l IFE:
nº 1.147 - 10 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Proinfa: Governo do Ceará questiona valor da energia eólica O governo
cearense recebeu com pouco entusiasmo os valores propostos para a compra
da energia beneficiada pelo Proinfa, gerada a partir de PCHs, biomassa
e vento (eólica). Técnicos do governo local chegaram à conclusão de que
os preços sugeridos não estimulam da maneira esperada investimentos nas
regiões Norte e Nordeste. A queixa principal diz respeito à energia eólica,
de grande potencial na região Nordeste - apenas o Ceará teria capacidade
para produzir cerca de 9 mil MW, volume oito vezes superior à sua demanda
atual. Para essa fonte, o edital estipula R$ 221,81 por MW nas áreas de
abrangência das extintas Sudene e Sudam. Para o restante do País, o valor
é de R$ 231,68 por MW. O argumento do MME para a diferença nos valores
leva em conta a concessão de descontos de 75% sobre o Imposto de Renda
previsto para empresas que se disponham à investir no Norte e Nordeste.
Pela lógica do edital, isso resultaria em redução do custo de instalação
dos parques implicando, portanto, em remuneração também menor pela produção."É
um contra-senso com o discurso do governo Lula, que prega a diminuição
das desigualdades regionais", observa Adão Linhares Muniz, coordenador
de Energia e Comunicações da Secretaria da Infra-estrutura do Estado do
Ceará (Seinfra). (Gazeta Mercantil - 10.07.2003) 2 Proinfa: Governo cearense critica remuneração maior para áreas ineficientes O governo
do Ceará também questionou o item que prevê uma remuneração maior para
parques com menor "fator de capacidade" - quantidade de horas no ano em
que a usina opera na capacidade plena. "Do jeito que está é um estímulo
à ineficiência, já que o investidor pode optar por um equipamento mais
obsoleto ou uma região menos produtiva, pois será recompensado", argumenta.
Tal sistemática traria prejuízo para estados nordestinos que apresentam
grande potencial eólico, com ventos médios acima de 8 metros por segundo
na maior parte da faixa litorânea, a exemplo do Rio Grande do Norte e
Ceará - juntos concentram 59 dos 95 projetos com implantação autorizada
no País, até junho, pela Aneel. O Ceará já tem três parques em funcionamento;
dois de 30 MWs em licitação; e pode abrigar mais 36. (Gazeta Mercantil
- 10.07.2003) 3 Koblitz: Proinfa alavancará geração por biomassa A divulgação
dos valores propostos para o pagamento da energia proveniente de fontes
alternativas, beneficiada pelo Proinfa, animou os produtores do Nordeste
que utilizam como insumo a biomassa, em especial as usinas sucro-alcooleiras.
Para o presidente da Koblitz, Luiz Otávio Koblitz, a divulgação da proposta
de valores para a compra da energia dentro do que prevê o Proinfa (biomassa,
eólica e PCHs), foi uma garantia de que o programa vai sair do papel.
A empresa, com participação em projetos que somam 145 MW instalados, tem
previsão de negociar 100 MW no Proinfa. "O programa será o grande motor
do segmento de fontes alternativas no País", avalia o executivo. Não é
só a venda direta de energia para o Proinfa que anima a Koblitz. É que
muitas empresas nordestinas com geração própria - principalmente no setor
sucro-alcooleiro, que tem tradição na produção de energia a partir do
bagaço de cana - já estão contratando a Koblitz para ampliar seus parques
geradores, de olho no Proinfa. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003) 4
Energy Summit 2003 discute crescimento do SEE
Empresas 1 Representantes do BNDES e da AES tiveram novo encontro ontem Mais uma
etapa do longo processo de negociações entre o BNDES e o grupo norte-americano
AES foi cumprida ontem na sede do banco no Rio de Janeiro. O encontro
foi entre o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, e
representantes da Eletropaulo. Desta vez, não participou do encontro o
diretor de reestruturação da AES, o americano Joseph Brandt, presente
em praticamente todas as reuniões realizadas anteriormente. "O encontro
de hoje foi apenas mais uma etapa de reuniões", afirmaram fontes do banco
estatal, traduzindo a inexistência de acordo entre as partes. A expectativa
do banco estatal é que o impasse com a AES tenha desdobramentos apenas
em agosto, quando o BNDES deverá publicar edital para a escolha das empresas
de consultoria que ficarão responsáveis pela modelagem do leilão das ações
ordinárias da Eletropaulo, dadas em garantia pela AES Elpa à tomada de
empréstimo junto ao BNDES. Fontes ligadas à AES asseguram que, no momento
oportuno, a empresa vai recorrer contra a decisão tomada pelo BNDES de
realizar o leilão para a venda das ações da Eletropaulo. A partir daí,
então, a questão irá parar na esfera judicial, provocando desdobramentos.
