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IFE: nº 1.155 - 22 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Novo Modelo: Objetivo é tornar setor mais atrativo através de garantias aos investidores
2 O funcionamento do "pool" dentro do novo modelo
3 Planejamento do setor será feito com projeções de crescimento para 10 e 20 anos
4 Distribuidoras terão de prever crescimento de seus mercados
5 Produtores independentes poderão comercializar energia em ambiente desregulamentado
6 Licitações de novas usinas serão feitas em blocos
7 Dilma: Conceito de sub-mercados deve acabar em 2007
8 Palocci : Novo modelo é positivo mas ainda precisa de aperfeiçoamentos
9 Diminui o interesse de investimentos em PCHs
10 Novo Modelo é discutido na UFRJ

Empresas
1 Eletrobrás define detalhes para leilão de LTs
2 Chesf escolhe parceira para disputar leilão de transmissão
3 Chesf vai modernizar e ampliar usina de Boa Esperança no Piauí
4 Comerc divulga lista de participantes do leilão da Anglo American do Brasil
5 Cemat comprará energia de PCH financiada pelo BNDES
6 Cataguazes nega interesse em comprar Eletropaulo
7 Estrangeiras aguardam novo modelo para decidirem se permanecem no Brasil
8 Alliant admite deixar o país caso performance financeira dos investimentos não melhore
9 Empresas vendem ativos para honrar dívidas que financiaram seus investimentos

10 Situação confortável não impede Duke Energy de adiar construção de 3 térmicas
11 Coelce fecha parceria com corretora de seguros
12 Celesc abre processos de licitação

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Abastecimento pode ser comprometido por falta de investimentos em subtransmissão
2 Região Sul registra alta de 3,26% no consumo na última semana
3 Nível de armazenamento no subsistema Norte registra queda de 0,3%
4 Nível de capacidade do subsistema Nordeste está em 42,14%
5 Índice de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste apresenta redução de 0,14%
6 Capacidade de armazenamento da região Sul está em 61,51%
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE: Liquidação de janeiro deste ano registra adimplência de 97,31%

Gás e Termelétricas
1 Financiamento para Angra 3 pode vir de parcerias da Eletrobrás com iniciativa privada
2 MPX Mineração e Energia realiza captação de US$ 52 mi

Grandes Consumidores
1 Diversificação: Cisa investirá em energia e porto

Economia Brasileira
1 Palocci sinaliza nova redução dos juros
2 Crescimento não tem data marcada, afirma Palocci
3 Prévia do IGP-M indica deflação ao consumidor

4 Mercado prevê IPCA de 10,62% para 2003, aponta Focus
5 Exportação desacelera, mas balança mantém saldo
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Queda nos investimentos pode causar "apagão" na Argentina
2 Contratos de concessão já começaram a ser revistos na Argentina
3 Edesur planeja emissão de US$ 10mi-20 mi em títulos
4 Edesur vai pedir extensão do programa de títulos de médio prazo

 

Reestruturação e Regulação

1 Novo Modelo: Objetivo é tornar setor mais atrativo através de garantias aos investidores

O governo anunciou ontem, oficialmente, as linhas gerais do novo modelo para o setor elétrico. Um dos principais objetivos é tornar o setor atrativo para novos investimentos, já que hoje poucas empresas estariam aptas a receber financiamentos. A garantia para os investidores será os próprios recebíveis das distribuidoras, as contas que elas têm a receber dos consumidores. Uma segunda garantia virá da criação de um fundo composto, em princípio, com recursos do "seguro antiapagão", que poderá ser prorrogado até 2010 e administrado pela Eletrobrás. Esse seguro já vem sendo cobrado desde o ano passado, para pagar as usinas térmicas emergenciais contratadas pelo governo anterior para evitar novos racionamentos. Ele deveria ser extinto em 2006. Com a prorrogação, o governo poderá arrecadar mais R$ 13 bilhões. Esses recursos seriam usados para garantir eventuais inadimplências nos contratos bilaterais entre geradoras e distribuidoras. Essa prorrogação não foi apresentada na reunião de ontem do Conselho Nacional de Política Energética, mas é uma das principais alternativas de recursos para garantir os contratos bilaterais de longo prazo que serão firmados entre distribuidoras e as geradoras que participarem do "pool" de comercialização. (Valor - 22.07.2003)

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2 O funcionamento do "pool" dentro do novo modelo

As relações comerciais serão estabelecidas por contratos bilaterais de longo prazo dentro de um pool, que reunirá geradoras e distribuidoras, cujos contratos serão gerenciados pela figura do Administrador dos Contratos de Energia Elétrica (ACEE). "Nós não estamos propondo um 'pool' centralizado. Será só um administrador dos contratos, não passará por ele nenhuma receita", afirmou a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Além de gerenciar contratos, o administrador incorporará outras funções do MAE, como a contabilização e liquidação de contratos. Os contratos serão assinados diretamente entre as 64 distribuidoras e as geradoras, por um período de 20 anos. O "pool" irá balancear os preços da energia velha (mais barata) das hidrelétricas estatais e a energia nova (mais cara) das usinas privadas. Isso possibilitará que o usuário pague tarifas mais baratas pelo fornecimento. Dilma garantiu que os contratos já fechados serão respeitados, assim como serão mantidas as regras atuais de liberação dos contratos iniciais, que podem ser negociados via contratos bilaterais ou leilões públicos, sem alterar a rentabilidade das distribuidoras no curto prazo. (Valor e Gazeta Mercantil - 22.07.2003)

