l IFE:
nº 1.157 - 24 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 BNDES elabora programa para socorrer distribuidoras O BNDES
está elaborando um programa capitalização das distribuidoras de energia
elétrica. O projeto ainda será submetido à diretoria do BNDES, até porque
os técnicos da área de energia e de renda variável estão concluindo o
formato do novo plano de apoio ao setor. "O banco está estudando os instrumentos
financeiros de que pode dispor. Pode ser financiamento, compra de debêntures
ou participação acionária. Não estamos descartando nenhum instrumento",
disse o chefe do Departamento de Energia Elétrica do Banco, Nélson Siffert.
Uma coisa é certa. A presença do BNDES está condicionada à participação
dos bancos credores e dos acionistas no processo. "O pressuposto é que
o BNDES não vai acreditar numa empresa mais do que seus acionistas. Vai
ser exigido deles um esforço mais significativo", disse Siffert. Quanto
aos credores, a proposta poderá incluir alongamento dos prazos de pagamentos,
mudando a estrutura da dívida, ou mesmo a troca de parte dos débitos por
ações das concessionárias. (Gazeta Mercantil - 24.07.2003) 2 BNDES: Concessionárias continuam gerando um bom volume de caixa Segundo
o chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nélson Siffert,
o banco analisou a situação de 26 distribuidoras, que respondem por 86%
do mercado brasileiro. A conclusão foi de que, apesar do aumento do endividamento,
o Ebitda do grupo soma R$ 7 bilhões. Ou seja, do ponto de vista operacional,
as concessionárias continuam gerando um bom volume de caixa. A demanda
do País por energia elétrica passou de 37 milhões de consumidores em 1999
para 42 milhões de consumidores em 2002. "O consumo per capita caiu, mas
o consumo global aumentou. A rigor, termos um mercado dinâmico", conclui
Siffert. Na sua avaliação, o impacto do racionamento sobre o desempenho
econômico e financeiro das empresas é superestimado pelos acionistas das
distribuidoras. O problema, a seu ver, reside na desvalorização cambial
e na dívida oriunda do processo privatização, que os controladores incorporaram
às empresas. (Gazeta Mercantil - 24.07.2003) 3 Lessa: Setor elétrico é prioridade no plano de investimentos em infra-estrutura Ontem, no
Rio de Janeiro, o presidente do BNDES, Carlos Lessa voltou a afirmar que
a área de energia é considerada fundamental na retomada do desenvolvimento
e é uma das prioridades do plano de investimentos em infra-estrutura preparado
pela sua instituição. Fontes do banco informaram que o plano está sendo
reavaliado pela direção do BNDES. Lessa comentou ontem que uma das obras
de infra-estrutura fundamentais para o desenvolvimento é a interligação
das bacias hidrográficas brasileiras, que garantiria uma oferta adicional
de energia do mesmo volume da usina de Itaipu, ou cerca de 11 mil MW.
(Estado de São Paulo - 24.07.2003) 4
Pinguelli: Novo modelo do SEE varre 'lixo neoliberal' 5 Pinguelli levanta dúvidas sobre o que já foi amortizado no grupo Eletrobrás Luiz Pinguelli
levanta outro ponto delicado quanto à implementação do novo modelo do
setor elétrico. É o que ele chama de "investimentos amortizados". Segundo
ele, ainda há muitas dúvidas sobre o que realmente já foi amortizado no
grupo Eletrobrás. Essa discussão remonta aos tempos da chamada "Lei Elizeu
Resende" que fez um grande "encontro de contas" entre as empresas do setor
há cerca de 20 anos. Pinguelli considera que o grupo Eletrobrás foi prejudicado
naquela ocasião, e por isso, é difícil identificar "de forma imediata"
o que já foi, de fato, amortizado. Pinguelli observa também que algumas
hidrelétricas privatizadas foram "revalorizadas" na época da privatização,
mas algumas "já haviam sido efetivamente amortizadas". Ele acha que essa
questão "terá de ser considerada" e lembra que as empresas do grupo estão
sujeitas a algumas regulamentações, que não podem ser esquecidas. A Eletrobrás,
por exemplo, é uma empresa com ações nas bolsas de valores. "E não podemos
gerar prejuízos à empresa, prejudicando os acionistas minoritários", concluiu.
