l IFE:
nº 1.156 - 23 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Modelo do SEE terá planejamento da expansão como eixo principal O planejamento
da expansão será o principal eixo do novo modelo do setor elétrico, que
prevê um período de transição em 2004 para que os agentes possam se adaptar
às novas regras. As 64 distribuidoras do país terão que fazer uma previsão
do tamanho dos seus respectivos mercados com cinco anos de antecedência.
Com base nessa previsão, elas firmarão contratos de compra de energia
de longo prazo com as geradoras integrantes do pool de oferta. São esses
contratos de longo prazo (PPA) que viabilizarão o retorno dos investimentos
em novas usinas hidrelétricas, que só vão ser licitadas na medida em que
houver necessidade de acompanhar o crescimento da demanda. Os vencedores
das licitações de novas hidrelétricas terão a garantia de PPAs de todas
as distribuidoras. Clique
aqui para ler na íntegra a "Proposta de Modelo Institucional
do Setor Elétrico" do MME. (Valor - 23.07.2003) 2 Tolmasquim: Distribuidoras serão punidas no caso de previsões errôneas O secretário-executivo
do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, explicou que haverá
punição para as distribuidoras que subestimarem ou superavaliarem o seu
mercado consumidor futuro. "Vai ter uma banda, uma margem de variação
definida pelo governo para essa previsão (de crescimento do mercado em
cinco anos) e se passar disso, haverá punição para a distribuidora", disse
Tolmasquim. Ele explicou que as distribuidoras serão obrigadas a contratar
mais energia do que o previsto na expansão dos mercados. Essa " sobra
" servirá para atender um eventual aumento de demanda fora das previsões.
Ele disse ainda que o planejamento com cinco anos de antecipação é fundamental
no novo modelo para definir a política de expansão da oferta de energia
no país. As novas usinas só serão licitadas de acordo com essa necessidade
de crescimento do mercado prevista pelas distribuidoras. Os grandes consumidores
cativos das distribuidoras terão que comunicar, também com cinco anos
de antecedência, a decisão de se tornar consumidor livre. O mesmo prazo
valerá para os consumidores livres que quiserem voltar a ser cativos.
Esse prazo poderá ser reduzido em caso de negociação entre as partes.
(Valor - 23.07.2003) 3 Produtores independentes poderão entrar no pool desde que participem das licitações Com relação
a participação dos produtores independentes no pool, a entrada está livre
desde que participem das licitações de novas usinas hidrelétricas oferecendo
sua própria energia por um valor inferior ao menor preço de tarifa apresentado
na licitação. Tolmasquim explicou que, nesse caso, a obra não seria feita
e a energia que seria gerada pela nova usina passa a ser substituída pela
geração do produtor independente. (Valor - 23.07.2003) 4
Governo vai acompanhar andamento da construção de novas usinas 5 Segundo Dilma, empresas estatais do SEE não serão privatizadas A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem que o governo mantém a
decisão de não privatizar as empresas estatais do setor elétrico. Segundo
ela, a possibilidade de venda de ações de empresas estatais e de emissão
de debêntures, prevista nas diretrizes do novo modelo do setor elétrico,
divulgada segunda-feira, tem o objetivo de capitalizar as empresas de
geração e transmissão de energia, mas não inclui perda de controle acionário.
