l IFE:
nº 1.145 - 08 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Regras para viabilizar investimentos só devem entrar em vigor em um ano Entre as
muitas dúvidas entre os executivos do SEE em relação ao novo marco regulatório,
há uma certeza: na melhor das hipóteses, as novas regras deverão passar
a valer só no fim do primeiro semestre de 2004. O governo pretende enviá-lo
ao Congresso em outubro ou novembro, depois que as reformas previdenciária
e tributária sejam aprovadas. Mas, se houver resistências maiores que
as planejadas pela base governista, as reformas podem atrasar, o que atrasaria
também a aprovação do novo modelo do setor. Outra incógnita é quantas
regras do novo modelo precisarão do aval do Congresso para passarem a
valer. A transição do novo modelo é outro fator primordial para que as
novas regras passem a funcionar o mais rápido possível. A negociação será
dura e difícil, porque empresários e governo terão de assumir perdas e
contrapartidas. A reação que os investidores terão ao pacote e detalhamento
das medidas é outra incerteza. Como o governo pretende divulgar os detalhes
só no fim desse mês ainda não se tem uma avaliação do impacto que as regras
terão sobre o setor. "O modelo conceitualmente faz sentido. O maior desafio
será a administração da transição", afirma o presidente da Associação
Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), José Augusto
Marques. (Valor - 08.07.2003) 2 Dilma: Novo modelo prioriza obtenção de tarifas mais baixas Tarifas
de energia elétrica mais baixas e uma percepção de risco menor e mais
atraente para os investidores são os principais objetivos a serem perseguidos
com o novo modelo do setor, de acordo com alguns pontos revelados ontem
pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, na abertura do 3.º Fórum
Brasileiro de Energia Elétrica. Entre as medidas que podem ter impacto
no bolso do consumidor estão as mudanças nos critérios para concessões,
que vão passar a priorizar os empreendedores que se propuserem a cobrar
as melhores tarifas. "Vai ganhar a concessão o agente que requerer a menor
receita na exploração do serviço", explicou a ministra, acrescentando
que o governo buscará "modicidade" nas tarifas pagas pelos consumidores.
Os contratos entre geradoras e distribuidoras de energia também sofrerão
modificações, assumindo prazos mais longos e garantindo uma remuneração
mínima para os grupos que investem na infra-estrutura de geração de energia.
Para evitar casos de calote, as distribuidoras terão de oferecer garantias
reais de cumprimento dos contratos. (Estado de São Paulo - 08.07.2003) 3 SEE vai pleitear criação de fundo para investimento, informa Dilma A ministra
Dilma Rousseff também afirmou que o setor elétrico irá pleitear a criação
de um fundo para investimento, dentro de uma política do governo de constituição
de fundos setoriais. "O melhor modelo de investimento será o que reunir,
com recursos setoriais, receitas internacionais e nacionais em parceria
com o BNDES", avaliou. Para Dilma, os fundos setoriais terão a característica
de "mixar" os recursos disponíveis nos mercados interno e externo. Para
justificar a preocupação com a atração de investimentos para o setor,
a ministra apresentou uma projeção na qual é admitida a possibilidade
de o País sofrer déficit no setor de energia após 2007, caso mantenha
um patamar de crescimento econômico acima de 5,5% a partir do ano que
vem. Ela comentou que o governo utiliza o cenário de maior crescimento
do PIB para balizar o futuro do setor elétrico. "Esse é um dos cenários
possíveis, mas não está assegurado. Trabalhamos com o cenário mais difícil
para que o governo possa se planejar melhor". (Estado de São Paulo - 08.07.2003) 4
Seguro-apagão pode servir como fundo contra riscos do setor energético 5 Margem de lucro das geradoras também pode financiar fundo Uma outra
forma de financiar esse fundo seria através da utilização de parte da
margem de lucro das geradoras, após a amortização das usinas. "Se elevarmos
um pouquinho o custo médio, podemos criar o fundo", disse a ministra.
