l IFE:
nº 1.146 - 09 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 BNDES elabora programa para amenizar dívida de elétricas O BNDES
está elaborando um programa de socorro às empresas públicas e privadas
do setor de energia, com o objetivo de aliviar a dívida dessas companhias
e ajudar na recuperação do caixa das elétricas. O BNDES não fala em valores,
mas o desembolso previsto para o setor este ano é de R$ 6,7 bilhões. Além
de liberar financiamentos para recomposição do caixa, haverá mecanismos
que permitam às empresas alongar e reduzir suas dívidas. "Não adianta
apenas ampliar o endividamento dessas empresas. É preciso dar a elas condições
de se viabilizar", afirmou João Carlos Cavalcanti, superintendente da
área de infra-estrutura do banco, que participou ontem do fórum de energia
elétrica Infra 2020. Cavalcanti evitou detalhar o que vem sendo estudado
pelo banco, mas adiantou que poderão ser utilizados para o alongamento
das dívidas o lançamento de debêntures conversíveis em ações, entre outras
alternativas. "Não pensamos em usar simplesmente títulos de dívida", explicou.
Paralelamente, o BNDES também estuda a criação de soluções, via financiamento,
específicas às empresas estatais, voltadas para garantir a implementação
do cronograma de investimentos especialmente de Furnas, Chesf e Eletronorte.
Neste caso, o tratamento ainda será avaliado pelo Ministério da Fazenda,
Banco Central e pelo próprio BNDES. (Jornal do Commercio, Estado de São
Paulo e Canal Energia - 09.07.2003) 2 Pesquisa da Abdib aponta estagnação de novos investimentos Pesquisa
realizada pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de
Base (Abdib) com 150 profissionais ligados ao setor elétrico revela que
85% deles constatam uma paralisia dos investimentos, enquanto 11% apontam
recuo e apenas 4% falam de crescimento. De acordo com a pesquisa, 56%
dos entrevistados acreditam que os negócios do setor elétrico irão diminuir
neste ano, enquanto 31% prevêem um nível de negócios similar a 2002. Houve
quase a unanimidade entre os entrevistados (94%) na afirmação de que o
nível atual das taxas de juros influencia negativamente o setor elétrico.
"Isso reflete não só uma preocupação, mas a certeza de que os investimentos
estão parados, já que esses agentes estão envolvidos na materialização
dos projetos", disse o presidente da EDP Brasil e vice-presidente da Abdib,
Eduardo Bernini, durante o 3º Fórum de Energia Elétrica. Os problemas
regulatórios são apontados na pesquisa como o principal entrave para a
maioria das empresas, seguidos pela falta de financiamentos. Também aparecem
como obstáculos a falta de contratos de longo prazo para compra e venda
e energia e de licenças ambientais. (Jornal do Commercio - 09.07.2003) 3 ONS recebe a melhor avaliação na pesquisa da Abdib Os entrevistados
avaliaram também as principais instituições do setor elétrico, dando notas
de 1 a 10. A menor nota (4) foi para o Ibama, enquanto o ONS recebeu a
melhor avaliação (6,5). O BNDES obteve nota 4,5; o Ministério de Minas
e Energia, 5,1; a Petrobras, 5,6; o Banco do Brasil, 6,1; a Eletrobrás,
4,4; e a Aneel, 5. Entre os entrevistados, 41% eram fornecedores; 13%
eram órgãos do Governo; 11%, do mercado financeiro; 18%, das concessionárias
privadas; 11%, de concessionárias públicas; e 6%, de entidades de classe.
(Jornal do Commercio - 09.07.2003) 4
Abradee reinvidica criação de linhas de crédito para investimentos 5 Proposta sobre garantia às geradoras gera polêmica entre distribuidoras O presidente
do Conselho da Abradee, Orlando Gonzalez, questionou, durante o 3o Fórum
de Energia Elétrica, a idéia apresentada na segunda-feira, pela ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, de que no novo modelo do setor as
distribuidoras deverão conceder garantias às geradoras, como forma de
um seguro contra a inadimplência. A ministra citou como exemplo de garantia
que poderia ser concedida uma parcela da receita das companhias distribuidoras.
