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IFE: nº 1.159 - 28 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Empresas distribuidoras poderão receber ajuda financeira, diz Tolmasquim
2 Tolmasquim: Tarifas para o consumidor cairão a partir de 2005
3 Empresas do SEE podem entrar na justiça contra proibição do auto-suprimento
4 Empresas repercutem proibição de auto-suprimento
5 Participação no "pool" não acarretará prejuízo para empresas, diz analista do Unibanco
6 Suspeita sobre brecha no novo modelo quanto à privatização de usinas gera alerta
7 Abraget avalia pontos do novo modelo
8 Analistas elogiam inclusão de térmicas no "pool" do novo modelo
9 Nova fase do Programa Luz no Campo pretende atingir 77% da zona rural em MS

Empresas
1 Eletropaulo: Proporção pagamento de juro/geração operacional de caixa cresce a cada ano
2 Eletropaulo ainda é considerada operacionalmente uma boa empresa por analistas
3 Eletropaulo alonga suas dívidas à um custo alto
4 Eletropaulo cria projeto para conter perdas comercias
5 Aneel homologa termos aditivos de contratos iniciais
6 CEEE consegue licença para construção do 2o circuito da LT Itaúba-Dona Francisca
7 Coelba recebe ISO 9001
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras prepara expansão na América do Sul
2 Oriente Médio volta a ser foco de investimentos da Petrobras
3 Governo dá sinais na direção de reativar Angra 3
4 Governo lança programa de biodiesel
5 NBB: Brasil tem capacidade de liderar produção mundial de biodiesel
6 Economia do país pode ser de US$ 150 mi por ano com adição de 2% do produto no diesel

7 Setor sucroalcooleiro animado com retomada do programa do biodiesel
8 Termoalagoas recebe autorização para atuar como produtor independente
9 TCU aprova contratos da expansão da termelétrica de Santa Cruz

Economia Brasileira
1 FMI chega para avaliar renovação de acordo
2 Empréstimos podem suprir queda de investimento estrangeiro direto
3 Projetos de médio e longo prazo somam R$ 400 bi, diz ministério

4 Restrição fiscal seguram os investimentos, diz Miranda
5 Seminário na UFRJ critica política econômica do Governo
6 Presidente ataca lógica financeira estreita
7 Fundos devem investir em projetos via BB, CEF e BNDES
8 Fundos ainda estão avaliando suas capacidade de participação nos projetos
9 Mudança de regra estimula fundo de recebível
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Emelec pode ser incluída em concessões de distribuição
2 CAF vai lançar licitação de concessão de gás



 

Reestruturação e Regulação

1 Empresas distribuidoras poderão receber ajuda financeira, diz Tolmasquim

O governo federal deverá ajudar financeiramente as empresas distribuidoras de energia elétrica. O financiamento poderá ser feito por intermédio dos fundos de pensão de companhias estatais, segundo informações dadas pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Ele participou do seminário "Novos Rumos para o Setor Elétrico Brasileiro" na Coppe-UFRJ, realizado na sexta-feira. O secretário-executivo afirmou que o governo está preocupado com a situação de endividamento de algumas distribuidoras e classificou como "pertinente" a inquietação das empresas. A justificativa de Tolmasquim é que o novo modelo que será apresentado pelo governo só poderá ser bem sucedido se todo o setor estiver bem. Na sua opinião, uma recapitalização das empresas "é fundamental para a sustentação do novo modelo". Tolmasquim não quis detalhar de que forma a ajuda financeira será feita, mas deixou escapar que os fundos de pensão de estatais poderão contribuir adquirindo participações no capital das empresas. "Conversamos muito preliminarmente [sobre o assunto] com os presidentes de alguns fundos de pensão", disse. Tolmasquim salientou que a nova ajuda financeira não será feita igualmente para todas as empresas e que nem todas receberão aporte de capital. De acordo com o secretário, cada caso será analisado separadamente porque muitas distribuidoras não precisam de recapitalização. (Folha de São Paulo- 26.07.2003)

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2 Tolmasquim : Tarifas para o consumidor cairão a partir de 2005

Maurício Tolmasquim também disse que as tarifas para o consumidor deverão começar a cair a partir de 2005. Isso será possível, disse ele, porque em janeiro daquele ano "haverá uma enxurrada" de contratos iniciais com as geradoras que estarão vencendo, de forma que as distribuidoras recorrerão ao "pool" de compra de energia. (Folha de São Paulo- 26.07.2003)

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3 Empresas do SEE podem entrar na justiça contra proibição do auto-suprimento

As empresas de energia, públicas e privadas, prometem levar à Justiça a proibição do auto-suprimento de energia ("self-dealing") imposta pelas regras do novo modelo do setor elétrico anunciado na semana passada. Hoje, as empresas de geração podem fornecer até 30% da energia revendida por uma distribuidora do mesmo grupo. O novo modelo, no entanto, proíbe a auto-contratação e prega que toda energia comercializada entre geradoras e distribuidoras seja intermediada pelo "pool", agente batizado de Administradora de Contratos de Energia Elétrica (ACEE). A medida afeta tanto estatais verticalizadas, caso da Copel e Cemig (que possuem subsidiárias de geração e de distribuição), como multinacionais que compraram distribuidoras e depois investiram em empresas ou usinas de geração. Neste segundo caso, se encaixam grupos como AES (dono das distribuidoras Eletropaulo e AES Sul e da geradora AES Tietê), CPFL (que possui três distribuidoras e uma empresa de geração); EDP e Guaraniana (do grupo Iberdrola), dentre outros. (Valor - 28.07.2003 )

