l IFE:
nº 1.150 - 15 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Pinguelli: Sistema de pool tem de redefinir tarifas para geradoras federais O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, reforçou ontem o seu apoio ao novo
modelo para o setor elétrico nacional que está sendo criado pelo Ministério
de Minas e Energia. No entanto, ele também ressaltou que o sistema de
pool deverá se preocupar em definir tarifas para as geradoras federais
que remunerem os investimentos realizados até hoje. "Existem geradoras
privadas que estão vendendo energia por cerca de R$ 120 por MWh, enquanto
as do grupo Eletrobrás vendem o MWh por uma média de R$ 60", argumentou
Pinguelli Rosa ontem, durante a 55ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC). Ele completou que já defendia da idéia
da criação do pool desde a elaboração do programa de Governo para o setor
elétrico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral.
Para Pinguelli Rosa, a Eletrobrás não deve ser condenada a, simplesmente,
compensar os custos altos das empresas privadas e que é preciso encontrar
um equilíbrio, sem que, para isso, haja um prejuízo para o consumidor
final. O presidente acredita que o novo modelo começará a ser implantado
no próximo ano. (Jornal do Commercio - 15.07.2003) 2 Abdib propõe modelo temporário para período de transição A possibilidade
de o período de transição para o novo modelo de energia elétrica levar
até cinco anos preocupa agentes representativos do setor. A Abdib (Associação
Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base), já fala até mesmo
na criação de um modelo temporário, voltado apenas para a administração
da fase que vai abrigar a passagem dos contratos ainda vigentes para as
novas bases regulatórias. Para o presidente da Abdib, José Augusto Marques,
o governo vai precisar desenvolver uma administração específica para a
longa fase de transição que está sendo esperada. "Até se admite a possibilidade
de dois anos de duração. Mas uma transição durante cinco anos nos deixa
extremamente preocupados. Vai ser necessário praticamente um modelo alternativo
para pôr em prática nesse ínterim o que não está sendo feito no momento",
afirma. Marques refere-se à instalação de 7,4 mil MW em geração hidrelétrica
licitados desde 2000, e que até agora não saíram do papel. Para ele, a
manutenção do panorama atual, onde investidores adiam a implantação de
usinas a espera das novas regras e de melhores condições financeiras,
tende a confirmar a perspectiva de uma nova crise energética para 2007,
caso o país cresça numa média de 3% ao ano a partir de 2004. Segundo o
executivo, o período de adaptação deve focar-se na colocação da energia
já licitada e sem andamento. (Canal Energia - 14.07.2003) 3 Governo vai retomar programa nuclear brasileiro O governo
de Luiz Inácio Lula da Silva vai retomar o programa nuclear brasileiro
de geração de energia elétrica e o primeiro passo será a troca de dois
geradores de vapor da usina de Angra 1 (RJ), com investimentos de US$
100 milhões. A próxima fase será a construção de Angra 3, com capacidade
para gerar 1.350 MW e orçada em US$ 1,7 bilhão. Em Angra 3 já foram investidos
US$ 700 milhões para a compra de 65% dos equipamentos. A construção depende
da criação de um empresa espelho da Eletronuclear - estatal da holding
Eletrobrás - o que vai permitir o uso de capital privado. Os novos investimentos
no programa foram anunciados ontem, no Recife (PE), pelo presidente da
Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, na 55ª reunião anual da Sociedade Brasileira
Para o Progresso da Ciência (SBPC). O presidente ressaltou que a retomada
foi viabilizada pela recomposição tarifária da Eletronuclear, definida
nesta segunda-feira pelo CNPE. Já a construção de Angra 3 é uma questão
mais complexa, pois a Eletrobrás e a Eletronuclear não têm recursos para
tocar o empreendimento sozinhas. A idéia é uma parceria com o setor privado.
