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IFE: nº 1.151 - 16 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Estudo para reformulação de agências reguladoras está concluído
2 Estudo do Ipea aponta falhas de agências reguladoras
3 Produtores estranham idéia de comercializar energia de fontes alternativas no pool
4 APMPE: Comercialização de energia no pool seguiria mesma filosofia que na Eletrobrás
5 Estatais federais divulgam integrantes de consórcios na próxima semana

Empresas
1 Eletrobrás: Sugestões para transposição do rio São Francisco são apresentadas ao governo
2 Light e credores não chegam a acordo
3 BNDES nega ter recebido comunicado da Light sobre suspensão de pagamentos
4 Eletrosul participará do leilão de LTs
5 Aneel aprova programa de P&D da Cosern do ciclo 2002/2003
6 Guaraniana aprova aumento do capital social em R$ 90 mi

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra queda de 2,71% no consumo
2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com 70,62%
3 Subsistema Sul registra 57,81% da capacidade
4 Capacidade do subsistema Nordeste chegou a 43,23%
5 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 78,56%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras: Gás natural mais baixo somente com êxito nas negociações com a Bolívia

Grandes Consumidores
1 Abrace esclarece dúvidas quanto ao leilão de excedentes
2 BNDES e Petrobras participam de reestruturação do setor petroquímico

Economia Brasileira
1 Legislação para PPP deverá ficar pronta em até 60 dias, diz Mantega
2 São Paulo trabalha para incentivar parceria público-privadas
3 Lula aos espanhóis: investir na América do Sul é bom negócio

4 Acordo com FMI requer regra nova, diz Palocci
5 Palocci: Plano de incentivo ao crescimento
6 Indústria de São Paulo volta a demitir
7 IGP-M menor
8 IPC-S apresenta deflação de 0,24%
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Mirant entra com pedido de concordata

Biblioteca Virtual do SEE
1 ABRACE. Leilões de Excedentes São Paulo, Julho de 2003 - 12 páginas
2 World Bank. Brazil: Equitable, competitive, sustainable – contribuitions for debate. Washington: Maio de 2003. – 107 páginas.

 

Reestruturação e Regulação

1 Estudo para reformulação de agências reguladoras está concluído

O governo concluiu os estudos para alterar o funcionamento das agências reguladoras. A proposta com as mudanças já está com o ministro José Dirceu (Casa Civil) e será apresentada ao presidente Lula nos próximos dias. Caso o presidente aprove integralmente as sugestões, serão enviados ao Congresso, até novembro, dois projetos de lei: um para definir as responsabilidades e limites das atribuições das agências, e outro para tratar do quadro de pessoal. Pela proposta, os diretores das agências reguladoras terão sua estabilidade no cargo vinculada ao cumprimento de metas de contratos de gestão a serem assinados com os ministérios aos quais as agências estão vinculadas. O subchefe para assuntos governamentais da Presidência da República, Luiz Alberto dos Santos, coordenador do grupo interministerial que elaborou as mudanças, disse que teriam de ser criados índices de desempenho setorial para avaliar o cumprimento dessas metas. Ainda de acordo com ele, não há recomendação para a definição do prazo de duração dos mandatos dos diretores de agência. No entanto, há estudos que indicam que os mandatos devem ser de quatro anos, coincidentes entre si e com o do presidente da República. Segundo Santos, os funcionários das agências deverão ser contratados com estabilidade. Ainda está sendo feito um levantamento para definir quantas vagas deverão ser ocupadas por concurso. Com relação ao novo modelo de funcionamento, as agências deixam de ser as principais responsáveis pelos contratos de concessão dos serviços públicos, mas poderiam auxiliar tecnicamente os ministérios. (Folha de São Paulo - 16.07.2003)

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2 Estudo do Ipea aponta falhas de agências reguladoras

O "boom" das agências reguladoras durante o governo Fernando Henrique Cardoso não foi acompanhado de um marco regulatório abrangente para guiar a criação e as atividades delas. O fato foi apontado no estudo "A Reforma Regulatória na Infra-Estrutura Brasileira: Onde Estamos?", do economista Armando Castelar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e pode ter contribuído para o enfraquecimento delas. O economista, que considera as agências importantes para atrair investimentos privados, diz que "é necessário preparar o Judiciário para lidar com disputas concernentes à regulação dos setores de infra-estrutura". Castelar aponta outros fatores que atuaram para enfraquecer as agências. Um deles, ocorrido em diversos setores, foi a privatização de empresas antes da criação da agência reguladora. Outro fator foi a implantação do órgão regulador antes de um modelo regulatório para o setor, como a criação da Agência Nacional de Águas (ANA), criada em 2001, sem uma legislação que defina se a competência sobre o setor de água e saneamento é dos Estados ou dos municípios. Armando Castelar cita ainda, como tendo afetado negativamente a credibilidade das agências, a privatização parcial, com empresas que permaneceram estatais descumprindo decisões das agências, como ocorreu no setor elétrico. (Estado de São Paulo - 16.07.2003)