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4 Empresas repercutem proibição de auto-suprimento

No caso da AES, toda energia que ficará livre nos próximos anos já está contratada com a Eletropaulo em acordos de 15 anos, por preços aproximadamente 80% maiores do que os dos contratos antigos. Neste caso, não existe teto de 30% para o fornecimento porque se trata de duas empresas distintas. E o contrato não é insatisfatório para a Eletropaulo porque ela tem direito a repassar para as tarifas esses custos. A AES disse que não se pronunciará sobre o caso, mas fontes próximas afirmaram que, se for obrigada a direcionar ao "pool" a energia já comprometida junto às suas distribuidoras, a empresa entrará na Justiça alegando quebra de contrato. Um executivo de uma companhia privada disse que ainda é cedo para qualquer tipo de decisão porque vários detalhes do modelo ainda não foram explicados. Mas ele também acredita que a imposição de levar energia que hoje é comercializada bilateralmente ao "pool" poderá ser caracterizada como uma quebra de contrato. O anúncio da proibição da auto-contratação pelo governo federal provocou a ira do governador do Paraná, Roberto Requião. Ele divulgou nota, na semana passada, dizendo que "o Paraná é contra a regra que proíbe o auto-suprimento das empresas distribuidoras. A Cemig preferiu não comentar o assunto. (Valor - 28.07.2003)

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5 Participação no "pool" não acarretará prejuízo para empresas, diz analista do Unibanco

O analista do Unibanco, Sérgio Tamashiro, acredita que a participação no "pool" não acarreta em prejuízos para as empresas, porque elas têm permissão do repasse para a tarifa. Mas os consumidores, principalmente os da área de concessão da Copel e da Cemig, acabariam pagando mais caro pelo insumo com a adoção do "pool". A Cemig preferiu não comentar o assunto. (Valor - 28.07.2003)

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6 Suspeita sobre brecha no novo modelo quanto à privatização de usinas gera alerta

No seminário promovido pela Coppe/UFRJ, no qual foi discutido o novo modelo, levantou-se a suspeita de que o texto do novo modelo dá margem à privatização de usinas hidrelétricas que pertencem a geradoras federais, como Furnas, ou as estaduais, como a Cemig. O alerta foi feito pelo diretor de Finanças da Cemig, Flávio Ducat, que disse estar preocupado com o fato de a empresa estadual mineira vir a perder a concessão de usinas. O risco ocorre porque o novo modelo prevê que no fim do período de concessão de uma usina, que em geral é de 25 ou 30 anos, a usina seja submetida a nova licitação. O objetivo da nova licitação, diz Tolmasquim, é permitir a redução dos preços de venda de energia, já que, no fim do período de concessão, os investimentos feitos já teriam sido amortizados. O secretário ficou preocupado com a questão apresentada pela Cemig e prometeu analisar com cuidado o texto do novo modelo: "Neste governo não haverá privatizações. Mas, devido a esse alerta, podemos pensar em outro mecanismo, como renovar a concessão por um valor menor". (O Globo - 26.07.2003)

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7 Abraget avalia pontos do novo modelo

A Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) quer discutir com o Ministério de Minas e Energia a participação das usinas térmicas no planejamento da expansão de energia elétrica, infra-estrutura e compatibilização no fornecimento de gás natural, tarifa de transmissão e condições de financiamento. Nesta quarta-feira, representantes das 23 empresas que compõem a associação vão se reunir para definir uma avaliação sobre a proposta de modelo institucional do setor elétrico, divulgado pelo MME na semana passada. Para o presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, o novo modelo proposto pelo MME para o setor elétrico sinaliza com a participação das térmicas como complementares na matriz energética do País, mas não esclarece detalhes técnicos que garantam a viabilidade dos investimentos privados. A associação já definiu quatro notas técnicas que precisam ser encaminhadas ao MME. A primeira é sobre como será definida a parte de geração com base em energia térmica no planejamento da expansão da capacidade; a segunda é sobre a compatibilidade entre o funcionamento das usinas térmicas e a infra-estrutura e o mercado de gás natural, principal combustível das usinas; o terceiro ponto é a alteração na metodologia da tarifa cobrada pela transmissão da energia gerada e a quarta questão técnica trata das condições que garantam financiamentos. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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8 Analistas elogiam inclusão de térmicas no "pool" do novo modelo

A inclusão das térmicas no "pool" foi recebida como boa notícia por analistas em investimentos na área de energia. Segundo Rosângela Ribeiro, analista do Banco Sudameris, esta medida assegura a compra da energia gerada pelas termelétricas e viabiliza as condições para financiamentos. De acordo com Rosângela, a inclusão das térmicas foi vista pelo mercado de investimento como uma das grandes novidades da proposta do ministério. Para a analista, a garantia de financiamentos para os investidores privados só será efetivada depois que o MME detalhar quais serão os cálculos para a formação dos preços no "pool" e também qual será índice de reajuste para a energia descontratada das estatais, que no próximo ano atingirá 50% do volume gerado. O analista em energia da corretora Socopa, Marcos Paulo Fernandes Pereira, afirma que a inclusão das termelétricas no "pool" de compras do novo modelo apresentado pelo MME teve uma boa reação do mercado. "O mercado reagiu positivamente e esta inclusão da energia das térmicas no pool beneficia diretamente a Petrobras, que possui grandes investimentos em geração de energia térmica", diz. "Ainda não garante investimentos por parte do mercado porque faltam definições técnicas fundamentais, como preço e reajustes, mas, como está caminhando, já é um bom indicativo", afirma o analista. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)


