.2003)

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4 Eletronorte, Eletrobrás e governo do Acre fecham convênio para instalação de usina de biodiesel

A assinatura, na última quinta-feira, de convênio entre a Eletrobrás, a Eletronorte e o governo do estado do Acre para a instalação de usina de biodiesel no Acre, a primeira na Amazônia, foi registrado em Plenário pelo senador Siba Machado (PT-AC). O senador informou ainda que o Incra financiará parte da produção agrícola que permitirá a produção do combustível. A expectativa do senador é que o biodiesel seja uma fonte importante de energia, especialmente no setor de transporte, em poucos anos. Para isso, disse ele, devem ser respeitadas as especificidades dos projetos de reforma agrária em cada região. (Eletrica.com - 12.08.2003)

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5 Petrobras em Angola

A Petrobras vai iniciar as operações em águas profundas na costa angolana neste ano para competir com as grandes empresas petrolíferas que trabalham no país, anunciou o diretor internacional da companhia, Nestor Cuñat Cerveró. "A idéia é competir com as grandes operadoras conhecidas no mercado angolano, como a Total e a ChevronTexaco", disse. Cuñat, que se encontra no país em negociações com a concessionária angolana Sonangol, tenta obter a qualificação de operadora para a companhia e, assim, adquirir novas áreas para investimento. (Gazeta Mercantil - 13.08.2003)

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6 Governo pretende misturar óleo vegetal ao diesel

O governo estuda adicionar biodiesel, combustível de origem vegetal, ao diesel vendido no País, a exemplo do que ocorre com a mistura de álcool à gasolina. O projeto, em análise no MME, visa a redução das importações de diesel e das emissões de gases poluentes. Além disso, teria como efeito colateral o desenvolvimento econômico das regiões produtoras de oleaginosas, que passariam a produzir também combustível. "Com a adição de álcool, o uso da gasolina foi reduzido, criando-se um excedente. Então, tendo alternativa ao diesel, podemos reduzir a dependência das importações", disse o secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim. No entanto, a idéia é vista com ressalvas pela ANP. O diretor da ANP, Luiz Augusto Horta Nogueira, diz que há implicações econômicas, como, por exemplo, uma perda de arrecadação com impostos sobre o diesel da ordem de R$ 1 bilhão por ano, caso o percentual de mistura seja de apenas 1%. (A Notícia - 13.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Fundos de pensão querem garantias para investir

O financiamento dos fundos de pensão aos investimentos em infra-estrutura previstos pelo governo será por via indireta. Para atenuar o risco dos projetos, os fundos pediram um desenho especial para este tipo de empreendimento. E também terão autonomia para decidir se encampam ou não as propostas do governo. A idéia é que instituições como o Banco do Brasil, BB-DTVM, CEF e BNDES emitam títulos específicos para os projetos a serem financiados. Os fundos compram os papéis e dão os recursos necessários. Ainda não há uma decisão sobre o volume a ser investido. Mas o governo estuda mudanças na legislação que garantam maior flexibilidade das normas de aplicação do dinheiro. Para alguns fundos, isso pode dobrar o valor disponível. A nova mexida na regulamentação das entidades de previdência complementar fechadas prevê a alteração dos limites de investimento em renda fixa e renda variável. Atualmente, os fundos de pensão têm limites específicos para cada aplicação. Uma das questões a serem resolvidas pelo governo é o indexador que dará lastro aos papéis emitidos pelas instituições estatais para os projetos de infra-estrutura. Para os fundos, é preciso que esse tipo de investimento garanta o retorno ao pagamento dos benefícios. Projetos em infra-estrutura são de longa maturação, de 10 a 15 anos. Alguns fundos estão em posição confortável para investir a longo prazo; outros, como a Previ, já começam a ver a curva entre arrecadação e pagamento de benefícios se inverter, por isso precisam de ativos de maior liquidez. Ou seja, o fundo já é considerado maduro e tem muitos benefícios a pagar. Por isso, quer desfazer-se do ativo sem problemas, sempre que necessário. Uma das alternativas é que as próprias instituições emissoras dos títulos (BB, Caixa e BNDES) garantam a recompra dos papéis. Caso os fundos não consigam vender os títulos no mercado secundário de ações, eles seriam devolvidos e pagos pelos emitentes, o que asseguraria a liquidez. (Estado de São Paulo - 13.08.2003)

