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IFE: nº 1.145 - 08 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Regras para viabilizar investimentos só devem entrar em vigor em um ano
2 Dilma: Novo modelo prioriza obtenção de tarifas mais baixas
3 SEE vai pleitear criação de fundo para investimento, informa Dilma
4 Seguro-apagão pode servir como fundo contra riscos do setor energético
5 Margem de lucro das geradoras também pode financiar fundo
6 Órgão será criado para coordenar o planejamento do setor de energia
7 Governo federal pode abandonar IGP-M como índice de reajuste para contratos
8 Pool de energia: Distribuidoras deverão ter contratos com várias geradoras
9 Abraceel: Mudança no mercado livre de energia pode inviabilizar o segmento
10 Tolmasquim: Modificações no mercado livre de energia não são inviáveis
11 Governo quer antecipar em dez anos a universalização do acesso à energia
12 Governo se articula para construção das usinas de Madeira e Belo Monte

Empresas
1 Pinguelli: Eletrobrás pode investir até R$ 3,5 bi este ano
2 Eletrobrás será o agente viabilizador do Proinfa , diz Pinguelli
3 AES e BNDES terão mais uma reunião sobre a dívida
4 EDF planeja encontro com a ministra Dilma Rousseff no fim do mês
5 Celg investirá R$ 150 mi em energia elétrica em Goiás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Pinguelli faz previsão pessimista sobre o risco de racionamento no futuro
2 Capacidade de geração no país aumenta em 6,75 mil MW nos últimos 12 meses
3 Consumo de energia em abril foi aquém do previsto
4 Consumo industrial em abril ficou 6% abaixo da previsão
5 Setor comercial e residencial também tiveram consumo abaixo do previsto
6 Consumo no SE/CO está 7,90% abaixo da curva de risco
7 Subsistema Norte registra 80,79% da capacidade
8 Reservatórios do Nordeste registram volume de 44,53%
9 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 71,95% da capacidade

10 Volume armazenado no subsistema Sul está em 57,217%
11 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Preços do MAE beneficiam Usina Térmica do Norte Fluminense
2 Leilão de compra de energia terá participação de dezesseis empresas

Gás e Termelétricas
1 Governadores querem viabilização do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre
2 Uruguaiana-Porto Alegre: Fusão de usinas pode ajudar viabilização do gasoduto

Economia Brasileira
1 Balança comercial começa a sinalizar desaceleração
2 Mercado reduz previsão de inflação
3 Malan elogia condução da política econômica

4 FGV apura deflação de 0,29% em junho
5 Captações externas somam US$ 225 mi
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 EFET pede maior transparência nos mercados de energia
2 Fluxo de gás entre Reino Unido e Bélgica cai em junho

 

Reestruturação e Regulação

1 Regras para viabilizar investimentos só devem entrar em vigor em um ano

Entre as muitas dúvidas entre os executivos do SEE em relação ao novo marco regulatório, há uma certeza: na melhor das hipóteses, as novas regras deverão passar a valer só no fim do primeiro semestre de 2004. O governo pretende enviá-lo ao Congresso em outubro ou novembro, depois que as reformas previdenciária e tributária sejam aprovadas. Mas, se houver resistências maiores que as planejadas pela base governista, as reformas podem atrasar, o que atrasaria também a aprovação do novo modelo do setor. Outra incógnita é quantas regras do novo modelo precisarão do aval do Congresso para passarem a valer. A transição do novo modelo é outro fator primordial para que as novas regras passem a funcionar o mais rápido possível. A negociação será dura e difícil, porque empresários e governo terão de assumir perdas e contrapartidas. A reação que os investidores terão ao pacote e detalhamento das medidas é outra incerteza. Como o governo pretende divulgar os detalhes só no fim desse mês ainda não se tem uma avaliação do impacto que as regras terão sobre o setor. "O modelo conceitualmente faz sentido. O maior desafio será a administração da transição", afirma o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), José Augusto Marques. (Valor - 08.07.2003)

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2 Dilma: Novo modelo prioriza obtenção de tarifas mais baixas