(Gazeta Mercantil - 10.07.2003) 2 Deputados querem pressa na instalação da CPI da Eletropaulo A Comissão
de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pedirá ao presidente da Casa,
João Paulo Cunha (PT-SP), pressa na instalação da CPI para investigar
a privatização da Eletropaulo, adquirida pela empresa americana AES. Segundo
o deputado João Pizollatti (PP-SC), autor do requerimento apresentado
no dia 2 de julho, a CPI está em quarto lugar na fila de espera de comissões
de inquérito. Pelo regimento da Câmara, só podem funcionar simultaneamente
um máximo de cinco CPIs. O deputado disse que as privatizações das distribuidoras
de energia já estão sendo estudadas pela Comissão de Minas e Energia da
Câmara, e que alguns dados foram solicitados ao Tribunal de Contas da
União (TCU). Mas, segundo Pizollatti, sem a CPI não é possível obter todas
as informações necessárias nem fazer as convocações de autoridades e pessoas
envolvidas nas operações. A sua principal crítica é com relação ao empréstimo
concedido pelo BNDES à AES, no valor de US$ 1,2 bilhão, enquanto as garantias
recebidas eram de apenas US$ 400 milhões, segundo o deputado. (Tribuna
da Imprensa - 10.07.2003) 3 Aneel propõe 27% de reajuste à Celpa A Aneel
realizou ontem, em Belém, audiência pública para a discussão da proposta
de revisão tarifária periódica das Celpa, concessionária do serviço de
distribuição de energia elétrica no Estado que pertence ao Grupo Rede.
A proposta apresentada pela Aneel prevê um índice de reposicionamento
tarifário de 27,49% e um Fator X de 1,01%. A proposta apresentada pela
Aneel desagradou tanto os consumidores, quanto os representantes da concessionária.
Os consumidores querem redução, enquanto a Celpa propõe reposição integral
do IGP-M e a redução do Fator X. A empresa alega custos altos que envolvem
a distribuição de energia elétrica no Estado. De acordo com relatório
divulgado pela Celpa durante a audiência, a concessionária ficou com 34,6%
do total faturado em 2002. Segundo o relatório, dos R$ 964 milhões de
receita no ano passado, 25,3% foram gastos com pagamentos de impostos,
5,1% com encargos setoriais e 35% com compra de energia elétrica. Os dados
da Aneel apontam que, de 1999 a 2002, a concessionária de energia elétrica
do Pará acumulou um reajuste de tarifa de 66,47%, que corresponde à reposição
integral do IGP-M no período. No próximo dia 7 de agosto, a Aneel irá
publicar a resolução com os índices finais de reposicionamento tarifário
e do Fator X. (Gazeta Mercantil - 10.07.2003) 4
Celpe recebe R$ 31,2 mi na liquidação de operações no MAE 5 El Paso investe m projetos de eficiência energética A El Paso
investirá em 2003 R$ 5 milhões em projetos de eficiência energética no
país. Esse montante foi a contrapartida oferecida pela empresa em função
do recebimento de isenção por 10 anos no pagamento de ICMS relativo à
usina de Macaé Merchant. Segundo Roberto Almeida, vice-presidente da empresa,
o programa inclui projetos que vão desde de iluminação de monumentos históricos
- como o Theatro Municipal do Rio e o Palácio de Cristal, em Petrópolis
- até a universalização de energia. Um desses projetos foi inaugurado
nesta quarta-feira, dia 9 de julho, na comunidade de Pouso de Cajaíba,
em Paraty, estado do Rio de Janeiro. O programa, que teve o apoio do governo