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3 Produtores estranham idéia de comercializar energia de fontes alternativas no pool

A possibilidade de a energia produzida pelas fontes alternativas, beneficiadas pelo Proinfa, ser comercializada no pool e não pela Eletrobrás, causou estranheza para alguns produtores do segmento. Para esses executivos, a possível idéia é conflitante com as últimas decisões do governo, que iniciou consulta pública para definição de valores econômicos para cada fonte alternativa. Segundo Onório Kitayama, coordenador da Área de Cogeração da Unica (União da Agroindúatria Canavieira de São Paulo), a intenção de incluir o Proinfa no pool não chegou a ser mencionada na última reunião que teve com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Na avaliação do executivo, embora a medida não seja oficial, a possibilidade de inserir o programa no pool de contratação de energia pode significar um adiamento da implantação efetiva do Proinfa. Isso porque, explica ele, o novo modelo para o setor ainda está em fase de elaboração pelo governo, mas sem uma data clara para ser divulgado. A previsão é que o governo anuncie a proposta ao mercado ainda este mês, mas a implantação do novo modelo depende de aprovação no CNPE. "Se essa possibilidade se confirmar, ela é conflitante, já que o governo deu indicações de que dará continuidade ao cronograma estabelecido no programa", afirma. (Canal Energia - 15.07.2003)

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4 APMPE: Comercialização de energia no pool seguiria mesma filosofia que na Eletrobrás

Para Paulo Celso Guerra Lage, vice-presidente da APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica), apesar de a informação não ser oficial, a idéia de comercializar a energia produzida por fontes alternativas no pool segue a mesma filosofia do previsto na lei nº 10.438, que determina a venda dessa energia para a Eletrobrás. De acordo com Lage, a única diferença é que, pela Eletrobrás, a energia proveniente de fontes alternativas seria comercializada a um valor pré-determinado. "Já no pool, não saberíamos dizer como seria feita essa operação", comenta. O executivo diz ainda que a associação está tentando agendar uma audiência com a equipe do MME para discutir alguns pontos da consulta pública e, se possível, saber detalhes da real possibilidade de transferir a comercialização para o pool de contratação. (Canal Energia - 15.07.2003)

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5 Estatais federais divulgam integrantes de consórcios na próxima semana

As estatais federais devem divulgar os nomes das empresas selecionadas para formarem consórcios que participarão do leilão de linhas de transmissão a partir da próxima semana. Na semana passada, terminou o prazo para as empresas privadas encaminharem proposta de interesse em firmar parceria com as concessionárias. Agora, as companhias iniciam o processo de entrevistas com os investidores. O leilão acontecerá na Bovespa, no dia 23 de setembro. A Chesf, por exemplo, conclui essa etapa nesta quarta-feira, dia 16 de julho. Ao todo, 19 empresas manifestaram interesse em participar do consórcio com a estatal. Entre as candidatas aparecem Luminar, Alusa, Schahin, Camargo Corrêa e as espanholas Abengoa e Elecnor. A Chesf tem interesse nas linhas Teresina/Sobral/Fortaleze (PI/CE) e Camaçari/Sapeaçu (BA). Outra empresa que também cumpre o processo de entrevistas é a Eletronorte, que tem interesse na linha Coxipó/Cuiabá/Rondonópolis (MT). A previsão é que no dia 25 de julho a companhia já tenha o nome da empresa escolhida para o consórcio. Serão leiloados um total de 11 trechos, divididos em oito lotes, totalizando 1.787 quilômetros de linhas para a rede básica. (Canal Energia - 15.07.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás: Sugestões para transposição do rio São Francisco são apresentadas ao governo