Por isso, afirmou, as hipóteses não contrariam a orientação do governo
de retirar as estatais do Programa Nacional de Desestatização (PND). A
venda de ações, proposta no relatório inicial do novo modelo do setor,
não comprometerá o controle acionário dessas empresas pela União, disse,
lembrando que o projeto de privatização trouxe prejuízo para a geração
hídrica. Segundo Dilma, a eventual emissão de debêntures, se conversíveis
em ações, seria feita de forma a não ameaçar o controle federal. (Estado
de São Paulo - 23.07.2003) 6 Empresas aguardam por detalhes do modelo para investir O anúncio
das bases do novo modelo de energia elétrica ainda não são suficientes
para alterar o quadro de paralisia dos investimentos no setor, segundo
executivos da área. De acordo com eles, até a implementação do modelo,
previsto para início de 2004, tudo continuará em compasso de espera, sem
nenhum novo projeto de geração iniciado nesse período. (Estado de São
Paulo - 23.07.2003) 7 Cataguazes-Leopoldina: Modelo privilegia geração em detrimento da distribuição Na avaliação do diretor de Relação com Investidores e vice-presidente financeiro da Cataguazes-Leopoldina, Maurício Perez Botelho, o modelo proposto pelo ministério privilegia a geração e esquece da distribuição, que vive momento delicado por causa do alto endividamento e da queda no consumo, decorrente do racionamento. Isso acaba provocando um problema na obtenção de crédito. "Para um banco, que analisa um pedido de financiamento de projeto, o fato de a compradora de energia estar em dificuldade financeira significa grande risco e compromete as perspectivas de obtenção do crédito". (Estado de São Paulo - 23.07.2003) 8
Duke Energy: Investimentos dependem do modelo regulatório a ser instaurado
9 Apine: Aprovação do novo modelo pelo Congresso dará garantias a aplicação do investidor Segundo
o presidente da Apine, Eric Westberg, o investidor só volta a aplicar
seu dinheiro no Brasil quando as medidas para o novo modelo forem aprovadas
pelo Congresso. Ele lembrou que, de acordo com recente relatório apresentado
pela Aneel, pelo menos 40% dos projetos de investimentos entre os produtores
independentes de energia estão "comprometidos". De modo geral, Westberg
avalia como "bem elaborado" o programa anunciado. Para ele, a figura do
administrador de contratos é a melhor notícia do novo modelo. Mas o executivo
acredita que falta ao setor melhor definição sobre o papel das estatais
versus empresas privadas. (Estado de São Paulo - 23.07.2003) 10
ABCE: Apesar da intenção de ajudar, novo modelo repassará os custos para
o consumidor 11 CBIEE: Novo modelo não garante saúde financeira das empresas Segundo
o presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica
(CBIEE), Cláudio Salles, a proposta apresentada pela ministra não trata
ainda dos principais problemas do setor, como garantir às empresas a rentabilidade
(lucro) necessária para que elas cubram seus gastos e tenham recursos
para investir. O modelo do governo, para Cláudio Salles, trata apenas
do planejamento da geração e da expansão do sistema, com a construção
de novas usinas hidrelétricas. "O planejamento para expansão da geração
não garante investimentos", diz Cláudio Salles. Para o executivo, o que
garantiria novos recursos seriam propostas para que as companhias de eletricidade
gerassem caixa suficiente não apenas para custear suas despesas operacionais,
mas principalmente para investir. "O que foi apresentado nos preocupa
porque o modelo não trata dos problemas que levaram todas as empresas
às atuais dificuldades financeiras. Não há investimentos se o setor como
um todo não for economicamente viável", disse o executivo. (O Globo -
23.07.2003) 12 Produtores acreditam que contratação pelo pool vai inviabilizar Proinfa Os produtores
de fontes renováveis não gostaram da notícia de que a energia produzida
por estas fontes será comercializada no pool de contratação por meio de
licitação. A medida é um dos pontos do novo modelo do setor elétrico apresentado
no último dia 21 de julho pelo Ministério de Minas e Energia. Pelas novas
regras, uma parte da energia a ser contratada pelo Administrador de Contratos
de Energia Elétrica (ACEE) nos processos de licitação será proveniente
de fontes renováveis - eólica, solar, biomassa e PCHs. A previsão é que,
no menor prazo possível, o segmento seja responsável por 10% do consumo
anual de energia elétrica no país. O documento diz ainda que, por conta
da inclusão dessas fontes no ACEE, torna-se desnecessário o uso dos recursos
da CDE. A intenção do governo é deixar os recursos da CDE para uso na
universalização dos serviços de energia elétrica. Segundo Roberto Jardim,
sócio-gerente da Elebrás Projetos, empresa que atua na área de geração
de energia eólica, essa medida vai inviabilizar a implementação efetiva
do Proinfa, já que a energia produzida por fontes renováveis são mais
caras que as convencionais. Ricardo Pigatto, presidente da APMPE (Associação
dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica), também acredita
que, se não houver mudanças na implantação do programa, os produtores
ficarão desestimulados em investir no segmento. (Canal Energia - 22.07.2003)
Empresas 1 BNDES e AES devem prosseguir negociação essa semana As negociações
entre BNDES e a AES, controladora da Eletropaulo, devem prosseguir esta
semana. O vice-presidente da multinacional, Joseph Brandt, é aguardado
no Rio. No BNDES, o diretor financeiro do banco, Roberto Timotheo, disse
ao Valor que "o banco só fará um acordo que o leve a ser vencedor desse
embate". Timotheo disse que até agora não teve uma proposta com começo,
meio e fim da parte da AES. "Ainda restam acertos, mas temos evoluído",
reconheceu. A data final para as negociações é julho, disse o diretor
financeiro do BNDES. Até lá, o banco vem encaminhando o ritual para venda
das ações ordinárias e preferenciais em leilão. As ações preferenciais
devem ir a leilão no final do mês que vem, adiantou. Se não houver acerto
com a AES, o banco não afasta a hipótese de entrar dando lances nestes
leilões e comprar estes papéis, passando assim a ser controlador da distribuidora.
