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IFE: nº 1.170 - 12 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Governo elabora um pacote de socorro a geradoras de energia
2 MME avalia transição para novo modelo
3 Parques eólicos terão investimentos de US$ 60 mi no Ceará
4 Feam (MG) afirma que projetos de PCHs no estado estão em andamento

Empresas
1 Eletrobrás prevê investimentos de R$ 135 mi em 2003
2 Aneel reabre venda da Cemar
3 Cesp registra lucro de R$ 956 mi no primeiro semestre
4 Lucro da Eletrosul no primeiro semestre aumenta 13,6%
5 Coelba encerra primeiro semestre com lucro de R$ 31,11 mi
6 Aneel e Celesc estudam parcelamento da RTE
7 Celesc abre nove processos de licitação
8 CPFL oferece novos serviços para manter clientes
9 Aneel estabelece recursos para programas de P&D para distribuidoras

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia em maio registra expansão de 0,6%
2 Consumo residencial registra aumento de 2,2% em maio
3 Consumo de energia chega a 2.488 MW médios na região Norte
4 Níveis registram 70,71% de sua capacidade na região Norte
5 Reservatórios da região Nordeste estão com 38,3% da capacidade
6 Capacidade de armazenamento está em 64,91% no Sudeste/Centro-Oeste
7 Volume armazenado da região Sul caiu 0,1%
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Preços MAE têm crescimento de até 26% na região Norte
2 Indústrias prevêem boa demanda para o leilão de excedentes de energia

Gás e Termelétricas
1 Déficit comercial da Petrobras deve diminuir em 2003
2 Exportações da Petrobras tiveram aumento de 68% no primeiro semestre
3 Venda de petróleo da Petrobras para EUA teve aumento de 325,96% no primeiro semestre
4 Petrobrás Energia registra crescimento de 60% do lucro no 2o trimestre
5 Petrobras Energía preocupado com baixa produtividade de poços de petróleo
6 Reunião entre Petrobras e YPFB é adiada

7 Briga judicial emperra licitação de plataformas
8 Prefeito quer paralisação da usina de Angra

Grandes Consumidores
1 Grandes consumidores assumem investimentos em obras de redes de transmissão e subestações

Economia Brasileira
1 Infra-estrutura terá R$ 191 bi até 2007
2 Projetos serão incluídos no Orçamento de 2004
3 Política dos EUA pode afetar juros no Brasil, diz Stiglitz

4 Governo precisa diversificar, diz FGV
5 Balança já tem saldo quase igual ao de 2002
6 IGP-M zera na 1ª prévia do mês
7 IPCA projeta menos de 10% pela 1ª vez no ano
8 CDES entrega hoje propostas a Palocci
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Calor e falta de chuva reduzem geração e elevam preço da eletricidade na Europa
2 Cammesa entra em moratória
3 Cammesa: Empréstimo do governo para cobrir diferença devida às geradoras não é dado
4 Mitsubishi disputará projetos térmicos no México


 

Reestruturação e Regulação

1 Governo elabora um pacote de socorro a geradoras de energia

O governo está elaborando uma proposta para ajudar as geradoras de energia, que não entrarão no pacote de capitalização em estudo para as distribuidoras. A idéia é comprar das empresas geradoras parte do excedente de energia provocado pela redução de demanda pós-racionamento. A operação teria como objetivo melhorar as finanças das companhias, que perdem dinheiro com uma capacidade ociosa em torno de 7,5 mil MW. Outra parte será vendida a grandes consumidores em leilão. "Para a idéia se concretizar, temos de descobrir uma fonte de recursos", ressalva o secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Uma possível fonte seria a Reserva Global de Reversão (RGR), fundo setorial que arrecada recursos na conta de luz para investimentos no setor, como universalização e eficiência energética. Tolmasquim não soube precisar quanto seria comprado e quanto valeria esta energia. Segundo o balanço da Eletrobrás, a RGR tinha R$ 841 milhões na virada do ano. Na prática, portanto, trata-se um repasse de recursos arrecadados nas tarifas para as geradoras, a título de compra de uma energia que já existe mas não tem mercado consumidor. Tolmasquim explica que a eletricidade comprada formaria uma reserva para evitar racionamentos no futuro. (Tribuna da Imprensa - 12.08.2003)

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2 MME avalia transição para novo modelo

O Ministério de Minas e Energia está avaliando como se dará a transição para a novo modelo. Segundo Tolmasquim, há três grupos de trabalho detalhando o assunto: um formado pelos 13 maiores grupos privados, outro pelas empresas estaduais e o terceiro pelas estatais. "Quando há divergências, colocamos os grupos frente a frente para chegarmos a um acordo". Um quarto grupo, que discute as questões legais, é formado pela Advocacia Geral da União (AGU) e por consultores do governo. O ministério espera levar a proposta ao Congresso em novembro, num esforço que vai exigir a participação efetiva da Casa Civil. Tolmasquim não acredita, porém, que haverá resistências entre os parlamentares. "Vamos chegar com uma proposta afinada", garante. (Tribuna da Imprensa - 12.08.2003)

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3 Parques eólicos terão investimentos de US$ 60 mi no Ceará

Com uma estimativa de investimento da ordem de US$ 60 milhões, está em processo de licitação a instalação de dois parques eólicos no Ceará. Cada usina tem a capacidade de produzir 30 MW de energia. As informações são de Adão Linhares coordenador de Energia e Comunicação da Secretaria de Infra-Estrutura do Ceará. Segundo Linhares, esses dois novos parques eólicos serão instalados nas cidades de Camocim e Paracuru. "Com esses dois novos parques eólicos nós iremos passar de uma geração de 17,4 MW para 77,4 MW". Linhares explicou também que o financiamento está sendo pleiteado junto ao JBIC (Banco Japonês de Cooperação Internacional), com sede no Rio de Janeiro. Do total de US$ 60 milhões de financiamento, 40% tem contrapartida do Estado. A idéia é que esse valor seja pago com a própria energia gerada nos parques eólicos. Com respeito a instalação dos dois parques eólicos, Linhares comentou que no momento está sendo tratado da licitação efetiva. Já foi realizada a etapa da pré-qualificação, tendo seis ganhadores para lista curta da construção. "Esperamos até o início do próximo ano estar com esse processo todo concluído". (Diário do Nordeste - 12.08.2003)

