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IFE: nº 1.147 - 10 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Proinfa: Governo do Ceará questiona valor da energia eólica
2 Proinfa: Governo cearense critica remuneração maior para áreas ineficientes
3 Koblitz: Proinfa alavancará geração por biomassa
4 Energy Summit 2003 discute crescimento do SEE

Empresas
1 Representantes do BNDES e da AES tiveram novo encontro ontem
2 Deputados querem pressa na instalação da CPI da Eletropaulo
3 Aneel propõe 27% de reajuste à Celpa
4 Celpe recebe R$ 31,2 mi na liquidação de operações no MAE
5 El Paso investe m projetos de eficiência energética
6 El Paso confiante na prorrogação de contrato de fornecimento para Manaus
7 Multa de R$ 1 mi aplicada a Escelsa é mantida
8 CEEE apresenta equipamentos inéditos
9 CEEE garante fornecimento de energia na geração e na distribuição

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS afasta risco de falta de energia no Nordeste
2 Nordeste teve melhor desempenho no consumo de energia em abril
3 Consumo no Nordeste chega a 5.946 MW médios
4 Volume do submercado Norte apresenta redução de 0,29%
5 Subsistema Nordeste está com 44,18% do volume
6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oete estão com 71,54% da capacidade
7 Capacidade de armazenamento está em 56,65% no subsistema Sul
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Rede de gás natural pode chegar à Serra gaúcha

Grandes Consumidores
1 Eletrobrás e Indústria de alumínio
2 Abal: processo produtivo tem economia de energia de 95% com reciclagem de latas de alumínio

Economia Brasileira
1 PIB caiu 0,9% no 2º trimestre, diz Ipea
2 IPCA registra a 1ª deflação desde 1998
3 IGP-DI apresenta recuo de 0,70%

4 Mercado aposta em queda dos juros
5 Governo conta com investimento privado no setor de infra-estrutura
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 PetroFalcon investirá US$ 60mi na produção de gás natural na Venezuela
2 PVDSA planeja construir gasoduto ICO
3 Governo britânico e órgão regulador divergem quanto a plano para perdas de energia

 

Reestruturação e Regulação

1 Proinfa: Governo do Ceará questiona valor da energia eólica

O governo cearense recebeu com pouco entusiasmo os valores propostos para a compra da energia beneficiada pelo Proinfa, gerada a partir de PCHs, biomassa e vento (eólica). Técnicos do governo local chegaram à conclusão de que os preços sugeridos não estimulam da maneira esperada investimentos nas regiões Norte e Nordeste. A queixa principal diz respeito à energia eólica, de grande potencial na região Nordeste - apenas o Ceará teria capacidade para produzir cerca de 9 mil MW, volume oito vezes superior à sua demanda atual. Para essa fonte, o edital estipula R$ 221,81 por MW nas áreas de abrangência das extintas Sudene e Sudam. Para o restante do País, o valor é de R$ 231,68 por MW. O argumento do MME para a diferença nos valores leva em conta a concessão de descontos de 75% sobre o Imposto de Renda previsto para empresas que se disponham à investir no Norte e Nordeste. Pela lógica do edital, isso resultaria em redução do custo de instalação dos parques implicando, portanto, em remuneração também menor pela produção."É um contra-senso com o discurso do governo Lula, que prega a diminuição das desigualdades regionais", observa Adão Linhares Muniz, coordenador de Energia e Comunicações da Secretaria da Infra-estrutura do Estado do Ceará (Seinfra). (Gazeta Mercantil - 10.07.2003)

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2 Proinfa: Governo cearense critica remuneração maior para áreas ineficientes