Tarifas de energia elétrica mais baixas e uma percepção de risco menor e mais atraente para os investidores são os principais objetivos a serem perseguidos com o novo modelo do setor, de acordo com alguns pontos revelados ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, na abertura do 3.º Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. Entre as medidas que podem ter impacto no bolso do consumidor estão as mudanças nos critérios para concessões, que vão passar a priorizar os empreendedores que se propuserem a cobrar as melhores tarifas. "Vai ganhar a concessão o agente que requerer a menor receita na exploração do serviço", explicou a ministra, acrescentando que o governo buscará "modicidade" nas tarifas pagas pelos consumidores. Os contratos entre geradoras e distribuidoras de energia também sofrerão modificações, assumindo prazos mais longos e garantindo uma remuneração mínima para os grupos que investem na infra-estrutura de geração de energia. Para evitar casos de calote, as distribuidoras terão de oferecer garantias reais de cumprimento dos contratos. (Estado de São Paulo - 08.07.2003)

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3 SEE vai pleitear criação de fundo para investimento, informa Dilma

A ministra Dilma Rousseff também afirmou que o setor elétrico irá pleitear a criação de um fundo para investimento, dentro de uma política do governo de constituição de fundos setoriais. "O melhor modelo de investimento será o que reunir, com recursos setoriais, receitas internacionais e nacionais em parceria com o BNDES", avaliou. Para Dilma, os fundos setoriais terão a característica de "mixar" os recursos disponíveis nos mercados interno e externo. Para justificar a preocupação com a atração de investimentos para o setor, a ministra apresentou uma projeção na qual é admitida a possibilidade de o País sofrer déficit no setor de energia após 2007, caso mantenha um patamar de crescimento econômico acima de 5,5% a partir do ano que vem. Ela comentou que o governo utiliza o cenário de maior crescimento do PIB para balizar o futuro do setor elétrico. "Esse é um dos cenários possíveis, mas não está assegurado. Trabalhamos com o cenário mais difícil para que o governo possa se planejar melhor". (Estado de São Paulo - 08.07.2003)

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4 Seguro-apagão pode servir como fundo contra riscos do setor energético

A Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem que no novo modelo deve utilizar tributos como o encargo de capacidade emergencial, conhecido como seguro-apagão. Com o valor a ser arrecadado, o governo pretende criar um fundo setorial que deverá servir como um colchão para reduzir os riscos do setor com a variação cambial e os juros. Atualmente, as distribuidoras repassam à CBEE, responsável pela arrecadação do tributo, cerca de R$ 160 milhões por mês. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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5 Margem de lucro das geradoras também pode financiar fundo

Uma outra forma de financiar esse fundo seria através da utilização de parte da margem de lucro das geradoras, após a amortização das usinas. "Se elevarmos um pouquinho o custo médio, podemos criar o fundo", disse a ministra. Ela salientou que, nos últimos anos, se pretendeu obter financiamentos exclusivamente a partir de investimentos internacionais, mas o grande financiador acabou sendo o BNDES. Para a ministra, a constituição de um fundo setorial possibilitaria a realização de um mix de recursos internos e externos. Dilma acredita que somente um agente pode assumir o risco: o consumidor. "É melhor que os consumidores paguem por uma expansão de forma sustentável do que depois tenham que arcar com os custos de um novo racionamento", justificou. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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6 Órgão será criado para coordenar o planejamento do setor de energia

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no 3º Fórum Brasileiro de Energia Elétrica, antecipou a criação de um órgão que seria responsável pelo planejamento estratégico do setor para o longo prazo. Seria realizado um planejamento para os próximos 20 anos (que seria revisto a cada quatro), um outro para os próximos 10 anos (avaliado ano a ano), além de dois estudos sistemáticos anuais que verificariam, entre outras coisas, o crescimento da atividade industrial e o acompanhamento das obras. Dilma ressaltou que investimentos na expansão do setor devem começar logo. "Qualquer risco futuro do setor elétrico é real", disse. Segundo ela, a partir de 2008 há riscos no sistema, caso novas obras não se iniciem em breve. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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7 Governo federal pode abandonar IGP-M como índice de reajuste para contratos

Dilma Rousseff ainda admitiu ontem a possibilidade de o governo federal abandonar o IGP-M e adotar outro índice de reajuste para os novos contratos de fornecimento de energia elétrica. "Estamos estudando essa possibilidade, mas não temos nada definido ainda", disse a ministra. Ela lembrou que o modelo do setor elétrico foi pensado para ser indexado ao dólar, numa época de paridade com o real, "e ninguém imaginava que a coisa não ia ser assim". (Estado de São Paulo - 08.07.2003)

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8 Pool de energia: Distribuidoras deverão ter contratos com várias geradoras

