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IFE: nº 1.160 - 29 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Abradee: Distribuidoras não têm condições para o encargo de garantir receita às geradoras
2 Novo Modelo: Abradee preocupada quanto à universalização e política tarifária
3 Abrage e o Novo Modelo: Questões para revisão
4 Presidente da Abraget vê vantagens com implantação do pool
5 Cemig não colocará empecilhos ao novo modelo diz Decat
6 Investimentos em geração no RS podem chegar a US$ 5 bilhões até 2008
7 Definição dos valores do Proinfa agrada secretário de Energia do RS
8 Reunião sobre energia no México tem participação do deputado Fernando Ferro
9 Energy Summit debate novo modelo do SEE

Empresas
1 Governo de RS pode entrar na lista do Cadin devido a crise financeira da CEEE
2 Light cria programa para ampliar vendas entre grandes consumidores
3 Aneel realiza hoje audiência pública da Elektro
4 Eletronorte inicia estudos para construção de usina em Mato Grosso
5 Cemig estima perda anual de R$ 340 mi com redução do preço da geração
6 GP Investimentos entrega proposta para dívidas da Cemar
7 Celesc abre processo para compra de materiais, componentes e acessórios
8 CEEE abre três processos de licitação

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo no Sudeste/Centro-Oeste chega a 21.671 MW médios
2 Nível de armazenamento da região Norte está em 75,1%
3 Subsistema Nordeste tem queda de 0,12%
4 Volume do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,13%
5 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 61,95%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Valor do MWh tem aumento nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul
2 MAE realiza hoje liquidação financeira referente à abril desse ano

Gás e Termelétricas
1 Petrobras vai lançar projeto para massificação do uso do gás natural
2 Estratégia depende da renegociação do gás com a Bolívia, diz Sauer
3 CGTEE implanta programa de gestão participativa

Grandes Consumidores
1 Em SC, cooperativas agrícolas investem em PCH
2 Copesul registra lucro de R$ 73,2 mi

Economia Brasileira
1 Lessa sugere renegociação com o Fundo para permitir investimentos
2 Fipe agora prevê deflação no mês de julho em SP
3 Alíquota do compulsório já pode ser reduzida, diz Mantega

4 Empresários cobram reativação da economia
5 Superávit de US$ 16 bi é sustentável caso PIB cresça 2,5%, aponta estudo
6 Investimento estrangeiro direto deve voltar ao País, diz o FMI
7 Anbid: Emissões primárias estão diminuindo
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Perdas na Argentina levam multinacionais à acionarem tribunais internacionais
2 Argentina receberá mais US$ 1,05 bi do FMI
3 Bancos vão pagar US$ 255 mi por fraudes da Enron
4 Alliant Energy registra lucro de US$ 32,2 mi
5 CFE convoca licitação para projeto de usina de carvão de 700 MW
6 Lucro da REE sobe 14,92% no primeiro semestre
7 Lucro da BG triplica no trimestre
8 Centrica aguarda licença para operação de termoelétrica

 

 

Reestruturação e Regulação

1 Abradee: Distribuidoras não têm condições para o encargo de garantir receita às geradoras

Com a maior parte das distribuidoras em grave situação econômica-financeira, a Abradee está preocupada com a efetiva possibilidade de as concessionárias virem a garantir a receita das geradoras. "O modelo é focado na geração e parte do princípio que as distribuidoras podem dar garantias às geradoras. Mas quem dá garantias às distribuidoras?", questiona Luis Carlos Guimarães, presidente da Abradee. Se os contratos a serem assinados bilateralmente entre distribuidoras e geradoras devem garantir a receita das empresas de geração, segundo o executivo, o modelo praticamente não considera a inadimplência dos consumidores finais com as distribuidoras. Além disso, Guimarães reclama do compromisso que as distribuidoras devem assumir de realizar uma previsão de demanda de mercado, sob risco do pagamento de multa caso a estimativa não corresponda à realidade. "Os riscos estão demasiadamente assimétricos. Esta e outras questões precisam ser discutidas e equacionadas", defende. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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2 Novo Modelo: Abradee preocupada quanto à universalização e política tarifária

O presidente da Abradee também reclama que os problemas das distribuidoras praticamente não foram contemplados no novo modelo, cujas diretrizes foram anunciadas oficialmente na semana passada, após serem aprovadas pelo CNPE. "Praticamente não se tocou em política tarifária ou no processo de revisão, que para nós é muito importante", diz. Ele critica, de modo especial, a falta de definição quanto ao repasse da parcela A (custos não-gerenciáveis). Outro aspecto considerado questionável pelas distribuidoras é a universalização. De acordo com Guimarães, as regiões onde ainda não há serviço de distribuição são mercados considerados inviáveis economicamente e, portanto, de alto custo. "Uma velocidade muito alta na universalização pode acarretar em aumento no nível médio da tarifa". A Abradee deve encaminhar ainda esta semana um documento ao MME reiterando pontos que, para as distribuidoras, não estão claros ou precisariam de adaptações. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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3 Abrage e o Novo Modelo: Questões para revisão

A Abrage encaminhou para a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, treze considerações sobre a transição do modelo atual para os novos marcos regulatórios do setor energético. Preocupados com questões como o novo prazo estabelecido para que os consumidores livres anunciem a intenção de fechar contratos com os produtores independentes - que passa dos atuais seis meses para cinco anos - e tentando garantir que as geradoras entrem no programa de capitalização em estudo no MME, representantes do segmento definiram na semana passada uma cartilha com formas de evitar o que considera como impactos negativos. Segundo o presidente da Abrage, Flávio Neiva, há preocupações do setor em relação a dúvidas que surgiram depois da aprovação pelo CNPE da proposta de novo modelo para o setor, ocorrida no dia 21 de julho. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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4 Presidente da Abraget vê vantagens com implantação do pool