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9 Nova fase do Programa Luz no Campo pretende atingir 77% da zona rural em MS

A segunda fase do Programa Luz no Campo (que compõe o Programa de Ações para o Desenvolvimento) pretende completar 77% do total de propriedades rurais de Mato Grosso do Sul. Dados da Enersul revelam que, no Estado, 19 mil imóveis no campo não contam com energia elétrica, mas, pelo Censo 2000, o IBGE contabiliza 23 mil. A estimativa é atender 2.018 famílias instaladas na área rural de 27 municípios, com investimentos previstos de R$ 20 milhões. Deste total, R$ 3 milhões vêm da Enersul (15%); outros R$ 7 milhões do Estado (35%); e o restante, R$ 10 milhões (50%), da Eletrobrás. Porém, dependendo de um outro processo - em andamento na Eletrobrás - o número de cidades incluídas nesta etapa poderá saltar para 37. A partir da instalação da rede em sua fazenda, chácara ou pequena propriedade rural, a família beneficiada terá à sua disposição financiamento de 84 meses, com uma prestação média de R$ 78, com uma carência de seis meses a contar do início do fornecimento de energia elétrica. "O governador José Orcírio dos Santos quer toda a região iluminada até meados de 2006", garante o coordenador do programa, Silvio Orro. Segundo ele, graças à intervenção do governador e do senador Delcídio do Amaral (PT), o programa foi viabilizado. (Correio do Estado- 28.07.2003)

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Empresas

1 Eletropaulo: Proporção pagamento de juro/geração operacional de caixa cresce a cada ano

A maior distribuidora do Brasil vivencia uma situação crítica. A Eletropaulo opera quase que apenas para pagar juros da dívida, sem conseguir amortizar praticamente nada do principal. O valor das ações da distribuidora refletem sua situação difícil: em março de 1998 valiam R$ 103,00/lote de mil. Na quinta-feira eram negociadas a R$ 25,3. Este ano, por exemplo, 53% de sua geração operacional de caixa (Ebtida), estimada em R$ 1, 06 bilhão, será destinada a quitar juros da dívida - que ultrapassa a marca de R$ 5 bilhões. A proporção (pagamento de juro da dívida/Ebtida) vem crescendo ano a ano. Era de 34% em 2000 e pulou para 42% no ano passado, superando os 50% em 2003. Os números constam de um relatório preparado pelo J.P.Morgan. Para chegar aos números, o analista do banco, Rodrigo Lopes, não considerou na geração de caixa a despesa com o fundo de pensão dos funcionários. Isto porque, segundo ele, essa é uma dívida herdada da antiga Cesp e tem 20 anos de prazo para ser quitada. Mas, por uma determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), teve de ser inserida na demonstração de resultado como despesa operacional a partir de 2002, sendo diluída em cinco anos. (Valor - 28.07.2003)

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2 Eletropaulo ainda é considerada operacionalmente uma boa empresa por analistas

Analistas ouvidos pelo Valor olharam com muita atenção os números da distribuidora, e concluíram que a Eletropaulo, operacionalmente, é uma empresa boa. Explica-se: mesmo com a menor revisão tarifária do setor, de 10,9%, e com o aumento do custo da dívida, a empresa gera caixa para pagar juros e ainda sobra uma parte para investimentos básicos na sua rede - para garantir a qualidade dos serviços e não ser penalizada pela Aneel. Este ano, vai gastar R$ 200 milhões na sua rede, que são investimentos necessários para suas operações - em subestações e circuitos, por exemplo. No ano passado, aplicou R$ 180 milhões e, em 2001, R$ 289 milhões. (Valor - 28.07.2003)

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3 Eletropaulo alonga suas dívidas à um custo alto

Desde 2002, a distribuidora vem alongando sua dívida, mas a um custo altíssimo diante da pouca credibilidade da AES no mercado e também das incertezas do novo modelo do setor elétrico. "O problema é que não consegue esticar o prazo da dívida e nem obter juros de mercado", diz um analista. Por exemplo, o empréstimo sindicalizado liderado pelo J.P.Morgan, de US$ 225 milhões (Libor, mais 5,5%) foi renegociado, mas saiu caro para Eletropaulo. Pelo novo acordo, a distribuidora quitou 15% do total em agosto de 2002, converteu US$ 191 milhões para reais, corrigidos por CDI, mais 5,5%. Manteve US$ 30 milhões em moeda estrangeira. Diante disso, a cada ano aumenta o montante da dívida. Para este ano (pelas contas do J.P.Morgan), a projeção é de que a dívida feche dezembro em R$ 5,02 bilhões, dos quais R$ 2,3 bilhões no curtos prazo. Do total, 45% são indexados ao dólar e somente 14% têm hedge. Com números assim, a pergunta que se faz é: "a empresa resiste ou vai à lona?". Analistas dizem que sobrevive, mas corre um risco enorme de ficar nessa ciranda de juros altos, sem amortização do principal e sem pagar dividendos. (Valor - 28.07.2003 )

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4 Eletropaulo cria projeto para conter perdas comercias

