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nº 1.165 - 05 de agosto de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Dilma: SEE caminha para uma estrutura hidrotérmica De acordo
com estudos do MME, apesar da atual sobra de energia, a energia térmica
será importante para a geração nos próximos 10 anos, em função do aumento
da demanda. A ministra Dilma Rousseff comentou que o sistema elétrico
brasileiro caminha para uma estrutura hidrotérmica. Segundo ela, é possível
que haja aumento do custo da geração hídrica, o que dará maior competitividade
às empresas térmicas. (Canal Energia - 05.08.2003) 2 Cemig preocupada com obrigatoriedade de compra de energia no pool Os diretores
da Cemig estão preocupados com o Novo Modelo do MME no que diz respeito
ao pool de geradoras. "A Cemig vai vender barato e comprar caro", reclamou
o presidente da empresa, Djalma Morais. A energia gerada pela Cemig está
cotada a R$ 50,00 por MWh, bem abaixo da média de R$ 67,00 de outras companhias.
A obrigação de comprar do pool significará aumento de custos para a Cemig
distribuidora. (Valor - 05.08.2003) 3 Apine: Formatação dos contratos será fundamental para atrair PIEs Segundo
Eric Westberg, presidente da Apine (Associação Brasileira dos Produtores
Independentes de Energia Elétrica), a formatação dos contratos bilaterais
de longo prazo será o fator preponderante para atrair os produtores independentes
de energia (PIEs) ao pool de comercialização no novo modelo do setor elétrico,
"Uma implementação correta (dos contratos) é a única maneira de trazer
o investidor", afirma ele, observando que o fato de o excedente de cerca
de sete mil MW médios não remunerar os empreendedores pode tornar-se um
impeditivo. De acordo com o executivo, o período de vigência dos contratos
de longo prazo do pool (que pela proposta do governo terão prazo mínimo
de 20 anos) deve adequar-se ao tempo do financiamento concedido a cada
projeto de geração, garantindo receita para fazer frente aos investimentos.
Para Westberg, o ambiente livre de curto prazo, no qual os PIEs poderão
negociar caso não optem pelo pool, dificilmente será atrativo ao investidor,
em função dos riscos de mercado nele incluído. A questão será um dos pontos
abordados na reunião do Conselho de Administração da Apine nesta terça-feira,
dia 5 de agosto, em São Paulo. (Canal Energia - 04.08.2003) 4
Roberto d'Araújo: Contratos de compra são desafio para novo modelo 5 Roberto d'Araújo: Bancos estrangeiros querem retorno em dólar Nos contatos
que teve com os bancos Goldman Sachs e Bear & Stearns, em um encontro
realizado na semana passada, em Nova York, o assessor da Presidência da
Eletrobrás, Roberto D'Araújo, percebeu que os bancos não gostaram da idéia
do governo federal de alterar o indexador dos reajustes das tarifas de
energia brasileira. "O recado foi claro: os bancos querem a tarifa dolarizada",
disse D'Araújo. Entretanto, ele considera o pedido inviável. "Dolarizar
as tarifas é impossível porque a população não recebe em dólar". Segundo
o assessor, não adiantaram os argumentos de que no novo modelo do setor
elétrico as empresas terão reduzidos riscos de mercado. "Os bancos gostaram
da conversa sobre as taxas de retorno, mas querem o retorno em dólar",
disse o assessor. "Eu os alertei para o fato de que poderiam obter uma
receita menor, mesmo cobrando em dólar", contou D'Araújo, em sua palestra
durante o 5º Enercon, em São Paulo, realizado pelo Institute for International
Research (IIR). (Tribuna da Imprensa - 05.08.2003) 6 Deputado defende discussão de novo modelo para o SEE na Câmara dos Deputados O deputado
federal Eduardo Gomes (PSDB-TO) entrará com requerimento nesta quarta-feira,
dia 6 de agosto, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
convocando os agentes de distribuição, transmissão, geração e membros
do governo federal para discutirem a proposta de novo modelo para o setor
elétrico. O deputado afirmou que a discussão da proposta deve ser feita
simultaneamente com o Congresso Nacional, sob pena de os debates sobre
os temas polêmicos serem refeitos na casa. (Canal Energia - 04.08.2003) 7 Projeto de universalização de energia no RS será discutido dia 18 de agosto O governo do estado do Rio Grande do Sul continua a discutir, no dia 18 de agosto, o projeto de universalização ao acesso de energia no estado. Durante a reunião, que contará com representante do ministério de Minas e Energia, será formatado o projeto e definido o comitê gestor do estado. O programa terá investimento total de R$ 400 milhões e beneficiará 80 mil propriedades rurais. Metade do valor investido no programa, R$ 200 milhões, será disponibilizado pelo governo federal. O restante ficará a cargo do estado do RS, dos municípios e das concessionárias locais. Segundo o secretário de Minas, Energia e Comunicação do RS, Valdir Andres, todos os municípios do estado estariam ligados à rede até 2006. De acordo com determinação da Aneel, o prazo a CEEE tem até, no máximo, o ano de 2008 para concluir o processo de ligação nos municípios atendidos pela empresa. O prazo máximo para a AES Sul e para a RGE vai até 2010. No dia 26 de julho, o secretário Valdir Andres se reuniu com o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, para discutir as linhas gerais do projeto. (Canal Energia - 04.08.2003) 8
Comitiva brasileira vai aos EUA analisar política energética texana
Empresas 1 Cemig quer mudar estrutura do seu endividamento A Cemig
quer substituir sua dívida em dólar, de curto prazo, por dívida em moeda
nacional com vencimentos mais longos. Para isso, prepara um novo plano
de captação de recursos para ser apresentado ao conselho de administração.