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff , voltou a explicar as condições do pool de energia que deverá ser criado com o novo modelo. De acordo com Dilma, o pool será responsável pela administração de contratos bilaterais de energia elétrica e a liquidação das negociações. Devem participar desse pool todas as distribuidoras e todas as geradoras. Cada distribuidora deverá ter contratos com várias geradoras, possuam ela energia barata ou cara. Dessa forma, as concessionárias poderão cobrar dos consumidores um preço médio de geração, protegendo-os dos altos valores da energia não amortizada. De outro lado, todas as geradoras passam a ter uma garantia mínima de receita. Produtores independentes poderão escolher se participam, ou não, do pool. Em caso negativo eles deverão atuar exclusivamente no fornecimento de energia elétrica aos consumidores livres, já que os contratos com estes não serão administrados pelo órgão. Os grandes consumidores que decidirem comprar energia das geradoras passarão a ser considerados consumidores cativos. Além disso, os futuros contratos deverão conter uma cláusula que obriga as distribuidoras a depositar uma garantia - cujo valor não está fechado mas que possivelmente será equivalente a dois meses de recebíveis - a ser utilizada em caso de inadimplência das distribuidoras para com as geradoras. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)


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9 Abraceel: Mudança no mercado livre de energia pode inviabilizar o segmento

A proposta de mudança nas regras do mercado livre de energia desagradaram Ricardo Lima, o presidente da Abraceel. A principal queixa do executivo é em relação ao prazo para que um consumidor cativo informe a distribuidora que vai passar a contratar livremente a energia consumida. "O prazo, que hoje é de seis meses anteriores ao término do contrato com a concessionária, vai passar para cinco anos, o que inviabilizará o segmento", diz. "É difícil uma empresa tomar uma decisão como esta com tanto tempo de antecedência". Para o presidente da Abraceel, no final é o pequeno consumidor quem vai sair perdendo. "Tradicionalmente, a quantidade de MW comprados por uma indústria consumidora cativa oscila para mais ou para menos de acordo com sua produção". No entanto, diz o executivo, os contratos firmados pelas empresas já como consumidoras livres garantem a compra de uma quantidade definida de MW produzidos pelo sistema, ajudando a reduzir o risco geral. "A mudança proposta pelo MME deve jogar mais energia descontratada no mercado provocando ainda mais insegurança" alerta. "E quem vai pagar a conta por mais este equívoco devem ser os pequenos consumidores". (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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10 Tolmasquim: Modificações no mercado livre de energia não são inviáveis

Para o secretário executivo do MME, Mauricio Tolmasquim, não há nenhum problema na mudança que está sendo proposta. "Não vejo nada de inviável para o setor, até porque a expectativa, daqui em diante, é de que a economia brasileira trabalhe com um cenário de longo prazo e os seus agentes também", diz. "Não considero cinco anos um prazo longo para que uma grande empresa faça esta opção". Desde a assinatura do primeiro acordo de compra livre de energia - em 1999 pela Carbocloro -, o mercado tem crescido a uma taxa média anual de dois pontos percentuais. Hoje, segundo dados da Abrace, 14% das grandes indústrias, principalmente do setor eletrointensivo, já deixaram de ser clientes cativos e negociam livremente seus contratos de compra de energia. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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11 Governo quer antecipar em dez anos a universalização do acesso à energia

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve anunciar nos próximos dias o programa de universalização dos serviços de energia elétrica, adiantou ontem o secretário executivo das Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, presente no Terceiro Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. A previsão da ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, é que o governo atinja a meta até 2006, antecipando em dez anos a projeção anterior. "Hoje falta energia em 2,5 milhões de domicílios brasileiros, o equivalente a 10 milhões ou 12 milhões de pessoas que vivem sem energia", disse. Cerca de 90% dos domicílios brasileiros sem eletricidade estão localizados em áreas rurais, sobretudo no Norte e no Nordeste do país. Segundo o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, os investimentos para viabilizar a universalização "já estão garantidos". São necessários R$ 6,5 bilhões, sendo parte desse montante virá da CDE. O restante, acrescentou, virá de governos estaduais e municipais. O BNDES também deverá financiar o programa. As distribuidoras temiam ter de arcar com o custo de implantação da universalização dos serviços. Temor que poderá cair por terra com o anuncio da ajuda do governo. (Valor - 08.07.2003)

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12 Governo se articula para construção das usinas de Madeira e Belo Monte

