l IFE:
nº 1.168 - 08 de agosto de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 BNDES vai liberar recursos para distribuidoras em 30 dias A área de
infra-estrutura do BNDES pretende liberar em 30 dias, mais precisamente
no início de setembro, os R$ 1,9 bilhão que receberá do Tesouro para serem
repassados às distribuidoras de energia, informou seu gerente, João Carlos
Cavalcanti. Ele destacou que as empresas inadimplentes com o banco não
serão financiadas. As distribuidoras que forem incluídas nesse programa
do CVA, que a Aneel e o Ministério das Minas e Energia vão informar os
valores ao BNDES, o banco vai lhes repassar os recursos. "A medida provisória
foi emitida ontem (terça-feira) e nós temos 30 dias para providenciar
o desembolso. Vamos dar uma corrida violenta agora, pois temos que aprovar
o programa no banco, aprovar os projetos e desembolsar", informou Cavalcanti.
Ele explicou que o BNDES vai receber os recursos do Tesouro através de
uma emissão de títulos públicos, depois vai monetizá-los na medida da
sua necessidade de caixa e vai repassar os recursos para as distribuidoras
na medida em que o Tesouro for repassando ao banco. As distribuidoras
terão que enviar ao banco algumas informações para o banco analisar o
crédito e repassar os recursos. O crédito a ser recebido pelas distribuidoras
é a diferença do preço da energia de Itaipu, que não foi incorporado à
tarifa, que vai ser compensada através desse financiamento. (Valor - 08.08.2003) 2 Novo modelo: Abdib quer mecanismos para recuperação financeira das empresas do setor Na mesma
linha crítica das demais entidades ligadas ao área de energia, a Abdib
também apontou problemas na proposta de novo modelo para o setor elétrico,
elaborada pelo MME. O alvo da análise é o mesmo que vem sendo motivo de
contestações das distribuidoras: o vazio deixado na proposta em relação
às questões financeiras emergenciais das empresas do setor. O foco da
carta produzida pela associação trata da ausência de mecanismos e providências
de curtíssimo prazo voltados à recuperação da capacidade econômico-financeira
dos agentes públicos e privados. A partir da constatação de que há uma
lacuna no modelo, a Abdib sugere que os próximos passos visando a consolidação
das linhas gerais, siga uma ordem de prioridades, sendo a primeira delas
a recuperação das condições de operação e investimento. Entre as medidas
indicadas pela entidade para a retomada de novos projetos está o restabelecimento
dos fluxos financeiros setoriais, possibilitando a liquidação de compromissos
operacionais, financeiros e de investimento. Outro ponto destacado é a
necessidade de oferta de crédito e de capitalização, em escala necessária
para a recomposição financeira das distribuidoras. A própria Abdib sugeriu
em março uma programa de injeção de recursos no setor. (Canal Energia
- 07.08.2003) 3 Abdib: Setores público e privado precisam atuar com harmonia no novo modelo Outras prioridades
foram apontadas, entre elas a harmonização das forças públicas e privadas
a partir de vetores como a necessidade de aportes de recursos privados
e a orientação de investimentos estatais, além da independência da Aneel.
Visando a dificuldade na consolidação de um marco legal para sustentar
o conjunto de alterações, foi proposta também a divisão das diretrizes
do governo em categorias conceituais e operacionais. Cinco dessas 11 diretrizes,
destacadas pelo governo como objetivos do modelo, devem ser, na visão
da associação, empreendidas de imediato: o planejamento da expansão, a
universalização dos serviços, a transição do marco legal, a manutenção
da operação centralizada e a inclusão de outros segmentos (prestadores
de serviço, fornecedores de bens de capital e gestores de tecnologia)
na política energética e no planejamento da expansão. (Canal Energia -
07.08.2003) 4
Resoluções da CNPE são publicadas no Diário Oficial 5 CNPE cria grupo para analisar política tarifária de Angra I e II Outra resolução
publicada, de n° 6, modifica o texto da resolução n° 4 do CNPE, que criou
grupo de trabalho para analisar políticas para as tarifas termonuclear
de Angra I e II. Pelo novo texto, o grupo passará a contar com um representante
do Ministério de Meio Ambiente. (Canal Energia - 07.08.2003) 6 CNPE cria grupo para analisar construção de Angra III Ainda relativa
à geração nuclear, resolução n° 7 lançada hoje cria um novo grupo de trabalho,
com intuito de analisar a construção de Angra III. O grupo, que será indicado
em portaria ministerial do CNPE, vai substituir o grupo de acompanhamento
da Eletronuclear, criando em dezembro de 2001.(Canal Energia - 07.08.2003) 7 Piauí quer incluir oito projetos no PPA do governo federal O Piauí está negociando a inclusão de oito projetos hidrelétricos do estado no Plano Plurianual (PPA) do governo federal. Os empreendimentos, que somados chegam a US$ 1,38 bilhão, tiveram os estudos elaborados pela Chesf durante o racionamento. O diretor da Unidade de Projetos da Secretaria de Planejamento, Raimundo Ferreira, afirma que as discussões sobre as obras são necessárias porque a administração estadual quer dotar o Piauí de uma boa infra-estrutura energética para servir de base para a implantação de novos parques industriais. Além disso, o diretor destaca que o estado está incluído no sistema integrado e por isso os empreendimentos beneficiariam por outros estados do país. Segundo Ferreira, o plano das obras vão requerer um completo estudo de impacto ambiental e a execução do projeto executivo, que ainda não foi feito. "São boas as perspectivas para a construção das usinas. Com a inclusão no PPA, daremos início ao projeto executivo", afirmou. (Canal Energia - 07.08.2003) 8
Linha de transmissão no Sul tem nove interessados 9 Municípios de MG receberão compensação por inundação Seis municípios
de Minas Gerais receberão compensação financeira em conseqüência da inundação
de suas áreas pelo reservatório da usina hidrelétrica de Funil, instalada
no rio Grande. O reservatório ocupa uma área inundada de 40,49 km² nos
municípios de Ijaci, Itumirim, Bom Sucesso, Ibituruna, Perdões e Lavras.