A proposta foi apresentada pela Eletrobrás a empresas do setor elétrico,
inclusive fabricantes de equipamentos, como a francesa Alstom e a alemã
Siemens. A localização da usina ainda não está definida. "Uma parcela
da comunidade científica do Nordeste quer que a planta fique na região",
destaca Pinguelli. (Gazeta Mercantil - 15.07.2003) 4
Estudo do Iedi aponta caminhos para a reestruturação do SEE
Empresas 1 Eletrobrás investirá R$ 50 mi em P&D em 2003 O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, confirmou que, ao todo, a holding
vai investir este ano RS 3,5 bilhões, R$ 1 bilhão a mais que os R$ 2,5
bilhões estimados em maio passado. No programa de investimentos da Eletrobrás
em 2003, R$ 50 milhões serão destinados à área de pesquisa e desenvolvimento,
com destaque para a primeira etapa do projeto de geração a biodiesel -
orçada em R$ 8 milhões - e a construção de um centro tecnológico no Nordeste,
provavelmente na Universidade Federal de Campina Grande (PB). A fase inicial
do projeto do biodiesel envolve, entre outras pesquisas, a realização
de um mapeamento sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais da
iniciativa. A empresa quer substituir parte do diesel de petróleo por
um combustível obtido a partir de biomassa - palha de cana, mamona, dendê,
buriti e abacate entre as fontes - e de lixo urbano. (Gazeta Mercantil
- 15.07.2003) 2 Criado comitê para monitorar geração e transmissão das empresas do Sistema Eletrobrás Os presidentes
das empresas do Sistema Eletrobrás, além do próprio Luiz Pinguelli Rosa,
decidiram, ontem, durante reunião no Recife, criar um comitê de operações
que deverá monitorar todo o trabalho de geração e, principalmente, transmissão
de energia elétrica das subsidiárias Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul.
O comitê deverá evitar, ao máximo, possíveis falhas no fornecimento de
energia e determinar intervenções necessárias. Luiz Pinguelli Rosa ressaltou
que o comitê deverá atuar de forma articulada com o ONS que, segundo ele,
já trabalha muito bem. "Os índices de interrupções caíram bastante. Mas
queremos melhorar", comentou o presidente da Eletrobrás. (Jornal do Commercio
- 15.07.2003) 3 Chesf quer compensação das perdas com transposição do Rio São Francisco O projeto
de transposição do Rio São Francisco deverá apresentar, a longo prazo,
medidas que possam compensar com novas vazões a redução da capacidade
da Chesf de gerar energia. Essa foi uma das decisões tomadas ontem pelo
Conselho Superior do Sistema Eletrobrás (Consise) reunido na SBPC. Os
presidentes das empresas ligadas à Eletrobrás resolveram aprovar a posição
da Chesf em relação ao projeto da transposição que já começou a ser discutido
no âmbito do Governo Federal. Como o projeto prevê o uso de parte das
águas do São Francisco, sem ressaltar a necessidade de compensação com
a transposição do Rio Tocantins, a Chesf resolveu deixar claro que vai
brigar para não ter prejuízos. Outra decisão do Consise foi a de apoiar
a idéia da Chesf de recomendar a inclusão no projeto original a construção
de um canal adicional, e de custo baixo, para atender aos Estados da Bahia,
Sergipe, Alagoas e Pernambuco - justamente aqueles que, no mapa da transposição
do São Francisco são os doadores de água e, por isso, teriam perdas com
o empreendimento. O Consise também decidiu colocar à disposição do Governo
Federal a equipe de engenharia da Chesf para participar das discussões
sobre a transposição. (Jornal do Commercio - 15.07.2003) 4
Eletronuclear: Aumento da tarifa na região Sudeste deverá ser de 0,3%
em média 5 Condições de comercialização devem regularizar situação financeira da Eletronuclear Na mesma
resolução em que determinou o aumento provisório das tarifas da Eletronuclear,
o CNPE criou um grupo de trabalho que terá 90 dias para apresentar proposta
sobre as condições de comercialização da energia produzida pelas usinas
