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IFE: nº 1.164 - 04 de agosto de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Fundos de Pensão: Investimento no SEE
2 Petros: Investimentos no SEE
3 PREVI: Investimentos no SEE
4 Participante de fundos querem garantia de retorno
5 BNDES: Apoio à hidrelétrica de Belo Monte
6 BNDES: Apoio à hidrelétrica do Rio Madeira
7 Dilma defende novo modelo do SEE
8 Governo pode introduzir critérios de competitividade para inserção de fontes alternativas, diz Dilma
9 Governo precisa garantir investimento contra risco político, diz Castelar
10 Castelar: Regulação e criação de agência reguladora após início de privatizações comprometeu o SEE
11 Castelar elogia criação do "pool"
12 ABCE reinvidica governança corporativa para o SEE
13 Diretora-executiva do ABCE sugere criação de conselho consultivo para o setor
14 Vice-presidente da AES Tietê defende adicional tarifário
15 Diretora de Regulação da Guaraniana reclama da carga tributária sobre empresas de distribuição
16 Abradee: Se a proposta do modelo tiver ajustes, não haverá problema para o aporte
17 Projeto Luz no Campo investirá R$ 18 mi em energia solar
18 Pinguelli: Geradoras federais devem rever contratos de terceirização

Empresas
1 Light prevê receita adicional de R$ 17 mi até fim do ano
2 Chesf: Aneel estabelece receita anual permitida para reforços em subestações
3 CPFL Geração transfere contratos de 20 usinas para Nova 1 Participações
4 Manaus Energia dá início a três licitações
5 Eletropaulo desenvolve tecnologia de célula combustível de alta potência

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dilma: País está com 16% de sobra de energia
2 Expansão da usina de Santa Cruz acrescentará mais 350 MW à capacidade geração
3 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Presidente da GTB defende nova fórmula para o "take or pay"
2 Miller elogia disposição do governo brasileiro de integrar gasodutos
3 Caminho do gás no Brasil deveria ser do Sul para o Norte, diz Miller
4 Estado do RJ quer manter áreas da ANP com Petrobras

Grandes Consumidores
1 Autogeração aumentou 17% no setor industrial entre 2000 e 2002
2 Autogeração no Comércio passou para 142 GWh entre 2000 e 2002
3 Autogeração traz vantagens econômicas para consumidores, diz presidente da Cemig

4 Usiminas atinge 25% de auto-suficiência em energia
5 Usiminas vai investir R$ 237 mi em geração de energia nos próximos três anos
6 Aneel autoriza extinção do Consórcio Grupo de Empresas Associadas de Barra Grande
7 Aneel autoriza transferência da participação na usina Candonga

Economia Brasileira
1 Governo acelera pacote de emergência contra crise
2 Criação da PPP é uma das prioridades do Governo
3 Fundos vão bancar plano de desenvolvimento

4 Investimentos em infra-estrutura serão prioridades
5 BC prepara redução do compulsório
6 BNDES e CAF financiam juntos infra-estrutura
7 Governo quer acordo menos rígido com FMI
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Pesquisa prevê EDF e E.ON como líderes globais no setor de energia
2 Endesa prevê aumento dos lucros no 2o semestre
3 Repsol propõe novos investimentos no Equador

Biblioteca Virtual do SEE
1 Paiva, Claudio. Trade Elasticities and Markets Expectations in Brazil. IMF Working Paper 03/140. Washington: IMF, Junho de 2003. – 23 páginas

 

Reestruturação e Regulação

1 Fundos de Pensão: Investimento no SEE

O Governo pretende utilizar os recursos dos fundos de Pensão como um importante instrumento de financiamento em infra-estrutura, onde se destaca o SEE. Para tanto, terá que ampliar os limites de aplicação em renda variável (ações) e definir as garantias de rentabilidade. O governo já iniciou as mudanças nas normas do setor para atender às demandas dos fundos, ampliando o prazo para os fundos se adequarem às atuais regras de aplicação. O BC informou que o governo em breve anunciará limites mais flexíveis para os investimentos do fundos. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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2 Petros: Investimentos no SEE

Em entrevista dada à FSP, o presidente da Petros, Wagner Pinheiro de Oliveira, afirmou que do patrimônio de R$ 19,4 bilhões, poderá investir até R$ 3 bilhões em empreendimentos com prazo de retorno de dez anos. Sobre as debentures das empresas do SEE, o executivo afirmou que se tiverem garantia e se a remuneração for adequada, não haverá problema. "Energia elétrica é um investimento adequado ao nosso perfil", disse. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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3 PREVI: Investimentos no SEE

A Previ está muito exposta aos investimentos em empresas do SEE, representando 17% do total dos investimentos da Previ em renda variável. Para aplicar em novos projetos, a Previ teria de se desfazer de parte dos atuais investimentos ou ter as normas de aplicações flexibilidas pelo governo. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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4 Participante de fundos querem garantia de retorno

Os trabalhadores que participam de fundos de pensão não querem que o dinheiro destinado a complementar suas aposentadorias seja usado como fonte de recursos baratos para financiar obras no setor de infra-estrutura. "Esses investimentos devem ser condicionados à participação dos fundos no controle acionário e na gestão da empresa responsável pelos projetos", diz José Ricardo Sassersson, presidente da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão). Para isso, entretanto, será preciso mudar a legislação que regulamenta as fundações de seguridade. De acordo com a resolução 2.829/2001 do CMN (Conselho Monetário Nacional), a participação dos fundos de pensão no capital de uma empresa não pode superar 20%. "A experiência mostrou que não adianta investir de forma pulverizada em empresas sem participar das decisões", diz. Segundo ele, a participação de representantes dos fundos de pensão nos conselhos de administração de companhias das quais são acionistas, muitas vezes, desagrada aos controladores. Na sua opinião, a decisão de investir ou não em projetos de infra-estrutura, como quer o governo, dependerá também da garantia de retorno desses investimentos. "Há setores rentáveis, como o de rodovias, e outros que não dão retorno, como telefonia", diz ele. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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5 BNDES: Apoio à hidrelétrica de Belo Monte

