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IFE: nº 1.162 - 31 de julho de 2003
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
BNDES desembolsará R$ 25,2 bi para o SEE
2 BNDES: Proposta para capitalização das distribuidoras sai em 30 dias
3 Requião e Dilma não chegam a um acordo quanto ao pool
4 Governo deve liberar recursos para construção de hidrelétricas
5 Abradee: Distribuidoras estão incorrendo em maior risco com o novo modelo
6 Guaraniana AS: Novo Modelo não garante sustentabilidade das distribuidoras
7 Wilson Brumer: Setor precisará de R$ 14 bi ao ano
8 Governo precisa dar garantias de crédito as distribuidoras, diz presidente da RGE
9 Chefe da missão do FMI no Brasil acha novo modelo do SEE "muito interessante"
10 Apine pede maior agilidade do governo no detalhamento do novo modelo
11 Citibank: Revisão tarifária e índice setorial para contratos preocupam financiadores privados
12 Citibank: Governo está se esforçando para garantir a financiabilidade dos projeto
13 Governo de MG preocupado com licitação de hidrelétricas
14 Proinfa estimula venda de equipamentos
15 Onda de ocupações em barragens força Casa Civil a marcar audiência emergencial com o MAB

Empresas
1 Copel consegue redução dos preços cobrados pela Usina de Itiquira
2 Investimento da RGE para 2003 deve ficar entre R$ 50 mi e R$ 60 mi
3 Celg abre processo de licitação para compra de materiais

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Investimentos em subtransmissão precisam ser feitos rapidamente
2 Conclusão de projetos na área de transmissão dará acréscimo de 11,5 mil MW médios ao sistema
3 Consumo de energia sobe em todas regiões do país
4 Subsistema Norte registra queda de 0,26%
5 Subsistema Nordeste está com 22,25% do volume
6 Volume no subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem queda de 0,21%
7 Capacidade do subsistema Sul cai 0,49%
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 EIA: Empresas de exploração de petróleo podem reduzir investimentos no Brasil
2 Exploração de petróleo: Mudanças nas regras fiscais podem atrair novos investimentos

Grandes Consumidores
1 Área para construção da Usina de Seival é inspecionada por assessor da Toshiba

Economia Brasileira
1 Governo quer acelerar obras do setor de infra-estrutura
2 Propostas para o PPA devem estar concluídas pelo governo em 45 dias, diz secretário do Tesouro
3 Mantega discute Orçamento de 2004 e PPA

4 Secretário diz que problema é a dívida e não o FMI
5 FMI vê plano para investir
6 Superávit do Governo em junho foi o menor do ano
7 IGP-M recuou 0,42% em julho
8 Investimentos somarão apenas US$ 8 bi no país este ano
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Gasoduto na Amazônia peruana tem potencial de 13 trilhões de pés cúbicos de gás
2 Gasoduto peruano: Governo Bush busca recursos para obra mesmo com entraves ambientais
3 AES registra prejuízo de US$ 129 mi
4 Endesa registra ganhos de 876 mi de euros no semestre
5 Duke Energy lucra US$ 424 mi
6 BID adia votação de empréstimos a Camisea
7 Gas Natural tem redução de 45% no lucro no primeiro semestre
8 Lucro da Unión Fenosa cresce 6,5% no primeiro semestre

 

Reestruturação e Regulação

1 BNDES desembolsará R$ 25,2 bi para o SEE

O BNDES deverá desembolsar R$ 25,2 bilhões em recursos próprios nos próximos quatro anos para financiar projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O montante representa 60% de um portfólio de projetos de R$ 42 bilhões identificado pelo banco no setor elétrico, informou ontem o chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Nélson Siffert. Só em 2003 o banco deverá desembolsar R$ 6,5 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões para financiar projetos de investimento e os restantes R$ 2,5 bilhões para equacionar pendências financeiras das empresas, como a liquidação do MAE e a conta de variação dos valores da parcela A, além da capitalização das distribuidoras. Segundo ele, o pacote de R$ 42 bilhões de investimento no setor nos próximos quatro anos contempla a construção de 26 hidrelétricas com potência instalada de geração de 12,5 mil MW, 7,7 mil quilômetros de linhas de transmissão e cerca de 100 PCHs. Do total das hidrelétricas, o banco já aprovou financiamento para cerca de mil MW nos projetos de Barra Grande e Pedra do Cavalo. (Valor - 31.07.2003)

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2 BNDES: Proposta para capitalização das distribuidoras sai em 30 dias

O chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Nélson Siffert, informou que em 30 dias a proposta de capitalização, ainda em estudo na área técnica do banco, será submetida à diretoria do BNDES para aprovação. A idéia, segundo ele, é criar um programa aberto às distribuidoras públicas e privadas, controladas por capitais nacionais e/ou estrangeiros. Ele não quis adiantar o total de recursos disponíveis no programa, mas ressalvou que a negociação será por grupo econômico e o financiamento servirá para alongar dívidas de curto prazo. "A situação das empresas será tratada caso a caso e o BNDES poderá participar desse esforço de capitalização com empréstimos, equity, ações, debêntures simples ou conversíveis", afirmou. Ele salientou, porém, que uma premissa para participação do banco nesse processo é que os acionistas controladores das distribuidoras acreditem nas empresas. A capitalização também envolverá os bancos credores. "Entendemos que a melhoria da estrutura de capital das distribuidoras é condição necessária para o novo modelo do setor ter êxito", avaliou Siffert. (Valor - 31.07.2003)

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3 Requião e Dilma não chegam a um acordo quanto ao pool

