l

IFE: nº 1.143 - 04 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Elétricas receberão R$ 6,3 bi do governo este ano
2 Área de projetos recebe financiamentos do BNDES
3 Preços de transmissão de energia são reajustados pela Aneel
4 Obras na usina de Foz do Chapecó podem ser paralisadas
5 Construção da usina de Campos Novos pode ser interrompida
6 Setor de energia irá gerar dois milhões de empregos até 2020
7 CBEE quer maior valorização para parques eólicos com maior eficiência

Empresas
1 Light pode oferecer ações para reduzir endividamento
2 Light não deve ser vendida pela EDF
3 Tarifas da Eletropaulo têm reajuste de 10,95%
4 Eletropaulo é pega de surpresa com anúncio de reajustes
5 Celpe reduzirá investimentos em 18,2%
6 Copel anuncia interesse em disputar leilão da Aneel
7 Usina Boa Esperança terá capacidade ampliada pela Chesf
8 Cemig e Celesc abrem processos de licitação

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste registra alta de 0,98% no consumo
2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 72,57% da capacidade
3 Volume armazenado no subsistema Sul está em 59,18%
4 Reservatórios da região Nordeste estão com 45,02%
5 Subsistema Norte registra 81,62% da capacidade
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE conclui liquidação

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás inicia licitação da plataforma P-54
2 YPFB cobra dívida de "take or pay" do Brasil
3 Negociações sobre preço do gás não têm avanço
4 Térmicas serão transferidas do Ceará para Manaus
5 Grupo interministerial analisará implementação do biodiesel
6 Curtas

Economia Brasileira
1 Deflação no IPC - Fipe
2 IPCA deverá ter deflação
3 Cenário de credibilidade propício ao crescimento, afirma Palocci

4 Para Deutsche, BC deve continuar a baixar juros
5 BC impede queda do dólar
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Geradoras argentinas esperam crescimento a partir de mineração e interconexão
2 PDVSA Gas terá novo conselho
3 Projeto Mariscal Sucre terá estudo de viabilidade até o final do ano
4 Iberdrola e BBVA vendem 6% da Gamesa

 

Reestruturação e Regulação

1 Elétricas receberão R$ 6,3 bi do governo este ano

O governo vai desembolsar neste ano cerca de R$ 6,3 bilhões para o setor elétrico brasileiro. Desse montante, R$ 3,4 bilhões fazem parte de acordos com o Estado para reforçar o caixa das companhias, abalado desde o racionamento. O restante, R$ 2,9 bilhões, será destinado a projetos de geração para ampliar a oferta de energia no País. Além do orçamento do BNDES, que prevê a liberação de R$ 4 bilhões neste ano, o governo publicará nos próximos dias medida provisória autorizando a liberação de aproximadamente R$ 2,3 bilhões para compensar o adiamento do repasse dos custos não administráveis das distribuidoras para as tarifas de energia. O financiamento, que será feito pelo BNDES com dinheiro do Tesouro Nacional, faz parte de uma decisão do MME de evitar uma explosão tarifária, pois as distribuidoras estão em momento de revisão periódica, para recompor o valor das tarifas. Enquanto isso, o governo criará esta linha de financiamento, que beira R$ 2,3 bilhões, para não afetar a saúde financeira das companhias. Além desse montante, o BNDES está liberando nesta semana R$ 1,09 bilhão para que as empresas do setor possam concluir o pagamento das operações de compra e venda de eletricidade no MAE entre setembro de 2000 e setembro de 2002. (Estado de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