O governo do Ceará também questionou o item que prevê uma remuneração maior para parques com menor "fator de capacidade" - quantidade de horas no ano em que a usina opera na capacidade plena. "Do jeito que está é um estímulo à ineficiência, já que o investidor pode optar por um equipamento mais obsoleto ou uma região menos produtiva, pois será recompensado", argumenta. Tal sistemática traria prejuízo para estados nordestinos que apresentam grande potencial eólico, com ventos médios acima de 8 metros por segundo na maior parte da faixa litorânea, a exemplo do Rio Grande do Norte e Ceará - juntos concentram 59 dos 95 projetos com implantação autorizada no País, até junho, pela Aneel. O Ceará já tem três parques em funcionamento; dois de 30 MWs em licitação; e pode abrigar mais 36. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003)

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3 Koblitz: Proinfa alavancará geração por biomassa

A divulgação dos valores propostos para o pagamento da energia proveniente de fontes alternativas, beneficiada pelo Proinfa, animou os produtores do Nordeste que utilizam como insumo a biomassa, em especial as usinas sucro-alcooleiras. Para o presidente da Koblitz, Luiz Otávio Koblitz, a divulgação da proposta de valores para a compra da energia dentro do que prevê o Proinfa (biomassa, eólica e PCHs), foi uma garantia de que o programa vai sair do papel. A empresa, com participação em projetos que somam 145 MW instalados, tem previsão de negociar 100 MW no Proinfa. "O programa será o grande motor do segmento de fontes alternativas no País", avalia o executivo. Não é só a venda direta de energia para o Proinfa que anima a Koblitz. É que muitas empresas nordestinas com geração própria - principalmente no setor sucro-alcooleiro, que tem tradição na produção de energia a partir do bagaço de cana - já estão contratando a Koblitz para ampliar seus parques geradores, de olho no Proinfa. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003)

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4 Energy Summit 2003 discute crescimento do SEE

A edição 2003 do Energy Summit discute estratégias para estimular a retomada do crescimento do setor com representantes do Governo e de empresas de energia elétrica, petróleo e gás. O evento acontece de 29 a 31 de julho, no Rio de Janeiro. Entre os assuntos debatidos está a reforma institucional como meio de atrair investimentos externos; precificação e comercialização de energia e gás natural; e política regulatória. Segundo os organizadores, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, confirmaram presença no evento. As palestras serão ministradas por presidentes de diversas empresas como EDP, AES, Elektro e RGE e os vice-presidentes da CPFL e Duke Energy. Devem participar do evento representantes da Aneel, Chesf, ONS e das secretarias de energia do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A programação detalhada do evento está disponível no site www.energysummit.com.br. (Canal Energia - 09.07.2003)

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Empresas

1 Representantes do BNDES e da AES tiveram novo encontro ontem

Mais uma etapa do longo processo de negociações entre o BNDES e o grupo norte-americano AES foi cumprida ontem na sede do banco no Rio de Janeiro. O encontro foi entre o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, e representantes da Eletropaulo. Desta vez, não participou do encontro o diretor de reestruturação da AES, o americano Joseph Brandt, presente em praticamente todas as reuniões realizadas anteriormente. "O encontro de hoje foi apenas mais uma etapa de reuniões", afirmaram fontes do banco estatal, traduzindo a inexistência de acordo entre as partes. A expectativa do banco estatal é que o impasse com a AES tenha desdobramentos apenas em agosto, quando o BNDES deverá publicar edital para a escolha das empresas de consultoria que ficarão responsáveis pela modelagem do leilão das ações ordinárias da Eletropaulo, dadas em garantia pela AES Elpa à tomada de empréstimo junto ao BNDES. Fontes ligadas à AES asseguram que, no momento oportuno, a empresa vai recorrer contra a decisão tomada pelo BNDES de realizar o leilão para a venda das ações da Eletropaulo. A partir daí, então, a questão irá parar na esfera judicial, provocando desdobramentos. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003)

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2 Deputados querem pressa na instalação da CPI da Eletropaulo