A usina, que entrou em operação comercial em dezembro de 2002, tem potência
instalada de 180 MW. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003) 10
Curtas
Empresas 1 Recomposição tarifária da Celesc fica em 25,25% A Celesc
poderá reajustar suas tarifas em 25,25%, em média. Além do reajuste, a
Celesc vai incorporar à tarifa, a partir deste mês, um reajuste de 2,9%
para os consumidores residenciais e de 7,9% para as indústrias e o comércio.
Esses percentuais se referem à Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE),
cujo objetivo é recompor as perdas das distribuidoras com o racionamento.
Os consumidores de baixa renda são isentos do pagamento da RTE. (Gazeta
Mercantil - 08.08.2003) 2 Aneel autoriza reajuste de 17,3% à Escelsa A Aneel autorizou ontem a Escelsa a reajustar suas tarifas em 17,3% em média. O índice representa uma redução de 0,63 ponto percentual em comparação com o previsto por causa da aplicação do Fator X de 1,89%, definido na Revisão Tarifária Periódica da companhia. O índice de reajuste varia de acordo com o grupo de consumo. As contas dos consumidores com tensão abaixo de 2,3 kV terão reajuste de 15,38% e para os consumidores com tensão entre 2,3 kV e 25 kV o aumento será de 17,44%. Já para os consumidores que utilizam tensão de 69 kV o índice será de 19,8% e para os que utilizam tensão de 88 kV a 138 kV, o reajuste será de 20,85%. Os índices de reajuste não incluem a CVA, que correspondente aos últimos 12 meses, e será repassada às tarifas somente em 2004. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003) 3 Celesc registra elevada inadimplência O aumento
das tarifas na Celesc ocorre em um momento que a inadimplência atinge
um dos valores mais altos da sua história. As grandes indústrias devem
R$ 126 milhões para a empresa. E os consumidores residenciais formam o
segundo grupo que mais calote tem dado nas contas de energia, com dívidas
que somam R$ 44 milhões, segundo dados colhidos com a companhia. Blumenau
é um dos municípios com maior taxa de inadimplência entre as indústrias,
perdendo apenas para Joinville. Aproximadamente R$ 25 milhões do montante
de R$ 126 milhões devido corresponde a dívida de energia de grandes empresas
de Blumenau. O valor total não pago é significativo, e representa calotes
dos últimos dois anos. A dívida compromete parte do faturamento bruto
da Celesc, que no primeiro trimestre do ano somou R$ 700 milhões. As indústrias,
ao contrário dos consumidores residenciais, geralmente não têm sua energia
cortada quando inadimplentes. Isso porque em alguns casos conseguem liminares
na Justiça alegando prestação de serviço essencial para sociedade. (Jornal
de Santa Catarina - 08.08.2003) 4
Reajuste tarifário da Celpa fica em 27,05% 5 Celesc desenvolve novo programa de cobrança para reduzir número de inadimplentes A Celesc
resolveu agir de forma mais dura em relação à inadimplência entre seus
clientes de grande porte. A empresa está desenvolvendo um programa que
permitirá, até outubro, fazer chegar a todos os consumidores do grupo
A um novo sistema de cobrança que permitirá levar os clientes inadimplentes
a protesto em cartório. A idéia, segundo o diretor-financeiro da companhia,
Paulo Martignago, é coibir a inadimplência de clientes industriais dessa
categoria por meio da restrição de crédito proporcionada pelo protesto.
Os planos de um acirramento da cobrança foram facilitados com a obrigatoriedade
de assinatura de contratos entre distribuidoras e os clientes, adotada
há alguns meses. Segundo Martignago, foi incluído um item no contrato
pelo qual o consumidor garante estar ciente das condições contratuais.