do Rio, recebeu investimentos de R$ 1 milhão e atendeu também as comunidades
de Calhaus e Ponto da Juatinga. A iniciativa vai levar energia elétrica
através de placas fotovoltaicas e de sistemas eólicos para 133 famílias
na região. De acordo com Almeida, esses projetos têm ganhado bastante
visibilidade mundial, em especial do Banco Mundial. Ele conta que o banco
está impressionado com esse tipo de ações e já sinaliza com a entrada
de financiamento para programas de universalização de energia. (Canal
Energia - 09.07.2003) 6 El Paso confiante na prorrogação de contrato de fornecimento para Manaus A El Paso
trabalha com a perspectiva de concluir em breve as negociações com a Eletrobrás
para prorrogar o contrato de fornecimento de energia para Manaus. As quatro
usinas termelétricas da empresas, na região, são responsáveis por 60%
da energia fornecida para a cidade. A estatal suspendeu o pagamento pela
contratação da energia. "As negociações continuam. A expectativa é de
que o processo de recontratação da energia seja concluído o mais breve
o possível", disse nesta quarta-feira, dia 9 de julho, Roberto de Almeida,
vice-presidente da El Paso. O executivo contou ainda que a El Paso concluiu
todos os projetos do PPT que tinha participação, que totalizam oito usinas
e uma capacidade instalada de 2 mil MW. O executivo afirmou que, no Brasil,
a El Paso vai concentrar os negócios no segmento de gás e petróleo, sobretudo
na prospecção e exploração dos recursos da bacia de Camamu e de Santos.
(Canal Energia - 09.06.2003) 7 Multa de R$ 1 mi aplicada a Escelsa é mantida A Aneel
manteve a multa aplicada à Escelsa no valor de R$ 1,05 milhão, referente
à interrupção do fornecimento de energia ocorrido no dia 17 de julho de
2002, na região da Grande Vitória. A multa foi determinada por meio do
despacho n° 396/03, publicado na última terça-feira, 8 de julho, no Diário
Oficial da União. A distribuidora havia contestado a multa aplicada pela
agência por meio do despacho n° 113/02 de março de 2002. À época, a Aneel
havia reduzido o valor da multa de R$ 1.134.880,12 para R$ 1.050.814,92.
(Canal Energia - 09.07.2003) 8 CEEE apresenta equipamentos inéditos A CEEE é
a primeira empresa brasileira de energia a ter em sua frota caminhões
que permitem ao eletricista trabalhar em redes de até 138 mil volts sem
que elas sejam desligadas. São 18 caminhões, sendo quatro novos, equipados
com o material apto a proteger o profissional que trabalha na manutenção
de linhas de transmissão, subestações e outros componentes sem a necessidade
de corte no fornecimento. Os dois caminhões que atuarão nas redes de até
138 mil volts serão transferidos para as cidades de Canoas e Cruz Alta,
onde atenderão também cidades dessas regiões, já que a CEEE é a responsável
pelo sistema de transmissão em todo o RS. Os outros dois caminhões novos,
que podem atuar em até 48 mil volts, irão para Osório e São Jerônimo,
atendendo a 32 cidades da região Carbonífera e do Litoral Norte. O presidente
em exercício da CEEE, Luiz Antonio Leão, destacou o total de R$ 1,029
milhão investido na renovação da frota da companhia. (Correio do Povo
- 10.07.2003) 9 CEEE garante fornecimento de energia na geração e na distribuição Com o retorno
do assunto 'apagão' ao noticiário, o presidente em exercício da CEEE,
Luiz Antonio Leão voltou a frisar que os investimentos da companhia continuarão.