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pedirá ao presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), pressa na instalação da CPI para investigar a privatização da Eletropaulo, adquirida pela empresa americana AES. Segundo o deputado João Pizollatti (PP-SC), autor do requerimento apresentado no dia 2 de julho, a CPI está em quarto lugar na fila de espera de comissões de inquérito. Pelo regimento da Câmara, só podem funcionar simultaneamente um máximo de cinco CPIs. O deputado disse que as privatizações das distribuidoras de energia já estão sendo estudadas pela Comissão de Minas e Energia da Câmara, e que alguns dados foram solicitados ao Tribunal de Contas da União (TCU). Mas, segundo Pizollatti, sem a CPI não é possível obter todas as informações necessárias nem fazer as convocações de autoridades e pessoas envolvidas nas operações. A sua principal crítica é com relação ao empréstimo concedido pelo BNDES à AES, no valor de US$ 1,2 bilhão, enquanto as garantias recebidas eram de apenas US$ 400 milhões, segundo o deputado. (Tribuna da Imprensa - 10.07.2003)

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3 Aneel propõe 27% de reajuste à Celpa

A Aneel realizou ontem, em Belém, audiência pública para a discussão da proposta de revisão tarifária periódica das Celpa, concessionária do serviço de distribuição de energia elétrica no Estado que pertence ao Grupo Rede. A proposta apresentada pela Aneel prevê um índice de reposicionamento tarifário de 27,49% e um Fator X de 1,01%. A proposta apresentada pela Aneel desagradou tanto os consumidores, quanto os representantes da concessionária. Os consumidores querem redução, enquanto a Celpa propõe reposição integral do IGP-M e a redução do Fator X. A empresa alega custos altos que envolvem a distribuição de energia elétrica no Estado. De acordo com relatório divulgado pela Celpa durante a audiência, a concessionária ficou com 34,6% do total faturado em 2002. Segundo o relatório, dos R$ 964 milhões de receita no ano passado, 25,3% foram gastos com pagamentos de impostos, 5,1% com encargos setoriais e 35% com compra de energia elétrica. Os dados da Aneel apontam que, de 1999 a 2002, a concessionária de energia elétrica do Pará acumulou um reajuste de tarifa de 66,47%, que corresponde à reposição integral do IGP-M no período. No próximo dia 7 de agosto, a Aneel irá publicar a resolução com os índices finais de reposicionamento tarifário e do Fator X. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003)

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4 Celpe recebe R$ 31,2 mi na liquidação de operações no MAE

A Celpe recebeu R$ 31,2 milhões referentes à segunda etapa da liquidação das operações feitas entre setembro de 2000 e setembro de 2002 no MAE. De acordo com o diretor comercial da empresa, Enrique Planells, esse valor corresponde a 91,2% dos R$ 35,2 milhões que a empresa esperava receber nessa segunda fase. A liquidação foi realizada na última quinta-feira e totalizou um pagamento de R$ 1,07 bilhão, 88,4% do previsto (R$ 1,21 bilhão). A quantia não paga pelas empresas será transformada em faturas e entregues aos credores, que terão de ir atrás dos devedores. "Agora estamos aguardando para saber de quem cobrar os R$ 4 milhões que faltaram", disse Planells. O dinheiro pago pelos devedores foi depositado em uma conta única e depois rateado entre os credores. A previsão do MAE é de normalizar as operações até o início de agosto. Para tanto, deve liquidar as operações feitas entre outubro de 2002 e maio deste ano. (Diário de Pernambuco - 10.07.2003)

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5 El Paso investe m projetos de eficiência energética

A El Paso investirá em 2003 R$ 5 milhões em projetos de eficiência energética no país. Esse montante foi a contrapartida oferecida pela empresa em função do recebimento de isenção por 10 anos no pagamento de ICMS relativo à usina de Macaé Merchant. Segundo Roberto Almeida, vice-presidente da empresa, o programa inclui projetos que vão desde de iluminação de monumentos históricos - como o Theatro Municipal do Rio e o Palácio de Cristal, em Petrópolis - até a universalização de energia. Um desses projetos foi inaugurado nesta quarta-feira, dia 9 de julho, na comunidade de Pouso de Cajaíba, em Paraty, estado do Rio de Janeiro. O programa, que teve o apoio do governo do Rio, recebeu investimentos de R$ 1 milhão e atendeu também as comunidades de Calhaus e Ponto da Juatinga. A iniciativa vai levar energia elétrica através de placas fotovoltaicas e de sistemas eólicos para 133 famílias na região. De acordo com Almeida, esses projetos têm ganhado bastante visibilidade mundial, em especial do Banco Mundial. Ele conta que o banco está impressionado com esse tipo de ações e já sinaliza com a entrada de financiamento para programas de universalização de energia. (Canal Energia - 09.07.2003)