A Abraget (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas) discutirá amanhã, dia 30 de julho, a proposta de novo modelo para o setor elétrico. O presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, vê vantagens com a adoção do pool por garantir os contratos de compra de energia. Entretanto, ele não sabe se haverá condições de financiamento com as garantias dadas pelas 64 distribuidoras, que terão que comprar energia diretamente do pool. "Os project finance analisam os recebíveis das geradoras e os riscos. A taxa de juros e a viabilidade dependem disso", explica. Ele diz que o sistema elétrico brasileiro tem vários encargos por ser majoritariamente hidráulico. Segundo Xisto Vieira Filho, o seguro-apagão e a CCC (Conta Consumo de Combustíveis) são resultados dos riscos hidrológicos do mercado brasileiro. Além disso, acrescenta, a cobrança da TUST (Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão) é provocada pelo grande sistema de transmissão, encarregado de transportar a energia elétrica entre os pólos gerador e o consumidor. (Canal Energia - 28.07.2003)

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5 Cemig não colocará empecilhos ao novo modelo diz Decat

Na exposição apresentada durante o debate sobre o novo modelo do setor elétrico realizado pela Coppe/UFERJ, na sexta-feira passada, Flávio Decat, diretor de Finanças da Cemig, destacou o peso da parcela relativa a encargos e tributos nas receitas das tarifas, que consomem 60% da arrecadação média em cada conta. Além da desoneração tributária no setor, o executivo apresentou como sugestões ao governo a desdolarização da energia de Itaipu Binacional e a reavaliação de projetos de fontes alternativas. Decat afirmou que a Cemig não colocará empecilhos em relação ao novo modelo e participará do pool, mesmo com a proibição do self dealing (auto-contratação) pelas empresas distribuidoras que possuem geração própria - como a Cemig. Decat ressaltou, no entanto, que não vai acertar vender a produção ao condomínio de empresas a um preço inferior ao praticado atualmente. "A Cemig e o governo de Minas entendem que não podemos vender uma energia ao pool mais barata do que a de compra, porque isso trará um prejuízo ao consumidor mineiro. Mas achamos que existe uma solução para a questão, respeitando os pilares do modelo", explica Decat, referindo-se à proibição do self dealing. "Vamos entrar no pool mesmo sem auto-contratação, vamos nos adequar às regras", concluiu. (Canal Energia - 28.07.2003)

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6 Investimentos em geração no RS podem chegar a US$ 5 bilhões até 2008

O Rio Grande do Sul espera receber investimentos de US$ 5 bilhões até 2008, tornando o estado exportador de energia elétrica. Atualmente, o volume de energia importada está em 34%. O parque gerador, que tem capacidade instalada de 4,5 GW, está concentrado na hidroeletricidade (65%) e nas térmicas a carvão mineral e gás natural (35%). Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, o objetivo é reduzir o percentual hidrelétrico para 46%, fortalecendo a geração eólica e térmica. Ele estima que as termelétricas a carvão mineral pode ter 1.200 MW de capacidade instalada, gás natural 500 MW e 400 MW de geração eólica. Andres informa que a CEEE pode participar da implementação dos projetos. "A empresa não está com grande capacidade para alocar recursos, entretanto ela procura bons negócios para participar", diz. Andres diz que a empresa realiza inventários de projetos e depois procura parcerias com a iniciativa privada. Para incentivar a implantação de empreendimentos na geração de energia elétrica no estado, a secretaria Energia, Minas e Comunicação do RS colabora na tramitação dos projetos, principalmente na área ambiental, estuda incentivos tributários e fiscais, e oferece a logística do estado. (Canal Energia - 28.07.2003)

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7 Definição dos valores do Proinfa agrada secretário de Energia do RS

O secretário de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, afirma que a implementação dos projetos depende muito do complemento do novo modelo do setor elétrico e das garantias para venda de energia. Em relação à energia eólica, Valdir Andres elogia a definição dos valores econômicos do Proinfa. "O preço está bom, mas é preciso definir logo as cotas para cada estado", diz. Ele afirma que o Rio de Grande do Sul tem a melhor estrutura de linha de transmissão e qualidade dos ventos. (Canal Energia - 28.07.2003)

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8 Reunião sobre energia no México tem participação do deputado Fernando Ferro

Acontece entre os dias 29 de julho e 02 de agosto a reunião da Comissão de Minas e Energia do Parlamento Latino-Americano (Parlatino), na cidade de Pachuca, no México. O evento terá a participação do deputado Fernando Ferro, que é membro do Parlatino e titular da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Ele estará representando o presidente da comissão, José Janene (PP-PR). Durante o evento, o deputado apresentará a legislação brasileira do setor elétrico aos parlamentares latino-americanos. O tema principal do encontro será "Harmonização legislativa e jurídica dos temas energéticos e minerais dos países da América Latina". Também será apresentada uma proposta metodológica do Parlatino. (NUCA - 29.07.2003)


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9 Energy Summit debate novo modelo do SEE