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3 Planejamento do setor será feito com projeções de crescimento para 10 e 20 anos

Na reunião do CNPE, a ministra Dilma garantiu que o governo Lula retomará as rédeas do planejamento do setor energético. Pelo novo modelo, será criada a Fundação de Estudos e Planejamento Energético (FEPE), que fará as projeções de crescimento do mercado brasileiro em horizontes de 10 e de 20 anos. O novo órgão irá elaborar os planos setoriais e a expansão do setor elétrico, com objetivo de evitar superprodução de energia ou carência do setor. Dois planos de expansão estão previstos no modelo. O primeiro será de longo prazo, com um horizonte de 20 anos, com atualizações a cada quatro anos. O segundo é um plano decenal de médio prazo, que sofrerá revisão anual. A Fepe será responsável também pela criação de uma lista com os empreendimentos no setor que forneçem energia mais barata no momento, o que permitirá que o modelo adeque-se no decorrer dos anos para que o consumidor tenha acesso à tarifas mais baratas. A lista da Fepe será submetida à contestação pública o que, segundo a ministra Dilma Rousseff, dará transparência ao processo. (Valor e Gazeta Mercantil - 22.07.2003)

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4 Distribuidoras terão de prever crescimento de seus mercados

As distribuidoras também serão obrigadas a prever o crescimento dos seus respectivos mercados em períodos de cinco anos. Essas informações serão revistas a cada ano e as distribuidoras poderão ser penalizadas se subestimarem ou superavaliarem esse crescimento. As empresas de distribuição terão que conviver com as geradoras de energia em um ambiente totalmente regulado pelo governo. Por serem monopolistas em seus mercados cativos, as concessionárias de distribuição só poderão comprar energia do "pool". (Valor - 22.07.2003)

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5 Produtores independentes poderão comercializar energia em ambiente desregulamentado

O governo vai manter, paralelamente, um ambiente desregulamentado para comercialização de energia, onde os produtores independentes de energia e os comercializadores poderão vender energia para os consumidores livres, como indústrias e shoppings centers. Os grandes consumidores cativos, com consumo superior a 3 MW, poderão se tornar livres desde que comuniquem a opção à distribuidora a qual estão vinculados com cinco anos de antecedência. (Valor - 22.07.2003)

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6 Licitações de novas usinas serão feitas em blocos

As novas usinas serão licitadas pelo menor preço da energia gerada, e não mais pelo maior valor da outorga, como é atualmente. Mas o governo não vai licitar empreendimentos específicos, e sim, blocos de energia que poderão ser supridos de acordo com o projeto de cada investidor. Mas em caso de interesse estratégico do governo, a licitação poderá ser feita com a especificação do empreendimento. A megausina de Belo Monte, com 8 mil MW no rio Xingú, poderá ser licitada dessa forma, disse Dilma. (Valor - 22.07.2003)

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7 Dilma: Conceito de sub-mercados deve acabar em 2007

Em 2007, segundo a ministra Dilma Rousseff, poderá acabar no Brasil o conceito de sub-mercados, definidos por conta das restrições atuais de transmissão. A ministra disse que, com a implantação da terceira linha de transmissão Norte-Sul, não haverá mais nenhum impedimento para transferência de energia entre as regiões brasileiras (com exceção dos sistemas isolados). Essa linha deverá ser licitada ano que vem. (Valor - 22.07.2003)

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8 Palocci : Novo modelo é positivo mas ainda precisa de aperfeiçoamentos

O novo modelo do setor elétrico ainda depende, para funcionar, de detalhamento e "aperfeiçoamentos", alertou o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, no voto com que aprovou a proposta do ministério das Minas e Energia, no Conselho Nacional de Política Energética. "Dentre os aperfeiçoamentos a serem perseguidos nos próximos meses, certamente se incluirá o entendimento do conceito de equilíbrio econômico-financeiro" comentou o ministro, no voto. Palocci afirmou que a consolidação do novo modelo "apenas começa" com a decisão do CNPE de ontem, e explica essa avaliação, no voto: "pois é no detalhamento deste modelo - ouvidas todas as partes - que se vão jogar os verdadeiros resultados das mudanças sinalizadas hoje". O voto do ministério da Fazenda, embora aponte a necessidade de complemento ao modelo divulgado ontem, parabeniza o ministério das Minas e Energia, e elogia a "clareza" do marco regulatório. Afirma que o novo modelo é "positivo" por criar regras garantindo estabilidade nos preços entre gerador e distribuidor e aumentar a "previsibilidade da oferta" de energia. O voto tem repetidas referências ao fato de que o novo modelo traz de volta a autoridade estatal, por meio do planejamento oficial. (Valor - 22.07.2003)


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9 Diminui o interesse de investimentos em PCHs