Depois que as perdas comerciais, boa parte com fraudes, bateram na casa dos R$ 500 milhões por ano, o sinal vermelho tocou na Eletropaulo. A distribuidora decidiu montar um forte aparato para reverter a situação e já ambiciona recuperar, este ano, cerca de R$ 120 milhões. Charles Lenzi, vice-presidente da Eletropaulo, criou o "Projeto de Prevenção de Perdas", que conta com uma equipe de 700 pessoas. Em paralelo, a distribuidora desenvolveu softwares para identificar potenciais irregularidades. Uma vez identificada, uma equipe, no estilo SWAT (esquadrão de polícia americana), vai dar flagrante para descobrir o fraudador. Essas "blitz" são feitas com equipes de 60 pessoas e geralmente durante a noite. Na maioria das vezes, a empresa consegue fazer com que o cliente pague seus débitos. Resultado: só neste ano, a distribuidora conseguiu recuperar R$ 60 milhões, segundo Lenzi. Foram identificadas 15 mil fraudes no período. (Valor - 28.07.2003 )

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5 Aneel homologa termos aditivos de contratos iniciais

A Aneel homologou os montantes de energia e de demanda de potência constantes nos termos aditivos aos contratos iniciais relativos às transações de compra e venda assinados entre as geradoras Copel Geração, Cesp e Eletronorte e as distribuidoras Eletropaulo, Elektro, Celpa e Cemar. A Chesf também conseguiu homologação da agência do montante de energia elétrica de geração própria. (Canal Energia - 25.07.2003)

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6 CEEE consegue licença para construção do 2o circuito da LT Itaúba-Dona Francisca

A CEEE recebeu licença prévia expedida pela Fepam para a construção do 2º circuito da linha de transmissão que interligará as usinas hidrelétricas de Itaúba e Dona Francisca. A concessão da licitação, válida por um ano, ocorreu em tempo recorde de uma semana. A linha de transmissão em 230 mil volts, que fará a transmissão de energia entre as duas subestações e, a partir delas, até os centros de consumo (principalmente a Fronteira Oeste), terá cerca de 23 quilômetros de extensão entre Agudo e Pinhal Grande e será sustentada por torres metálicas. A Aneel já autorizou a construção da linha pela companhia. (Correio do Povo - 28.0.7.2003)

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7 Coelba recebe ISO 9001

A Coelba recebeu o certificado ISO 9001 em gestão de faturamento, cobrança e arrecadação de contas de luz. A empresa obteve a recomendação após auditoria do instituto Bureau Veritas Quality International (BVQI). De acordo com informações da distribuidora, é a primeira vez que uma empresa do setor recebe esse certificado. Por ano, a Coelba gerencia um total de 132 milhões de operações comerciais, desde a manutenção do cadastro até a arrecadação da conta de luz. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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8 Curtas

A Eletrobrás divulgará em agosto o "Plano de Gestão das Empresas Federalizadas", com metas para os indicadores de desempenho empresarial e com planos de ação de cada uma dessas empresas. (Folha de São Paulo - 27.07.2003)

As empresas federalizadas da Eletrobrás provocam um déficit anual de R$ 400 milhões. (Folha de São Paulo - 27.07.2003)

Saiu hoje na coluna de Ancelmo Gois: "O Brasil é mesmo um país fora da lei. O levantamento é oficial. O que a Cerj perde com gatos nos 66 municípios fluminenses onde atua dava para iluminar toda São Gonçalo, segunda maior cidade do estado". (O Globo - 28.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras prepara expansão na América do Sul

A Petrobras prepara sua entrada nos três países que faltavam para marcar presença em toda a América do Sul. Está em negociação e estudo a compra de ativos de distribuição no Uruguai, Paraguai e Chile, países onde a estatal hoje atua apenas com a venda de energia e combustíveis. O diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, disse que a expansão da estatal no continente sul-americano "é uma estratégia empresarial que também segue uma orientação do governo, de integração com a América do Sul". Para investir no exterior, estão previstos US$ 5,1 bilhões entre 2003 e 2007, dos quais US$ 800 milhões serão gastos neste ano. A maior ênfase na América do Sul já está incluída no plano de investimentos da Petrobras. As relações da Petrobras estão sendo estreitadas com a Venezuela, em exploração e produção e agora em refino. Também produz petróleo na Colômbia, Peru e Equador, onde herdou ativos na compra da Perez Companc (Pecom). Esta, por sua vez, mudou de nome há duas semanas para Petrobras Energia. A produção de gás na Bolívia, apesar das tentativas de flexibilização do volume de gás pela própria Petrobras, continua rendendo lucros à estatal brasileira naquele país. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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2 Oriente Médio volta a ser foco de investimentos da Petrobras

O que não estava previsto e pode aumentar o volume de investimentos na área internacional da Petrobras é a volta ao Oriente Médio. O aumento da verba para a expansão internacional depende de aprovação do Conselho de Administração da empresa, que fará revisão do planejamento estratégico da estatal até o final deste ano. Além de participar de licitação de áreas no Irã, a Petrobras tem conversado com outros países no Oriente Médio, região em que planeja voltar a atuar. Nestor Cerveró revela que tem recebido propostas de outros países, mas prefere não mencioná-los porque as conversas ainda são prematuras. Pode ser qualquer país da região, menos o Iraque. Cerveró descarta a volta da empresa à região, pelo menos enquanto não houver estabilidade em território iraniano. Dois representantes da Petrobras foram nesta semana ao Irã para levar as propostas da empresa à licitação Persian Carpet. Mesmo que não seja vencedora das concessões, a estatal deve conseguir entrar no País por meio de parcerias. O diretor da área Internacional da Petrobras, contudo, não levanta a possibilidade de não haver orçamento adicional para explorar petróleo no Oriente Médio. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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3 Governo dá sinais na direção de reativar Angra 3