As ações caucionadas pelo BNDES, explicou Timotheo, não são de propriedade
do banco, elas são do grupo AES. Ele afirmou que o BNDES tem condições
financeiras para bancar este negócio. (Valor - 23.07.2003) 2 Eletronorte tenta manter duplicação de Tucuruí A Eletronorte
está negociando com a Alcoa a venda da energia de duas novas turbinas
da hidrelétrica de Tucuruí, de 375 MW cada, que entram em operação comercial
neste ano. A primeira unidade começa a gerar em julho e a segunda em outubro.
A fábrica da Alcoa no Maranhão, a Alumar, já é abastecida pela primeira
etapa da usina de Tucuruí. A Eletronorte pretende fornecer a energia das
novas máquinas para o projeto de expansão da produção de alumínio primário
programado pela Alcoa, de 210 mil toneladas para 270 mil toneladas por
ano. A Eletronorte acredita que, vendendo diretamente ao consumidor final,
pulando a etapa da distribuição, possibilitará a venda por preços razoáveis.
E a possibilidade de concretizar em breve o negócio será o argumento que
o diretor de operações da companhia, Israel Bayma, pretende levar amanhã
à reunião com a cúpula da Eletrobrás, no Rio. A Eletrobrás controla a
Eletronorte e anunciou, na quinta-feira, um corte de R$ 700 milhões nos
investimentos previstos para este ano. Boa parte do dinheiro contingenciado
seria destinada à expansão de Tucuruí. Ao anunciar a redução dos investimentos,
o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse que seria um "descabimento"
investir em novos projetos de geração em um cenário de excesso de 7,5
mil MW, maior parte deles produzidos pelo sistema Eletrobrás. (Valor -
23.07.2003) 3 Paralisação das obras trará prejuízo maior, diz diretor da Eletronorte A perda
de receita anual das estatais com a energia sem comprador é estimado em
R$ 4 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia. "Mas, no caso de Tucuruí,
pode sair mais caro para a empresa o atraso do cronograma", disse Bayma.
Ele estima em R$ 35 milhões os custos envolvidos na paralisação das obras,
como por exemplo a dispensa do pessoal contratado. "Se a visão do presidente
Pinguelli é a de que é necessário o corte, faremos. Mas vamos tentar convencê-lo
do contrário". A primeira etapa de Tucuruí consumiu US$ 8 bilhões de recursos
da Eletronorte, Eletrobrás e de terceiros. A segunda etapa, que duplicará
a capacidade atual de 4 mil MW, deve consumir outro US$ 1,5 bilhão. Segundo
Bayma, a previsão de investimentos da Eletronorte em 2003 é de R$ 2,3
bilhões. (Valor - 23.07.2003) 4
Eletronorte levará internet a locais isolados da região Norte 5 Eletronorte promove seminário "Energia Solar - presente e futuro" O seminário
"Energia Solar - presente e futuro", que será realizado hoje em Cuiabá,
vai tratar dos conceitos básicos e tecnologias de aproveitamento da energia
solar e usos múltiplos da energia solar no Brasil. O evento, que acontecerá
no auditório da Federação das Indústrias (Fiemt), é uma realização em
parceria entre o NIEPE - Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento
Energético da UFMT e a Eletronorte. As novas tecnologias de conversão
para uso térmico e elétrico, suas atuais aplicações no exterior, no Brasil,
e as reais possibilidades de ampliação de seu aproveitamento no Estado
são assuntos na pauta do seminário. O evento terá participação especial
de Raul Toegle Sapiain Araya, diretor do Departamento de Mecânica da Universidade
de Tarapacá, no Chile. O Diretor de operações da Eletronorte, Israel Bayma,
participará do encerramento. (Diário de Cuiabá - 23.07.2003) 6 Copel mantém liminar contra a UEG Araucária A Copel
obteve uma vitória, na Justiça, na semana passada, em sua disputa com
a usina UEG Araucária. O Tribunal de Justiça do Paraná manteve a liminar
que suspende a tramitação do procedimento arbitral instaurado pela usina
em Paris. Controlada pela El Paso Energy, a UEG pretende que a Copel seja
declarada inadimplente e penalizada por não cumprir o contrato de compra
de energia elétrica assinado entre as duas partes. Em janeiro, a estatal
de energia suspendeu os pagamentos à UEG Araucária, alegando ser ele lesivo
ao interesse público. Consultada na sexta-feira, a direção da usina informou,