Para Wilson Ferreira, presidente da CPFL, algumas empresas podem, de fato,
ter problemas para depositar as garantias. Para ele, no entanto, o maior
problema do segmento é a falta de um mecanismo que cubra a variação dos
custos não-gerenciáveis. "Tínhamos a CVA, mas não está funcionando", referindo-se
ao adiamento do repasse. (Jornal do Commercio e Gazeta Mercantil- 09.07.2003) 6 Processo de licitação do novo modelo preocupa empresas privadas Investidores
privados do setor elétrico estão preocupados com a implementação do novo
modelo. Umas das maiores geradoras privadas, a Tractebel aplicou, no último
ano, mais de US$ 1,5 bilhão no Brasil. O presidente do conselho de administração
da geradora, Maurício Stolle Bähr, se diz receoso com o processo de transição
para o novo modelo, especialmente em relação à disputa para novas concessões.
No novo modelo, vencerá aquele que oferecer a menor tarifa e não mais
quem pagar o maior valor para o governo. "Mas como vão ficar as empresas
que já pagaram ágio pelas concessões anteriores?", questionou Bähr, no
encerramento do 3o Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. Uma sugestão,
segundo Bähr, é que o governo libere as empresas, a exemplo da Tractebel
- que disputou e ganhou duas concessões - de pagar por elas. Explica-se:
no modelo vigente, depois de ganhar uma concessão, as empresas precisam
depositar uma garantia na Aneel. O valor da garantia é de 0,4% do total
que a empresa irá investir na construção da usina. Na opinião de Bähr,
o governo terá de encontrar uma maneira "justa" para que as empresas que
venceram concessões anteriores possam competir com as que ganharem futuras
concessões. (Valor - 09.07.2003) 7 CBIEE: Governo não tem caixa para realizar expansão Para o presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Claudio Sales, os indicativos do governo em manter o monopólio na geração criam um paradoxo. "O governo não tem caixa para fazer um terço das obras necessárias em expansão", afirma. Segundo ele, é preciso garantir condições para que os investidores privados possam atuar no mercado com estabilidade regulatória. (Gazeta Mercantil - 09.07.2003) 8
Retração de investimentos no SEE prejudica fornecedores de equipamentos
Empresas 1 SVM é a única pré-qualificada para aquisição da Cemar A SVM Participações
e Empreendimentos Ltda. assumiu a frente na disputa para assumir o controle
societário da Cemar. A empresa, controlada pela norte-americana Brazil
Development Equity Investiment, que por sua vez está sob controle do fundo
GP Capital, foi a única pré-qualificada pela Aneel. A decisão retirou
do páreo, "por não atenderem aos requisitos", o Grupo de Empresas (Arres
do Brasil Participações Ltda., Citissimo do Brasil Participações Ltda.
e Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda.) e a Acon Offshore Partners, LP.
As empresas preteridas do processo têm dez para recorrer da decisão. Já
a SVM deve apresentar, até 25 de julho, uma proposta para solucionar a
situação econômica da distribuidora, sob intervenção desde agosto de 2002,
quando a controladora da empresa, o grupo norte-americano Pensilvânia
Power Light (PPL), pediu concordata. Segundo a Aneel, a dívida chega a
R$ 806 milhões, mais da metade em empréstimos e financiamentos. O processo
deve terminar no dia 12 de agosto, com o parecer sobre a proposta da SVM.