O grupo Eletrobrás confirmou apoio ao projeto do governo de transposição do Rio São Francisco, mas quer adaptações e melhorias. A posição foi fechada na última segunda-feira, dia 14 de julho, durante reunião do Conselho Superior do Sistema Eletrobrás (Consise), em Recife, e foi levada pelo presidente da Chesf, Dilton da Conti, ao ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, em reunião nesta terça, dia 15. No encontro, que ocorreu em Brasília, foram expostas as principais sugestões levantadas ontem pelos presidentes das empresas que compõem a holding estatal de energia elétrica. O grupo decidiu pelo apoio à iniciativa do governo em atender projetos de irrigação na região Nordeste, condicionados a aperfeiçoamentos na proposta original. Entre as melhorias que serão sugeridas ao ministro está a ampliação do escopo da transposição, incluindo o atendimento de áreas dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. A Eletrobrás também quer inserir no projeto a revitalização do Rio São Francisco, além da criação, a longo prazo, de mecanismos de compensação para a perda de energia das usinas da Chesf, através de novas vazões. (Canal Energia - 15.07.2003)

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2 Light e credores não chegam a acordo

A Light e seus credores continuam num impasse sobre o pedido oficial de adiamento de pagamento de dívidas feito pela companhia de energia em 30 de junho, quando a empresa deixou de pagar R$ 400 milhões. O pedido solicitava a um grupo de bancos privados a extensão do prazo de pagamento do débito para 30 de setembro. Até agora, porém, não houve acordo entre as partes. Os 14 bancos envolvidos num empréstimo sindicalizado à Light, de US$ 200 milhões, liderados pelo Citigroup e pelo Santander, mais o Unibanco, não atenderam até agora a solicitação da empresa de extensão de pagamento por 90 dias porque a devedora ainda não lhes deu informações sobre o direcionamento que está dando a sua situação financeira. Até agora, as instituições não consideram oficialmente a companhia em default. Quando isto ocorrer, os bancos terão de provisionar 100% dos seus débitos em balanço. E é justamente isso que eles não querem fazer. Os bancos criaram um comitê especial para cuidar do caso e mandaram carta para a Light. Nesse documento, eles insistem em obter notícias das providências que a empresa ou sua controladora EDF estariam tomando. (Valor - 16.07.2003)

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3 BNDES nega ter recebido comunicado da Light sobre suspensão de pagamentos

Ontem, o BNDES negou ter recebido qualquer comunicado da Light informando sobre a suspensão de pagamentos da dívida da empresa à instituição oficial. O presidente do banco, Carlos Lessa, havia manifestado em entrevista disposição de provisionar o total dos débitos da companhia junto ao banco, mesmo admitindo que eles não são de alto vulto. (Valor - 16.07.2003)

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4 Eletrosul participará do leilão de LTs

A Eletrosul foi autorizada a participar do leilão da Aneel, que vai incluir sete lotes de linhas de transmissão. A empresa vai disputar três lotes localizados em sua área de abrangência. O leilão será realizado dia 23 de setembro, na Bovespa. A Eletrosul estava impedida de participar de leilões por fazer parte, desde 1990, do Plano Nacional de Desestatização (PND). Os lotes são importantes para o abastecimento da região Sul e vão exigir investimentos de R$ 800 milhões. O governo vai dar o contrato das obras leiloadas para as empresas que oferecerem o serviço pelo menor custo aos consumidores. (Jornal de Santa Catarina - 16.07.2003)

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5 Aneel aprova programa de P&D da Cosern do ciclo 2002/2003

A Cosern investirá cerca de R$ 1,21 milhão no programa de pesquisa e desenvolvimento relativo ao ciclo 2002/2003. O valor representa 0,25% da receita operacional líquida da distribuidora, que chegou a R$ 483,8 milhões no período. Segundo o decreto da Aneel, publicado no Diário Oficial da União na última segunda-feira, dia 14 de julho, a empresa terá que concluir as metas físicas dos projetos até 31 de julho de 2004. (Canal Energia - 15.07.2003)

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6 Guaraniana aprova aumento do capital social em R$ 90 mi

A Assembléia Geral Extraordinária da Guaraniana aprovou o aumento de capital em R$ 90 milhões da holding ( da área de telecomunicações e energia ) de mesmo nome. O aumento foi feito mediante a emissão de cerca de 111,4 milhões de ações ordinárias, sem valor nominal, a serem integralizadas nesta terça-feira, dia 15 de julho. Com a emissão, o capital da empresa passará para R$ 4,6 bilhões. O fato relevante foi assinado por Gilson Veloso Prado, diretor de Relações com Investidores da Guaraniana, e encaminhado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta terça-feira. (Canal Energia - 15.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra queda de 2,71% no consumo