O projeto para conclusão e operação da Usina Nuclear Angra 3, exige mais cinco anos de trabalho ininterrupto, do alto de US$ 1,7 bilhão, a custos de hoje. Por enquanto, com obras paradas, Angra 3 é um ralo de US$ 24 milhões por ano na manutenção do canteiro e, sobretudo, na preservação dos sensíveis equipamentos, ali estocados desde 1993. O governo Lula ainda não fechou posição sobre a conclusão ou não dos trabalhos em Angra dos Reis. Mas emite sinais na direção da retomada das obras. Em sua ultima reunião, há dez dias, o CNPE autorizou um reajuste adicional para a energia de Angra 1 e Angra 2. Falta decidir se haverá ou não a conclusão da usina de 1.350 MW. Ela não é mencionada na atual remodelagem do setor elétrico. Mas tem reserva cativa no Plano Plurianual de Investimentos - desde a lei federal 9.989, de 21 de julho de 2000. A exposição de motivos é assim resumida pelo secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Granja Victer: "Nesta altura da vida, concluir e operar Angra 3 significa parar de perder dinheiro e recuperar o que já foi perdido. O projeto tem a ver com a consolidação tecnológica e econômica da indústria nuclear brasileira. Temos grandes reservas de urânio e US$ 710 milhões em equipamentos já importados. (O Globo - 27.07.2003)

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4 Governo lança programa de biodiesel

O lançamento do Programa Combustível Verde-Biodiesel pelo Ministério de Minas e Energia, neste mês, marca a retomada do Brasil em direção à produção de um combustível de origem renovável: um éster de óleo vegetal, mais conhecido como biodiesel. A secretária de Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do MME, Maria das Graças Silva Foster, afirma que o objetivo do programa é diversificar a bolsa de combustíveis, diminuir a importação de diesel de petróleo e ainda criar emprego e renda no campo. Hoje, o custo ainda é alto, mas o governo está disposto a investir a longo prazo e a encontrar alternativas que tornem o preço do biodiesel mais atrativo. "Todos os países que adotaram o biodiesel tiveram que subsidiá-lo de alguma forma no início", diz Maria das Graças. Para ela, o importante é o Brasil não perder o bonde. "A pressão internacional para reduzir a emissão de poluentes acelerou a corrida por novos combustíveis no mundo e precisamos estar preparados", diz. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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5 NBB: Brasil tem capacidade de liderar produção mundial de biodiesel

Estudos divulgados pelo National Biodiesel Board (NBB), órgão que se ocupa com a implementação do biodiesel nos Estados Unidos, afirmam categoricamente que o Brasil tem condições de liderar a produção mundial de biodiesel, promovendo a substituição de, pelo menos, 60% da demanda mundial atual de óleo diesel mineral. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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6 Economia do país pode ser de US$ 150 mi por ano com adição de 2% do produto no diesel

Além de gerar empregos, o governo poderá sentir no bolso os benefícios da produção de um combustível mais limpo, com a redução das importações de diesel de gasolina. Hoje, o País consome 37 bilhões de litros do produto, sendo que cerca de 7,4 bilhões são importados. "Se o Brasil adotasse, por exemplo, a mistura de 2% de biodiesel e 98% de óleo diesel (mistura B2), a economia seria de US$ 150 milhões por ano", ressalta Maria das Graças. Este índice é um dos mais baixos, já que pode chegar até a B100 (100%) com o biodiesel puro. Um decreto de 2 de julho deste ano criou um grupo interministerial que tem mais dois meses para apresentar um relatório técnico sobre a viabilidade da utilização de óleo vegetal como fonte alternativa de energia. A ANP também já trabalha na definição de especificações. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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7 Setor sucroalcooleiro animado com retomada do programa do biodiesel

A retomada dos projetos de biodiesel anima também o setor sucroalcooleiro. O consultor Alfred Szwarc, da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), explica que o biodiesel pode ser produzido com metanol ou com etanol (que será usado na planta de Mossoró). A opção por um tipo ou por outro se fundamenta, principalmente, na disponibilidade do álcool a ser usado e nos custos de produção, já que os dois apresentam desempenho operacional semelhante. "A preferência para o Brasil deve ser o etanol, que é produzido em larga escala, a custos competitivos e gerando renda rural. Já o metanol precisa ser importado, pois o País não é auto-suficiente na sua produção", diz. (Gazeta Mercantil - 28.07.2003)

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8 Termoalagoas recebe autorização para atuar como produtor independente

A Termoalagoas recebeu autorização para atuar como produtor independente de energia, com a construção de termelétrica de mesmo nome, em Alagoas. A usina terá 143,1 MW de capacidade instalada e beneficiará cerca de 1,2 milhão de habitantes no município de Messias. O empreendimento inclui ainda uma subestação e duas linhas de transmissão de 230 kV. A previsão é que a térmica entre em operação até setembro de 2005. A empresa Indústrias de Madeiras Santa Maria recebeu autorização para atuar como autoprodutora de energia mediante a exploração da PCH Três Capões. A usina, com 1,2 MW de potência instalada, está localizada no município Guarapuava, no Paraná. A PCH está em operação desde 1962, beneficiando 9,3 mil habitantes. As autorizações foram concedidas pela Aneel esta semana. (Canal Energia - 25.07.2003)