2 Área de projetos recebe financiamentos do BNDES

O BNDES já autorizou, neste ano, cerca de R$ 1 bilhão para a área de projetos no setor de energia, informou o chefe de departamento do BNDES Nelson Fontes Siffert Filho. Entre as obras a serem beneficiadas pelo financiamento estão as hidrelétricas de Barra Grande e Pedra do Cavalo, do grupo Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa. Segundo Siffert Filho, outros 27 projetos de hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) estão na fila para receber financiamento do banco. As maiores obras são Capim Branco 1 e 2 e Aimorés, do consórcio formado entre Vale do Rio Doce e Cemig; Peixe Angical, da EDP, e Picada, da Companhia Paraibuna de Metais. A ampliação de Tucuruí também dependerá de liberação do banco de R$ 1,2 bilhão. "Infra-estrutura faz parte de nossas prioridades", afirmou Siffert Filho. Segundo ele, o segmento de transmissão também será incentivado pelo BNDES. O programa de financiamento voltado para este tipo de projeto deveria ter sido encerrado dia 30 de junho, mas foi prorrogado por causa do novo leilão que será realizado em setembro. (Estado de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

3 Preços de transmissão de energia são reajustados pela Aneel

A Aneel autorizou o reajuste de 31,51% na receita anual permitida (RAP), que é a remuneração máxima das 15 concessionárias de transmissão de energia elétrica que atuam há mais de um ano no mercado. Segundo a assessoria de imprensa da Aneel, este reajuste corresponde à variação do IGP-M registrado entre junho de 2002 e maio de 2003. A Aneel definiu a receita que cinco novas transmissoras em atuação terão direito desde que se integraram à rede básica nos últimos 12 meses. O valor total de receita anual permitida às transmissoras pela agência será de R$ 4,4 bilhões. Além da RAP, a Aneel também aprovou o reajuste das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (Tust), que são as contas pagas pelas empresas de geração e distribuição, consumidores livres e importadores e exportadores que usam a rede básica de transmissão. Pela resolução da Aneel, as novas tarifas são R$ 6.935,01 por MW para as linhas de transmissão da rede básica vinculadas aos contratos iniciais ou equivalentes, e de R$ 2.776,01 MW para a transmissão de energia gerada por Itaipu, a cargo de Furnas. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, Cesar de Barros Pinto, o reajuste de 31,51% concedido na RAP é o que as empresas do setor reivindicavam. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003)

<topo>

4 Obras na usina de Foz do Chapecó podem ser paralisadas

A falta de regras claras para investimentos no setor elétrico está dificultando a realização de investimentos na construção de usinas em Santa Catarina. A demora na liberação dos financiamentos do BNDES pode atrasar em pelo menos um ano o início das obras da hidrelétrica de Foz do Chapecó. O consórcio responsável pela barragem, que será construída entre Alpestre (RS) e Águas de Chapecó, no Oeste do Estado, espera conseguir o empréstimo de parte do orçamento de R$ 1,5 bilhões até agosto. Se isso não acontecer, não terá tempo suficiente para preparar o início dos trabalhos, previstos originalmente para o começo do ano que vêm. A construção precisa começar no início do ano por causa do volume de água existente no rio Uruguai nesse período. Depois disso as operações de desvio de água e construção de túneis se tornam inviáveis, só podendo ser encaminhadas no primeiro trimestre de 2005. A usina vai gerar 850 MW de energia, o que seria suficiente para abastecer 11 cidades do porte de Chapecó. Essa energia representa 28% do consumo energético de SC. A obra vai gerar quase seis mil empregos diretos e indiretos por até três anos.(A Notícia - 04.07.2003)

<topo>

5 Construção da usina de Campos Novos pode ser interrompida

As obras na hidrelétrica de Campos Novos, que está sendo construída no rio Canoas, podem ser suspensas por falta de financiamento. A direção da empresa está negociando com os fornecedores prazos de pagamento para poder dar continuidade ao empreendimento. O grupo de empreendedores, formado por quatro distribuidoras de energia elétrica do Sul e de São Paulo, já investiu com recursos próprios R$ 450 milhões, faltando o aporte de R$ 800 milhões para a conclusão da usina. Segundo o presidente da Campos Novos Energia, (Enercan), Ênio Schneider, o financiamento deste valor estava em fase adiantada de negociação com o BID e um grupo de bancos estrangeiros que acabou desistindo das negociações por causa da crise financeira na Argentina em 2001 e as eleições no Brasil. O BID manteve a sua intenção de investir US$ 75 milhões (R$ 211,9 milhões), desde que o restante dos recursos estivesse assegurado, mas como a Eletrobrás saiu do negócio, o BNDES, que teria que aportar outros R$ 800 milhões, não vê garantias suficientes para financiar a obra. (A Notícia -04.07.2003)