Segundo o presidente do BNDES, Carlos Lessa, a usina de Belo Monte, no Pará, será para a região Nordeste o complemento energético necessário para suprir a atividade econômica que será gerada pela transposição das águas do Tocantins e do São Francisco. Lessa disse que, com o virtual esgotamento do potencial hidrelétrico do São Francisco, a energia de Belo Monte é essencial para o Nordeste. O projeto prevê que a usina terá potência instalada de 11.182 MW, um pouco menos do que Itaipu, a maior hidrelétrica em operação do mundo. O presidente do BNDES, em palestra feita na semana passada no Clube de Engenharia do Rio, admitiu que Belo Monte tem problemas a serem resolvidos. Além da questão ambiental, a usina tem pelo menos um sério problema operacional: nos meses de seca a potência firme (geração mínima assegurada) cai para 4.675 MW. O custo da usina é controverso. Dependendo da fonte do cálculo, o custo da obra pode ir de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) a US$ 11 bilhões (R$ 33 bilhões). (Folha de São Paulo - 04.08.2003)

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6 BNDES: Apoio à hidrelétrica do Rio Madeira

O aproveitamento hidrelétrico do Madeira, com as construções das usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, é defendido pelo presidente do BNDES, Carlos Lessa, como estratégico para a integração física da América do Sul. Pelo projeto divulgado em março deste ano pela estatal Furnas Centrais Elétricas (grupo Eletrobrás), as duas usinas terão potência instalada de 7.362 MW e custarão R$ 12 bilhões. O Madeira é um dos principais afluentes do rio Amazonas. As obras das usinas de Santo Antônio e Jirau são consideradas essenciais para permitir a interligação hidroviária da bacia do Amazonas com as dos rios Orinoco, na Venezuela, e do Prata. (Folha de São Paulo - 04.08.2003)

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7 Dilma defende novo modelo do SEE

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, fez ontem uma distinção entre as críticas endereçadas ao modelo atual do setor elétrico e ao novo formato. "A situação vigente hoje é a seguinte: é proibido gerador vender diretamente ao distribuidor", disse, ao comentar a crítica do governador do Paraná, Roberto Requião, que discorda do sistema de pool previsto no futuro modelo. A ministra lembrou que um gerador pertencente ao mesmo grupo do distribuidor só pode vender a ele em leilão. "Ela (distribuidora) não compra nenhuma nova geração que não seja por leilão e por menor preço". A ministra observou também que a energia dos contratos iniciais está sendo descontratada no ritmo de 25% a cada ano. No final do ano passado, a descontratação de 2003 foi prorrogada, mas 50% vencerão em 2004, 75% em 2005 e 100% em 2006. "Essa energia, para ser contratada, só pode por leilão a menor preço". Ela reiterou que o governo não aceitará repassar para o consumidor um valor maior do que é devido. Segundo a ministra, a lógica desse sistema é evitar que o gerador passe preços acima do mercado ao distribuidor. Dilma citou ainda que a desverticalização das empresas é uma queixa ao modelo vigente. (Estado de São Paulo - 02.08.2003)

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8 Governo pode introduzir critérios de competitividade para inserção de fontes alternativas, diz Dilma

Ao analisar a inserção das fontes alternativas de energia na matriz nacional, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ressaltou que o objetivo do governo é introduzir um critério de competitividade, mesmo que esta geração seja subsidiada. Ela lembrou que o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) é um programa de subsídios. "Podemos incentivar a biomassa, eólica e solar, fazendo com que elas disputem pelo menor preço entre elas", disse, explicando que a competição se dará entre as geradoras de mesma fonte. Além desse aspecto, a ministra citou a intenção de regionalizar a expansão do segmento. "Queremos que programas de incentivo tenham um componente regional". (Estado de São Paulo - 02.08.2003)


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9 Governo precisa garantir investimento contra risco político, diz Castelar

A privatização foi banida da agenda oficial, mas o governo ainda não dispõe de recursos para investir em infra-estrutura sem o setor privado. Para Armando Castelar, economista do Ipea, mesmo o Estado tendo assumindo o papel de indutor do processo de retomada dos investimentos desse setor via parcerias público/privada, os novos modelos em formatação nos setores de infra-estrutura, como o do setor elétrico, dão ao governo um papel muito central nesse processo, aumentando o risco político do negócio. "O problema é que quando o governo entra, o investidor privado passa a conviver com o risco político. Esta questão pesa muito em infra-estrutura, pois as inversões são de maior risco do que o investimento industrial. A idéia de que o governo vai fazer um modelo no qual terá total poder de mudar as regras do jogo assusta o investidor privado", alerta Castelar. Em estudo sobre o tema, o economista do Ipea avalia que a atração dos investimentos privados em infra-estrutura passa pela elaboração de modelos regulatórios transparentes, redução do risco político através da criação de "amarras" contratuais que impeçam arbitrariedades futuras dos governos (que mudam de quatro em quatro anos) e garantia de retorno. O papel da justiça também é destacado por Castelar nas disputas regulatórias da infra-estrutura. A justiça, a seu ver, funciona como o instrumento com o qual o investidor privado conta para se garantir contra arbitrariedades do Estado por ocasião das mudanças de governo. (Valor - 04.08.2003)

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10 Castelar: Regulação e criação de agência reguladora após início de privatizações comprometeu o SEE

Em seu trabalho, Castelar estudou o processo de privatizações do setor concluindo que a exceção do setor de telecomunicações, não houve sucesso em atrair investimentos. Segundo o estudo, o sucesso do setor de telecomunicações no quesito investimento aconteceu porque tinha marco regulatório e agência reguladora (Anatel) com poder de decisão e tarifas corrigidas em patamares internacionais antes mesmo do leilão que vendeu a Telebrás. O contrário aconteceu com o setor elétrico, cuja regulação e criação de uma agência reguladora (Aneel) só aconteceu muito depois do início das privatizações do setor. O processo de venda de ativos do setor elétrico foi interrompido por pressão política depois da privatização de 18 distribuidoras e uma geradora. Com isto, o modelo do setor, que estimulava a livre concorrência foi abandonado. Além disso, a questão do poder decisório no setor elétrico nunca foi resolvido. "A Aneel não era obedecida, como ainda não o é, pelas grandes estatais e estaduais como Copel e Cemig,que não tinham contrato de concessão", observou o economista do Ipea. (Valor - 04.08.2003)