A incorporação das geradoras do Paraná no pool de energia do novo modelo para o setor elétrico não foi acordado na reunião desta tarde, entre o governador do Paraná, Roberto Requião, e a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo Requião, o modelo proposto pela ministra atende a necessidade brasileira, mas prejudica o Paraná, que investiu durante décadas em geração de energia. Requião afirmou que o Paraná quer a auto-sustentação e o auto-suprimento de suas usinas. Segundo ele, o Estado possui usinas pagas e amortizadas, que produzem energia a US$ 5 a cada MWh e por isso o Paraná não vai ceder essa energia a US$ 5 para o pool nacional, para depois ter de comprar por US$ 30. "Somos superavitários, produzimos 4,5 mil MW e gastamos 2,4 mil", declarou. "O Paraná investiu milhões de dólares ao longo de décadas. O que não pode acontecer é o governo federal desapropriar a geração dos estados". (O Paraná e Gazeta Mercantil - 31.07.2003)

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4 Governo deve liberar recursos para construção de hidrelétricas

No setor de energia, a expectativa é que o governo Lula libere recursos para a construção de usinas hidrelétricas -como a de Belo Monte, no Pará, que necessita US$ 11 bilhões para ser erguida. Nesse caso, o governo teria de contar também com a participação da iniciativa privada. (Folha de São Paulo - 31.07.2003)

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5 Abradee: Distribuidoras estão incorrendo em maior risco com o novo modelo

O presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, lembrou que as empresas não estão satisfeitas com os critérios utilizados no processo de revisão tarifária coordenado pela Aneel, cuja discussão começou no ano passado, e nem com o atraso sistemático na solução de problemas. "No momento em que o governo implanta o novo modelo para reduzir o risco sistêmico, nos deixa uma situação complicada nesse processo de revisão tarifária. Um exemplo é a empresa modelo. Nós fizemos investimentos que não foram contemplados (na revisão)", disse Guimarães. Para o executivo, o novo modelo aumentou o risco da distribuição. "Eu não tinha o risco da contratação, ou melhor, o risco era administrado e eu podia ganhar ou perder. Hoje não. Eu fiquei só com o risco de perder" disse o presidente da Abradee. (Valor - 31.07.2003)

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6 Guaraniana AS: Novo Modelo não garante sustentabilidade das distribuidoras

A discussão sobre as regras da transição para o novo modelo do setor elétrico deve contemplar a solução de alguns problemas ainda pendentes, grande parte relacionados às tarifas. Sheilly Contente, diretora de regulação e tarifas da Guaraniana SA, holding que controla as distribuidoras Coelba (BA), Cosern (RN) e Celpe (PE), disse ontem que as tarifas atuais são elevadas para os consumidores mas insuficientes do ponto de vista dos investidores. Isso porque apenas 25% a 35% da tarifa fica com as distribuidoras, enquanto 65% a 75% vão para o pagamento de tributos, geração, transmissão e encargos setoriais. "A proposta do novo modelo ainda não contempla requisitos para sustentabilidade do setor de distribuição. E sem isso não há como mitigar os riscos sistêmicos", avaliou. (Valor - 31.07.2003)

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7 Wilson Brumer: Setor elétrico precisará de R$ 14 bi ao ano

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de MG, Wilson Brumer, o setor elétrico precisará de R$ 14 bilhões ao ano em investimentos. Desse total, R$ 11 bilhões seriam destinados à geração e o restante para as áreas de transmissão e distribuição. Wilson Brumer disse ainda que o novo ciclo de investimentos em energia elétrica dependerá de tarifas adequadas. "O barateamento da energia não pode se dar às custas do retorno do empreendedor e não comporta artificialismos. Se nós tivermos artificialismos certamente não vamos ter investimentos", argumentou. O secretário ainda destacou que o governo mineiro pretende antecipar para 2006 o processo de universalização no estado. O projeto beneficiará 115 mil unidades consumidoras e terá investimentos de R$ 4,19 milhões. (Valor e Canal Energia - 30.07.2003)

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8 Governo precisa dar garantias de crédito as distribuidoras, diz presidente da RGE

O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, afirmou nesta quarta-feira, dia 30 de julho, que o governo precisa criar mecanismos que garantam o retorno do crédito ao setor como forma de equacionar o problema econômico-financeiro das empresas. Segundo ele com os créditos, as distribuidoras conseguirão renegociar seus passivos e alongar o perfil de suas dívidas. No caso da RGE, o executivo garantiu que a empresa é equilibrada do ponto de vista de dívida e tem capacidade de gerar receita para cobrir esse perfil. Quanto ao plano de socorro que o governo deve disponibilizar às empresas, Simonaggio limitou-se a dizer que qualquer plano para ajudar as empresas será positivo. Em relação ao novo modelo, o executivo disse que a proposta apresentada pelo governo tem por objetivo "trazer remédios para os problemas existentes no setor", como falta de investimentos, equacionamento da expansão da geração, crédito para o setor, garantir a rentabilidade das empresas e alcançar modicidade tarifária. Agora, contou ele, o empenho dos agentes deve se concentrar na operacionalização das linhas mestras do novo modelo para que os princípios apresentados sejam alcançados. (Canal Energia - 30.07.2003)


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9 Chefe da missão do FMI no Brasil acha novo modelo do SEE "muito interessante"

O novo modelo brasileiro para o setor elétrico foi considerado "muito interessante" pelo chefe da missão do FMI, Jorge Marquez-Ruarte, após explicações do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. A proposta do governo foi apresentada nesta quarta-feira, dia 30 de julho, pela manhã, durante quase três horas. Alegando não ser um especialista no assunto, Jorge Marquez-Ruarte disse não poder dar uma opinião mais precisa, mas que o encontro serviu para que ele e os técnicos do Fundo aprendessem mais sobre o modelo regulatório do setor. (Canal Energia - 30.07.2003)

