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IFE: nº 1.168 - 08 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
BNDES vai liberar recursos para distribuidoras em 30 dias
2 Novo modelo: Abdib quer mecanismos para recuperação financeira das empresas do setor
3 Abdib: Setores público e privado precisam atuar com harmonia no novo modelo
4 Resoluções da CNPE são publicadas no Diário Oficial
5 CNPE cria grupo para analisar política tarifária de Angra I e II
6 CNPE cria grupo para analisar construção de Angra III
7 Piauí quer incluir oito projetos no PPA do governo federal
8 Linha de transmissão no Sul tem nove interessados
9 Municípios de MG receberão compensação por inundação
10 Curtas

Empresas
1 Recomposição tarifária da Celesc fica em 25,25%
2 Aneel autoriza reajuste de 17,3% à Escelsa
3 Celesc registra elevada inadimplência
4 Reajuste tarifário da Celpa fica em 27,05%
5 Celesc desenvolve novo programa de cobrança para reduzir número de inadimplentes
6 Furnas propõe parcerias com governos estaduais
7 Alstom do Brasil será beneficiada com ajuda do governo francês à Alstom S.A
8 Aneel autoriza reajuste de 32,42 % nas tarifas da Hidroelétrica Xanderê

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Falta de investimentos em subestações preocupa ONS
2 Região Sul teve alta de 5,14% no consumo na última semana
3 Reservatórios estão com 71,76% do volume no Norte
4 Capacidade de armazenamento do submercado Nordeste está em 39,02%
5 Volume armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 65,87%
6 Região Sul está com 58,26% da capacidade
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras pretende retomar blocos devolvidos à ANP
2 ANP: Empresas realizaram 57 descobertas de petróleo e gás
3 Devolução de blocos pode atenuar problemas do setor
4 Audiência debate hoje ramal do gasoduto Bolívia-Brasil para Dourados
5 Brasil poderá comprar mais energia de Itaipu com construção do gasoduto Bolívia-Paraguai
6 Projeto paraguaio prevê construção de gasoduto e termelétrica

7 Eletronuclear interrompe geração de energia em Angra 1
8 Aneel autoriza implantação de térmica Itacoatiara no AM
9 Aneel autoriza Optiglobe Telecomunicações a implantar térmicas

10 Tractebel Energia assina financiamento para construção de termelétrica
11 Projeto Mamona para Produção de Biodiesel é lançado no Ceará

Economia Brasileira
1 Vendas da indústria caem 3,11%
2 Tarifas geram inflação de 0,35% em SP
3 FAT, BNDES e fundos de pensão financiarão investimentos em infra-estrutura

4 Fundos de pensão estatais admitem financiar obras
5 Momento adequado para redução dos juros é agora, afirma Ricúpero
6 Baixa do juro deve ser gradual, diz Meirelles
7 País precisa de blindagem para voltar a crescer, defende Nakano
8 BC reduz compulsório sobre depósito à vista de 60% para 45%
9 Chefe de mercados emergentes da Morgan Stanley: Brasil ainda adota proposições do "Consenso de Washingon"
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina sofre ameaça de racionamento de energia e novos apagões
2 Sistema elétrico argentino recebe 300MW de energia da Cien

Biblioteca Virtual do SEE
1 Lukens, Jay. Pricing an Integrated Energy Transmission Grid: Are FERC’s Natural Gas and Electric Power Transmission Pricing Policies on a Collision Course? The Electricity Journal Volume 13, Issue 2. Houston: Elsevier, Março de 2000, pp. 34-40. 07 páginas

 

Reestruturação e Regulação

1 BNDES vai liberar recursos para distribuidoras em 30 dias

A área de infra-estrutura do BNDES pretende liberar em 30 dias, mais precisamente no início de setembro, os R$ 1,9 bilhão que receberá do Tesouro para serem repassados às distribuidoras de energia, informou seu gerente, João Carlos Cavalcanti. Ele destacou que as empresas inadimplentes com o banco não serão financiadas. As distribuidoras que forem incluídas nesse programa do CVA, que a Aneel e o Ministério das Minas e Energia vão informar os valores ao BNDES, o banco vai lhes repassar os recursos. "A medida provisória foi emitida ontem (terça-feira) e nós temos 30 dias para providenciar o desembolso. Vamos dar uma corrida violenta agora, pois temos que aprovar o programa no banco, aprovar os projetos e desembolsar", informou Cavalcanti. Ele explicou que o BNDES vai receber os recursos do Tesouro através de uma emissão de títulos públicos, depois vai monetizá-los na medida da sua necessidade de caixa e vai repassar os recursos para as distribuidoras na medida em que o Tesouro for repassando ao banco. As distribuidoras terão que enviar ao banco algumas informações para o banco analisar o crédito e repassar os recursos. O crédito a ser recebido pelas distribuidoras é a diferença do preço da energia de Itaipu, que não foi incorporado à tarifa, que vai ser compensada através desse financiamento. (Valor - 08.08.2003)

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2 Novo modelo: Abdib quer mecanismos para recuperação financeira das empresas do setor

Na mesma linha crítica das demais entidades ligadas ao área de energia, a Abdib também apontou problemas na proposta de novo modelo para o setor elétrico, elaborada pelo MME. O alvo da análise é o mesmo que vem sendo motivo de contestações das distribuidoras: o vazio deixado na proposta em relação às questões financeiras emergenciais das empresas do setor. O foco da carta produzida pela associação trata da ausência de mecanismos e providências de curtíssimo prazo voltados à recuperação da capacidade econômico-financeira dos agentes públicos e privados. A partir da constatação de que há uma lacuna no modelo, a Abdib sugere que os próximos passos visando a consolidação das linhas gerais, siga uma ordem de prioridades, sendo a primeira delas a recuperação das condições de operação e investimento. Entre as medidas indicadas pela entidade para a retomada de novos projetos está o restabelecimento dos fluxos financeiros setoriais, possibilitando a liquidação de compromissos operacionais, financeiros e de investimento. Outro ponto destacado é a necessidade de oferta de crédito e de capitalização, em escala necessária para a recomposição financeira das distribuidoras. A própria Abdib sugeriu em março uma programa de injeção de recursos no setor. (Canal Energia - 07.08.2003)