A edição 2003 do Energy Summit começa nesta terça-feira, 29 de julho, e segue até o dia 31 de julho, no Rio de Janeiro. A abertura do evento será feita às 9 horas pela Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. O evento discutirá estratégias para estimular a retomada do crescimento do setor com representantes do governo e de empresas de energia elétrica, petróleo e gás. O primeiro painel abordará a questão da reforma institucional do setor. Ainda na terça-feira será realizado debate sobre o equilíbrio econômico-financeiro das empresas do setor e sobre o arcabouço regulatório, aliado ao ambiente jurídico referente às mudanças normativas. Na próxima quarta-feira, 30 de julho, os painéis abordarão os seguintes temas: atração de investimentos para o setor, aspectos conceituais da revisão tarifária, política tarifária do mercado e impacto das indefinições regulatórias e aumentos tarifários no desenvolvimento da economia do país. No último dia do evento, quinta-feira, 31 de julho, serão realizados seminários simultâneos na área de comercialização de energia e fórum sobre gás natural. Os debates contarão com a participação de representantes da Aneel, do ONS, de secretários de Energia dos estados, presidentes e diretores das associações, diretores de empresas privadas e públicas, analistas de energia, advogados e executivos do setor. (Canal Energia - 28.07.2003)

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Empresas

1 Governo de RS pode entrar na lista do Cadin devido a crise financeira da CEEE

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), deu prazo até 20 de agosto para a direção da CEEE, apresentar um plano para solucionar a crise enfrentada pela estatal. O programa deverá incluir uma estratégia para estancar a sangria de recursos perdidos em ações trabalhistas, o reescalonamento de dívidas financeiras que totalizam R$ 1,164 bilhão e a reestruturação operacional e administrativa da empresa, disse o chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Alberto Oliveira. O sinal de alerta foi disparado depois que as ações trabalhistas consumiram R$ 95,6 milhões no primeiro semestre e devem levar outros R$ 64 milhões até dezembro, conforme divulgado pelo governador. O valor supera o orçamento total para investimentos da CEEE este ano, de R$ 130 milhões e, só nos seis primeiros meses, se aproxima de tudo o que foi investido pelo governo do Estado no período (R$ 103 milhões). Segundo Oliveira, a empresa também chegará ao fim deste mês com uma dívida de R$ 31,5 milhões com a Eletrobrás, referente à compra de energia de Itaipu. São dois meses de atraso e se não houver acordo de refinanciamento ou pagamento do débito até meados de agosto, o Estado será inscrito no Cadastro de Inadimplentes (Cadin) do governo federal. "Isso provocaria a suspensão de repasses federais para o Rio Grande do Sul", explica o secretário. (Valor - 29.07.2003)

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2 Light cria programa para ampliar vendas entre grandes consumidores

Programa Energia Plus busca mercado para excesso de oferta. Na tentativa de reduzir as perdas com o baixo consumo registrado no Brasil depois do racionamento, a Light criou um produto para aumentar suas vendas entre os grandes clientes, que representam 40% do faturamento da distribuidora fluminense. Um ano depois de entrar no mercado, o Energia Plus já conquistou 140 clientes como Nestlé, PUC e Carioca Shopping e deve fechar 2003 com vendas de R$ 20 milhões. Flexibilidade, facilidade de aquisição e tarifas atrativas são as vantagens do produto, segundo a empresa. A idéia de criar o Energia Plus surgiu em setembro do ano passado quando, em virtude do consumo retraído, a Light pagava às geradoras por uma quantidade de energia que não conseguia pôr no mercado. O Energia Plus é vendido à empresas que estão aumentando a produção por um período determinado, mesmo que elas não saibam se vão conseguir manter aquele mesmo patamar no futuro. Hoje, a distribuidora consegue vender, nesse mercado, 5 mil MW/h. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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3 Aneel realiza hoje audiência pública da Elektro

A Aneel realiza hoje em Limeira (SP), audiência pública para a coleta de subsídios ao processo de revisão tarifária da Elektro Eletricidade e Serviços. A reunião será realizada a partir das 8 horas no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A concessionária atende 223 municípios de São Paulo e cinco no Mato Grosso do Sul. Amanhã haverá mais uma audiência pública sobre a revisão tarifária da Elektro em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, uma das cinco cidades do estado atendidas pela concessionária. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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4 Eletronorte inicia estudos para construção de usina em Mato Grosso

Uma equipe da Eletronorte visitou na última quinta-feira, (24/07), a localidade onde será estudado o aproveitamento hidrelétrico de Dardanelos, no Rio Aripuanã, ao norte de Mato Grosso. Conforme estudo de atratividade do projeto, realizado no ano passado, Dardanelos terá capacidade para gerar 256 MW de energia elétrica, o suficiente para abastecer uma população de 600 mil habitantes. Será a maior de Mato Grosso, com energia que deverá ser incorporada ao Sistema Interligado Nacional. A vazão estimada da Dardanelos é de 317 metros cúbicos por segundo de uma área inundada de quatro quilômetros quadrados. As cachoeiras Dardanelos e Andorinhas serão preservadas. Além do Parque Indígena Aripuanã, as reservas de Arara Bernadão, Arara do Rio Branco e Serra Morena estão localizadas na região, mas distantes do local onde estará a usina. A previsão é de que a obra seja iniciada em 30 meses, com custo de 146 milhões de dólares, uma média de US$ 572 mil por kW gerado. O valor é considerado baixo. O índice de geração por área inundada é de 62 MW por quilômetro quadrado. Xingó, um dos melhores aproveitamentos hidrelétricos do País, apresenta índice de 50 MW por quilômetro quadrado. (NUCA - 29.07.2003)

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5 Cemig estima perda anual de R$ 340 mi com redução do preço da geração