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2 Cide vai subir para financiar projetos de infra-estrutura

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que é cobrada no consumo de combustíveis, vai aumentar para financiar projetos na área de transportes, como a construção de rodovias e ferrovias, disse ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega. A idéia do Governo é aumentar a arrecadação do tributo, que passaria dos atuais R$ 8 bilhões para R$ 10,5 bilhões por ano, segundo calculou Mantega, incluindo a parte que irá para os Estados na reforma tributária. O aumento de arrecadação com a Cide seria uma das formas encontradas pelo Governo para poder tirar do papel uma lista de obras consideradas prioritárias nos próximos anos. A lista de obras deverá ser fechada em nova reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros convocada para o fim da tarde de hoje. Os presidentes de bancos estatais também foram convocados. A arrecadação da Cide é um dos mecanismos de que o Governo dispõe para atrair a iniciativa privada a investir em infra-estrutura. O dinheiro irá para fundos destinados a financiar obras sem garantia de rentabilidade imediata. Nos projetos com expectativa de lucro mais rápido, o Governo espera atrair a iniciativa privada via concessões: a empresa assume a obra e cobra pedágio do usuário. (Jornal do Commercio - 13.08.2003)

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3 Mudanças nas resoluções do BC são necessárias para investimento dos fundos

Dinheiro dos fundos de pensão também ajudará a financiar essas obras, disse o ministro. Mantega sinalizou mudanças na resolução do Banco Central que fixa limites para as aplicações dos fundos. "Os fundos têm de investir em coisas seguras", disse. Embora o porta-voz da Presidência, André Singer, tenha anunciado anteontem que o total de recursos públicos e privados a serem investidos em projetos de infra-estrutura alcançaria R$ 191,4 bilhões, Mantega disse que os números não estão definidos ainda. Seriam R$ 35 bilhões de investimento do Governo por ano e cerca de R$ 30 bilhões da iniciativa privada, estimou. Tanto na montagem do PPA (Plano Plurianual) como na confecção do Orçamento da União para 2004, o Governo ignorou a principal reivindicação dos governadores na negociação da reforma tributária e decidiu contar com a arrecadação integral da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, sem rateio com os Estados. "São recursos escassos", argumentou Mantega. Questionado sobre o risco de parte do PPA ficar no papel, assim como os últimos Orçamentos e planos desse tipo, Mantega insistiu em que tudo será diferente no Governo Lula. "Estamos fazendo um PPA realista, com os pés no chão; nos últimos anos, foram feitos planos megalomaníacos, que eram obras de ficção e contavam com a iniciativa privada à revelia dela", disse. (Jornal do Commercio - 13.08.2003)

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4 Deflação perde força no IGP-DI de julho

A deflação no IGP-DI perdeu o fôlego, e passou de -0,70% em junho para -0,20% em julho. "A deflação dá sinais de esgotamento. Mas isso não significa que voltaremos a ter problemas de pressão inflacionária, ainda mais se continuarmos com a política monetária de hoje", disse o economista da FGV Salomão Quadros. Para agosto, o economista não descartou o retorno de variação positiva. A perda de intensidade na deflação atingiu quase todos os indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI foi de -1,16% para -0,59%. Já o IPC-DI passou de -0,16% para variação positiva de 0,34%. Quadros disse que os três fatores que contribuíam para a deflação continuam influenciando os índices: boa safra, efeito cambial favorável e fraca demanda. (Estado de São Paulo - 13.08.2003)

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5 Fipe: Inflação de 0,60% em agosto