de Angra, em particular o regime tarifário, incluindo as regras de reajuste
e revisão dos preços. Segundo a Eletronuclear, a expectativa é que, com
as condições de comercialização definidas, possa-se regularizar sua situação
financeira e viabilizar a cobertura de custos operacionais e dos investimentos
necessários à modernização do parque nuclear brasileiro. Participam do
grupo de trabalho representantes dos ministérios de Minas e Energia, Fazenda,
e Ciência e Tecnologia; da Comissão Nacional de Energia Nuclear; da Eletrobrás
e da Eletronuclear. (Jornal do Brasil - 15.07.2003) 6 Light suspende pagamento de suas dívidas por 3 meses A Light
suspendeu o pagamento de parcelas de sua dívida ao BNDES e a todos os
demais credores por um prazo de 90 dias. Nesse período, conforme proposta
encaminhada aos bancos, a empresa continuará a pagar os juros devidos
sobre o montante de R$ 5,1 bilhões, relativos ao total da dívida. Boa
parte dos credores, conforme executivos envolvidos nas negociações, aceitaram
a proposta da companhia, mas ainda não houve um acordo formalizado. A
Light também analisa propostas de duas empresas especializadas em renegociação
de dívidas, a Houlihan Lokey e a Black Stone. A primeira trabalha para
a Globocabo e a segunda para a Net. A concessionária quer contratar uma
das empresas para conduzir a reestruturação de seus débitos ao lado do
banco Goldman Sachs. O prazo de 90 dias proposto pela Light aos bancos
é o período necessário para que a empresa apresente um programa definitivo
de reestruturação de seus débitos. O plano inclui alongamento dos prazos,
redução dos juros (atualmente em 9% sobre o dólar) e a conversão de parte
da dívida em ações. (Gazeta Mercantil - 15.07.2003) 7 Eletrosul confirma novos investimentos A Eletrosul
firma hoje quatro contratos para a realização de obras para o sistema
de transmissão dos quatro estados de atuação da empresa - Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os contratos somam R$
70 milhões e representam uma etapa do investimento de R$ 165 milhões em
obras que já estão em andamento. Os investimentos incluem o Sistema Integrado
de Telecomunicações Digital, a recapacitação de linhas de transmissão,
a instalação de bancos de capacitores nas subestações Blumenau e Palhoça
e a ampliação da subestação Blumenau. Além disso, a empresa segue investindo
em projetos sociais, motivo pelo qual receberá, no próximo dia 24, o certificado
de empresa parceira do programa Fome Zero. (Correio do Povo - 15.07.2003) 8 Eletroacre investe R$ 1,3 mi em eficiência energética O ciclo
2002/2003 do Programa de Eficiência Energética da Eletroacre terá investimentos
de R$ 1,3 milhão. Serão realizados treinamento especializado em eficiência,
curso de manutenção de sistemas de energia, substituições de lâmpadas
e eficientização da iluminação pública. Os projetos, de caráter plurianual,
deverão ser concluídos até 30 de junho de 2004. O relatório parcial deverá
ser encaminhado à Aneel até o dia 31 de dezembro de 2003, já a versão
final, tem prazo até 30 de julho de 2004. (Canal Energia - 14.07.2003) 9 Cocel investe R$ 112 mil em projetos de iluminação pública A Cocel
investirá R$ 112 mil no ciclo 2002/2003 do programa de Eficiência Energética,
que objetiva a realização de projetos de iluminação pública. O programa
deverá ser concluído até o dia 30 de junho de 2004 e os relatórios parcial
e final devem ser entregues à agência até 31 de dezembro de 2003 e 31
de julho de 2004, respectivamente. As aprovações foram dadas pela Aneel
por meio dos despachos n° 416 e 415, respectivamente. (Canal Energia -
14.07.2003) 10 Copel e Eletrosul realizam licitações A Copel
deu início a três licitações. Para o dia 25 de julho está previsto o encerramento
do processo de execução e ligação de entrada de serviços de consumidores,
incluindo postinho de luz, com fornecimento de mão-de-obra e material.