através da sua assessoria de imprensa, que vai recorrer até a última instância,
tanto na Justiça paranaense como na federal, para manter a cláusula que
nomeia a Câmara de Comércio Internacional em Paris como foro para discussões
sobre o contrato. A manutenção da liminar desobriga a Copel de comparecer
perante à corte francesa. Enquanto isso, espera pela decisão final da
Justiça brasileira sobre seu pedido para que seja decretada a nulidade
da cláusula que remete a questão a Paris. (Valor - 23.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo no Sudeste/Centro-Oeste chega a 25.326 MW médios O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 25.326 MW médios na última segunda-feira, dia 21 de julho, contra
previsão de 25.350 MW médios do ONS. O subsistema registra queda no consumo
de 2,3% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 26.664 MW médios, o submercado acumula baixa de 7,11%. O Sul teve consumo
de 7.239 MW, contra previsão de 6.755 MW médios do operador do sistema
. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com elevação
de 3,33% nos últimos sete dias. No Norte, o consumo foi de 2.624 MW médios,
contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. A região acumula baixa de 4,52%
no PMO no período. O Nordeste consumiu 5.785 MW médios, contra previsão
de 5.914 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema
registra queda no consumo de 2,91%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.132 MW médios, o submercado está com baixa de 6,36% no período. (Canal
Energia - 22.07.2003) 2 Capacidade de armazenamento na região Norte está em 76,64% Reservatórios
caíram 0,24% na região Norte, chegando a 76,64%. Usina de Tucuruí está
com 91,31% da capacidade. (Canal Energia - 22.07.2003) 3 Níveis dos reservatórios caíram 0,16% na região Nordeste Capacidade
de armazenamento na região Nordeste está em 41,98%, uma queda de 0,16%.
Volume está 23,01% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Na hidrelétrica
de Sobradinho, nível é de 36,34%. (Canal Energia - 22.07.2003) 4
Reservatórios estão com 69,31% na região Sudeste/Centro-Oeste 5 Reservatórios estão com 61,72% na região Sul Reservatórios
estão com 61,72% na região Sul, um aumento de 0,21%. Hidrelétrica de G.B.
Munhoz atinge 56,78% da capacidade. (Canal Energia - 22.07.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE realiza mais uma liquidação nessa semana A primeira
etapa da liquidação financeira residual da energia comercializada pelo
MAE deve ocorrer nesta quinta-feira. Essa liquidação estava inicialmente
marcada para o dia 26. Nesta nova data, serão quitados R$ 1,3 bilhão referentes
aos negócios realizados pelos agentes no mercado atacadista no período
de setembro de 2000 a setembro de 2002. (Valor - 23.07.2003) 2 Leilão de compra de energia para a Anglo American do Brasil se realiza hoje A Comerc Comercializadora de Energia Elétrica realiza hoje leilão eletrônico de compra de energia para Anglo American do Brasil, subsidiária de um grupo minerador. A energia (44 MW) será utilizada a partir de outubro de 2003 em sua unidade industrial de Goiás. No total, 19 geradoras e comercializadoras se inscreveram para participar do leilão. (Gazeta Mercantil - 23.07.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás quer redução do preço de óleo diesel A Eletrobrás
quer um "desconto" no preço do óleo combustível usado pelas termoelétricas
do Amazonas, onde são consumidas 100 mil toneladas de óleo diesel por
mês. Segundo nota da estatal, o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli
Rosa, "iniciará entendimentos" com o presidente da Petrobras, José Eduardo
Dutra, sobre o assunto. A estatal do setor elétrico prevê gastos de R$
1,4 bilhão este ano, com a compra de combustível para as térmicas do estado,
onde 80% da energia gerada é de fonte térmica. (Valor - 23.07.2003) 2 BNDES: Novo modelo incentivará projeto de usinas térmicas Os projetos
de usinas termelétricas vão ganhar novo impulso com a divulgação das propostas
de mudança no setor elétrico. Para a responsável pela área de gás e energia
do BNDES, Claudia Prates, com o novo modelo os projetos vão deslanchar.