No final deste mês, a CEEE deverá inaugurar uma nova linha de transmissão
entre Taquara e Osório, que melhorará o fornecimento de energia para o
Litoral. O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir
Andres, também garantiu o abastecimento de energia no Estado. 'O consumo
de energia pode aumentar em 20% hoje que, ainda assim, podemos garantir
o fornecimento tanto na geração quanto na distribuição', acrescentou.
De acordo com Andres, existem investimentos previstos para até 2008 que
devem garantir que o Estado saia ileso de uma possível falta de energia.
(Correio do Povo - 10.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS afasta risco de falta de energia no Nordeste O ONS trabalha
com a expectativa de que o nível médio de enchimento dos reservatórios
do Nordeste deverá chegar, em novembro (final do período de seca) a 23%.
Esse baixo índice, contudo, visto com preocupação por alguns executivos
do setor elétrico, não deverá resultar em risco de abastecimento para
a região, garantiu o diretor-presidente do ONS, Mário Santos. "Temos hoje
tranqüilidade no suprimento graças ao incremento da rede de transmissão
no País", disse Santos. Segundo ele, a capacidade de troca de energia
entre os sistemas elétricos do Centro-Oeste/Sudeste/Sul e Norte/Nordeste
foi ampliada com a inauguração da duplicação da interligação Norte-Sul,
em maio. O potencial para a importação de energia saltou de 1 mil MW para
1,8 mil MW, segundo ele. (Jornal do Comércio - 10.07.2003) 2 Nordeste teve melhor desempenho no consumo de energia em abril O Nordeste
obteve o melhor desempenho no consumo de energia elétrica no mês de abril,
com alta de 6,6%, comparando com o mesmo mês em 2002, e no acumulado do
ano, com aumento de 14,5%. O Departamento de Estudos Energéticos e Mercado
(DEM), da Eletrobrás, disponibilizou os dados ontem através do MME. Já
em Pernambuco, segundo a última pesquisa da Federação das Indústrias de
Pernambuco (Fiepe), as vendas no setor caíram 3,6% em maio com relação
ao mesmo mês do ano passado. No Nordeste Interligado, o consumidor residencial
teve um crescimento de 8,6% em abril. (Folha de Pernambuco - 10.07.2003) 3 Consumo no Nordeste chega a 5.946 MW médios O consumo
no Nordeste chegou a 5.946 MW médios na última terça-feira, dia 8 de julho,
contra previsão de 5.914 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado
registra queda no consumo de 2,55%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.132 MW médios, a região acumula baixa de 6,02% no mesmo período.
Já o Sul consumiu 7.574 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios
do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação (PMO),
a região está com alta de 3,69% nos últimos sete dias. No mesmo período,
o Norte tem ligeira queda de 0,08%. No dia 8, o subsistema teve um consumo
de 2.901 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 26.209 MW médios, contra PMO de 25.350 MW médios do operador
do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula queda no consumo
de 2,27%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios,
o submercado está com baixa de 7,08% no período. (Canal Energia - 09.06.2003) 4
Volume do submercado Norte apresenta redução de 0,29% 5 Subsistema Nordeste está com 44,18% do volume A região
Nordeste está com 44,18% do volume, valor 23,95% acima da curva de aversão
ao risco 2002/2003. O índice teve queda de 0,21%. A hidrelétrica de Sobradinho
registra 38,85% da capacidade. (Canal Energia - 09.07.2003) 6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oete estão com 71,54% da capacidade Os reservatórios
do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão com 71,54% da capacidade, volume
38,57% acima da curva de segurança. O nível teve uma queda de 0,21%. A
usina de Nova Ponte está com índice de 65,21%, enquanto Marimbondo está
com 79,15% do volume. (Canal Energia - 09.07.2003) 7 Capacidade de armazenamento está em 56,65% no subsistema Sul A capacidade
de armazenamento no subsistema Sul está em 56,65%, volume 0,04% menor
do que o registrado no dia anterior. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta
índice de 46,53%. (Canal Energia - 09.07.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Rede de gás natural pode chegar à Serra gaúcha Representantes
de 15 municípios da Encosta Superior do Nordeste, no Rio Grande do Sul,
assinaram termo de compromisso com a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação
e a Sulgás para a avaliação da implantação de rede de gás natural na região.