A empresa também irá adquirir reator de lâmpada de sódio e mercúrio. O
prazo segue até 28 de julho. O último processo é para compra de poste
e concreto de diversas especificações e segue até o dia 12 de agosto.
A Eletronorte licita a aquisição de materiais de distribuição até o dia
22 de julho. A estatal também abriu processo para venda de materiais e
bens diversos no almoxarifado de Imperatriz. (Canal Energia - 15.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo na região Sul chega a 5.331 MW médios O consumo
na região Sul chegou a 5.331 MW médios no último domingo, dia 13 de julho,
contra previsão de 6.755 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal
de operação (PMO), o subsistema registra alta de 2,99% nos últimos sete
dias. Já o Sudeste/Centro-Oeste consumiu 20.827 MW médios, contra previsão
de 25.350 MW médios estabelecidos operador do sistema. Nos últimos sete
dias, o submercado tem baixa no consumo de 2,36%. Em relação à curva de
aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o subsistema está com queda de
7,17% no mesmo período. No Nordeste, o consumo foi de 5.150 MW médios
no dia 13, contra previsão de 5.914 MW médios projetados pelo ONS. A região
registra queda no PMO de 2,22% nos últimos sete dias. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o submercado tem baixa de 5,69%
no período. O Norte teve consumo de 2.689 MW médios, contra previsão de
2.855 MW médios estabelecidos pelo operador do sistema. Em relação ao
programa mensal de operação, a região acumula ligeira alta de 0,16% nos
últimos sete dias. (Canal Energia - 15.07.2003) 2 Nível de armazenamento do Subsistema Norte está em 78,86% O submercado
Norte apresenta 78,86% da capacidade, o que corresponde a uma queda de
0,3% em um dia. O volume da usina de Tucuruí está em 93,53%. (Canal Energia
- 14.07.2003) 3 Subsistema Nordeste registra queda de 0,11% A região
Nordeste está com 43,42% do volume, valor 23,68% acima da curva de aversão
ao risco 2002/2003. O índice teve queda de 0,11%. A hidrelétrica de Sobradinho
registra 38% da capacidade. (Canal Energia - 14.07.2003) 4
Nível do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra redução de 0,08% 5 Capacidade do subsistema Sul está em 57,99% A capacidade
de armazenamento do subsistema Sul está em 57,99%. O índice teve uma acréscimo
de 0,27% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta índice de
49,22%. (Canal Energia - 14.07.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Auditoria aprova sistema computacional para transações no MAE A auditoria
realizada pela Deloitte Touche Tohmatsu aprovou, na última sexta-feira,
dia 11 de julho, a regularidade do Sinercom, sistema computacional utilizado
para registrar as operações de compra e venda de energia elétrica no MAE.
Com o resultado, o sistema fica apto a realizar as liquidações financeiras
definitivas de 2003. A primeira liquidação deste ano acontecerá na próxima
segunda-feira, dia 21 de julho, quando serão liquidadas as operações relativas
ao mês de janeiro. A última liquidação financeira definitiva de 2002,
relativa ao mês de dezembro, acontece na próxima quinta-feira, dia 17,
auditada pela Trevisan Auditores Independentes. (Canal Energia - 14.07.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás lança programa nacional de bioeletricidade Pinguelli
Rosa aproveitou sua participação, ontem, na SBPC para lançar o programa
nacional de bioeletricidade que visa, inicialmente, trocar o diesel utilizado
em geradores de energia instalados em localidades isoladas - principalmente
na Amazônia - por combustíveis de fontes limpas. O programa prevê a mistura
dos dois combustíveis em proporções que vão mudando progressivamente até
a eliminação do diesel. Segundo a Eletrobrás, a primeira ação do programa
será a definição do mapa do biodiesel, considerado estratégico por Pinguelli.