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6 El Paso confiante na prorrogação de contrato de fornecimento para Manaus

A El Paso trabalha com a perspectiva de concluir em breve as negociações com a Eletrobrás para prorrogar o contrato de fornecimento de energia para Manaus. As quatro usinas termelétricas da empresas, na região, são responsáveis por 60% da energia fornecida para a cidade. A estatal suspendeu o pagamento pela contratação da energia. "As negociações continuam. A expectativa é de que o processo de recontratação da energia seja concluído o mais breve o possível", disse nesta quarta-feira, dia 9 de julho, Roberto de Almeida, vice-presidente da El Paso. O executivo contou ainda que a El Paso concluiu todos os projetos do PPT que tinha participação, que totalizam oito usinas e uma capacidade instalada de 2 mil MW. O executivo afirmou que, no Brasil, a El Paso vai concentrar os negócios no segmento de gás e petróleo, sobretudo na prospecção e exploração dos recursos da bacia de Camamu e de Santos. (Canal Energia - 09.06.2003)

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7 Multa de R$ 1 mi aplicada a Escelsa é mantida

A Aneel manteve a multa aplicada à Escelsa no valor de R$ 1,05 milhão, referente à interrupção do fornecimento de energia ocorrido no dia 17 de julho de 2002, na região da Grande Vitória. A multa foi determinada por meio do despacho n° 396/03, publicado na última terça-feira, 8 de julho, no Diário Oficial da União. A distribuidora havia contestado a multa aplicada pela agência por meio do despacho n° 113/02 de março de 2002. À época, a Aneel havia reduzido o valor da multa de R$ 1.134.880,12 para R$ 1.050.814,92. (Canal Energia - 09.07.2003)

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8 CEEE apresenta equipamentos inéditos

A CEEE é a primeira empresa brasileira de energia a ter em sua frota caminhões que permitem ao eletricista trabalhar em redes de até 138 mil volts sem que elas sejam desligadas. São 18 caminhões, sendo quatro novos, equipados com o material apto a proteger o profissional que trabalha na manutenção de linhas de transmissão, subestações e outros componentes sem a necessidade de corte no fornecimento. Os dois caminhões que atuarão nas redes de até 138 mil volts serão transferidos para as cidades de Canoas e Cruz Alta, onde atenderão também cidades dessas regiões, já que a CEEE é a responsável pelo sistema de transmissão em todo o RS. Os outros dois caminhões novos, que podem atuar em até 48 mil volts, irão para Osório e São Jerônimo, atendendo a 32 cidades da região Carbonífera e do Litoral Norte. O presidente em exercício da CEEE, Luiz Antonio Leão, destacou o total de R$ 1,029 milhão investido na renovação da frota da companhia. (Correio do Povo - 10.07.2003)

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9 CEEE garante fornecimento de energia na geração e na distribuição

Com o retorno do assunto 'apagão' ao noticiário, o presidente em exercício da CEEE, Luiz Antonio Leão voltou a frisar que os investimentos da companhia continuarão. No final deste mês, a CEEE deverá inaugurar uma nova linha de transmissão entre Taquara e Osório, que melhorará o fornecimento de energia para o Litoral. O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, também garantiu o abastecimento de energia no Estado. 'O consumo de energia pode aumentar em 20% hoje que, ainda assim, podemos garantir o fornecimento tanto na geração quanto na distribuição', acrescentou. De acordo com Andres, existem investimentos previstos para até 2008 que devem garantir que o Estado saia ileso de uma possível falta de energia. (Correio do Povo - 10.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS afasta risco de falta de energia no Nordeste