O banco tem em carteira um estoque de projetos de construção de termelétricas
que somam uma capacidade de geração de 3 mil MW. Os investimentos totais
atingem R$ 6 bilhões. O banco financiará R$ 1,5 bilhão. (Gazeta Mercantil
- 23.07.2003) 3 BNDES financiará construção de termelétrica da Petrobras Esta semana,
a Petrobras obteve seu primeiro financiamento do BNDES para a construção
de uma de suas usinas termelétricas. Foi aprovado um financiamento de
R$ 86,6 milhões para a usina termelétrica de Ibirité, a Ibiritermo, na
qual a Petrobras divide o controle com a Edison, empresa de energia do
grupo Fiat. A usina, localizada próxima a Betim (MG), vai gerar 226 MW
com investimentos totais de R$ 623 milhões. A energia gerada pela térmica
vai ser consumida na fábrica da montadora. Segundo a responsável pela
área de gás e energia do BNDES, Cláudia Prates, há recursos no banco para
financiamento de novos projetos da estatal, que serão iniciados com o
incentivo do novo modelo do setor, anunciado nesta semana pelo MME. O
novo modelo também reduzirá as perdas da Petrobras no setor termelétrico,
na medida em que vai melhorar o desempenho operacional das usinas, o que
inclui as três térmicas das quais a Petrobras compra energia e fornece
gás. (Gazeta Mercantil - 23.07.2003) 4 Petrobras não pretende investir em termoelétricas a curto prazo Apesar das
mudanças anunciadas no novo plano do setor elétrico, a Petrobras quer
manter distância de novos projetos nessa área. Conforme o diretor financeiro
da Petrobras, José Gabrielli, a estatal não voltará a investir em termelétricas,
pelo menos a curto prazo. "Nós não vamos participar da construção de outros
projetos além daqueles em que já estamos", afirmou. (Gazeta Mercantil
- 23.07.2003) 5 Petrobras dará prioridade à ampliação da malha de gasodutos O diretor
financeiro da Petrobras, José Gabrielli, enfatizou que a prioridade da
Petrobras na área de gás e energia é a ampliação da malha de gasodutos.
Os investimentos de US$ 1,2 bilhão, do qual participam o Japan Bank for
International Cooperation (JBIC), visam equalizar a demanda do Nordeste
com a oferta existente no Sudeste. (Gazeta Mercantil - 23.07.2003) 6 Preços dos combustíveis não devem sofrer mudanças a curto prazo Quanto aos preços dos combustíveis, não há previsão de mudanças a curto prazo. O diretor financeiro da Petrobras, José Gabrielli, argumentou que os preços internos da gasolina e derivados ao longo deste ano estão compatíveis com a média praticada no mercado internacional. As oscilações conjunturais, segundo ele, foram equilibradas no decorrer dos meses. (Gazeta Mercantil - 23.07.2003) 7 Petrobras anunciou a descoberta de dez áreas de petróleo nesse mês A Petrobras e seus parceiros comunicaram à ANP dez descobertas de petróleo ou gás natural nas três primeiras semanas de julho. O número é 66% superior ao registrado no mês anterior e só perde, em 2003, para o mês de fevereiro, que teve 12 descobertas. O alto volume de descobertas era esperado pelo setor, devido à intensificação na atividade exploratória no mês que antecede a devolução de 22 áreas concedidas pela ANP à estatal antes do fim do monopólio. Em duas semanas, a Petrobras e seus parceiros terão de definir com quais áreas pretendem ficar para produzir petróleo. As descobertas anunciadas à ANP não significam, porém, que há reservas em volumes comerciais nos blocos. Mas são necessárias para que as empresas possam reter as áreas a partir de 6 de agosto, quando vence o prazo exploratório. Serão as primeiras concessões para a produção de óleo e gás depois do fim do monopólio, em 1997. A Petrobras tem parceiros privados em seis destas áreas, entre eles, as gigantes Shell, Chevron Texaco e Total. (Tribuna da Imprensa - 23.07.2003) Economia Brasileira 1 Empresas decidem quitar dívidas no mercado externo Nem todas
as grandes empresas brasileiras têm optado por fazer captações externas
para rolar dívidas em dólar. Há aquelas não-exportadoras, com receitas
em reais, como as teles, elétricas e construtoras, que têm preferido usar
recursos de caixa para quitar a dívida, quando ele está disponível, ou
tentado obter fontes alternativas de recursos em reais. A Telemar Participações
acaba de definir o preço de sua emissão de debêntures, a primeira de mercado
neste ano, de R$ 150 milhões. Vai usar os recursos obtidos mais o seu
caixa para quitar dívida externa de US$ 75 milhões que vence no final
deste mês. A Tele Norte Celular vai usar o caixa para amortizar empréstimo
externo de US$ 8 milhões em setembro, após rolar dívida em real recentemente.