O custo da fase inicial do projeto de biodiesel está estimado em R$ 8
milhões. De acordo com Pinguelli, a Eletrobrás liderará o programa e contará
com ajuda de empresas federalizadas ligadas à estatal: Ceam, Ceal, Cepisa,
Ceron, e Eletroacre. A vantagem do programa é que, por ano, a Eletrobrás
gasta cerca de R$ 3 bilhões para gerar energia nessas áreas e a idéia
é que, aos poucos, essa conta pode zerar. Como esses recursos são pagos
por todos os consumidores do País, os R$ 3 bilhões poderão ser destinados
a projetos estruturadores que usem, por exemplo, o gás natural. O presidente
também anunciou a criação, até o fim do governo Lula, de um centro de
pesquisa em energia elétrica para o Nordeste. (Jornal do Commercio - 15.07.2003
e Canal Energia -14.07.2003) 2 Petrobras quer estimular o consumo de gás natural Plano de
massificar o consumo de gás natural permitirá aumentar vendas externas.
As recentes descobertas de gás natural combinadas ao programa de estímulo
à demanda pelo produto vão melhorar o desempenho da balança comercial
do País. A Petrobras desenha estratégia pela qual planeja reduzir importações
e exportar mais combustíveis onde há auto-suficiência. Neste ano, as despesas
com importação de combustíveis cresceram 9%, para US$ 917 milhões, ao
mesmo tempo em que as vendas externas de combustíveis saltaram 87% - US$
782 milhões -, de acordo com dados divulgados pela ANP. "No passado, quando
a Petrobras descobria gás (e não óleo), se dizia: que pena .... Hoje,
as descobertas de gás são muito bem-vindas e vamos aproveitá-las", disse
Ildo Sauer, diretor da área de Gás e Energia da Petrobras. As reservas
crescentes de gás estimulam a estatal a dar mais infra-estrutura ao insumo.
Além do projeto do "Gasoduto Virtual", a Petrobras vai induzir o consumo
de gás natural com políticas de preços atraentes para incentivar o consumo.
Sauer adiantou que a diferença de preço entre gás (mais barato) e óleo
diesel, deve crescer, com o gás natural cada vez mais barato em relação
ao diesel. "Vamos ajudar com política de preços e identificando as cidades
onde a Petrobras pode levar a infra-estrutura", disse recentemente o diretor
da Petrobras. (Gazeta Mercantil - 15.07.2003) 3 Petrobras lançará Gasoduto Virtual em setembro Em setembro,
a Petrobras lança o Gasoduto Virtual, baseado na expansão das malhas de
gasodutos, no apoio logístico para transportar gás a regiões sem gasodutos
por meio de carretas especializadas e nos entendimentos junto a distribuidores
e montadoras para a renovação de frota de ônibus movidos a Gás Natural
Veicular (GNV). (Gazeta Mercantil - 15.07.2003) 4 FitchRatings esclarece declarações sobre Petrobras Em referência
as matérias recentes publicadas no jornal Valor Econômico dos dias 11
e 14 de julho, baseadas no relatório "Programa Termoelétrico Brasileiro
Faz Água e Investidores Convivem com Riscos Elevados em Seus Projetos",
a FitchRatings esclarece que em nenhum momento do referido relatório,
ou na entrevista concedida ao jornal, foi citado que a Petrobras teria
quebrado ou rompido qualquer tipo de contrato, mas apenas que a mesma
os está redefinindo, conforme é público e foi publicado em outras reportagens.