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11 Castelar elogia criação do "pool"

No cenário atual, Castelar elogiou a iniciativa do ministério das Minas e Energia de definir um modelo para o setor elétrico. "O modelo anterior foi abandonado e o governo está partindo para um novo que trás muito o governo para dentro do setor", observou. Mas, mesmo assim considerou meritória a preocupação com a definição do modelo, pois o setor estava no vácuo. Ele ressaltou a solução dada pelo novo modelo para a comercialização da energia velha e da energia nova. "A oferta de energia velha gera uma incerteza muito grande para o investidor privado em relação a tarifa e ao seu retorno no negócio. A idéia da criação do 'pool' onde todo mundo vai vender sua energia gerando uma tarifa média me parece boa", realçou. O economista do Ipea considera a necessidade de ser repensado o papel da Aneel no novo modelo, já que no modelo anterior de livre concorrência a agência teria cada vez mais responsabilidades futuras com a privatização das geradoras. "O que se vê hoje, porém, é uma coisa híbrida, pois a Aneel só tem responsabilidade em cima de empresas que assinaram contratos de concessão, o que não acontece com Copel e Cemig, dentre outras". (Valor - 04.08.2003)

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12 ABCE reinvidica governança corporativa para o SEE

A governança corporativa setorial é a reivindicação da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE), que reúne 70 agentes, privados e estatais, da geração, transmissão e distribuição. "A participação de representantes dos agentes nos processos decisórios dá mais isonomia no tratamento com cada segmento e traz maior confiança ao investidor", diz Silvia Calou, diretora-executiva da entidade. A associação está esperando a divulgação do detalhamento das diretrizes do novo modelo para entender qual será a real participação dos agentes, mas acredita que o poder de decisão deve ser compartilhado por representantes dos diversos segmentos. Silvia explica que trata-se apenas de propostas, e que será sempre o governo a definir se acolhe ou não a idéia. A ABCE defende a participação de representantes do setor na estrutura dos órgãos a ser criados pelo governo para o novo modelo, como a Fundação de Estudos e Planejamento Energético (Fepe) e o Administrador dos Contratos de Energia Elétrica (ACEE). "Os agentes já têm experiência em várias áreas e têm muito a contribuir", afirma. Segundo Silvia Calou, sempre existem algumas alterações no desenvolvimento de qualquer modelo, e a participação efetiva dos agentes do setor na definição dessas mudanças pode garantir que as necessidades do mercado serão efetivamente atendidas. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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13 Diretora-executiva do ABCE sugere criação de conselho consultivo para o setor

Silvia Calou sugeriu a criação de um conselho consultivo dentro da estrutura da Aneel, com a participação não apenas dos agentes, mas também de representantes dos consumidores. "Isso faria com que a agência tomasse decisões mais embasadas", afirma Silvia. A diretora ressalta que o conselho poderia ser utilizado como câmara de arbitragem para as disputas de interesse entre agentes e o órgão, ou no caso de multas. "Existe uma estrutura semelhante em São Paulo, dentro da CSPE (Comissão de Serviços Públicos), que tem bons resultados", acrescenta. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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14 Vice-presidente da AES Tietê defende adicional tarifário

Veio à tona durante o Energy Summit, evento que terminou na última quinta-feira, dia 31 de julho, no Rio de Janeiro, uma proposta para remover a "bolha tarifária", fruto do represamento das tarifas de energia a partir de 1995, e garantir investimentos para expansão do setor. A proposta, apresentada por Demóstenes Barbosa da Silva, vice-presidente da AES Tietê, envolve o emprego de um adicional tarifário, de 1% a 3% na base da tarifa, ao longo do período remanescente dos contratos de concessão. Outra alternativa seria a adoção pelo BNDES de mecanismos para esta "bolha tarifária" fosse refinanciada por um prazo mais longo. Com estas duas soluções, na avaliação dele, seria possível cobrir "a bolha tarifária", estimada em R$ 3,7 bilhões, e garantir os investimentos anuais da ordem de US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões, por ano, de que o setor precisa para garantir a expansão. "Outra vantagem seria alongar o perfil da dívida de curto prazo das empresa, melhorando o fluxo de caixa", observou o executivo, destacando também a necessidade de reduzir os riscos cambial e regulatório do mercado. (Canal Energia - 01.08.2003)

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15 Diretora de Regulação da Guaraniana reclama da carga tributária sobre empresas de distribuição

Há entre executivos do SEE a preocupação com a excessiva carga tributária que recai sobre o segmento de distribuição. Segundo Sheilly Contente, diretora de Regulação da Guaraniana, holding que controla no país a Coelba, Celpe e Cosern, hoje apenas uma fatia de 25% a 35% fica com as distribuidoras. A maior parcela, entre 65% e 75%, destina-se ao pagamento de tributos, encargos e ao pagamento das contas de compra de energia e uso do sistema de transmissão. "A distribuidora virou uma mera arrecadadora de impostos", avaliou a executiva. (Canal Energia - 01.08.2003)

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16 Abradee: Se a proposta do modelo tiver ajustes, não haverá problema para o aporte

O presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica), Luiz Carlos Guimarães, espera ser convidado pelo Ministério de Minas e Energia para discutir o plano de capitalização das distribuidoras. Ele disse, durante o Energy Summit 2003, que a proposta da ministra Dilma Rousseff é viável, entretanto depende do novo modelo. Para Guimarães, os acionistas das distribuidoras só colocarão recursos se houver garantia de remuneração. "A falta de regras claras traz desconfiança. Se a proposta do modelo tiver alguns ajustes, não vejo problema para o aporte", diz. O presidente, entretanto, afirma que não sabe se os bancos privados vão querer participar do processo de capitalização. Ele diz que tão importante quanto o aporte de recursos nas empresas é dar condições para o seu equilíbrio econômico-financeiro. Entre os problemas enfrentados pelas distribuidoras, Luiz Carlos Guimarães destaca a recontratação da energia elétrica liberada nos contratos iniciais. "O valor das negociações nos leilões chegam a custar o dobro do preço anterior, e isso não está sendo repassado para as tarifas", critica. Ele cita o atraso do repasse do financiamento da CVA como mais um fator para o comprometimento do caixa das distribuidoras. (Canal Energia - 01.08.2003)