<topo>

6 Setor de energia irá gerar dois milhões de empregos até 2020

Com investimentos estimados em US$ 68 bilhões, a construção de novas usinas geradoras deverá gerar dois milhões de empregos até o ano de 2020, segundo estimativa do corpo técnico do programa Infra 2020, promovido pela Abdib. Cerca de 500 mil empregos serão diretos, envolvendo a obra dos empreendimentos e o restante, indireto. Estimativas da Abdib apontam a necessidade de acrescer cerca de 85 mil MW à capacidade de geração, aproximadamente cinco mil MW por ano, a fim de acompanhar o crescimento econômico do país até 2020. Com isso, o sistema brasileiro poderá chegar a 165,3 mil MW instalados em 17 anos, praticamente o dobro do volume atual. O Infra 2020 acontece nos dias 7 e 8 de julho, em São Paulo. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

7 CBEE quer maior valorização para parques eólicos com maior eficiência

O segmento de geração eólica recebeu com entusiasmo a divulgação dos valores econômicos e o início da consulta pública do Proinfa. Apesar de considerar positiva a ação do governo, o presidente do Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE), Everaldo Feitosa argumenta que a proposta do governo precisa ser estudada com cuidado e passar por alguns ajustes. Ele considera que o governo está valorizando a ineficiência ao colocar um valor maior para a energia gerada por parques de menor fator de capacidade. Segundo Feitosa, a idéia de valorizar os projetos com ventos menos potentes é boa, mas não nesse momento. Ele explicou que a Alemanha só adotou essa postura recentemente, após a implantação de usinas nos melhores pontos. "Hoje, a Alemanha tem 9 GW de capacidade instalada. Agora, eles estão utilizando as piores jazidas", conta. Na opinião do presidente da Siif Énergies do Brasil, Henri Baguenier, essa medida pode incentivar o uso de máquinas obsoletas nos projetos. "Temos um sítio no Nordeste no qual o fator de capacidade varia de 32% a 45% dependendo da tecnologia empregada", diz. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

 

Empresas

1 Light pode oferecer ações para reduzir endividamento

Os bancos credores da Light poderão se tornar acionistas da empresa, ao lado da francesa EDF. Essa será uma das propostas do banco Goldman Sachs, que recebeu mandato da Light para reestruturar a dívida da distribuidora do Rio de Janeiro. O Goldman Sachs vai levar a proposta ao grupo de bancos credores da empresa, entre eles Citibank, Santander, Bradesco e Unibanco. A proposta de renegociação da dívida de R$ 5,1 bilhões (cerca de 80% em moeda estrangeira) será apresentada a todos os bancos credores da Light em 30 dias, conforme informações de executivos envolvidos no processo. O que inclui o BNDES, com o qual a Light tem dívidas de R$ 1 bilhão. A empresa está em dia com os pagamentos, mas o presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse que o banco teme ter de fazer uma provisão contra os créditos da distribuidora. As linhas gerais da negociação a ser encaminhada aos credores já foram traçadas. A proposta incluirá, além da conversão de parte das dívidas em ações, um alongamento dos prazos de pagamento e uma redução de taxas de juros. De acordo com os mesmos interlocutores, a proposta não incluirá redução do principal da dívida. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003)