O governo federal está disposto a tirar duas grandes obras do papel: as hidrelétricas de Belo Monte, no rio Xingu, e Rio Madeira, no rio do mesmo nome - ambas na Bacia Amazônica. As duas usinas são projetos antigos e seriam emblemáticos para a administração do PT. Juntas têm potência instalada em torno de 18 mil MW - o que representa uma vez e meia a hidrelétrica de Itaipu - e demandariam investimentos estimados de R$ 30 bilhões. A intenção de construir as duas usinas hidrelétricas vem sendo trabalhada internamente em várias esferas do governo e, sobretudo, com a iniciativa privada. O assessor especial do Ministério do Planejamento, Fernando Haddad, destacou o caráter de integração regional das usinas de Rio Madeira, que terão impacto sobre o Peru e Bolívia. Isso porque o projeto de Rio Madeira melhora a navegabilidade na região, podendo até ajudar no escoamento da soja na região Norte e Centro-Oeste. Poderia também servir como caminho ao Oceano Pacífico. O projeto foi apresentado ao ministro da Casa Civil, José Dirceu, e ao Ministério dos Transportes. "A idéia é que o investimento nesses projetos sejam divididos igualmente entre três sócios - governo, iniciativa privada e um fundo" , diz fonte do setor. (Valor - 08.07.2003)

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Empresas

1 Pinguelli: Eletrobrás pode investir até R$ 3,5 bi este ano

Os investimentos da Eletrobrás neste ano podem alcançar R$ 3,5 bilhões, informou, ontem, o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa. A companhia havia previsto inicialmente, no término do primeiro trimestre, que realizaria investimentos próximos de R$ 2,5 bilhões em 2003. O executivo afirmou que a idéia é que os investimentos sejam bancados com recursos próprios, mas não descartou a possibilidade de a empresa vir a realizar captações. Pinguelli reforçou a boa situação de caixa da companhia. "Temos esses recursos e não estamos endividados", destacou. O executivo acrescentou que a Eletrobrás deverá contar com um financiamento do BNDES para eventuais investimentos no setor elétrico. Pinguelli destacou ainda que as empresas do Grupo Eletrobrás deverão ter uma participação minoritária na formação dos consórcios que disputarão, em leilão de concessões previsto para setembro, os novos projetos de linhas de transmissão. (Jornal do Comércio - 08.07.2003)

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2 Eletrobrás será o agente viabilizador do Proinfa , diz Pinguelli

O presidente da Eletrobrás destacou que a empresa deverá ter um papel de agente financiador do setor no novo modelo, lembrando que além de administrar a Reserva Global de Reversão (RGR), um fundo destinado ao financiamento de investimentos na expansão do setor, será o agente viabilizador do Proinfa, o programa de estímulo à geração de energia por fontes alternativas. A Eletrobrás deverá garantir a compra de 3,3 mil MW, divididos igualmente entre pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), centrais termelétricas a biomassa e centrais eólicas. "Comprar essa energia é uma forma de financiamento, já que se trata de eletricidade mais cara que a convencional". (Jornal do Comércio - 08.07.2003)

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3 AES e BNDES terão mais uma reunião sobre a dívida

A AES e o BNDES voltam amanhã à mesa de negociações para tentar equacionar a dívida de US$ 750 milhões já vencida e não paga pela empresa ao banco. Joseph Brandt, chefe do escritório de reestruturação da AES Corp, estará no Rio nesta semana para retomar as negociações. No BNDES, porém, não se espera um acordo. A reunião estava marcada para quinta-feira passada, mas Brandt pediu para adiá-la. Naquele dia foi anunciado o índice de 10,95% para reajuste da Eletropaulo pela Aneel. (Folha de São Paulo - 08.07.2003)

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4 EDF planeja encontro com a ministra Dilma Rousseff no fim do mês

A EDF, controladora da Light, reiterou ontem a necessidade de encontrar nos próximos meses uma solução para os problemas de sua filial brasileira, que suspendeu durante três meses o pagamento de sua dívida. "A EDF não tem intenção de sair do Brasil a menos que se encontre uma solução", disse o diretor de estratégia da empresa, Gérard Creuze. Depois de assinalar que a Light tem vivido dois anos de perdas consecutivas, Creuze apontou que a EDF ''não tem vocação de seguir perdendo dinheiro'' e assinalou que ''não há nenhuma filial que escape às exigências de resultados''. O diretor, que planeja se encontrar novamente com a ministra de Minas e Energia do Brasil, Dilma Rousseff, no fim do mês, disse que ''todos devem se sentar à mesa (a Light, os bancos e os poderes públicos) para encontrar uma solução''. O presidente da EDF, Francois Roussely, reclamou um ''esforço'' das outras partes envolvidas no problema da Light, em uma alusão aos organismos públicos que ''não pagam dívidas à companhia elétrica''. (Jornal do Brasil - 08.07.2003)