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3 Abdib: Setores público e privado precisam atuar com harmonia no novo modelo

Outras prioridades foram apontadas, entre elas a harmonização das forças públicas e privadas a partir de vetores como a necessidade de aportes de recursos privados e a orientação de investimentos estatais, além da independência da Aneel. Visando a dificuldade na consolidação de um marco legal para sustentar o conjunto de alterações, foi proposta também a divisão das diretrizes do governo em categorias conceituais e operacionais. Cinco dessas 11 diretrizes, destacadas pelo governo como objetivos do modelo, devem ser, na visão da associação, empreendidas de imediato: o planejamento da expansão, a universalização dos serviços, a transição do marco legal, a manutenção da operação centralizada e a inclusão de outros segmentos (prestadores de serviço, fornecedores de bens de capital e gestores de tecnologia) na política energética e no planejamento da expansão. (Canal Energia - 07.08.2003)

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4 Resoluções da CNPE são publicadas no Diário Oficial

O Diário Oficial da União (DOU), na edição desta quinta-feira, dia 7 de agosto, publicou três resoluções do CNPE aprovadas na reunião do dia 21 de julho. A principal delas, de n° 5, oficializa a aprovação das diretrizes básicas para implantação do novo modelo do setor elétrico, que foi sancionado pelo grupo durante a última reunião. Entre os vetores do relatório está a prevalência do conceito de serviço público para geração e distribuição; modicidade tarifária; restauração do planejamento da expansão; transparência no processo de licitação, que priorizará a menor tarifa; mitigação dos riscos; coordenação e centralização do sistema hidrotérmico; e a universalização dos serviços de eletricidade. A resolução estabelece ainda que o MME terá que submeter ao CNPE o relatório conclusivo do modelo, juntamente com a proposta de medidas legais para sua implementação. (Canal Energia - 07.08.2003)

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5 CNPE cria grupo para analisar política tarifária de Angra I e II

Outra resolução publicada, de n° 6, modifica o texto da resolução n° 4 do CNPE, que criou grupo de trabalho para analisar políticas para as tarifas termonuclear de Angra I e II. Pelo novo texto, o grupo passará a contar com um representante do Ministério de Meio Ambiente. (Canal Energia - 07.08.2003)

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6 CNPE cria grupo para analisar construção de Angra III

Ainda relativa à geração nuclear, resolução n° 7 lançada hoje cria um novo grupo de trabalho, com intuito de analisar a construção de Angra III. O grupo, que será indicado em portaria ministerial do CNPE, vai substituir o grupo de acompanhamento da Eletronuclear, criando em dezembro de 2001.(Canal Energia - 07.08.2003)

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7 Piauí quer incluir oito projetos no PPA do governo federal

O Piauí está negociando a inclusão de oito projetos hidrelétricos do estado no Plano Plurianual (PPA) do governo federal. Os empreendimentos, que somados chegam a US$ 1,38 bilhão, tiveram os estudos elaborados pela Chesf durante o racionamento. O diretor da Unidade de Projetos da Secretaria de Planejamento, Raimundo Ferreira, afirma que as discussões sobre as obras são necessárias porque a administração estadual quer dotar o Piauí de uma boa infra-estrutura energética para servir de base para a implantação de novos parques industriais. Além disso, o diretor destaca que o estado está incluído no sistema integrado e por isso os empreendimentos beneficiariam por outros estados do país. Segundo Ferreira, o plano das obras vão requerer um completo estudo de impacto ambiental e a execução do projeto executivo, que ainda não foi feito. "São boas as perspectivas para a construção das usinas. Com a inclusão no PPA, daremos início ao projeto executivo", afirmou. (Canal Energia - 07.08.2003)

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8 Linha de transmissão no Sul tem nove interessados

Nove interessados, entre eles um espanhol e um italiano, querem construir a linha de transmissão que interligará a hidrelétrica de Machadinho, na divisa com o Rio Grande do Sul, com a estação de Campos Novos. A obra, que está orçada em R$ 65,86 milhões, deve ir a leilão em 23 de setembro, na Bovespa. A previsão é que sejam geradas cerca de 200 postos de trabalho. (A Noticia - 08.08.2003)


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9 Municípios de MG receberão compensação por inundação

Seis municípios de Minas Gerais receberão compensação financeira em conseqüência da inundação de suas áreas pelo reservatório da usina hidrelétrica de Funil, instalada no rio Grande. O reservatório ocupa uma área inundada de 40,49 km² nos municípios de Ijaci, Itumirim, Bom Sucesso, Ibituruna, Perdões e Lavras. A usina, que entrou em operação comercial em dezembro de 2002, tem potência instalada de 180 MW. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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10 Curtas

O gerente da área de infra-estrutura do BNDES, João Carlos Cavalcanti adiantou que até julho o banco liberou R$ 3 bilhões para o setor de infra-estrutura, dos quais R$ 2 bilhões para o setor elétrico. (Valor - 08.08.2003)

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Empresas

1 Recomposição tarifária da Celesc fica em 25,25%

A Celesc poderá reajustar suas tarifas em 25,25%, em média. Além do reajuste, a Celesc vai incorporar à tarifa, a partir deste mês, um reajuste de 2,9% para os consumidores residenciais e de 7,9% para as indústrias e o comércio. Esses percentuais se referem à Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), cujo objetivo é recompor as perdas das distribuidoras com o racionamento. Os consumidores de baixa renda são isentos do pagamento da RTE. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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2 Aneel autoriza reajuste de 17,3% à Escelsa