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17 Projeto Luz no Campo investirá R$ 18 mi em energia solar

Em um investimento de R$ 18 milhões, através do programa Luz no Campo, nove mil residências vão receber sistemas solares até o final deste ano. Com uma área de 567,2 mil quilômetros quadrados, a Bahia possui a maior extensão entre os estados do Nordeste e uma das maiores do país, o que dificulta a chegada da rede de energia elétrica em alguns locais. "Nesses casos é mais viável a energia solar", explica Luiz Antônio de Azevedo, superintendente de energia e comunicação da Secretaria de Infra-estrutura do Estado (Seinfra), responsável pelo programa Luz no Campo. Os kits dos sistemas solares instalados através do programa custam R$ 2,2 mil cada. Eles são suficientes apenas para gerar energia para três lâmpadas, um pequeno aparelho de TV e um rádio. "Qualquer povoado em que não seja possível a chegada da energia elétrica é um candidato a receber o kit", garante Luiz Antônio, revelando que o investimento do governo do estado é feito em parceria com algumas prefeituras. O Luz no Campo faz parte do projeto de universalização que tem como objetivo disponibilizar energia para toda população. (Correio da Bahia - 04.08.2003)

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18 Pinguelli: Geradoras federais devem rever contratos de terceirização

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse estar impressionado com o elevado número de mortes no setor elétrico, principalmente das empreiteiras terceirizadas. Pinguelli informou que já mandou que as empresas do grupo, tais como as geradoras Eletronorte, Chesf, Furnas e Eletrosul, façam uma revisão em todos seus contratos de terceirização. Segundo ele, o objetivo não é apenas avaliar se o nível de empresas contratadas é adequado ou está em demasia, mas tornar seus contratos mais rigorosos: - Furnas é um caso que sei que trabalha com um número excessivo de terceirizados. Segundo a Delegacia Regional do Trabalho do Rio, 72,82% dos funcionários da Eletrobrás são terceirizados. (O Globo - 03.08.2003)

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Empresas

1 Light prevê receita adicional de R$ 17 mi até fim do ano

O produto Energia Plus da Light está rendendo à concessionária a venda de mais de 5 mil MWh por mês. O programa, iniciado há quase um ano, é uma das alternativas adotadas pela empresa para recuperar o seu mercado, enfraquecido desde o final do racionamento. A estimativa da empresa é acumular uma receita de R$ 17 milhões até o final do ano. Segundo Marco Antônio Donatelli, superintendente de Grandes Clientes da Light, apesar do resultado positivo, o volume negociado pelo produto está longe de recuperar o mercado pós-crise, perdido com o racionamento. Dados financeiros da concessionária mostram que o consumo de energia na sua área de atuação caiu 19,4% desde o racionamento. No primeiro trimestre deste ano, a energia faturada pela concessionária foi de 5.171 GWh. No mesmo período de 2000, o montante vendido chegou a 6.415 GWh. "Não recuperamos o nosso mercado, mas o produto tem sido uma saída positiva para a empresa recuperar sua receita", afirma. (Canal Energia - 01.08.2003)

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2 Chesf: Aneel estabelece receita anual permitida para reforços em subestações

A Chesf teve estabelecido em R$ 4,6 milhões a receita anual permitida pela implantação de reforços nas subestações Campina Grande II (PB), Angelim II (PE) e Natal II (RN). Os reforços nas unidades incluem a instalação de novos reatores manobráveis, que acrescentarão 210 Mvar ao sistema. Além disso, esses equipamentos contribuirão para a melhoria do controle de tensão e para aumentar a confiabilidade do sistema nas regiões em questão. Segundo a Aneel, o valor da receita será considerado durante os primeiros 15 anos da prestação do serviço a partir do início da operação comercial dos reforços. (Canal Energia - 01.08.2003)

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3 CPFL Geração transfere contratos de 20 usinas para Nova 1 Participações

A CPFL Geração foi autorizada a transferir para Nova 1 Participações contratos de concessão de 20 empreendimentos, entre hidrelétricas e termelétricas, no estado de São Paulo. Com a autorização, a Nova 1 Participações assume a administração das concessões de geração do grupo. Por outro lado, a CPFL Geração passa a operar como holding das participações societárias nas concessionárias Nova 1, Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), Foz do Chapecó, Campos Novos Energia, Barra Grande Energia e Serra da Mesa Energia. As empresas terão prazo de 60 dias a partir desta quinta-feira, dia 31 de julho, para consolidar novo arranjo societário. Os termos aditivos aos contratos de concessão serão assinados em data a ser marcada pela Aneel. (Canal Energia - 01.08.2003)

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4 Manaus Energia dá início a três licitações

A Manaus Energia deu início a três licitações. O primeiro processo é para a aquisição de lâmpadas, óleo silicone, tubo capilar, reator e cabo. O prazo vai até 12 de agosto e o preço de edital é de R$ 10. Para o dia 15 de setembro está previsto o encerramento do processo de contratação de empresa de engenharia para elaboração de projeto executivo e fornecimento total de equipamentos e materiais, obras civis e montagem eletromecânica, para ampliação das subestações Mauá, Cachoeirinha, Aparecida, com vistas a receber LT para ligar as unidades. O edital custa R$ 50. O outro processo aberto pela empresa tem como objetivo a aquisição de boca spray e bandeja desacradora. O edital custa R$ 10. Não foi divulgado o prazo para entrega das propostas relativas a esse processo. A distribuidora revogou ainda o processo de compra de reator, lâmpadas, cabo elétrico, conector terminal, terminal elétrico e relé eletrônico. O preço do edital estava estabelecido em R$ 10. (Canal Energia - 01.08.2003)

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5 Eletropaulo desenvolve tecnologia de célula combustível de alta potência