A Cemig poderá contabilizar a partir deste ano uma perda de receita na faixa de R$ 340 milhões, em razão da subvaloração da energia gerada pela estatal e adquirida pela sua própria área de distribuição. A queda de faturamento na comercialização tem reflexo na alteração fixada pela Aneel no valor de geração da empresa, que caiu de R$ 62 para R$ 50 o MWh. A redução tarifária arbitrada pela Aneel é um dos impactos financeiros negativos que atingem a empresa; fatos que, de acordo com o secretário de Finanças, Participações e Relações com Investidores, Flávio Decat, podem aumentar com as regras do novo modelo do setor elétrico. Segundo o executivo, a empresa pode ter seu valor de mercado em bolsa reduzido pela metade com o preço da energia que será praticado no pool. "Se a Cemig tiver que operar no pool para comprar energia a uma média de R$ 67 por MWh, semelhante a dos contratos iniciais, o valor de mercado cairá de R$ 4 bilhões para R$ 2 bilhões", afirmou o diretor, que participou na última sexta-feira, dia 25 de julho, de um debate sobre o novo modelo do setor, no Rio de Janeiro. Ele alertou que o preço do mix de energia velha e nova no pool pode exigir formas de compensação para as empresas que tiverem alta de custos. (Canal Energia - 28.07.2003)

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6 GP Investimentos entrega proposta para dívidas da Cemar

A GP Investimentos entregou à Aneel a proposta com soluções para as dívidas da Cemar. A agência confirmou que a proposta foi entregue na última sexta-feira, dia 25 de julho. A GP foi a única empresa pré-qualificada para continuar no processo de transferência do controle acionário da distribuidora. Além da solução econômico-financeira para a concessionária, a proposta também deve assegurar a continuidade e a qualidade do fornecimento na área atendida pela empresa. Atualmente, a dívida da Cemar está orçada em R$ 760 milhões. Parte dessa dívida é com a Eletrobrás/Eletronorte, no valor de R$ 400 milhões. Outros credores são bancos (R$ 220 milhões); a PPL Global, controladora da distribuidora (R$ 70 milhões); e o Tesouro Nacional, Refis e Fundo de Pensão dos Empregados da Cemar (R$ 70 milhões). A Aneel deve divulgar o resultado do processo de transferência societário no dia 12 de agosto deste ano. (Canal Energia - 28.07.2003)

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7 Celesc abre processo para compra de materiais, componentes e acessórios

A Celesc iniciou seis processos de licitação. Dois deles têm prazo até 8 de agosto e objetivam a aquisição de células capacitivas e pára-raio tipo válvula. Para o dia 11 de agosto está previsto o encerramento de dois processos: de compra de materiais, componentes e acessórios para linha viva e para aquisição de equipamento portátil para medição de resistência de isolamento, multímetro digital, aparelho portátil para medição de relação de espirais, equipamento para banho termostático e alicate de corrente. A licitação para contratação de empresa de engenharia para prestação de serviços, com fornecimento de material para execução de eficientização energética de unidades de iluminação pública. O prazo vai até 22 de agosto. O ultimo processo aberto pela Celesc, que vai até 26 de agosto, é para compra de transformador de distribuição. (Canal Energia - 28.07.2003)

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8 CEEE abre três processos de licitação

A CEEE abriu três processos. O primeiro é para retrifilação de cobre misto e segue até 8 de agosto. Para o dia 11 de agosto está previsto o encerramento do processo de prestação de serviço de operação de central telefônica, rádio VHF e atendimento ao público em dois postos de atendimento. A última licitação aberta pela CEEE tem como objeto serviços de recuperação da adutora da hidrelétrica Canastra. O prazo segue até 25 de agosto. (Canal Energia - 28.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo no Sudeste/Centro-Oeste chega a 21.671 MW médios

O consumo no Sudeste/Centro-Oeste chegou a 21.671 MW médios no último domingo, dia 27 de julho, contra previsão de 25.350 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema registra queda no consumo de 0,91%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o submercado tem baixa de 5,8% no mesmo período. No Sul, o consumo foi de 5.529 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula alta de 4,41% nos últimos sete dias. No mesmo período, o Norte registra baixa de 8,76%. No dia 27, a região consumiu 2.436 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O Nordeste teve consumo de 5.229 MW médios, contra previsão de 5.914 MW médios do operador do sistema. O submercado tem queda no consumo de 1,79% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o subsistema registra baixa de 5,28% no período. (Canal Energia - 28.07.2003)

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2 Nível de armazenamento da região Norte está em 75,1%

A capacidade da região Norte está em 75,1%, redução de 0,19%. A usina de Tucuruí registra índice de 89,88%. (Canal Energia - 28.07.2003)

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3 Subsistema Nordeste tem queda de 0,12%

O nível de armazenamento no subsistema Nordeste está em 40,85%, volume 22,46% acima da curva de segurança 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,12%. A capacidade da hidrelétrica de Sobradinho está em 34,92%. (Canal Energia - 28.07.2003)

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4 Volume do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,13%

O submercado Sudeste/Centro-Oeste está com 68,14% do volume, o que corresponde a uma redução de 0,13% em relação ao dia anterior. Em relação à curva de aversão ao risco, o nível está 37,62% acima do previsto. As usinas de Nova Ponte e Itumbiara apresentam, respectivamente, índice de 62,48% e 85,56%. (Canal Energia - 28.07.2003)

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5 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 61,95%

Os reservatórios do subsistema Sul estão com 61,95% da capacidade, um acréscimo de 0,22%. A hidrelétrica de Salto Santiago está com 53,56% do volume. (Canal Energia - 28.07.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Valor do MWh tem aumento nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul

Os preços MAE tiveram pequeno aumento nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte na quinta semana de julho, que compreende os dias 26 de julho a 1º de agosto. Para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o valor do MWh para as cargas pesada e média fica em R$ 12,46 e R$ 12,18, respectivamente, um aumento de 1,5%. Para a carga leve, o preço da energia na região Sudeste/Centro-Oeste está em R$ 11,74. No Sul do país, o valor para esta carga está em R$ 11,96, um aumento de 2,96%. Na região Norte, o preço MAE para as cargas pesada e média fica em R$ 12,18. Para a carga leve, o preço da energia está em R$ 11,74. O valor do MWh no submercado Nordeste caiu 0,4%, passando de R$ 9,04 para R$ 9,08 nesta semana. (Canal Energia - 28.07.2003)

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2 MAE realiza hoje liquidação financeira referente à abril desse ano

O MAE realiza hoje a liquidação financeira das operações de compra e venda de energia realizadas em abril deste ano. Na sexta-feira foi concluída a liquidação referente às operações realizadas em março. O índice de adimplência foi de 96,41%. No total, foram arrecadados R$ 49,276 milhões. Somente três empresas deixaram de pagar seus débitos integralmente na liquidação. O cronograma do MAE prevê que todos os débitos referentes ao período de setembro de 2002 a junho de 2003 sejam liquidados até 4 de agosto. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras vai lançar projeto para massificação do uso do gás natural

A Petrobras prepara um plano de massificação do uso de gás natural no País, para ser lançado dentro de três meses. Segundo o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, plano prevê a utilização do gás sob todas as formas: liquefeito, veicular e encanado. "Temos excelentes perspectivas de novas descobertas para a Bacia de Santos que em breve devem ser divulgadas e que certamente vão ampliar nossa oferta". As três principais frentes de "massificação", diz o diretor, são a instalação dos gasodutos já anunciados para a malha Sudeste e Nordeste - que vai consumir investimentos de US$ 1 bilhão já captados junto ao banco de desenvolvimento japonês -, a ampliação da rede de postos de abastecimento de GNV e ainda o lançamento de um projeto de "gasoduto virtual", sistema que transporta gás líquido em caminhões-tanque para cidades pequenas onde não há gasoduto. Segundo Sauer, um dos principais objetivos do plano é reduzir o preço do gás para o consumidor comum. "O aumento da oferta certamente será responsável por baixar este preço, mas como isso será feito, só vamos explicar no lançamento do projeto completo dentro de três meses", explicou. (Estado de São Paulo - 29.07.2003)

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2 Estratégia depende da renegociação do gás com a Bolívia, diz Sauer

De acordo com Ildo Sauer, parte da estratégia do plano depende da negociação do contrato de compra e venda de gás natural da Bolívia. Mas uma reunião, marcada para discutir o assunto com técnicos e autoridades bolivianas, pode não se realizar no dia 11 de agosto, conforme foi marcado. "Eles pediram para adiar a reunião, alegando precisar mais tempo para avaliar nossas propostas". A proposta do Brasil foi apresentada em fevereiro, mas a Bolívia não concordou sequer em avaliá-la. Os principais pontos prevêem a negociação da cláusula "take or pay", que obriga o Brasil a pagar por um volume específico de gás natural mesmo sem consumi-lo. (Estado de São Paulo - 29.07.2003)

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3 CGTEE implanta programa de gestão participativa

Depois de um déficit de R$ 9 milhões registrado em 2002, a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) deverá fechar o ano com receita de R$ 250 milhões. A empresa, responsável pelo fornecimento de 7% da carga elétrica consumida no RS, anunciou ontem a implantação de programa de gestão participativa, com a posse de conselho formado por diretores e colaboradores. A empresa também festejou seis anos de produção de energia termoelétrica, ou um total de 50 MW. De acordo com o seu presidente, Júlio Quadros, a implantação do conselho de gestão participativa aproximará a empresa dos funcionários. "O grupo vai discutir sobre as principais metas da empresa", explicou Quadros. Ele acrescentou que o número de servidores é pequeno e a companhia deverá realizar seu primeiro concurso público no próximo mês de agosto. A CGTEE também vai adaptar a gestão de suas três usinas conforme a mudança da matriz energética que o Ministério de Minas e Energia deverá implantar a partir de janeiro. Outra meta é intensificar a comercialização da energia, o que viabilizará a empresa. (Correio do Povo - 29.07.2003)

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Grandes Consumidores

1 Em SC, cooperativas agrícolas investem em PCH

Oito cooperativas do Oeste de Santa Catarina, dentre as quais a tradicional Aurora, de Chapecó, investirão aproximadamente R$ 35 milhões na construção de uma PCH. A capacidade instalada será de 16,5 MW. As sócias terão uma redução de cerca de 40% no custo da conta de energia, prevê Samuel Thiesen, coordenador do projeto. Hoje, as cooperativas pagam R$ 120,00 o kilovatt hora à Celesc. Thiesen acredita que as cooperativas poderão ter a mesma energia em torno de R$ 70,00, com a PCH. A obra será iniciada no primeiro trimestre de 2004 e executada num prazo de 18 a 24 meses. A PCH será construída no rio das Antas, localidade de Linha Fuzil, em território do município de Flor do Sertão, divisa com Descanso. Além de um aporte inicial de R$ 5 milhões, as cooperativas captarão os demais recursos junto ao Banco do Brasil e do Prodecooper. No atual estágio, o projeto básico foi concluído e aprovado e o empreendimento dispõe de concessão oficial da Aneel por 30 anos e de Licença Ambiental Provisória (LAP) da Fundação Ambiental de Santa Catarina. O processo para emissão da licença de instalação está tramitando no órgão ambiental estadual e o projeto executivo está em licitação. (Valor - 29.07.2003)

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2 Copesul registra lucro de R$ 73,2 mi