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9 TCU aprova contratos da expansão da termelétrica de Santa Cruz

Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União aprovou o projeto de implantação da etapa de ciclo combinado da termelétrica Santa Cruz, pertencente à Furnas Centrais Elétricas. O TCU examinou todos os contratos e não encontrou nenhuma irregularidade. O trabalho do TCU apontou uma pendência em relação à instalação do projeto, que é o não cadastramento dos contratos em andamento no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg). O TCU determinou à entidade providências a respeito deste item. O projeto de ciclo combinado prevê a ampliação da potência instalada de 600 MW para 950 MW. Cerca de 42% das obras já haviam sido concluídas até fevereiro de 2003. A previsão é que as obras terminem em 2004. (Canal Energia - 25.07.2003)

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Economia Brasileira

1 FMI chega para avaliar renovação de acordo

Técnicos do FMI chegaram ontem ao país para fazer mais uma revisão do acordo do Brasil com o Fundo. A revisão deve ser aprovada sem problemas, mas o que mais preocupa o governo brasileiro agora é decidir o que fará em novembro, quando acaba o acordo com o FMI. Cenário traçado por técnicos do BC indica que o Brasil seria capaz de equilibrar suas contas externas em 2004 sem a ajuda do FMI, sendo possível, portanto, não prorrogar o atual acordo. O problema é que nem sempre as projeções se confirmam. Basta um desempenho pior das exportações ou uma retração maior dos investimentos estrangeiros para que o governo seja obrigado a recorrer novamente ao Fundo. Nesse contexto, a equipe econômica estuda a possibilidade de renovar o entendimento com o Fundo para proteger o país de eventuais crises e manter a confiança do mercado financeiro. A equipe do FMI deve se encontrar com o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). Na quinta passada, o ministro disse que a prorrogação do acordo ainda não estava definida. Se a revisão for aprovada, o governo poderá sacar parcela de US$ 4,265 bilhões. É o que deve ocorrer, pois o principal parâmetro da revisão, o superávit primário está sendo cumprido com folga. O acordo previa um valor de R$ 31,4 bilhões para o primeiro semestre. (Folha de São Paulo - 28.07.2003)

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2 Empréstimos podem suprir queda de investimento estrangeiro direto

Apesar da queda de 63% dos investimentos estrangeiros diretos (IED) e da perspectiva de reversão do superávit em transações correntes até o fim do ano, o balanço de pagamentos pode continuar sustentável neste segundo semestre. Em parte porque se espera uma desvalorização do câmbio, o que tenderia a fortalecer o bom resultado já obtido pela balança comercial. Outro fator positivo seria a natureza dos empréstimos que estão sendo obtidos no exterior. A previsão é de que boa parte das necessidades externas seja financiada pelos desembolsos externos de médio e longo prazo. A estimativa da LCA Consultores é de que US$ 26,3 bilhões ingressem no país desta maneira em 2003, em comparação com os US$ 18 bilhões registrados em 2002. O economista da LCA Carlos Urso observa que nível de rolagem da dívida previsto para este ano, de 93% , maior que os 61% observados em 2002, torna tranqüilo o financiamento das contas externas mesmo com a redução do IED. Ele acha que no segundo semestre a melhora do cenário político e econômico trará mais recursos externos ao país. Mesmo assim, a LCA prevê uma pressão negativa dos serviços (juros, viagens, fretes), que deverá ficar em US$ 24,1 bilhões. Por isso, espera-se uma mudança do atual superávit em transações correntes (US$ 1,2 bilhão) para um déficit de US$ 4,1 bilhões. Mas como a expectativa é de uma continuada queda dos juros até o fim do ano, o câmbio deve atingir um patamar mais alto e isso deverá ajudar na obtenção de um bom saldo comercial. (Valor - 28.07.2003)

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3 Projetos de médio e longo prazo somam R$ 400 bi, diz ministério

O chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, José Carlos Miranda, responsável pela parte de infra-estrutura da agenda de desenvolvimento e do PPA, disse que os projetos de infra-estrutura levantados pelo BNDES no valor de R$ 400 bilhões formam um inventário de projetos a serem tocados no país a médio e longo prazo. Em seminário que discutiu a política monetária para países em desenvolvimento, na UFRJ, Miranda defendeu a atual política econômica do governo e acredita que no final deste ano o país estará retomando o crescimento a partir de medidas pontuais como o microcrédito, que leva a transferência de renda. Ele defendeu também o BNDES, cuja diretoria foi vista por críticos do governo como megalônoma por conta do plano de investimento de infra-estrutura apresentado ao governo. "O BNDES é o banco do desenvolvimento e de formulação, junto com o governo, das ações estruturantes do país". Ele destacou que alguns projetos de infra-estrutura listados pelo BNDES como transposição de rios, obras ferroviárias e rodoviárias, melhoria dos portos, linhas de transmissão de energia elétrica, investimentos em usinas hidrelétricas estão sendo estudados para implementação mais imediata em parceria com a iniciativa privada, conforme as necessidades do país. "Na operacionalização desses projetos serão priorizados os modelos de parcerias do Estado com o setor privado e de concessões públicas de serviços". (Valor - 28.07.2003)

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4 Restrição fiscal seguram os investimentos, diz Miranda