O projeto da célula combustível de alta potência está em fase final de testes. A célula é projetada para ter capacidade de iluminar prédios residenciais, escolas, hospitais e ainda, futuramente, mover carros a hidrogênio. O projeto é desenvolvido pela Eletropaulo em parceria com a Electrocell, empresa residente no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), e com o Fundo de Amparo a Pesquisas do Estado de São Paulo (Fapesp). O engenheiro químico Gerhard Ett, um dos cientistas responsáveis pela empresa, explica que a célula combustível pode substituir o gerador. "Além de ser menor e mais fácil de instalar, não faz barulho, produz uma qualidade excelente de energia, sem interrupções, e não polui, como o gerador, que é movido a diesel", explica. A célula combina átomos de hidrogênio e oxigênio e transforma energia química em elétrica, produzindo apenas água como resíduo. Segundo a analista de negócios e coordenadora do projeto na Eletropaulo, Mara Ellern, a empresa já está preparando a implementação de uma célula combustível em outubro deste ano. Nos últimos dois anos, diz ela, a Eletropaulo investiu cerca de R$ 1,7 milhão no projeto. Segundo ela, a célula ainda não é economicamente viável por estar em fase de teste. "Daqui a dois anos, o uso da célula já será mais comum em prédios", prevê. (Estado de São Paulo - 04.08.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dilma: País está com 16% de sobra de energia

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que o País está com 16% de sobra de energia. O percentual corresponde a um total entre seis mil a sete mil MW. Segundo informações da Agência Brasil, Dilma disse também que descarta a possibilidade de um novo apagão. Para a ministra, depois da crise de 2001, o consumo, ao invés de crescer, se manteve baixo. "Além disso, os projetos que estavam atrasados ou parados, começam a entrar, o que inverte o processo e resulta neste excesso com que estamos trabalhando este ano", disse a ministra. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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2 Expansão da usina de Santa Cruz acrescentará mais 350 MW à capacidade geração

A expansão da termelétrica da Santa Cruz será concluída até o final de agosto de 2004, com a entrada em operação de cada um dos dois turbogeradores em 31 de agosto e 15 de dezembro. Serão acrescentados mais 350 MW à capacidade geração, totalizando potência de 950 MW. Segundo informações da assessoria de Furnas, os dois turbogeradores a gás estão em fase final de montagem. O combustível principal será o gás natural, e o óleo diesel ficará como opção, atendendo assim o requisito de "dual fuel". A licença de operação da usina, incluída no Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), já foi renovada pela Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente). O Relatório de Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima), necessário para a obtenção de Licença de Instalação da ampliação da usina, está em fase final de elaboração. (Canal Energia - 01.08.2003)

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3 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Presidente da GTB defende nova fórmula para o "take or pay"

O geólogo Edward Miller, presidente e gerente-geral da Gas TransBoliviano (GTB), empresa que administra 557 dos 3.150 km do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), vem tentando traçar o futuro da relação de compra e venda de gás iniciada entre o Brasil e a Bolívia em 1999. A demanda projetada nos contratos assinados - 30 milhões de m³/dia - ainda não foi alcançada, o que motivou o governo brasileiro a propor a renegociação do contrato. "Os primeiros anos de um casamento são de ajustes, o que é o caso dos preços", diz Miller. O presidente da GTB não prevê um desfecho das negociações antes do final deste ano. "Há muitos jogadores em campo, representando interessantes distintos", justifica. Para que se alcance um termo comum, o executivo sugere que eles sejam retirados pouco a pouco de cena. E aponta como ponto de impulso uma definição em torno do contrato-matriz. Isso significa uma nova fórmula para o "take or pay", abrindo caminho para que produtos termelétricos aumentem a participação no mercado brasileiro. Segundo Miller, "É difícil para as térmicas competirem com as hidrelétricas, mas é importante que o Brasil tenha suporte para garantir estabilidade nos momentos de maior consumo". Miller disse também que com o atual nível de demanda é complicado utilizar o atual formulário: "O Brasil tem fontes de energia baratas, contra as quais o gás boliviano tem de competir. É muito difícil para quem tem uma fábrica aceitar a conversão do petróleo ao gás, quando se pode comprar o combustível mais barato". Ele sugeriu a adoção de dois formulários, uma para energia de termelétricas e outro para o gás industrial, como é comum nos EUA e na Europa. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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2 Miller elogia disposição do governo brasileiro de integrar gasodutos

Sobre a integração de gasodutos, assunto levantado pelo governo brasileiro, Edward Miller considerou a proposta muito interessante. Na opinião de Miller, realizar a integração "é eliminar uma crise no futuro". "O Brasil é um país de futuro muito grande e vai necessitar de energia. Hoje em dia, não, mas lembre que os contratos de gás são de 20 a 30 anos", concluiu o presidente da GTB. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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3 Caminho do gás no Brasil deveria ser do Sul para o Norte, diz Miller

Miller também fez uma crítica com relação ao caminho que o gás deve seguir no Brasil. Segundo ele, o gás, em vez de seguir para o Sul, a partir de São Paulo, deveria fazer o caminho inverso. "A melhor ação é da Argentina para o Norte. Se invertermos o ramo de São Paulo a Porto Alegre, é possível reduzir custos de transporte, mas isso exige investimentos", disse Miller. "Todo o modelo foi elaborado por pessoas inteligentes, mas a prova real é como o mercado vai se desenvolver. O que vemos pelo modelo atual é grande consumo em uma parte e pequena em outra. O melhor é mandar gás do Sul para o Norte", concluiu. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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4 Estado do RJ quer manter áreas da ANP com Petrobras

Às vésperas do prazo para devolução pela Petrobras e parceiros, das 22 áreas remanescentes da chamada Rodada Zero, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, propôs ao Ministério de Minas e Energia e à ANP, adiamento do processo. A devolução integral ou parcial dessas áreas - conhecidas como blocos azuis - está marcada para o próximo dia 6, sendo que no caso de descoberta a Petrobras poderá ficar com o campo, devolvendo o restante. Os blocos azuis são os remanescentes de um conjunto de áreas onde a Petrobras já tinha investimentos quando a Lei do Petróleo (9.748/97) foi promulgada. "Em alguns blocos haverá um atraso de dois anos entre a devolução e a nova concessionária fazer um furo no local, havendo redução da atividade econômica do setor em atividades como a perfuração. Com isso o Estado perde royalties no futuro e fluxo de caixa, enquanto o Brasil perde em curva de produção", disse Wicter. Como contrapartida, ele sugere que a ANP estabeleça conteúdo local mínimo para as áreas iguais aos da Quinta Rodada. (Valor - 04.08.2003)