A Companhia Petroquímica do Sul (Copesul), lucrou R$ 73,2 milhões no primeiro semestre. A receita líquida consolidada da petroquímica foi de R$ 2,2 bilhões, 110,3% maior do que no mesmo período de 2002. (Valor - 29.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Lessa sugere renegociação com o Fundo para permitir investimentos

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, defendeu ontem a renegociação do acordo do Brasil com o FMI para possibilitar a retomada dos investimentos públicos. Falando para uma platéia de 30 pessoas no lançamento de uma das chapas que disputam as eleições para o Clube de Engenharia, no Rio, Lessa reafirmou a necessidade de o País investir R$ 315 bilhões em infra-estrutura até 2003. Mas ressaltou que o projeto está "trancado" devido ao acordo com o FMI que, em sua definição "vai às raias do espantoso". "Se o Brasil não renegociar, em setembro, uma flexibilização dessas regras com o FMI, estamos trancados", afirmou. Ele lembrou que a presença da missão do fundo no País pode ser a oportunidade para flexibilizar o conceito de gasto público. Durante a palestra, Lessa foi aparteado diversas vezes pela economista Maria da Conceição Tavares. As declarações da economista, porém, eram rápidas e pouco compreensíveis. Ela reclamou também do "estrangulamento" da capacidade de investimentos do setor privado. Lembrando que o banco tem um programa de infra-estrutura ainda indefinido, Lessa argumentou que estão sendo apresentadas variantes para vencer essas limitações. Alertou, porém, que há investimentos importantes, como as grandes hidrelétricas que "não conseguem se encaixar nessas variantes, esbarrando, portanto, nas questões orçamentárias". "Essa questão com o Fundo tem uma variedade de instrumentos que trancam todas as decisões e ações em quase todos os níveis da administração pública", protestou. Segundo ele, os limites para investimento das administrações e empresas públicas, obedecendo ao acordo, estão incapacitando investimentos e, em conseqüência, a geração de empregos. (O Estado de São Paulo - 29.07.2003)

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2 Fipe agora prevê deflação no mês de julho em SP

A Fipe mudou pela segunda vez neste mês a expectativa da taxa de inflação esperada para julho na cidade de São Paulo. No início do mês, a instituição previa inflação de 0,40%, duas semanas depois reviu para zero e, agora, espera uma deflação de 0,10%. Essas mudanças refletem a resistência da deflação, que não era esperada pela instituição. Pela quarta semana seguida, o IPC, pesquisado pela Fipe, apresentou taxas negativas, apesar da esperada concentração de reajustes de tarifas neste mês. Se confirmada a previsão da instituição de deflação para julho, será a primeira vez que o índice irá registrar variação negativa por dois meses seguidos desde maio e junho de 1999. O ciclo de deflação deve ser encerrado em agosto, diz Juarez Rizzieri, coordenador-adjunto do IPC. Segundo ele, o corte da taxa de juros (Selic), realizado pelo Copom na semana passada, pode reduzir o fluxo de capital para o país. Isso poderia gerar uma pressão no câmbio, valorizando o dólar. Para agosto, quando os reajuste das tarifas se intensificarem e chegar o período de entressafra de alguns alimentos, Rizzieri espera uma inflação entre 0,6% e 0,8%. Só as tarifas terão um impacto no índice de 0,55 ponto percentual, calcula o coordenador-adjunto. Com a redução das expectativas das taxas de inflação de julho e agosto, que chegaram a ser de mais de 2% para os dois meses juntos, a Fipe também revisou a taxa esperada para o final do ano: de 8,5% para 8%. (Folha de São Paulo - 29.07.2003)

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3 Alíquota do compulsório já pode ser reduzida, diz Mantega

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, engrossou ontem o coro dos que defendem a diminuição dos depósitos compulsórios dos bancos. "Há condições de política monetária para se reduzir a alíquota do compulsório em breve" e favorecer a recuperação da economia, afirmou Mantega, após participar do seminário "Como financiar o crescimento", com apoio da CNI e Febraban. O presidente do BC, Henrique Meirelles, que encerrou o seminário, evitou antecipar a decisão. O compulsório dos bancos abocanha, atualmente, 68% dos depósitos à vista, 23% dos depósitos a prazo e 30% dos depósitos na poupança, totalizando cerca de R$ 115 bilhões. O presidente da Febraban, Gabriel Jorge Ferreira, criticou os analistas que dizem que é inútil reduzir o compulsório porque já há sobra de recursos nos bancos. "A sobra de recursos decorre dos juros altos e da estagnação da economia, condições que desestimulam os tomadores". O seminário analisou os gargalos e alternativas de financiamento do crescimento. O Brasil tem hoje cerca de US$ 10 bilhões "em nichos de poupança" para bancar projetos prioritários, calculou Mantega. Esses "nichos", contudo, são insuficientes para um crescimento sustentado, disse o ministro. (Valor - 29.07.2003)

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4 Empresários cobram reativação da economia

Empresários e representantes da sociedade manifestaram ontem ao governo muita insatisfação com a paralisia da economia e grande preocupação com o aumento da tensão social, durante reunião de um grupo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que há dois meses debate propostas para o desenvolvimento do país. O primeiro a se manifestar foi o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, que ganhou influência no governo por ter declarado apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral. "Muitos companheiros dizem que esta é a pior crise que já vivemos", afirmou. "Temos que fazer algo que mude a situação rapidamente, no curto prazo". Ele sugeriu a adoção de várias medidas, como a redução da taxa básica de juros de 24,5% para 15%, um "reajuste cambial" que levasse a cotação do dólar a pelo menos R$ 3,50, investimentos em habitação popular e a redução dos compulsórios e dos juros cobrados pelos bancos. Staub também propôs um pacto com os sindicatos, em que os salários seriam reajustados de acordo com a expectativa da inflação futura. Vários manifestaram o temor de que a estagnação econômica agrave o estado de tensão social do país. O presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, disse que a lentidão do governo provoca "tumulto e insegurança". Alguns empresários sugeriram que estão preocupados com a tolerância do governo diante dos movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O objetivo da reunião de ontem era discutir a redação de uma "carta de concertação" sobre as condições necessárias à retomada do desenvolvimento. (Valor - 29.07.2003)