Se for aprovada, a empresa pagará o preço simbólico de US$ 1 à antiga
controladora e assumirá as dívidas da empresa. (Gazeta Mercantil - 09.07.2003) 2 Celg investirá R$ 150 mi até meados de 2004 As medidas
de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro da Celg definidas
no início deste ano pelo governador Marconi Perillo resultaram ontem no
anúncio da retomada dos investimentos da empresa na expansão das redes
de transmissão e distribuição. Por meio de parceria com a administração
estadual, Marconi e o presidente da Celg, José Paulo Loureiro, assinaram
em Goiânia termo de liberação de R$ 150 milhões a serem aplicados em sistemas
de energia rural e urbana até julho de 2004. Os recursos serão aplicados
em três programas conduzidos pela companhia: o Energia Cidadã, que visa
parceria com a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura (Seinfra), aplicará
R$ 6,4 milhões na implantação de redes de distribuição que atenderão a
11,5 mil unidades habitacionais em 119 municípios; os sistemas Pirineus
e Acreúna, com investimentos de R$ 97 milhões em linhas e subestações
de distribuição e transmissão de energia em Anápolis, Goiânia, Rio Verde,
Acreúna, Caldas Novas e região; e o Força para o Campo, que destinará
R$ 46 milhões para as ações de eletrificação rural no Norte e Nordeste
goianos. O repasse dos recursos foi possível, segundo Marconi, graças
sobretudo à liminar - expedida pela justiça federal no dia 1º de abril
- que desobriga a Celg a comprar energia exclusivamente produzida pela
Usina de Cachoeira Dourada. (Diário da Manhã - 09.07.2003) 3 Descontratação de energia representa prejuízo de R$ 400 mi para Cesp O secretário
de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do estado de São Paulo, Mauro
Arce, afirmou nesta terça-feira, dia 8 de julho, que a descontratação
de 900 MW médios de energia velha no início deste ano está representando
um prejuízo de R$ 400 milhões para a Cesp. Para amenizar o prejuízo, a
empresa está vendendo o excedente de energia no MAE por cerca de R$ 19
por MWh. Segundo Arce, a expectativa é que do montante total liberado,
a Cesp venda 110 MW médios no leilão de excedentes de energia, o que poderia
gerar recursos da ordem de R$ 40 milhões, ou 10% da dívida absorvida este
ano. "O leilão realmente ajuda a situação da Cesp, mas é limitado em razão
do baixo volume de venda. Os grandes consumidores não comprarão tanta
energia", comentou Arce. (Canal Energia - 08.07.2003) 4
Cesp pretende emitir bônus em fevereiro e março de 2004 5 Revisão tarifária da Celpa: Aneel realiza audiência pública A Aneel
realiza audiência pública nesta quarta-feira, 9 de julho, para coletar
subsídios sobre a revisão tarifária periódica da Celpa. Estarão presentes
dois diretores da Aneel, Paulo Pedrosa e Eduardo Ellery, e o diretor-geral
da Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon),
Ronaldo Barata. As informações sobre a revisão, incluindo a nota técnica
com os resultados preliminares, podem ser acessados na página na agência
na internet (www.aneel.gov.br). A reunião acontece a partir das 14 horas,
em Belém, no Pará. (Canal Energia - 08.07.2003) 6 CPFL Brasil investirá cerca de R$ 2 bi em projetos de geração hidrelétrica De acordo
com o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, a CPFL Brasil -
comercializadora da holding - continua desenvolvendo projetos na área
de geração hidrelétrica, com ênfase em três projetos: Ceran, Barra Grande
e Campos Novos, enquadrados como viáveis pelo BNDES. Os empreendimentos
receberão investimentos da ordem de R$ 4 bilhões, sendo que a CPFL tem
participação acionária maior que 50%. "Vamos investir perto de R$ 2 bilhões.
Já conseguimos no início de junho a aprovação do financiamento do projeto
de Barra Grande e teremos uma reunião para discutir Campos Novos na próxima
semana com o BNDES", diz. (Canal Energia - 08.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Pesquisa mostra que profissionais do SEE acreditam em novo apagão A paralisação
nas obras do setor de energia pode levar o País a uma nova crise em 2006
ou 2007. Essa é a avaliação de 77% dos 150 executivos da área ouvidos
na pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e
Indústria de Base (Abdib) com 150 profissionais ligados ao setor elétrico.