<topo>

2 Light não deve ser vendida pela EDF

A EDF, estatal francesa com uma geração de caixa de US$ 15 bilhões, não tem interesse em vender a companhia neste momento. A empresa já investiu US$ 2,7 bilhões na Light, incluindo o preço pago pela aquisição das ações no leilão de privatização, e ainda concedeu um empréstimo de US$ 203 milhões, em 2002, e outros US$ 111 milhões este ano. A crise no setor elétrico depreciou o valor dos ativos e, dificilmente, a EDF deixaria o País sem contabilizar prejuízos em seu balanço. A Light foi privatizada em maio de 1996, sendo adquirida por um consórcio constituído por quatro empresas (EDF, AES, CSN e Reliant) e pelo BNDESPar. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003)

<topo>

3 Tarifas da Eletropaulo têm reajuste de 10,95%

As contas de luz na região da Eletropaulo ficam 10,95% mais caras a partir de hoje. O aumento foi autorizado ontem pela Aneel, após concluir o processo de revisão tarifária periódica da empresa - que substitui o reajuste anual. A Aneel já havia apresentado inicialmente um reajuste de 9,62%, que foi bastante questionado pela companhia. Controlada pela americana AES, a Eletropaulo apresentou planilha de cálculos que apontava para um aumento em torno de 34,43%, índice negado pela Aneel. Fonte da empresa diz que essa conta foi feita a partir do ano passado, quando o câmbio estava mais elevado. Para os consumidores residenciais e comerciais de baixa tensão, o aumento autorizado pela Aneel será de 10,30%. Para os outros usuários, principalmente indústrias, haverá um aumento entre 11,11% e 11,56%. Essa diferença se deve à redução dos subsídios cruzados para os consumidores industriais. O fator X, índice de produtividade que será aplicado para reduzir a tarifa a partir do próximo ano, ficou em 2,54%. Das 11 distribuidoras que passaram por revisão este ano (ainda faltam outras seis), a Eletropaulo obteve o menor índice. A direção da distribuidora ainda não decidiu se vai recorrer à Justiça para questionar o reajuste. Em audiência pública, realizada em meados de junho, uma equipe da empresa tentou justificar a necessidade de um aumento maior. (Valor - 04.07.2003)

<topo>

4 Eletropaulo é pega de surpresa com anúncio de reajustes

Apesar de estar discutindo a revisão tarifária desde outubro do ano passado, a direção da Eletropaulo alega que foi pega de surpresa ontem, quando a Aneel antecipou em um dia a divulgação do percentual de aumento. O presidente da empresa, Steven Clancy, voava entre Brasília e São Paulo no momento do anúncio, após uma audiência com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Esse encontro já estava agendado havia algum tempo e não tinha nenhuma relação com a revisão tarifária, segundo assessores de Clancy. Por isso, somente hoje a Eletropaulo deverá comentar o reajuste de 10,95% concedido pela agência reguladora. (Folha de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

5 Celpe reduzirá investimentos em 18,2%

A Celpe decidiu reduzir em 18,2% os investimentos que iria realizar este ano no Estado de Pernambuco. Segundo o diretor de Gestão de Ativos da distribuidora, Gustavo Alencar, a previsão inicial era de R$ 192 milhões, mas, com o corte, restaram R$ 157 milhões. Os fatores que motivaram o corte de R$ 35 milhões foram as perdas de energia provocadas pelas ligações clandestinas, que em maio chegaram a 18,6%, e em janeiro a 19,5%, além do baixo consumo por parte dos clientes da concessionária, como conseqüência do racionamento. Com a redução, ficam de fora do orçamento os programas de transmissão. Duas subestações que seriam construídas em Suape e no município de São Caetano, no Agreste pernambucano, foram adiadas para 2004. A automação de dez subestações também estão suspensas até o próximo ano. Da quantia que restou, R$ 100 milhões destinam-se à distribuição, com expansão de redes e novas ligações. A meta da companhia, que fornece energia para 2,2 milhões unidades consumidoras no Estado, é ligar 147 mil novos clientes este ano. Com R$ 23 milhões, ficaram programas de redução de perdas, que consistem na regularização de clientes clandestinos com rede ou com gambiarras. (Folha de Pernambuco - 04.07.2003)