Deflação persistente em itens importantes levou à redução da expectativa para São Paulo. "Há uma resistência à volta da inflação", afirmou o coordenador do IPC da Fipe, Heron do Carmo, durante a divulgação da ligeira deflação (-0,01%) verificada na primeira quadrissemana de agosto, período em que já esperava pequena alta nos preços. A performance dos preços na última medição levou à revisão para baixo na estimativa do mês: de 0,80% para 0,60%, podendo chegar a 0,50% se não houver reajuste na tarifa de água e esgoto. Para o ano, a estimativa da Fipe permanece em 7,5%. Daqui para frente, o economista da Fipe vê melhora do nível de atividade sem que haja reflexos significativos na inflação. "Do ponto de vista de custos, a taxa de câmbio está no patamar de R$ 3 há um bom tempo. Do lado das expectativas, todos os setores que aumentaram margem com medo do que pudesse ocorrer no novo governo já alteram essa posição porque o medo passou. A reforma da Previdência já passou em primeiro turno e tudo indica que será aprovada. Esses fatores, aliados à queda do compulsório, continuidade na queda dos juros básicos, reajustes salariais maiores que a inflação prevista e a melhora sazonal do nível de produção no segundo semestre, podem levar à melhora do nível de atividade sem que isso recaia em inflação", analisou. (Estado de São Paulo - 13.08.2003)

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6 Liminar segura inflação em SP

A taxa negativa de 0,01% na média dos preços ao consumidor na cidade de São Paulo, na primeira quadrissemana de agosto, contou com a contribuição da liminar na Justiça que proibiu a Prefeitura de São Paulo de cobrar a taxa de iluminação pública das contas de luz entre os dias 10 e 25 de julho. A não-cobrança da taxa anulou o impacto que o aumento contratual da energia elétrica da Eletropaulo exerceria na composição do IPC-Fipe. Nas últimas quatro semanas, o item energia elétrica, na comparação com as quatro semanas imediatamente anteriores, mostrou uma queda de 0,18%, dando uma contribuição negativa de 0,01 ponto porcentual para a formação do índice. A queda da inflação no período, de acordo com o coordenador da Pesquisa de Preços da Fipe, Heron do Carmo, só não foi maior porque o reajuste das tarifas de telefonia fixa já está influenciando a composição do IPC. Até há pouco tempo o que se verificava era uma resistência dos preços à queda, o que justificou a adoção do aperto monetário por parte do Banco Central, segundo o economista. (Estado de São Paulo - 13.08.2003)

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7 Nível de emprego industrial recua pelo quarto mês

O nível de emprego no setor industrial de São Paulo completou em julho o quarto mês seguido de queda. E segundo a Fiesp, responsável pelo levantamento com 47 sindicatos patronais, a indústria somente voltará a contratar entre os meses de setembro e outubro. Na avaliação da entidade, os dados de julho carregam um alento: houve uma diminuição no ritmo das demissões. No mês passado, foram fechados 1.213 postos, o que significa variação negativa de 0,08%. Em junho, o número de postos fechados na indústria do Estado chegara a 4.564 - variação negativa de 0,30%. O resultado também é melhor na comparação com o de julho de 2002 -quando o recuo chegou a 0,52%. Como tem sido praxe nos últimos meses, em julho, somente setores ligados, direta ou indiretamente, a exportações e à agricultura sobressaíram na criação de novos postos. (Folha de São Paulo - 13.08.2003)

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8 Estudo da Economática indica recuo das dívidas