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4 Feam (MG) afirma que projetos de PCHs no estado estão em andamento

A Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente) de Minas Gerais calcula que as PCHs representem 55,83% da potência instalada dos projetos em análise no estado, entre outubro de 2000 e julho deste ano. Ao todo são empreendimentos que totalizam 995 MW e esperam a liberação de licença prévia. A capacidade total prevista para o estado é de 3.831 MW, incluindo PCHs, hidrelétricas e termelétricas. Dos empreendimentos já analisados e que já possuem, no mínimo, licença prévia, as PCHs correspondem a 14,33% dos 2.835 MW. No período analisado, já foram liberados 406 MW e outros 555 MW gerados por esses tipo de usina estão em análise. Segundo Morel Ribeiro, gerente da divisão de Infra-Estrutura de Energia da Feam, o percentual de volume de energia gerado por PCH é bem menor do que hidrelétricas e térmicas. Atualmente, existem 85 projetos que passarão ou estão em análise na entidade. "Muitas usinas têm capacidade instalada baixa. Ao olharmos apenas o número de projetos, parece que a liberação de licenças na Feam está lenta, mas, ao analisarmos o volume de energia já liberado, vemos que 74,01% dos projetos têm, ao menos, a licença prévia", justifica Ribeiro. De acordo com dados da Feam, já foram concedidas 30 licenças prévias, 13 licenças de instalação e três licenças de operação para projetos de PCHs. (Canal Energia - 11.08.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás prevê investimentos de R$ 135 mi em 2003

Em 2002, a Eletrosul investiu R$ 170 milhões e, para este ano, a previsão de investimentos é da ordem de R$ 135 milhões. Entre as obras programadas estão a recapacitação da linha Salto Osório-Ivaiporã, no Paraná, que terá sua capacidade triplicada. "Iremos aplicar R$ 26 milhões nos sistemas de comunicação e controle, já contratados com a empresa Siemens", disse Vituri. Trata-se, segundo o executivo, da transformação de todo o sistema que hoje opera por microondas para fibras ópticas, o que deve conferir mais rapidez e segurança nas operações. Embora seja iniciado ainda este ano, esse trabalho deverá estar concluído somente em meados de 2004. (Gazeta Mercantil - 12.08.2003)

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2 Aneel reabre venda da Cemar

Único grupo pré-qualificado para comprar a Cemar, o GP investimento não conseguiu entrar em consenso com a Eletrobrás, maior credora da concessionária. A dívida atualizada da distribuidora soma R$ 806 milhões, sendo pouco mais de R$ 350 milhões com a Eletrobrás e sua coligada Eletronorte. A partir de hoje o processo de venda da Cemar deverá ser reaberto. A Aneel terá de renovar a intervenção, que se encerra oficialmente dia 13. A informação foi confirmada pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. "A Eletrobrás continua aberta às negociações, inclusive para ser sócia do futuro controlador da Cemar", disse. Na nova rodada de negociações para a aquisição da Cemar, há possibilidade de os fundos de pensão participarem do processo. Pinguelli preferiu não comentar os motivos que jogaram uma pá de cal nas negociações. Segundo fonte próxima às negociações, a Eletrobrás queria que o GP convertesse uma parte da dívida em ações, mas garantisse uma "boa" parcela em dinheiro. O nó da questão foi justamente esse, pois o GP - cujos controladores são alguns dos ex-sócios do Garantia - teria feito uma oferta pouco atraente às pretensões da Eletrobrás. Para bater o martelo e rejeitar a proposta do GP, a Eletrobrás contou com o apoio da ministra da Minas e Energia, Dilma Rousseff, e do ministro da Casa Civil, José Dirceu, segundo contou uma fonte do governo. (Valor - 12.08.2003)

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3 Cesp registra lucro de R$ 956 mi no primeiro semestre

A Cesp fechou o primeiro semestre com lucro de R$ 956, 7 milhões, ante um prejuízo de R$ 1,512 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. O resultado positivo foi conseguido mesmo com a queda na receita bruta da geradora, que ficou em R$ 900,5 milhões, inferior ao R$ 1,1 bilhão do primeiro semestre de 2002. No segundo trimestre deste ano, a receita bruta da companhia ficou em R$ 516,5 milhões, valor 22,4% inferior aos R$ 666,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado. (Gazeta Mercantil - 12.08.2003)

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4 Lucro da Eletrosul no primeiro semestre aumenta 13,6%

A Eletrosul obteve um lucro líquido de R$ 82 milhões no primeiro semestre deste ano. O resultado foi 13,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2002. As receitas operacionais do período, na mesma comparação, aumentaram 38,8%, passando de R$ 124,8 milhões para R$ 173,3 milhões. "Entre os principais fatores para o bom resultado estão os aumentos de capacidade operacional", destacou Antonio Vituri, diretor de Gestão Administrativa e Financeira da empresa. Segundo ele, desde o ano passado a capacidade de transmissão e transporte de energia da Eletrosul cresceu cerca de 12,9%, de 12,66 mil MVA, em meados de 2002, para 14,31 mil MVA no final de junho desse ano. Para esse segundo semestre, a expectativa da Eletrosul é de um resultado ainda mais expressivo. Entre os motivos que justificam esse otimismo estão a previsão de novos ganhos de capacidade operacional e, principalmente, os reflexos diretos do reajuste de 31% das tarifas de transmissão. Diante do lucro e do crescimento registrado pela Eletrosul no primeiro semestre do ano, a diretoria da empresa está propondo à Assembléia dos Acionistas a distribuição antecipada de dividendos - a título de juros sobre o capital próprio - no valor de R$ 48,2 milhões. (Gazeta Mercantil - 12.08.2003)

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5 Coelba encerra primeiro semestre com lucro de R$ 31,11 mi