No segundo semestre do ano passado, 35% dos investidores que procuraram o CndPCH (Central Nacional de Pequenas Hidrelétricas) eram do próprio setor elétrico. Nos primeiros seis meses deste ano, o percentual caiu para 25%. Jorge Sampaio (CndPCH) diz que, com a paralisação das obras no setor de energia e a devolução de parte das concessões, há uma crescente perda de investidores. Para discutir a questão, dia 21, o setor promove no Rio o Fórum PCH e Investimentos. (Folha de São Paulo - 22.07.2003)

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10 Novo Modelo é discutido na UFRJ

Amanhã, dia 23 de julho, será realizado mais um evento do Ciclo de Seminários sobre Reestruturação do Setor Elétrico promovido pelo Instituto de Economia da UFRJ. Trata-se da palestra de Amilcar Guerreiro da Eletrobrás sobre o tema: "O Planejamento no Setor Elétrico - Tendências e Perspectivas do Novo Modelo". O evento acontecerá às 14:00 na Casa da Ciência da UFRJ no Campus da Praia Vermelha - Urca. Caso deseje participar deste evento, enviar mail para ifes@race.nuca.ie.ufrj.br ou telefonar para Sra Kássia - (21) 3873-5249. (NUCA - 22.07.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás define detalhes para leilão de LTs

O presidente da maior holding estatal brasileira, a Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, reuniu-se no final da tarde de ontem com os presidentes das quatro estatais de geração e transmissão de energia elétrica, Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul, para discutir os detalhes de como vai ser a participação das empresas no leilão para linhas de transmissão a ser realizado em setembro. Segundo informações da assessoria de imprensa da holding e das empresas, nos próximos dias devem ser anunciados os parceiros privados que deverão integrar os consórcios com as empresas federais. As geradoras estatais só terão 49% na participação dos negócios em transmissão. (Gazeta Mercantil - 22.07.2003)

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2 Chesf escolhe parceira para disputar leilão de transmissão

A Chesf definiu ontem a empresa com a qual fechará uma parceria para disputar o próximo leilão de linhas de transmissão da Aneel. Depois de conversar com diversos interessados, a estatal definiu a Companhia Técnica de Engenharia Alusa como sua futura sócia na empreitada. A intenção das duas empresas é de disputar a implantação e operação das linhas Teresina-Sobra-Fortaleza e Camaçari II-Sapeaçu. A Aneel realizará o leilão no dia 23 de setembro. (Jornal do Commercio - 22.07.2003)

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3 Chesf vai modernizar e ampliar usina de Boa Esperança no Piauí

Dentro de um prazo de dois anos, a Chesf deverá concluir a ampliação da capacidade da usina hidrelétrica de Boa Esperança instalada no Rio Parnaíba, no Piauí. Há cerca de duas semanas, a empresa fechou contrato com a multinacional Alstom para a modernização e ampliação da capacidade de geração de duas das quatro turbinas da usina. O investimento ficará em torno de R$ 8 milhões. Atualmente, a Boa Esperança conta com duas turbinas, com capacidade de geração de 70 MW cada, e mais duas com capacidade de 52 MW. Serão, justamente, essas duas últimas que serão modernizadas e ampliadas para gerar 76 MW cada. Com isso, a usina aumentará sua capacidade total de geração para 292 MW. Segundo o diretor de Engenharia da Chesf, José Ailton de Lima, já havia a necessidade de modernização dos equipamento por causa do tempo de funcionamento. Aproveitando esse motivo, a empresa resolveu então lançar a licitação para também aumentar a potência das turbinas. "Além de ampliarmos o nosso parque gerador, estaremos dando mais confiabilidade ao sistema", garantiu o diretor. A usina de Boa Esperança é a única do sistema Chesf instalada no Rio Parnaíba. (Jornal do Commercio - 22.07.2003)

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4 Comerc divulga lista de participantes do leilão da Anglo American do Brasil

A Comerc Comercializadora de Energia Elétrica divulgou a lista prévia com os nomes das empresas que assinaram o termo de adesão para o leilão de compra de energia, que acontece no próximo dia 23 de julho. A Comerc vai intermediar o leilão de compra de 44 MW médios para a unidade em Goiás da Anglo Anglo American do Brasil. O prazo para assinar o documento termina nesta segunda-feira, dia 21 de julho. Por enquanto, oito empresas, entre geradoras e comercializadoras, manifestaram interesse em participar do pregão: Cemig, Cesp, Chesf, CPFL Comercialização, Furnas, Tradenergy, União Comercializadora e Tractebel., subsidiária da Anglo American. (Canal Energia - 21.07.2003)

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5 Cemat comprará energia de PCH financiada pelo BNDES

O BNDES liberará R$ 13,4 milhões para a construção da pequena central hidrelétrica Buriti, localizada no município de Sapezal no Mato Grosso. A usina, que pertence à Hidrelétrica Fockink, receberá um investimento total de R$ 22,1 milhões. Os recursos liberados pelo banco são provenientes do Programa de Apoio Financeiro a Investimentos Prioritários no Setor Elétrico. A PCH terá 10 MW de capacidade instalada e negociará sua produção para a Cemat. A distribuidora fornecerá a energia elétrica para quatros municípios: Sapezal, Campos de Júlio, Comodoro e Campo Novo do Parecis que apresentam crescimento econômico acelerado com a expansão do cultivo de soja. O projeto inclui ainda a construção de uma linha de transmissão com 20 quilômetros de extensão. (Canal Energia - 21.07.2003)