Hoje, o endividamento da companhia mineira é de R$ 3,14 bilhões, sendo
R$ 1,4 bilhão em moeda estrangeira. "Já que boa parte da receita da Cemig
é em real é bom que a dívida seja na mesma moeda", justificou o presidente
do conselho de administração da empresa, Wilson Brumer. Para concretizar
o seu plano, a Cemig deverá fazer pelo menos uma emissão de debêntures
até o fim do ano. De acordo com Brumer, a companhia energética também
pretende incluir o BNDES no seu novo plano de captação de recursos. "O
BNDES é a melhor fonte de financiamento em real para a Cemig, com prazos
de até dez anos", afirmou. Segundo o executivo, que também é o secretário
estadual de Desenvolvimento Econômico, a empresa vem discutindo com o
MME a necessidade de garantir o acesso às linhas de financiamento do BNDES.
Por ser uma estatal, a Cemig enfrenta dificuldades para conseguir contratar
empréstimos junto ao banco. A limitação é uma forma do governo federal
evitar o aumento do endividamento do setor público e o comprometimento
dos acordos firmados com o FMI. (Valor - 05.08.2003) 2 Cemig registra lucro líquido de R$ 535 mi no semestre O diretor de Finanças da Cemig, Flávio Decat de Moura, disse que, apesar do quadro de dificuldades que a empresa enfrentou com a desvalorização do real, no ano passado, e com o atraso de recursos prometidos no âmbito do acordo geral do setor, a companhia está, gradativamente, melhorando o desempenho financeiro. No primeiro semestre de 2003, a empresa apurou um lucro líquido de R$ 535 milhões, ante um prejuízo de R$ 895 milhões no primeiro semestre de 2002. O resultado é atribuído ao reajuste de cerca de 35% ocorrido em abril último. No entanto, os executivos da estatal não mensuraram o peso do aumento tarifário nos resultados. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 3 Cemig: Previsão de 18% de aumento na conta de luz em 2004 A conta
de energia elétrica, que foi reajustada em 31,5% neste ano, vai subir
mais de 18% no próximo ano na área de concessão da Cemig, o que supera
em quase três vezes a inflação de 6,50% prevista pelo mercado para 2004
e também a meta fixada pelo Banco Central, que é de 5,50%. A previsão
de aumento foi feita nessa segunda-feira pelo diretor de Finanças e Participações
da estatal, Flávio Decat de Moura, durante apresentação dos resultados
da empresa no primeiro semestre deste ano. A Cemig prevê ainda que o reajuste
de energia seja de 13,5% em 2005, de 8% em 2006, de 11% em 2007 e de 2,5%
em 2008. (O Tempo - 05.08.2003) 4
Cemig: Novo modelo pode aumentar percentual de reajuste de energia em
2004 5 Cemig receberá R$ 324 mi do BNDES Na próxima
semana, a Cemig receberá R$ 324 milhões do BNDES, recursos que serão aplicados
para pagamento de dívidas junto a Furnas e Itaipu. Mas o empréstimo é
só uma pequena parte do que a Cemig alega ter direito de contratar, cerca
de R$ 1,9 bilhão. O valor inclui, entre outros, os valores da recuperação
das perdas do racionamento, acertada no acordo geral do setor. (Valor
- 05.08.2003) 6 Wilson Brumer: Desverticalização aumentará custos tributários da Cemig O secretário
de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Wilson Brumer, defendeu
ontem que o novo modelo do setor elétrico brasileiro deve levar em conta
o perfil de endividamento das empresas e não permitir que a desverticalização
acarrete em despesas tributárias adicionais. No caso da Cemig, segundo
Brumer, separar as áreas de geração, distribuição e transmissão pode aumentar
em R$ 80 milhões os custos tributários. Para o secretário, o novo modelo
deve criar condições para as empresas atraírem investimentos privados.
(Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 7 Requião: Apenas o excedente de energia da Copel deve ser entregue ao pool O governador
do Paraná, Roberto Requião, criticou duramente, durante reunião do secretariado
realizada ontem em Curitiba, o sistema de "pool" de compra de energia
idealizado pelo governo federal, por prejudicar os consumidores paranaenses.
Pela sua proposta, a Copel, continuaria a fornecer eletricidade mais barata
aos seus 3 milhões de consumidores paranaenses e apenas o excedente seria
entregue ao "pool". Ainda segundo Requião, a Copel não quer ficar fora
do "pool", mas o estado pleiteia o direito de se beneficiar com tarifas
mais baixas "que a própria população se encarregou de custear e materializar".
Além disso, o governo paranaense, que ainda detém 31% das ações da empresa,
quer manter a autonomia para gerenciar seus custos de geração, sem se
sujeitar a fatores de risco sobre os quais não terá condição nenhuma de
interferir. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 8 Copel deve investir R$ 1,3 bi até 2006, diz presidente da estatal Até 2006
a Copel pretende investir R$ 1,3 bilhão na transmissão, distribuição,
geração de energia e telecomunicação. O anúncio foi feito ontem pelo presidente
da estatal, Paulo Pimentel na reunião semanal do governador Roberto Requião
com todo o secretariado. Segundo ele, uma parcela desse investimento -
R$ 240 milhões, será usada para estender a rede de fibra ótica dos atuais
70 municípios para todas as 399 cidades do estado. Paulo Pimentel também
anunciou que a Copel pretende construir, até o fim de 2006, mais uma grande
hidrelétrica. A preferência seria por construí-la no Baixo Rio Iguaçu
(Região Oeste do estado). No entanto, ele disse que, dependendo das circunstâncias,
a usina poderá ainda ser levantada nos rios Ivaí, Piquiri ou Tibagi. O
presidente da Copel disse ainda que a estatal pretende participar de todas
as concorrências públicas que serão lançadas pela Aneel para a concessão
de trechos de rios com potencial de aproveitamento hidrelétrico. As concorrências
devem ser abertas para todas empresas interessadas em construir usinas
- inclusive privadas. Pimentel afirmou que a Copel também vai investir
na melhoria das redes de transmissão, "que estão muito mal tratadas".