A Aneel autorizou ontem a Escelsa a reajustar suas tarifas em 17,3% em média. O índice representa uma redução de 0,63 ponto percentual em comparação com o previsto por causa da aplicação do Fator X de 1,89%, definido na Revisão Tarifária Periódica da companhia. O índice de reajuste varia de acordo com o grupo de consumo. As contas dos consumidores com tensão abaixo de 2,3 kV terão reajuste de 15,38% e para os consumidores com tensão entre 2,3 kV e 25 kV o aumento será de 17,44%. Já para os consumidores que utilizam tensão de 69 kV o índice será de 19,8% e para os que utilizam tensão de 88 kV a 138 kV, o reajuste será de 20,85%. Os índices de reajuste não incluem a CVA, que correspondente aos últimos 12 meses, e será repassada às tarifas somente em 2004. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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3 Celesc registra elevada inadimplência

O aumento das tarifas na Celesc ocorre em um momento que a inadimplência atinge um dos valores mais altos da sua história. As grandes indústrias devem R$ 126 milhões para a empresa. E os consumidores residenciais formam o segundo grupo que mais calote tem dado nas contas de energia, com dívidas que somam R$ 44 milhões, segundo dados colhidos com a companhia. Blumenau é um dos municípios com maior taxa de inadimplência entre as indústrias, perdendo apenas para Joinville. Aproximadamente R$ 25 milhões do montante de R$ 126 milhões devido corresponde a dívida de energia de grandes empresas de Blumenau. O valor total não pago é significativo, e representa calotes dos últimos dois anos. A dívida compromete parte do faturamento bruto da Celesc, que no primeiro trimestre do ano somou R$ 700 milhões. As indústrias, ao contrário dos consumidores residenciais, geralmente não têm sua energia cortada quando inadimplentes. Isso porque em alguns casos conseguem liminares na Justiça alegando prestação de serviço essencial para sociedade. (Jornal de Santa Catarina - 08.08.2003)

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4 Reajuste tarifário da Celpa fica em 27,05%

A Aneel autorizou a Celpa a reajustar suas tarifas em média em 27,05%. O índice ficou abaixo dos 40,30% pleiteados pela concessionária. O fator X da companhia ficou em 1,15%. Este fator é um mecanismo que funciona como redutor do IGP-M, a partir de 2004, permitindo o repasse para as tarifas cobradas dos consumidores de uma parcela dos ganhos de produtividade projetados para a empresa. Conforme previsto pela legislação, o reajuste será aplicado de maneira diferente de acordo com o nível de tensão. Os consumidores de baixa tensão (abaixo de 2,3 kV) terão reajuste de 26,38%, os do grupo A4 (de 2,3 kV a 25 kV), de 28,74%, os do grupo A3 (69 kV), de 28,64%, e os do grupo A2 (88 kV a 138 kV), de 29,65%. A concessionária atende 1,09 milhão de unidades consumidoras em 143 municípios do Pará e tem um mercado correspondente a 14,7% do consumo total da região Norte. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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5 Celesc desenvolve novo programa de cobrança para reduzir número de inadimplentes

A Celesc resolveu agir de forma mais dura em relação à inadimplência entre seus clientes de grande porte. A empresa está desenvolvendo um programa que permitirá, até outubro, fazer chegar a todos os consumidores do grupo A um novo sistema de cobrança que permitirá levar os clientes inadimplentes a protesto em cartório. A idéia, segundo o diretor-financeiro da companhia, Paulo Martignago, é coibir a inadimplência de clientes industriais dessa categoria por meio da restrição de crédito proporcionada pelo protesto. Os planos de um acirramento da cobrança foram facilitados com a obrigatoriedade de assinatura de contratos entre distribuidoras e os clientes, adotada há alguns meses. Segundo Martignago, foi incluído um item no contrato pelo qual o consumidor garante estar ciente das condições contratuais. Com a mudança, a fatura deixou de ser um tíquete bancário e passou a ser uma ficha de compensação, o que permitirá que a empresa inadimplente seja protestada em cartório. A Celesc já realizou, com sucesso, um teste do novo sistema com clientes industriais. Dos cinco clientes protestados, três pagaram seus débitos em cartório. Os outros dois entraram, logo depois, em processo de falência. A dívida total desses clientes era de cerca de R$ 100 mil, dos quais R$ 80 mil foram recuperados. "Mas a experiência mostrou que, se o cliente não estiver realmente em sérias dificuldades financeiras, será possível recuperar a receita", diz o diretor. (Tribuna da Imprensa - 08.08.2003)

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6 Furnas propõe parcerias com governos estaduais

O novo diretor de Relações Institucionais de Furnas Centrais Elétricas S.A, Marcos Lima, fez uma visita de cortesia ao governador Blairo Maggi ontem. Foi a segunda visita que Lima fez a um governador desde que assumiu o cargo há 35 dias. O primeiro a ser visitado foi o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, Estado representado pelo diretor nos últimos 20 anos na condição de deputado federal pelo PMDB. De acordo com o diretor, Furnas busca o interesse coletivo por meio de seus programas. A visita a Mato Grosso também tem por objetivo pedir ao governador que relacione as pendências ambientais, principalmente em relação a Usina de Manso. `Furnas herdou Manso da Eletronorte e vamos cumprir com todos os compromissos assumidos no governo de Fernando Henrique Cardoso`, disse o diretor. `Falei ao presidente de Furnas sobre a necessidade de conversar com os governadores para saber quais as parcerias que os governos podem propor a Furnas. A empresa, a sétima em tamanho no Brasil, desenvolve vários programas nos estados, entre eles os ligados ao meio-ambiente. O governador irá apresentar as pendências e também os projetos que poderão ser desenvolvidos em parceria com Furnas`, disse Lima. O encontro teve as presenças do secretário especial de Meio Ambiente e presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente, Moacir Pires, e do secretário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato. (Eletrica.com - 07.08.2003)

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7 Alstom do Brasil será beneficiada com ajuda do governo francês à Alstom S.A