(Estado de São Paulo - 24.07.2003) O presidente
da Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica),
Luiz Carlos Guimarães, criticou a necessidade de cada distribuidora ter
de antever seu mercado, e fez referência às distorções que poderão haver
em muitas delas. Pelo modelo proposto, as empresas poderão informar sobre
subcontratação ou contratação em excesso à Acee ao longo dos quatro anos
anteriores ao ano-base, sem custo adicional na liquidação do pool. (Canal
Energia - 23.07.2003) 7 Requião rejeita entrada da Copel no "pool" de energia O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), atacou ontem o modelo para o setor de energia proposto pelo Ministério de Minas e Energia. E afirmou não aceitar que a Copel participe do sistema de pool, que soma a energia das várias geradoras e rateia o custo entre as distribuidoras. "Querem que a energia barata produzida nas usinas da Copel seja rateada em favor de todos e que, em troca, a Copel pague mais caro pela energia que irá entregar aos paranaenses, pois o preço de compra resulta de uma média que incorpora o custo maior das outras usinas. Isso nós não vamos aceitar", divulgou Requião por meio de sua assessoria. O governador divulgou documentos contestando o modelo e relatando proposta feita à ministra Dilma Rousseff, no último dia 10, em que defende a posição de auto-suprimento do Paraná. De acordo com o estudo, a Copel só iria ao pool "transacionar possíveis faltas ou sobras de energia após utilizar a energia da geração própria". (Valor - 24.07.2003) 8
Diretor da Copel: Ausência no "pool" não inviabiliza o modelo do MME 9 Celpe preocupada com equilíbrio econômico-financeiro no novo modelo O novo modelo
do setor elétrico não agradou às distribuidoras de energia. A principal
preocupação de empresas como a Celpe diz respeito à remuneração dos ativos
e o equilíbrio econômico-financeiro. "A receita do setor começa com as
distribuidoras. No novo modelo, a garantia para as geradoras serão os
contratos com as distribuidoras. Se as distribuidoras não estiverem equilibradas
financeiramente, nada funciona", diz o vice-presidente da Celpe, Roberto
Alcoforado. O executivo afirma ainda não conhecer profundamente os detalhes
da proposta apresentada na última segunda-feira. "Prefiro conhecer antes
os detalhes sobre as regras de transição para poder opinar com mais propriedade",
afirma Alcoforado, que fez questão de destacar que é importante que as
empresas de distribuição recuperem sua capacidade de gerar resultados,
do contrário a reforma se tornará inviável. (Diário de Pernambuco - 24.07.2003) 10
Chesf: Modicidade tarifária só será alcançada com contribuição de todos 11 Ministro francês das Finanças: Novo Modelo tem de levar em conta dificuldades financeiras das empresas O ministro
francês das Finanças, Francis Mer, terá uma agenda lotada hoje em Brasília,
em seu segundo dia no Brasil. Há encontros com o ministro do Desenvolvimento,
Luiz Fernando Furlan, e com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Na
Fazenda, um dos assuntos em pauta, serão as mudanças que o governo brasileiro
pretende fazer no setor elétrico. Um dos maiores agentes privados do segmento
é a francesa EDF, dona da distribuidora Light, que atua no Rio. Para o
ministro, a reorientação da nova política de energia tem de levar em conta
as sérias dificuldades financeiras por que as elétricas passam. E as conversas
têm de ser baseadas no respeito a regras e contratos. Como o modelo do
setor elétrico ainda não está pronto, Mer se disse pronto a retomar sua
conversa com o governo brasileiro, assim que ele estiver definido. (Valor
- 24.07.2003) 12 Leilão de LTs anima fornecedores O leilão
de linhas de transmissão que a Aneel realizará em setembro está gerando
otimismo nas indústrias de equipamentos. Com a estagnação do volume de
encomendas, a Va Tech Transmissão e Distribuição registra uma queda de
40% nas encomendas neste ano. O diretor de Estratégia e Tecnologia, Marco
Antônio Finoti, diz que atualmente a empresa está sobrevivendo com as
encomendas do ano passado. "O leilão é excelente para o mercado após o
período de seca", afirma. Finoti explica que a Va Tech Transmissão e Distribuição
analisou com profundidade as perspectivas para participar de algum consórcio,
entretanto essa possibilidade não se concretizou. O diretor informa que
a empresa, que em 2002 faturou R$ 400 milhões, entrará na segunda etapa
do processo, como promotores de engenharia, equipamento e construção.
(Canal Energia - 23.07.2003) 13 Abdib: Leilão de LTs é importante para mercado brasileiro Segundo
o presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias
de Base), José Augusto Marques, o leilão é importante para o mercado brasileiro,
que registra um baixo índice de ocupação. Entretanto, Marques diz que
as encomendas só chegarão às indústrias no segundo trimestre de 2004 devido
aos prazos para a instalação das linhas de transmissão. Ele afirma que
o ideal seria uma maior freqüência de leilão ao longo do ano para manter
o nível de encomendas dos fabricantes. "O fluxo regular de encomendas
permite um preço mais competitivo porque mantém o parque industrial ativo",
explica. Para ele, a Aneel poderia reduzir o número de lotes nos próximos
processos para permitir a regularização do ciclo de leilões. (Canal Energia
- 23.07.2003) 14 Setor de energia do RS pode receber investimentos de US$ 5 bi Mais de
5 bilhões de dólares poderão ser investidos no setor energético do Rio
Grande do Sul para projetos de pequenas hidroelétricas, termoelétricas
a carvão e parques de energia eólica nos próximos anos. O anúncio foi
feito ontem pelo governador Germano Rigotto, na abertura do Fórum da Energia,
nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo. Paralelamente, acontece até
hoje a 1º Feira de Eletricidade e Eletroeletrônica (Eletrisul). Hoje à
noite, o Sebrae/RS entregará o Prêmio Nacional de Economia de Energia
para 35 empresas, das quais quatro são gaúchas. Segundo Rigotto, os eventos
ocorrem em um período importante para a discussão da nova política energética
do país. 'O RS vai se tornar auto-suficiente no setor e poderá ser exportador
de energia em breve'. Cerca de 86% das reservas de carvão no país estão
no RS. Rigotto lembrou ainda que depende das políticas do governo federal,
principalmente do Proinfa, para estimular a matriz energética. (Correio
do Povo - 24.07.2003) 15 Cooperativas de SC terão usina hidrelétrica Um antigo
sonho das cooperativas do oeste do Estado de SC começa a se realizar a
partir do primeiro trimestre do ano que vem: a construção de uma usina
hidrelétrica, que ajude a reduzir os gastos do setor com energia. O projeto
foi apresentado ontem pelo diretor -presidente da Cooperativa de Eletrificação
Rural do Vale do Araçá (Ceraçá), Samuel Thiesen, e será erguido no leito
do rio das Antas, na comunidade de linha Fuzil, em Flor do Sertão. O custo
estimado da obra é de R$ 35 milhões, para gerar 16,5 MW, e envolverá sete
cooperativas agropecuárias. Para dar início aos trabalhos as oito cooperativas
promoverão, no final deste ano, um aporte de recursos de R$ 5 milhões.