(Gazeta do Povo - 05.08.2003) 9 Presidente da Copel apresenta reestruturação da empresa O diretor presidente da Copel, Paulo Pimentel, apresentou aos secretários estaduais e demais integrantes da equipe do governo a reestruturação e o processo de verticalização da Copel, uma das prioridades do governo Requião. Ele fez um comparativo do nível de endividamento da companhia, que era de apenas 8,8% do patrimônio líquido em 1994, e passou a 46,8% em 2002, com uma dívida atual de R$ 2,4 bilhões. Somente em 2003 estava projetado um prejuízo da ordem de R$ 550 milhões, afirmou. Sobre a evolução da inadimplência, o presidente da Copel revelou que ela cresceu de R$ 35 milhões, em 1994, para R$ 187 milhões até maio deste ano. "O problema maior é que a Justiça concede liminares que limitam nossa ação de cobrança dos grandes devedores", acrescentou. Pimentel lembrou que o valor do reajuste tarifário de 25,27% em média, determinado pela Aneel, Aneel, em julho último, transformou-se, por determinação do governador, em desconto para quem paga as contas em dia. "Beneficiamos os bons pagadores e abrimos um campo de negociação com os devedores, para reduzir ao máximo o grau de inadimplência", disse. (O Paraná - 05.08.2003) 10 Arpe inicia processo de fiscalização técnico-comercial na Celpe A Agência
de Regulação de Pernambuco (Arpe) iniciou ontem a fiscalização técnico-comercial
anual na Celpe. O objetivo é aferir o cumprimento das normas de serviços
e das cláusulas contratuais da concessão. A agência estadual promete atenção
especial aos problemas que surgiram com a mudança do sistema comercial
da distribuidora, que entrou em operação no dia 2 de junho e alterou a
rotina de leitura. Das 270 reclamações registradas pela ouvidoria da Arpe,
entre 7 de junho e 23 de julho, o maior percentual (28,5%) diz respeito
ao assunto. "O número é elevado. Além das reclamações na ouvidoria, temos
acompanhado a publicação de cartas na Imprensa questionando os critérios
adotados na leitura. Há uma suspeita de que houve faturamento em período
superior ao permitido em lei e vamos averiguar isso", afirmou o diretor-presidente
da Arpe, Jayme Asfora Filho. Pela Resolução nº 124 da Aneel e Portaria
nº 456, as distribuidoras são obrigadas a fazer a leitura num prazo entre
27 e 33 dias. O vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, argumenta
que a empresa optou por antecipar a leitura de abril/maio e retardar a
de maio/junho para reduzir o número de faturamentos pela média, que ainda
atingiu cerca de 35% dos 2,2 milhões de consumidores.A fiscalização da
Arpe vai até o dia 12 de setembro. (Diário de Pernambuco - 05.08.2003) 11 Celpe vai explicar não cumprimento das metas de DEC e FEC A Celpe vai enviar na próxima semana um recurso administrativo à Arpe explicando o não cumprimento das metas de DEC (tempo médio que cada consumidor pode ficar sem receber energia durante o ano) e FEC (freqüência média das interrupções) em alguns conjuntos de consumidores do Estado em 2002. A Arpe constatou esse problema e encaminhou uma primeira comunicação à Celpe, que enviou sua defesa. A agência, no entanto, acatou apenas uma parte das justificativas. O não cumprimento das metas em sete conjuntos resultou na aplicação de uma multa de R$ 103,4 mil. O processo ainda não está concluído. (Diário de Pernambuco - 05.08.2003) 12 Celesc realizará análise nos reservatórios de cinco usinas A Celesc,
que possui 12 hidrelétricas no seu parque gerador, irá avaliar a situação
de cinco usinas que possuem os reservatórios mais amplos. O estudo beneficiará
as hidrelétricas de Palmeiras e Cedros, localizada no município de Rio
de Cedros; Bracinho, em Schroeder; Garcia, em Angelina; e Caeira, na cidade
de Lajes. O objetivo do estudo é avaliar a interação dos reservatórios
com o ambiente, definindo limites de risco para a preservação tanto no
aspecto da geração como no de abastecimento de água. Com isso, será definido
um plano de gestão para os reservatórios. "O estudo fará um diagnóstico
da situação das usinas, incentivando ações e propondo soluções", comenta
Sebastião Hulse, chefe do departamento de Geração da empresa. O estudo
de engenharia ambiental, orçado em R$ 500 mil, será a primeira parte do
programa de gestão dos reservatórios. O prazo para a entrega do documento
termina em 2004. O documento reunirá dados como cadastro dos moradores
que vivem próximo aos reservatórios, condições da mata ciliar, uso do
reservatório para outros fins como agricultura e navegação, nível de invasão
da área, levantamento topográfico da região e assoreamento. Esse levantamento
das condições sociais, ambientais e patrimoniais dos reservatórios é uma
exigência da Aneel. (Canal Energia - 04.08.2003) 13 Senado vota retirada da Eletronorte do PND A Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal se reúne
nesta quarta-feira, 6 de agosto, para votar pauta com 49 itens, sendo
o primeiro deles o substitutivo ao projeto de lei do Senado que altera
a legislação sobre o PND (Programa Nacional de Desestatização). O objetivo
é excluir das disposições do plano a Eletronorte. A instituição do controle
externo das agências reguladoras também está na pauta de votações da CCJ.