A ajuda do governo francês à Alstom S.A. virá em boa hora para a subsidiária brasileira, segundo o presidente da Alstom do Brasil, José Luiz Alquéres. Embora esteja entre as cinco filiais mais rentáveis do conglomerado, a Alstom do Brasil já enfrentava dificuldades para obter crédito nas instituições financeiras internacionais, como efeito da crise enfrentada pela matriz européia. "Os bancos brasileiros nos deram boas demonstrações de confiança, mas, evidentemente, quando a matriz atravessa uma crise, surge uma preocupação no mercado financeiro", conta o executivo, lembrando que a dependência do mercado de capitais é grande entre as fabricantes de produtos para o setor de infra-estrutura. Mas Alquéres acredita que o pacote de ajuda anunciado esta semana pelo governo francês - que desembolsará 300 milhões para adquirir uma participação de 31,5% na empresa - transmitirá "credibilidade" aos agentes financiadores. A ajuda do governo francês à Alstom S.A. ainda terá de receber a aprovação da União Européia (UE), cujos membros costumam ver com reservas os pacotes de resgates de empresas em dificuldades. (Estado de São Paulo - 08.08.2003)

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8 Aneel autoriza reajuste de 32,42 % nas tarifas da Hidroelétrica Xanderê

A Aneel autorizou ontem um reajuste médio de 32,41% para a Hidroelétrica Xanxerê, responsável pelo fornecimento a seis municípios do Oeste de Santa Catarina. O aumento é superior ao concedido no ano passado, que foi de 14,89%. Os residenciais vão pagar 31,09% a mais, e os industriais terão uma alta de 33,54%. (A Noticia - 08.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Falta de investimentos em subestações preocupa ONS

O ONS prevê a construção de 11 mil km de linhas de transmissão em todo o país entre 2004 e 2006, com investimentos de R$ 5 bilhões, mas esse esforço no setor de transmissão pode ser insuficiente para evitar que o Brasil volte a conviver com racionamento de energia. Isso porque as distribuidoras estão com dificuldades para investir nas subestações que vão ligar as linhas de transmissão às redes que levam energia aos consumidores. "O investimento na transformação tem andamento bastante adequado, mas na fronteira da transmissão com a distribuição os investimentos estão com uma certa dificuldade", alerta o diretor de Administração dos Serviços de Transmissão do ONS, Roberto José Ribeiro Gomes. Apenas em São Paulo, a necessidade de investimentos em subestações rebaixadoras de tensão para interligar as linhas de transmissão às redes urbanas é da ordem de R$ 600 milhões. De acordo com Gomes, que apresentou o "Programa de Ampliação e Reforços do Sistema Elétrico das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, para o período 2004/2006", o racionamento de energia em 2001 e 2002 ajudou a postergar o problema, adiando a necessidade de investimentos na distribuição. Roberto Gomes observou que as linhas de transmissão podem sofrer mudanças no cronograma em função de dificuldades para obtenção de licenças ambientais, mas ressaltou que não há problema de falta de financiamento na transmissão. (O Tempo - 08.08.2003)

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2 Região Sul teve alta de 5,14% no consumo na última semana

A região Sul está com alta de 5,14% no consumo nos últimos sete dias. Na última quarta-feira, dia 6 de agosto, o subsistema consumiu 27.069 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do ONS. O Nordeste consumiu 5.921 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região está com queda no consumo de 3,47%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema acumula baixa de 10,8% no mesmo período. A região Norte registrou consumo de 2.634 MW médios na última quarta-feira, contra previsão de 2.636 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema tem baixa de 2,5% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 27.069 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios do operador do sistema. O submercado acumula queda no consumo de 2,21% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW médios, o subsistema registra baixa de 8,14% no período. (Canal Energia -07.08.2003)

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3 Reservatórios estão com 71,76% do volume no Norte

A região Norte está com 71,76% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,3% em um dia. A usina de Tucuruí apresenta índice de 86,61%. (Canal Energia - 07.08.2003)

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4 Capacidade de armazenamento do submercado Nordeste está em 39,02%

Os reservatórios estão com 39,02% do volume no Nordeste, valor 21,79% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Em relação ao dia anterior, o nível teve uma redução de 0,2%. A usina de Sobradinho está com índice de 32,8%. (Canal Energia - 07.08.2003)

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5 Volume armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 65,87%

A capacidade de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 65,87%. O volume está 36,64% acima da curva de segurança. O nível teve uma redução de 0,31% em um dia. A hidrelétrica de Marimbondo está com 76,04% da capacidade, enquanto Itumbiara registra índice de 82,54%. (Canal Energia - 07.08.2003)

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6 Região Sul está com 58,26% da capacidade

O volume armazenado do subsistema Sul está em 58,26%, valor 0,43% menor do que o dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago está com índice de 53,14%. (Canal Energia - 07.08.2003)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras pretende retomar blocos devolvidos à ANP

Uma grande disputa entre companhias de petróleo deverá ser travada pelas áreas nobres que foram devolvidas pela Petrobras à ANP. Obrigada por contrato de concessão a entregar cerca de metade dos blocos onde conseguiu descobrir óleo e gás, a estatal brasileira devolveu parte do cobiçado BC-60, no Espírito Santo, com reservas da ordem de 2,1 bilhões de barris. A empresa já disse, porém, que vai querer retomar as áreas atraentes que teve de devolver de acordo com os termos da rodada Zero, em 1998. Segundo a ANP, o leilão dessas áreas será realizado já em 2004, na Sexta Rodada. "No leilão em que a ANP colocar essas áreas, certamente vamos participar", garante o gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno, referindo-se a áreas nobres como o BC-60 e o BS-500. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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2 ANP: Empresas realizaram 57 descobertas de petróleo e gás