O ONS trabalha com a expectativa de que o nível médio de enchimento dos reservatórios do Nordeste deverá chegar, em novembro (final do período de seca) a 23%. Esse baixo índice, contudo, visto com preocupação por alguns executivos do setor elétrico, não deverá resultar em risco de abastecimento para a região, garantiu o diretor-presidente do ONS, Mário Santos. "Temos hoje tranqüilidade no suprimento graças ao incremento da rede de transmissão no País", disse Santos. Segundo ele, a capacidade de troca de energia entre os sistemas elétricos do Centro-Oeste/Sudeste/Sul e Norte/Nordeste foi ampliada com a inauguração da duplicação da interligação Norte-Sul, em maio. O potencial para a importação de energia saltou de 1 mil MW para 1,8 mil MW, segundo ele. (Jornal do Comércio - 10.07.2003)

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2 Nordeste teve melhor desempenho no consumo de energia em abril

O Nordeste obteve o melhor desempenho no consumo de energia elétrica no mês de abril, com alta de 6,6%, comparando com o mesmo mês em 2002, e no acumulado do ano, com aumento de 14,5%. O Departamento de Estudos Energéticos e Mercado (DEM), da Eletrobrás, disponibilizou os dados ontem através do MME. Já em Pernambuco, segundo a última pesquisa da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), as vendas no setor caíram 3,6% em maio com relação ao mesmo mês do ano passado. No Nordeste Interligado, o consumidor residencial teve um crescimento de 8,6% em abril. (Folha de Pernambuco - 10.07.2003)

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3 Consumo no Nordeste chega a 5.946 MW médios

O consumo no Nordeste chegou a 5.946 MW médios na última terça-feira, dia 8 de julho, contra previsão de 5.914 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registra queda no consumo de 2,55%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, a região acumula baixa de 6,02% no mesmo período. Já o Sul consumiu 7.574 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação (PMO), a região está com alta de 3,69% nos últimos sete dias. No mesmo período, o Norte tem ligeira queda de 0,08%. No dia 8, o subsistema teve um consumo de 2.901 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 26.209 MW médios, contra PMO de 25.350 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula queda no consumo de 2,27%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o submercado está com baixa de 7,08% no período. (Canal Energia - 09.06.2003)

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4 Volume do submercado Norte apresenta redução de 0,29%

O submercado Norte apresenta 80,17% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,29% em um dia. O volume da usina de Tucuruí está em 94,77%. (Canal Energia - 09.07.2003)

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5 Subsistema Nordeste está com 44,18% do volume

A região Nordeste está com 44,18% do volume, valor 23,95% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve queda de 0,21%. A hidrelétrica de Sobradinho registra 38,85% da capacidade. (Canal Energia - 09.07.2003)

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6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oete estão com 71,54% da capacidade

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 71,54% da capacidade, volume 38,57% acima da curva de segurança. O nível teve uma queda de 0,21%. A usina de Nova Ponte está com índice de 65,21%, enquanto Marimbondo está com 79,15% do volume. (Canal Energia - 09.07.2003)

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7 Capacidade de armazenamento está em 56,65% no subsistema Sul

A capacidade de armazenamento no subsistema Sul está em 56,65%, volume 0,04% menor do que o registrado no dia anterior. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta índice de 46,53%. (Canal Energia - 09.07.2003)

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8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Rede de gás natural pode chegar à Serra gaúcha