O câmbio salvou, no primeiro semestre deste ano, a maior parte das corporações do país, que aproveitaram o recuo da cotação do dólar, no período, para quitar dívidas em moeda americana e se recuperar do desastre produzido no ano passado pelo coquetel de juros altos e desvalorização do real. Levantamento da consultoria Economática, produzido a partir dos balanços já publicados de 90 empresas de capital aberto do país, constatou que apenas 13 companhias tiveram prejuízo entre janeiro e junho deste ano, apesar da gritaria de empresários contra a política econômica do governo. Do levantamento, não constam números de empresas não listadas na Bolsa de Valores e de companhias como Petrobras e Vale do Rio Doce, que até a noite de segunda-feira ainda não tinham divulgado seus balanços. O estudo da Economática constatou que, nos 12 meses encerrados em junho deste ano, a dívida total das 90 companhias recuou 14,4% no período, ao passar de R$ 120 bilhões para R$ 102,9 bilhões. O presidente da Economática, Fernando Exel, pondera, no entanto, que, não fosse a ajuda do câmbio, a situação das companhias no Brasil seria muito pior. Por isso, conclui Exel, os balanços da primeira metade deste ano muitas vezes mascaram a realidade, ao demonstrar um cenário descolado dos dados macroeconômicos que indicam recessão no país. (Jornal do Brasil - 13.08.2003)


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9 Empresas do setor elétrico confirmam influência do câmbio

Embora não tenham sido contabilizados na pesquisa da Economática, os balanços divulgados ontem por algumas empresas do setor elétrico confirmam a influência do câmbio nos resultados. A Cesp lucrou R$ 956,725 milhões no primeiro semestre deste ano, devido principalmente à queda do dólar, que teve um impacto positivo sobre a sua dívida. Somente nos últimos três meses, o lucro da Cesp foi de R$ 794,461 milhões. Já a Eletrobrás teve no segundo trimestre um prejuízo de R$ 1,544 bilhão e, no semestre, encerrou com perdas de R$ 1,772 bilhão. O tombo foi provocado pela desvalorização do dólar no primeiro semestre deste ano, uma vez que a Eletrobrás teve reduzida a receita com a comercialização da energia de Itaipu Binacional, cotada em dólar. (Jornal do Brasil - 13.08.2003)

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10 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial alternou pequenas altas e baixas e fechou a manhã desta quarta-feira em baixa de 0,06%, cotado a R$ 3,025 na compra e R$ 3,028 na venda. Ontem, no final dos negócios, o dólar comercial registrava valorização de 0,83% e era negociado a R$ 3,0270 na compra e a R$ 3,0300 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 13.08.2003)

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Internacional

1 Kirchner e distribuidoras não chegam a acordo

O governo do presidente Néstor Kirchner decidiu - por enquanto - não ajudar financeiramente as empresas distribuidoras privatizadas de energia elétrica. Na semana passada, o governo havia preparado um decreto com o qual concederia um empréstimo de US$ 50 milhões às distribuidoras. No entanto, o confronto crescente de Kirchner com as empresas e um suspeito apagão que deixou às escuras 400 mil pessoas em Buenos Aires acabaram adiando a rubrica presidencial por tempo indeterminado. A Cammesa, a associação das distribuidoras, pagaria pelo menos 80% da dívida (que no total é de US$ 70 milhões) que tem com a Ageera, associação que reúne as geradoras de eletricidade. As privatizadas pedem o fim do congelamento de tarifas, alegando que estão tendo graves prejuízos financeiros. Mas o governo resiste à idéia de liberar as tarifas, apesar da pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que está aliado às privatizadas. Por questões eleitorais (há eleições provinciais e parlamentares até outubro) o governo prefere não "ceder" às privatizadas. (Estado de São Paulo - 13.08.2003)

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2 Lucro da RWE cai 24,1% no primeiro semestre

O lucro da RWE, segunda maior elétrica alemã, caiu para 621 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2002, anunciou a empresa. O grupo germânico, que previa um crescimento de dois dígitos dos resultados operacionais para este ano, afirma agora que os resultados, pelo contrário, descerão "dois dígitos". Nos primeiros seis meses do ano, os resultados operacionais cresceram 35,3% para os 2,935 bilhões de euros. O volume de negócios desceu 10,8%, para 22,434 bilhões de euros devido sobretudo à saída da Shell&DEA Oil da 'joint-venture'. (Diário Econòmico- 12.08.2003)

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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
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