A Coelba inverteu o resultado apresentado no segundo trimestre do ano passado, quando teve prejuízo de R$ 14,8 milhões, para lucro de R$ 59,09 milhões no período de abril a junho de 2003. A distribuidora acumula resultado positivo de R$ 31,15 milhões no semestre, contra margem positiva de R$ 2,84 milhões nos seis primeiros meses de 2002. A receita bruta da empresa no segundo trimestre do ano foi de R$ 588,56 milhões. No mesmo período do ano passado o resultado havia sido de R$ 473,2 milhões. No semestre, a receita ficou em R$ 1,06 bilhão, contra R$ 911,89 milhões registrado nos seis primeiros meses de 2002. (Canal Energia - 12.08.2003)

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6 Aneel e Celesc estudam parcelamento da RTE

Depois da Aneel anunciar aumentos de 39,92% (grandes indústrias) a 23,61%, para consumidores de baixa renda, a Celesc anunciou que estuda, junto à agência reguladora, a possibilidade de parcelar a tarifa de recomposição tarifária extraordinária (RTE), que varia de 2,9% a 7,9%. A Celesc teve autorização para cobrá-la por 16 meses. A tarifa é cobrada em decorrência de três pontos: recomposição por conta ainda do racionamento no Sudeste/Nordeste/Centro-Oeste, reajuste nos contratos com a Tractebel não-repassados aos consumidores (janeiro a outubro de 2001) e variação da energia comprada de Itaipu Binacional, também não corrigida na conta, no mesmo período. O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, disse que a companhia fez ontem uma consulta à Aneel sobre a possibilidade de parcelar, em até três vezes, ou postergar o aumento da recomposição tarifária. O executivo ressaltou que o aumento na conta foi provocado pela elevação do valor da energia comprada de terceiros, custos de transmissão e encargos setoriais. (A Noticia - 12.08.2003)

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7 Celesc abre nove processos de licitação

A Celesc deu início a nove licitações. O primeiro processo, que vai até 13 de agosto, é para aquisição de bobina de bloqueio para uso no sistema Carrier. Para o dia 14 de agosto está previsto o encerramento da compra de cabo de cobre flexível. Outra licitação é para aquisição de reator eletrônico e lâmpada fluorescente. O prazo acaba no dia 20 de agosto. O processo de compra de retificador portátil se encerra no dia 21 de agosto. Para o dia 22 de agosto está previsto o encerramento da licitação de caixa metálica de sobrepor para instalação no sistema digital de supervisão e controle e no sistema de medição de fronteira. A empresa também licita a compra de transformador de potencial e corrente até o dia 25 de agosto. O processo de aquisição de chave seccionador monopolar segue até 3 de setembro. A aquisição de poste de concreto segue até o dia 8 de setembro. A última licitação aberta pela Celesc é para compra de disjuntores e religadores. O prazo vai até 9 de setembro e o edital custa R$ 30,00. (Canal Energia - 11.08.2003)

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8 CPFL oferece novos serviços para manter clientes

Depois de privatizadas, as concessionárias de energia elétrica tem tido dificuldade em conseguir que os grupos privados sejam seus agentes financiadores, tal como acontece com as concessionárias estatais. Mas, várias parcerias estão sendo feitas entre as empresas. É o caso da CPFL Energia, que, por meio de suas duas distribuidoras em São Paulo - a CPFL Paulista e a CPFL Piratininga - lançou há um ano um pacote, batizado de "CPFL Business", em que oferece um punhado de serviços aos clientes. "Oferecemos soluções que poderiam ser feitas por empresas de engenharia, mas com a experiência da nossa distribuidora", diz Mauro Magalhães, diretor comercial da CPFL. "A nossa obrigação, como concessionária, pára na porta do shopping". Como exemplo, ele cita o Shopping D.Pedro, em Campinas, um empreendimento sofisticado pertencente ao grupo português Sonae. A CPFL executou toda a obra de infra-estrutura interna. Para o shopping, a distribuidora também oferece um serviço de monitoramento on-line do consumo de energia. A vantagem do recurso segundo Magalhães é a redução de custos e planejamento. Pelas regras atuais do setor, as empresas que ultrapassam a demanda contratada de energia pagam "multas" na conta de luz. "O problema é que a multa pode triplicar o valor da conta no final do mês", explica Magalhães. (Valor - 12.08.2003)

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9 Aneel estabelece recursos para programas de P&D para distribuidoras

Quatro distribuidoras investirão mais de R$ 13,7 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento no biênio 2002/2003. O maior programa aprovado pela Aneel é o da Cemig, que alocará R$ 13,2 milhões no ciclo. O volume de recursos da empresa mineira corresponde a 0,26% da sua receita operacional líquida, que foi superior a R$ 5 bilhões. Já a Celtins terá R$ 402 mil para desenvolver os seus programas de pesquisa e desenvolvimento no ciclo 2002/2003. A Cocel investirá R$ 56 mil nos programas de pesquisa e desenvolvimento. Na ELFSM, o montante autorizado pela Aneel chega a R$ 106,5 mil. A Aneel também definiu o investimento da Sulgipe para combate ao desperdício de energia elétrica. O programa anual da empresa prevê aplicação de R$ 124 mil nos projetos que devem estar concluídos até julho de 2004. Segundo os despachos da agência, publicados nesta segunda-feira, dia 11 de agosto, no Diário Oficial da União, as distribuidoras terão até o dia 31 de agosto de 2004 para cumprir as metas. (Canal Energia - 11.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia em maio registra expansão de 0,6%

Em maio o consumo faturado de energia elétrica no país registrou na média do consumo um crescimento de 0,6% ante maio de 2002, com o consumo da indústria registrando queda de 1,6% no período. A indústria do Sudeste, que responde por 54% de todo consumo industrial do país, isoladamente teve uma redução de 6,2%, confirmando o ambiente recessivo no segundo trimestre. Os dados são da Eletrobrás e indicam estabilidade do consumo de energia em abril e maio. Os números de junho ainda não foram divulgados, mas especialistas do setor garantem que não houve mudança substancial nesse quadro de paralisia da economia real. No ano até maio, os dados oficiais informam um aumento de 6,2% no consumo de energia elétrica ante igual período de 2002 e, em 12 meses, 10,7%. (Valor - 12.08.2003)