<topo>

6 Copel anuncia interesse em disputar leilão da Aneel

A Copel comunica oficialmente hoje ao mercado que tem interesse em participar do leilão das concessões para construção e operação de novas linhas de transmissão que vai ser realizado pela Aneel, em setembro. A empresa também está disposta a analisar e negociar propostas de investidores que queiram estabelecer consórcio ou parceria para a disputa. A Copel vai aguardar até o próximo dia 15 de julho para que os eventuais interessados se manifestem por escrito. (Gazeta do Povo - 04.07.2003)

<topo>

7 Usina Boa Esperança terá capacidade ampliada pela Chesf

A Chesf ampliará em 44 MW a capacidade instalada da hidrelétrica Boa Esperança. A empresa investirá R$ 8 milhões na troca de duas máquinas da usina, que aumentarão a potência de 47 MW para 69 MW. A repotencialização será concluída em 18 meses, com a primeira unidade prevista para entrar em operação em 14 meses. O contrato para a melhoria foi assinado nesta quarta-feira, dia 2 de julho, com a Alstom. Segundo a Chesf, o objetivo do projeto é proporcionar maior disponibilidade de energia durante o período chuvoso. A usina, que tem 234 MW de capacidade instalada, está em operação desde 1970. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

8 Cemig e Celesc abrem processos de licitação

A Cemig abriu três processos de licitação. O primeiro, que vai até 16 de julho, é para a compra de isoladores de pino, disco e roldana. Para o dia 31 de julho está previsto o encerramento de dois processos: a realização de obras e serviços em rede de distribuição em diversas localidades como Lavras, Três Corações, Varginha, Itabira e Conselheiro Lafaiete. A Celesc abriu duas licitações. A primeira proposta á para a aquisição de material de segurança como capacete, óculos, luva, bolsa de ferramentas e detector unipolar de alta tensão. O prazo segue até 21 de julho. O outro processo, que vai até 1° de agosto, é para a aquisição de lâmpada mista, de vapor de sódio e de mercúrio. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste registra alta de 0,98% no consumo

O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.752 MW médios na última quarta-feira, dia 2 de julho, contra previsão de 25.350 MW médios do NOS. Nos últimos sete dias, o subsistema registrou alta no consumo de 0,98%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o submercado acumula baixa de 4% no período. Já o Sul teve consumo de 7.432 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com elevação de 9,12% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 5.828 MW médios, contra PMO de 5.914 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema está com baixa no consumo de 0,32%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o submercado tem queda de 3,86% no mesmo período. No Norte, o consumo chegou a 2.862 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O submercado registra queda de 0,04% no consumo. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 72,57% da capacidade

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra 72,57% da capacidade, volume 38,83% acima da curva de segurança 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,22%. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas estão, respectivamente, com 85,37% e 91,97% da capacidade. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

3 Volume armazenado no subsistema Sul está em 59,18%

O subsistema Sul apresentou a maior queda no nível de armazenamento, de 0,89%. Com isso, os reservatórios chegaram a 59,18% da capacidade. A usina de G. B. Munhoz apresenta índice de 47,95%. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

4 Reservatórios da região Nordeste estão com 45,02%

O volume armazenado no subsistema Nordeste está em 45,02%, valor 24,21% acima da curva de segurança. O índice teve uma queda de 0,1%. A capacidade de Sobradinho está em 39,7%. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

5 Subsistema Norte registra 81,62% da capacidade

Os reservatórios do subsistema Norte estão com 81,62% da capacidade, uma redução de 0,23% em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí apresenta volume 96,53%. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Comercialização de Energia

1 MAE conclui liquidação

O MAE realizou ontem a liquidação da segunda metade da energia comercializada entre setembro de 2000 e setembro de 2002. A primeira metade foi liquidada no final de 2002. Segundo o MAE, o índice de adimplência foi de 88,4%. O valor total liquidado foi de R$ 1,075 bilhão e somente três empresas deixaram de pagar integralmente seus débitos e duas parcialmente. O cronograma prevê que os débitos referentes ao período de outubro de 2002 a junho de 2003 sejam liquidados até o dia 4 de agosto. (Valor - 04.07.2003)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás inicia licitação da plataforma P-54