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10 Apine pede maior agilidade do governo no detalhamento do novo modelo

A Apine (Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica) defendeu nesta quarta-feira, dia 30 de julho, agilidade por parte do governo para detalhar a proposta do novo modelo para o setor elétrico. Segundo Eric Westberg, presidente do Conselho de Administração da entidade, o mercado não pode esperar por muito tempo pelo detalhamento do novo modelo. De acordo com ele, as discussões entre governo e todos os agentes do setor são importantes, mas precisam ser agilizados para não influenciar o mercado no curto prazo. Em princípio, a associação tem boas perspectivas quanto à implantação do novo modelo. O principal elogio é o acesso pelo produtor independente ao consumidor cativo. Hoje, explica ele, a venda de energia proveniente de produtores independentes é feita no mercado livre. Pela proposta, esses produtores terão sua energia incluída no pool de contratação, aumentando suas chances de novos negócios. O executivo diz que outro ponto positivo na proposta é a forma como serão feitas as licitações dentro do pool. A proposta prevê que o processo de licitação vai priorizar usinas que tiverem menor tarifa. Westberg defende ainda que a importância de ter uma reserva de energia no mercado. Segundo ele, o ideal seria a criação de mecanismos pelo governo que remunerasse o investidor por essa reserva. (Canal Energia - 30.07.2003)

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11 Citibank: Revisão tarifária e índice setorial para contratos preocupam financiadores privados

A revisão tarifária dos contratos das empresas geradoras e a adoção de um índice setorial específico do setor são os pontos do novo modelo elétrico de maior preocupação para a maior parte dos financiadores privados, segundo afirmou o chefe da área de Project Finance do Citibank no Brasil, Sérgio Heumann. Com relação à revisão tarifária para as geradoras, o executivo afirmou que a prática gerará uma certa imprevisibilidade em relação ao fluxo de caixa das empresas. A mesma incerteza se estenderá em relação à criação do índice setorial que vai reger os reajustes dos contratos das geradoras no pool de geração e distribuição. "É desconhecido, (o índice) não vai ter uma história suficiente para que os bancos façam uma análise sobre ele", disse ele nesta quarta-feira, durante o Energy Summit. Heumann sugeriu a possibilidade de o governo criar um índice específico para cada tipo de projeto do setor, levando em conta custos específicos das áreas de hidreletricidade, termeletricidade, fontes alternativas, entre outras. (Canal Energia - 30.07.2003)

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12 Citibank: Governo está se esforçando para garantir a financiabilidade dos projeto

O executivo do Citibank reconheceu na proposta de modelo um esforço do governo em garantir a financiabilidade dos projetos de energia elétrica, em pontos como a necessidade de as distribuidoras depositarem garantias no mercado, a fim de evitar inadimplência. "Junto com a implementação do modelo, é importante que seja criado um mecanismo para estimular o desenvolvimento do mercado de capitais, evitando o risco da falta de recursos no futuro", ressalvou. O Citibank conta atualmente com US$ 2 bilhões em carteira para financiar projetos de geração de energia no país. (Canal Energia - 30.07.2003)

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13 Governo de MG preocupado com licitação de hidrelétricas

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, Wilson Brumer, demonstrou preocupação com a possibilidade de licitação de usinas pertencentes, hoje, a empresas estatais. Segundo ele, que participou do Energy Summit 2003, isso pode significar perda de valor das concessionárias caso elas percam os empreendimentos para a iniciativa privada. A proposta do novo modelo prevê a licitação de usinas já amortizadas após o período de concessão, mesmo que as empresas detentoras dos projetos certifiquem condições econômico-financeiras para sustentá-las. O secretário disse ainda que estatais, como a Cemig, também correm risco de perder valor de mercado com a implantação do pool de contratação. Ele explicou que, pela proposta, as concessionárias venderiam energia mais barata para o pool e as distribuidoras teriam que comprá-las a um preço mais alto. Quanto a desverticalização das empresas, o secretário também acredita que a medida não seria positiva para as concessionárias. No caso da Cemig, disse ele, haverá uma geração de custo de R$ 80 milhões com tributos. Outra crítica feita pelo secretário foi a possibilidade de revisão tarifária para geração a cada cinco anos. Brumer também elogiou alguns pontos da proposta do novo modelo. A principal delas é a volta do planejamento energético (Canal Energia - 30.07.2003)

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14 Proinfa estimula venda de equipamentos

A implantação do Proinfa está trazendo perspectivas de bons negócios para os fabricantes. Só nas áreas de geração eólica e biomassa, o montante de compras pode chegar a R$ 4 bilhões, segundo estimativas dos executivos do segmento. O gerente Comercial da Koblitz, Marcelo Reinaux Júnior, diz que o programa é muito interessante e informa que a aquisição de equipamentos corresponde de 60% a 70% do total investido nos projetos. Ele, no entanto, criticou a taxa de retorno e os valores econômicos apresentados na proposta do Proinfa. "O índice de 14,89% não é tão atraente para o setor sucro-alcooleiro investir na produção de excedentes de energia elétrica. O ideal seria entre 18% e 20%", afirma. O Proinfa está estimulando também a implantação de novas fábricas. A Fuhrmet Energy Brasil está instalando no Ceará, no primeiro semestre do próximo ano, uma unidade para produção de aerogeradores. A empresa espera faturar até R$ 156 milhões. Um dos fatores que incentivam a implantação de fábricas no país é a valorização da produção nacional nos empreendimentos de energia alternativa. A proposta de novo modelo apresentada pelo Ministério de Minas e Energia diz que a partir de 2005 só poderão participar dos processos licitatórios as empresas que apresentem grau de nacionalização de equipamentos e serviços acima de 90%. (Canal Energia - 30.07.2003)