Ela salientou que, nos últimos anos, se pretendeu obter financiamentos
exclusivamente a partir de investimentos internacionais, mas o grande
financiador acabou sendo o BNDES. Para a ministra, a constituição de um
fundo setorial possibilitaria a realização de um mix de recursos internos
e externos. Dilma acredita que somente um agente pode assumir o risco:
o consumidor. "É melhor que os consumidores paguem por uma expansão de
forma sustentável do que depois tenham que arcar com os custos de um novo
racionamento", justificou. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) 6 Órgão será criado para coordenar o planejamento do setor de energia A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no 3º Fórum Brasileiro de Energia
Elétrica, antecipou a criação de um órgão que seria responsável pelo planejamento
estratégico do setor para o longo prazo. Seria realizado um planejamento
para os próximos 20 anos (que seria revisto a cada quatro), um outro para
os próximos 10 anos (avaliado ano a ano), além de dois estudos sistemáticos
anuais que verificariam, entre outras coisas, o crescimento da atividade
industrial e o acompanhamento das obras. Dilma ressaltou que investimentos
na expansão do setor devem começar logo. "Qualquer risco futuro do setor
elétrico é real", disse. Segundo ela, a partir de 2008 há riscos no sistema,
caso novas obras não se iniciem em breve. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) 7 Governo federal pode abandonar IGP-M como índice de reajuste para contratos Dilma Rousseff ainda admitiu ontem a possibilidade de o governo federal abandonar o IGP-M e adotar outro índice de reajuste para os novos contratos de fornecimento de energia elétrica. "Estamos estudando essa possibilidade, mas não temos nada definido ainda", disse a ministra. Ela lembrou que o modelo do setor elétrico foi pensado para ser indexado ao dólar, numa época de paridade com o real, "e ninguém imaginava que a coisa não ia ser assim". (Estado de São Paulo - 08.07.2003) 8
Pool de energia: Distribuidoras deverão ter contratos com várias geradoras
9 Abraceel: Mudança no mercado livre de energia pode inviabilizar o segmento A proposta
de mudança nas regras do mercado livre de energia desagradaram Ricardo
Lima, o presidente da Abraceel. A principal queixa do executivo é em relação
ao prazo para que um consumidor cativo informe a distribuidora que vai
passar a contratar livremente a energia consumida. "O prazo, que hoje
é de seis meses anteriores ao término do contrato com a concessionária,
vai passar para cinco anos, o que inviabilizará o segmento", diz. "É difícil
uma empresa tomar uma decisão como esta com tanto tempo de antecedência".
Para o presidente da Abraceel, no final é o pequeno consumidor quem vai
sair perdendo. "Tradicionalmente, a quantidade de MW comprados por uma
indústria consumidora cativa oscila para mais ou para menos de acordo
com sua produção". No entanto, diz o executivo, os contratos firmados
pelas empresas já como consumidoras livres garantem a compra de uma quantidade
definida de MW produzidos pelo sistema, ajudando a reduzir o risco geral.
"A mudança proposta pelo MME deve jogar mais energia descontratada no
mercado provocando ainda mais insegurança" alerta. "E quem vai pagar a
conta por mais este equívoco devem ser os pequenos consumidores". (Gazeta
Mercantil - 08.07.2003) 10
Tolmasquim: Modificações no mercado livre de energia não são inviáveis
11 Governo quer antecipar em dez anos a universalização do acesso à energia O presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve anunciar nos próximos dias
o programa de universalização dos serviços de energia elétrica, adiantou
ontem o secretário executivo das Minas e Energia, Maurício Tolmasquim,
presente no Terceiro Fórum Brasileiro de Energia Elétrica. A previsão
da ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, é que o governo atinja
a meta até 2006, antecipando em dez anos a projeção anterior. "Hoje falta
energia em 2,5 milhões de domicílios brasileiros, o equivalente a 10 milhões
ou 12 milhões de pessoas que vivem sem energia", disse. Cerca de 90% dos
domicílios brasileiros sem eletricidade estão localizados em áreas rurais,
sobretudo no Norte e no Nordeste do país. Segundo o secretário executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, os investimentos para viabilizar a universalização
"já estão garantidos". São necessários R$ 6,5 bilhões, sendo parte desse
montante virá da CDE. O restante, acrescentou, virá de governos estaduais
e municipais. O BNDES também deverá financiar o programa. As distribuidoras
temiam ter de arcar com o custo de implantação da universalização dos
serviços. Temor que poderá cair por terra com o anuncio da ajuda do governo.