Representantes de 15 municípios da Encosta Superior do Nordeste, no Rio Grande do Sul, assinaram termo de compromisso com a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação e a Sulgás para a avaliação da implantação de rede de gás natural na região. Em 30 dias, as cidades receberão engenheiros da empresa para estudarem a demanda. Segundo o titular da secretaria, Valdir Andres, após análise, o projeto será enviado à Petrobras. Ele ressaltou também a importância da implantação do gasoduto Brasil-Argentina, com recursos na ordem de 360 milhões de dólares da empresa TSB. O preço do gás do país vizinho é 40% mais barato do que o boliviano. A medida prevê ainda a instalação de uma usina termelétrica em Canoas, em parceria com a CEEE e a Petrobras. O diretor-presidente da Sulgás, Hugo Mardini, destacou que a ampliação do gasoduto dependerá do interesse da iniciativa privada da região. "Já temos 350 quilômetros de gasoduto no RS e outros 50 estão sendo concluídos para levar o produto à Serra, totalizando R$ 11 milhões investidos neste novo trecho." (Correio do Povo - 10.07.2003)

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Grandes Consumidores

1 Eletrobrás e Indústria de alumínio

Com o objetivo de integrar oferta de eletricidade do Grupo Eletrobrás e a demanda dos setores industriais mais dependentes do consumo de eletricidade, foi realizada reunião ontem entre o presidente da Eletrobrás - Luiz Pinguelli Rosa (Eletrobrás) e representantes de associações de indústrias de alumínio, infra-estrutura e eletroeletrônicos. Neste encontro resultou a formação de grupos de trabalho com o objetivo de definir as necessidades do setor elétrico nas áreas de transmissão, subestações, geração e distribuição. (Folha de São Paulo e UFRJ - 10.07.2003)

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2 Abal: processo produtivo tem economia de energia de 95% com reciclagem de latas de alumínio

A reciclagem de latas de alumínio proporcionou uma economia de aproximadamente 1,7 mil GWh/ano no ano passado no país. O volume equivale a 0,5% de toda a energia gerada no país. Os dados foram divulgados pela Abal (Associação Brasileira do Alumínio) no último dia 8 de julho e mostram que a reciclagem de latas de alumínio também beneficia na redução de custos no processo produtivo e, portanto, nos gastos com energia elétrica. Segundo o levantamento, essa economia de energia elétrica chega a 95% no processo produtivo das indústrias. Ou seja, para produzir alumínio a partir do metal reciclado utiliza-se apenas 5% da energia que seria necessária para a produção a partir do produto primário. Além da economia com energia, a reciclagem de latas de alumínio também beneficia o meio ambiente. Estimativas da Abal revelam que a coleta de latas de alumínio movimenta, atualmente, R$ 850 milhões por ano e envolve cerca de 2 mil empresas. No ano passado, o país reciclou 87% de todas as latas consumidas, mantendo-se líder na reciclagem de latas entre os países onde a atividade não é obrigatória por lei. (Canal Energia - 09.06.2003)

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Economia Brasileira

1 PIB caiu 0,9% no 2º trimestre, diz Ipea

A economia recuou 0,9% de abril a junho, em comparação ao primeiro trimestre deste ano, segundo projeção do Ipea. Nos três primeiros meses de 2003, o PIB já havia caído 0,1% em relação ao último trimestre de 2002. Se o conceito de desempenho da economia adotado pelos mercados internacionais fosse aplicado ao Brasil, o primeiro semestre seria considerado recessivo. Segundo esse conceito, toda vez que o crescimento econômico cai por dois trimestres consecutivos, tecnicamente o país está em recessão. Como os especialistas prevêem uma melhora para o segundo semestre, 2003 será de crescimento pífio, mas não exatamente de recessão. "A economia está quase parando, e o crescimento de 1,6% previsto para o ano é medíocre", afirma o economista do Ipea Eustáquio Reis. Em relação ao mesmo período de 2002, o aumento da atividade econômica no segundo trimestre deverá ser de apenas 0,7%, segundo o Ipea. (Folha de São Paulo - 10.07.2003)

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2 IPCA registra a 1ª deflação desde 1998