Com a mudança, a fatura deixou de ser um tíquete bancário e passou a ser
uma ficha de compensação, o que permitirá que a empresa inadimplente seja
protestada em cartório. A Celesc já realizou, com sucesso, um teste do
novo sistema com clientes industriais. Dos cinco clientes protestados,
três pagaram seus débitos em cartório. Os outros dois entraram, logo depois,
em processo de falência. A dívida total desses clientes era de cerca de
R$ 100 mil, dos quais R$ 80 mil foram recuperados. "Mas a experiência
mostrou que, se o cliente não estiver realmente em sérias dificuldades
financeiras, será possível recuperar a receita", diz o diretor. (Tribuna
da Imprensa - 08.08.2003) 6 Furnas propõe parcerias com governos estaduais O novo diretor
de Relações Institucionais de Furnas Centrais Elétricas S.A, Marcos Lima,
fez uma visita de cortesia ao governador Blairo Maggi ontem. Foi a segunda
visita que Lima fez a um governador desde que assumiu o cargo há 35 dias.
O primeiro a ser visitado foi o governador Aécio Neves, de Minas Gerais,
Estado representado pelo diretor nos últimos 20 anos na condição de deputado
federal pelo PMDB. De acordo com o diretor, Furnas busca o interesse coletivo
por meio de seus programas. A visita a Mato Grosso também tem por objetivo
pedir ao governador que relacione as pendências ambientais, principalmente
em relação a Usina de Manso. `Furnas herdou Manso da Eletronorte e vamos
cumprir com todos os compromissos assumidos no governo de Fernando Henrique
Cardoso`, disse o diretor. `Falei ao presidente de Furnas sobre a necessidade
de conversar com os governadores para saber quais as parcerias que os
governos podem propor a Furnas. A empresa, a sétima em tamanho no Brasil,
desenvolve vários programas nos estados, entre eles os ligados ao meio-ambiente.
O governador irá apresentar as pendências e também os projetos que poderão
ser desenvolvidos em parceria com Furnas`, disse Lima. O encontro teve
as presenças do secretário especial de Meio Ambiente e presidente da Fundação
Estadual de Meio Ambiente, Moacir Pires, e do secretário de Projetos Estratégicos,
Cloves Vettorato. (Eletrica.com - 07.08.2003) 7 Alstom do Brasil será beneficiada com ajuda do governo francês à Alstom S.A A ajuda
do governo francês à Alstom S.A. virá em boa hora para a subsidiária brasileira,
segundo o presidente da Alstom do Brasil, José Luiz Alquéres. Embora esteja
entre as cinco filiais mais rentáveis do conglomerado, a Alstom do Brasil
já enfrentava dificuldades para obter crédito nas instituições financeiras
internacionais, como efeito da crise enfrentada pela matriz européia.
"Os bancos brasileiros nos deram boas demonstrações de confiança, mas,
evidentemente, quando a matriz atravessa uma crise, surge uma preocupação
no mercado financeiro", conta o executivo, lembrando que a dependência
do mercado de capitais é grande entre as fabricantes de produtos para
o setor de infra-estrutura. Mas Alquéres acredita que o pacote de ajuda
anunciado esta semana pelo governo francês - que desembolsará 300 milhões
para adquirir uma participação de 31,5% na empresa - transmitirá "credibilidade"
aos agentes financiadores. A ajuda do governo francês à Alstom S.A. ainda
terá de receber a aprovação da União Européia (UE), cujos membros costumam
ver com reservas os pacotes de resgates de empresas em dificuldades. (Estado
de São Paulo - 08.08.2003) 8 Aneel autoriza reajuste de 32,42 % nas tarifas da Hidroelétrica Xanderê A Aneel
autorizou ontem um reajuste médio de 32,41% para a Hidroelétrica Xanxerê,
responsável pelo fornecimento a seis municípios do Oeste de Santa Catarina.