Segundo Ricardo Carvalho, diretor da área de Corporate, "as matérias publicadas,
além de terem saído completamente do foco do relatório, que consistia
em contribuir com a discussão e emitir opinião sobre os riscos e a falta
de competitividade das termelétricas, inseriram colocações errôneas que
acabaram por levar a Petrobrás a se manifestar e negar com veemência uma
colocação de quebra de contratos que na verdade nunca existiu no relatório
da Fitch Atlantic Ratings". O diretor ainda alega que "a FichRatings atribui
o rating AAA a Petrobras e conseqüentemente reconhece sua destacada capacidade
de honrar compromissos e contratos". Para ler o relatório na íntegra,
clique
aqui. (NUCA - 15.07.2003) 5 ONG tenta impedir rodada de licitações promovida pela ANP Uma das
áreas mais promissoras da 5ª Rodada de Licitações, que a ANP promove nos
próximos dias 19 e 20 de agosto, pode não ir a leilão. A ONG norte-americana
Conservation International, que tem um braço no Brasil, está pressionando
o Ibama para que não seja concedida licença ambiental para a abertura
da exploração de petróleo e gás na região, sob a alegação de que haveria
sérios impactos sobre o ecossistema local, com a morte de peixes e destruição
de bancos de corais. Algumas áreas a serem licitadas, segundo a ONG, estariam
a dez quilômetros do Arquipélago de Abrolhos, santuário com a área de
maior biodiversidade do Atlântico Sul. Dos 1.070 blocos que a ANP pretende
licitar no mês que vem, cerca de 243 estão em áreas que a ONG quer proteger,
localizadas no Espírito Santo e no sul da Bahia. (Gazeta Mercantil - 15.07.2003) 6 CGTEE assina protocolo para formação de cadeia de produção de carvão mineral O presidente
da CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), Júlio Quadros,
participou na última sexta-feira, dia 11 de julho, do ato de assinatura
do protocolo de intenções para a organização da cadeia produtiva de geração
de energia a carvão mineral nacional, que ocorreu no município de Criciúma,
em Santa Catarina. O protocolo, que conta com a participação dos governadores
de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e do Rio Grande do Sul,
Germano Rigotto, defende a garantia da continuidade do equilíbrio econômico-financeiro
do atual parque termelétrico instalado no país, e a presença mais significativa
do carvão na matriz energética brasileira. No evento, Júlio Quadros apresentou
o projeto da fase C da Usina Presidente Médici, que uma vez implantada
vai consumir o dobro de carvão em relação ao hoje produzido e consumido
em Candiota, no Rio Grande do Sul. (Canal Energia - 14.07.2003) 7 BNDES financia co-geração em projeto no Paraná O BNDES apóia, com um financiamento de R$ 9,3 milhões, o projeto de melhoria térmica de uma das unidades da Usina de Açúcar Santa Terezinha, maior empresa do setor sucroalcooleiro do Paraná. Orçado em R$ 14,8 milhões, o projeto irá preparar a usina para co-gerar energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar, além de permitir um aumento na produção de açúcar e álcool anidro. Com o investimento, a usina aumentará em 50% a capacidade de geração de vapor, resultante da queima do bagaço. (Gazeta do Povo - 15.07.2003) Economia Brasileira 1 Infra-estrutura pode ter R$ 400 bi do BNDES O BNDES
deverá voltar a ser o grande motor dos investimentos em infra-estrutura
no país, a exemplo do que aconteceu nas décadas de 50 e 70. Os novos investimentos
financiados pelo BNDES seriam nas áreas de energia (novas hidrelétricas),
logística e transporte (ferrovias) e telecomunicações. O presidente do
banco, Carlos Lessa, irá apresentar, depois de manhã, em reunião com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, um estudo com os principais
projetos de investimento que o Estado deve financiar nos próximos quatro
anos. O estudo do BNDES prevê a realização de mais de cem obras de infra-estrutura
para os próximos quatro anos, num total de R$ 400 bilhões em investimentos.