As petroleiras que adquiriram áreas no Brasil, sobretudo a Petrobras, realizaram 57 descobertas de petróleo e gás neste ano, de acordo com dados da agência atualizados até ontem. No mesmo período do ano passado, foram notificadas 19 descobertas. O salto se deve ao fim do prazo exploratório das áreas adquiridas no BID-Zero. Em julho, a Shell e a El Paso conseguiram encontrar petróleo, respectivamente, nos blocos BC-10, na Bacia de Campos, e no BS-1, na Bacia de Santos. Procuradas, as empresas não informaram se devolveram o BS-4 e o BS-1, onde são operadoras e sócias da Petrobras. Pelo menos parte do bloco BC-10, entregue pela Shell, com 10 descobertas, também deverá estar na mira dos investidores em leilão. Nesta semana, a Petrobras comunicou três indícios de óleo em áreas cujos prazos exploratórios venceram no último dia 5 de agosto. Uma delas foi realizada no BC-60, com um total de 17 descobertas. Já no BS-400 passaram a constar 7 notificações. A espanhola Repsol YPF devolveu à ANP o bloco BES-3, na Bacia do Espírito Santo, localizado em águas rasas. Mesmo com três descobertas realizadas na área, a petroleira, sócia da Petrobras no bloco, optou pela entrega. A Petrobras informou que manteve áreas apenas onde "tinha certeza" de que as descobertas apresentariam viabilidade comercial. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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3 Devolução de blocos pode atenuar problemas do setor

A devolução de áreas nobres de exploração de petróleo, até então com a Petrobras, atenua barreiras como indefinições tributárias, atraso em licenciamento ambiental, além da abertura de países do Oriente Médio. O diretor executivo da consultoria Expectro, Jean Paul Prates, avalia que as pendências regulatórias que ele identifica no setor podem ser resolvidas até meados do próximo ano. O gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno, da Petrobras, demonstra otimismo. "Acreditamos que as discussões sobre impostos tenderá a uma normalidade em futuro muito próximo, e também na harmonia das relações do estado com a área de domínio econômico, dando viabilidade ao crescimento do setor petrolífero nacional". (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)

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4 Audiência debate hoje ramal do gasoduto Bolívia-Brasil para Dourados

Senadores, deputados federais, prefeitos e técnicos de Mato Grosso do Sul e do Paraná estarão participando na manhã de hoje, no plenário da Câmara de Dourados, de uma audiência pública sobre a possibilidade de implantação de um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil, entre Campo Grande e Londrina, passando por Dourados e Maringá. O objetivo do encontro é ouvir os diferentes segmentos da sociedade e articular uma frente parlamentar e governamental que lutará pela execução da obra. A audiência será aberta com o pronunciamento do senador Delcídio do Amaral (PT), seguido das palavras do deputado Vander Loubet (PT). Na seqüência , falam o secretário de Infra-Estrutura do Estado, Maurício Arruda, e o deputado Paulo Bernardo. Depois, o gerente executivo de Gás Natural da Petrobras, Djalma Rodrigues de Souza, apresentará proposta para viabilizar a construção do ramal até Londrina. (Correio do Estado - 08.08.2003)

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5 Brasil poderá comprar mais energia de Itaipu com construção do gasoduto Bolívia-Paraguai

A construção do gasoduto Bolívia-Paraguai poderá ampliar o volume de energia elétrica comprada pelo Brasil da usina de Itaipu. No projeto paraguaio, há previsão de construção de termelétricas que liberariam uma fatia da produção da hidrelétrica consumida pelo país para exportação. A construção do gasoduto, que pode viabilizar cerca de 900 MW em energia térmica, foi um dos projetos selecionados pelo governo paraguaio para ser apresentado no 1º Seminário Internacional de Co-Financiamento BNDES/CAF, que acontece até esta sexta-feira, dia 8 de agosto, no Rio de Janeiro. (Canal Energia - 07.08.2003)

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6 Projeto paraguaio prevê construção de gasoduto e termelétrica

Segundo o Ministro de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai, Antonio Adam Nill, o país apresentará uma parte do programa de utilização do gás natural no país, que envolve a construção de 404 quilômetros de gasoduto e uma termelétrica de 150 MW de capacidade instalada. O volume de recursos necessários para implantação dos empreendimentos, cerca de US$ 158 milhões, pode ser viabilizado juntamente com a iniciativa privada. "Estamos analisando. Tem empresas interessadas no negócio em função do mercado que se desenha", diz. O trecho Vuelta Grande / Hito II / Mariscal Estigarribia terá 309 quilômetros e necessita de investimentos de US$ 85 milhões. Já a outra parte do gasoduto levaria o combustível de Mariscal Estigarribia a Loma Plata, onde estará a termelétrica. O volume de recursos estimado nesse empreendimento é de US$ 13 milhões, somando mais 95 quilômetros a malha paraguaia. (Canal Energia - 07.08.2003)

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7 Eletronuclear interrompe geração de energia em Angra 1

A Eletronuclear antecipou ontem, desde as 19 horas, a parada da usina de Angra 1 que estava prevista para 27 de setembro. A interrupção é causada pelo aumento da passagem de água radiativa do sistema primário para o secundário da usina por meio dos tubos do gerador, que teria sido provocado pelo próprio processo degenerativo dos tubos. A empresa destacou que o problema não resultou em qualquer risco para os trabalhadores, para a comunidade de Angra dos Reis ou para o meio ambiente. A Eletronuclear decidiu reduzir a potência da usina de 520 MW para 283 MW, o que fez com que a taxa de passagem, como os técnicos denominam a transferência de água radiativa de um sistema para outro, fosse reduzida para valores abaixo dos limites previstos. "Mesmo assim, a empresa decidiu antecipar a parada que seria feita em setembro para reabastecimento de combustível e inspeção dos tubos dos geradores de vapor", disse um técnico da empresa. Ele acrescentou que a parada permitirá a inspeção dos tubos dos geradores e uma "redução de qualquer risco a zero". Segundo a Assessoria de Imprensa da Eletronuclear, a CNEN, órgão regulador deste segmento, já foi informada, na quarta-feira, sobre o problema. A decisão de interromper a produção de energia elétrica foi tomada em comum acordo com o ONS, segundo a empresa. (Estado de São Paulo - 08.08.2003)

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8 Aneel autoriza implantação de térmica Itacoatiara no AM