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15 Onda de ocupações em barragens força Casa Civil a marcar audiência emergencial com o MAB

A Casa Civil, da Presidência da República marcou uma audiência emergencial entre o Governo Federal e a direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em virtude das inúmeras ocupações em barragens e atos públicos que vem mobilizando milhares de famílias atingidas por barragens nos últimos dias. Também irão participar da reunião, que será realizada nesta quinta-feira (31), a partir das 14hs no MME, a Ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef e o Presidente da Eletrobrás, Luís Pinguelli Rosa. Ainda não estão confirmadas as participações do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto e da presidência da empresa Furnas Centrais Elétricas. As mobilizações dos atingidos por barragens tiveram início na última semana, com a ocupação por dois dias, do canteiro de obras da barragem de Quebra-Queixo, no Estado de Santa Catarina. No dia 25 de julho, 1.200 agricultores ocuparam a sede da empresa RGE, em Erechim, para protestar contra o aumento das contas de luz. Neste mesmo dia, atos públicos foram realizados na capital do Estado do Sergipe, Aracaju; na cidade de Porto Nacional, no Tocantins; na Região do Vale do Jequetinhonha, (MG), onde os atingidos lutam contra as barragens de Murta e Rapé; e no Estado da Bahia, contra as barragens de Sacos e Gatos. No início desta semana, cerca de mil trabalhadores ocuparam a Barragem de Manso, no Estado do Mato Grosso e 100 famílias ocuparam a Barragem de Capim Branco I, próxima a Araguari (MG). Na terça-feira, cerca de 500 atingidos por barragens ocuparam o canteiro de obras da usina de Campos Novos em Santa Catarina. Na quarta-feira, outras 300 famílias reforçaram a ocupação da Barragem de Manso, no MT e em SC, cerca de 200 trabalhadores rurais estão se dirigindo a obra de Campos Novos para reforçar a mobilização dos atingidos. O MAB quer a participação dos atingidos nas discussões de mudanças no setor elétrico nacional, que passa também pela discussão e revisão dos aumentos abusivos concedidos nas contas de luz. (NUCA - 31.07.2003)

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Empresas

1 Copel consegue redução dos preços cobrados pela Usina de Itiquira

A Copel obteve redução de 20% nos preços cobrados pela Usina de Itiquira, localizada em Rondonópolis, no Mato Grosso, segundo informa a empresa. A usina, controlada pela americana NRG Energy, opera desde outubro do ano passado, com 156 MW de potência instalada. Segundo a Copel, este é o primeiro de uma série de contratos considerados "onerosos" que estão sendo revistos. Com a renegociação, a estatal passa a deter a titularidade de toda a energia produzida por Itiquira, que é 107 MW, durante 11 anos. O mais importante na avaliação da Copel, no entanto, é a mudança na estrutura do contrato. Antes, a Copel era obrigada a comprar toda a energia produzida por um preço fixo. Mas se a usina conseguisse preço melhor, tinha o direito de vendê-la a terceiros. E a Copel ficaria sem a energia. Em caso de sobra de energia no mercado, porém, a Copel tinha de bancar o preço mínimo. (Valor - 31.07.2003)

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2 Investimento da RGE para 2003 deve ficar entre R$ 50 mi e R$ 60 mi

O presidente da RGE, Sidney Simonaggio disse nessa quarta-feira (30 de julho) que a previsão de investimentos da empresa para 2003 deve ficar dentro da margem de investimentos de anos anteriores, que foi de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões. Até agora, contou ele, a distribuidora já realizou cerca de 50% da necessidade prevista. Os recursos foram utilizados para projetos de linhas de transmissão, subtransmissão e redes primária e secundária. Neste mês, a empresa lança o edital para licitação para conexão da subestação de Taperá II. O projeto prevê a colocação de dois transformadores de 83 MVA cada. Outro projeto do mesmo porte foi feito com a Eletrosul para a subestação de Passo Fundo, com o acréscimo de 84 MVA. (Canal Energia - 30.07.2003)

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3 Celg abre processo de licitação para compra de materiais

A Celg abriu quatro processos licitatórios. Os dois primeiros têm prazo até 4 de agosto e objetiva, a aquisição de diversos materiais como fusível baioneta, elo fusível, fusível NH, porca quadrada, parafuso, cantoneira, haste, mão francesa e arruela. Para o dia 5 de agosto, está prevista a abertura das propostas de fornecimento de laço pré-formado, emenda e alça pré-formadada. A última licitação aberta pela Celg é para aquisição de conector, terminal, capa protetora, estribo de rede compacta, grampo ancoragem, separador isolante e grampo linha viva. A empresa prorrogou ainda o prazo de três processos. O prazo para execução de serviços de obras civis, eletromecânicas e de telecomunicações das subestações Ipameri - Vão e Campo Alegre foi prorrogado para 11 de agosto. Já a execução dos mesmos serviços na SE Terezinha foi estendido até o dia 12 de agosto. (Canal Energia - 30.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Investimentos em subtransmissão precisam ser feitos rapidamente

Órgão diz que já há sinais de futura sobrecarga em transformadores. O diretor geral do ONS, Mário Santos, alertou, ontem, sobre os riscos de gargalos na área de subtransmissão. Segundo ele, está ocorrendo um atraso em diversas obras do setor e, se não houver uma retomada dos projetos, nos próximos dois ou três anos poderá ocorrer um descompasso em relação à demanda. "Há sinais de que enfrentaremos problemas de sobrecarga nos transformadores que possam vir a abalar a confiabilidade do sistema", disse Santos. Essa preocupação foi compartilhada pelo presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães. Segundo ele, a rede de conexão foi incorporada recentemente à área de atuação das distribuidoras, o que implicou no aumento de investimentos, sem a contrapartida de receita. (Gazeta Mercantil - 31.07.2003)