(Canal Energia - 04.08.2003) Coluna de Ancelmo Gois: "A Light foi autuada em R$ 6 milhões pela Aneel. É acusada de fechar postos de atendimento ao público sem ter seguido a cartilha da agência". (O Globo - 05.08.2003) O índice de satisfação do cliente residencial, medido pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), recuou de 74%, em 2002, para 71,7%, em 2003. A pesquisa será divulgada amanhã, durante a cerimônia do Prêmio Abradee, em Brasília. (Folha de São Paulo - 05.08.2003) A Abinee reúne-se hoje, no Rio de Janeiro, com Luiz Pinguelli Rosa (Eletrobrás), e com o conselho dos presidentes das estatais federais de energia elétrica. O objetivo é discutir investimentos em obras de ampliação do sistema elétrico nacional. (Folha de São Paulo - 05.08.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Subsistema Sul tem baixa de 2,08% no consumo A região
Sul está com baixa de 2,08% no consumo nos últimos sete dias. No domingo,
dia 3 de agosto, o subsistema consumiu 5.520 MW médios contra previsão
de 6.647 do programa mensal de operação (PMO) do ONS. O Sudeste/Centro-Oeste
teve consumo de 21.529 MW médios, contra previsão de 25.770 MW médios
do operador do sistema. O submercado está com baixa no PMO de 7,11% nos
últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.434 MW
médios, o subsistema registra queda de 12,74% no mesmo período. No Nordeste,
o consumo chegou a 5.236 MW médios, contra previsão de 5.952 MW médios
do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula queda no consumo de 5,23%.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.441 MW médios, o subsistema
está com baixa de 12,43% no período. O Norte registrou consumo de 2.412
MW médios, contra previsão de 2.636 MW médios do operador do sistema.
Em relação ao programa mensal de operação, a região tem queda de 4,84%
nos últimos sete dias. (Canal Energia - 04.08.2003) 2 Subsistema Norte registra redução de 0,37% A região
Norte está com 72,72% da capacidade, volume 0,37% menor do que o registrado
no dia anterior. O nível da usina de Tucuruí está em 87,59%. (Canal Energia
- 04.08.2003) 3 Nível de armazenamento do subsistema Nordeste está em 39,54% Os reservatórios
do subsistema Nordeste atingem 39,54% da capacidade, uma queda de 0,11%
em relação ao dia anterior. O volume armazenado está 21,93% acima da curva
de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho está com 33,23% de
sua capacidade. (Canal Energia - 04.08.2003) 4
Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra nível de armazenamento de 66,71% 5 Nível do subsistema Sul não apresenta alteração A capacidade
de armazenamento do subsistema Sul está em 59,54%. O nível permaneceu
estável em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra
índice de 53,79%. (Canal Energia - 04.08.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE: Liquidação financeira referente ao mês de julho foi concluída O MAE concluiu
ontem a última liquidação financeira em atraso, a do mês de junho de 2003.
Nesta última etapa, houve adimplência de 100%, o que resultou na arrecadação
de R$ 27,55 milhões. No total, o MAE somou R$ 1,448 bilhão com as liquidações
de todas as operações de 2000 até junho de 2003. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Candiota III será a primeira térmica a ser concluída, diz Dilma A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que a usina de Candiota III será a primeira térmica a carvão a ser concluída pelo governo federal. A justificativa da ministra é de que esta usina é a térmica mais barata que existe para ser implementada no país. A análise foi feita na última sexta-feira, 1° de agosto, na reunião da ministra com a direção da CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica). Rousseff explicou que o novo modelo do setor tem como estratégia uma diversificação de fontes, incluindo a geração térmica. (Canal Energia - 05.08.2003) 2 Gás boliviano: Reunião para discutir redução de preços pode ser adiada A reunião
marcada para os dias 11 e 12 de agosto - próxima etapa das negociações
com os bolivianos, na tentativa de reduzir o preço do gás natural importado
- pode ser adiada. A afirmação foi feita ontem pelo diretor de gás e energia
da Petrobras, Ildo Sauer. Na última reunião, a Petrobras entregou sua
proposta de acordo. Segundo Sauer, como já ocorreu em outras ocasiões,
os bolivianos podem pedir mais tempo para a análise da proposta. Segundo
o diretor, no segundo trimestre a Petrobras teve perdas da ordem de US$
3 milhões pela ausência de repasses do governo brasileiro para os preços
de gás praticados no País, enquanto o produto ficava mais caro no mercado
internacional. A idéia da Petrobras, segundo Sauer, é recuperar isso.