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6 Cataguazes nega interesse em comprar Eletropaulo

A Cataguazes-Leopoldina negou hoje, através de comunicado enviado à Bovespa, que tenha interesse em adquirir o controle da Eletropaulo, como sugerido em nota do jornalista Ricardo Boechat, no Jornal do Brasil de hoje. Segundo a Cataguazes, "não há nenhum fundamento na informação veiculada". Ela afirma que tal aquisição sequer chegou a ser estudada pelo sistema Cataguazes-Leopoldina. O sistema Cataguazes-Leopoldina envolve as distribuidoras Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, que fornece energia para cerca de 289 mil unidades em municípios de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, e a Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (Cenf), que atende a 77 mil unidades no município de Nova Friburgo (RJ). (Valor Online- 21.07.2003)

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7 Estrangeiras aguardam novo modelo para decidirem se permanecem no Brasil

As empresas estrangeiras de energia, lideradas pelas norte-americanas, investiram mais de US$ 20 bilhões no Brasil, apenas nas privatizações, com a expectativa de remeter gordos dividendos às matrizes. A maioria delas teve frustradas suas expectativas. Além de não enviar dinheiro ao exterior como imaginavam, trombou com o apagão e amargou prejuízos sucessivos em suas controladas no país. Agora, aguardam apreensivas o novo modelo para setor. Tem investidor que preferiu não esperar e bateu-se em retirada. Outros, pressionados pelas matrizes que pararam de colocar recursos no Brasil, ameaçam partir. O fato comum é que boa parte das empresas interrompeu projetos em andamento no país e congelou investimentos já programados à espera de definições sobre o novo modelo. As européias Iberdrola, EDP, EDF e Endesa são algumas das que cancelaram os investimentos no Brasil e entre elas já há quem pensa se deve permanecer por aqui. "As empresas não vão embora porque não tem quem compre seus ativos aqui", diz o presidente de uma empresa estrangeira. Hoje, o setor privado detém 23% da geração e 65% da distribuição de energia do país. (Valor - 22.07.2003)

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8 Alliant admite deixar o país caso performance financeira dos investimentos não melhore

Durante o anúncio dos resultados do primeiro trimestre, o CEO da Alliant, Erroll Davis, afirmou que poderá reavaliar o investimento no Brasil dependendo dos resultados obtidos em 2003. "(...) Fizemos progressos operacionais no ano passado. Infelizmente, essa melhora operacional ainda não resultou na melhor performance financeira que esperávamos, dado a vários fatores, inclusive o impacto significativo de maiores custos de juros. Embora não esperemos que nosso investimento no Brasil seja lucrativo em 2003, esperamos melhora significativa em sua performance financeira ao longo do ano. (...) Como já indicamos anteriormente, se não houver melhora na performance financeira dos investimentos até o fim de 2003, vamos reavaliar nosso compromisso com o mercado brasileiro". Se sair do Brasil, a Alliant seguirá os passos de outras americanas que venderam participações ou simplesmente deixaram suas subsidiárias entrar em "default". (Valor - 22.07.2003)

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9 Empresas vendem ativos para honrar dívidas que financiaram seus investimentos

Todas as matrizes norte-americanas foram duramente atingidas pelo escândalo da Enron, em 2001, e pela mudança no mercado. "Hoje há excesso de capacidade, as empresas fizeram um grande volume de investimentos para uma demanda que não se confirmou", afirma o analista Anatol Feygin, do J.P. Morgan Chase. Os investimentos foram financiados por dívida que está vencendo e que as empresas não têm como pagar. Por isso, estão vendendo ativos em todo mundo. O volume de vendas é tão grande que os balanços em 2003 mostram dois resultados diferentes: um das operações que continuarão com as empresas depois da reestruturação e outro para o total das operações no momento do balanço. Quem atua principalmente no "mercado regulado" de energia nos EUA está em melhor situação, como a Duke Energy. Nesse mercado, a demanda por energia é garantida e os preços regulados - portanto, o fluxo de caixa é mais previsível. As que mais sofreram, são justamente as mesmas que fizeram maiores investimentos no Brasil, companhias que obtinham a maior parte das receitas no mercado livre - no qual a energia é produzida sem garantia de compra e leiloada. A Enron era um grande "trader" e tinha 20% desse mercado, onde também estão presentes a Dynergy, AES e El Paso. Embora a Enron tenha quebrado por fraude contábil, a negociação de energia foi duramente atingida pela inadimplência da empresa, num efeito dominó, e a atividade passou a ser vista como de risco excessivo pelos investidores. Hoje os volumes de energia negociados caíram muito. (Valor -22.07.2003)

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10 Situação confortável não impede Duke Energy de adiar construção de 3 térmicas