A Cemig vai quitar US$ 150 milhões em dívida externa neste ano utilizando-se
de recursos do BNDES. "Estamos sempre monitorando o mercado. Mas, por
enquanto, não vimos nada que justificasse lançarmos bônus no exterior",
diz João Cox, presidente da Tele Norte Celular, que controla a Amazônia
Celular e a Telemig Celular. Com ampla experiência financeira, Cox explica
que o custo de captação no mercado externo por prazos curtos é mais alto
do que os juros que a empresa recebe ao aplicar seu caixa no país. A razão:
o cupom cambial, taxa para investimentos em dólar no mercado interno,
está desfavorável para a realização de "swaps" (troca) da dívida em dólar
por dívida em reais. (Valor - 23.07.2003) 2 Pacote para o crescimento só sai em agosto O prazo do governo para anunciar o conjunto de medidas e projetos orientados para uma retomada consistente do crescimento econômico é o fim de agosto. A informação é de Marcos Lisboa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Lisboa vinculou o anúncio das medidas à conclusão do Plano Plurianual de investimentos, o PPA, e explicou que o governo está estudando um conjunto "imenso de medidas", muitas das quais envolvendo pequenos desentraves burocráticos. Há grupos discutindo desde questões tecnológicas e de barreiras não-tarifárias ao comércio exterior até projetos de infra-estrutura, informou. Também a política industrial ganhou uma conotação muito mais difusa no quadro traçado por Lisboa em relação a outras declarações já feitas por integrantes do Ministério da Fazenda. Ele enfatizou a necessidade do governo desenhar uma política tecnológica, pois o Brasil tem uma estrutura produtiva que inova pouco. Segundo ele, "a grande maioria das medidas não será nem vertical, nem horizontal. O governo fará o que deve ser feito para aumentar a eficiência produtiva".(Valor - 23.07.2003) 3 Para Furlan, Copom decide hoje pela redução dos juros Na avaliação
do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando
Furlan, o Copom do BC deve decidir hoje pela redução nas taxas de juros,
atualmente em 26%. Apesar da expectativa, Furlan não quis falar o tamanho
da possível diminuição. "O mercado não vai se decepcionar. Todas as pré-condições
para a redução dos juros estão colocadas e minha expectativa é de que
o Copom decida pela diminuição das taxas", afirmou o ministro, ontem,
em Belo Horizonte, durante reunião com representantes da sociedade civil
mineira para discussão do Plano Plurianual do governo federal para o exercício
de 2004 a 2007. Para o ministro, a possível redução da taxa Selic poderá
incrementar a expansão de diversos segmentos da economia que estão estagnados,
sem realizar investimentos, devido ao custo alto do dinheiro no País.
"O grande vetor do crescimento brasileiro tem sido as exportações que
tiveram um crescimento de 30% no primeiro semestre. Agora, precisamos
incorporar outras áreas, a exemplo do comércio e serviços", disse Furlan.