Os recursos deverão ser oriundos do setor público. Do total dos investimentos,
o BNDES deverá entrar com cerca de R$ 100 bilhões -o orçamento do banco
para os próximos quatro anos está previsto em R$ 160 bilhões. Os fundos
de pensão, a Petrobras e o Tesouro Nacional também deverão ajudar a financiar
esses investimentos. (Folha de São Paulo - 15.07.2003) 2 BNDES: Setor público guiará investimentos do setor privado em infra-estrutura A hipótese de o setor privado entrar com recursos para essa nova safra de investimentos não foi desprezada pelo governo, mas o próprio BNDES acha muito difícil fazer esses investimentos com dinheiro que não seja do setor público. O motivo é simples. Trata-se de projetos de longa maturação, cujo retorno só se dá a longo prazo, enquanto o setor privado prefere investir naqueles setores que venham dar lucro em prazo curto. Esses recursos em infra-estrutura, no entanto, na opinião do BNDES, irão servir como porta de entrada para o setor privado desengavetar novos projetos de investimento, em diferentes áreas como de papel e celulose, eletroeletrônica e siderurgia. A nova forma de atuação do BNDES irá significar uma ruptura definitiva em relação à política adotada pelo banco nos anos FHC. Nos últimos oito anos, o banco atuou principalmente como o grande financiador para o setor privado tomar a frente dos investimentos no país. A partir de agora, a idéia é de que o Estado tome as rédeas do investimento para retomar o crescimento. (Folha de São Paulo - 15.07.2003) 3 BC começa a reduzir a dívida indexada ao dólar O BC finalmente
começou a praticar uma política ativa para reduzir a parcela da dívida
pública atrelada ao dólar. É uma medida prudente, que tem espaço para
ser intensificada, já que o débito atrelado ao câmbio é altamente volátil
em situações de risco. Ao final de dois leilões na semana passada, a rolagem
dessa dívida foi de apenas 52,4%, isto é, houve redução do equivalente
a US$ 1,3 bilhão. Desde o dia 26 de maio, quando resolveu tornar mais
flexível sua atuação na renovação de títulos cambiais e swaps, o percentual
de rolagem foi declinante. Por enquanto, ao que tudo indica, o BC está
sendo cauteloso e evitando que a política de rolagens dos títulos atrelados
ao dólar possa interferir na formação de preços do câmbio comercial. O
fim da instabilidade cambial cria situação favorável para a ação do BC.
O BC pode resgatar títulos que estão com variação cambial negativa e os
juros estão em baixa. O BC terá de enxugar a liquidez no mercado provocada
pela não renovação de swaps ou resgate de cambiais, possivelmente, com
a colocação líquida dos demais títulos. Reduzir a dívida indexada ao câmbio
é o primeiro caminho sério para se cortar a correia de transmissão da
instabilidade que a taxa de câmbio provoca sobre a solvência da dívida.
Se os fundamentos da economia tornarem-se sólidos, o BC deve acelerar
essa mudança de composição da dívida pública e, quando for possível, começar
a recompor as reservas internacionais. (Valor - 15.07.2003) 4
IBGE aponta queda generalizada em maio 5 Furlan afirma que meta do governo é o crescimento O ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan,
afirmou, em Bruxelas, que "há uma convergência total" dentro da equipe
do Governo de que o País precisa retomar o crescimento. "Agora estamos
só discutindo o quanto e a velocidade". Segundo o ministro, o Governo
precisava construir "credibilidade", "o que já aconteceu". Hoje, a realidade
é outra: "O quadro precisa ser pintado de acordo com uma perspectiva e
não mais pelo retrovisor", reforça Furlan. Dentro do horizonte de um programa
de desenvolvimento, o Governo deverá sinalizar neste semestre como acomodará
as restrições macroeconômicas à uma realidade de programa de crescimento.
"Os resultados do semestre cumpriram com folga os compromissos que foram
assumidos, com exceção do índice da inflação passada", disse Furlan. No
momento atual, a situação das contas públicas do Governo federal está
melhor do que foi projetado, afirmou o ministro, lembrando que o País
assumiu um compromisso de superávit primário de 4,25% e "o vemos acima
de 5%". Para a reativação da economia (produção e consumo), Furlan disse
que o próprio ministro Antônio Palocci tem reforçado a idéia da redução
da taxa básica de juros, baseado nos resultados macroeconômicos, "que
indicam efetivamente que o atual nível de inflação" não sustenta mais
a atual taxa de juros, "que mata qualquer economia". (Jornal do Commercio
- 15.07.2003) 6 Analistas esperam corte de até 1,5% na Selic A decisão
do Copom deverá expressar mais a preocupação do Governo com a baixa atividade
econômica do que com a inflação, que deverá manter sua trajetória de queda.