Ele informou que, apesar de a empresa estar pagando pelo valor previsto
no contrato original, a expectativa é de que os preços do gás a serem
acordados sejam retroativos, ou seja, tenham vigência a partir do início
das negociações, no começo do ano. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 3 Petrobras prevê consumo de 100 milhões de m3 de gás natural até 2010 Em relação
ao consumo de gás natural, as previsões da Petrobras são otimistas. Segundo
o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, o consumo de gás
natural no País pode chegar a aproximadamente 100 milhões de m³ até o
final da década. Segundo ele, estimativas iniciais da Petrobras eram de
que o consumo diário passaria dos atuais 28 milhões de m³ de gás para,
no máximo, 50 milhões de m³ até 2007. "As ações que estamos propondo podem
dobrar isso até 2010", destaca o diretor. O programa de massificação do
consumo de gás prevê, entre outros projetos, ampliação da malha de gasodutos
no Nordeste, construção de um gasoduto entre o Rio de Janeiro e a Bahia
e a construção de gasodutos para garantir gás natural para geração de
energia em Manaus, em substituição ao óleo diesel. Além do desenvolvimento
desses projetos, a Petrobras também pretende incentivar o consumo do combustível
no transporte coletivo urbano e na co-geração industrial, entre outros
segmentos. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 4 Sauer: Renegociação dos contratos de aluguel da Petrobras com termoelétricas está avançando O processo
de negociação envolvendo a Petrobras e controladores das termelétricas
merchants Macaé Merchant (El Paso), Eletrobolt (Enron e bancos credores)
e TermoCeará (MPX) continua. A renegociação dos contratos de aluguel das
usinas, explica o diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, ainda
não tem conclusões fechadas, mas está avançando. Sauer limitou-se a dizer
que o principal objetivo dessa negociação, iniciada no início do ano,
é buscar um ponto de equilíbrio nas condições de compra da energia das
centrais geradoras. O desequilíbrio atual gera um custo anual perto de
US$ 300 milhões para a estatal, que deve desembolsar após cinco anos a
soma de US$ 1,5 bilhão pelo aluguel - valor equivalente ao custo de construção
das três usinas. (Canal Energia - 04.08.2003) 5 Participação da Petrobras na Gasmig deve ser de 25% Está em processo de análise financeira a compra de parte da Gasmig (distribuidora de gás natural em Minas Gerais) pela Petrobras, segundo informou o diretor de Gás e Energia da companhia, Ildo Sauer. O Banco do Brasil e o Unibanco, contratados como assessores financeiros pela Petrobras e pela Cemig (controladora da Gasmig), respectivamente, são responsáveis pelas análises. "Os bancos estão fazendo levantamentos quanto ao valor de mercado da Gasmig. Havendo consenso quanto ao valor apresentado, a Petrobras vai se associar minoritariamente à empresa", diz Sauer. A entrada da Petrobras na distribuidora mineira de gás deve se dar numa faixa de 25% - limite imposto pela Assembléia Legislativa do estado - o que garante participação na gestão da empresa. De acordo com o executivo, a entrada de um player do porte da Petrobras na Gasmig ajudará a desenvolver o mercado secundário de gás em Minas Gerais. (Canal Energia - 04.08.2003) 6 Petrobras é responsável por 89,3% das importações de gás natural A competição nas importações de gás natural, iniciada com a garantia de acesso da britânica BG ao Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), voltou praticamente à estaca zero. As importações na multinacional foram praticamente nulas no segundo trimestre e a Petrobras reassumiu uma participação em torno de 90% nas compras externas do combustível, mesmo nível do final do ano 2000. Segundo a ANP, o País importou, em maio, 14,9 milhões de m3 da Bolívia e da Argentina. Deste total, a Petrobras foi responsável por 89,3% e as outras três empresas autorizadas a importar (BG, EPE e Sulgás) ficaram com os 10,7% restantes. No período de maior competição, estas empresas chegaram a ter uma fatia de 43,5% das importações, mas seus negócios vêm sendo reduzidos a cada mês. "Essa situação tende a se acentuar, porque todos os projetos de expansão da malha de dutos estão associados à Petrobras", avalia o consultor David Zylbersztajn, da DZ Consultoria, que defendeu a competição nas importações quando esteve à frente da ANP. Foi durante sua gestão que, após uma longa disputa com a Petrobras, a BG conseguiu acesso ao Gasbol para importar gás da Bolívia. (Jornal do Commercio - 05.08.2003) 7 Petrobrás vai analisar projetos para refinaria com base em 4 premissas Apesar das pressões de 12 Estados para sediar a nova refinaria, com sinal verde e participação da Petrobras, José Eduardo Dutra, presidente da estatal, tem afirmado que o projeto será analisado com base em quatro premissas: viabilidade econômico-financeira, proximidade do mercado, facilidade de escoamento da produção e aspectos sócio-econômicos. Estão na lista: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Sergipe e Pernambuco. A estatal já decidiu que será minoritária para evitar novas críticas sobre monopólio no refino, que a ANP já tentou quebrar, obrigando a venda de parte da gaúcha Refap para a RepsolYPF. Dutra preocupa-se em frisar que não será o governo quem vai decidir o local pela Petrobras. E alega que se a orientação política for contrária aos estudos econômico-financeiros, a estatal terá que ser ressarcida pela União com incentivos. A estatal encomendou estudos de viabilidade econômica de todos os Estados candidatos à nova refinaria. (Valor - 05.08.2003) 8