O aumento é superior ao concedido no ano passado, que foi de 14,89%. Os
residenciais vão pagar 31,09% a mais, e os industriais terão uma alta
de 33,54%. (A Noticia - 08.08.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Falta de investimentos em subestações preocupa ONS O ONS prevê
a construção de 11 mil km de linhas de transmissão em todo o país entre
2004 e 2006, com investimentos de R$ 5 bilhões, mas esse esforço no setor
de transmissão pode ser insuficiente para evitar que o Brasil volte a
conviver com racionamento de energia. Isso porque as distribuidoras estão
com dificuldades para investir nas subestações que vão ligar as linhas
de transmissão às redes que levam energia aos consumidores. "O investimento
na transformação tem andamento bastante adequado, mas na fronteira da
transmissão com a distribuição os investimentos estão com uma certa dificuldade",
alerta o diretor de Administração dos Serviços de Transmissão do ONS,
Roberto José Ribeiro Gomes. Apenas em São Paulo, a necessidade de investimentos
em subestações rebaixadoras de tensão para interligar as linhas de transmissão
às redes urbanas é da ordem de R$ 600 milhões. De acordo com Gomes, que
apresentou o "Programa de Ampliação e Reforços do Sistema Elétrico das
Regiões Sudeste e Centro-Oeste, para o período 2004/2006", o racionamento
de energia em 2001 e 2002 ajudou a postergar o problema, adiando a necessidade
de investimentos na distribuição. Roberto Gomes observou que as linhas
de transmissão podem sofrer mudanças no cronograma em função de dificuldades
para obtenção de licenças ambientais, mas ressaltou que não há problema
de falta de financiamento na transmissão. (O Tempo - 08.08.2003) 2 Região Sul teve alta de 5,14% no consumo na última semana A região
Sul está com alta de 5,14% no consumo nos últimos sete dias. Na última
quarta-feira, dia 6 de agosto, o subsistema consumiu 27.069 MW médios,
contra previsão de 25.770 MW médios do ONS. O Nordeste consumiu 5.921
MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do operador do sistema.
Nos últimos sete dias, a região está com queda no consumo de 3,47%. Em
relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema
acumula baixa de 10,8% no mesmo período. A região Norte registrou consumo
de 2.634 MW médios na última quarta-feira, contra previsão de 2.636 MW
médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema
tem baixa de 2,5% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu
27.069 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema.
O submercado acumula queda no consumo de 2,21% nos últimos sete dias.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema
registra baixa de 8,14% no período. (Canal Energia -07.08.2003) 3 Reservatórios estão com 71,76% do volume no Norte A região
Norte está com 71,76% da capacidade, o que corresponde a uma redução de
0,3% em um dia. A usina de Tucuruí apresenta índice de 86,61%. (Canal
Energia - 07.08.2003) 4
Capacidade de armazenamento do submercado Nordeste está em 39,02% 5 Volume armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 65,87% A capacidade
de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 65,87%. O
volume está 36,64% acima da curva de segurança. O nível teve uma redução
de 0,31% em um dia. A hidrelétrica de Marimbondo está com 76,04% da capacidade,
enquanto Itumbiara registra índice de 82,54%. (Canal Energia - 07.08.2003) 6 Região Sul está com 58,26% da capacidade O volume armazenado do subsistema Sul está em 58,26%, valor 0,43% menor do que o dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago está com índice de 53,14%. (Canal Energia - 07.08.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras pretende retomar blocos devolvidos à ANP Uma grande disputa entre companhias de petróleo deverá ser travada pelas áreas nobres que foram devolvidas pela Petrobras à ANP. Obrigada por contrato de concessão a entregar cerca de metade dos blocos onde conseguiu descobrir óleo e gás, a estatal brasileira devolveu parte do cobiçado BC-60, no Espírito Santo, com reservas da ordem de 2,1 bilhões de barris. A empresa já disse, porém, que vai querer retomar as áreas atraentes que teve de devolver de acordo com os termos da rodada Zero, em 1998. Segundo a ANP, o leilão dessas áreas será realizado já em 2004, na Sexta Rodada. "No leilão em que a ANP colocar essas áreas, certamente vamos participar", garante o gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno, referindo-se a áreas nobres como o BC-60 e o BS-500. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003) 2 ANP: Empresas realizaram 57 descobertas de petróleo e gás As petroleiras
que adquiriram áreas no Brasil, sobretudo a Petrobras, realizaram 57 descobertas
de petróleo e gás neste ano, de acordo com dados da agência atualizados
até ontem. No mesmo período do ano passado, foram notificadas 19 descobertas.
O salto se deve ao fim do prazo exploratório das áreas adquiridas no BID-Zero.
Em julho, a Shell e a El Paso conseguiram encontrar petróleo, respectivamente,
nos blocos BC-10, na Bacia de Campos, e no BS-1, na Bacia de Santos. Procuradas,
as empresas não informaram se devolveram o BS-4 e o BS-1, onde são operadoras
e sócias da Petrobras. Pelo menos parte do bloco BC-10, entregue pela
Shell, com 10 descobertas, também deverá estar na mira dos investidores
em leilão. Nesta semana, a Petrobras comunicou três indícios de óleo em
áreas cujos prazos exploratórios venceram no último dia 5 de agosto. Uma
delas foi realizada no BC-60, com um total de 17 descobertas. Já no BS-400
passaram a constar 7 notificações. A espanhola Repsol YPF devolveu à ANP
o bloco BES-3, na Bacia do Espírito Santo, localizado em águas rasas.