A norte-americana Duke Energy é quase uma exceção no setor elétrico brasileiro. Isso não quer dizer que ela tenha passado ilesa à crise que abate as companhias do ramo. A diferença é que a sua controladora, de perfil bastante conservador, preferiu pagar o investimento à vista a ter que contrair dívidas para comprar a Paranapanema - cisão da área de geração da Cesp. Desde 1999, a companhia envia dividendos para a matriz. A soma totaliza R$ 272,2 milhões. Mesmo assim, sem dívidas, a Duke reviu sua posição no Brasil. Neste ano, a empresa suspendeu a construção das usinas termoelétricas de Pederneiras (500MW), de Corumbá (MS) e de Puerto Suarez (Bolívia) - as duas últimas de 88 MW cada, ambas em parceria com a Petrobras. O investimentos previstos eram de US$ 400 milhões. Depois do escândalo da Enron, nos Estados Unidos, a Duke ficou mais atenta aos seus investimentos fora do país. O "board" (comando) do grupo está cauteloso sobre as mudanças que estão sendo previstas para o setor elétrico brasileiro. Mas não há orientação de deixar o país. "Em todos os países acontecem mudanças, mas é preciso que, no novo modelo, se tenha flexibilidade e isonomia entre as empresas estatais e as privadas", afirma Born. (Valor - 22.07.2003)

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11 Coelce fecha parceria com corretora de seguros

A Coelce é a mais nova empresa, detentora de um vasto banco de dados, a participar da popularização do seguro. Os mais de 1,6 milhão de consumidores de energia receberão a partir do dia 24 uma oferta juntamente com a conta mensal. Chamado de "Super 3 + 1 Coelce", o pacote oferecerá aos cearenses seguro residencial, seguro de acidentes pessoais, proteção financeira e um título de capitalização. O pacote foi elaborado em parceria com a Marsh Corretora de Seguros, responsável pelo desenho do pacote de serviços. Segundo os cálculos de Patrícia Freire, diretora de vendas de seguros massificados da corretora, se uma pessoa resolvesse adquirir todos esses produtos separadamente iria desembolsar, no mínimo, R$ 10. "Quanto maior é a base de dados, melhor preço conseguimos junto à seguradora", explicou Patrícia. A ACE Seguradora, a 16º maior companhia de seguros do Brasil, é a responsável por garantir o risco assumido no pacote ofertado. A expectativa da Marsh é que o seguro atinja 40% da base de clientes da Coelce, em um período de três anos. (Gazeta Mercantil - 22.07.2003)

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12 Celesc abre processos de licitação

A Celesc abriu seis processos de licitação. Para o dia 30 de julho está previsto o encerramento do processo de construção do alimentador de interligação da subestação Catanduvas à subestação Água Doce. O edital custa R$ 140,00. A licitação que segue até 31 de julho é para compra de medidor eletrônico. O processo de aquisição de ferragens, como parafuso, espaçador e luva emenda, vai até 4 de agosto. A empresa também licita a aquisição de transformador de potência até o dia 14 de agosto. O edital custa R$ 40,00. Para o dia 18 de agosto está previsto o encerramento do processo de aquisição de cabo multiplexado da alumínio. A última licitação é para compra de fio de cobre e cabro de cobre e alumínio. O prazo vai até 19 de agosto. A distribuidora também prorrogou, para 4 de agosto, o prazo de contratação de empresa especializada para realizar manutenção de iluminação pública de São Bento e Campo Alegre. A Celesc ainda revogou a contratação de serviços de corte e religação de fornecimento de energia. (Canal Energia - 21.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Abastecimento pode ser comprometido por falta de investimentos em subtransmissão

A discussão principal do setor elétrico está focada nas possibilidades de ampliação do parque instalado e do sistema de transmissão para evitar o risco de racionamento. Mesmo que o novo modelo consiga viabilizar essas obras, algumas partes do país podem sofrer com desabastecimento por falta de investimento na subtransmissão. Segundo o presidente da Cteep, José Sidnei Colombo Martini, o setor precisa de R$ 995 milhões até 2007, só no estado de São Paulo. "Esse volume representa 38,2% do total de investimento em transmissão necessário, cerca de R$ 2,5 bilhões", informa. Martini afirma que o risco de desabastecimento é causado pela sobrecarga das demais instalações de transmissão (DIT). Pela legislação atual, as distribuidoras têm a responsabilidade de investir em instalações de transmissão com tensão inferior a 230 kV, entretanto, segundo o presidente da Cteep, elas não estão modernizando nem ampliando os equipamentos. O problema é agravado, acrescenta Martini, pois uma subestação atende a várias distribuidoras e isso traz problemas na hora de programar investimentos. "Se a responsável pela modernização de uma unidade tiver outros caminhos para atender sua carga, ela adia as modificações e compromete o abastecimento de outra empresa", afirma. (Canal Energia - 21.07.2003)

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2 Região Sul registra alta de 3,26% no consumo na última semana