A Aneel autorizou a empresa Maggi Energia S/A a se estabelecer como produtor independente com a implantação da termelétrica Itacoatiara, de 5 MW de capacidade. Prevista para entrar em operação em dezembro de 2004, a usina estará localizada no Amazonas. A previsão é que a unidade abasteça 44,7 mil pessoas. (Gazeta Mercantil - 08.08.2003)


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9 Aneel autoriza Optiglobe Telecomunicações a implantar térmicas

A Optiglobe Telecomunicações recebeu autorização da Aneel para implantar termelétricas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As usinas, ambas com 5,4 MW de capacidade instaladas, são destinas ao consumo das unidades da empresa. (Canal Energia - 07.08.2003)

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10 Tractebel Energia assina financiamento para construção de termelétrica

A Tractebel Energia assinou na última quarta-feira, 6 de agosto, contrato de financiamento de cerca de R$ 50 milhões para a construção da termelétrica Lajes Bioenergética. O prazo para pagamento do financiamento é de nove anos, terminando em agosto de 2012. Os recursos, do BNDES, serão repassados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. O investimento total para a construção da usina é de R$ 78 milhões e a diferença, de R$ 28 milhões, será paga pela Tractebel. A termelétrica terá 28 MW de capacidade e deverá entrar em operação em março de 2004. A Tractebel já assinou contrato com a Celesc para negociação da energia produzida por um período de 13 anos. A usina usará como combustível resíduos de madeira. As cerca de 25 toneladas de vapor por hora serão comercializadas com as indústrias madeireiras Batistella e Sofia, da região de Lajes. A integração de todos os equipamentos será feita pela empresa Koblitz. Quando estiver operando em plena carga, a Lajes Bioenergética consumirá 400 mil toneladas de resíduos por ano. (Canal Energia - 07.08.2003)

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11 Projeto Mamona para Produção de Biodiesel é lançado no Ceará

O Estado do Ceará quer ocupar novamente lugar de destaque na produção de mamona. Através da Secretaria de Agricultura e Pecuária, o governo pretende implantar, a partir do próximo ano, 10 mil hectares de mamona consorciada com feijão. Com isso, o Ceará deverá produzir cerca de 4,257 milhões de litros de biodiesel. Ontem, pela manhã, no Palácio de Iracema, o governador Lúcio Alcântara lançou o Projeto Mamona para a Produção de Biodiesel no Ceará, com o objetivo de incrementar o agronegócio na agricultura de sequeiro do Estado. O projeto deve gerar, de início, 3 mil empregos diretos no campo e uma produção anual de 9.900 toneladas de mamonas. Com a expansão do biodesel no mundo abre-se um mercado consumidor ilimitado para a produção de mamona. A produção do biodiesel no Ceará deve ser alavancada com o projeto da mamona, que vai contemplar também a reativação a baixo custo de 20 indústrias de beneficiamento de algodão. A infra-estrutura que está nessas indústrias, em processo de inatividade pode se transformar em indústria de esmagamento da baga de mamona. (Diário do Nordeste - 08.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Vendas da indústria caem 3,11%

As vendas industriais de junho caíram 3,11%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela CNI. Na avaliação do coordenador de Política Econômica da instituição, Flávio Castelo Branco, a demanda doméstica está "anêmica" e, se nada for feito, o País corre o risco de fechar o ano com venda real negativa na indústria. Com a queda de junho, a terceira mensal consecutiva, as vendas do setor fecharam o segundo trimestre 2,82% abaixo do mesmo período em 2002, depois de terem crescido 4,71% nos primeiros três meses de 2003. Com relação ao mês anterior, a retração foi de 1,47%, pior desempenho para um mês de junho desde 1995. Nos dois últimos trimestres de 2002, o crescimento havia sido, respectivamente, de 3,93% e de 7,38%. Apesar da queda de abril a junho, o primeiro semestre deste ano ainda acumula crescimento de 0,77%. Já há sinais, contudo, de desaceleração em julho, antecipa o coordenador da CNI. O quadro é mais grave, segundo o economista, porque a indústria entrou no período de maior atividade sazonal (de julho a outubro) em "condições desfavoráveis", dentre elas o baixo poder de compra do consumidor, juros altos, pouca liquidez e baixa perspectiva de investimentos. "O quadro não está favorável. É preciso uma injeção, uma transfusão nessa demanda anêmica", diz Castelo Branco. A última retração anual de vendas foi em 1998 (-1,58%). Os indicadores de junho também recuaram na comparação com maio. Assim, as vendas caíram 1,47%, o nível de emprego 0,14%, e as horas trabalhadas, 0,43%. O uso da capacidade instalada passou de 79,6% para 79,2%. (O Estado de São Paulo - 08.08.2003)

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2 Tarifas geram inflação de 0,35% em SP

Os preços subiram 0,35% em julho em São Paulo. É o que mostra o IPC apurado pela FGV. A alta se deve basicamente às tarifas públicas. Só os reajustes de energia e de telefonia fixa geraram inflação de 0,42%. Fipe e FGV mostram a mesma tendência para a inflação, mas as taxas são diferentes devido às metodologias. Se usassem os mesmos critérios, as instituições registrariam deflação em julho: a da FGV mostraria queda de 0,07%; a da Fipe, baixa de 0,08% -o índice efetivamente divulgado. Yoshiaki Nakano, professor da FGV, diz que a taxa dos próximos 12 meses deverá ficar entre 5% e 6%. (Folha de São Paulo - 08.08.2003)

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3 FAT, BNDES e fundos de pensão financiarão investimentos em infra-estrutura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na próxima segunda-feira com os ministros da área de infra-estrutura e o presidente do BNDES, Carlos Lessa, para discutir a retomada dos investimentos nas áreas de energia elétrica, saneamento básico e transportes. Os números ainda estão sendo fechados, mas deve sair dinheiro do BNDES, que tem um orçamento de R$ 35 bilhões, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dos fundos de pensão. Para 2004, a expectativa é de que os investimentos em infra-estrutura cheguem a R$ 60 bilhões. O valor inclui não apenas os gastos previstos pelo governo, de cerca de R$ 30 bilhões, mas também os investimentos privados. Dentro do cálculo estimado para os investimentos públicos estão recursos do Orçamento da União e das estatais. Esses dados devem constar do Plano Plurianual do governo. (O Globo - 08.08.2003)