Mesmo com três descobertas realizadas na área, a petroleira, sócia da
Petrobras no bloco, optou pela entrega. A Petrobras informou que manteve
áreas apenas onde "tinha certeza" de que as descobertas apresentariam
viabilidade comercial. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003) 3 Devolução de blocos pode atenuar problemas do setor A devolução
de áreas nobres de exploração de petróleo, até então com a Petrobras,
atenua barreiras como indefinições tributárias, atraso em licenciamento
ambiental, além da abertura de países do Oriente Médio. O diretor executivo
da consultoria Expectro, Jean Paul Prates, avalia que as pendências regulatórias
que ele identifica no setor podem ser resolvidas até meados do próximo
ano. O gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras, Francisco
Nepomuceno, da Petrobras, demonstra otimismo. "Acreditamos que as discussões
sobre impostos tenderá a uma normalidade em futuro muito próximo, e também
na harmonia das relações do estado com a área de domínio econômico, dando
viabilidade ao crescimento do setor petrolífero nacional". (Gazeta Mercantil
- 08.08.2003) 4 Audiência debate hoje ramal do gasoduto Bolívia-Brasil para Dourados Senadores,
deputados federais, prefeitos e técnicos de Mato Grosso do Sul e do Paraná
estarão participando na manhã de hoje, no plenário da Câmara de Dourados,
de uma audiência pública sobre a possibilidade de implantação de um ramal
do gasoduto Bolívia-Brasil, entre Campo Grande e Londrina, passando por
Dourados e Maringá. O objetivo do encontro é ouvir os diferentes segmentos
da sociedade e articular uma frente parlamentar e governamental que lutará
pela execução da obra. A audiência será aberta com o pronunciamento do
senador Delcídio do Amaral (PT), seguido das palavras do deputado Vander
Loubet (PT). Na seqüência , falam o secretário de Infra-Estrutura do Estado,
Maurício Arruda, e o deputado Paulo Bernardo. Depois, o gerente executivo
de Gás Natural da Petrobras, Djalma Rodrigues de Souza, apresentará proposta
para viabilizar a construção do ramal até Londrina. (Correio do Estado
- 08.08.2003) 5 Brasil poderá comprar mais energia de Itaipu com construção do gasoduto Bolívia-Paraguai A construção do gasoduto Bolívia-Paraguai poderá ampliar o volume de energia elétrica comprada pelo Brasil da usina de Itaipu. No projeto paraguaio, há previsão de construção de termelétricas que liberariam uma fatia da produção da hidrelétrica consumida pelo país para exportação. A construção do gasoduto, que pode viabilizar cerca de 900 MW em energia térmica, foi um dos projetos selecionados pelo governo paraguaio para ser apresentado no 1º Seminário Internacional de Co-Financiamento BNDES/CAF, que acontece até esta sexta-feira, dia 8 de agosto, no Rio de Janeiro. (Canal Energia - 07.08.2003) 6 Projeto paraguaio prevê construção de gasoduto e termelétrica Segundo o Ministro de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai, Antonio Adam Nill, o país apresentará uma parte do programa de utilização do gás natural no país, que envolve a construção de 404 quilômetros de gasoduto e uma termelétrica de 150 MW de capacidade instalada. O volume de recursos necessários para implantação dos empreendimentos, cerca de US$ 158 milhões, pode ser viabilizado juntamente com a iniciativa privada. "Estamos analisando. Tem empresas interessadas no negócio em função do mercado que se desenha", diz. O trecho Vuelta Grande / Hito II / Mariscal Estigarribia terá 309 quilômetros e necessita de investimentos de US$ 85 milhões. Já a outra parte do gasoduto levaria o combustível de Mariscal Estigarribia a Loma Plata, onde estará a termelétrica. O volume de recursos estimado nesse empreendimento é de US$ 13 milhões, somando mais 95 quilômetros a malha paraguaia. (Canal Energia - 07.08.2003) 7 Eletronuclear interrompe geração de energia em Angra 1 A Eletronuclear antecipou ontem, desde as 19 horas, a parada da usina de Angra 1 que estava prevista para 27 de setembro. A interrupção é causada pelo aumento da passagem de água radiativa do sistema primário para o secundário da usina por meio dos tubos do gerador, que teria sido provocado pelo próprio processo degenerativo dos tubos. A empresa destacou que o problema não resultou em qualquer risco para os trabalhadores, para a comunidade de Angra dos Reis ou para o meio ambiente. A Eletronuclear decidiu reduzir a potência da usina de 520 MW para 283 MW, o que fez com que a taxa de passagem, como os técnicos denominam a transferência de água radiativa de um sistema para outro, fosse reduzida para valores abaixo dos limites previstos. "Mesmo assim, a empresa decidiu antecipar a parada que seria feita em setembro para reabastecimento de combustível e inspeção dos tubos dos geradores de vapor", disse um técnico da empresa. Ele acrescentou que a parada permitirá a inspeção dos tubos dos geradores e uma "redução de qualquer risco a zero". Segundo a Assessoria de Imprensa da Eletronuclear, a CNEN, órgão regulador deste segmento, já foi informada, na quarta-feira, sobre o problema. A decisão de interromper a produção de energia elétrica foi tomada em comum acordo com o ONS, segundo a empresa. (Estado de São Paulo - 08.08.2003) 8