Em 30 dias, as cidades receberão engenheiros da empresa para estudarem
a demanda. Segundo o titular da secretaria, Valdir Andres, após análise,
o projeto será enviado à Petrobras. Ele ressaltou também a importância
da implantação do gasoduto Brasil-Argentina, com recursos na ordem de
360 milhões de dólares da empresa TSB. O preço do gás do país vizinho
é 40% mais barato do que o boliviano. A medida prevê ainda a instalação
de uma usina termelétrica em Canoas, em parceria com a CEEE e a Petrobras.
O diretor-presidente da Sulgás, Hugo Mardini, destacou que a ampliação
do gasoduto dependerá do interesse da iniciativa privada da região. "Já
temos 350 quilômetros de gasoduto no RS e outros 50 estão sendo concluídos
para levar o produto à Serra, totalizando R$ 11 milhões investidos neste
novo trecho." (Correio do Povo - 10.07.2003)
Grandes Consumidores 1 Eletrobrás e Indústria de alumínio Com o objetivo
de integrar oferta de eletricidade do Grupo Eletrobrás e a demanda dos
setores industriais mais dependentes do consumo de eletricidade, foi realizada
reunião ontem entre o presidente da Eletrobrás - Luiz Pinguelli Rosa (Eletrobrás)
e representantes de associações de indústrias de alumínio, infra-estrutura
e eletroeletrônicos. Neste encontro resultou a formação de grupos de trabalho
com o objetivo de definir as necessidades do setor elétrico nas áreas
de transmissão, subestações, geração e distribuição. (Folha de São Paulo
e UFRJ - 10.07.2003) 2 Abal: processo produtivo tem economia de energia de 95% com reciclagem de latas de alumínio A reciclagem
de latas de alumínio proporcionou uma economia de aproximadamente 1,7
mil GWh/ano no ano passado no país. O volume equivale a 0,5% de toda a
energia gerada no país. Os dados foram divulgados pela Abal (Associação
Brasileira do Alumínio) no último dia 8 de julho e mostram que a reciclagem
de latas de alumínio também beneficia na redução de custos no processo
produtivo e, portanto, nos gastos com energia elétrica. Segundo o levantamento,
essa economia de energia elétrica chega a 95% no processo produtivo das
indústrias. Ou seja, para produzir alumínio a partir do metal reciclado
utiliza-se apenas 5% da energia que seria necessária para a produção a
partir do produto primário. Além da economia com energia, a reciclagem
de latas de alumínio também beneficia o meio ambiente. Estimativas da
Abal revelam que a coleta de latas de alumínio movimenta, atualmente,
R$ 850 milhões por ano e envolve cerca de 2 mil empresas. No ano passado,
o país reciclou 87% de todas as latas consumidas, mantendo-se líder na
reciclagem de latas entre os países onde a atividade não é obrigatória
por lei. (Canal Energia - 09.06.2003) Economia Brasileira 1 PIB caiu 0,9% no 2º trimestre, diz Ipea A economia
recuou 0,9% de abril a junho, em comparação ao primeiro trimestre deste
ano, segundo projeção do Ipea. Nos três primeiros meses de 2003, o PIB
já havia caído 0,1% em relação ao último trimestre de 2002. Se o conceito
de desempenho da economia adotado pelos mercados internacionais fosse
aplicado ao Brasil, o primeiro semestre seria considerado recessivo. Segundo
esse conceito, toda vez que o crescimento econômico cai por dois trimestres
consecutivos, tecnicamente o país está em recessão. Como os especialistas
prevêem uma melhora para o segundo semestre, 2003 será de crescimento
pífio, mas não exatamente de recessão. "A economia está quase parando,
e o crescimento de 1,6% previsto para o ano é medíocre", afirma o economista
do Ipea Eustáquio Reis. Em relação ao mesmo período de 2002, o aumento