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Grandes Consumidores

1 Autogeração aumentou 17% no setor industrial entre 2000 e 2002

Após a crise do racionamento, aumentou o número de indústrias e estabelecimentos comerciais que optam por gerar a própria energia que consomem. A autogeração foi a fórmula encontrada para se proteger de altas de tarifa e de eventuais novas restrições ao consumo, que possam afetar a produção. Entre 2000 e 2002, durante a crise elétrica, o consumo de energia pela indústria cresceu apenas 1,27%. No mesmo período, a autogeração aumentou 17,29%. Em 2001, durante o racionamento, o consumo de energia pela indústria caiu 5%, em relação ao ano anterior, enquanto a autogeração aumentou 8,7%. Não há risco a médio prazo de racionamento, mas neste ano o governo iniciou um processo de redução dos subsídios na tarifa de energia da indústria. Até 2006, esses subsídios serão retirados, o que significará aumentos até 41,12% maiores do que os que aconteceriam normalmente para os consumidores industriais e comerciais. Produzindo sua própria energia, a indústria e o comércio reduzem os efeitos, nos custos, do fim dos subsídios. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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2 Autogeração no Comércio passou para 142 GWh entre 2000 e 2002

Setores que usam a energia como fonte principal do processo produtivo investem tradicionalmente em autogeração. Exemplos disso são os setores ligados à manufatura de ferro e alumínio, indústria química e de papel e celulose. No entanto, devido à crise, setores que não investiam na geração da própria energia passaram a fazer essa opção. É o caso do comércio. Até 1998, não havia autogeração nesse setor. Entre 1998 e 1999, o comércio gerou aproximadamente 40 GWh em energia própria. Entre 2000 e 2002, período da crise do racionamento, a autogeração saltou para 142 GWh, um aumento de 372%. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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3 Autogeração traz vantagens econômicas para consumidores, diz presidente da Cemig

Quando indústrias ou comércio optam por gerar sua própria energia, deixam de comprar de distribuidoras, o que pode agravar a crise das elétricas. Isso tem acontecido principalmente com as grandes distribuidoras da região Sudeste. Luiz Fernando Rolla, diretor de relação com investidores da Cemig, admite que parte dos consumidores da distribuidora migrou para autogeração, mas afirma que a energia que deixou de ser vendida para eles já foi direcionada para outros clientes. Segundo ele, a principal vantagem da autogeração não é um seguro contra um eventual novo racionamento, mas as vantagens econômicas. "O consumidor recebe a energia e deixa de pagar o imposto que incidiria na compra", explica. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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4 Usiminas atinge 25% de auto-suficiência em energia

A Usiminas ampliou a capacidade de geração própria de energia elétrica de sua usina em Ipatinga (MG) de 20% do consumo total para 25%. Na última sexta-feira, foi inaugurada a turbina de recuperação de pressão de topo do alto-forno n 3, projeto que consumiu um investimento total de US$ 10 milhões. O BNDES financiou 80% dos recursos. Esse projeto tem capacidade de gerar, inicialmente, 10 MW médios. Segundo a empresa, a energia é suficiente para abastecer uma cidade com 26 mil residências com consumo médio de 300 kWh. Em uma segunda fase do projeto, prevista para ser concluída em 2005, a geração da turbina atingirá 16 MW, com a auto-suficiência chegando a 28%. Hoje, a Usiminas tem uma demanda de 270 MW. A turbina de topo vai aproveitar a energia potencial do gás de topo gerado no alto-forno n 3. A Usiminas já possuía duas turbinas com capacidade geradora de 20 MW cada. A turbina de topo converte a energia primária sob a forma de pressão, volume e temperatura do gás gerado no alto-forno em energia elétrica. Segundo o presidente da siderúrgica, Rinaldo Campos Soares, desde a década de 80 a Usiminas investe em geração de energia, já se prevenindo contra possíveis crises no fornecimento. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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5 Usiminas vai investir R$ 237 mi em geração de energia nos próximos três anos

A capacidade de geração própria de energia da Usiminas deve atingir 130 MW até 2006, o que representará entre 50% e 60% das necessidades da planta industrial de Ipatinga. Nos próximos três anos, a empresa planeja investir, no aumento da capacidade de produção - de 4,7 milhões de toneladas de aço bruto por ano para 5 milhões de toneladas - e também em geração de energia, R$ 237 milhões. Parte desse montante, R$ 87,2 milhões, foram liberados na semana passada pelo BNDES. Segundo Rinaldo Campos Soares, os investimentos serão aplicados em duas fases. A primeira fase dos investimentos termina em 2005 e o orçamento, além da parte liberada pelo BNDES, conta com R$ 105 milhões de recursos próprios da siderúrgica. Até 2006, a empresa pretende captar mais R$ 45 milhões para um investimento específico na geração de energia, que consistirá em modernização de turbinas já instaladas e também na compra de novos equipamentos, para chegar aos patamares entre 50% e 60% de auto-suficiência. A empresa não detalhou esses projetos. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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6 Aneel autoriza extinção do Consórcio Grupo de Empresas Associadas de Barra Grande

A Aneel autorizou a extinção do Consórcio Grupo de Empresas Associadas de Barra Grande, composto pelas empresas VBC Participações, Alcoa Alumínio, DME Energética, Camargo Correia Cimentos e Barra Grande Energia. O consórcio foi extinto em função da transferência das quotas de participação dos cinco sócios na hidrelétrica Barra Grande. (Canal Energia - 01.08.2003)

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7 Aneel autoriza transferência da participação na usina Candonga

A Aneel permitiu também a transferência da participação da Alcan Empreendimentos na usina Candonga para a Alcan Alumínio do Brasil. A empresa detém 50% de participação no empreendimento, que tem como sócia a Companhia Vale do Rio Doce. (Canal Energia - 01.08.2003)