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2 Consumo residencial registra aumento de 2,2% em maio

O consumo residencial cresceu 2,2% em maio. No Sudeste/Centro Oeste este aumento foi abaixo da média, de 1,5% e no Sul de apenas 0,5%. O número de consumidores totalizou 44,4 milhões em maio, expandindo 3,3% ante maio de 2002. O consumo médio por consumidor residencial foi de 142 quilowatts (kWh) ou 8,9% em relação ao mesmo período de 2002. A região Norte foi a única a cair (-2,3%). (Valor - 12.08.2003)

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3 Consumo de energia chega a 2.488 MW médios na região Norte

O Norte teve consumo de 2.488 MW médios no último domingo, dia 10 de agosto, contra previsão de 2.636 MW médios do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema acumula queda de 0,8% nos últimos sete dias. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 21.309 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado acumula baixa no consumo de 0,49%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema está com queda de 6,53% no mesmo período. O Nordeste consumiu 5.272 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do ONS. O subsistema registra queda no consumo de 2,39% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, a região acumula baixa de 9,8% no período. Na região Sul, o consumo chegou a 5.284 MW médios, contra previsão de 6.647 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado está com alta de 5,23% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 11.08.2003)

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4 Níveis registram 70,71% de sua capacidade na região Norte

Reservatórios da região Norte estão com 70,71% da capacidade, o que significa uma queda de 0,23% em um dia. A usina de Tucuruí registra índice de 85,45%. (Canal Energia - 11.08.2003)

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5 Reservatórios da região Nordeste estão com 38,3% da capacidade

A capacidade de armazenamento está em 38,3% na região Nordeste, uma queda de 0,11%. O volume está 21,59% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra 31,87% da capacidade. (Canal Energia - 11.08.2003)

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6 Capacidade de armazenamento está em 64,91% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado da região Sudeste/Centro-Oeste caiu 0,12%, atingindo 64,91% da capacidade. Em relação à curva de aversão ao risco, o índice está 36,2% acima do previsto. A usina de Marimbondo registra índice de 73,55%. A capacidade da hidrelétrica de Emborcação está em 79,17%. (Canal Energia - 11.08.2003)

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7 Volume armazenado da região Sul caiu 0,1%

Níveis registram 56,87% de sua capacidade na região Sul, uma queda de 0,1%. A hidrelétrica de Salto Santiago está com 50,03% do volume. (Canal Energia - 11.08.2003)

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8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Preços MAE têm crescimento de até 26% na região Norte

O valor do MWh na região Norte teve aumento de até 26% na segunda semana de agosto. O maior aumento foi na carga pesada, passando de R$ 15,66 para R$ 19,72. Na carga média, o valor está em R$ 18,81, um aumento de 20%. Para carga leve, preço está em R$ 18,14. Os preços MAE na região Sudeste/Centro-Oeste também tiveram crescimento superior a 18%. Para a carga pesada, o valor do MWh está em 19,74, um aumento de 20,3%. O preço da energia para a carga média subiu 20,1%, passando para R$ 18,81. Na região Sul, o preço da energia para a carga pesada está em R4 19,74. Para a carga média, o valor subiu 13,4%, passando para R$ 19,40. Para a carga leve, o preço da energia fica em R$ 18,14, um aumento de 6%. Já na região Nordeste, os preços MAE subiram até 9,3% na segunda semana de agosto. O valor do MWh para a carga pesada fica em R$ 14,52, um aumento de 6,7%. Para as cargas média e leve, o preço da energia está em R$ 14,28. Valores são válidos para os dias 9 a 15 de agosto. (Canal Energia - 11.08.2003)

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2 Indústrias prevêem boa demanda para o leilão de excedentes de energia

As grandes indústrias estão prevendo para o leilão de excedentes de energia uma demanda próxima a 1,6 mil MW médios no horário de ponta e entre 500 e 600 MW médios para os produtos do fora da ponta. A estimativa feita até o início deste mês pelos associados da Abrace ao ONS dá uma boa mostra do fôlego das empresas para o negócio. As informações foram repassadas ao ONS para a elaboração da avaliação de carga visando à transferência de energia na malha de linhas de transmissão administrada pelo órgão. Os números representam ainda uma espécie de carta de intenções, que ainda podem se juntar aos de companhias que não fazem parte da associação dos grandes consumidores. Mas já indicam uma confirmação da tendência de demanda levada pela Abrace à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, em maio. "São apenas números projetados, não há nenhum tipo de comprometimento no que foi enviado ao ONS. Somente na fase de pré-qualificação, quando haverá o depósito de garantias, as coisas começarão a se concretizar", afirma Paulo Ludmer, diretor executivo da Abrace. Segundo ele, não há até o momento qualquer indicador de negatividade das empresas para o leilão, mesmo com as mudanças estruturais no setor. "Serão firmados contratos, que independem de modelo", diz. (Canal Energia - 11.08.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Déficit comercial da Petrobras deve diminuir em 2003

As importações da Petrobras no primeiro semestre do ano foram de US$ 2,319 bilhões, muito próximas às exportações de US$ 2,122 bilhões no período. A diferença mostra um déficit de apenas US$ 197 milhões. Esses números estão disponíveis nas estatísticas do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). Entretanto, as novas projeções da companhia são de um déficit de US$ 350 milhões, no mínimo, em 2003. No ano passado, o déficit, segundo o MDIC, foi de US$ 1,363 bilhão. O mercado prevê que a estatal vai lucrar mais de R$ 5 bilhões no segundo trimestre, repetindo o resultado do primeiro trimestre (R$ 5,54 bilhões). O balanço deve ser divulgado na quinta-feira. A melhora do resultado em 2003 poderá se concretizar caso se mantenha ao longo do ano a atual tendência de aumento das exportações do petróleo de Marlim, associada a uma redução das importações de óleo diesel, derivado cuja produção interna é insuficiente para atender ao mercado. Até maio a previsão da estatal era de um déficit próximo a US$ 1 bilhão em 2003, mas o comportamento do mercado brasileiro em junho e julho - quando as importações de terceiros deu um salto - e a perspectiva de aumento das exportações de óleo bruto, levou à revisão dos números. (Valor - 12.08.2003)