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5 Superávit de US$ 16 bi é sustentável caso PIB cresça 2,5%, aponta estudo

Há receio entre economistas e empresários de que a recuperação econômica a partir do último trimestre desse ano e a valorização do real afetem o superávit comercial de 2004. Assim o saldo que deve superar US$ 18 bilhões esse ano seria revertido com facilidade. No entanto, estudo da Tendências Consultoria Integrada, elaborado por Edward Amadeo e Julio Callegari, destaca que é sustentável acreditar que o país registre em 2004 um superávit comercial de US$ 16 bilhões, com expansão do PIB em 2,5%. Com isso, o ajuste externo permitiria suportar o primeiro ano de recuperação da economia doméstica. Isso daria alívio ao governo, que poderia contar com um ano a mais para gerar as condições de crescimento sem inflação e um menor déficit externo. No trabalho, os economistas destacam quatro fatores que sustentariam um superávit de US$ 16 bilhões em 2004. Primeiro, as economias dos países da América Latina, tradicionais compradores de bens manufaturados do Brasil, devem se recuperar. A demanda externa por manufaturados sofreria alta de 15% em 2004, sendo que esse ano ela deve ficar próxima de 10%. O segundo motivo da sustentabilidade de um superávit de US$ 16 bilhões em 2004 seria o vigor das exportações agrícolas, que podem gerar um superávit de US$ 24 bilhões esse ano. (Valor - 29.07.2003)

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6 Investimento estrangeiro direto deve voltar ao País, diz o FMI

O chefe da missão do FMI, Jorge Marquez-Ruarte, minimizou, ontem, a queda do investimento estrangeiro direto no País, que em junho foi de US$ 186 milhões, e está acumulado em US$ 3,5 bilhões desde janeiro. "O ambiente é favorável para o retorno dos investimentos", disse, lembrando que o risco-Brasil, com sucessivos recordes de baixa, é o principal indicativo. Marquez-Ruarte reuniu-se no final da tarde de ontem, por cerca de uma hora, com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Na saída, disse ter havido "um encontro tranqüilo e que as reformas estão indo muito bem". Perguntado sobre a possibilidade de renovação ou não do acordo, que vencerá em novembro, Ruarte observou que "o importante é que haja entre o FMI e o governo brasileiro uma relação muito estreita. É certo que o FMI vai continuar apoiando o Brasil, de forma forte e firme". A iniciativa, frisou, vai depender do governo brasileiro. Esta é quarta e penúltima revisão do acordo desde a renovação feita em agosto de 2002. Só este ano, os saques líquidos junto ao FMI somaram US$ 8,22 bilhões, resultado de desembolso de US$ 13,41 bilhões por parte do Fundo e pagamento de US$ 5,19 por parte do Brasil. Ainda sobre os investimentos estrangeiros, o chefe da missão sustentou que "a impressão é de que voltarão ao Brasil, porque o governo tem adotado políticas muito apropriadas. Esperamos que o resto do mundo compreenda isso". Quanto ao fraco desempenho da atividade econômica, cujo crescimento dentro do próprio governo é estimado em 1,5% para este ano, Ruarte assinalou que a previsão é que o índice de crescimento aumente no futuro. (Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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7 Anbid: Emissões primárias estão diminuindo

Dados da Anbid mostram que as emissões primárias no País estão minguando. Em 95, as empresas brasileiras realizaram 200 operações do gênero. No ano passado, foram 49. E neste ano, até junho, 9. Quase todas, por empresas do setor elétrico e de telecomunicações. Segundo Luiz Fernando Resende, vice-presidente da entidade, entre os motivos estão a atrofia do mercado brasileiro, a falta de financiamento ao setor produtivo, a carga tributária, a concorrência com títulos públicos e a falta de liquidez do mercado secundário. (Estado de São Paulo - 29.07.2003)

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8 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio continua a exercer pressão sobre o dólar comercial, que opera em alta desde a abertura. Às 11h52m, a moeda americana era cotada a R$ 2,908 na compra e R$ 2,913 na venda, com alta de 0,48%. Ontem, no término do pregão, o dólar comercial registrava leve avanço de 0,20%, a R$ 2,8940 na compra e a R$ 2,8990 na venda. Durante os negócios, a moeda oscilou entre a máxima de R$ 2,9050 à mínima de R$ 2,8860. (O Globo On Line e Valor Online - 29.07.2003)