Sob impacto das quedas do consumo e do dólar, o IPCA, registrou em junho a primeira deflação desde novembro de 1998. O índice caiu 0,15% -em maio, a inflação foi de 0,61%, disse o IBGE. Em novembro de 1998, os preços haviam caído, em média, 0,12%. O resultado de junho também é o menor desde setembro de 1998 (-0,22%), ano anterior à desvalorização e que teve a inflação mais baixa do Real (1,65%). A deflação de junho fez o índice acumulado em 12 meses recuar pela primeira vez desde agosto do ano passado, quando o país sofria os efeitos do aumento do dólar. A taxa cedeu de 17,24% até maio para 16,57% até junho. De acordo com a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos, três foram os principais motivos para a deflação: o recuo "consistente" do dólar desde o início do ano -e sua influência sobretudo nos alimentos-, a diminuição do consumo interno e a maior oferta de alimentos em razão da safra recorde. Para a economista, os efeitos do "choque cambial" de 2002 já não afetam mais os preços. (Folha de São Paulo - 10.07.2003)

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3 IGP-DI apresenta recuo de 0,70%

O IGP-DI registrou deflação de 0,70% em junho, após queda de 0,67% no mês anterior, de acordo com a FGV. Foi a maior redução de preços já apurada pelo IGP-DI desde setembro de 1995, quando a deflação chegou a 1,08%. Os preços no varejo caíram pela primeira vez desde junho de 2000, quando houve deflação de 0,01%, e registraram a maior deflação desde novembro de 1998, quando a taxa ficou negativa em 0,19%. O IPC passou de uma alta de 0,69% em maio para uma queda de 0,16% em junho. Os alimentos, ajudados pela safra agrícola e pela queda do dólar, tiveram redução de 0,80% em seus preços. Juntos com os combustíveis, cujos preços caíram 5,43%, foram os principais responsáveis pela deflação. O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, defendeu um corte na taxa básica de juros de um ponto percentual. "Vejo que há apostas de corte de dois, três pontos. Acho que é possível um ponto", disse. (Folha de São Paulo - 10.07.2003)

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4 Mercado aposta em queda dos juros

A deflação registrada pelo IPCA em junho abre caminho para uma redução mais forte da taxa básica de juros da economia, segundo analistas. "O que se tem hoje são juros de 26% para uma inflação de 7% nos próximos 12 meses. Por isso, uma redução de dois pontos é perfeitamente factível para a ortodoxia da equipe econômica" - disse o economista Heron do Carmo, coordenador do IPC-Fipe. Diferentemente do que sugeriu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com base nas projeções do mercado, de que os juros básicos podem chegar a 20% no fim do ano, Heron do Carmo defende taxa de 18,5% em dezembro. O economista Salomão Quadros, da FGV, disse que os últimos índices de deflação favorecem a queda dos juros, mas lembra que a redução deve ser gradual porque o núcleo da inflação vem desacelerando menos que os índices. O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, acredita que o BC manterá uma postura moderada e deverá reduzir os juros entre um e 1,5 ponto percentual este mês. Além disso, ele prevê redução de 20 pontos percentuais na exigência de compulsórios sobre depósitos à vista. Hoje, 68% desses recursos devem ser recolhidos como compulsórios. (O Globo - 10.07.2003)

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5 Governo conta com investimento privado no setor de infra-estrutura

O governo conta com a retomada do investimento privado para puxar o crescimento econômico ainda neste ano. Os trabalhos estão divididos em três grupos: infra-estrutura, política industrial e comércio exterior. A expectativa é de que algumas medidas estejam prontas até o final deste mês. Das três áreas, a de infra-estrutura é considerada chave. Na avaliação da equipe econômica, a situação de portos, estradas, energia elétrica e telecomunicações, por exemplo, é que determinarão a retomada de investimentos em outros setores da economia. "O importante na infra-estrutura é definir o marco regulatório e os contornos da parceria entre os setores público e privado para os investidores verem que tem uma direção", disse um técnico. A definição de regras claras e um horizonte seguro são reivindicações dos empresários, segundo essa fonte. Na avaliação da equipe econômica, não há recursos orçamentários suficientes para atender às necessidades de investimento em infra-estrutura, estimadas em R$ 20 bilhões por ano. Por isso, a participação do setor privado é considerada fundamental e a insegurança quanto à estabilidade das regras é um empecilho ao investimento. A elaboração de nova regulamentação para a infra-estrutura tem sido prioridade nos diversos ministérios da área econômica do governo. (O Paraná - 10.07.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera com forte alta nesta manhã de quinta-feira. Às 11h50m, a moeda americana registrava elevação de 1,29%, cotada a R$ 2,895 na compra e R$ 2,900 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou os negócios com recuo de 0,41%, sendo trocado de mãos a R$ 2,8600 na compra e a R$ 2,8630 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou da máxima de R$ 2,8750 à mínima de R$ 2,8590. (O Globo On Line e Valor On Line - 10.07.2003)