A maioria (48%) acredita que o país pode sofrer um novo racionamento em
2007. Na segunda-feira, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
também havia alertado para o risco de novo apagão, mas apenas a partir
de 2007. "As decisões tomadas em 2003 é que vão definir esse risco de
falta de energia", disse o presidente da Abdib, José Augusto Marques,
ao se referir ao tempo de construção de novas usinas. Segundo o levantamento,
apenas 5% dos executivos não acreditam em uma possível crise. Os outros
8%, mais pessimistas, vêem a possibilidade de um apagão no setor ainda
nos próximos dois anos. Marques lembrou que existem hoje 7 mil MW em obras
licitadas, mas que estão paradas por problemas ambientais e de financiamento,
o equivalente a cerca de 10% do parque gerador atual. Segundo o presidente
da Abdib, se a economia crescer em um ritmo de 3% ao ano a partir de 2004
- valor inferior ao previsto pelo Governo no Plano Plurianual -, a reserva
de energia que existe hoje se esgotará em 2007. A avaliação dos executivos
é a mesma do Governo. (Jornal do Commercio e Valor - 09.07.2003) 2 Sem investimento, Nordeste pode sofrer novo apagão O Nordeste
precisará de investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões em geração de energia
elétrica até 2012 e R$ 1,5 bilhão em transmissão até 2006. Mesmo assim,
a Região não estará livre do risco de déficit na oferta do produto por
volta de 2008. Neste ano, o MME prevê que a curva da demanda estará acima
da energia disponível para consumo, em cerca de 500 MW médios, ou 1,7%.
No entanto, para o presidente da Chesf, Dilton da Conti, a situação é
menos preocupante do que se imagina. "Consideramos um risco de até 5%
aceitável", comentou ontem, durante o 3º Fórum Brasileiro de Energia Elétrica
(Infra 2020), em São Paulo. (Diário de Pernambuco - 09.07.2003) 3 Demanda de energia no Sudeste/Centro-Oeste chega a 25.432 MW As regiões
Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste continuam registrando queda no consumo
nos últimos sete dias. Segundo dados do ONS, relativo ao dia 7 de julho,
a demanda de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste chegou a 25.432
MW médios, uma queda de 1,1% na última semana. O consumo no Sul do país
subiu 1,3%, atingindo 7.294 MW médios. Já no Norte, o consumo chegou a
2.912 MW médios, um aumento de 2,1%. (Canal Energia - 08.07.2003) 4
Reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão com 71,45% da capacidade 5 Capacidade de armazenamento está em 56,96% no Sul No subsistema
Sul, a usina de Salto Santiago está com 49% da capacidade armazenamento,
enquanto o nível da região está em 56,96%. Em relação ao dia anterior,
o índice teve uma queda de 0,25%. (Canal Energia - 08.07.2003) 6 Nordeste está com 44,39% da capacidade armazenamento A capacidade
de armazenamento da região Nordeste está em 44,39%, volume 24,07% acima
da curva de aversão 20002/2003. O nível teve uma queda de 0,14% em um
dia. A hidrelétrica de Sobradinho, a maior do subsistema, apresenta índice
de 39,1%. (Canal Energia - 08.07.2003) 7 Capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 50,46% Os reservatórios
do subsistema Norte estão com 50,46% da capacidade, uma redução de 0,33%
em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí registra índice
de 95,09%. (Canal Energia - 08.07.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Entidades contestam regulamentação do leilão de excedentes de energia Entidades
das principais áreas de atuação do setor elétrico contestaram vários pontos
apresentados pela Aneel na minuta da resolução que regulamenta o leilão
de excedentes de energia elétrica. O escopo do documento foi levado à
audiência pública na semana passada, e gerou contribuições de 25 agentes,
entre associações e organismos setoriais, companhias de energia e até
uma empresa de móveis. O principal ponto questionado por diversos agentes,
especialmente distribuidoras, foi relacionado à criação do Encargo de
Serviços de Distribuição (ESD), destinado a suprir os custos com o transporte
da energia comercializada bilateralmente entre as geradoras e os consumidores
livres. Pela minuta, o encargo será pego pelos consumidores que adquirirem
energia no leilão, e rateado proporcionalmente aos montantes arrematados