A região Sul tem consumo de 5.449 MW médios no últimos domingo, dia 20 de julho, contra previsão de 6.755 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação (PMO), o subsistema registra alta de 3,26% nos últimos sete dias. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 21.473 MW médios, contra previsão de 25.350 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado acumula queda no consumo de 2,53%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o subsistema registra baixa de 7,34% no mesmo período. O Nordeste consumiu 5.182 MW médios, contra PMO de 5.914 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a região está com queda no consumo de 2,9%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o submercado registra baixa de 6,35% no período. O consumo no subsistema Norte chegou a 2.455 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado tem queda de 3,35% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 21.07.2003)

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3 Nível de armazenamento no subsistema Norte registra queda de 0,3%

O submercado Norte teve a maior queda, de 0,3%, chegando a 76,88% do volume. A usina de Tucuruí está com 91,68% da capacidade. (Canal Energia - 21.07.2003)

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4 Nível de capacidade do subsistema Nordeste está em 42,14%

A região Nordeste está com 42,14% da capacidade, volume 23,08% acima da curva de aversão. O índice teve uma queda de 0,12%. A hidrelétrica de Sobradinho está com 36,56% da capacidade. (Canal Energia - 21.07.2003)

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5 Índice de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste apresenta redução de 0,14%

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 69,54% da capacidade, volume 38,12% acima da curva de aversão. O índice teve uma redução de 0,14%. Os níveis das usinas de São Simão e Nova Ponte estão, respectivamente, em 80,26% e 64,07%. (Canal Energia - 21.07.2003)

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6 Capacidade de armazenamento da região Sul está em 61,51%

A capacidade da região Sul está em 61,51%, o que corresponde a um acréscimo de 0,73% em um dia. A usina de G. B. Munhoz registra índice de 56,3%. (Canal Energia - 21.07.2003)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 MAE: Liquidação de janeiro deste ano registra adimplência de 97,31%

A liquidação financeira das operações realizadas no MAE em janeiro de 2003 tiveram índice de adimplência de 97,31%. O volume de recursos envolvidos no processo, concluído nesta segunda-feira, dia 21 de julho, chegou a R$ 28,42 milhões. Na liquidação, realizada pelo Banco Bradesco, apenas duas empresas deixaram de pagar seus débitos. Na próxima quarta-feira, dia 23 de julho, o mercado atacadista realizará a liquidação financeira referente ao mês de fevereiro deste ano e na sexta-feira, dia 25 de julho, será do mês de março. Segundo o presidente do Conselho de Administração do MAE, Antônio Carlos Fraga Machado, o resultado demonstra que o mercado funcionará normalmente, com transparência e regularidade. (Canal Energia - 22.07.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Financiamento para Angra 3 pode vir de parcerias da Eletrobrás com iniciativa privada

A Eletrobrás busca parceria com a iniciativa privada para financiar o projeto da usina nuclear de Angra 3. Segundo o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, o governo não tem "nenhuma condição financeira" de iniciar as obras, estimadas pelo mercado em US$ 1,8 bilhão. Por isso, Pinguelli já se reuniu com empresários de vários setores para discutir o projeto. A idéia é criar uma empresa que seja dona da energia gerada pela usina, já que a geração nuclear de energia é monopólio da União, impedindo a participação de companhias privadas no capital de Angra 3. "O reator de Angra 3 seria da Eletronuclear, mas essa empresa espelho teria um contrato específico, de maneira que a energia ficaria a cargo dela. Com isso, eu poderia ter investimentos que facilitassem compor uma solução financeira para a retomada de Angra 3, que na situação atual é impossível", explicou Pinguelli. (Estado de São Paulo - 22.07.2003)

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2 MPX Mineração e Energia realiza captação de US$ 52 mi

A MPX Mineração e Energia obteve financiamento de US$ 52 milhões para arcar com os custos da compra de parte dos equipamentos da Termelétrica Ceará, que entrou em operação em maio de 2002. A usina, que tem 220 MW de capacidade instalada, recebeu investimentos de US$ 125 milhões. O diretor Financeiro da empresa, Marcelo Cheniaux, informa que os recursos foram captados com os bancos Exim Bank e BNP. Atualmente, a usina não está operando em tempo integral. "A Termoceará despacha energia elétrica de acordo com as necessidades da Petrobras Energia ou do ONS", conta Cheniaux. O diretor diz que, no momento, não há negociações para venda de energia elétrica para as distribuidoras, entretanto não descartou contratos com as empresas no futuro. Em relação à venda da usina para a Petrobras, ele preferiu não comentar o assunto, limitando-se a afirmar que há um tempo atrás havia mais procura para a negociação. (Canal Energia - 21.07.2003)

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Grandes Consumidores

1 Diversificação: Cisa investirá em energia e porto

Mais de US$ 120 milhões destinados à infra-estrutura, basicamente energia e transportes, já seriam suficientes para destacar qualquer empresa no atual cenário de investimentos escassos. Mas o que chama atenção no projeto de construção da termoelétrica de Petrolina (PE) e de um terminal privado em Vitória (ES) é que os recursos saíram da Cisa Trading, uma das maiores importadoras do país. Fora do seu foco principal de atividade, a diversificação mostra como a empresa se prepara para entrar firme nas exportações. (Valor - 22.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Palocci sinaliza nova redução dos juros