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4 Fundos de pensão estatais admitem financiar obras

O presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar), Fernando Pimentel, e o secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis, tornaram público um debate que acontecia nos bastidores do governo: o uso de recursos de fundos de pensão estatais para financiar obras de infra-estrutura do governo brasileiro. Durante um seminário, ontem, em São Paulo, Pimentel disse que os fundos de pensão querem criar mecanismos de proteção para poder atender ao pedido do governo, que quer usar parte dos R$ 200 bilhões que os fundos estatais têm em caixa para financiar obras como rodovias e hospitais. O total de projetos públicos pode chegar a R$ 400 bilhões. Os financiamentos viriam dos fundos de pensão, do BNDES e de outras fontes a serem definidas. Antes de decidir destinar parte de suas carteiras para a infra-estrutura, os fundos pediram ao governo que definisse regras claras e desse garantias de retorno da aplicação e liquidez. O secretário Adacir Reis admitiu que os projetos de infra-estrutura necessitam de financiamento privado. "As possibilidades de financiamento serão oferecidas para os fundos e para outros investidores que possam encontrar uma oportunidade nesses projetos." Pimentel, da Abrapp, disse que os investimentos dos fundos de pensão se baseiam no trinômio rentabilidade, liquidez e segurança. O presidente da Abrapp afirmou que o setor não é contra a aplicação de seus recursos nos projetos de infra-estrutura. "Se tivermos dois investimentos que garantam a mesma rentabilidade, liquidez e segurança e um deles seja socialmente responsável, ficaremos com o último, afinal moramos no Brasil e queremos investir no país." (Folha de São Paulo - 08.08.2003)

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5 Momento adequado para redução dos juros é agora, afirma Ricúpero

O momento adequado para a redução de juros é agora, quando o mercado deve passar por um choque positivo, após a aprovação da reforma da previdência. Com isso, o BC poderia iniciar uma queda sensível dos juros, para que no fim do ano a taxa real fique em um dígito. O sinal do BC também evitaria que o país recebesse um grande ingresso de capital externo volátil e de curto prazo, interessado apenas em ganhos de arbitragem com o diferencial dos juros no mercado externo e aqui no Brasil. Ao mesmo tempo, o governo teria de trabalhar para que o dólar oscilasse entre R$ 3 a R$ 3,2, o que permitiria manter a competitividade dos embarques. A opinião é do ex-ministro da Fazenda e secretário geral da Unctad, Rubens Ricúpero. "Os investimentos no Brasil estão muito baixos. É preciso mudar esse panorama e atuando nessas duas frentes isso poderia dar um estímulo, com a janela de oportunidade aberta com a reforma da previdência", destacou Ricúpero, que esteve ontem em seminário da FEA-USP. Para ele, é fundamental que o Brasil passe a focar a questão da ampliação da oferta. O embaixador citou estudo feito com mais de 300 empresas exportadores instaladas no Brasil. Na pesquisa, a maioria das empresas, quase 80%, informou que já estava operando no limite de sua capacidade. "Mesmo se houvesse uma liberação imediata com os acordos internacionais, esbarraríamos nesse limite produtivo." (Valor - 08.08.2003)

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6 Baixa do juro deve ser gradual, diz Meirelles

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a queda dos juros precisa ser gradual, para que haja um efeito mais duradouro sobre o crescimentos da economia, e que o BC não pode se deixar "contaminar pela euforia " em relação às taxas de deflação registradas nos últimos meses. "A política do Banco Central é uma política de gradualismo. Uma trajetória de queda gradual (dos juros) tem efeito mais duradouro e mais persistente para a atividade do que quedas abruptas que podem gerar volatilidade " , disse Meirelles. Ele afirmou que o BC está agindo "na velocidade correta " , adotando uma postura gradualista de queda nas taxas de juros de curto prazo. "O BCl ousado tende a criar muita volatilidade. O BC tem de ser sereno e ter movimentos consistentes. " Segundo Meirelles, "existe uma dose grande de ansiedade " em relação à queda dos juros, mas o BC tem que ter serenidade. (Valor - 08.08.2003)

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7 País precisa de blindagem para voltar a crescer, defende Nakano

Para a retomada do crescimento, a economia brasileira tem que ser "blindada". Essa é a opinião do professor Yoshiaki Nakano, da FGV. "Não se trata, porém, de fechar o país para capitais externos, como fez a Argentina, mas de incrementar o comércio exterior e as reservas cambiais para evitar as conseqüências de choques," explicou. O ex-secretário da Fazenda de São Paulo crê que a blindagem deve ser a intervenção, ostensiva, do BC no câmbio. A redução de juros não tem potencial para aquecer a atividade econômica enquanto a volatilidade cambial permanecer alta, disse. A tendência da política monetária é fazer a inflação acelerar e desacelerar, disse. Quando o BC eleva os juros, há uma entrada maior de capital e a inflação cede. A partir daí, tem início o trajeto inverso: uma maior pressão para a queda dos juros e reativação da demanda interna, recuo do saldo da balança comercial, déficit de transação corrente - o que, por fim, pressiona o câmbio e os preços. "O BC tem de intervir no câmbio para sair desse ciclo". Para o ex-presidente do BC, Alkimar Moura, também professor da FGV, mais do que intervir, o governo deve evitar a oscilação cambial. Além disso, Moura comentou, por mais conservador que seja, o BC poderia ter iniciado a redução dos juros em maio. No mês passado, a taxa básica (Selic) foi cortada em 1,5 ponto percentual. Nakano observou que o patamar atual do câmbio, na casa de R$ 3, gera reclamação de alguns setores, até agrícolas. "Com o dólar mais caro, você premia quem está exportando e abre caminho para o crescimento". E, com o país protegido pelas reservas cambiais, os preços ficariam sob controle também. "Há 10 anos, só temos inflação de custo, e o que a norteia é o câmbio", disse. Se não houver choques externos no médio prazo, a tendência é que a inflação fique entre 5% e 6% no período de 12 meses, afirmou Nakano. (Valor - 08.08.2003)