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Internacional

1 Perdas na Argentina levam multinacionais à acionarem tribunais internacionais

A revisão de contratos de privatização e as tarifas dos serviços públicos na Argentina estão se transformando em caso de polícia. A disputa entre o governo e as empresas afetadas já chegou aos tribunais internacionais. Quatorze companhias recorreram ao Centro Internacional de Apelo de Diferenças Relativas a Investimentos (Ciadi), organismo do Banco Mundial (Bird). O jornal espanhol "Cinco Dias" informou ontem que, na semana passada, a Telefônica da Argentina formalizou, no Ciade, processo contra o governo argentino por descumprimento de contratos. Há pouco menos de 10 dias, fizeram o mesmo outros três consórcios de companhias privatizadas argentinas nas quais participam a espanhola Aguas de Barcelona e a francesa Suez. Na lista, porém, não aparecem apenas empresas européias, mas também norte-americanas, como AES, Pioneer e El Paso (energia), além da Continental (seguros). Na relação de empresas que estão processando o governo argentino também estão a Gas Natural (Espanha), Camuzzi (Itália) e a Pan American Energy (EUA). De acordo com fontes das empresas espanholas instaladas na Argentina consultadas pelo "Cinco Dias", a decisão de processar o governo argentino decorre de "um longo ano e meio de reclamações e reivindicações não atendidas para reajustar os preços das tarifas, congeladas desde a desvalorização do peso, em janeiro de 2002". (Tribuna da Imprensa - 29.07.2003)

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2 Argentina receberá mais US$ 1,05 bi do FMI

O FMI aprovou ontem a terceira e última revisão do acordo com a Argentina, conforme comunicado do diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, ao ministro da Economia, Roberto Lavagna. Com isso, também fica aprovado o desembolso de US$ 1,05 bilhão. "Autoridades do FMI se comunicaram, em Montreal (Canadá), com o ministro Lavagna, a quem notificaram a aprovação da terceira revisão e, por conseqüência, um desembolso que se realizará hoje (ontem) de US$ 1,05 bilhão", informou o porta-voz do ministério, Armando Torres. O atual acordo foi assinado em janeiro, vencerá em 31 de agosto e inclui o refinanciamento de vencimentos de US$ 6,7 bilhões. (Tribuna da Imprensa - 29.07.2003)

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3 Bancos vão pagar US$ 255 mi por fraudes da Enron

O Citigroup e o JP Morgan Chase concordaram em pagar US$ 255 milhões para pôr fim à investigação sobre o suposto envolvimento das duas instituições financeiras nas fraudes contábeis praticadas pela concordatária empresa de energia Enron. A SEC (órgão que fiscaliza o mercado financeiro nos EUA), informou ontem que, pelos termos do acordo, o JP Morgan pagará US$ 135 milhões, e o Citigroup, US$ 120 milhões. O JP e o Citi não admitiram nem negaram as acusações de que teriam ajudado a Enron, que entrou em concordata em dezembro de 2001. (Folha de São Paulo - 29.07.2003)

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4 Alliant Energy registra lucro de US$ 32,2 mi

A norte-americana Alliant Energy, acionista da brasileira Cataguazes-Leopoldina, comunicou ontem que teve lucro de US$ 32,2 milhões, ou US$ 0,35 por ação, no segundo trimestre deste ano. Em 2002, a companhia registrou lucro líquido de US$ 6,3 milhões, ou US$ 0,07 por ação. O rendimento da empresa cresceu 19% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 646,3 milhões. A expectativa do mercado era de rendimento de US$ 614,8 milhões. A Alliant Energy manteve a previsão de ganhos entre US$ 1,45 e US$ 1,65 por ação. (Valor/Gazeta Mercantil - 29.07.2003)

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5 CFE convoca licitação para projeto de usina de carvão de 700 MW

A estatal mexicana de energia elétrica CFE convocou licitação para propostas de engenharia, aquisição de bens e serviços e construção para o projeto Pacifico de usina termelétrica de carvão de 700 MW, segundo informações da CFE. O projeto será construído próximo à usina de Pentacalco da CFE, de 2.100 MW, e havia sido anteriormente batizado de Petacalco II. A CFE precisa de uma rede de geração com capacidade para 648 MW. O edital está disponível até 5 de fevereiro de 2004, e as propostas devem ser apresentadas em 11 de fevereiro. As propostas técnicas serão abertas imediatamente e as financeiras em 8 de marco. Segundo relatórios anteriores, o projeto irá requerer dois milhões de toneladas de carvão por ano, o que pode acarretar uma expansão do terminal existente no porto de Lázaro Cárdenas, no estado vizinho de Michoacan. O projeto Pacifico está com o inicio de suas operações programado para fevereiro de 2007. (Business News Americas - 28.07.2003)

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6 Lucro da REE sobe 14,92% no primeiro semestre

A Red Eléctrica de Espanha (REE) registrou, no primeiro semestre do ano, um resultado líquido 54,14 milhões de euros, o que representa uma subida de 14,92% face aos 47,11 milhões de euros da primeira metade de 2002, revelou hoje a empresa. A REE assinala que esta melhoria se deve fundamentalmente ao volume consolidado de negócios ajustado (ou seja, sem as compras de energia), que ascendeu a 336,8 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 64,4% face a igual período de 2002. O resultado bruto de exploração situou-se nos 206,848 milhões de euros, mais 58,95% do que no período homólogo anterior. (Diário Econòmico - 29.07.2003)

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7 Lucro da BG triplica no trimestre

O lucro do grupo BG, antigo detentor do monopólio do gás natural britânico, subiu, no primeiro trimestre, 191% para os 226 milhões de euros. Quanto ao volume de negócios, aumentou 35% para 1,2 bilhão de euros. A subida dos lucros deve-se, segundo comunicado da empresa, aos elevados preços da energia, bem como ao aumento da produção de petróleo e gás. (Diário Econòmico - 28.07.2003)

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8 Centrica aguarda licença para operação de termoelétrica

A Centrica, principal distribuidora de gás do Reino Unido, espera receber, em no máximo 14 dias, a licença de geração para a termoelétrica Barry (240 MW), comprada pela empresa na semana passada. A usina foi comprada pela Centrica por US$ 63,42 milhões no dia 24 de julho, e o acordo será selado hoje. (Platts - 29.07.2003)

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