Petrobras investirá US$ 5,5 bi para modernizar área de refino 9 Petrobras: Nova refinaria terá de entrar em operação em 2008 Os estudos da estatal indicam que a nova refinaria terá de entrar em operação em 2008. A decisão sobre o local será divulgada no primeiro trimestre de 2004. Apesar do interesse dos Estados, o economista Adriano Pires, ex-assessor da ANP, lembra que pela atual legislação tributária uma nova refinaria não trará benefício fiscal. O ICMS sobre os derivados é cobrado no destino e não na origem, o que o governo do Rio quer mudar na reforma tributária. Pires também prevê que a refinaria vai gerar crescimento e emprego só durante a construção, além de negócios para empresas de equipamentos, terraplanagem e montagem. "Depois de pronta, a refinaria vai empregar menos gente. E cria uma população no seu entrono, com problemas locais e regionais muito sérios. É o caso da desvalorização da terra a sua volta, devido à população de baixa renda que se instala ao lado, além de passivo ambiental. Por isso, a refinaria é mais interessante para o governo que vai fazer do que para aquele que vai herdar", avalia Pires. (Valor - 05.08.2003) 10
Importações da BG caíram de 2,4 milhões para 2 mil m3 diários 11 Sobra de energia influenciou queda de importações da Sulgás e da EPE No caso da Sulgás e da EPE, a redução das importações foi provocada pelo fracasso do programa termelétrico. "O gás que importamos da Argentina abastece exlcusivamente a térmica de Uruguaiana e o volume depende de sua atividade", explica o presidente da Sulgás, Hugo Mardini. Com o fim do racionamento e o ambiente de sobra de energia, a usina reduziu suas operações. A EPE importa combustível para a térmica da Enron em Cuiabá. A Sulgás já chegou a trazer 2,6 milhões de metros cúbicos por dia, em maio de 2001. Um ano depois, último dado disponível pela agência, as compras na Argentina ficaram em torno de 1 milhão de metros cúbicos diários. A EPE já chegou a importar diariamente 1,6 milhão de metros cúbicos. Em maio, trouxe 524 mil metros cúbicos. (Tribuna da Imprensa - 05.08.2003) 12 TSB: Gasoduto ligaria Atlântico ao Pacífico O duto de
gás natural TSB no Brasil é a ligação que falta para conexão das redes
de dutos do Rio de Janeiro, no litoral atlântico, ao litoral pacífico
do Chile, disse o diretor do TSB, José Dias, no Energy Summit, no Rio
de Janeiro. Um dos benefícios do tão chamado "corredor azul" é que ele
permitiria que caminhões cruzassem a América do Sul usando gás natural,
disse. No entanto, a construção do gasoduto de 550 km, estimada em US$
307 milhões, aguarda decisão do governo brasileiro para o setor de gás
natural, disse, acrescentando que o governo estabeleceu um grupo de trabalho
para estudar a viabilidade do gasoduto. O governo precisa primeiro decidir
como encaixará a usina termelétrica Termocanoas (500 MW) no pool de geração
planejado. Se isso puder ser alcançado, o gasoduto será necessário para
alimentar a usina, disse. (Business News Americas - 02.08.2003) 13 Presidente da Copel reafirma interesse na compra da termo UEG O presidente
da Copel, Paulo Pimentel, reafirmou a intenção do governo do estado em
comprar o controle acionário da Termoelétrica UEG, em Araucária. A Copel
hoje tem 20% das ações da empresa (outros 20% estão nas mãos da Eletrobrás
e o restante na multinacional norte-americano El Paso). Apesar disso,
todos os encargos com o não-funcionamento da usina - que apresenta problemas
de projeto - estariam sendo arcados pela Copel. Segundo Pimentel, a compra
da UEG é possível, mas depende de uma participação da União no investimento.
Paulo Pimentel disse ainda que a Copel está próxima de um acordo com a
Cien - empresa que venderia energia argentina ao Paraná e cuja compra
foi considerada desvantajosa pelo atual governo do estado. "Nos próximos
15 dias esse assunto será resolvido", disse Pimentel. Segundo ele, a estatal
paranaense tem dois contratos de compra de energia com a Cien, cada um
de 400 MW, no sistema take-or-pay. Mas a estatal quer ficar com apenas
300 MW dos 800 MW. (Gazeta do Povo - 05.08.2003) 14 Construção de Térmica de Corumbá deve se iniciar em outubro Reunião
realizada ontem entre o governador José Orcírio dos Santos e os diretores
da MPX Mineração e Energia, o gerente da Tractebel, Carlos Alberto de
Verney Gothe, Gaspetro, e senador Delcídio do Amaral definiu que as obras
da termoelétrica de Corumbá começam entre os meses de outubro e novembro
deste ano. A usina deve iniciar a produção de energia ainda no mês de
maio de 2004. O investimento é de US$ 125 milhões - um capital totalmente
privado. A princípio serão gerados 70 MW/h de energia e, até dezembro
de 2004, serão mais 30 MW. Até 2005, a usina terá capacidade de fornecer
mais 80 MW/h, totalizando 180 MW. Segundo o diretor da MPX, Eike Batista,
o encontro teve como objetivo definir alguns pontos do projeto e as obrigatoriedades
de cada lado. Ele acredita que as obras comecem ainda em outubro. Para
que seja iniciada, a construção da usina depende dos alvarás e da licença
ambiental. Após a instalação da termoelétrica e a geração de energia,
serão exploradas jazidas de minérios da região. O presidente da MSGás,
Luiz Landes Pereira, disse que hoje serão realizadas duas reuniões entre
a MPX Tractebel e a MSGás para discutir detalhadamente alguns pontos do
projeto. Landes prefere não arriscar uma data para o início das obras,
porém confirma o mês de maio para o início da geração de energia. (Correio
do Estado - 05.08.2003) 15 Soenergy vê região Norte como principal mercado de atuação da empresa A geração
de energia elétrica nos sistemas isolados da região Norte tornou-se um
bom negócio para a Soenergy, subsidiária da Sotreq. Cerca de 50% do faturamento
da empresa em 2002, ou R$ 107 milhões, foi obtido com negócios na localidade.