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Internacional

1 PetroFalcon investirá US$ 60mi na produção de gás natural na Venezuela

A petroleira americana PetroFalcon, da Califórnia, vai investir US$ 60 milhões na Venezuela nos próximos três a quatro anos para produzir 30-40 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d) de gás natural e 60.000 barris por dia (b/d) de petróleo até 2005-2006, disse o CEO da empresa, Bill Gumma, em uma apresentação à Associação Canadense de Produtores de Petroleo (CAPP) no final de junho. A petroleira estatal PDVSA fez três poços em La Vela nos anos 80 em busca de petróleo, mas só encontrou gás e os cobriu. A PetroFalcon acredita que há potencial para produção de 10mpc/d de gás, além de 300 barris por dia (b/d) de óleo cru, e vai trazer nova sonda para o campo, dobrando o potencial de produção de petróleo, disse Gumma. O campo La Vela fica em um bloco em terra firme de 400.000 acres que se estende até um bloco marítimo de 160.000. O bloco abriga 133 bilhões de pés cúbicos (bpc) de gás e 21 milhões de barris de petróleo e tem cinco estruturas testadas e provadas. A PetroFalcon planeja associar a quarta estrutura, que fica mais próxima da costa, a La Vela, vinculando sua produção à atividade em terra firme. (Business News Americas - 10.07.2003)

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2 PVDSA planeja construir gasoduto ICO

A PDVSA tem planos de construir o gasoduto ICO, de 275km, interligando leste e oeste. O ICO passaria muito perto de propriedades da PetroFalcon, permitindo acesso a Paraguana e a instalações petroquímicas vizinhas. Se a PetroFalcon decidir prosseguir com seu projeto antes da construção do ICO, poderia construir um gasoduto menor, de 100mpc/d, de La Vela à refinaria de Paraguana. A Mustang Engineering, de Houston, está fazendo o estudo de viabilidade do campo La Vela e deve terminá-lo em agosto, disse Kisic. La Vela é um dos dois campos do bloco Falcon Leste. O outro é Cumarebo, que está produzindo hoje 1.200 boe/d, a partir de 500b/d de óleo cru, 200b/d de condensados e 6mpc/d de gás. (Business News Americas - 10.07.2003)

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3 Governo britânico e órgão regulador divergem quanto a plano para perdas de energia

O governo britânico admitiu nessa quarta-feira estar havendo uma diferença de opinião com o Ofgem, o órgão regulador do sistema de energia do Reino Unido, com relação a data para a entrada em vigor do plano que estabelece cobranças para as perdas na transmissão de energia para longas distâncias. Segundo o porta-voz do Departamento de Comércio e Indústria (DTI) "está claro que há uma diferença de opinião". O Ofgem planeja colocar o plano em funcionamento já em abril de 2004 na Inglaterra e em Gales, enquanto que o DTI prefere que o início seja feito em abril de 2005, quando os mercados de energia dos dois países já citados e a Escócia já terão passado pelas reformas. O DTI não quis comentar ainda se seria sensato, por parte da Ofgem, lançar o plano em 2004 para um ano depois ter que alterá-lo em função da finalização das reformas. (Platts - 09.07.2003)

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