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5 Celg investirá R$ 150 mi em energia elétrica em Goiás

A Celg lançará nesta terça-feira, dia 8 de julho, o Programa de Investimentos do Setor de Energia Elétrica, que totalizará um investimento de R$ 150 milhões em obras em 119 municípios do estado. Um dos projetos, o "Mais Força Para Goiás", destina-se à implantação de linhas de transmissão, subestações, redes de distribuição urbana e rural e sistemas de iluminação pública. (Canal Energia - 07.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Pinguelli faz previsão pessimista sobre o risco de racionamento no futuro

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, fez uma previsão mais pessimista que a da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, a respeito do equilíbrio entre oferta e a demanda por energia elétrica. A ministra havia previsto, ontem, durante o 3º Fórum de Energia Elétrica (GTDC 2003), que o setor poderá enfrentar déficits a partir de 2007. "Acredito que poderá ser em 2006 ou em 2008, a depender do ritmo da retomada do crescimento econômico", disse Pinguelli. "Se o ritmo de crescimento for o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer alcançar, poderemos enfrentar problemas com a oferta de energia elétrica até antes disso", previu. Pinguelli argumentou que há grande capacidade ociosa na indústria, que pode ser eliminada caso ocorra um grande salto na demanda. Ele acrescentou ainda que nas residências "há equipamentos desligados da tomada" e que poderão passar a utilizar mais eletricidade na medida em que as condições da economia melhorarem. (Jornal do Comércio - 08.07.2003)

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2 Capacidade de geração no país aumenta em 6,75 mil MW nos últimos 12 meses

Mesmo com sobra de energia elétrica nos últimos meses, a capacidade de geração continua a aumentar no Brasil. Segundo a Aneel, o país encerrou o semestre com capacidade para gerar 84 mil MW, o que representa aumento de 2,32 mil MW em relação ao fim do ano passado. No intervalo de 12 meses em relação a junho de 2002, o aumento da capacidade instalada soma 6,75 mil MW, o que indica forte expansão nos últimos 12 meses. A capacidade instalada identificada pela Aneel é quase o dobro da demanda média do País nos últimos meses. Segundo o ONS, o consumo médio em junho oscilou em torno de 40 mil MWh, havendo momentos de pico de 54 mil MW. Ou seja, teoricamente, a sobra de energia estaria em torno de 30 mil MW, considerando o "pico" calculado pelo ONS e a capacidade total divulgada pela Aneel. Técnicos do setor consideram que o cálculo não é tão simples, já que há "restrições" no fornecimento, até por questões de segurança. No governo, porém, já não há dúvidas de que o excesso de energia nos últimos meses não é uma situação passageira e o excedente está aumentando. (Estado de São Paulo - 08.07.2003)

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3 Consumo de energia em abril foi aquém do previsto

A evolução do consumo de energia elétrica ainda está bem longe da expectativa apresentada ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, de que vá haver crescimento de 100% até 2012. A retração na indústria e o baixo consumo residencial e comercial fizeram com que a demanda de energia elétrica no País em abril ficasse 5,3% menor do que o previsto pelo ministério para o período e reforçam a tendência de queda também para o mês de maio. Os 24.785 GWh faturados em abril ficaram apenas 0,3% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o País acabava de sair do racionamento. Nos quatro primeiros meses de 2003, o consumo de energia elétrica foi 7,7% superior ao medido no primeiro quadrimestre de 2002, sendo três meses ainda com restrições de consumo. Entre abril de 2002 e abril deste ano, o consumo aumentou 10,1%. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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4 Consumo industrial em abril ficou 6% abaixo da previsão