Aneel autoriza implantação de térmica Itacoatiara no AM 9 Aneel autoriza Optiglobe Telecomunicações a implantar térmicas A Optiglobe Telecomunicações recebeu autorização da Aneel para implantar termelétricas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As usinas, ambas com 5,4 MW de capacidade instaladas, são destinas ao consumo das unidades da empresa. (Canal Energia - 07.08.2003) 10
Tractebel Energia assina financiamento para construção de termelétrica
11 Projeto Mamona para Produção de Biodiesel é lançado no Ceará O Estado do Ceará quer ocupar novamente lugar de destaque na produção de mamona. Através da Secretaria de Agricultura e Pecuária, o governo pretende implantar, a partir do próximo ano, 10 mil hectares de mamona consorciada com feijão. Com isso, o Ceará deverá produzir cerca de 4,257 milhões de litros de biodiesel. Ontem, pela manhã, no Palácio de Iracema, o governador Lúcio Alcântara lançou o Projeto Mamona para a Produção de Biodiesel no Ceará, com o objetivo de incrementar o agronegócio na agricultura de sequeiro do Estado. O projeto deve gerar, de início, 3 mil empregos diretos no campo e uma produção anual de 9.900 toneladas de mamonas. Com a expansão do biodesel no mundo abre-se um mercado consumidor ilimitado para a produção de mamona. A produção do biodiesel no Ceará deve ser alavancada com o projeto da mamona, que vai contemplar também a reativação a baixo custo de 20 indústrias de beneficiamento de algodão. A infra-estrutura que está nessas indústrias, em processo de inatividade pode se transformar em indústria de esmagamento da baga de mamona. (Diário do Nordeste - 08.08.2003)
Economia Brasileira 1 Vendas da indústria caem 3,11% As vendas industriais de junho caíram 3,11%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela CNI. Na avaliação do coordenador de Política Econômica da instituição, Flávio Castelo Branco, a demanda doméstica está "anêmica" e, se nada for feito, o País corre o risco de fechar o ano com venda real negativa na indústria. Com a queda de junho, a terceira mensal consecutiva, as vendas do setor fecharam o segundo trimestre 2,82% abaixo do mesmo período em 2002, depois de terem crescido 4,71% nos primeiros três meses de 2003. Com relação ao mês anterior, a retração foi de 1,47%, pior desempenho para um mês de junho desde 1995. Nos dois últimos trimestres de 2002, o crescimento havia sido, respectivamente, de 3,93% e de 7,38%. Apesar da queda de abril a junho, o primeiro semestre deste ano ainda acumula crescimento de 0,77%. Já há sinais, contudo, de desaceleração em julho, antecipa o coordenador da CNI. O quadro é mais grave, segundo o economista, porque a indústria entrou no período de maior atividade sazonal (de julho a outubro) em "condições desfavoráveis", dentre elas o baixo poder de compra do consumidor, juros altos, pouca liquidez e baixa perspectiva de investimentos. "O quadro não está favorável. É preciso uma injeção, uma transfusão nessa demanda anêmica", diz Castelo Branco. A última retração anual de vendas foi em 1998 (-1,58%). Os indicadores de junho também recuaram na comparação com maio. Assim, as vendas caíram 1,47%, o nível de emprego 0,14%, e as horas trabalhadas, 0,43%. O uso da capacidade instalada passou de 79,6% para 79,2%. (O Estado de São Paulo - 08.08.2003) 2 Tarifas geram inflação de 0,35% em SP Os preços subiram 0,35% em julho em São Paulo. É o que mostra o IPC apurado pela FGV. A alta se deve basicamente às tarifas públicas. Só os reajustes de energia e de telefonia fixa geraram inflação de 0,42%. Fipe e FGV mostram a mesma tendência para a inflação, mas as taxas são diferentes devido às metodologias. Se usassem os mesmos critérios, as instituições registrariam deflação em julho: a da FGV mostraria queda de 0,07%; a da Fipe, baixa de 0,08% -o índice efetivamente divulgado. Yoshiaki Nakano, professor da FGV, diz que a taxa dos próximos 12 meses deverá ficar entre 5% e 6%. (Folha de São Paulo - 08.08.2003) 3 FAT, BNDES e fundos de pensão financiarão investimentos em infra-estrutura O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na próxima segunda-feira com os ministros da área de infra-estrutura e o presidente do BNDES, Carlos Lessa, para discutir a retomada dos investimentos nas áreas de energia elétrica, saneamento básico e transportes. Os números ainda estão sendo fechados, mas deve sair dinheiro do BNDES, que tem um orçamento de R$ 35 bilhões, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dos fundos de pensão. Para 2004, a expectativa é de que os investimentos em infra-estrutura cheguem a R$ 60 bilhões. O valor inclui não apenas os gastos previstos pelo governo, de cerca de R$ 30 bilhões, mas também os investimentos privados. Dentro do cálculo estimado para os investimentos públicos estão recursos do Orçamento da União e das estatais. Esses dados devem constar do Plano Plurianual do governo. (O Globo - 08.08.2003) 4
Fundos de pensão estatais admitem financiar obras 5 Momento adequado para redução dos juros é agora, afirma Ricúpero O momento
adequado para a redução de juros é agora, quando o mercado deve passar