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Economia Brasileira

1 Governo acelera pacote de emergência contra crise

Nos próximos 15 dias, o governo tomará uma série de decisões que deixarão clara a prioridade pelo crescimento e pela agenda social, a partir de agora. Foi o que prometeu o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no sábado, durante reunião com a bancada petista na Câmara, que cobrou "mais ousadia" do governo e efetiva participação do PT no "espetáculo do crescimento". Além da promessa de retomada da agenda social, uma medida de forte impacto econômico será o corte de 10 a 20 pontos porcentuais nos recolhimentos compulsórios dos bancos. Dirceu disse que o BC está analisando essa medida. Se ela for adotada, serão injetados cerca de R$ 10 bilhões na economia para impulsionar o consumo e o investimento. Segundo relato do deputado Paulo Bernardo (PT-PR), Dirceu disse que a decisão sobre o compulsório seria tomada nos próximos dias e reforçaria a já iniciada política de corte gradual nos juros. O ministro afirmou também aos deputados, segundo relato de outros petistas, que há possibilidade de a taxa básica de juros ficar abaixo de 20% até o fim do ano. A redução do compulsório foi cobrada pelo empresário Eugênio Staub na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) na semana passada. O governo aposta suas fichas no crescimento econômico para arrefecer a pressão dos movimentos sociais e também para acalmar a base parlamentar. As medidas não ficarão restritas ao setor financeiro, segundo informou o ministro da Casa Civil. (O Estado de São Paulo - 05.08.2003)

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2 Criação da PPP é uma das prioridades do Governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá, nessas duas semanas, definir as linhas básicas da proposta do Orçamento Geral da União para 2004, a ser enviada ao Congresso até o dia 29. As receitas do Orçamento deverão ficar em R$ 409 bilhões, contra R$ 360 bilhões neste ano. Junto com o Orçamento irá o Plano Plurianual de Investimentos (PPA) para o período de 2004 a 2007. Nas duas peças o governo pretende dar ênfase aos investimentos na área social e infra-estrutura. Lula também deverá enviar ao Congresso, nos próximos dias, o projeto de lei criando a Parceira Público-Privada (PPP), que permitirá ao governo tornar-se "sócio" de empresas privadas em um conjunto de empreendimentos. O governo vê no PPP a saída para começar a melhorar as estradas brasileiras ainda este ano, apesar da restrição fiscal. A idéia é conceder as rodovias a empresas, que cobrarão pedágio. Em estradas onde só a cobrança do pedágio não será suficiente para cobrir os custos de investimento e manutenção, o governo entrará com recursos públicos. Esse modelo valerá para rodovias novas e para as já existentes. (O Estado de São Paulo - 05.08.2003)

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3 Fundos vão bancar plano de desenvolvimento

Os fundos de pensão terão um papel fundamental no pacote de desenvolvimento em preparo pelo governo: serão um dos principais financiadores dos projetos. As três maiores fundações - Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal) - que administram quase R$ 80 bilhões dos cerca de R$ 200 bilhões de poupança previdenciária do País, estão participando diretamente das discussões sobre o planejamento das ações governamentais. Elas concordam em investir, mas já afastaram a possibilidade de uma atuação apenas "social". "Não podemos ser obrigados a salvar empresas no buraco", diz o presidente da Funcef, Guilherme Lacerda. "Não existe a menor possibilidade de subsídio e também estão descartados empréstimos a fundo perdido, como ocorreu no passado", completa o presidente da Petros, Wagner Pinheiro. Sérgio Rosa, presidente da Previ, o maior fundo de pensão do País, descarta a participação da entidade em novas empresas. A contribuição da fundação do Banco do Brasil se restringirá a investimentos nas companhias das quais já é acionista. A Funcef admite entrar em novos projetos de infra-estrutura e poderá, também, atuar apenas como financiadora, trocando títulos do Tesouro por papéis de longo prazo emitidos por instituições como o BNDES e a CEF. Já a Petros tem possibilidade de duplicar o volume de aplicações em ações de empresas, "preferencialmente junto com outros fundos de pensão", como informa o presidente, Wagner Pinheiro. (O Estado de São Paulo - 05.08.2003)

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4 Investimentos em infra-estrutura serão prioridades

Os fundos não acreditam em um programa de investimentos na casa dos R$ 300 bilhões, como chegou a ser anunciado. O argumento é que a cifra se refere ao montante dos projetos sob a avaliação do BNDES, o que não significa que todos serão efetivados. Os projetos em energia, rodovias, ferrovias e saneamento são destacados pelos três fundos como os principais alvos de investimentos. A capitalização das empresas do setor elétrico, com redução do perfil de endividamento das companhias, é viável, na avaliação dos fundos. "A definição do marco regulatório para o setor e definições financeiras claras da CVM tornam isso possível. A Petros não descarta nem mesmo uma participação na distribuidora paulista Eletropaulo, que está no centro de uma acirrada disputa entre o BNDES, que financiou sua privatização, e a norte-americana AES, que arrematou a concessão e não tem caixa para honrar a dívida bilionária com o banco estatal. "Se aparecer uma oportunidade de investimento e a perspectiva de rentabilidade for boa, vamos avaliar", diz Pinheiro. "Energia é um setor que olhamos com muito carinho, e o novo modelo para o setor tornou mais claro o risco que os investidores vão correr", afirmou. Já a Previ vai direcionar sua contribuição no setor de energia elétrica à paulista CPFL e à holding Guaraniana, que administra companhias no Nordeste, das quais participa do controle acionário.Também irá investir em dez projetos de geração de energia desenvolvidos pela Companhia Vale do Rio Doce, da qual também é acionista. (O Estado de São Paulo - 05.08.2003)

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5 BC prepara redução do compulsório

O BC poderá reduzir a alíquota dos depósitos compulsórios ainda nesta semana. A informação foi transmitida à bancada do PT na Câmara pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que participou de reunião com os parlamentares durante o sábado. Conforme relato de deputados, a redução pode chegar a 20 pontos percentuais no caso do compulsório sobre depósitos à vista que, atualmente, é de é de 60% mais 8 pontos percentuais adicionais sobre a parcela remunerada. Esta é uma medida importante para liberar recursos do sistema financeiro e dar liquidez à economia que amarga forte retração. Com a iniciativa de reduzir os compulsórios o governo começa, assim, a desarmar a excessiva rigidez da política monetária montada para enfrentar a crise do ano passado para cá. Ao fazer uma análise sobre a conjuntura econômica e as ações de governo, Dirceu disse que a expectativa é que a taxa básica de juros caia dos 24,5% atuais para 20% ao final deste ano, podendo ter redução mais acentuada se o cenário for mais positivo. (Valor - 05.08.2003)