O diretor geral, Antônio Braz Bueno do Prado, explica que a empresa vê
a região Norte como o principal mercado de atuação, através de unidades
de geração que variam entre 10 MW e 20 MW de capacidade instalada. O fornecimento
é feito com unidades de geração a partir de power modules, que tem 1,6
MW de capacidade instalada e utiliza óleo diesel. Ele afirma que a empresa
pode atender em períodos temporários ou em tempos maiores nas áreas isoladas.
Atualmente, a Soenergy fornece energia elétrica para áreas atendidas pela
Ceam, CEA e Eletronorte. No Amazonas, cita Prado, a empresa abastece 20
municípios com uma capacidade instalada de 100 MW. Além disso, a Soenergy
assumiu a geração, em julho de 2003, do distrito de Monte Dourado, no
município de Almerim (PA), onde está localizado a Jari Celulose. A empresa,
que investiu US$ 1,7 milhão no projeto, atenderá 13 mil pessoas e mais
de 100 empresas com a termelétrica, de 4,75 MW de capacidade instalada.
(Canal Energia - 04.08.2003) Economia Brasileira 1 Meirelles comenta ação de especuladores O presidente do BC, Henrique Meirelles, ao comentar ontem se teria chegado ao fim a lua-de-mel entre mercado e governo, na visão de alguns analistas, tendo em vista as altas do dólar e do risco-país, disse que os "momentos" do mercado não devem ser "dramatizados". "Acho que os movimentos de mercados são naturais. Nós não precisamos e não devemos dramatizar os momentos do mercado", disse Meirelles, ao assinalar que "existem fatores externos e internos" que influenciam esses momentos, mas que ao país cabe fazer o seu papel. Ele citou dois desses momentos: "De um lado, existe a questão da subida das taxas reais dos títulos americanos, que faz com que a liquidez disponível para os países emergentes diminua um pouco". "Por outro lado, temos fatores no Brasil. Existem expectativas muito grandes em relação à possível aprovação das reformas, e os mercados tendem a ficar mais otimistas e mais pessimistas", disse. Segundo ele, "não devemos nos preocupar em excesso" com as movimentações do mercado, mas devemos nos preocupar "muito" com o objetivo maior, que listou como sendo "o trabalho da busca cada vez mais forte de uma inflação baixa, da estabilidade econômica e do equilíbrio das finanças públicas", além da aprovação das "reformas fundamentais". (Folha de São Paulo - 05.08.2003) 2 BC pode rever recolhimento compulsório nesta semana Numa tentativa de estimular o crescimento econômico, o BC pode anunciar nos próximos dias uma redução dos recolhimentos compulsórios, parcela dos depósitos bancários que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC. Essa informação foi dada pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a deputados petistas, durante reunião ocorrida no último final de semana. A redução do compulsório faria parte de uma série de medidas que o governo pretende anunciar para tentar estimular a atividade econômica. Durante o encontro, Dirceu teria dito, sem especificar a quem estava se referindo, que estão falando em dez pontos percentuais de queda do compulsório, mas que ele preferia queda de vinte pontos percentuais. A queda no recolhimento compulsório está sendo estudada pelo BC há alguns meses. (Folha de São Paulo - 05.08.2003) 3 Para analistas, compulsório menor pode injetar R$ 50 bi na economia Uma redução de 20 pontos percentuais no recolhimento compulsório dos bancos pode elevar em cerca de R$ 50 bilhões os recursos disponíveis para financiamento no país. Atualmente, o BC retém 68% dos depósitos à vista dos bancos. Nessa conta, o compulsório cairia para 48%, como prevê o mercado. Esse dinheiro extra, porém, não será suficiente para aumentar a procura por crédito e, assim, movimentar a economia, na análise de economistas consultados. A demanda por financiamento pode crescer, dizem, se a redução do compulsório dos bancos vier acompanhada da queda nas taxas de juros para os consumidores. Depende também da confiança do consumidor no futuro e da decisão dos bancos de emprestar o dinheiro. Fernando Sarti, economista da Unicamp, diz que "a redução do compulsório dos bancos é uma atitude desesperadora do governo para evitar o aprofundamento da crise. Do jeito que está a renda, o efeito deve ser pequeno". "Não é a redução do compulsório que fará aumentar a procura por empréstimos. A demanda depende da confiança do consumidor, dos juros, da renda e da inadimplência", afirma Roberto Padovani, economista. Para Fábio Pina, economista da Fecomercio, se o consumidor não tem dinheiro ou está desempregado, não adiantam juros baixos. "O governo precisa criar condições para aumentar os investimentos". (Folha de São Paulo - 05.08.2003) 4
Mercado aposta em redução de 1,5 ponto na taxa Selic 5 Programa de crescimento econômico será divulgado ainda esse mês As medidas
de indução ao aquecimento da economia elaboradas por empresários e sindicalistas
que fazem parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES)
serão anunciadas no próximo dia 21, em Brasília. A reunião estava prevista
inicialmente para o dia 14 e terá a participação do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Nos próximos
dias, o presidente do CDES, Tarso Genro, entregará a Palocci documento
que contém as sugestões de consenso acertadas entre os empresários e sindicalistas
no fórum "Fundamentos Estratégicos do Desenvolvimento", realizado no Rio
de Janeiro e em São Paulo na semana passada. Os estudos relacionados ao
setor privado estão concentrados nos ministérios do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, dos Transportes
e de Minas e Energia. Na atual fase de elaboração das diretrizes, os incentivos
fiscais são revistos e as cadeias produtivas estão sendo mapeadas para
identificar gargalos setoriais. O setor automotivo é uma das cadeias em
estudo. Uma das mudanças que serviria para estimular o comércio externo
e também o mercado interno é a desoneração da produção de alguns setores.