Segundo boletim do Comitê Técnico para Estudos de Mercado (CTEM), o consumo faturado da indústria em abril foi de 10.849 GWh, volume 0,8% acima do registrado no mesmo mês de 2002 e cerca de 6% abaixo do que havia sido previsto para o setor. Em comparação com abril de 2000, antes do racionamento, o consumo no setor industrial em 2003 foi 0,9% menor. As regiões Sudeste e Centro-Oeste, que representaram 44% do consumo industrial em abril, registraram queda no consumo de energia de 2% em relação ao mesmo mês de 2002. Em abril, o IBGE apurou queda de 4,2% na produção industrial. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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5 Setor comercial e residencial também tiveram consumo abaixo do previsto

Nos segmentos residencial e comercial, a Eletrobrás registrou queda no consumo de energia. Apesar do crescimento de 7,6% no consumo per capita (142 kWh) verificado em abril, os 6.228 GWh registrados pela classe residencial ficaram 0,5% abaixo do volume faturado no mesmo mês do ano passado. No ano, a classe residencial registra um crescimento de 11% em relação ao consumo entre janeiro e abril de 2002. O total consumido pelas residências do País em abril ficou 5,3% abaixo do previsto, resultado motivado, segundo o boletim do CTEM, por quedas registradas no consumo nas regiões Sul e Sudeste. A única região que apresentou crescimento na classe residencial foi o Nordeste, com índice 8,6% superior ao do mesmo mês do ano passado. No setor comercial, a queda foi de 0,3% em relação a abril do ano passado e a retração nas regiões Sul e Sudeste foi apontada como principal fator pelo resultado. Em relação ao consumo previsto pelo CTEM, a classe comercial ficou 5,8% abaixo das estimativas no mês de abril. No ano, o comércio apresenta um crescimento de 10% no consumo em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Para o mês de maio deste ano, a previsão da Eletrobrás com base em dados do ONS é que o consumo fique entre 2% e 3% acima do verificado em maio de 2002. Caso confirme esta previsão, o consumo em maio deste ano vai ficar cerca de 2,7% abaixo das previsões feitas no ciclo de planejamento de 2002 e vai confirmar a tendência de retração em 2003. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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6 Consumo no SE/CO está 7,90% abaixo da curva de risco

Dados do ONS revelam que o consumo de energia caiu no último dia 6 de julho nas regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. Os índices de queda variaram de 0,4% a 0,2%. No Sudeste/Centro-Oeste, a demanda de energia foi de 21.227 MW médios, volume 7,90% abaixo da curva de aversão ao risco. Já o consumo no Nordeste caiu 0,4%, alcançando 5.222 MW médios no último domingo. O volume ficou 6,90% abaixo do previsto pelo operador do sistema. No Sul, a demanda de energia foi de 5.475 MW médios, uma queda de 0,2%. A exceção ficou por conta da região Norte, que registrou aumento de 1,7% no consumo. O volume demandado neste subsistema foi de 2.744 MW médios. (Canal Energia - 07.07.2003)

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7 Subsistema Norte registra 80,79% da capacidade

Com uma queda de 0,21%, a capacidade armazenada no subsistema Norte chegou a 80,79%. O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 94,42%. (Canal Energia - 07.07.2003)

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8 Reservatórios do Nordeste registram volume de 44,53%

O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 39,19%. A capacidade de armazenamento na região Nordeste está em 44,53%, o que corresponde a uma queda de 0,08%. O volume armazenado está 24,11% acima da curva de segurança 2002/2003. (Canal Energia - 07.07.2003)

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9 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 71,95% da capacidade

O volume armazenado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 71,95%, valor 38,72% acima da curva de aversão 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,07%. As usinas de Emborcação e São Simão apresentam, respectivamente, índice de 84,8% e 87,95%. (Canal Energia - 07.07.2003)

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10 Volume armazenado no subsistema Sul está em 57,217%

Os reservatórios da região Sul estão com 57,217% da capacidade, uma redução de 0,16% em um dia. A capacidade da usina de Machadinho está em 57,44%. (Canal Energia - 07.07.2003)

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11 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Preços do MAE beneficiam Usina Térmica do Norte Fluminense

Um problema no suprimento de gás natural levou a Usina Térmica do Norte Fluminense ao mercado atacadista para buscar energia para honrar um contrato com a Light. A situação atípica do setor elétrico brasileiro, porém, transformou o problema numa fonte de lucro para a térmica, que vai pagar menos pela energia no mercado do que gastaria pela geração por conta própria. A Norte Fluminense marcou um leilão de compra de 160 MW médios de energia para o dia 18, onde espera pagar preços próximos dos vigentes no MAE - em torno de R$ 15 por MWh. Se fosse gerar essa energia, avalia uma fonte do mercado, teria um custo de cerca de US$ 40, ou R$ 115, por MWh. Segundo o diretor financeiro da Norte Fluminense, Carlos Alberto Afonso, o leilão não foi uma opção da companhia. "A Petrobrás não conseguiu licença para nos entregar o gás para gerarmos energia. E a legislação determina que temos de garantir o volume de energia constante no contrato, como um lastro" , explicou, contando que a usina está pronta para operar, com sua primeira turbina, desde o final de junho. (Estado de São Paulo - 08.07.2003)