O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 24.721 MW médios na última segunda-feira, dia 14 de julho, contra previsão de 25.350 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema registra queda de 2,71% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o submercado acumula baixa de 7,5% no mesmo período. O consumo no Sul foi de 7.169 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação (PMO), a região está com alta de 2,45% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 5.778 MW médios, contra previsão de 5.914 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região tem baixa de 2,39% no consumo. Em relação ao programa mensal de operação, o submercado registra queda de 5,86% no período. No Norte, o consumo chegou a 2.851 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O submercado registra queda baixa de 0,18% em relação ao PMO no período.(Canal Energia - 15.07.2003)

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2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com 70,62%

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 70,62%, uma redução de 0,14% em um dia. O volume está 23,58% acima da curva de aversão ao risco. As hidrelétricas de Itumbiara e Furnas apresentam índice de 88,77% e 89,68%, respectivamente.(Canal Energia - 15.07.2003)

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3 Subsistema Sul registra 57,81% da capacidade

Os reservatórios do subsistema Sul estão com 57,81% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,18%. A usina de G. B. Munhoz está com índice de 49,79%.(Canal Energia - 15.07.2003)

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4 Capacidade do subsistema Nordeste chegou a 43,23%

O subsistema Nordeste registra 43,23% da capacidade, volume 23,58% acima da curva de aversão ao risco. O índice caiu 0,19%. A usina de Sobradinho está com 37,75% da capacidade.(Canal Energia - 15.07.2003)

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5 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 78,56%

Com uma redução de 0,3%, a capacidade do subsistema Norte chegou a 78,56%. O nível da hidrelétrica de Tucuruí está em 93,33%.(Canal Energia - 15.07.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras: Gás natural mais baixo somente com êxito nas negociações com a Bolívia

A Petrobras só deve baixar o preço do gás natural, distribuído para consumidores e empresas por encanamentos, se conseguir negociar um valor menor com as empresas que vendem o produto importado da Bolívia. Segundo o diretor de Gás da estatal, Ildo Sauer, a empresa está pagando mais para as companhias bolivianas do que cobra para as distribuidoras do Brasil. ''Não aumentamos em nada, mas também não podemos mexer no preço, porque há essa diferença de custo. A expectativa é que a negociação com a Bolívia nos permita reduzir mais'', afirmou Sauer. (O Imparcial - 16.07.2003)

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Grandes Consumidores

1 Abrace esclarece dúvidas quanto ao leilão de excedentes

A Abrace produziu uma cartilha para esclarecer dúvidas sobre o leilão de excedentes de energia. A aposta é que até a próxima semana a Aneel aprove a resolução e o edital do leilão. Clique aqui para ler a cartilha na íntegra. (Folha de São Paulo - 16.07.2003)

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2 BNDES e Petrobras participam de reestruturação do setor petroquímico

A reestruturação do setor petroquímico está sendo discutida em dois pilares do governo brasileiro: a Petrobras e o BNDES. No banco, segundo o diretor da área de Indústria, Maurício Borges Lemos, a idéia é coordenar o processo de troca de ativos entre as empresas do setor, de modo que surjam dois grandes grupos capazes de garantir a competição da indústria petroquímica num mercado globalizado. Esta seria a forma considerada mais viável para permitir novos investimentos e reduzir o déficit comercial do setor petroquímico, de cerca de US$ 5 bilhões. "Estamos definindo caminhos pelos quais seja possível capitalizar as empresas endividadas. Seria bom termos dois grandes grupos na petroquímica", disse Borges Lemos. Para isso, o BNDES atuará como coordenador do processo, ao lado da Petrobras. O banco tem participações acionárias em empresas do setor, e sua carteira de financiamentos em curso às empresas petroquímicas ultrapassa R$ 3 bilhões. A idéia é utilizar essa participação, hoje pulverizada, como instrumento para tornar viável a operação batizada de "descruzamento". Entre as alternativas discutidas estão, pelo menos, duas possibilidades: uma é a conversão das debêntures pertencentes ao BNDES em ações dos grupos petroquímicos, e a outra é a conversão dos créditos concedidos às companhias em participações no capital. "Vamos entrar como variável de ajuste patrimonial. Pode até ser que, no fim das contas, não tenhamos desembolsado um tostão", disse Borges Lemos. (Gazeta Mercantil - 16.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Legislação para PPP deverá ficar pronta em até 60 dias, diz Mantega