Miranda reconheceu que existem restrições orçamentárias advindas de uma política fiscal restritiva para tocar estes projetos, mas adiantou que o ministério do Planejamento vai apresentar ao presidente Lula uma série de engenharias financeiras capazes de financiar parte desses projetos de infra-estrutura. Uma dessas engenharias seria ter garantia do BID para as emissões de debêntures de empresas privadas no mercado doméstico em real. "Isto é novo, é um crédito à diretoria do Brasil no BID definida quando Guido Mantega era governador do Brasil naquele organismo. O BID é AAA (classificação de risco), se ele der garantia nesses papéis todo mundo vai querer colocar estas debêntures no seu portfólio porque o risco é pequeno. E as empresas poderão captar a um custo mais barato. Ao mesmo tempo, estaremos incentivando o mercado de capitais doméstico. O governo será indutor de crescimento", avaliou. Os ministérios envolvidos na confecção do PPA estão na reta final de seu trabalho, como destacou Miranda. "Nesta reta final temos que priorizar os projetos de infra-estrutura por ministério, por valor e tempo de duração. A prioridade da infra-estrutura é para os projetos de energia elétrica. No máximo até 15 de agosto o PPA terá que estar pronto para que o presidente possa lê-lo e fazer as retificações que ele considerar convenientes. (Valor - 28.07.2003)

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5 Seminário na UFRJ critica política econômica do Governo

Durante o seminário da UFRJ, a política econômica do governo foi alvo de duras críticas dos presentes, entre eles Fernando Cardim, a UFRJ, Aloísio Teixeira, Reitor da Universidade, Thomas Palley, um britânico do Open Society Institute, dentre outros. Aloísio Teixeira destacou que com a atual taxa de juro não haverá crescimento. Fernando Cardim defendeu o controle de capitais e advertiu que hoje é muito fácil sair do Brasil e isto pode tomar dimensão de bola de neve. Franklin Serrano, do Instituto de Economia da UFRJ, acusou o Banco Central de controlar a inflação via câmbio. Para ele, o que está acontecendo no Brasil é a autoridade monetária conduzir uma política monetária que vai contra o desenvolvimento do país. "O BC deveria ser emprestador dos bancos públicos e garantidor do desenvolvimento", pregou. Palley foi mais contundente e disse que o juro alto mais o superávit primário de 6% do PIB "são para a economia um cocktail terrível e fatal". Para ele, é difícil escapar escapar da recessão com 24% de juro básico. "Esta política econômica atual está matando lentamente o país", disse. (Valor - 28.07.2003)

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6 Presidente ataca lógica financeira estreita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de "lógica estreita" as recomendações econômicas dos organismos financeiros internacionais, numa critica velada à ortodoxia exigida por entidades como o FMI. "O investimento público não ficará congelado neste governo. A infra-estrutura nacional não será comprometida. O apagão que aconteceu no setor elétrico não se repetirá", declarou. "Esse desperdício não serve a ninguém. É fruto de uma lógica financeira tão estreita que dentro dela não cabe uma nação. A verdade é que certos critérios de contingenciamento recomendados por organismos internacionais inviabilizam a própria consistência macroeconômica que tanto se persegue", afirmou. (Folha de São Paulo - 25.07.2003)

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7 Fundos devem investir em projetos via BB, CEF e BNDES

Os veículos para investimento dos fundos de pensão em infra-estrutura devem ser fundos de investimento administrados pelos bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES). De acordo com o presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, os três maiores fundos de pensão do país (Previ, Petros e Funcef) já se reuniram com vários ministros, com o BNDES e estão acompanhando a discussão do PPA. Os recursos que podem ser disponibilizados, na avaliação do dirigente, são consideráveis. Só a Funcef teria entre R$ 1,6 bilhão e R$ 3 bilhões, dependendo da modalidade de investimento. "A idéia é gerar funding para os bancos públicos investirem", diz. Entre os modelos que estão sendo propostos, Lacerda cita os fundos de direitos creditórios e os chamados fundos mezzanino. Nesse tipo de investimento, regulamentado no ano passado pela CVM a pedido do BNDES, o cotista tem uma rentabilidade mínima garantida - que pode ser igual à meta atuarial dos fundos, de INPC + 6% ao ano - mais um percentual do lucro gerado pelas empresas da carteira do fundo. Outra proposta em discussão, conta Lacerda, é a troca de títulos públicos que as entidades têm em carteira por papéis desses bancos ou cotas de fundos administrados por eles. Petros e Funcef têm uma grande quantidade de NTNs em carteira, resultantes da negociação para pagamento de dívidas que as patrocinadoras tinham com seus fundos. "Nossa capacidade de investimento hoje é de R$ 1,6 bilhão, mas podemos chegar a R$ 3 bilhões com essa troca de títulos", explica. (Valor - 28.07.2003)

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8 Fundos ainda estão avaliando suas capacidade de participação nos projetos

Os projetos que podem receber recursos das entidades ainda não estão definidos. Os dirigentes frisam, porém, que os modelos de aplicação de recursos analisados devem estar de acordo com a necessidade das entidades de garantir rentabilidade para pagar benefícios e de liquidez para sair dos investimentos. Além disso, querem evitar repetir os maus negócios realizados nos últimos anos. "O importante é ter boa governança. Para investirmos em projetos diretamente, só com os marcos regulatórios definidos", diz Lacerda, lembrando das dificuldades que os fundos enfrentam no setor elétrico, de transportes e das muitas ações judiciais que movem contra sócios e gestores. De acordo com Lacerda, as conversas com o governo vêm sendo tocadas pelos três maiores fundos de pensão de empresas estatais (Previ, Petros e Funcef), mas a idéia é engajar os fundos menores, principalmente os de estatais, no projeto. Segundo ele, as outras fundações devem ser apresentadas ao projeto em uma reunião, esta semana, no Rio. "Cada entidade tem seu limite de investimento, mas queremos fazer um levantamento para saber quanto cada um pode investir", diz. (Valor - 28.07.2003)