da atividade econômica no segundo trimestre deverá ser de apenas 0,7%,
segundo o Ipea. (Folha de São Paulo - 10.07.2003) 2 IPCA registra a 1ª deflação desde 1998 Sob impacto das quedas do consumo e do dólar, o IPCA, registrou em junho a primeira deflação desde novembro de 1998. O índice caiu 0,15% -em maio, a inflação foi de 0,61%, disse o IBGE. Em novembro de 1998, os preços haviam caído, em média, 0,12%. O resultado de junho também é o menor desde setembro de 1998 (-0,22%), ano anterior à desvalorização e que teve a inflação mais baixa do Real (1,65%). A deflação de junho fez o índice acumulado em 12 meses recuar pela primeira vez desde agosto do ano passado, quando o país sofria os efeitos do aumento do dólar. A taxa cedeu de 17,24% até maio para 16,57% até junho. De acordo com a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos, três foram os principais motivos para a deflação: o recuo "consistente" do dólar desde o início do ano -e sua influência sobretudo nos alimentos-, a diminuição do consumo interno e a maior oferta de alimentos em razão da safra recorde. Para a economista, os efeitos do "choque cambial" de 2002 já não afetam mais os preços. (Folha de São Paulo - 10.07.2003) 3 IGP-DI apresenta recuo de 0,70% O IGP-DI
registrou deflação de 0,70% em junho, após queda de 0,67% no mês anterior,
de acordo com a FGV. Foi a maior redução de preços já apurada pelo IGP-DI
desde setembro de 1995, quando a deflação chegou a 1,08%. Os preços no
varejo caíram pela primeira vez desde junho de 2000, quando houve deflação
de 0,01%, e registraram a maior deflação desde novembro de 1998, quando
a taxa ficou negativa em 0,19%. O IPC passou de uma alta de 0,69% em maio
para uma queda de 0,16% em junho. Os alimentos, ajudados pela safra agrícola
e pela queda do dólar, tiveram redução de 0,80% em seus preços. Juntos
com os combustíveis, cujos preços caíram 5,43%, foram os principais responsáveis
pela deflação. O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros,
defendeu um corte na taxa básica de juros de um ponto percentual. "Vejo
que há apostas de corte de dois, três pontos. Acho que é possível um ponto",
disse. (Folha de São Paulo - 10.07.2003) 4
Mercado aposta em queda dos juros 5 Governo conta com investimento privado no setor de infra-estrutura O governo
conta com a retomada do investimento privado para puxar o crescimento
econômico ainda neste ano. Os trabalhos estão divididos em três grupos:
infra-estrutura, política industrial e comércio exterior. A expectativa
é de que algumas medidas estejam prontas até o final deste mês. Das três
áreas, a de infra-estrutura é considerada chave. Na avaliação da equipe
econômica, a situação de portos, estradas, energia elétrica e telecomunicações,
por exemplo, é que determinarão a retomada de investimentos em outros
setores da economia. "O importante na infra-estrutura é definir o marco
regulatório e os contornos da parceria entre os setores público e privado
para os investidores verem que tem uma direção", disse um técnico. A definição
de regras claras e um horizonte seguro são reivindicações dos empresários,
segundo essa fonte. Na avaliação da equipe econômica, não há recursos
orçamentários suficientes para atender às necessidades de investimento
em infra-estrutura, estimadas em R$ 20 bilhões por ano. Por isso, a participação
do setor privado é considerada fundamental e a insegurança quanto à estabilidade
das regras é um empecilho ao investimento. A elaboração de nova regulamentação
para a infra-estrutura tem sido prioridade nos diversos ministérios da