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, sinalizou que o Copom deve promover uma nova redução de juros na reunião que ocorre de hoje até amanhã. "No mês passado, o Copom já começou a reduzir os juros. Se a inflação continuar caindo, esse movimento pode continuar", afirmou Palocci. As declarações do ministro convergem com as expectativas do mercado financeiro. Em seus informes diários, bancos e consultorias são praticamente unânimes em apontar que os juros cairão. Os últimos indicadores de inflação, avaliam alguns analistas, concedem margem para redução. Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, nos últimos 30 dias encerrados no dia 15 houve deflação de 0,35% na cidade de São Paulo. O resultado fez a Fipe rever a estimativa de inflação de julho: deverá ficar próxima de zero. Ontem, a segunda prévia de julho do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), da FGV, acusou deflação de 0,35%. O IPC, um dos três índices que compõem o IGP-M e verifica os preços no varejo, apresentou a primeira deflação para uma segunda prévia desde novembro de 2000 (-0,08%). (Folha de São Paulo - 22.07.2003)

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2 Crescimento não tem data marcada, afirma Palocci

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou ontem que "o espetáculo do crescimento" não tem data marcada para começar. "Crescimento não tem ato inaugural, data marcada". É marcado por um início de processo em que as condições fundamentais para impedir a explosão inflacionária podem se colocar de maneira mais amena, hoje. Se a inflação continuar caindo, esse movimento pode continuar", disse o ministro. A expressão "espetáculo do crescimento" foi usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 26 de junho, no mesmo auditório do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço do PT e da sua trajetória sindical. Naquele dia, Lula havia prometido a uma platéia de mais de 350 participantes da solenidade de abertura do Congresso dos Metalúrgicos do ABC que tal espetáculo começaria este mês. O problema é que a espera está colocando em xeque a expressão que Lula gostaria de ver materializada no seu primeiro ano de governo. A oposição, especialmente o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não perdeu tempo e atacou na quinta-feira o Governo petista ao lançar o documento "O espetáculo da recessão já começou". Nele, extrapolam adjetivos na avaliação dos seis meses do Governo petista, tais como "a reforma da Previdência é equivocada", "a tributária é acanhada" e o "espetáculo do crescimento anunciado por Lula trata-se apenas de mais uma das vãs promessas do PT (ou das bravatas do presidente)". (Jornal do Commercio - 22.07.2003)

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3 Prévia do IGP-M indica deflação ao consumidor

A queda generalizada dos preços, já verificada no atacado, chega agora ao consumidor. É o que mostra a segunda prévia de julho do IGP-M, divulgada ontem pela FGV, que apontou deflação de 0,35%. Em igual período de junho, a redução dos preços havia sido mais intensa: 0,66%. Segundo a FGV, o IPC registrou sua primeira deflação em uma segunda prévia desde novembro de 2000. Houve queda de 0,08%, ante 0,03% naquele período. Na segunda prévia de junho, o índice havia subido 0,17%. No varejo, as principais reduções ocorreram nos preços dos alimentos e dos itens de transportes, grupo beneficiado pelas quedas da gasolina e do álcool. Sob influência da safra recorde e do recuo do dólar, os alimentos caíram, em média, 0,95% e intensificaram a redução dos preços já verificada em junho (-0,18%). (Folha de São Paulo - 22.07.2003)

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4 Mercado prevê IPCA de 10,62% para 2003, aponta Focus

O mercado financeiro voltou a reduzir, pela sétima semana seguida, a projeção média para o índice oficial de inflação no ano. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas do mercado para o IPCA deste ano caiu de 10,81% para 10,62%. Depois de subir na semana retrasada, a projeção média do mercado financeiro para a inflação oficial acumulada nos próximos 12 meses voltou a cair. Segundo a pesquisa Focus, do BC, agora a mediana das expectativas dos analistas aponta IPCA de 7,04%. Na semana retrasada, a mediana era de 7,16%. Para os demais índices analisados, as estimativas caíram. Para o IGP-DI, a previsão baixou de 7,68% para 7,17%. Para o IGP-M, o mercado prevê inflação de 6,94% nos próximos 12 meses (estimava 7,31% na semana retrasada). Para o IPC da Fipe, a expectativa baixou de 6,78% para 6,23%. (O Globo - 22.07.2003)

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5 Exportação desacelera, mas balança mantém saldo

O saldo da balança comercial brasileira ficou em US$ 250 milhões na terceira semana de julho, elevando o superávit acumulado no ano para US$ 11,375 bilhões. As exportações na semana passada somaram US$ 1,262 bilhão e apresentaram, pela terceira semana consecutiva, tendência de queda nos embarques diários médios. Nesse último levantamento, o valor das vendas externas foi de US$ 252,4 milhões por dia útil. O volume de importação na semana subiu e atingiu US$ 1,012 bilhão. A análise feita pelo governo destaca o aumento das vendas na semana de produtos manufaturados (7%), enquanto caíram as exportações de produtos básicos (-0,9%) e de semimanufaturados (-47%). De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, o desempenho da balança na semana passada ficou 34,38% abaixo do registrado na segunda semana do mês, quando o saldo atingiu US$ 381 milhões. No acumulado em 12 meses, o saldo da balança comercial está superavitário em US$ 20,939 bilhões. Comparado com o mesmo período anterior, quando o resultado foi de US$ 6,301 bilhões, percebe-se um aumento de 232% do saldo. O acumulado de exportações em 12 meses estava em US$ 55,273 bilhões, frente aos US$ 67,887 bilhões deste último período, o que significa crescimento de ou 23%. Já as importações no mesmo período passaram de US$ 48,972 bilhões para os atuais US$ 46,948 bilhões, queda de 4,1%. (Valor - 22.07.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