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2 Conclusão de projetos na área de transmissão dará acréscimo de 11,5 mil MW médios ao sistema

Até 2005, o setor elétrico nacional deve ganhar, de forma virtual, um acréscimo de 11,5 mil MW médios com a conclusão dos projetos de interligação de projetos na área de transmissão. Para o trecho Sudeste/Sul, o aumento deve ser de 9,3 mil MW médios. No trecho Norte/Nordeste, a previsão é de mais 2,2 mil MW médios ao sistema. Segundo o presidente do ONS, Mário Santos, esse acréscimo somente será possível com a entrada em operação de diversos projetos de linhas de transmissão no setor, como a linha de interligação Norte/Sul. Durante apresentação no Energy Summit 2003, que acontece no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que, hoje, o nível de transferência energética para o Nordeste é de 1.850 MW médios. Em março, esse volume era de 1.000 MW médios. Santos também destacou ainda o ritmo de crescimento da expansão da transmissão no país. De acordo com ele, em 1998, a capacidade do segmento crescia a uma taxa de 0,8% ao ano. A partir de 1999, o percentual de crescimento passou a ser de 3% ao ano. Outro dado apresentado pelo presidente do ONS mostra que, em 1999, o sistema tinha 63.971 km. A previsão para este ano é que esse número passe para 72.987 km, sendo 5 mil km somente em 2003. (Canal Energia - 30.07.2003)

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3 Consumo de energia sobe em todas regiões do país

Dados do ONS, relativo ao dia 29 de julho, mostram que o consumo de energia na região Sul subiu 4,2%. O volume de energia despachado na região chegou a 7.559 MW médios. Nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, o aumento no consumo foi de 2,2%. A demanda de energia na região Sudeste/Centro-Oeste alcançou 26.139 MW médios. Na última semana, o volume de energia despachada na região ficou 5,6% abaixo da carga de aversão ao risco. No Nordeste, o consumo foi de 5.971 MW médios. O volume está 5,58% abaixo do previsto pelo ONS. Por último, a demanda de energia no Norte do país subiu 1,6%, chegando a 2.647 MW médios. (Canal Energia - 30.07.2003)

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4 Subsistema Norte registra queda de 0,26%

A região Norte está com 74,55% da capacidade, volume 0,26% menor do que o registrado no dia anterior. O nível da usina de Tucuruí está em 89,29%. (Canal Energia - 30.07.2003)

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5 Subsistema Nordeste está com 22,25% do volume

Os reservatórios do subsistema Norte atingiram 75,78% da capacidade, uma queda de 0,28% em relação ao dia anterior. O volume armazenado está 22,25% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho está com 34,47% de sua capacidade. (Canal Energia - 30.07.2003)

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6 Volume no subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem queda de 0,21%

O nível de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 67,75%, volume 37,49% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve uma redução 0,21%. As usinas de Nova Ponte e Emborcação apresentam, respectivamente, índice de 61,82% e 81,77%. (Canal Energia - 30.07.2003)

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7 Capacidade do subsistema Sul cai 0,49%

A capacidade de armazenamento no subsistema Sul caiu 0,49%. Com isso, os reservatórios chegaram a 61,08% da capacidade. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra índice de 55,56%. (Canal Energia - 30.07.2003)

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8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 EIA: Empresas de exploração de petróleo podem reduzir investimentos no Brasil

A Energy Information Administration (EIA), órgão do Departamento de Energia dos Estados Unidos, em seu relatório sobre o setor energético brasileiro, ressaltou que a Petrobras foi a única empresa a ter feito descobertas comercialmente viáveis no País nos últimos anos, refletindo um tema que vem gerando crescente preocupação entre as companhias internacionais que investiram na exploração de petróleo após a abertura do setor, na década passada. A Repsol-YPF é atualmente a única empresa petrolífera internacional que produz petróleo no Brasil. A Shell deverá começar a produzir 70 mil barris por dia no campo de Bijupira-Salema, na bacia de Campos, nos próximos meses. "Apesar dos seus esforços de exploração, a Total, British Petroleum e ConocoPhillips ainda não encontraram um campo de petróleo que seja suficientemente amplo para ser comercializado", disse a EIA. A agência oficial norte-americana alertou que "embora o Brasil tenha grandes reservas petrolíferas, aumentos de produção irão depender da atração de investimentos e de novas tecnologias que ajudariam a reduzir os custos do setor". (Tribuna da Imprensa - 31.07.2003)

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2 Exploração de petróleo: Mudanças nas regras fiscais podem atrair novos investimentos

A Energy Information Administration (EIA) menciona também um estudo feito pela consultoria internacional Wood Mackenzie, em junho, que alertou que a ausência de descobertas de reservas comerciais terá um impacto na produção de médio e longo prazos do País, com um declínio possivelmente começando em 2007. Segundo a Wood Mackenzie, mudanças nas regras fiscais, aliadas às atividades de produção e exploração, poderiam tornar alguns campos comercialmente viáveis. Em relação à próxima rodada da ANP, a agência norte-americana disse que, segundo analistas do setor, ela será "menos atrativa para as grandes empresas do que as rodadas anteriores", devido às "incertezas sobre os impostos, falta de descobertas recentes, o desafio geológico de recuperação de petróleo em águas profundas e novas oportunidades para as empresas no Oriente Médio". (Tribuna da Imprensa - 31.07.2003)