área econômica do governo. (O Paraná - 10.07.2003) O dólar
comercial opera com forte alta nesta manhã de quinta-feira. Às 11h50m,
a moeda americana registrava elevação de 1,29%, cotada a R$ 2,895 na compra
e R$ 2,900 na venda. Ontem, o dólar comercial encerrou os negócios com
recuo de 0,41%, sendo trocado de mãos a R$ 2,8600 na compra e a R$ 2,8630
na venda. Durante o dia, a moeda oscilou da máxima de R$ 2,8750 à mínima
de R$ 2,8590. (O Globo On Line e Valor On Line - 10.07.2003)
Internacional 1 PetroFalcon investirá US$ 60mi na produção de gás natural na Venezuela A petroleira
americana PetroFalcon, da Califórnia, vai investir US$ 60 milhões na Venezuela
nos próximos três a quatro anos para produzir 30-40 milhões de pés cúbicos
por dia (mpc/d) de gás natural e 60.000 barris por dia (b/d) de petróleo
até 2005-2006, disse o CEO da empresa, Bill Gumma, em uma apresentação
à Associação Canadense de Produtores de Petroleo (CAPP) no final de junho.
A petroleira estatal PDVSA fez três poços em La Vela nos anos 80 em busca
de petróleo, mas só encontrou gás e os cobriu. A PetroFalcon acredita
que há potencial para produção de 10mpc/d de gás, além de 300 barris por
dia (b/d) de óleo cru, e vai trazer nova sonda para o campo, dobrando
o potencial de produção de petróleo, disse Gumma. O campo La Vela fica
em um bloco em terra firme de 400.000 acres que se estende até um bloco
marítimo de 160.000. O bloco abriga 133 bilhões de pés cúbicos (bpc) de
gás e 21 milhões de barris de petróleo e tem cinco estruturas testadas
e provadas. A PetroFalcon planeja associar a quarta estrutura, que fica
mais próxima da costa, a La Vela, vinculando sua produção à atividade
em terra firme. (Business News Americas - 10.07.2003) 2 PVDSA planeja construir gasoduto ICO A PDVSA
tem planos de construir o gasoduto ICO, de 275km, interligando leste e
oeste. O ICO passaria muito perto de propriedades da PetroFalcon, permitindo
acesso a Paraguana e a instalações petroquímicas vizinhas. Se a PetroFalcon
decidir prosseguir com seu projeto antes da construção do ICO, poderia
construir um gasoduto menor, de 100mpc/d, de La Vela à refinaria de Paraguana.
A Mustang Engineering, de Houston, está fazendo o estudo de viabilidade
do campo La Vela e deve terminá-lo em agosto, disse Kisic. La Vela é um
dos dois campos do bloco Falcon Leste. O outro é Cumarebo, que está produzindo
hoje 1.200 boe/d, a partir de 500b/d de óleo cru, 200b/d de condensados
e 6mpc/d de gás. (Business News Americas - 10.07.2003) 3 Governo britânico e órgão regulador divergem quanto a plano para perdas de energia O governo
britânico admitiu nessa quarta-feira estar havendo uma diferença de opinião
com o Ofgem, o órgão regulador do sistema de energia do Reino Unido, com
relação a data para a entrada em vigor do plano que estabelece cobranças
para as perdas na transmissão de energia para longas distâncias. Segundo
o porta-voz do Departamento de Comércio e Indústria (DTI) "está claro
que há uma diferença de opinião". O Ofgem planeja colocar o plano em funcionamento
já em abril de 2004 na Inglaterra e em Gales, enquanto que o DTI prefere
que o início seja feito em abril de 2005, quando os mercados de energia
dos dois países já citados e a Escócia já terão passado pelas reformas.
O DTI não quis comentar ainda se seria sensato, por parte da Ofgem, lançar
o plano em 2004 para um ano depois ter que alterá-lo em função da finalização
das reformas. (Platts - 09.07.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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