A Petrobrás deu início ontem à licitação para construção da plataforma P-54, destinada ao desenvolvimento da produção no campo de Roncador, na Bacia de Campos. O diretor da área de serviços da Petrobras, Renato Duque, explica que a novidade nesta licitação é a exigência de que 65% da planta de processo e do casco tenham conteúdo nacional. Nas duas licitações em curso, para a construção das plataformas P-51 e P-52, o conteúdo nacional mínimo é de 60% apenas para os topsides (equipamentos colocados em cima do navio). Esse aumento da nacionalização só é possível porque a P-54 será construída a partir de um petroleiro que já pertence à Petrobrás, chamado Barão de Mauá, enquanto as licitações anteriores referem-se à construção de novas embarcações. A licitação será feita em três etapas: módulos de compressão de gás; módulos de geração de energia; casco/topside. A P-54 terá capacidade de processar 180 mil barris de petróleo por dia e 6 milhões de m3 de gás e será instalada na área norte da Bacia de Campos. Como essa plataforma será construída a partir de um navio existente, o diretor da Petrobrás acredita que o preço também será menor que o das demais plataformas em licitação, cujo valor é estimado pelo mercado em US$ 500 milhões cada. A estimativa da Petrobrás é de que a P-54 entre em operação no segundo semestre de 2006. (Valor - 04.07.2003)

<topo>

2 YPFB cobra dívida de "take or pay" do Brasil

A YPFB quer que a Petrobras pague uma dívida de US$ 115 milhões - que até o mês que vem subirá para US$ 130 milhões, segundo os cálculos da empresa -, pelo "take or pay" estabelecido no contrato de compra do gás boliviano, que previa a aquisição de 18 milhões de m³ por dia de gás natural e mais 12 milhões de m³ adicionais. Sem infra-estrutura adequada - na Bacia de Campos, o gás é quase todo queimado por falta de mercado -, o Brasil consome cerca de 12 milhões de m³ de gás boliviano por dia, mas, pela cláusula do "take or pay", a Petrobras paga por cerca de 17 milhões de m³. A conta foi apresentada durante a segunda reunião da Comissão Mista criada para avaliar a revisão do contrato, realizada terça e quarta-feira em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ildo Sauer, diretor de gás e energia da Petrobras disse, por meio da assessoria de imprensa da estatal, que a dívida relativa ao "take or pay" é da ordem de US$ 87 milhões, e que ainda está sendo negociada. O presidente executivo da YPFB, Raúl Lema, disse que decidiu levar o assunto da dívida à esfera ministerial porque "não houve forma de encontrar um entendimento com a Petrobras". Lema afirmou que o impasse reside em critérios de cálculos diferentes adotados pelas empresas. Sauer rebate e diz que a Petrobras em nenhum momento deu sinais de que a dívida não seria paga. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003)

<topo>

3 Negociações sobre preço do gás não têm avanço

A segunda rodada de negociações da Comissão Mista que discute a revisão do contrato de gás da Petrobrás com a YPFB terminou sem avanços palpáveis. O Brasil quer diminuir em 30% o volume de importação, garantindo em troca a ampliação do mercado interno a partir de 2007, quando seria possível absorver os 30 milhões de m³ de gás da Bolívia. A estratégia brasileira, conforme disse recentemente a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia, é convencer os bolivianos de que, com os atuais preços e o mercado deprimido, o mercado de gás tende a desaparecer. "Com preço mais baixo podemos dar garantias de que o mercado de gás vai aumentar". Raúl Lema disse ao El Mundo que "pode-se falar de uma redução nos preços, mas isso tem que estar relacionado com o incremento dos volumes e com a segurança de que novos investimentos serão realizados".(Gazeta Mercantil - 04.07.2003)