por cada comprador. (Canal Energia - 08.07.2003) 2 Associações querem mais espaço para outros segmentos no leilão As principais associações aproveitaram a consulta da resolução que regulamenta o leilão de excedentes de energia elétrica, para pleitear espaço de outros segmentos no negócio, em princípio restrito aos geradores e grandes consumidores industriais. A Abraget (geradoras termelétricas), por exemplo, apresentou a possibilidade de o leilão abrir espaço à comercialização de qualquer energia descontratada, e não só à vinculada aos contratos iniciais. A medida incluiria a produção independente e a energia importada. A Abraceel (agentes de comercialização) aproveitou para contestar o princípio de isonomia do leilão, em função da restrição à apenas dois segmentos de mercado, e destacou a possibilidade de inclusão das comercializadoras no negócio - que atuariam representando consumidores livres. Um dos pontos que foram destacados em relação à minuta por quase todos os agentes, e em especial pela APMPE (pequenos e médios produtores), foi a omissão do custeio da CDE, que de acordo com várias propostas apresentadas, deveria estar incluída nas componentes da ESD e ser rateada entre os vendedores. A conta foi criada como fonte de subsídio às fontes alternativas de energia. (Canal Energia - 08.07.2003) 3 CPFL pleiteia espaço para comercializadoras no novo modelo O presidente
da holding CPFL Energia defendeu nesta terça-feira, dia 8 de julho, a
presença das comercializadoras no novo modelo do setor elétrico que será
apresentado pelo governo. Segundo Wilson Ferreira Jr., em qualquer modelo
há sobra de energia elétrica, por isso a atuação desses agentes torna-se
fundamental. Segundo o executivo, o setor elétrico brasileiro possui atualmente
47 comercializadoras, que negociam 10% da energia adquirida pelos consumidores
livres e 7% do montante vendido no MAE. "Vai ser difícil convencer um
consumidor livre voltar a ser cativo. As comercializadoras oferecem preços
30% mais baixos", observa, destacando ainda que as empresas de comercialização
administram portfólios de energia elétrica tanto para compra e venda.
A proposta de as distribuidoras centralizarem a compra de energia elétrica,
na opinião de Ferreira Jr., não representam um risco para a CPFL. Ele
informa que a empresa tem recebíveis para dar em garantia nos contratos
de longo prazo, entretanto, outras distribuidoras podem ter problema.
"Algumas distribuidoras podem ter dificuldades para arcar com o volume
de energia disponibilizado, ou não ter recebíveis suficientes para dar
as garantias necessárias", afirma. (Canal Energia - 08.07.2003) 4
Comerc intermediará 45 MW médios em leilão de compra de energia
Gás e Termoelétricas 1 Proposta da Petrobras sobre contrato do gás boliviano será analisada em agosto A Petrobras,
a estatal boliviana YPFB e o Ministério de Hidrocarburetos e Energia da
Bolívia vão se reunir, novamente, para analisar a proposta da estatal
brasileira para chegar a um acordo sobre o contrato de fornecimento de
gás boliviano. O encontro está previsto para acontecer nos dias 11 e 12
de agosto, no Rio de Janeiro. Segundo Ildo Sauer, diretor de Gás e Energia
da Petrobras, a proposta feita no início deste mês prevê a redução no
preço do gás, além do aumento da flexibilidade do contrato (com a redução
do take or pay) e do volume de gás a ser comprado pela estatal brasileira
com prazo maior de pagamento. A estatal também está preocupada em garantir
que o contrato da proposta não gere perdas ao governo boliviano, inclusive
em relação ao pagamento de royalties. Sauer conta que as conclusões dessas
negociações serão fundamentais para implementar o programa de massificação
do uso do gás que a estatal está elaborando. A iniciativa inclui projetos
para as áreas de cogeração, industrial, comercial, residencial e de transporte.
Novos investimentos, entretanto, dependem da venda da energia produzida
pelas térmicas. (Canal Energia - 08.07.2003) 2 Duke Energy prepara leilão de compra de termoelétrica A Duke Energy
já prepara o leilão de compra da geradora termelétrica Norte Fluminense,
marcado para o próximo dia 18. O negócio será realizado pela plataforma
Duke Open Market, que opera leilões mensais de balanço de carga desde
janeiro deste ano. O negócio com a usina térmica será o primeiro da Duke
Trading - braço de comercialização do grupo - voltado exclusivamente a
terceiros. Segundo José Manoel Amorim, gerente de Operações de Mercado
da Duke Trading, a empresa será responsável pelo desenvolvimento do sistema
e pela operacionalização do leilão, que vai objetivar a compra de 160
MW. Entre os vendedores, poderão habilitar-se empresas que atuam no MAE,
como distribuidoras, produtores independentes, auto-produtores e comercializadores.