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8 BC reduz compulsório sobre depósito à vista de 60% para 45%

A diretoria do Banco Central (BC) anunciou que decidiu reduzir de 60% para 45% a alíquota do recolhimento compulsório não remunerado sobre depósitos à vista. Isso significa que os bancos devem guardar no BC 45% de todos os depósitos em conta corrente que receberem. A medida vale a partir de segunda-feira, dia 11. O BC ainda não informou quantos recursos voltarão ao sistema financeiro. Em fevereiro, a alíquota do compulsório não remunerado foi elevada de 45% para 60% como medida de redução de liquidez e de política monetária. O BC adotou a iniciativa tendo em vista a alta volatilidade no mercado interno. (Valor Online - 08.08.2003)


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9 Chefe de mercados emergentes da Morgan Stanley: Brasil ainda adota proposições do "Consenso de Washingon"

O artigo "Consenso de Washington desvanece na história" escrito para o Financial Times, por Narayan Ramchandran, chefe de mercados emergentes do Morgan Stanley Investment Management, aponta o enfraquecimento das proposições do Consenso de Washington e a sua gradativa substituição pelo novo mantra "get growth going" (estimule o crescimento) - (GGG). Ramchandran escreve que as sementes da morte do Consenso de Washington foram plantadas em sua própria elaboração, o que geralmente acontece com idéias que definem uma década. Segundo Ramchandran, o fenômeno do GGG ainda não é um consenso, mas o princípio básico de estimular a demanda com qualquer ferramenta política que se tenha em mãos está ganhando terreno muito rapidamente. Para ele, o descrédito com as proposições do consenso vem liberando os países para adotarem a política do GGG, dando o exemplo da Tailândia, que ao se liberar das premissas de Washington e passar para uma política na qual se destaca a concessão de dinheiro fácil de forma a estimular o consumo, obteve um crescimento do PIB na ordem de 5% no último ano e projeta um crescimento praticamente idêntico para 2003. Ramchandran afirma que o fenômeno se alastra para outros países, que vêm adotando políticas de estímulo ao crescimento de formas distintas de acordo com as características de cada eeconomia. O autor cita ainda a África do Sul, a Zona do Euro, a Polônia , e provavelmente o México, como países ou regiões que estão começando a adotar tal política, e faz menção ao Brasil como uma das exceções das economias que ainda adotam estritamente as proposições do Consenso e são recompensadas pelo mercado. Ele se pergunta se isso não seria apenas uma preparação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de mostrar suas idéias de GGG. (Financial Times - 04.08.2003)

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10 Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro recebeu bem a redução do depósito compulsório sobre depósitos à vista, que passará de 60% para 45%. O dólar subiu na maior parte do tempo, mas inverteu a tendência e fechou a manhã em baixa de 0,13%, cotado a R$ 2,979 na compra e R$ 2,981 na venda. A moeda terminou os negócios de ontem com firme desvalorização de 2,22%, a R$ 2,9820 na compra e a R$ 2,9850 na venda. Na mínima do dia, a divisa atingiu R$ 2,9790 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 08.08.2003)

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Internacional

1 Argentina sofre ameaça de racionamento de energia e novos apagões

Pela primeira vez desde o início dos anos 90, os argentinos podem sofrer com racionamento de energia elétrica e apagões. As empresas privatizadas de distribuição de energia estão alertando para um iminente default com as geradoras. Ao mesmo tempo, estão em rota de colisão com o governo do presidente Néstor Kirchner, que resiste à liberação do congelamento de tarifas dos serviços públicos privatizados. As empresas distribuidoras pedem o fim do congelamento que vigora desde janeiro do ano passado. Elas alegam estar sofrendo graves perdas, que além de reduzirem a um grau mínimo a manutenção dos serviços, as deixam sem fundos para poder pagar as geradoras de energia. A Cammesa, associação que reúne as distribuidoras, afirma que só poderá pagar 69% da energia elétrica distribuída em junho. A prejudicada seria a Ageera, associação de empresas geradoras. A Ageera afirma que se a Cammesa não conseguir financiamento nos próximos dias, haverá um corte na cadeia de pagamentos do setor e suspensões nas entregas de energia. Ernesto Badaraco, presidente da Ageera, protestou: "Isso é insustentável. Não compreendemos por que devemos subsidiar o resto da indústria. O Brasil desvalorizou a moeda, o Chile desvalorizou, e todos recompuseram suas tarifas. A tarifa argentina continua sendo a mais baixa". A dívida das distribuidoras com as geradoras é de 170 milhões de pesos (US$ 57 milhões). O governo deveria conceder um empréstimo de 150 milhões de pesos (US$ 50,6 milhões). No entanto, o decreto fornecendo os fundos ainda não foi assinado por Kirchner. (Estado de São Paulo - 08.08.2003)

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2 Sistema elétrico argentino recebe 300MW de energia da Cien

A Companhia de Interconexão Energética (Cien), do grupo Endesa, exportou na noite de quarta-feira 300 MW para o sistema elétrico argentino. Com isso, evitou um apagão em Buenos Aires, complicado a partir de problemas nas linhas de transmissão da Edesur. Segundo nota da Endesa, a exportação foi solicitada pelo ONS brasileiro e pela Cammesa, seu correspondente argentino. A companhia de energia não informou o valor da operação. (Valor - 08.08.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Lukens, Jay. Pricing an Integrated Energy Transmission Grid: Are FERC’s Natural Gas and Electric Power Transmission Pricing Policies on a Collision Course? The Electricity Journal Volume 13, Issue 2. Houston: Elsevier, Março de 2000, pp. 34-40. 07 páginas

O artigo trata do papel das externalidades na decisão de investimento. O artigo conclui que se elas não foram levadas em consideração pelos reguladores, projetos socialmente eficientes deixam de ser realizados.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/investimento.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
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