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2 Leilão de compra de energia terá participação de dezesseis empresas

Dezesseis empresas assinaram o termo de adesão para participar do leilão de compra de energia a ser promovido pela Comerc Comercializadora de Energia Elétrica no próximo dia 8 de julho. Segundo lista divulgada pela comercializadora, os agentes que participarão da licitação são CDSA (Centrais Elétricas Cachoeira Dourada), Celesc, Cemig, Cesp, Chesf, Cien, CPFL Comercialização, Companhia Energética Chapecó, Duke Trading, Eletronorte, Emae, Enertrade, Furnas, Tradener, Tradenergy e União Comercializadora de Energia Elétrica. O negócio prevê a compra de 27,5 MW médios para as fábricas de São Paulo e Santa Catarina das companhias Dixie Toga, Klabin Kimberly e Klabin. Os contratos terão prazo de três a oito anos. O leilão acontece hoje, dia 8 de julho. (Canal Energia - 07.07.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Governadores querem viabilização do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre

Os governadores dos Estados do Sul assinaram ontem um manifesto conjunto enviado ao MME e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles pedem a viabilização do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. O único ponto de atrito no encontro foi a queixa, dos estados de Santa Catarina e do Paraná, que não querem pagar US$ 0,10 a mais por MBTU pelo gás argentino, em comparação com o Rio Grande do Sul. Segundo a Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB), empresa responsável pelo projeto do gasoduto, de acordo com a legislação vigente, os dois estados teriam de pagar US$ 2,70 por MBTU, enquanto que os gaúchos gastariam US$ 2,60 por MBTU. A diferença, segundo a diretora da TSB, Cláudia Hofmeister, seria referente à tarifa de transporte do combustível pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), de propriedade da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG), que teria o sentido revertido. Mesmo que não consigam equalizar os valores, na tentativa de não deixar o Rio Grande do Sul com uma vantagem competitiva sobre Santa Catarina e Paraná, com a proposta definida ontem, os estados do Sul teriam um gás pelo menos 26% mais barato em relação ao boliviano, hoje cotado a US$ 3,64 por MBTU. De acordo com o projeto da TSB, o fornecimento de gás começaria em 2006, com uma vazão inicial de 4,4 milhões de metros cúbicos por dia. Deste volume, 2,5 milhões seriam direcionados a Santa Catarina e ao Paraná. A obra do gasoduto é orçada em US$ 340 milhões. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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2 Uruguaiana-Porto Alegre: Fusão de usinas pode ajudar viabilização do gasoduto

Outro projeto que deve ajudar a viabilizar o gasoduto é a fusão de duas usinas termelétricas no Rio Grande do Sul. "O processo de fusão está bastante adiantado", diz Valter Guimarães, diretor de Novos Negócios do grupo Ipiranga, uma das empresas acionistas da TermoGaúcha, ao lado da Petrobras, da Repsol-YPF e da estatal gaúcha Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). A TermoCanoas pertence à Petrobras. "Falta apenas definir a composição acionária da nova usina", diz o secretário de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial começa a sinalizar desaceleração

A balança comercial brasileira dá sinais de desaceleração. Na primeira semana de julho, o comércio exterior registrou superávit de US$ 346 milhões, 28% inferior ao registrado em igual período de junho, segundo dados da Secex. O saldo acumulado no ano passou para US$ 10,744 bilhões. Essa desaceleração da balança comercial deverá continuar nos próximos meses, segundo analistas. "A valorização do real e o aumento das importações por fatores sazonais deverão provocar o estreitamento dos saldos comerciais daqui para a frente", diz Fábio Silveira, economista da MB consultoria. No entanto, esse movimento não deverá afetar os resultados do comércio exterior no ano, nem o fechamento das contas externas, segundo ele. (Folha de São Paulo - 08.07.2003)

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2 Mercado reduz previsão de inflação