(Valor - 08.07.2003) 12 Governo se articula para construção das usinas de Madeira e Belo Monte O governo
federal está disposto a tirar duas grandes obras do papel: as hidrelétricas
de Belo Monte, no rio Xingu, e Rio Madeira, no rio do mesmo nome - ambas
na Bacia Amazônica. As duas usinas são projetos antigos e seriam emblemáticos
para a administração do PT. Juntas têm potência instalada em torno de
18 mil MW - o que representa uma vez e meia a hidrelétrica de Itaipu -
e demandariam investimentos estimados de R$ 30 bilhões. A intenção de
construir as duas usinas hidrelétricas vem sendo trabalhada internamente
em várias esferas do governo e, sobretudo, com a iniciativa privada. O
assessor especial do Ministério do Planejamento, Fernando Haddad, destacou
o caráter de integração regional das usinas de Rio Madeira, que terão
impacto sobre o Peru e Bolívia. Isso porque o projeto de Rio Madeira melhora
a navegabilidade na região, podendo até ajudar no escoamento da soja na
região Norte e Centro-Oeste. Poderia também servir como caminho ao Oceano
Pacífico. O projeto foi apresentado ao ministro da Casa Civil, José Dirceu,
e ao Ministério dos Transportes. "A idéia é que o investimento nesses
projetos sejam divididos igualmente entre três sócios - governo, iniciativa
privada e um fundo" , diz fonte do setor. (Valor - 08.07.2003)
Empresas 1 Pinguelli: Eletrobrás pode investir até R$ 3,5 bi este ano Os investimentos
da Eletrobrás neste ano podem alcançar R$ 3,5 bilhões, informou, ontem,
o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa. A companhia havia previsto
inicialmente, no término do primeiro trimestre, que realizaria investimentos
próximos de R$ 2,5 bilhões em 2003. O executivo afirmou que a idéia é
que os investimentos sejam bancados com recursos próprios, mas não descartou
a possibilidade de a empresa vir a realizar captações. Pinguelli reforçou
a boa situação de caixa da companhia. "Temos esses recursos e não estamos
endividados", destacou. O executivo acrescentou que a Eletrobrás deverá
contar com um financiamento do BNDES para eventuais investimentos no setor
elétrico. Pinguelli destacou ainda que as empresas do Grupo Eletrobrás
deverão ter uma participação minoritária na formação dos consórcios que
disputarão, em leilão de concessões previsto para setembro, os novos projetos
de linhas de transmissão. (Jornal do Comércio - 08.07.2003) 2 Eletrobrás será o agente viabilizador do Proinfa , diz Pinguelli O presidente
da Eletrobrás destacou que a empresa deverá ter um papel de agente financiador
do setor no novo modelo, lembrando que além de administrar a Reserva Global
de Reversão (RGR), um fundo destinado ao financiamento de investimentos
na expansão do setor, será o agente viabilizador do Proinfa, o programa
de estímulo à geração de energia por fontes alternativas. A Eletrobrás
deverá garantir a compra de 3,3 mil MW, divididos igualmente entre pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs), centrais termelétricas a biomassa e centrais
eólicas. "Comprar essa energia é uma forma de financiamento, já que se
trata de eletricidade mais cara que a convencional". (Jornal do Comércio
- 08.07.2003) 3 AES e BNDES terão mais uma reunião sobre a dívida A AES e
o BNDES voltam amanhã à mesa de negociações para tentar equacionar a dívida
de US$ 750 milhões já vencida e não paga pela empresa ao banco. Joseph
Brandt, chefe do escritório de reestruturação da AES Corp, estará no Rio
nesta semana para retomar as negociações. No BNDES, porém, não se espera
um acordo. A reunião estava marcada para quinta-feira passada, mas Brandt
pediu para adiá-la. Naquele dia foi anunciado o índice de 10,95% para
reajuste da Eletropaulo pela Aneel. (Folha de São Paulo - 08.07.2003) 4
EDF planeja encontro com a ministra Dilma Rousseff no fim do mês 5 Celg investirá R$ 150 mi em energia elétrica em Goiás A Celg lançará
nesta terça-feira, dia 8 de julho, o Programa de Investimentos do Setor
de Energia Elétrica, que totalizará um investimento de R$ 150 milhões
em obras em 119 municípios do estado. Um dos projetos, o "Mais Força Para
Goiás", destina-se à implantação de linhas de transmissão, subestações,
redes de distribuição urbana e rural e sistemas de iluminação pública.