É o que pensam analistas do mercado financeiro. O economista Eduardo Berger,
do Lloyds TSB, espera um corte da ordem de 1,5 ponto percentual na taxa
de juros. Até o fim do ano, prevê o Departamento Econômico do Lloyds,
a taxa de juros já deverá ter recuado para 21%. "Em agosto, ainda teremos
espaço para o Copom cortar juros. É simplesmente manter esta trajetória
neste semestre, ainda que gradual", diz Berger, para quem é isso que o
presidente Lula chama de cortes sistemáticos de juros. No Banco Sudameris,
por exemplo, a economista-chefe do Departamento Econômico, Maria Lúcia
Camargo, acredita existir espaço para que o Copom promova um corte de
um ponto percentual na taxa básica de juros. "Nossa previsão é de quatro
cortes seguidos de um ponto percentual e dois de 0,5 ponto, o que permitiria
fecharmos o ano com um nível de juros de 21%", diz Maria Lúcia. (Jornal
do Commercio - 15.07.2003) 7 Superávit comercial do ano sobe para US$ 11,125 bi A balança comercial acumula no ano, até o dia 13 de julho, superávit de US$ 11,125 bilhões. No período, as exportações somam US$ 35,411 bilhões e as importações, US$ 24,286 bilhões. As informações são da Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na primeira semana de julho, o saldo foi positivo em US$ 346 milhões e, na segunda (dias 7 a 13), em US$ 381 milhões. O saldo da segunda semana é resultado de exportações de US$ 1,270 bilhão e de importações de US$ 889 milhões. Nas duas primeiras semanas de julho, a balança comercial tem saldo de US$ 727 milhões, com exportações de US$ 2,409 bilhões e importações de US$ 1,682 bilhão. (O Globo - 15.07.2003) 8
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Espanha descarta construção de novas usinas nucleares O Secretário
de Estado da Espanha para assuntos de energia, Jose Folgado, afirmou que
a construção de novas usinas nucleares "está fora de cogitação". Em uma
conferência sobre energias renováveis, Folgado disse que a Espanha está
satisfeita com o atual mix de geração (cerca de 30% de geração nuclear)
e não tem considerado qualquer alteração nessa composição. "As usinas
nucleares existentes ainda estarão em funcionamento por um longo período
d e tempo"afirmou o secretário. Os comentários de Folgado contrastam fortemente
com a posição adotada pela comissária de energia da União Européia, Loyola
de Palácio, que está enfatizando a necessidade de aumentar a geração de
energia nuclear na Europa de forma que a União Européia obedeça os índices
de emissão de CO2 estabelecidos pelo tratado de Kioto. (Platts - 15.07.2003) 2 Reino Unido investe em energia eólica O governo
britânico anunciou ontem uma ambiciosa expansão de seu programa de produção
de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Segundo os planos,
até 15% dos domicílios do Reino Unido devem no futuro ser abastecidos
por energia eólica (proveniente dos ventos), obtida por instalações dispostas
em regiões costeiras da ilha. O governo irá convidar empresas a construir
instalações com capacidade produtiva de até 6.000 MW. Os investimentos
podem atingir 6 bilhões de libras e criar cerca de 30 mil empregos. A
iniciativa faz parte do projeto britânico de reduzir sua dependência energética
de fontes não-renováveis e prejudiciais ao ambiente, com o consumo de
petróleo. (Independent - 15.07.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Carvalho, Ricardo Luiz de. "Programa Termoelétrico Brasileiro faz água e investidores convivem com riscos elevados em seus projetos" FitchRatings, Julho de 2003. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/setoreletrico.htm 2 IEDI. "Desafios Relevantes na Infra-Estrutura - Setor Elétrico". São Paulo. Carta IEDI, nº 62, 14 de julho de 2003. Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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