O ministro ainda afirmou que as exportações, somadas ao crescimento do
setor agrícola, garantiram no primeiro semestre deste ano uma expansão
de 1,5% do PIB. "Somente com as exportações, com um aumento de R$ 8 bilhões,
ampliamos nossa riqueza". Para ele, com a aprovação das reformas, o País
estará pronto para um crescimento econômico planejado e sustentado. (Gazeta
Mercantil - 23.07.2003) 4
Juro em 24% reduz dívida pública em R$ 8,6 bi 5 CNI: Há risco de recessão se juros não caírem O país pode entrar em recessão nos próximos meses se não surgirem sinais positivos, como queda da taxa básica de juros, redução dos compulsórios dos bancos, aprovação das reformas previdenciária e tributária e aumento de gastos do governo no segundo semestre. Essa foi a constatação da CNI, na Sondagem Industrial do segundo trimestre de 2003, divulgada ontem. A CNI, diz o presidente da entidade, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), espera que o Copom decida hoje por uma redução de 2,5 pontos percentuais na taxa básica de juros (Selic). "Se não for no mínimo este percentual, nós ficaremos frustrados", disse Monteiro. A opinião é semelhante à do presidente da CUT, Luiz Marinho, que espera um corte de 2,5 pontos percentuais. Já o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, foi mais comedido em sua aposta: "Espero que os juros baixem mais de um ponto percentual, para dar um sinal de crescimento econômico". Pela pesquisa da CNI, realizada com 1.400 empresários, as expectativas do setor industrial pioraram para faturamento, exportação e emprego. Um dos piores sinais é o aumento de estoques, que indica dificuldade de vendas. (O Globo - 23.07.2003) 6 IGP-10 aponta a maior deflação desde 1993 O IGP-10,
divulgado ontem pela FGV, registrou a maior deflação desde que foi criado,
em setembro de 1993. O índice teve queda de 0,73% em julho, maior do que
a deflação de 0,59% de junho. De acordo com Salomão Quadros, coordenador
de análises econômicas da FGV, o resultado aponta que o final do período
de deflação deve demorar mais do que se previa. Os motivos são a aceleração
das quedas dos combustíveis e de alguns alimentos, como o açúcar. O IPA
teve recuo de 1,13% -em junho, a queda fora um pouco maior, de 1,49%.
Já o IPC teve retração de 0,16%, ante uma alta de 0,45% em junho. A taxa
de junho é a primeira negativa desde novembro de 2000 (0,01%) e a menor
desde dezembro de 1998, quando ficara em -0,24%. (Folha de São Paulo -
23.07.2003) O dólar
comercial opera em leve alta neste final de manhã, com volume financeiro
reduzido. Às 11h48m, a moeda americana subia 0,31%, valendo R$ 2,888 na
compra e R$ 2,892 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou os negócios
com ligeira valorização de 0,13%, sendo negociado a R$ 2,8780 na compra
e a R$ 2,8830 na venda. Durante os negócios, a moeda oscilou da mínima
de R$ 2,8740 à máxima de R$ 2,8920. (O Globo On Line e Valor Online -
23.07.2003)
Internacional 1 Juiz decide hoje se prolonga prazo para entrega do plano de reestruturação da Enron A Enron
anunciou, na sexta-feira, que fechou acordo temporário com seus credores
e pediu a um tribunal de falências em Nova York o prolongamento no prazo
para entrega do seu plano de reorganização. A Enron pediu ao juiz de falências
Arthur Gonzalez permissão para entregar o documento até o dia 11 de julho.
Gonzalez deve decidir hoje se aceita o pedido da companhia. (Valor - 23.07.2003) 2 Itália pode ter cortes de energia hoje O operador
do sistema de energia da Itália, GRTN, informou através de seu porta-voz
que a população italiana pode passar por intermitentes cortes de energia
no dia de hoje em função das fortes ondas de calor e da queda na produção
nacional de energia. A escassez de chuvas levou a Enel a cortar a geração
de energia da termoelétrica Porto Tolle, localizada em Rovigo. Ontem,
a termoelétrica funcionou a apenas 35% de sua capacidade devido ao baixo
nível do rio Pó. A usina de Porto Tolle representa 5% da capacidade instalada
de energia na Itália, excluindo importações. (Platts - 23.07.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MME. "Proposta de Modelo Institucional do Setor Elétrico" Brasília, Julho de 2003 Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm
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de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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