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2 Exportações da Petrobras tiveram aumento de 68% no primeiro semestre

As exportações da Petrobras, em dólares, entre janeiro e junho deste ano aumentaram 68% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa performance foi fortemente influenciada no primeiro semestre pelos preços do petróleo no mercado internacional, que chegaram a ser negociados por US$ 32 em média, atingindo picos superiores a esse no período anterior à guerra dos Estados Unidos com o Iraque. Somado a isso houve um aumento do volume de exportações de petróleo pela Petrobras, no rastro da greve dos funcionários da PDVSA na Venezuela, o que se somou à perspectiva de guerra, o que aumentou as incertezas e levou a um aumento dos preços da commodity no mercado internacional. Em barris de petróleo, a projeção da Petrobras é de que o seu déficit em 2003 seja de aproximadamente 10 mil barris/dia de petróleo e derivados, contra a média de 65 mil barris/dia em 2002. (Valor - 12.08.2003)

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3 Venda de petróleo da Petrobras para EUA teve aumento de 325,96% no primeiro semestre

Na balança comercial da Petrobras relativa ao primeiro semestre, as vendas de petróleo bruto para os Estados Unidos apresentam aumento de 325,96% (em dólares) entre janeiro e junho, considerando-se o preço FOB, antes do pagamento do frete e impostos. Em segundo lugar aparece a Índia, para onde as exportações da Petrobras aumentaram 327%, seguida do Chile (com crescimento de 107%) e Bahamas. A Índia deve reduzir sua participação nas estatísticas porque venceu o contrato de exportação que a Petrobras tinha com a empresa Reliance, válido por um ano, que foi assinado em maio do ano passado. Com isso, as vendas para a Índia voltaram a ser feitas no mercado "spot", explicou a Petrobras. Já as Bahamas só aparecem porque é lá que a estatal faz tancagem dos produtos que dali são exportados em navios menores tendo como destino os Estados Unidos. (Valor - 12.08.2003)

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4 Petrobrás Energia registra crescimento de 60% do lucro no 2o trimestre

O lucro líquido da empresa Petrobrás Energia Participaciones (PEP) cresceu 60,4%, para 255 milhões de pesos (US$ 86,7milhões) no segundo trimestre deste ano comparado ao mesmo período no ano passado, de acordo com comunicado da empresa divulgado na segunda-feira. No segundo trimestre de 2002, a PEP era conhecida como Perez Companc; a Petrobrás a comprou no final de 2002. O bom desempenho deveu-se principalmente à apreciação de 29% do peso em relação ao dólar, o que teve impacto positivo sobre dívidas denominadas em dólar, em parte contrabalançado pelo impacto negativo da diferença cambial sobre a receita operacional da empresa. As vendas líquidas recuaram 16,5%, para 1,14 bilhão de pesos, e o lucro bruto caiu 37,4%, para 426 milhões de pesos no segundo trimestre devido ao efeito combinado da queda de preços, volumes e margens no setor de petróleo, gás e petroquímicos da empresa. O lucro bruto com exploração e produção de petróleo e gás diminuiu 23,9%, para 280 milhões de pesos, devido principalmente a uma retração no volume de vendas de petróleo e gás, refletindo a redução de investimentos em 2002. A receita operacional recuou 21,7%, para 299 milhões de pesos, devido a uma redução nas vendas, em parte compensada pela redução nas despesas administrativas e de marketing. As vendas de petróleo recuaram para 113.000 barris por dia (b/d), contra 122.000b/d no 2T02. As vendas de gás caíram de 365mpc/d um ano atrás para 287 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d). (Business News Americas - 12.08.2003)

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5 Petrobras Energía preocupado com baixa produtividade de poços de petróleo

O presidente argentino, Néstor Kirchner, reuniu-se, ontem, com o diretor da Petrobras Energía, Oscar Vicente, que lhe expressou a sua preocupação com a "baixa produtividade" dos poços de petróleo do país. Oscar Vicente, também presidente do Instituto do Desenvolvimento Empresarial Argentino, ressaltou que o encontro com Kirchner "foi muito positivo" e que se analisou a situação do setor. Vicente esclareceu que não fez "nenhuma solicitação concreta" a Kirchner, e ponderou que a melhora da produtividade dos poços de petróleo depende de uma política de longo prazo "que o presidente deve adotar e não se resolve de um dia para outro". "A produtividade petrolífera da Argentina é baixa, de 8 m³ por dia por cada poço", diante dos 120 m³ diários que são extraídos na Venezuela, ou no México, salientou o empresário. O diretor da Petrobras Energía disse que não falou com Kirchner sobre a questão das tarifas porque é "um assunto muito sensível", que precisa ser "tratado com muito cuidado". Segundo Vicente, para melhorar a produtividade dos poços de petróleo a condição mais importante é o preço internacional: "Se este se mantiver alto como até agora, em torno de US$ 30 por barril, a Argentina pode explorar e procurar mais reservas". (Gazeta Mercantil - 12.08.2003)

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6 Reunião entre Petrobras e YPFB é adiada

Foi adiada a reunião entre a Petrobras e a estatal de gás boliviana YPFB, que estava prevista para ocorrer nesta segunda-feira, dia 11 de agosto, e amanhã (12), no Rio de Janeiro. O encontro marcaria mais uma rodada nas negociações bilaterais entre Brasil e Bolívia para revisão do preço e do volume de importação do gás natural. O motivo do adiamento, segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, foi um pedido de mais 15 dias da distribuidora boliviana para que algumas questões da proposta de revisão apresentada pela empresa brasileira fossem aprofundadas. Com isso, o encontro está previsto para ocorrer entre os dias 25 e 30 deste mês, no Rio. (Canal Energia - 11.08.2003)

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7 Briga judicial emperra licitação de plataformas