(Canal Energia - 07.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Pinguelli faz previsão pessimista sobre o risco de racionamento no futuro O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, fez uma previsão mais pessimista que a
da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, a respeito do equilíbrio
entre oferta e a demanda por energia elétrica. A ministra havia previsto,
ontem, durante o 3º Fórum de Energia Elétrica (GTDC 2003), que o setor
poderá enfrentar déficits a partir de 2007. "Acredito que poderá ser em
2006 ou em 2008, a depender do ritmo da retomada do crescimento econômico",
disse Pinguelli. "Se o ritmo de crescimento for o que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva quer alcançar, poderemos enfrentar problemas com
a oferta de energia elétrica até antes disso", previu. Pinguelli argumentou
que há grande capacidade ociosa na indústria, que pode ser eliminada caso
ocorra um grande salto na demanda. Ele acrescentou ainda que nas residências
"há equipamentos desligados da tomada" e que poderão passar a utilizar
mais eletricidade na medida em que as condições da economia melhorarem.
(Jornal do Comércio - 08.07.2003) 2 Capacidade de geração no país aumenta em 6,75 mil MW nos últimos 12 meses Mesmo com
sobra de energia elétrica nos últimos meses, a capacidade de geração continua
a aumentar no Brasil. Segundo a Aneel, o país encerrou o semestre com
capacidade para gerar 84 mil MW, o que representa aumento de 2,32 mil
MW em relação ao fim do ano passado. No intervalo de 12 meses em relação
a junho de 2002, o aumento da capacidade instalada soma 6,75 mil MW, o
que indica forte expansão nos últimos 12 meses. A capacidade instalada
identificada pela Aneel é quase o dobro da demanda média do País nos últimos
meses. Segundo o ONS, o consumo médio em junho oscilou em torno de 40
mil MWh, havendo momentos de pico de 54 mil MW. Ou seja, teoricamente,
a sobra de energia estaria em torno de 30 mil MW, considerando o "pico"
calculado pelo ONS e a capacidade total divulgada pela Aneel. Técnicos
do setor consideram que o cálculo não é tão simples, já que há "restrições"
no fornecimento, até por questões de segurança. No governo, porém, já
não há dúvidas de que o excesso de energia nos últimos meses não é uma
situação passageira e o excedente está aumentando. (Estado de São Paulo
- 08.07.2003) 3 Consumo de energia em abril foi aquém do previsto A evolução
do consumo de energia elétrica ainda está bem longe da expectativa apresentada
ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, de que vá haver
crescimento de 100% até 2012. A retração na indústria e o baixo consumo
residencial e comercial fizeram com que a demanda de energia elétrica
no País em abril ficasse 5,3% menor do que o previsto pelo ministério
para o período e reforçam a tendência de queda também para o mês de maio.
Os 24.785 GWh faturados em abril ficaram apenas 0,3% acima do registrado
no mesmo mês do ano passado, quando o País acabava de sair do racionamento.
Nos quatro primeiros meses de 2003, o consumo de energia elétrica foi
7,7% superior ao medido no primeiro quadrimestre de 2002, sendo três meses
ainda com restrições de consumo. Entre abril de 2002 e abril deste ano,
o consumo aumentou 10,1%. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) 4
Consumo industrial em abril ficou 6% abaixo da previsão 5 Setor comercial e residencial também tiveram consumo abaixo do previsto Nos segmentos
residencial e comercial, a Eletrobrás registrou queda no consumo de energia.
Apesar do crescimento de 7,6% no consumo per capita (142 kWh) verificado
em abril, os 6.228 GWh registrados pela classe residencial ficaram 0,5%
abaixo do volume faturado no mesmo mês do ano passado. No ano, a classe
residencial registra um crescimento de 11% em relação ao consumo entre
janeiro e abril de 2002. O total consumido pelas residências do País em
abril ficou 5,3% abaixo do previsto, resultado motivado, segundo o boletim
do CTEM, por quedas registradas no consumo nas regiões Sul e Sudeste.