O Ministério do Planejamento pretende, entre 30 a 60 dias, publicar a legislação específica que contemple as Parcerias Público-Privadas (PPP). Já o fundo de financiamento para infra-estrutura começa a ganhar corpo. Além de tentar ampliar a linha de US$ 5 bilhões aberta pelo BID para investimentos no setor, o governo trabalha para que o banco seja o avalista do fundo. O BNDES, cujo orçamento pode destinar mais de R$ 12 bilhões em recursos para a infra-estrutura, também terá papel importante. "Outra parte dos recursos virá dos recebíveis das obras a serem feitas. E, quando a remuneração não atrair investidores, o Estado bancará uma rentabilidade mínima", disse o ministro do Planejamento, Guido Mantega. O governo tem pressa para pôr em prática o fundo. Para colocar o país na rota do desenvolvimento sustentável, é fundamental investir em infra-estrutura e desatar os gargalos, mais visíveis no setor elétrico. Estimativas de empresários calculam que as necessidades de investimentos em infra-estrutura sejam de US$ 20 bilhões por ano. (Valor - 16.07.2003)

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2 São Paulo trabalha para incentivar parceria público-privadas

O governo paulista também trabalha para criar mecanismos de financiamento entre iniciativa privada e setor público no Estado. "A pergunta que se faz é quanto de investimento público pode alavancar o privado", disse o governador Geraldo Alckmin. O governo paulista entregou a Mantega um conjunto de dados e projetos que poderão ser tocados na área de infra-estrutura no Estado entre 2004 e 2007. Alckmin citou como importantes, até como forma de elevar o escoamento das exportações, a ampliação dos aeroportos de Cumbica e Viracopos, do porto de São Sebastião, e melhorias nas rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt. Dois outros projetos estão na lista do governador: o Ferroanel e o Rodoanel. Juntas, as duas obras viárias têm papel importante na estratégia do Estado de escoar sua produção para o exterior. A intenção é reduzir a participação das rodovias, como meio principal de transporte de produtos dos hoje, para perto de 60% até 2020. Hoje, elas são responsáveis por 93% da circulação de bens em São Paulo. (Valor - 16.07.2003)

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3 Lula aos espanhóis: investir na América do Sul é bom negócio

Em discurso para empresários espanhóis na manhã de hoje, em Madri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu investimentos da iniciativa privada do país "para a construção de uma América do Sul mais próspera". Na sede da Confederação Espanhola das Organizações Empresariais, Lula disse aos empresários locais que "estarão fazendo um bom negócio" investindo nos países sul-americanos. Seu discurso foi bem recebido. Ouviu do presidente da Confederação das Organizações Empresariais, Luis María Cuevas, que "o Brasil recuperaria o caminho do crescimento" durante seu governo. A Espanha é o maior investidor europeu no Brasil, com mais de US$ 30 bilhões aplicados no setor de telecomunicações, bancário e de energia. Os setores em que a comitiva brasileira espera que os investidores espanhóis tenham interesse no país são, essencialmente, os de energia elétrica, saneamento básico, rodovias e telecomunicações. (Agência Folha - 16.07.2003)

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4 Acordo com FMI requer regra nova, diz Palocci

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, admitiu ontem que se for necessário fazer um novo acordo com o FMI o governo vai querer discutir "novas regras". Ele manifestou-se favorável a uma flexibilização do mecanismo que impede os municípios adimplentes de obter novos empréstimos para investimentos. A pergunta para Palocci sobre o acordo com o FMI foi provocada por uma conversa que os governadores da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), tiveram com Lula, durante o vôo de Brasília a Lisboa, no início da viagem do presidente brasileiro pela Europa. Cunha Lima disse ao presidente que as empresas do Grupo Eletrobrás já amortizaram quase todas as dívidas mas continuam tendo que deixar os lucros no caixa pois os seus investimentos são computados como déficit mesmo sendo feitos com recursos próprios. O governador lembrou também que os numerosos municípios adimplentes não podem pegar os recursos disponíveis na Caixa Econômica Federal (CEF) para investimentos em saneamento básico por causa do acordo com o FMI, que limita os empréstimos para o setor público. "Se for necessário, o governo vai discutir novas regras", acrescentou Palocci. (Valor - 16.07.2003)

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5 Palocci: Plano de incentivo ao crescimento