O restante das verbas cada uma das entidades participantes deverá buscar
na forma de financiamentos junto ao Banco do Brasil e ao Programa de Desenvolvimento
das Cooperativas (Prodecooper). No sistema nacional o empreendimento será
enquadrado como Pequena Central Hidrelétrica (PCH). (A Noticia - 24.07.2003) 16 Projeto ambiental da hidrelétrica de Pai Querê será apreciado hoje Mais um
passo foi dado esta semana com vistas a construção da hidrelétrica de
Pai Querê, que vai utilizar as águas do Rio Pelotas para a geração de
energia na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, está sendo
dado esta semana. Hoje, em São Joaquim, acontece a audiência publica para
apreciar e debater o seu projeto ambiental. Vão estar presentes representantes
do consórcio responsável pela obra, técnicos do Ibama e autoridades locais.
A usina Hidrelétrica de Pai Querê está orçada em R$ 650 milhões e a previsão
para o início dos trabalhos é o ano que vem. (A Noticia - 24.07.2003) 17 Comissão de Minas e Energia discutirá novo modelo do SEE A Comissão
de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promoverá uma audiência pública
para discutir a proposta institucional do novo modelo para o setor elétrico,
que foi apresentado na última segunda-feira, dia 21 de julho, pelo MME
ao CNPE. Segundo o deputado Eduardo Gomes (PSDB/TO), o presidente da comissão,
José Janene (PP/PR), pretende convocar os agentes do setor para debater
as propostas. Gomes acha que o encontro deve ocorrer na primeira semana
de agosto. (Canal Energia - 23.07.2003) 18 Seminário da Coppe/UFRJ discute perspectivas do SEE A Coppe/UFRJ
realiza nesta sexta-feira, dia 25 de julho, seminário para debater as
novas perspectivas do setor nacional, incluindo o novo modelo divulgado
pelo MME. Um dos pontos a serem discutidos no seminário é o nível de participação
da eficiência energética no novo modelo do setor. Também será abordado
o risco de o pool de contratação abrigar empreendimentos de alto custo.
Participam do seminário o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim;
o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa; o diretor de Finanças
da Cemig, Flávio Decat; a diretora da Coppe, Angela Uller; e o coordenador
do Programa de Planejamento Energético da Coppe, Roberto Schaeffer. O
evento acontece às 9:30 horas e será realizado no Centro de Tecnologia
da Coppe, no Rio de Janeiro. (UFRJ - 23.07.2003) 19 Amilcar Guerreiro apresenta seminário na UFRJ Ontem, 23/07/2003,
Almilcar Guerreiro apresentou na UFRJ o seminário "O Planejamento no Setor
Elétrico: Tendências e Perspectivas no Novo Modelo". A exposição foi dividida
em três partes. Na primeira etapa foi discutida a criação dos órgãos responsáveis
pelo planejamento e operação do sistema elétrico e a formação de um corpo
técnico qualificado. Na etapa seguinte, foi mostrado que num país, como
o Brasil, com geração de energia com base predominantemente hidrológica,
os investimentos nesta área são imprescindíveis para a expansão do setor.