A possibilidade de queda dos juros básicos da economia domina as discussões no mercado financeiro, que trabalha em compasso de espera. O dólar à vista alternou tendências e fechou a manhã praticamente estável (alta de 0,03%), cotado a R$ 2,877 na compra e R$ 2,880 na venda. Ontem, no término dos negócios, o dólar comercial registrava queda de 0,34% e era negociado a R$ 2,8760 na compra e a R$ 2,8790 na venda. Durante os negócios, a moeda oscilou da máxima de R$ 2,9030 à mínima de R$ 2,8740. (O Globo On Line e Valor Online - 22.07.2003)

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Internacional

1 Queda nos investimentos pode causar "apagão" na Argentina

A paralisia dos investimentos em serviços básicos como o fornecimento de energia elétrica pode provocar desabastecimento ou até um apagão na Argentina. O alerta foi feito pela Adeera (Associação das Distribuidoras de Energia Elétrica), que concentra as maiores empresas do setor. O aviso serve também para o fornecimento de água e gás. Segundo Cláudio Bulacio, analista de projetos e investimentos da Adeera, a crise econômica somada ao congelamento das tarifas, em janeiro de 2002, praticamente impossibilitou a realização de novos investimentos. "A renda das empresas não cobre nem os custos. Gasta-se apenas com manutenção, e esse comportamento pode resultar em desabastecimento", afirmou. Segundo dados da Adeera, para acompanhar a demanda pelos serviços de energia, que cresce em média 3% ao ano, seriam necessários investimentos de, no mínimo, US$ 1 bilhão por ano. Um reajuste das tarifas seria, segundo as empresas, uma das alternativas para inverter essa situação. O governo, no entanto, não autoriza o aumento e diz que a revisão tarifária será feita após a negociação dos contratos de privatização, assinados na década de 90 e que estariam defasados. A Edesur, empresa responsável pelo fornecimento da cidade de Buenos Aires, por exemplo, cortou gastos. Entre 1992 e 2001, a média anual de investimentos era de US$ 120 milhões. Caiu para US$ 25 milhões em 2002. (Folha de São Paulo - 22.07.2003)

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2 Contratos de concessão já começaram a ser revistos na Argentina

O Ministério da Planificação da Argentina (equivalente ao Planejamento brasileiro) já começou a rever os 61 contratos de concessão assinados durante o governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-1999). O prazo para conclusão das revisões é 31 de dezembro de 2004, com exceção das rodovias e dos transportes públicos, que devem estar terminadas até de 31 de outubro. O governo vai rever os contratos de 15 concessionários de rodovias e serviços como trens metropolitanos e ônibus urbanos. A intenção é eliminar os subsídios públicos dados a essas empresas para financiar investimentos e que consomem 0,5% do PIB. O objetivo é fazer os gastos com manutenção serem de responsabilidade total das empresas. (Folha de São Paulo - 22.07.2003)

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3 Edesur planeja emissão de US$ 10mi-20 mi em títulos

A distribuidora argentina Edesur planeja emitir de US$ 10 milhões a US$ 20 milhões em títulos para oferta a fundos de pensão locais até o final do ano, disse o gerente financeiro da empresa, Ignácio Uranga. Os fundos de pensão "possuem uma grande quantia em dinheiro que estão colocando em títulos do governo e outros instrumentos de retorno fixo", disse Uranga, acrescentando que as negociações entre a Edesur e os fundos já estão em andamento. A quantia será relativamente pequena e o prazo de vencimento relativamente curto, porque a emissão seria a primeira da Edesur desde a crise financeira da Argentina e a empresa quer que ela seja simples, de forma a compensar, disse Uranga. Os detalhes da emissão ainda não foram resolvidos. "Estamos pensando em algumas alternativas diferentes no mercado local", disse Uranga. (Business News Americas - 21.07.2003)

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4 Edesur vai pedir extensão do programa de títulos de médio prazo

A Edesur pretende pedir aos acionistas que concordem em estender o programa de títulos de médio prazo da empresa, no valor de US$ 450 milhões, por mais cinco anos. Nenhum título foi emitido pelo programa e toda a dívida de US$ 200 milhões da Edesur é com bancos. Oitenta e cinco por cento da dívida está em dólares americanos e os 15 restantes em pesos argentinos, e a dívida total vence no curto prazo. A extensão da duração do programa de títulos daria à empresa uma outra opção de financiamento, caso seja necessário, disse Ignácio Uranga. A Edesur não tem planos de aumentar sua divida bancária, ele acrescentou. A Enersis, holding chilena do setor de energia, controla a Edesur, que atende mais de dois milhões de clientes no sul de Buenos Aires. (Business News Americas - 21.07.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
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