(Canal Energia - 08.07.2003) Economia Brasileira 1 Inflação indica queda dos juros, diz Palocci A manutenção
das projeções de queda da inflação após o corte nas taxas de juros promovido
pelo BC mostra, segundo o ministro Palocci, que os juros devem continuar
a cair. "Isso mostra que há sustentabilidade em uma curva declinante das
taxas de juros no próximo período; confirma uma tendência", disse o ministro.
Segundo Palocci, o mais importante da decisão do Copom não foi o corte
de 0,5 ponto percentual na taxa de juros em si. "Nós estávamos havia 11
meses com taxas de juros ascendentes. A partir do mês passado, a curva
caiu e a projeção de inflação continuou caindo". Segundo Palocci, o governo
previa 7% de inflação para os próximos 12 meses, mas pesquisa do BC com
o mercado financeiro divulgada na segunda-feira passada indicou 6,75%.
"As projeções de inflação estão abaixo das metas para 12 meses e para
2004", disse. (Folha de São Paulo - 09.07.2003) A primeira prévia do IGP-M de julho registrou queda de preços de 0,17%, uma deflação 0,30 ponto percentual menor que a de 0,47% registrada na primeira prévia de junho. No varejo, a queda de preços foi de 0,37%, a maior desde a primeira prévia de setembro de 1998, quando os preços ao consumidor caíram 0,6%. A última vez em que o IPC, componente do IGP-M que mede a variação de preços no varejo, havia apresentado uma queda de preços na primeira prévia do índice havia sido em novembro de 2000, quando caiu 0,05%. Na prévia divulgada ontem, os preços no atacado caíram 0,19%, contra queda de 0,83% na primeira prévia do mês passado. Para Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV, o Brasil vive uma "pré-recessão branda e reversível". Nesse quadro, diz ele, não há motivo para que o governo não reduza os juros. Ele defende corte entre meio e um ponto percentual. (Folha de São Paulo - 09.07.2003) 3 Para Furlan, economia vai crescer 4% em 2004 O ministro
Furlan disse ontem que a economia o Brasil deverá crescer 2% neste ano.
Para o ano que vem, o ministro estima uma expansão de 4%. Em Lisboa, Portugal,
onde participa de encontro com empresários, Furlan afirmou que o governo
anunciará medidas de impacto, de caráter desenvolvimentista, para alcançar
esse crescimento. As previsões de Furlan são mais otimistas do que as
do BC, que estima um crescimento de 1,5% a 1,8% neste ano. No primeiro
trimestre, a economia brasileira teve contração de 0,1% como resultado
das altas taxas de juros adotadas pelo BC para conter a inflação. Analistas
e institutos de pesquisas estimam que uma contração possa ter ocorrido
no segundo trimestre. "O primeiro semestre foi muito difícil, especialmente
devido à política monetária, mas o Brasil deve crescer 2% neste ano e
4% em 2004", disse Furlan. (Folha de São Paulo - 09.07.2003) 4
Indústria cresceu só 0,6% este ano 5 Estudo mostra que perfil do gasto público trava expansão O tímido
crescimento da economia brasileira não pode ser alavancado apenas com
a redução das taxas de juros e com o equilíbrio das contas públicas. "Ao
se colocar a taxa de juros como principal fator que inibe o crescimento
econômico, estão, na verdade, fazendo especulação política. Há uma série
de outros fatores que devem ser solucionados para que a economia cresça",
diz Antonio Carlos Pôrto Gonçalves, diretor do Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, autor, junto com a economista
do Ibre, Tatiana Deane, do trabalho "Taxa de Juros e Crescimento Econômico".
Entre esses fatores, Pôrto Gonçalves cita a escassa poupança interna,
a fragilidade do Estado como investidor, o baixo grau de atração de investimentos
externos, a excessiva carga tributária e as incertezas que pairam sobre
a economia brasileira. O estudo sustenta que um dos entraves ao crescimento
é o perfil dos gastos públicos que deixa pouca margem para investimentos.