Por fim, na última e mais importante etapa, foi debatido na conferência
a resolução CNPE no 05. Nela esboçou-se o função dos principais agentes
encarregados do planejamento, tendo a FEPE um papel de destaque. Esse
órgão, vinculado à Secretaria de Planejamento Energético, será o responsável
(em termos gerais) pela diversificação da matriz energética e pela equalização
da oferta e demanda de energia a médio-longo prazo, através da elaboração
de projetos ordenados para expansão do sistema. Clique
aqui para ver o roteiro completo da palestra. (NUCA - 24.07.2003) O presidente
da Associação Européia de Energia Solar, Hermann Scheer, um dos conferencistas
do Fórum de Energia, em Novo Hamburgo, afirmou que o uso combinado da
energia gerada a partir do movimento da água e do vento e da captação
da luz solar incrementaria a produção do setor no Brasil, permitindo maior
aceleração na economia nacional. (Correio do Povo - 24.07.2003)
Empresas 1 Tarifa da Eletronuclear é reajustada pela Aneel A tarifa
de energia da Eletronuclear está 23,42% mais cara. O aumento foi autorizado
pela Aneel. Com isso, o valor da energia produzida pelas duas usinas subiu
de R$ 63,53 o MWh para R$ 78,41 o MWh. Furnas, responsável pela comercialização
da energia, poderá repassar o aumento para as distribuidoras. Porém, a
Light e a Cerj, que usam a energia de Angra I e II, somente poderão cobrar
o aumento do consumidor na época do reajuste, nos meses de novembro e
dezembro, respectivamente. A geração das duas usinas é necessária para
atender e dar confiabilidade ao sistema do estado do Rio de Janeiro. O
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou que a Aneel
autorizasse o aumento em caráter provisório e precário. Até agora, não
foi elaborada uma política tarifária para a energia termonuclear. O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, vinha solicitando o reajuste à Aneel
desde maio. (O Globo - 24.07.2003) 2 Cisão da Celesc é praticamente irreversível, diz Tolmasquim O fantasma
da cisão voltou a rondar a Celesc. O secretário-executivo do MME, Maurício
Tolmasquim, sinalizou ontem que a separação física das empresas é praticamente
inevitável. "Esse é um ponto que queremos resolver. Mas a Aneel nos apontou
dificuldades. Há casos em que os consumidores pagam tarifas que não deveriam
pagar. Só a separação poderia impedir que isso acontecesse", disse Tolmasquim,
durante encontro com os representantes do fórum de secretários de energia
dos Estados, em Brasília, para tratar do novo modelo energético do País.
Internamente, a concessionária já está se movimentando, embora o presidente
do Grupo Executivo de Energia (Genesc), Eduardo Pinho Moreira, diga que
a discussão continua. "Não vamos tomar nenhuma decisão até nos interarmos
do novo modelo. Ainda há dúvidas", alegou, ao deixar o encontro. (A Noticia
- 24.07.2003) 3 Custo da cisão será muito alto, diz diretor da Celesc O diretor-técnico
da Celesc, Eduardo Sitonio, disse que o custo da cisão é muito alto, cerca
de R$ 100 milhões. "Não vejo razão para desverticalizar. A Celesc já vem
fazendo a divisão contábil", disse o diretor, sem mencionar que a separação
diz respeito somente ao parque de geração e distribuição. O balanço ainda
é único. Há um mês a direção da Celesc enviou um ofício à Aneel estipulando
um cronograma para implementar a separação. O processo terminaria em julho
do ano que vem. No documento, a concessionária ainda se compromete em
contratar uma empresa para elaborar um novo modelo. A agência ainda não
se manifestou sobre o assunto. (A Noticia - 24.07.2003) 4
GP Investimentos envia proposta para compra da Cemar até amanhã 5 Eletronorte inicia estudo de viabilidade para construção de hidrelétrica em MT A diretoria
de Planejamento e Engenharia da Eletronorte inicia hoje no município de
Aripuanã (976 km de Cuiabá), os estudos de viabilidade técnica e econômica
para a construção da usina hidrelétrica de Dardanelos, no rio Aripuanã.
O cronograma do projeto prevê investimentos de US$ 146 milhões. A usina
deverá estar concluída em 66 meses, com previsão de inauguração para fevereiro
de 2009. O desenvolvimento do projeto de viabilidade da hidrelétrica deverá
apresentar resultados consistentes em cerca de 18 meses. A visita de hoje,
será apenas o pontapé inicial dos trabalhos. Só depois de findado este
processo, é que a licitação para a concessão da obra será aberta. Como
só tem direito à participação de 49% do empreendimento, a Eletronorte
visa parcerias junto à iniciativa privada do setor, que no estado é representado
pelo grupo Rede. A hidrelétrica de Dardanelos terá capacidade para gerar
256 MW de potência, o equivalente ao abastecimento diário de energia a
uma população de 600 mil habitantes. Segundo o diretor de Planejamento
e Engenharia da Eletronorte, Israel Bayma, este investimento estará desenvolvendo
todo o Noroeste de Mato Grosso. Ele ainda ratificou as vantagens da usina
estar inserida ao sistema interligado nacional, que possibilita manobras
no sistema quando houver necessidade. O ponto de estrangulamento da questão,
foi logo de início apontado pelo diretor de Planejamento e Engenharia
da Eletronorte, Israel Fernando de Carvalho Bayma. Aripuanã é uma região
com cinco áreas distintas de reserva indígena. (Diário de Cuiabá - 24.07.2003) 6 Eletronorte vai investir R$ 240 mi na construção de LTs em 2004 Para o próximo
ano, a Eletronorte estará investindo aproximadamente R$ 240 milhões em
construções de linhas de transmissão, estabilização e modernização do
sistema de controle. Mas a principal obra, prevista para início em março,
não está incluída nesta previsão. Em parceria com Furnas, a linha Cuiabá/Itumbiara
(GO), de 500 KW, deverá estar conclusa em julho de 2005. Estão estimados
recursos de cerca de R$ 400 milhões. Em setembro próximo, será licitada
a linha de transmissão Coxipó/Rondonópolis, com capacidade de 230 KW e
orçada em R$ 145 milhões. A entrega desta obra, dará suporte a conclusão
de outra linha que se estenderá até o estado de Goiás. (Diário de Cuiabá
- 24.07.2003) 7 Projeto da Celesc para eficiência energética atrai mais de 100 instituições assistenciais Mais de
cem instituições assistenciais se inscreveram no projeto da Celesc, que
vai substituir chuveiros elétricos por sistemas de aquecimento solar.