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem em Madri que na próxima reunião para tratar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no dia 17, o governo deve apresentar programas de investimentos e um projeto ordenado de ações tributárias e de crédito para estimular o crescimento da economia. "Não haverá proteção de apenas alguns setores, a economia será protegida como um todo". De acordo com o ministro, uma medida de melhoria no desenvolvimento industrial e do quadro de exportações é essencial para garantir definitivamente a desoneração das exportações. "Essas medidas ajudarão a economia. Podemos, eventualmente, tomar medidas parciais, setoriais se for necessário, mas nossa perspectiva não é de um pacote de uma série de medidas setoriais, mas sim de medidas que, no geral, incentivam o processo econômico", disse. (Gazeta Mercantil - 16.07.2003)

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6 Indústria de São Paulo volta a demitir

A indústria paulista intensificou as demissões em junho. O nível de emprego caiu 0,30% em relação a maio, o que equivale ao corte de 4.564 funcionários. Com ajuste sazonal, a queda é de 0,54%. Esse, que foi o pior resultado para o mês desde 1995 - quando o indicador diminuiu 0,72% -, levou o setor a fechar o primeiro semestre com saldo negativo. No ano, 1.423 vagas foram fechadas. Em razão do desempenho do primeiro trimestre do ano, a indústria registrava um ligeiro aumento no quadro de funcionários até maio, com a contratação de 3.141 trabalhadores, uma variação de 0,21%, segundo dados divulgados ontem pela Fiesp. O setor emprega 1,516 milhão de funcionários no Estado. "A estabilidade era a tônica dos meses anteriores, mas a queda significativa do nível de emprego em junho virou o sinal, para baixo", comentou a diretora da Fiesp Clarice Messer. (Valor - 16.07.2003)

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7 IGP-M menor

O fato de o IGP-M estar com projeção inferior ao IPCA explica-se, em grande parte, pela forte queda na projeção média para o Índice de Preços por Atacado (IPA-M) deste ano, de 10,36% para 9,62%. De acordo com relatório do Bradesco, o índice mais baixo esperado deriva tanto das deflações apresentadas pelo IPA agrícola nas últimas prévias quanto da perspectiva de que o efeito da apreciação cambial recente chegue ao IPA industrial. (Gazeta Mercantil - 16.07.2003)

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8 IPC-S apresenta deflação de 0,24%

O IPC - S, medido pela FGV entre os dias 8 de junho e 7 de julho, registrou variação de -0,24%, uma desaceleração de 0,10 ponto percentual em relação à última medição. Este é o terceiro resultado seguido a apresentar variação negativa. Entre os sete grupos que compõem o IPC-S, cinco registraram desaceleração. (Gazeta Mercantil - 16.07.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial desacelerou ainda mais a tendência e opera em leve alta nesta manhã, surpreendendo parte do mercado. Às 11h53m, a moeda americana era negociada por R$ 2,864 na compra e R$ 2,869 na venda, com valorização de 0,42%. Ontem, o dólar encerrou os negócios em baixa de 0,34%, cotado a R$ 2,852 para compra e R$ 2,855 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 16.07.2003)

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Internacional

1 Mirant entra com pedido de concordata

A elétrica norte-americana Mirant Corp entrou com pedido de concordata, depois de não conseguir fechar um acordo com credores de bônus e bancos para reestruturar a dívida da empresa. Com cerca de US$ 20,6 bilhões em ativos, a Mirant tem dívida avaliada em US$ 11,4 bilhões. É o décimo maior registro de concordata da história dos Estados Unidos. As ações da elétrica já perderam mais de 60% do valor nos últimos 12 meses. A Mirant foi prejudicada pela queda dos custos no atacado no mercado de energia e foi acusada pelo estado da Califórnia de manipular os preços durante as crises de 2000 e 2001. (Gazeta Mercantil - 16.07.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 ABRACE. Leilões de Excedentes São Paulo, Julho de 2003 - 12 páginas

Este documento é uma cartilha preparada pela Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia) em parceria com a Abal (Associação Brasileira do Alumínio), a Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados) e o Ibs (Instituto Brasileiro de Siderurgia) para esclarecer e promover o leilão de excedentes de energia.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/comercializacao.htm

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2 World Bank. Brazil: Equitable, competitive, sustainable – contribuitions for debate. Washington: Maio de 2003. – 107 páginas.

Este documento do Banco Mundial faz uma análise de toda a economia brasileira. Na parte relacionada ao setor de infraestrutura ele indica que o governo deve incentivar o setor privado no aumento dos investimentos, estabelecendo mecanismos de contratação a longo prazo, estabilidade regulatória e aumento da concorrência. Especificamente no setor elétrico, o Banco Mundial alega que se deve projetar a estrutura contratante como forma de dar incentivos aos investimentos.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/politica.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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