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Grandes Consumidores

1 Área para construção da Usina de Seival é inspecionada

O assessor da Toshiba, Ioshimobu Moryia, visitou ontem a área onde será construída a Usina termelétrica do Seival, projetada para 500 MW de potência, em Candiota. São 400 hectares adquiridos pela empresa alemã Steag. O empreendimento de 800 milhões de dólares é uma parceria entre a Steag AG com a Copelmi. Moryia foi cauteloso ao falar sobre a obra, mas disse que a Toshiba aguarda o novo modelo energético para assinar o contrato de construção da usina. (Correio do Povo - 31.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Governo quer acelerar obras do setor de infra-estrutura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer acelerar investimentos em projetos de infra-estrutura parados ou em fase de conclusão para tentar criar empregos mais rapidamente e dar a impressão de que o "espetáculo do crescimento" começa neste ano. Em reunião realizada há duas semanas com todos os ministros, presidentes de estatais e representantes de fundos de pensão, foi apresentado, pelo BNDES um plano de investimentos que atingia R$ 400 bilhões em quatro anos. A partir dele, a ordem foi identificar e agilizar as obras prioritárias de cada setor. Mais: buscar recursos disponíveis para executar esses projetos. Técnicos envolvidos nessa ação já estudam deslanchar investimentos nas áreas de energia, habitação popular, saneamento básico e transportes -com recuperação de estradas, das ferrovias e renovação da frota mercante. Além das obras em infra-estrutura, a idéia é implementar políticas industriais -saem do papel as chamadas câmaras setoriais, que voltam com o nome de "fóruns de competitividade". Os detalhes desses investimentos estão guardados nos ministérios e devem ser anunciados no dia 29 de agosto, quando o presidente Lula entrega ao Congresso Nacional o Plano Plurianual para o período de 2004 a 2007. "Existem alguns projetos que devem ser realmente acelerados", afirma José Carlos Miranda, chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento. (Folha de São Paulo - 31.07.2003)

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2 Propostas para o PPA devem estar concluídas pelo governo em 45 dias, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, confirmou que em cerca de 45 dias o governo terá apresentado uma série de medidas para estimular a economia. "Eu não gosto da expressão pacote. Isso era um pouco do tempo antigo. Eu diria que medidas importantes, de clarificação, estão a caminho", disse. Ele informou que em 45 dias o governo deverá concluir as propostas do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) para o período de 2004 a 2007 e do Orçamento de 2004. Levy reconheceu que a economia está desaquecida, mas lembrou que, sem o arrocho provocado pelo governo no combate à inflação, a queda na renda real das pessoas poderia ter sido muito maior. "Poderíamos ter o desaquecimento com mais inflação ou com menos inflação. Estamos tendo com menos inflação, o que é fantástico". Segundo Levy, a economia brasileira é sofisticada e tem uma "capacidade de resposta fenomenal". Para ele, o empresariado precisa é de clareza sobre o funcionamento das regras. "Ele não pode ficar tateando, precisa saber onde pisa para poder caminhar com firmeza", disse. Levy destacou que o governo já vem trabalhando nesse sentido e citou o trabalho para deixar mais claro o papel das agências reguladoras e para dar mais transparência ao mercado de capitais. (Estado de São Paulo - 31.07.2003)

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3 Mantega discute Orçamento de 2004 e PPA

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, reúne-se hoje com os demais ministros da área econômica para discutir o Orçamento de 2004 e o Plano Plurianual de Investimentos (PPA). Ontem, ele discutiu os planos de gastos do governo com seus colegas da área de infra-estrutura e anteontem, com os ministros da área social. A proposta orçamentária para 2004 será enviada ao Congresso no dia 29 de agosto. (Estado de São Paulo - 31.07.2003)

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4 Secretário diz que problema é a dívida e não o FMI

"O problema do Brasil não é o FMI, mas o tamanho da nossa dívida", afirmou, ontem, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. O secretário deu essa declaração ao ser questionado sobre a possibilidade de o Brasil negociar a flexibilização das regras do Fundo para permitir o aumento dos investimentos do governo nas áreas social e de infra-estrutura. A flexibilização das regras tem sido defendida por várias autoridades do governo, entre elas o ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente do BNDES, Carlos Lessa. Levy, no entanto, procurou relativizar a importância dessa alteração. Principal negociador brasileiro com o FMI, Levy disse que medidas como essas não podem ser vistas como a "solução dos problemas" do País. Anteontem, Lessa afirmou que o acordo com o FMI impede o crescimento dos investimentos por parte das prefeituras, mesmo aquelas que estão com suas contas em dia. Por sua vez, Levy lembrou que o resultado das contas do setor público que constam das metas do programa do Brasil com o FMI referem-se a todo o conjunto formado pelo governo federal, Estados, municípios e empresas estatais. Além disso, lembrou o secretário, os municípios investiram R$ 10 bilhões em 2002, apesar de terem tomado empréstimos de R$ 4 bilhões. "Ou seja, apesar da restrição de crédito, houve investimento". Os que advogam mudança nas regras do FMI defendem que investimentos não sejam contabilizados como despesa. Dessa forma, haveria mais espaço para investir sem comprometer o resultado das contas públicas. Levy concorda que custeio não é o mesmo que investimento, mas lembra que muitas vezes esses empreendimentos acabam resultando em mais dívida. (O Estado de São Paulo - 31.07.2003)

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5 FMI vê plano para investir

O chefe da missão do FMI, Jorge Márquez-Ruarte, afirmou ontem à tarde em Brasília, após reunir-se com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, que "toda a política do governo está dirigida para estimular os investimentos". Márquez-Ruarte também considerou que é possível que o País alcance a meta de inflação medida pelo IPCA de 8,5% para este ano porque os números estão convergindo para esse percentual - o acumulado de janeiro a junho é de 6,64%. O representante do Fundo disse ter tratado com Mantega sobre os planos do governo para o crescimento econômico, marco regulatório dos setores de infra-estrutura e inflação. A missão de técnicos que está no Brasil desde o início desta semana participa da quarta revisão do último programa econômico firmado entre as partes no ano passado. (Folha de São Paulo - 31.07.2003)