<topo>

4 Térmicas serão transferidas do Ceará para Manaus

A Aneel autorizou a transferência de quatro usinas térmicas emergenciais do Ceará para Manaus, para reforçar o abastecimento de energia da cidade. A Ceará Geradora de Energia S/A foi autorizada a transferir termoelétricas que integram o grupo de usinas contratadas pelo governo para serem acionadas em época de crise de energia. A previsão é de que as térmicas entrarão em operação até setembro. (Estado de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

5 Grupo interministerial analisará implementação do biodiesel

O governo criou um grupo de trabalho interministerial para apresentar estudos sobre o uso do biodiesel como fonte alternativa de energia. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, dia 3 de julho, no Diário Oficial da União. Segundo o documento, eles terão 90 dias para encaminhar um relatório técnico sobre a viabilidade do projeto à Câmara de Políticas de Infra-Estrutura, do Conselho de governo. O grupo será formado por representantes da Casa Civil da presidência da república, que coordenará os trabalhos; e dos ministérios da Fazenda; Transportes; Agricultura; Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Minas e Energia; Planejamento, Orçamento e Gestão; Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário; Integração Nacional, e das Cidades. Além deles, o coordenador do grupo interministerial pode convidar representantes de outros órgãos, entidades públicas ou organização da sociedade civil, para participar de suas reuniões e de discussões por ele promovida. (Canal Energia - 03.07.2003)

<topo>

6 Curtas

Roger Agnelli (Vale do Rio Doce) e José Eduardo Dutra (Petrobras) assinam hoje, em Sergipe, protocolo de intenção para estudar a viabilidade de projetos comuns a serem desenvolvidos no Estado. (Folha de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Deflação no IPC - Fipe

Após 30 meses de aumento de preços consecutivos, o IPC da Fipe registrou deflação de 0,16% em São Paulo em junho, a primeira taxa negativa desde novembro de 2000 e a maior desde fevereiro do mesmo ano. O resultado ficou acima das expectativas dos economistas e da própria Fipe, que esperava deflação de 0,05%. O indicador reflete, além da queda do dólar, o arrocho da política de juros altos que tem deprimido fortemente a atividade econômica. Os principais itens responsáveis pela deflação do IPC foram a queda dos alimentos, principalmente os "in natura" (frutas, legumes) e os semi-elaborados, e a retração dos preços dos combustíveis. Esse movimento de queda da taxa de inflação tem aumentado a expectativa de corte de juros. (Folha de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

2 IPCA deverá ter deflação

O IPCA também deverá registrar variação negativa de preços em junho. Projeções revisadas de economistas apontam para deflação de até 0,1% nesse mês. A forte redução de preços surpreendeu especialistas que, há duas semanas, ainda não falavam em deflação, embora já estimassem inflação muito baixa. Mas a queda livre dos preços, principalmente dos de alimentos, nas últimas semanas levou a maioria deles a mudar de opinião.As previsões para o IPCA variam hoje entre 0 e -0,1%. (Folha de São Paulo - 04.07.2003)

<topo>

3 Cenário de credibilidade propício ao crescimento, afirma Palocci

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou ontem à noite, em São Paulo, que o Brasil já está em condições "de virar uma página" na economia. Falando a uma platéia de empresários, o ministro afirmou que, há seis meses, "todos diziam que o país precisava de credibilidade, credibilidade e credibilidade. Agora, o Brasil precisa de crescimento, crescimento e crescimento", ironizou. Palocci lembrou que o semestre começou com inflação explosiva e termina com índices negativos. "E a política monetária não pode fechar os olhos para isso. Precisamos colocar nossa perspectiva de trabalhar no futuro com um a taxa de juros mais baixa e uma programação efetiva para ordenar o crescimento da economia", disse. Sobre o adiamento da redução dos preços dos combustíveis, o ministro afirmou que o governo não está preocupado apenas com o que ocorrerá "na próxima semana", em referência ao curto prazo. Ele lembrou que a prioridade do governo é verificar se do ponto de vista do câmbio e do preço do petróleo no exterior o governo deve manter os preços mais baixos possíveis para os combustíveis. (Valor - 04.07.2003)