A desoneração para a produção de bens de capital será incluída na proposta
de reforma tributária. Na Câmara, os deputados petistas defendem que a
desoneração se estenda também ao setor de serviços, com a inclusão de
empresas de transportes. Os ministérios do Planejamento, Transportes e
Minas e Energia finalizam a revisão do marco regulatório para o setor
da infra-estrutura. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 6 Brasil tem déficit de investimentos para exportar, diz Ricupero Uma questão
paradoxal apresentada pelo ex-ministro da fazenda e atual presidente da
Unctad, Rubens Ricupero, chamou a atenção durante o Simpósio sobre o "Estado
Atual das Negociações Comerciais OMC e Alca", iniciado ontem no Instituto
de Economia da Unicamp, em Campinas (SP). O Brasil poderá obter sucesso
nas negociações para acesso a mercados tanto na Alca quanto na União Européia,
mas não conseguirá atender estes mercados. O problema, segundo Ricupero,
está na posição de ampliar as exportações sem correspondente investimento
em produção. "O Brasil pode ter possibilidade de exportar mais, mas não
tem como produzir. Há um descompasso entre a oferta do País e o pleito
para acesso a mercados", disse. Para ele, falta ao Brasil uma estratégia
conjugada de acesso a mercado com correspondente ampliação da capacidade
de produção. "Chamem isso do que quiserem, política de competitividade
tecnológica, competitividade de exportações ou política industrial", disse.
O presidente da Unctad afirmou ainda que a oferta brasileira em produtos
agrícolas é importante, representa muito para o equilíbrio da balança
comercial no curto prazo para o País, mas é insuficiente para a promoção
do desenvolvimento. Segundo ele, a tentativa brasileira de ganhar mercados
"pouco dinâmicos" como suco de laranja concentrado e açúcar, além de difícil,
não produz os avanços necessários ao País. "A agricultura tem papel limitado
no processo de desenvolvimento". Um estudo da instituição indica que dos
20 produtos mais dinâmicos do comércio internacional (aqueles que tenham
crescimento duas vezes maior que a média de expansão do comércio mundial),
o Brasil quase não participa. (Gazeta Mercantil - 05.08.2003) 7 IPC-S sobe para 0,30% em função de reajustes nas tarifas de telefonia e energia O IPC-S de 28 de julho, calculado pela FGV, registrou inflação de 0,30%. Esta apuração, ainda sob o efeito de fortes reajustes tarifários, revelou, pela segunda vez consecutiva no mês de julho, variação positiva. O aumento da taxa, entre a apuração passada e esta, foi de 0,28 ponto percentual. Embora este resultado para o IPC-S seja elevado, tal avanço se justifica, segundo a FGV, pelo impacto direto dos preços administrados. A maior contribuição para a formação da variação divulgada coube ao grupo Habitação, que inclui as tarifas telefônica e de energia. A influência deste grupo na divulgação anterior havia sido de 0,36 ponto percentual, saltando para 0,48 ponto percentual na divulgação atual. Se o grupo Habitação fosse excluído do cálculo deste IPC-S, haveria uma deflação de 0,26%. (O Globo - 05.08.2003) 8
Fipe registrou deflação 0,08% no município de São Paulo em julho O mercado
financeiro brasileiro dedicou a manhã desta terça-feira à correção dos
excessos cometidos na véspera. O dólar à vista fechou a manhã em baixa
de 1,20%, cotado a R$ 3,031 na compra e R$ 3,034 na venda. Ontem, no final
dos negócios, o dólar comercial registrava valorização de 1,18%, a R$
3,0670 na compra e a R$ 3,0710 na venda. Durante o pregão marcado pelo
nervosismo, a moeda atingiu a máxima do dia em R$ 3,1130, com avanço de
2,57%. (O Globo On Line e Valor Online - 05.08.2003)
Internacional 1 CFE abre licitação para conversão de Encino A energética
estatal mexicana CFE publicou edital de licitação para conversão da usina
termelétrica El Encino, em Chihuahua, de ciclo aberto para ciclo combinado,
segundo informações da CFE. O contrato é para projeto, engenharia, abastecimento,
instalação e colocação da unidade de ciclo combinado em funcionamento,
com capacidade entre 55 e 68 MW. O edital está disponível até 12 de novembro,
e as propostas serão recebidas em 18 de novembro. A CFE abrirá as propostas
técnicas no mesmo dia, e as econômicas, no dia 10 de dezembro. As obras
devem ser iniciadas em janeiro de 2004, com término programado para 1º
de março de 2006. (Business News Americas - 05.08.2003) 2 Lucro operacional da Statoil cai 7% O grupo
de energia Statoil, que tem participação de 82% do Estado norueguês, apresentou
um lucro operacional de 1,26 bilhão de euros, menos 7% do que no período
homólogo de 2002, uma redução já esperada pelos analistas. Segundo um
comunicado emitido hoje (04.08) pela Statoil, "as previsões da produção
média para 2003 foram ajustadas de 1,06 para 1,07 milhões de equivalentes
a barris de petróleo por dia, principalmente devido a um aumento das vendas
esperadas de gás para 20,5 bilhões de m3". (Diário Econòmico - 04.08.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 IPART. A Users Guide to the Financial Model for the 2004 Electricity Network Pricing Review. Other Paper nº 15. Sydney: Novembro de 2002. 36 páginas. Este artigo trata da mensuração de padrões de qualidade nos serviços de distribuição de gás feitos pela agência reguladora australiana durante para a revisão tarifária de 2004 e seu impacto no WACC e CAPM. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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