Do total de inscritos, a distribuidora vai selecionair 32 entidades para
participar do projeto, que integra o programa de eficientização energética
da Celesc, o "ProCeleficiência". O programa, orçado em R$ 19 milhões,
envolve outros seis projetos. O objetivo do projeto é reduzir despesas
de energia elétrica em entidades filantrópicas. O projeto de substituição
de chuveiro elétrico por aquecimento solar receberá investimentos de R$
300 mil e prevê a redução de 810 KW na demanda no horário de ponta e de
mais de 100 mil KWh/ano no consumo. (Canal Energia - 24.07.2003) 8 Light realiza compactação de duas subestações A ABB está
compactando duas subestações da Light Serviços de Eletricidade nos bairros
do Leblon e Copacabana no município do Rio de Janeiro. As subestações,
que ficavam a céu aberto e ocupavam grandes áreas, serão alocadas em prédios
próprios construídos no mesmo local. O projeto automatizará as subestações.
Elas serão operadas e gerenciadas remotamente, sem a presença física de
funcionários, de uma central de comando. (Canal Energia - 23.07.2003) A saída que a AES negocia para as dívidas que tem com o governo passa por centralizar esses débitos em um novo e único credor. Os detalhes da operação deverão ser apresentados em um fato relevante, que era esperado para a semana que vem, mas que poderá ficar para um pouco mais tarde. Com a possibilidade de acordo, o governo congelou a idéia de executar garantias da AES. (Valor - 24.07.2003) A Eletropaulo acaba de pagar US$ 7,6 milhões de juros devidos a um sindicato de bancos liderado pelo BankBoston. A empresa quer o alongamento do prazo dessa dívida, que soma US$ 325 milhões. As demais dívidas com credores privados foram renegociadas. (Valor - 24.07.2003) Índios da tribo Krikati ameaçam derrubar as linhas de transmissão da Cemar construídas nas terras de sua reserva indígena. Eles reivindicam da Cemar o fornecimento de energia elétrica para as aldeias Raiz e Recanto dos Cocais e R$ 200 mil como indenização pela utilização da reserva. Se a ameaça for cumprida, o Maranhão pode ficar sem o fornecimento de energia elétrica a partir do próximo dia 5. (Gazeta Mercantil - 24.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo na região Norte chega a 2.549 MW médios A região
Norte teve consumo de 2.549 MW médios na última terça-feira, dia 22 de
julho, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. Em relação ao programa
mensal de operação (PMO), o subsistema registra queda de 6,16% nos últimos
sete dias. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo chegou a 26.032 MW médios,
contra previsão de 25.350 MW médios do operador do sistema. Nos últimos
sete dias, o submercado tem baixa no consumo de 1,96%. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o subsistema registra queda
de 6,79% no mesmo período. O Nordeste consumiu 5.951 MW médios, contra
previsão de 5.914 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula
queda no consumo de 2,86%. Em relação à curva de aversão ao risco, de
6.132 MW médios, o subsistema está com baixa de 6,31% no período. No Sul,
o consumo foi de 7.579 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios do
operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região
registra alta de 3,37% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 23.07.2003) 2 Nível de armazenamento na região Norte está em 76,34% Os Reservatórios
da região Norte caíram 0,30%, chegando a 76,34%. A usina de Tucuruí está
com 91,05% da capacidade. (Canal Energia - 23.07.2003) 3 Região Nordeste registra queda de 0,21% A capacidade
de armazenamento da região Nordeste está com 41,77%, uma queda de 0,21%.
O volume está 22,90% acima da curva de aversão ao risco. Na usina de Sobradinho,
índice é de 36,11%. (Canal Energia - 23.07.2003) 4
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, níveis chegam a 69,10% no mês de julho 5 Reservatórios do Sul atingem 61,70% Índice de
armazenamento na região Sul caiu apenas 0,02%, atingindo 61,70%. Hidrelétrica
de Salto Santiago, nível é de 51,14%. (Canal Energia - 23.07.2003) 6 Consumo de energia cai em Blumenau Segundo
dados da Celesc, as indústrias do município de Blumenau foram as principais
responsáveis pelo recuo apresentado no semestre pela cidade, em aproximadamente
3%. O resultado negativo apresentado destoa do crescimento no consumo
verificado pela Celesc em todo o Estado, de 4,08% no período. O total
de MWh consumido no Estado, segundo a Celesc, foi de 6.777.154 no primeiro
semestre de 2003, contra 6.511.548 no mesmo período de 2002. Já em Blumenau,
o consumo caiu de 455.712 nos primeiros meses do ano passado para 443.270
neste primeiro semestre. O desempenho foi considerado preocupante pelo
diretor de gestão e desenvolvimento organizacional da Celesc, Israel Nunes,
por refletir que o setor têxtil pisou efetivamente no freio. Os números
de consumo da Celesc em Blumenau apresentam quedas maiores em maio e junho
- recuo de 5% entre as indústrias - e vêm reforçar o que as empresas têxteis
têm demonstrado nos últimos dias. Nunes acredita que não haverá melhora
no consumo de energia pelo menos até setembro. "Temos que esperar uma
reativação da economia em geral. Poucos setores, como o alimentício, vêm
driblando a atual conjuntura", diz. (Jornal de Santa Catarina - 24.07.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Leilão para compra de energia elétrica não obteve lance Após a divulgação
das diretrizes do novo modelo, a comercialização de energia já mostra
sinais de desaceleração. Pelo menos, essa é uma das conclusões a que se
pode chegar a partir da verificação de que o leilão reverso da Anglo American
Brasil, subsidiária do grupo minerador Anglo American, realizado ontem,
não obteve sequer um lance, mesmo tendo 19 geradoras e comercializadoras
inscritas para participarem da transação. "Às vésperas de um novo modelo,
é muito difícil tomar uma decisão de longuíssimo prazo", afirma Francisco
Lavor, presidente da União Corretora, um dos agentes inscritos. O leilão
foi realizado através do meio eletrônico pela Comerc Comercializadora
de Energia Elétrica e previa a compra de 44 MW de energia a serem utilizadas
a partir de outubro deste ano pela unidade industrial de Goiás da mineradora.