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6 Superávit do Governo em junho foi o menor do ano

O superávit primário do Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) despencou para R$ 754,7 milhões em junho, de uma média mensal de R$ 5,7 bilhões no período de janeiro a maio. Foi o menor resultado do ano. O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, disse, porém, que a queda do superávit deveu-se a uma aceleração dos gastos do Governo Federal, depois do aperto fiscal do início do ano. No acumulado do primeiro semestre, os resultados ainda são melhores que os do ano passado, em igual período. O superávit primário do Governo central ficou em R$ 29,2 bilhões, ou 3,94% do PIB, ante um saldo positivo de R$ 19,8 bilhões, ou 3,2% do PIB no primeiro semestre de 2002. Levy disse que a redução do superávit em junho já estava prevista e é uma tendência natural, já verificada em outros anos. (Jornal do Commercio - 31.07.2003)

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7 IGP-M recuou 0,42% em julho

O IGP-M registrou, pela terceira vez consecutiva, deflação em julho, de - 0,42%. Apesar da redução de preços captada, a deflação de julho foi menor do que a de junho (-1%). Na avaliação do coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, a variação negativa de preços deverá acabar em agosto, e a inflação tende a ficar abaixo de 0,5% nos próximos meses. "Isso não significa que está havendo uma pressão inflacionária. Estamos é saindo de um período recorde de deflações muito fortes e voltando a uma situação de mais normalidade", comentou. Para o coordenador, apesar das seguidas deflações, o corte em apenas 1,5 ponto porcentual da taxa Selic foi adequado. Quadros argumenta que o Copom tem sido conservador e que é preferível um recuo gradativo das taxas de juros. (O Estado de São Paulo - 31.07.2003)

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8 Investimentos somarão apenas US$ 8 bi no país este ano

A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), vai revisar a sua previsão sobre Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país em agosto. A estimativa deve ser reduzida de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões, adiantou o presidente da entidade, o economista Antonio Corrêa de Lacerda. ''Esta é a realidade e lamentamos que os investimentos diretos estejam caindo, pois o País necessita de investimentos com capital bom, ou seja aquele que aqui chega para investir nos meios de produção'', disse. Corrêa de Lacerda disse que esta situação preocupa muito em relação ao futuro do país. ''Há necessidade de recursos para investir em fábricas que geram mais exportações e, com isto, mais divisas para o desenvolvimento nacional''. O economista observou que o déficit em conta corrente secou e que o Brasil agora já chega a ter um pequeno superávit. ''Por este lado, a queda dos investimentos estrangeiros diretos não é tão preocupante no curto prazo. Mas, temos que pensar nos médio e longo prazos, pois o País precisa exportar cada vez mais. E para isto necessita de investimentos'', explica Lacerda. Ele salientou que um levantamento da Sobeet e de outras entidades mostra que 65% das exportações nacionais são geradas por companhias transnacionais. ''É ai que fica a preocupação, pois se estas empresas não investirem, vamos acabar tendo um problema futuro na área de geração de divisas''. No começo do ano, a entidade projetava um volume de investimentos diretos estrangeiros no Brasil ao redor de US$ 12 bilhões. (Correio Brasiliense - 31.07.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

O ingresso de recursos externos e o clima mais ameno nas mesas de negociações barraram a pressão sobre o dólar, que fechou a manhã desta quinta-feira em leve baixa de 0,26%, cotado a R$ 2,957 na compra e R$ 2,962 na venda. Ontem, no término dos negócios, o dólar comercial registrava valorização de 1,12% e era trocado de mãos a R$ 2,9670 na compra e a R$ 2,9700 na venda, na quarta alta consecutiva. O fechamento da quarta-feira ocorreu no maior patamar desde 2 de junho, quando a divisa terminou a R$ 2,9800. (O Globo On Line e Valor Online - 31.07.2003)

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Internacional

1 Gasoduto na Amazônia peruana tem potencial de 13 trilhões de pés cúbicos de gás

O gasoduto, na selva amazônica do Peru, conduzirá gás natural por um percurso de 700 quilômetros, dos campos de Camisea a Lima. Outra ramificação levará produtos para exportação via um porto ao sul da capital. O campo de Camisea, localizado no Departamento de Cusco, tem potencial de 13 trilhões de pés cúbicos de gás e de 600 milhões de barris de óleo. Esse potencial corresponde a dez vezes as reservas de hidrocarburetos do Peru. A concorrência foi feita em 2000, e as obras estão sendo executadas por consórcios dos EUA, Argentina e Peru. (O Estado de São Paulo/Folha de São Paulo - 31.07.2003)

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2 Gasoduto peruano: Governo Bush busca recursos para obra mesmo com entraves ambientais

O governo Bush está dando apoio total a um controvertido projeto de gasoduto na selva amazônica do Peru. A obra servirá para enriquecer doadores de suas campanhas eleitorais, mas traz o risco de destruir um dos trechos mais intocados de floresta tropical no mundo e representa uma ameaça às vidas de indígenas. O projeto Camisea já perdeu dois importantes investidores, o Citigroup e a Overseas Private Investment Corporation, assustados com os problemas. Ontem o conselho do BID decidiu adiar a decisão a respeito de um empréstimo de US$ 135 milhões ao projeto, por causa da falta de um acordo sobre cláusulas ambientais. De acordo com um relatório interno do Export Import Bank dos EUA, obtido pela organização ecológica Amazon Watch, as propostas para mitigar o impacto ambiental são "lamentavelmente inadequadas" e criarão numerosas áreas de impacto irreversível, incluindo deslizamentos de terra, destruição de habitats naturais e a difusão de doenças. Ainda assim, o governo Bush está planejando aprovar apoio financeiro ao projeto, usando o Export Import Bank e o BID. As duas instituições, cujas decisões finais sobre o projeto serão tomadas em duas semanas, devem oferecer cerca de US$ 300 milhões em empréstimos e garantias, o que asseguraria o financiamento restante do projeto, cujo custo total atingiria US$ 1,6 bilhão. (Folha de São Paulo - 31.07.2003)