Pela quinta semana consecutiva, analistas de mercado consultados pelo BC reduziram suas projeções para a inflação deste ano. De acordo com o levantamento feito entre setenta bancos e empresas de consultoria, a estimativa para o IPCA deste ano recuou de 11,35% para 11,02%. Ainda assim, os analistas apostam em queda nos juros básicos da economia neste mês. Segundo a pesquisa do BC, a expectativa é que a taxa Selic seja reduzida em um ponto, passando para 25%. Além do maior otimismo em relação ao IPCA, os analistas consultados pelo BC reduziram as estimativas para vários outros índices de preços. (Folha de São Paulo - 08.07.2003)

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3 Malan elogia condução da política econômica

Na sua primeira palestra no Rio de Janeiro como ex-ministro, Pedro Malan deixou claro sua satisfação com a condução das políticas do novo governo e sua confiança na trajetória declinante da taxa básica de juros da economia brasileira. No encontro, ele lembrou que a semana começou com um dado extremamente positivo que foi a queda da projeção média do IPCA para 12 meses revelada pelo boletim Focus, do Banco Central. "Houve um recuo importante nessa estimativa, que era de 6,98%, para 6,75%", disse. "Isso é um sinal de que a trajetória de declínio das expectativas quanto à inflação já foi consolidada". Malan ressaltou que, apesar de ter clareza de que os juros caminham para uma queda, ele não faz previsões de como e em que intervalo isso vai ocorrer. Ele ressaltou também que a retomada da confiança externa na economia brasileira foi um processo que se desenvolveu ao longo dos últimos doze meses e teve a participação não apenas do novo governo mas também da equipe do anterior. Malan disse que um dos méritos do governo atual foi reconhecer a necessidade da estabilidade macroeconômica como pré-requisito essencial para o desenvolvimento de outras políticas. (Valor - 08.07.2003)

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4 FGV apura deflação de 0,29% em junho

O IPC-SP, medido pela FGV, registrou deflação de 0,29% em junho, acompanhando a tendência de desaceleração verificada por outros indicadores. Em maio, o índice havia registrado inflação de 0,51%. Na semana passada, o IPC-S da FGV e o IPCV da Fecomércio-RJ, também apresentaram deflação. O IPC-SP acumula alta de 5,79% no ano e de 15,14% em doze meses. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003)

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5 Captações externas somam US$ 225 mi

O Unibanco fechou ontem captação de US$ 125 milhões em títulos de vencimento em 18 meses, com relação aos US$ 100 milhões lançados inicialmente. A Votorantim iniciou visita aos investidores internacionais para vender US$ 100 milhões em títulos de vencimento em dois anos. "As condições do mercado externo pioraram muito em uma semana, por causa da abertura dos spreads dos títulos do Tesouro americano", disse Marcelo Felberg, diretor da Unibanco Securities, que liderou a operação. (Valor - 08.07.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

Em dia de forte oscilação e volume reduzido de negócios, o dólar comercial inverteu novamente a tendência. Às 12h20m, a moeda americana registrava alta de 0,10%, cotada a R$ 2,885 na compra e R$ 2,888 na venda. Ontem, no final dos negócios, o dólar comercial registrava alta de 1,58% e era negociado a R$ 2,8800 na compra e a R$ 2,8850 na venda. O fechamento do dia é muito próximo à máxima do dia, de R$ 2,8890. (Valor Online e Globo On Line - 08.07.2003)

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Internacional

1 EFET pede maior transparência nos mercados de energia

Segundo a Federação Européia dos Comercializadores de Energia (EFET), a menos que sejam lançadas mais informações sobre o mercado de energia europeu, a "limitada liquidez" de muitos mercados de venda de energia não irá melhorar. A organização acabou de publicar um comunicado se posicionando a favor de uma maior transparência nos mercados de energia, já preparando a posição que a EFET vai adotar no Fórum de Florença que vai acontecer dias 8 e 9 de julho. (Platts - 08.07.2003)

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2 Fluxo de gás entre Reino Unido e Bélgica cai em junho

O fluxo de gás do Reino Unido para a Bélgica, através do gasoduto Interconnector, vem se reduzindo no mês de julho, embora ainda se mantenha em um nível alto. É o que informa o operador do gasoduto nos seus últimos dados divulgados. Até o mês de junho, o fluxo no gasoduto estava em um nível muito alto, perto de sua capacidade total. (Platts - 08.07.2003)

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