O contrato deveria contemplar o fornecimento de energia por um prazo de
15 a 20 anos. O preço máximo de compra da energia para cada período contratual
- de um ano - foi divulgado pela internet uma hora antes do horário previsto
para o início do leilão. Embora levando em conta o período de incerteza
que passa o setor, os sócios da Comerc, Marcelo Parodi e Cristopher Alexander
Vlavianos, consideram que o curto tempo entre a divulgação dos preços
e o início do leilão foi o fator que mais afetou a realização do negócio.
(Gazeta Mercantil - 24.07.2003) 2 Comerc fará diagnóstico para avaliar ajustes possíveis A Comerc afirma que está entrando em contato com cada uma das geradoras inscritas para realizar um diagnóstico e fazer os eventuais ajustes. Os sócios descartam, porém, a possibilidade de diminuir o prazo do contrato. "O prazo tem que se manter em 15 anos, ou bem próximo disso, pois seria um grande risco para a Anglo American um contrato de fornecimento por apenas cinco anos, já que a energia tem alto impacto nos custos da empresa", diz Parodi. A modificação da estrutura de contratação é uma das principais alternativas de mudança, já que a comercializadora usou a mesma estrutura que havia utilizado no leilão reverso feito para as empresas Dixie Toga, Klabin Kimberly e Klabin, realizado no último dia 8. "É apenas o segundo leilão reverso de energia, ainda estamos em processo de evolução", justifica Vlavianos. De acordo com o executivo, outras três empresas estão interessadas em realizar leilões semelhantes e a reformulação da estrutura pode auxiliar os novos negócios. Segundo Vlavianos, desde o anúncio de que, no novo modelo, as empresas terão de comunicar com cinco anos de antecedência que deixarão de ser consumidores cativos, aumentaram as consultas de interessados em ingressar no mercado livre antes da mudança, que deverá ocorrer em 2004. (Gazeta Mercantil - 24.07.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobrás espera definição de investidas na área internacional Duas investidas
da Petrobrás na área internacional de petróleo serão definidas na próxima
semana. Uma, é o resultado da licitação de blocos de exploração e produção
de petróleo, da qual participa no Irã. A segunda, a assinatura do acordo
para a exploração na Venezuela em parceria com a estatal PDVSA. "Falta
acertar alguns detalhes", disse o diretor internacional da empresa, Nestor
Cerveró. "Uma coisa é assinar acordo viabilizando a parceria. Outra, bem
mais complexa, é colocar este acordo em prática". Depois de 23 anos sem
investir no Oriente Médio, a Petrobrás apresentou ontem proposta para
participar da exploração e produção em dois dos oito blocos que estão
em licitação no Irã. Se ganhar, a estatal buscará parceiros para entrar
no negócio. A Petrobrás tem duas vantagens no negócio. A primeira delas
é que, por motivos políticos, empresas sediadas nos Estados Unidos estão
impedidas de participar do negócio. A segunda vantagem é que os blocos
a serem explorados estão localizados em águas profundas, área em que a
Petrobrás domina. (Estado de São Paulo - 24.07.2003) 2 Usinas de açúcar e álcool adiam investimentos em cogeração O baixo
preço da energia elétrica e a demora para implantação do Proinfa estão
inibindo investimentos de cerca de R$ 60 milhões em cogeração no Mato
Grosso do Sul. As usinas Passa Tempo, localizada no município Rio Brilhante,
e Maracaju, na cidade de mesmo nome, estão adiando os projetos de ampliação
do parque gerador devido à crise do setor elétrico. Segundo Artur Tavares
Costa Carvalho, diretor Administrativo Financeiro das empresas, que produzem
açúcar e álcool, as unidades poderiam aumentar a atual capacidade instalada
de 16 MW para 50 MW. Carvalho diz que a usina Passa Tempo, com uma planta
de 10 MW de capacidade instalada, já tem autorização da Aneel para ampliar
a unidade para 25 MW. Já na usina Maracaju, o executivo informa que já
enviou o pedido para aumentar de 6 MW para 25 MW e deve ter a autorização