A licitação para a construção de plataformas de produção de petróleo para dois dos mais promissores campos da Petrobras está emperrada por uma briga judicial e por problemas na negociação de preços com os concorrentes. A concorrência para as plataformas P-51 e P-52, para os campos de Marlim Sul e Roncador, prevista para o primeiro trimestre deste ano, já foi adiada diversas vezes. Ontem, a estatal entrou na Justiça com pedido de recurso contra a liminar obtida pela Marítima Engenharia e Petróleo, suspendendo a abertura dos envelopes com as propostas para a construção dos cascos das embarcações. A Marítima conseguiu a liminar na sexta-feira, o que pode atrasar ainda mais o processo. (Jornal do Commercio - 12.08.2003)

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8 Prefeito quer paralisação da usina de Angra

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PSB), disse ontem que vai entrar com ações na Justiça Federal e no Ministério Público Federal pedindo a paralisação da usina nuclear Angra 1 até que sejam trocados seus dois geradores de vapor, que estão em operação há mais de 20 anos. "Pode demorar o tempo que for, o que eu não posso é deixar a população de Angra dos Reis correr perigo. Zieli Dutra Thomé Filho, presidente da Eletronuclear, que administra Angra, considerou inadequada a ação. "A parada até a troca dos geradores não tem cabimento, já que significaria manter a usina desligada por 40 meses, até 2007", disse Thomé. Esse é o tempo necessário para fabricar os equipamentos dos novos geradores. (Valor - 12.08.2003)


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Grandes Consumidores

1 Grandes consumidores assumem investimentos em obras de redes de transmissão e subestações

Grandes clientes industriais privados têm assumido nos últimos meses investimentos de elétricas estatais em obras como redes de transmissão e subestações para garantir o suprimento de energia a suas fábricas. A cervejaria Schincariol, por exemplo, gastou R$ 2,5 milhões num trecho de 18,5 km para que a eletricidade chegue, a partir de amanhã, à sua unidade de Alexânia (GO). O gasto será descontado nas contas futuras de luz. Rafael Murolo, diretor da Celg, diz que a empresa faz parcerias quando o orçamento está comprometido. "Em Goiás, a demanda tem crescido a uma taxa superior a 6%, pois o Estado está em pleno desenvolvimento", justifica. Mesmo com o caixa apertado, a distribuidora planeja investir R$ 150 milhões este ano. As parcerias com empresas privadas são mais comuns no Centro-Oeste em razão do crescimento da região, diz o diretor da Celg. Mas também ocorrem em outras regiões, como Santa Catarina, onde a Perdigão investiu R$ 5 milhões em uma linha de transmissão que seria responsabilidade da Celesc. (Valor - 12.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Infra-estrutura terá R$ 191 bi até 2007

Os gargalos na infra-estrutura que emperram o crescimento em cada região do País deverão estar entre as prioridades do Orçamento de 2004 e do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2004 a 2007. Ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o volume de recursos que terá de ser investido em infra-estrutura e constará do PPA. O valor calculado pelo ministro é de R$ 191,4 bilhões. Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, o ministro definiu como prioritárias as áreas de transportes, transporte urbano, energia elétrica, infra-estrutura hídrica, habitação e saneamento. São obras como a duplicação da BR-101, no Nordeste, a conclusão da duplicação das Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt, o prolongamento da Ferrovia Norte-Sul e o aumento da oferta de energia no Norte. As prioridades do governo na infra-estrutura foram tema de reunião, no Palácio do Planalto, entre o presidente, o vice, José Alencar, e 13 ministros, além dos presidentes de bancos federais e dirigentes de fundos de pensão de empresas estatais. Na reunião, Mantega fez uma exposição sobre os projetos considerados mais importantes, para discussão com os demais ministros e com o presidente. De acordo com o ministro, os recursos para financiar as obras virão do Orçamento federal, de financiamentos e de parcerias com o setor privado. (Estado de São Paulo - 12.08.2003)

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2 Projetos serão incluídos no Orçamento de 2004

Os projetos selecionados serão divulgados até o fim do mês, quando o PPA deve ser encaminhado ao Congresso. É bastante provável, porém, que as obras escolhidas pelos governadores sejam incluídas tanto no Orçamento de 2004 quanto no PPA. A duplicação da BR-101, por exemplo, foi apontada por todos os governadores nordestinos como prioridade. O Ministério dos Transportes listou a obra como candidata a ser custeada pela Parceria Público-Privada (PPP), o mecanismo que o governo pretende implantar para atrair recursos privados para os projetos mais importantes. Ou seja, ela deverá ser financiada apenas parcialmente com recursos públicos. Da mesma forma, a conclusão das obras de duplicação das rodovias Fernão Dias (entre São Paulo e Belo Horizonte) e Régis Bittencourt (São Paulo a Curitiba) foram apontadas como prioritárias por todos os governadores do Sul e Sudeste. São obras que contam com financiamento do BID e, uma vez concluídas, deverão ser licitadas para exploração por uma concessionária. Para elaborar o PPA, o Ministério do Planejamento ouviu todos os Estados. A idéia é "casar" as prioridades do governo com os planos de investimento de cada Estado, de forma a aproveitar melhor os escassos recursos públicos. Além dos Estados, o governo decidiu ouvir segmentos da sociedade para elaborar o PPA, sob coordenação do secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci. (Estado de São Paulo - 12.08.2003)

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3 Política dos EUA pode afetar juros no Brasil, diz Stiglitz