A única região que apresentou crescimento na classe residencial foi o
Nordeste, com índice 8,6% superior ao do mesmo mês do ano passado. No
setor comercial, a queda foi de 0,3% em relação a abril do ano passado
e a retração nas regiões Sul e Sudeste foi apontada como principal fator
pelo resultado. Em relação ao consumo previsto pelo CTEM, a classe comercial
ficou 5,8% abaixo das estimativas no mês de abril. No ano, o comércio
apresenta um crescimento de 10% no consumo em relação ao primeiro quadrimestre
do ano passado. Para o mês de maio deste ano, a previsão da Eletrobrás
com base em dados do ONS é que o consumo fique entre 2% e 3% acima do
verificado em maio de 2002. Caso confirme esta previsão, o consumo em
maio deste ano vai ficar cerca de 2,7% abaixo das previsões feitas no
ciclo de planejamento de 2002 e vai confirmar a tendência de retração
em 2003. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) 6 Consumo no SE/CO está 7,90% abaixo da curva de risco Dados do
ONS revelam que o consumo de energia caiu no último dia 6 de julho nas
regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. Os índices de queda variaram
de 0,4% a 0,2%. No Sudeste/Centro-Oeste, a demanda de energia foi de 21.227
MW médios, volume 7,90% abaixo da curva de aversão ao risco. Já o consumo
no Nordeste caiu 0,4%, alcançando 5.222 MW médios no último domingo. O
volume ficou 6,90% abaixo do previsto pelo operador do sistema. No Sul,
a demanda de energia foi de 5.475 MW médios, uma queda de 0,2%. A exceção
ficou por conta da região Norte, que registrou aumento de 1,7% no consumo.
O volume demandado neste subsistema foi de 2.744 MW médios. (Canal Energia
- 07.07.2003) 7 Subsistema Norte registra 80,79% da capacidade Com uma
queda de 0,21%, a capacidade armazenada no subsistema Norte chegou a 80,79%.
O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 94,42%. (Canal Energia - 07.07.2003) 8 Reservatórios do Nordeste registram volume de 44,53% O nível
da hidrelétrica de Sobradinho está em 39,19%. A capacidade de armazenamento
na região Nordeste está em 44,53%, o que corresponde a uma queda de 0,08%.
O volume armazenado está 24,11% acima da curva de segurança 2002/2003.
(Canal Energia - 07.07.2003) 9 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 71,95% da capacidade O volume
armazenado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 71,95%, valor 38,72%
acima da curva de aversão 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,07%.
As usinas de Emborcação e São Simão apresentam, respectivamente, índice
de 84,8% e 87,95%. (Canal Energia - 07.07.2003) 10 Volume armazenado no subsistema Sul está em 57,217% Os reservatórios
da região Sul estão com 57,217% da capacidade, uma redução de 0,16% em
um dia. A capacidade da usina de Machadinho está em 57,44%. (Canal Energia
- 07.07.2003) 11 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Preços do MAE beneficiam Usina Térmica do Norte Fluminense Um problema
no suprimento de gás natural levou a Usina Térmica do Norte Fluminense
ao mercado atacadista para buscar energia para honrar um contrato com
a Light. A situação atípica do setor elétrico brasileiro, porém, transformou
o problema numa fonte de lucro para a térmica, que vai pagar menos pela
energia no mercado do que gastaria pela geração por conta própria. A Norte
Fluminense marcou um leilão de compra de 160 MW médios de energia para
o dia 18, onde espera pagar preços próximos dos vigentes no MAE - em torno
de R$ 15 por MWh. Se fosse gerar essa energia, avalia uma fonte do mercado,
teria um custo de cerca de US$ 40, ou R$ 115, por MWh. Segundo o diretor
financeiro da Norte Fluminense, Carlos Alberto Afonso, o leilão não foi
uma opção da companhia. "A Petrobrás não conseguiu licença para nos entregar
o gás para gerarmos energia. E a legislação determina que temos de garantir
o volume de energia constante no contrato, como um lastro" , explicou,