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6 BNDES e CAF financiam juntos infra-estrutura

O BNDES e a CAF vão definir política operacional conjunta para o co-financiamento de projetos de integração física na América do Sul. "A idéia é estabelecer critérios comuns que terão de ser atendidos pelos projetos a serem financiados", disse Luiz Eduardo Melin, diretor das áreas de comércio exterior e jurídica do BNDES. As duas instituições estimam que podem destinar US$ 4 bilhões para o financiamento de empreendimentos que estão sendo mapeados e ainda serão objeto de seleção. Melin afirmou que as condições básicas para o enquadramento dos projetos serão fixadas a partir dos dados reunidos no "1º Seminário Internacional de Co-financiamento BNDES-CAF: Prospecção de Projetos de Integração Física Sul-americana", de 6 a 8 de agosto no Rio. O evento reunirá comitivas de 12 países, com mais de 60 pessoas, além de empresários das áreas de serviços e construção civil. Segundo Melin, cada país irá apresentar no encontro dois projetos prioritários. O diretor do BNDES esclareceu que o evento terá a função exclusiva de mapear os projetos, deixando as questões operacionais do co-financiamento para uma segunda etapa. "O foco do seminário será a prospecção, o levantamento e coleta de informações de projetos." Ele disse que há compromisso de tirar empreendimentos que estão há muito tempo no papel, e reconheceu que uma boa indicação dos projetos a serem financiados poderá será dada pela Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana (IIrsa), programa criado em 2000. Para Melin, a parceria do BNDES com a CAF é importante, pois a instituição multilateral andina tem grande capacidade de alavancagem de recursos a baixo custo. (Valor - 05.08.2003)

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7 Governo quer acordo menos rígido com FMI

O governo só decidirá sobre a prorrogação do acordo com o FMI em outubro e quer critérios mais flexíveis na limitação de investimentos. A avaliação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, é que as imposições do contrato atual são muito rigorosas e atendiam a uma situação de crise profunda vivida no ano passado, que já foi superada. Pelas regras do Fundo, investimentos são considerados despesas no cálculo do superávit primário e uma revisão desse critério seria uma forma de aliviar o aperto fiscal imposto ao governo. No mês que vem, o FMI deverá colocar à disposição do governo brasileiro aproximadamente US$ 4,26 bilhões, referentes à quinta parcela do empréstimo concedido em 2002. Na sexta-feira, último dia da missão do Fundo no Brasil, o chefe do grupo, Jorge Marquez-Ruarte, anunciou que vai sugerir à gerência do organismo a aprovação das contas do país. Para o ministro, o cenário para o balanço de pagamentos das contas externas do país está bastante favorável. "As contas externas caminham muito bem. Não quer dizer que está descartado um acordo com o FMI, mas a visão que nós temos para o futuro próximo e no ano que vem é favorável para o balanço de pagamentos", afirmou. Segundo ele, no mês de outubro, o governo terá uma "discussão mais apropriada" sobre isso. Ele lembrou que as contas externas estão fechando de maneira satisfatória neste ano. "Mesmo no mês de julho, em que se previam algumas dificuldades, elas não se confirmaram. Todo mês se levanta algumas possibilidades de dificuldade, mas a resposta das transações correntes tem sido permanentemente positiva e crescente", destacou o ministro. (Valor - 05.08.2003)

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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial mantém a pressão nesta manhã, mas parece ter encontrado um ponto de equilíbrio perto dos R$ 3,06. Às 11h48m, a moeda americana era cotada a R$ 3,062 na compra e R$ 3,065 na venda, com alta de 0,98%. Na sexta-feira (1/8), no final dos negócios, a moeda norte-americana registrava firme avanço de 2,22% e era negociada a R$ 3,0300 na compra e a R$ 3,0350 na venda. O fechamento desta sexta-feira ocorre no maior patamar desde 20 de maio, quando a moeda encerrou a R$ 3,0400 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 04.08.2003)


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Internacional

1 Pesquisa prevê EDF e E.ON como líderes globais no setor de energia

Para executivos europeus e americanos, a francesa EDF e a alemã E.ON serão as líderes globais no segmento de energia, segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers. A pesquisa será apresentada no 5º Enercon (evento do setor), em São Paulo, amanhã e terça-feira. (Folha de São Paulo - 03.08.2003)

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2 Endesa prevê aumento dos lucros no 2o semestre

O principal executivo da Endesa, Rafael Miranda, afirmou que a valorização das moedas e a melhora nas economias da América Latina ajudarão a impulsionar os lucros do segundo semestre na região, onde controla a segunda maior empresa de energia. "Estamos vendo uma tendência mais positiva dos lucros no segundo semestre", afirmou Miranda. "Estamos vendo uma situação cambial melhor". (Valor - 04.08.2003)

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3 Repsol propõe novos investimentos no Equador

A companhia petrolífera espanhola Repsol-YPF propôs ao governo equatoriano novos investimentos de US$ 470 milhões para chegar a uma produção de 100 mil barris diários de petróleo em um ano, segundo informações da Agência EFE. A companhia apresentou na última sexta-feira as obras que realizou para aumentar a sua produção para 75 mil barris diários. A Repsol informou que poderá produzir os 75 mil barris tão logo entre em funcionamento o Oleoduto de Petróleo Pesado, previsto para começar a operar no próximo mês de setembro. (Gazeta Mercantil - 04.08.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Paiva, Claudio. Trade Elasticities and Markets Expectations in Brazil. IMF Working Paper 03/140. Washington: IMF, Junho de 2003. – 23 páginas

O estudo a partir da estimação de um modelo econométrico, destaca as elasticidades do comércio exterior brasileiro com relação ao câmbio e crescimento do PIB. Ele sugere que é irreal olhar o crescimento das exportações brasileiras apenas devido ao aumento do câmbio e que caso não se realizem as reformas institucionais não será possível alcançar as taxas de crescimento econômico proposta pelo governo sem inflação.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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