por um choque positivo, após a aprovação da reforma da previdência. Com
isso, o BC poderia iniciar uma queda sensível dos juros, para que no fim
do ano a taxa real fique em um dígito. O sinal do BC também evitaria que
o país recebesse um grande ingresso de capital externo volátil e de curto
prazo, interessado apenas em ganhos de arbitragem com o diferencial dos
juros no mercado externo e aqui no Brasil. Ao mesmo tempo, o governo teria
de trabalhar para que o dólar oscilasse entre R$ 3 a R$ 3,2, o que permitiria
manter a competitividade dos embarques. A opinião é do ex-ministro da
Fazenda e secretário geral da Unctad, Rubens Ricúpero. "Os investimentos
no Brasil estão muito baixos. É preciso mudar esse panorama e atuando
nessas duas frentes isso poderia dar um estímulo, com a janela de oportunidade
aberta com a reforma da previdência", destacou Ricúpero, que esteve ontem
em seminário da FEA-USP. Para ele, é fundamental que o Brasil passe a
focar a questão da ampliação da oferta. O embaixador citou estudo feito
com mais de 300 empresas exportadores instaladas no Brasil. Na pesquisa,
a maioria das empresas, quase 80%, informou que já estava operando no
limite de sua capacidade. "Mesmo se houvesse uma liberação imediata com
os acordos internacionais, esbarraríamos nesse limite produtivo." (Valor
- 08.08.2003) 6 Baixa do juro deve ser gradual, diz Meirelles O presidente
do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a queda dos juros precisa
ser gradual, para que haja um efeito mais duradouro sobre o crescimentos
da economia, e que o BC não pode se deixar "contaminar pela euforia "
em relação às taxas de deflação registradas nos últimos meses. "A política
do Banco Central é uma política de gradualismo. Uma trajetória de queda
gradual (dos juros) tem efeito mais duradouro e mais persistente para
a atividade do que quedas abruptas que podem gerar volatilidade " , disse
Meirelles. Ele afirmou que o BC está agindo "na velocidade correta " ,
adotando uma postura gradualista de queda nas taxas de juros de curto
prazo. "O BCl ousado tende a criar muita volatilidade. O BC tem de ser
sereno e ter movimentos consistentes. " Segundo Meirelles, "existe uma
dose grande de ansiedade " em relação à queda dos juros, mas o BC tem
que ter serenidade. (Valor - 08.08.2003) 7 País precisa de blindagem para voltar a crescer, defende Nakano Para a retomada do crescimento, a economia brasileira tem que ser "blindada". Essa é a opinião do professor Yoshiaki Nakano, da FGV. "Não se trata, porém, de fechar o país para capitais externos, como fez a Argentina, mas de incrementar o comércio exterior e as reservas cambiais para evitar as conseqüências de choques," explicou. O ex-secretário da Fazenda de São Paulo crê que a blindagem deve ser a intervenção, ostensiva, do BC no câmbio. A redução de juros não tem potencial para aquecer a atividade econômica enquanto a volatilidade cambial permanecer alta, disse. A tendência da política monetária é fazer a inflação acelerar e desacelerar, disse. Quando o BC eleva os juros, há uma entrada maior de capital e a inflação cede. A partir daí, tem início o trajeto inverso: uma maior pressão para a queda dos juros e reativação da demanda interna, recuo do saldo da balança comercial, déficit de transação corrente - o que, por fim, pressiona o câmbio e os preços. "O BC tem de intervir no câmbio para sair desse ciclo". Para o ex-presidente do BC, Alkimar Moura, também professor da FGV, mais do que intervir, o governo deve evitar a oscilação cambial. Além disso, Moura comentou, por mais conservador que seja, o BC poderia ter iniciado a redução dos juros em maio. No mês passado, a taxa básica (Selic) foi cortada em 1,5 ponto percentual. Nakano observou que o patamar atual do câmbio, na casa de R$ 3, gera reclamação de alguns setores, até agrícolas. "Com o dólar mais caro, você premia quem está exportando e abre caminho para o crescimento". E, com o país protegido pelas reservas cambiais, os preços ficariam sob controle também. "Há 10 anos, só temos inflação de custo, e o que a norteia é o câmbio", disse. Se não houver choques externos no médio prazo, a tendência é que a inflação fique entre 5% e 6% no período de 12 meses, afirmou Nakano. (Valor - 08.08.2003) 8
BC reduz compulsório sobre depósito à vista de 60% para 45% 9 Chefe de mercados emergentes da Morgan Stanley: Brasil ainda adota proposições do "Consenso de Washingon" O artigo
"Consenso de Washington desvanece na história" escrito para o Financial
Times, por Narayan Ramchandran, chefe de mercados emergentes do Morgan
Stanley Investment Management, aponta o enfraquecimento das proposições
do Consenso de Washington e a sua gradativa substituição pelo novo mantra
"get growth going" (estimule o crescimento) - (GGG). Ramchandran escreve
que as sementes da morte do Consenso de Washington foram plantadas em
sua própria elaboração, o que geralmente acontece com idéias que definem
uma década. Segundo Ramchandran, o fenômeno do GGG ainda não é um consenso,
mas o princípio básico de estimular a demanda com qualquer ferramenta
política que se tenha em mãos está ganhando terreno muito rapidamente.