contando que a usina está pronta para operar, com sua primeira turbina,
desde o final de junho. (Estado de São Paulo - 08.07.2003) 2 Leilão de compra de energia terá participação de dezesseis empresas Dezesseis empresas assinaram o termo de adesão para participar do leilão de compra de energia a ser promovido pela Comerc Comercializadora de Energia Elétrica no próximo dia 8 de julho. Segundo lista divulgada pela comercializadora, os agentes que participarão da licitação são CDSA (Centrais Elétricas Cachoeira Dourada), Celesc, Cemig, Cesp, Chesf, Cien, CPFL Comercialização, Companhia Energética Chapecó, Duke Trading, Eletronorte, Emae, Enertrade, Furnas, Tradener, Tradenergy e União Comercializadora de Energia Elétrica. O negócio prevê a compra de 27,5 MW médios para as fábricas de São Paulo e Santa Catarina das companhias Dixie Toga, Klabin Kimberly e Klabin. Os contratos terão prazo de três a oito anos. O leilão acontece hoje, dia 8 de julho. (Canal Energia - 07.07.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Governadores querem viabilização do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre Os governadores
dos Estados do Sul assinaram ontem um manifesto conjunto enviado ao MME
e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles pedem a viabilização do
gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. O único ponto de atrito no encontro
foi a queixa, dos estados de Santa Catarina e do Paraná, que não querem
pagar US$ 0,10 a mais por MBTU pelo gás argentino, em comparação com o
Rio Grande do Sul. Segundo a Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A.
(TSB), empresa responsável pelo projeto do gasoduto, de acordo com a legislação
vigente, os dois estados teriam de pagar US$ 2,70 por MBTU, enquanto que
os gaúchos gastariam US$ 2,60 por MBTU. A diferença, segundo a diretora
da TSB, Cláudia Hofmeister, seria referente à tarifa de transporte do
combustível pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), de propriedade da Transportadora
Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG), que teria o sentido revertido.
Mesmo que não consigam equalizar os valores, na tentativa de não deixar
o Rio Grande do Sul com uma vantagem competitiva sobre Santa Catarina
e Paraná, com a proposta definida ontem, os estados do Sul teriam um gás
pelo menos 26% mais barato em relação ao boliviano, hoje cotado a US$
3,64 por MBTU. De acordo com o projeto da TSB, o fornecimento de gás começaria
em 2006, com uma vazão inicial de 4,4 milhões de metros cúbicos por dia.
Deste volume, 2,5 milhões seriam direcionados a Santa Catarina e ao Paraná.
A obra do gasoduto é orçada em US$ 340 milhões. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) 2 Uruguaiana-Porto Alegre: Fusão de usinas pode ajudar viabilização do gasoduto Outro projeto
que deve ajudar a viabilizar o gasoduto é a fusão de duas usinas termelétricas
no Rio Grande do Sul. "O processo de fusão está bastante adiantado", diz
Valter Guimarães, diretor de Novos Negócios do grupo Ipiranga, uma das
empresas acionistas da TermoGaúcha, ao lado da Petrobras, da Repsol-YPF
e da estatal gaúcha Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). A TermoCanoas
pertence à Petrobras. "Falta apenas definir a composição acionária da
nova usina", diz o secretário de Minas, Energia e Comunicações do Rio
Grande do Sul, Valdir Andres. (Gazeta Mercantil - 08.07.2003) Economia Brasileira 1 Balança comercial começa a sinalizar desaceleração A balança
comercial brasileira dá sinais de desaceleração. Na primeira semana de
julho, o comércio exterior registrou superávit de US$ 346 milhões, 28%
inferior ao registrado em igual período de junho, segundo dados da Secex.
O saldo acumulado no ano passou para US$ 10,744 bilhões. Essa desaceleração
da balança comercial deverá continuar nos próximos meses, segundo analistas.