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9 Mudança de regra estimula fundo de recebível

A CVM soltou a nova Instrução para os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), conhecidos como fundos de recebíveis. O grande avanço dessa regra em relação à anterior é a flexibilização das exigências que, segundo especialistas, deve estimular a abertura de fundos, que até agora são incipientes no mercado. "Essa nova regra possibilita a securitização de recebíveis sob medida, casando os interesses do emissor e do investidor", diz o sócio do escritório Levy & Salomão Advogados, José Barreto da Silva Netto. Uma das grandes mudanças, bastante esperada pelo mercado, é a possibilidade de séries diferentes de cotas seniores - as que são destinadas aos investidores. O fundo poderá emitir classes distintas de cotas, cada uma com prazos, valores de amortização, resgate e remuneração diferentes. As cotas com prazos mais curtos, por exemplo, devem oferecer retornos menores do que as cotas mais longas. Inicialmente, a CVM colocou em discussão a possibilidade de se criar séries de cotas, lastreadas em recebíveis com riscos diferentes. A sugestão, no entanto, não entrou na nova regra. "O produto ainda está começando no Brasil, melhor não torná-lo tão sofisticado", diz Barreto. Outra grande mudança é a possibilidade do resgate das cotas subordinadas - as que são subscritas pela empresa emissora, como uma espécie de colchão de liquidez para bancar uma possível inadimplência dos recebíveis - na medida em que os investidores forem resgatando as cotas seniores. Na visão de Barreto, isso deve levar as empresas a lançarem mais recebíveis, já que não ficarão tanto tempo com o dinheiro parado no fundo. Os fundos poderão ter qualquer tipo de crédito, desde que aprovado pela CVM. A nova regra também incentiva a formação de fundos voltados a pequenas e médias empresas. Eles serão dispensados de algumas exigências que serão determinadas pela CVM. (Valor - 28.07.2003)

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10 Dólar ontem e hoje

O ingresso de recursos de exportações reduziu a pressão sobre o dólar comercial, que oscila perto da estabilidade, com leve sinal de baixa. Às 12h20m, a moeda americana valia R$ 2,889 na compra e R$ 2,892 na venda, com recuo de 0,03%. Na sexta-feira, investidores mantiveram cautela e a semana terminou sem força no mercado cambial. O dólar comercial encerrou em leve alta de 0,10%, sendo trocado de mãos a R$ 2,8880 na compra e a R$ 2,8930 na venda. Na semana, a moeda registrou leve avanço de 0,14%. (O Globo On Line e Valor Online - 28.07.2003)

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Internacional

1 Emelec pode ser incluída em concessões de distribuição

O governo do Equador poderá incluir a Emelec, distribuidora de Guayaquil, em um leilão de concessões de cinco anos para administrar as distribuidoras equatorianas, depois de aprovar recentemente a transferência do patrimônio da empresa a um fundo que pretende vender a empresa, informou uma fonte do Ministério das Minas e Energia. O governo planeja leiloar as concessões de 18 distribuidoras estatais de energia até 17 de setembro, em linha com sua promessa ao FMI. A Emelec está com sua propriedade indefinida desde que o antigo dono, o empresário Fernando Aspiazu, foi acusado em 2000 de cometer irregularidades na administração do Banco Progreso, também de sua propriedade, que declarou falência. O governo nacional aprovou em 21 de julho a transferência do patrimônio das empresas para um fundo fideicomisso local controlado por um comitê de credores e autoridades do governo. A empresa local Fodevasa vai administrar temporariamente o fundo fideicomisso e depois irá repassá-lo a uma agência do governo, como a National Financial Corporation ou o Banco Central, disse a fonte, acrescentando que não há uma data exata para isso acontecer. O fundo vai criar novas empresas de distribuição e geração. A distribuidora irá receber o patrimônio da Emelec e vai continuar atendendo à cidade de Guayaquil, enquanto a geradora irá ficar com o patrimônio da Electroecuador. (Business News Americas - 25.07.2003)

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2 CAF vai lançar licitação de concessão de gás

As empresas que desejam concorrer para a concessão de longo prazo para distribuir gás para 230 mil clientes residenciais na Bolívia devem manifestar seu interesse junto à Corporação Andina de Fomento (CAF) a partir de segunda-feira, disse o executivo da CAF, Ignacio Fombona. A CAF assinou acordos com o Ministério de Mineração e Hidrocarbonos em junho para atuar como banco de investimentos para o contrato. A CAF ainda está trabalhando em conjunto com o ministério para elaborar um mecanismo para a licitação, disse Fombona. Não há prazo final para que as empresas manifestem interesse, ele disse, acrescentando que o ministério vai "provavelmente" começar a receber as propostas até o final do ano. A empresa vencedora será responsável por construir e operar a rede, e os planos iniciais são de uma concessão de 30 anos. O investimento estimado é de US$ 200 milhões, disse Fombona. Distribuidoras da Bolívia e de outros países da região, bem como produtoras de gás, já manifestaram seu interesse junto à CAF, segundo Fombona". Para registrar sua manifestação de interesse, as empresas devem escrever para boliviagas@caf.com, fazendo uma breve descrição de sua experiência no setor. (Business News Americas - 25.07.2003)

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