Atualmente, as despesas da União com a Previdência equivalem a 13% do
Produto Interno Bruto (PIB), com o funcionalismo público a 12% e com os
encargos da dívida interna, 7%. Pôrto Gonçalves e Tatiana ressaltam no
trabalho que, além da fragilidade do Estado, as "incertezas que permeiam
a economia brasileira reduzem significativamente os investimentos privados.
(Gazeta Mercantil - 09.07.2003) Há uma velha
lei que diz que, quando um índice de preços cresce mais do que outros,
em um primeiro momento, no segundo momento tende a crescer menos, e os
que cresceram menos, a crescer mais. A troca do IGP-DI pelo IPCA, a esta
altura do campeonato, equivale ao sujeito que troca de fila justamente
quando a sua fila começa a andar. (Folha de São Paulo - 09.07.2003) 7 Luiz Nassif: Controle do câmbio Ainda está
por ser feito o balanço correto do desastre provocado pelos quatro anos
de política do real valorizado do primeiro governo FHC. Cinquenta anos
de patrimônio público foram queimados pelas taxas de juros necessárias
para sustentar o câmbio. Mataram no mínimo 12 anos de crescimento, comprometeram
o investimento direto externo por muitos anos, arrebentaram com as contas
públicas. E isso em uma conjuntura internacional extraordinariamente favorável.
É inacreditável como, depois de todo esse inventário, a tese do câmbio
apreciado ainda encontre defensores no país. (Folha de São Paulo - 09.07.2003) O dólar
comercial registrava às 11h57m queda de 0,20%, cotado a R$ 2,866 na compra
e R$ 2,869 na venda. A moeda americana abriu hoje estável e permaneceu
assim na maior parte do tempo, partindo para o campo negativo em apenas
dois momentos. A liquidez é muito pequena por conta do feriado que comemora
a Revolução Constitucionalista de 1932 no Estado de São Paulo. Ontem,
o dólar comercial fechou os negócios em queda, após 3 sessões consecutiva
de alta. A moeda norte-americana recuou 0,41%, negociada a R$ 2,87 para
compra e R$ 2,873 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 09.07.2003)
Internacional 1 Justiça dos EUA quer informações sobre relação de Cheney com setor energético Um tribunal
federal de recursos norte-americano, decidiu que o vice-presidente dos
Estados Unidos, Dick Cheney, precisa revelar informações sobre as reuniões
que manteve com altos executivos de empresas de energia ao formular a
política do governo George W. Bush para o setor. Pela decisão do tribunal,
Cheney terá, no mínimo, que listar os documentos específicos que não quer
tornar públicos. O processo pela liberação das informações foi movido
pela ONG ambientalista Sierra Club e pela entidade conservadora Judicial
Watch. Até agora, Cheney, ex-executivo-chefe da Halliburton, tem se recusado
até mesmo a revelar os nomes das pessoas do setor de energia com que se
reuniu nos primeiros meses do governo Bush. (Tribuna da Imprensa - 09.07.2003) 2 E.On fecha acordo para fusão de utilities A alemã
E.On informou que assinou acordo para a fusão das utilities regionais
Elektrizitatswerk Wesertal, Pesag e Elektrizitatswerk Minden-Ravensberg
(EMR). A nova companhia será chamada de E.On Westfalen-Weser e terá sede
em Paderborn. A E.On Energie terá uma participação acionária de 63% enquanto
que o resto ficará sob controle de 39 municípios. O acordo fortalece o
processo de cooperação entre a E.On e os municípios do sul da Baixa Saxônia
e do leste de Westphalia. (Platts - 09.07.2003) 3 Endesa reinicia projeto de termoelétrica em Malaga A espanhola
Endesa vai reiniciar o projeto de instalação de usina termoelétrica de
ciclo combinado com capacidade de geração de 390 MW, a ser localizada
nos arredores de Málaga. O projeto foi suspenso anteriormente devido a
proibição do governo espanhol, em junho de 2002, da expansão da companhia
no setor de geração de energia. A Endesa já terminou o estudo de impacto
ambiental do projeto, que está sujeito agora a apreciação pública. (Platts
- 09.07.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. "Produção Industrial - Maio/2003" Rio de Janeiro. - 03 páginas Disponível
em: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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