em 15 dias. O diretor afirma que sem o Proinfa ou outro incentivo, a empresa
não investirá porque o volume de recursos é muito alto, e por isso precisa
de garantias para tocar os projetos. "O retorno só se dará em oito anos",
diz Carvalho, acrescentando que considera o valor de R$ 120 para o MWh
suficiente. (Canal Energia - 23.07.2003)
Economia Brasileira 1 Corte nos juros desaponta setor produtivo O Copom
cortou ontem a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual. Com a medida,
a Selic passa a 24,5% ao ano. O BC não adotou viés até sua próxima reunião,
em agosto, nem alterou o percentual de recolhimento compulsório que exige
dos bancos. Embora o corte de 1,5 ponto fosse esperado por bancos e corretoras,
foi considerado tímido e insuficiente por entidades empresariais, que
citando a queda generalizada de preços, viam espaço para um recuo de até
quatro pontos percentuais na Selic. "Esse excesso de zelo ameaça agravar
o quadro atual de desemprego e deteriorar ainda mais a saúde financeira
das empresas", diz nota divulgada pela Federação das Indústrias de São
Paulo. "Ainda não vimos o fundo do poço". Até Wall Street, berço do conservadorismo
financeiro, considerou tímida a decisão. "É fato que as taxas de juros
no Brasil seguem muito altas. A economia se beneficiaria com taxas mais
baixas", disse Luiz Ernesto Martinez-Alas, da agência de classificação
de risco Moody's. O empresário Antônio Ermírio de Moraes afirmou que a
queda dos juros foi "um colírio para os olhos, mas é pouco". Referindo-se
ao BC, o ministro Luiz Fernando Furlan disse que "ninguém esperava de
um órgão, sempre caracterizado pelo conservadorismo, uma ação que não
estivesse de acordo com a tradição". Já Antonio Palocci Filho foi otimista:
"A inflação continua caindo, os juros continuam caindo e os indicadores
brasileiros continuam melhorando. Nós acreditamos que o Brasil vai terminar
o ano crescendo". (Folha de São Paulo - 24.07.2003) 2 Gasto com a dívida pode cair R$ 5,2 bi O corte na taxa Selic anunciado ontem pelo BC pode representar economia de R$ 5,2 bilhões para o governo. O valor se refere à queda nos gastos com juros da dívida pública que deve ocorrer caso a taxa permaneça em 24,5% pelos próximos 12 meses. Segundo dados do Tesouro Nacional e do BC, 51,63% dos títulos da dívida pública em circulação no mercado são corrigidos pela taxa Selic. Assim, qualquer mudança nos juros promovida pelo BC tem impacto no endividamento do governo. No mês passado, a dívida do governo federal em títulos somava R$ 669,4 bilhões. A maior parte desses papéis está nas carteiras dos bancos e dos fundos de investimento, que são os que mais se beneficiam com as elevadas taxas de juros praticadas no país. Em 2002, o setor público (União, Estados, municípios e estatais) gastou R$ 114 bilhões com juros da dívida. É por causa dessas despesas com juros que o governo intensifica o ajuste fiscal. (Folha de São Paulo - 24.07.2003) 3 IPCA-15 registra maior deflação desde 98 Mais um
índice do IBGE registrou deflação: o IPCA-15 teve queda de 0,18% em julho.
Foi a menor taxa desde setembro de 1998, quando o índice ficara negativo
em 0,44%. Em junho, o IPCA-15 apontara uma inflação de 0,22%. Considerado
pelo mercado como uma prévia do IPCA, índice oficial de inflação e que
teve deflação de 0,15% em junho, o IPCA-15 caiu devido ao recuo dos preços
dos alimentos e dos combustíveis. A queda foi mais intensa do que os economistas
previam, entre 0% e -0,05%, e obrigou-os a revisar suas projeções para
o IPCA deste mês. As previsões passaram de 0,4% a 0,5%, para 0,2% a 0,3%.
Também ajudaram no recuo da inflação as liminares judiciais, que primeiro
adiaram o reajuste da telefonia fixa, e depois alteraram o indexador.
O aumento seria por contrato, pelo IGP-M, mas por força de decisão judicial
passou a ser pelo IPCA, que subiu menos no período considerado para o
último reajuste. Com isso, os preços administrados (tarifas públicas e
combustíveis) tiveram uma deflação de 0,19%, segundo cálculo do BankBoston.