Os esforços do governo brasileiro em cortar as taxas de juros poderão ser prejudicados pela política econômica dos Estados Unidos e suas repercussões nos mercados emergentes. A avaliação é do economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia em 2001 e defensor de uma reforma no sistema financeiro internacional. Ele disse que a política de cortes de impostos do presidente americano, George W. Bush, pressionará os outros países a aumentar seus juros. "O corte completamente irresponsável de impostos nos EUA levará provavelmente a um aumento das taxas de juros em todo o mundo nos próximos anos". Segundo ele, os governos, incluindo o brasileiro, terão de levar em consideração o ambiente econômico antes de tomarem decisões sobre que rumo darão às suas economias. "Uma das dificuldades do governo é que estamos vivendo em uma economia global volátil. Coisas que ocorrem fora do Brasil afetarão o País", alertou Stiglitz, ex-economista-chefe do Banco Mundial entre 1997 e 2000. Ele fez também uma avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a queda das taxas de juros no País ainda não abriu um "espaço suficiente" para que os programas sociais fossem implementados. O economista lembrou que a política de Brasília foi fruto de uma escolha "deliberada" e que a estratégia deveria ser vista como um processo. "O governo, não sem razão, tomou a decisão de restaurar a credibilidade com o mercado para que houvesse um potencial para que as taxas de juros fossem reduzidas. Isso iria dar uma margem orçamentária para que a agenda social pudesse ser adotada", disse Stiglitz. "Os benefícios da primeira etapa do processo, como a queda de juros e a restauração da credibilidade, ocorreram. Mas talvez menos do que muitos desejavam". Para ele, porém, o "grande debate" que deve ocorrer no Brasil nos próximos meses será sobre quanto tempo se levará até que o País consiga passar da primeira fase da estratégia para a etapa onde a agenda social conseguirá ser implementada. (Estado de São Paulo - 12.08.2003)

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4 Governo precisa diversificar, diz FGV

O Ministério da Fazenda acaba de receber um estudo da FGV que contraria a opinião, hoje difundida no governo, de que fazer política industrial estimulando setores de ponta é o caminho para equilibrar as contas externas e, em última instância, para promover o desenvolvimento econômico. No trabalho, o economista Pedro Cavalcanti Ferreira, professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV, afirma que as políticas de incentivos creditícios e fiscais a setores considerados estratégicos acabam servindo para transferir renda pública para setores determinados, além de concentrar renda, sem os benefícios esperados. Ele defende a adoção de "políticas horizontais" que beneficiem por igual a todos os setores, como os investimentos em educação e em infra-estrutura. "Se há pouca sustentação teórica ou empírica, em nível microeconômico, para a intervenção pública via incentivo a setores estratégicos para a competição internacional, o argumento macroeconômico é mais frágil ainda", afirma o trabalho. O estudo foi produzido no âmbito de um convênio entre o Ministério da Fazenda e a FGV, assinado no governo passado, e acaba de ser tornado público no site do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), entidade à qual Ferreira é associado. Leia comentários do autor do trabalhando clicando aqui. (Folha de São Paulo - 12.08.2003)

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5 Balança já tem saldo quase igual ao de 2002

Apesar da queda nas exportações em agosto, o saldo da balança comercial no ano até agosto -de US$ 13,021 bilhões- é quase igual ao superávit de US$ 13,13 bilhões de todo o ano de 2002 e quase três vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 4,426 bilhões) . O BC prevê um superávit comercial de US$ 17,5 bilhões neste ano.Nas duas primeiras semanas deste mês, o país exportou por dia uma média de US$ 247,8 milhões, 5,2% a menos que a média de agosto do ano passado. As importações diárias, por sua vez, ficaram em US$ 153,3 milhões, uma queda de 19,2% com relação aos dados do mesmo mês em 2002. No ano, o país acumula exportações de US$ 40,593 bilhões, 22,5% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações somam US$ 27,572 bilhões, queda de 3,9%. (Folha de São Paulo - 12.08.2003)

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6 IGP-M zera na 1ª prévia do mês

A queda na demanda do consumidor, combinada com o recorde da safra agrícola, está segurando as variações de preço em agosto.A primeira prévia do IGP-M para o mês, divulgada ontem pela FGV, não mostrou oscilação do indicador, que ficou em 0,00%, apesar dos reajustes das tarifas de telefonia e de energia elétrica anunciados em julho. No mês passado, a inflação havia caído 0,17% na primeira prévia do mês. A taxa mensal acabou fechada com deflação de 0,42%. No ano, o IGP-M acumula alta de 5,46%. Nos últimos 12 meses, a taxa alcança 22,42%. O IPA, que tem um peso de 60% na composição do IGP-M, teve deflação de 0,17%. "A safra maior e a queda na demanda foram os dois principais motivos para que os preços da agricultura se mantivessem negativos. Já o fim do recuo do dólar e do impacto da redução de preços dos combustíveis estão fazendo com que a deflação industrial perca a força", avaliou o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros. (Folha de São Paulo - 12.08.2003)

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7 IPCA projeta menos de 10% pela 1ª vez no ano

Pela primeira desde novembro de 2002, a expectativa do mercado quanto à inflação do IPCA em 2003 caiu abaixo de 10%. Segundo a última pesquisa feita BC com bancos e empresas de consultoria, na semana passada, a mediana das projeções para a variação do IPCA este ano recuou de 10,02% para 9,93%. Por outro lado, o aumento previsto do PIB, antes de 1,56%, caiu para 1,5%. Foi a décima semana consecutiva de melhora das expectativas inflacionárias. A última vez que a pesquisa do BC apontou expectativa de apenas um dígito para o IPCA em 2003 foi em 22 de novembro do ano passado. Na ocasião, o mercado apostava que a inflação do índice no ano seguinte seria de 9,96%. Apesar da queda apontada na última pesquisa do BC, a inflação projetada pelo mercado ainda está acima da meta do governo para o IPCA deste ano. Pelo menos oficialmente, a meta continua em 8,5%, embora o BC já esteja tomando suas decisões de política monetária de olho na inflação de 2004 e não mais de 2003. (Valor - 12.08.2003)

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8 CDES entrega hoje propostas a Palocci