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3 AES registra prejuízo de US$ 129 mi

A AES, controladora da Eletropaulo, informou que suas perdas no segundo trimestre aumentaram devido aos prejuízos em empresas situadas na ex-república soviética da Geórgia, que agora estão à venda. O prejuízo líquido aumentou de US$ 115 milhões no ano anterior para US$ 129 milhões, segundo comunicado da empresa sediada em Arlington, EUA. O faturamento cresceu 7,6%, de US$ 2,04 bilhões para US$ 2,19 bilhões. Este foi o quinto prejuízo em seis trimestres para a AES, que tem vendido ativos para reduzir o seu endividamento, depois que a queda dos preços de energia no Brasil e na Argentina no ano passado levou a empresa à beira da falência. Para o segundo trimestre, analistas esperam que a Eletropaulo dê lucro, por conta do efeito contábil do dólar em seu balanço. No primeiro trimestre de 2003, a Eletropaulo obteve ganho de R$ 14,2 milhões. Hoje, metade da geração operacional de caixa é para pagar juro da dívida da distribuidora. A dívida soma R$ 5 bilhões. (Valor - 31.07.2003)

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4 Endesa registra ganhos de 876 mi de euros no semestre

A Endesa ganhou 876 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, ou 4,7% a mais do que o montante verificado no mesmo período de 2002, mas inferior ao calculado por muitos analistas. A companhia espanhola de energia notou que, excluindo fatores extraordinários e o efeito do câmbio, o lucro teria sido 145,4% superior em relação ao primeiro semestre do ano passado. As receitas ficaram em 7,76 bilhões de euros, o que representa decréscimo de 5,6% ante os 8,22 bilhões de euros dos seis meses iniciais de 2002. A expectativa do mercado era de aumento. O endividamento da Endesa recuou em 5,41 bilhões de euros, ou 23,1%, no período de um ano, ficando em 18,019 bilhões de euros. (Valor - 31.07.2003)

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5 Duke Energy lucra US$ 424 mi

A elétrica norte-americana Duke Energy registrou lucro líquido de US$ 424 milhões no segundo trimestre, queda de 11% na comparação anual. A companhia atribuiu o resultado às baixas vendas de eletricidade para operação de aparelhos de ar-condicionado. As vendas totais da companhia subiram 36%, para US$ 5,27 bilhões entre abril e junho. A companhia manteve a meta para 2003, de um lucro por ação entre US$ 1,35 e US$ 1,60. (Gazeta Mercantil - 31.07.2003)

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6 BID adia votação de empréstimos a Camisea

O conselho administrativo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) adiou para 6 de agosto a votação de um empréstimo de capital direto de US$ 75 milhões e um empréstimo sindicalizado B de até US$ 60 milhões para o projeto de gás natural Camisea, no Peru, informou uma fonte do BID. O presidente do BID, Enrique Iglesias, pediu o adiamento para que os países membros pudessem ter mais tempo para discutir com seus governos, disse a fonte. A decisão estava marcada para quarta-feira. Segundo as regras do BID, o presidente do conselho e os 14 diretores executivos, representando 46 países, podem solicitar adiamento de uma semana. No dia 6 de agosto, o presidente ou um ou mais diretores podem pedir outro adiamento de um mês, desde que apresentem motivos "econômicos" por escrito, esclarecendo por que a votação deveria ser adiada. Depois disso, dois ou mais diretores podem pedir outro adiamento de dois meses, da mesma forma, desde que se expliquem por escrito. O banco americano Export Import Bank (Ex-Im) considera a possibilidade de conceder um empréstimo de US$ 200 milhões para a parte upstream do projeto. O conselho administrativo do Ex-Im ainda não definiu data para discutir o empréstimo. (Business News Americas - 31.07.2003)

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7 Gas Natural tem redução de 45% no lucro no primeiro semestre

A Gas Natural revelou hoje ter registrado entre Janeiro e Junho uma queda de 45% no seu lucro semestral, afetada acima de tudo pela liberalização do mercado espanhol. Segundo a empresa, os seus resultados não foram mais atingidos somente devido à recuperação do peso argentino nos mercados cambiais e ao aumento da procura na América Latina. A forte queda do lucro da empresa reflete em grande parte a descida da sua participação na Enagás para 41%, contra os 100% detidos no mesmo período do ano passado. Além disso, a liberalização em janeiro do mercado do gás espanhol fez com que as vendas do Grupo recuassem 10,6% em termos homólogos nos primeiros seis meses do ano. (Diário Econòmico - 31.07.2003)

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8 Lucro da Unión Fenosa cresce 6,5% no primeiro semestre

A Unión Fenosa ganhou, durante o primeiro semestre do ano, 188,35 milhões de euros, o que representa um acréscimo 6,5% face a igual período do ano anterior, informou hoje a empresa. Em contrapartida, o faturamento sofreu um decréscimo de 10,61% para os 2,75 bilhões de euros. Segundo a empresa, a melhoria do resultado líquido fica a dever-se ao acréscimo em 43% dos ganhos com as atividades do 'core business'. (Diário Econòmico - 31.07.2003)

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