No IPCA-15, a gasolina teve queda de 4,51%, e o álcool de 11,56%. Os dois
também foram, junto com os alimentos, os principais responsáveis pela
deflação de junho. (Folha de São Paulo - 24.07.2003) 4
Desemprego atinge recorde 5 Lessa diz temer retorno da inflação Economista
que sempre defendeu políticas focadas no crescimento econômico, o presidente
do BNDES, Carlos Lessa, mostrou-se preocupado ontem com o risco de volta
da inflação com o reaquecimento da economia. Falando para os participantes
da III Conferência Internacional Têxtil e de Confecção, Lessa conclamou
a sociedade a fazer um pacto pela estabilidade. Segundo ele, o governo
tem poucos instrumentos de política macroeconômica e quando a produção
começa a crescer, as tensões inflacionárias reaparecem. "Tem sempre uma
armadilha que é a seguinte: reativa-se o crescimento, reaparece o surto
inflacionário e volta a tentativa de estabilização", disse. Lessa, que
frisou estar falando como "qualquer economista", chegou a dizer na palestra
que o governo fracassa na estabilidade. "O governo fracassa na estabilidade
porque só resta manter os juros altos. Se deixar a estabilidade na mão
do governo, os instrumentos que estão disponíveis para segurar a inflação
são instrumentos que dificultam o crescimento", disse. "A sociedade civil
tem que assumir a estabilidade como uma meta". Para o presidente do BNDES,
porém, o impacto inicial da redução dos juros é positivo. "A queda dos
juros, no primeiro momento, tem impacto importante porque os juros são
componente do custo financeiro, que impacta toda a cadeia de transações.
Por outro lado, se aumenta a demanda, surge o impulso de muitos de se
aproveitarem para empurrar os preços para cima", voltou a dizer. (Valor
- 24.07.2003) 6 Dívida pública aumentou para R$ 669,42 bi em junho A dívida
pública mobiliária federal aumentou 1,31% em junho, para R$ 669,42 bilhões,
segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional.
Apesar do crescimento, o perfil da dívida continua a melhorar. A dívida
de curto prazo chegou em junho ao menor nível desde maio de 2002. No mês
passado, a dívida pública vencendo em 12 meses, caiu para 33,47% do total.
Em maio, 34,63% da dívida venciam nos 12 meses seguintes. Além disso,
com a melhora do cenário da economia, o Tesouro vem conseguindo aumentar
a participação de títulos prefixados, que atingiu em junho um estoque
de R$ 29,99 bilhões. A participação de títulos prefixados subiu de 3,27%
em maio para 4,48% em junho, o maior percentual desde novembro de 2002.
O Tesouro conseguiu também alongar um pouco mais o prazo médio das emissões
de títulos nas ofertas públicas, de 22,6 meses em maio para 25,8 meses
em junho. Também foi reduzida a chamada exposição da dívida à taxa de
câmbio. A porção da dívida atrelada à variação cambial, incluindo as operações
de swap, conduzidas pelo Banco Central, caiu de 30,66% do total em maio,
para 29,05% em junho, ou R$ 194,49 bilhões. A participação de títulos
atrelados à taxa Selic subiu de 50,98%, para 51,63% do total da dívida
de maio para junho. Já a participação de títulos corrigidos pelo IGP-M,
caiu de 13,08% em maio para 12,83%. (Jornal do Commercio - 24.07.2003) O mercado financeiro brasileiro assimilou rapidamente o corte de 1,5 ponto na taxa básica de juros (Selic), mas continuou a registrar volume de negócios reduzido. O dólar abriu em alta, mas fechou a manhã em baixa de 0,24%, cotado a R$ 2,886 na compra e R$ 2,890 na venda. Ontem, no término do pregão, o dólar comercial registrava avanço de 0,48% e era negociado a R$ 2,8920 na compra e a R$ 2,8970 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou da mínima de R$ 2,8690 à máxima de R$ 2,9010. (O Globo On Line e Valor Online - 24.07.2003)
Internacional 1 Centrica compra termoelétrica da AES Barry A Centrica
anunciou o acordo com a AES Barry Limited para a compra da usina termoelétrica
Barry (240 MW), localizada em South Wales. A empresa britânica de gás
espera completar o negócio com a subsidiária da americana AES antes do
final do mês. O montante da compra será de US$ 63,42 milhões. Esse empreendimento
faz parte do plano de longo prazo da Centrica de ter capacidade de geração
suficiente para atender o pico de demanda diário de seus consumidores
domésticos e comerciais. De acordo com a empresa, esse objetivo se concretiza
com o fechamento do acordo com a AES. (Platts - 24.07.2003) 2 Transco alerta para risco de falta de gás no Reino Unido A Transco,
companhia britânica de transporte de gás, alertou na tarde de ontem os
provedores de gás para a possibilidade de haver falta de gás no sul do
país com efeitos a partir de hoje. A Transco informou que houve uma "significativa
redução do fluxo de gás no terminal sul", e que essa situação pode durar
até uma semana. A Transco disse ainda que espera os provedores de gás
compensem essa queda com o aumento do fluxo em outros terminais, e/ou
uma redução voluntária de demanda. (Platts - 24.07.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Guerreiro, Amilcar. "O Planejamento no Setor Elétrico: tendências e perspectivas no novo modelo" Rio de Janeiro, NUCA-IE/UFRJ, 2003 - 43 páginas O documento apresenta o roteiro da apresentação que Almilcar Guerreiro fez na UFRJ. A exposição foi dividida em três partes. Na primeira etapa foi discutida a criação dos órgãos responsáveis pelo planejamento e operação do sistema elétrico e a formação de um corpo técnico qualificado. Na etapa seguinte, foi mostrado que num país como o Brasil, com geração de energia com base predominantemente hidrológica, os investimentos nesta área são imprescindíveis para a expansão do setor. Por fim, na última e mais importante etapa, foi debatido na conferência a resolução CNPE no 05. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|