"A valorização do real e o aumento das importações por fatores sazonais
deverão provocar o estreitamento dos saldos comerciais daqui para a frente",
diz Fábio Silveira, economista da MB consultoria. No entanto, esse movimento
não deverá afetar os resultados do comércio exterior no ano, nem o fechamento
das contas externas, segundo ele. (Folha de São Paulo - 08.07.2003) 2 Mercado reduz previsão de inflação Pela quinta semana consecutiva, analistas de mercado consultados pelo BC reduziram suas projeções para a inflação deste ano. De acordo com o levantamento feito entre setenta bancos e empresas de consultoria, a estimativa para o IPCA deste ano recuou de 11,35% para 11,02%. Ainda assim, os analistas apostam em queda nos juros básicos da economia neste mês. Segundo a pesquisa do BC, a expectativa é que a taxa Selic seja reduzida em um ponto, passando para 25%. Além do maior otimismo em relação ao IPCA, os analistas consultados pelo BC reduziram as estimativas para vários outros índices de preços. (Folha de São Paulo - 08.07.2003) 3 Malan elogia condução da política econômica Na sua primeira
palestra no Rio de Janeiro como ex-ministro, Pedro Malan deixou claro
sua satisfação com a condução das políticas do novo governo e sua confiança
na trajetória declinante da taxa básica de juros da economia brasileira.
No encontro, ele lembrou que a semana começou com um dado extremamente
positivo que foi a queda da projeção média do IPCA para 12 meses revelada
pelo boletim Focus, do Banco Central. "Houve um recuo importante nessa
estimativa, que era de 6,98%, para 6,75%", disse. "Isso é um sinal de
que a trajetória de declínio das expectativas quanto à inflação já foi
consolidada". Malan ressaltou que, apesar de ter clareza de que os juros
caminham para uma queda, ele não faz previsões de como e em que intervalo
isso vai ocorrer. Ele ressaltou também que a retomada da confiança externa
na economia brasileira foi um processo que se desenvolveu ao longo dos
últimos doze meses e teve a participação não apenas do novo governo mas
também da equipe do anterior. Malan disse que um dos méritos do governo
atual foi reconhecer a necessidade da estabilidade macroeconômica como
pré-requisito essencial para o desenvolvimento de outras políticas. (Valor
- 08.07.2003) 4
FGV apura deflação de 0,29% em junho 5 Captações externas somam US$ 225 mi O Unibanco
fechou ontem captação de US$ 125 milhões em títulos de vencimento em 18
meses, com relação aos US$ 100 milhões lançados inicialmente. A Votorantim
iniciou visita aos investidores internacionais para vender US$ 100 milhões
em títulos de vencimento em dois anos. "As condições do mercado externo
pioraram muito em uma semana, por causa da abertura dos spreads dos títulos
do Tesouro americano", disse Marcelo Felberg, diretor da Unibanco Securities,
que liderou a operação. (Valor - 08.07.2003) Em dia de
forte oscilação e volume reduzido de negócios, o dólar comercial inverteu
novamente a tendência. Às 12h20m, a moeda americana registrava alta de
0,10%, cotada a R$ 2,885 na compra e R$ 2,888 na venda. Ontem, no final
dos negócios, o dólar comercial registrava alta de 1,58% e era negociado
a R$ 2,8800 na compra e a R$ 2,8850 na venda. O fechamento do dia é muito
próximo à máxima do dia, de R$ 2,8890. (Valor Online e Globo On Line -
08.07.2003)
Internacional 1 EFET pede maior transparência nos mercados de energia Segundo
a Federação Européia dos Comercializadores de Energia (EFET), a menos
que sejam lançadas mais informações sobre o mercado de energia europeu,
a "limitada liquidez" de muitos mercados de venda de energia não irá melhorar.
A organização acabou de publicar um comunicado se posicionando a favor
de uma maior transparência nos mercados de energia, já preparando a posição
que a EFET vai adotar no Fórum de Florença que vai acontecer dias 8 e
9 de julho. (Platts - 08.07.2003) 2 Fluxo de gás entre Reino Unido e Bélgica cai em junho O fluxo
de gás do Reino Unido para a Bélgica, através do gasoduto Interconnector,
vem se reduzindo no mês de julho, embora ainda se mantenha em um nível
alto. É o que informa o operador do gasoduto nos seus últimos dados divulgados.
Até o mês de junho, o fluxo no gasoduto estava em um nível muito alto,
perto de sua capacidade total. (Platts - 08.07.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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