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) comprará uma briga com a área econômica do Governo e engrossará o coro dos descontentes com a partilha de verbas. Em reunião reservada marcada para hoje com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, o secretário especial do CDES, Tarso Genro, entregará ao colega uma dezena de propostas com o objetivo de reaquecer a economia. Na lista, está a revisão dos limites de endividamento dos municípios, um dos temas que infernizam o Governo. Duas resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), uma de 2001 e outra de 2003, limitam em R$ 1,2 bilhão a possibilidade de dívida contraída pelos 5.561 municípios brasileiros no sistema financeiro. "O cálculo inibe investimentos públicos de forma mais restritiva que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e é possível alterá-lo", afirmou Genro. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, disse que, aproximadamente, 3.500 cidades estão em situação fiscal saudável e poderiam obter financiamentos para obras, como habitação e saneamento. Mas são proibidas pelas resoluções do CMN. Ao respaldar a reivindicação dos municípios, o Conselho comandado por Genro alega que a medida é importante para a retomada do crescimento. O deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que será relator do Orçamento de 2004, também defende a mudança nos critérios estabelecidos pelo CMN. Mas a iniciativa tem resistências por parte do Ministério da Fazenda. (Jornal do Commercio - 12.08.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

O clima de tranqüilidade e o fluxo cambial positivo não foram suficientes para impedir nova pressão sobre o dólar, que fechou a manhã em alta de 0,49%, cotado a R$ 3,016 na compra e R$ 3,020 na venda. Ontem, no término do pregão, o dólar comercial registrava avanço de 0,60%, a R$ 3,0020 na compra e a R$ 3,0050 na venda. O fechamento ocorreu no maior patamar do dia. (O Globo On Line e Valor Online - 12.08.2003)

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Internacional

1 Calor e falta de chuva reduzem geração e elevam preço da eletricidade na Europa

A onda de calor que assola a Europa há quase um mês ameaça deixar alguns países da região sem eletricidade, já que o baixo nível dos rios europeus está impossibilitando a geração de energia suficiente para a demanda do verão. Sem nenhum sinal de alívio na temperatura nos próximos dias, governos europeus começam a apelar para que a população reduza o consumo ou se conforme com os blecautes - como ocorreu na semana passada em algumas regiões da Itália. A ministra da Indústria da França, Nicole Fontaine,exortou os franceses a usarem luz e ar-condicionado só quando necessário e lembrou que a França não terá a ajuda de seus vizinhos se tiver problemas de energia, como ocorreu no passado. "Toda a Europa tem sido atingida pelo calor e pela seca, o que tem limitado a disponibilidade de recursos energéticos". As usinas nucleares francesas podem ter o mesmo destino de duas usinas alemãs, que tiveram de reduzir sua produção devido ao aumento da temperatura das águas, o que prejudica o resfriamento das máquinas. A onda de calor já teve impacto também nos preços da eletricidade, que atingiram recordes na França, Reino Unido e Holanda. A eletricidade para entrega nas horas de pico chegou ontem a uma média 606 euros (US$ 683) por MWh, na França, o maior preço desde novembro de 2001. No horário comercial, o preço chegou a mais de 1.000 euros. (Valor - 12.08.2003)

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2 Cammesa entra em moratória

A Companhia Administradora do Mercado Elétrico "Mayorista" (Atacadista) - Cammesa - entrou em moratória (default) ontem com as geradoras de eletricidade por falta de financiamento provocado pela não autorização do governo argentino para reajustar as tarifas, o que poderá gerar cortes de energia ao consumidor. O setor espera que o governo disponha de um financiamento de emergência da ordem de 150 milhões de pesos (2,95 = US$ 1) para evitar os apagões. As operadoras de eletricidade advertiram que a Cammesa só poderá cobrir 69% dos pagamentos às geradoras referentes a julho, a ser liquidado hoje. Porém, o governo decidiu manter o congelamento do preço estacional (de verão para o período de inverno) até novembro, e não liberou crédito para cobrir a defasagem entre o custo de geração e o preço que a Cammesa paga. O ministro de Planejamento, Julio De Vido, explicou que o governo está estudando a concessão de aumentos das tarifas de eletricidade e gás de acordo com a revisão e renegociação dos contratos, os quais seria de 10%. (Tribuna da Imprensa - 12.08.2003)

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3 Cammesa: Empréstimo do governo para cobrir diferença devida às geradoras não é dado

A expectativa era que a Cammesa recebesse um empréstimo do governo para cobrir a diferença devida às geradoras. Mas a situação se complicou na semana passada, quando a Ageera, associação que reúne as 43 geradoras do país, tornou públicas suas reclamações. Em nota, a entidade disse que, "se o setor elétrico não voltar a operar em livre concorrência e puder formar preços rentáveis no mercado", a Argentina "voltará a ter cortes rotativos" no abastecimento. O governo reagiu dizendo não aceitar pressão das empresas para obter aumentos. O clima foi agravado pelo apagão da semana passada. A empresa Edesur disse que ele foi causado pelo roubo de partes de torres, mas o presidente Néstor Kirchner chegou a insinuar que poderia ser uma estratégia das empresas para obter aumentos. Na sexta, o ministro do Planejamento, Julio de Vido, subiu mais o tom. "Na Argentina não há falta de investimentos em matéria de geração. Se houver um apagão, vai ser porque alguém desligou a chave". (Valor - 12.08.2003)

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4 Mitsubishi disputará projetos térmicos no México

A japonesa Mitsubishi vai apresentar proposta pelo projeto termelétrico Tuxpan V, no estado mexicano de Veracruz, disse o vice-presidente da empresa, Aiichiro Matsunaga. "Provavelmente participaremos como produtores de energia independentes", disse Matsunaga. A Mitsubishi também planeja disputar o projeto térmico Valladolid III, no estado de Yucatan, mas como empreiteira com contrato de EPC, com uma outra empresa para operar a usina, disse, sem divulgar o nome do sócio devido a cláusula de sigilo. O Valladolid III "é um projeto razoavelmente grande, e estamos pensando em fortalecer nossa posição no México, especialmente no mercado elétrico, portanto estamos muito interessados", disse Matsunaga. A empresa japonesa Mitsui, a canadense TransAlta e a espanhola Iberdrola também compraram o edital do projeto Valladolid, de 508MW. O projeto vai precisar de investimentos de US$ 320 mi-340 mi. "Há algumas incertezas [no setor elétrico mexicano], e o crescimento recuou um pouco devido ao efeito da retração da economia americana", disse Matsunaga. Ainda assim, a Mitsubishi planeja aumentar seu investimento no México, porque as condições básicas do mercado são boas, acrescentou. (Business News Americas - 12.08.2003)

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