Para ele, o descrédito com as proposições do consenso vem liberando os
países para adotarem a política do GGG, dando o exemplo da Tailândia,
que ao se liberar das premissas de Washington e passar para uma política
na qual se destaca a concessão de dinheiro fácil de forma a estimular
o consumo, obteve um crescimento do PIB na ordem de 5% no último ano e
projeta um crescimento praticamente idêntico para 2003. Ramchandran afirma
que o fenômeno se alastra para outros países, que vêm adotando políticas
de estímulo ao crescimento de formas distintas de acordo com as características
de cada eeconomia. O autor cita ainda a África do Sul, a Zona do Euro,
a Polônia , e provavelmente o México, como países ou regiões que estão
começando a adotar tal política, e faz menção ao Brasil como uma das exceções
das economias que ainda adotam estritamente as proposições do Consenso
e são recompensadas pelo mercado. Ele se pergunta se isso não seria apenas
uma preparação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de mostrar
suas idéias de GGG. (Financial Times - 04.08.2003) 10
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina sofre ameaça de racionamento de energia e novos apagões Pela primeira
vez desde o início dos anos 90, os argentinos podem sofrer com racionamento
de energia elétrica e apagões. As empresas privatizadas de distribuição
de energia estão alertando para um iminente default com as geradoras.
Ao mesmo tempo, estão em rota de colisão com o governo do presidente Néstor
Kirchner, que resiste à liberação do congelamento de tarifas dos serviços
públicos privatizados. As empresas distribuidoras pedem o fim do congelamento
que vigora desde janeiro do ano passado. Elas alegam estar sofrendo graves
perdas, que além de reduzirem a um grau mínimo a manutenção dos serviços,
as deixam sem fundos para poder pagar as geradoras de energia. A Cammesa,
associação que reúne as distribuidoras, afirma que só poderá pagar 69%
da energia elétrica distribuída em junho. A prejudicada seria a Ageera,
associação de empresas geradoras. A Ageera afirma que se a Cammesa não
conseguir financiamento nos próximos dias, haverá um corte na cadeia de
pagamentos do setor e suspensões nas entregas de energia. Ernesto Badaraco,
presidente da Ageera, protestou: "Isso é insustentável. Não compreendemos
por que devemos subsidiar o resto da indústria. O Brasil desvalorizou
a moeda, o Chile desvalorizou, e todos recompuseram suas tarifas. A tarifa
argentina continua sendo a mais baixa". A dívida das distribuidoras com
as geradoras é de 170 milhões de pesos (US$ 57 milhões). O governo deveria
conceder um empréstimo de 150 milhões de pesos (US$ 50,6 milhões). No
entanto, o decreto fornecendo os fundos ainda não foi assinado por Kirchner.
(Estado de São Paulo - 08.08.2003) 2 Sistema elétrico argentino recebe 300MW de energia da Cien A Companhia
de Interconexão Energética (Cien), do grupo Endesa, exportou na noite
de quarta-feira 300 MW para o sistema elétrico argentino. Com isso, evitou
um apagão em Buenos Aires, complicado a partir de problemas nas linhas
de transmissão da Edesur. Segundo nota da Endesa, a exportação foi solicitada
pelo ONS brasileiro e pela Cammesa, seu correspondente argentino. A companhia
de energia não informou o valor da operação. (Valor - 08.08.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Lukens, Jay. Pricing an Integrated Energy Transmission Grid: Are FERCs Natural Gas and Electric Power Transmission Pricing Policies on a Collision Course? The Electricity Journal Volume 13, Issue 2. Houston: Elsevier, Março de 2000, pp. 34-40. 07 páginas O artigo trata do papel das externalidades na decisão de investimento. O artigo conclui que se elas não foram levadas em consideração pelos reguladores, projetos socialmente eficientes deixam de ser realizados. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/investimento.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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