<topo>

4 Para Deutsche, BC deve continuar a baixar juros

O Deutsche Bank,(DB) em seu relatório trimestral sobre a perspectiva da economia mundial divulgado ontem, disse que o crescimento econômico fraco e as altas taxas de juros continuam representando o principal desafio para o Brasil. O banco alemão acredita que o BC brasileiro deverá continuar cortando os juros no segundo semestre. Entretanto, devido à preocupação com a inércia dos preços e o realinhamento dos salários, os analistas do DB mantiveram a sua previsão para a Selic no final deste ano em 23%, acima do consenso do mercado, que é de 21,5%. O banco estima que o PIB brasileiro irá crescer 1,6% em 2003 e 3,4% no próximo ano. Segundo o DB, as reformas previdenciária e tributária estão avançando conforme os planos do Governo e a perspectiva para as suas aprovações continua positivo, embora o debate político deva aumentar nos próximos meses. (Jornal do Commercio - 04.07.2003)

<topo>

5 BC impede queda do dólar

O dólar comercial interrompeu a trajetória de queda dos últimos quatro dias e fechou ontem a R$ 2,826, com alta de 0,28% no dia. A valorização da moeda era esperada pelo mercado financeiro, depois que o BC adotou, anteontem, medida que permite que os bancos invistam mais R$ 3 bilhões na moeda americana. Noutra iniciativa na mesma direção, a autoridade monetária informou que, a partir de agora, vai rolar as parcelas da dívida cambial a vencer em apenas dois leilões, com antecedência de apenas cinco dias do vencimento. Analistas interpretaram as mudanças como um sinal de que o BC trabalha com um patamar mínimo para o câmbio (R$ 2,80), apesar do esforço do banco em negar esse objetivo. (O Globo - 04.07.2003)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar inverteu há pouco a tendência de alta do início dos negócios. Às 12h27m, a moeda americana registrava queda de 0,03%, cotada a R$ 2,820 na compra e R$ 2,825 na venda. Ontem, no término dos negócios, o dólar comercial registrou valorização de 0,28% e foi negociado a R$ 2,8230 na compra e a R$ 2,8260 na venda. Mesmo com a tendência compradora vista desde o pré-mercado, a moeda não subiu muito e a máxima do dia foi registrada em R$ 2,8460 (+0,99%). (Valor Online e Globo On Line - 04.07.2003)

<topo>

 

Internacional

1 Geradoras argentinas esperam crescimento a partir de mineração e interconexão

Novos projetos de mineração e transmissão de energia ajudariam as geradoras do noroeste da Argentina a encontrar novos mercados, segundo disseram executivos do setor numa conferência de mineração e infra-estrutura na cidade de Tucumán na semana passada. O noroeste da Argentina, integrado pelas províncias de Jujuy, Salta, Tucuman e Catamarca, é a região mais pobre da Argentina, mas é também a mais rica em termos de recursos minerais. As empresas de energia vêem com interesse iniciativas do setor privado de incentivo ao desenvolvimento da indústria da mineração. "Vemos os projetos de mineração (da região) como uma grande oportunidade para a energia elétrica", disse Juan Carlos Blanco, diretor comercial da comercializadora de energia argentina Cemsa. "O setor pode incorporar até 400MW de demanda extra se novos projetos entrarem em operação." Estes projetos consistem principalmente de potenciais projetos de cobre em Salta e Catamarca, aumento da produção das operações de lítio no Salar de Hombre Muerto, em Catamarca, e vastos depósitos de minerais industriais em toda a região. Entre outros planos estão um projeto de parque industrial em Tucuman voltado para agregar valor a matérias primas. (Business News Americas - 03.07.2003)

<topo>

2 PDVSA Gas terá novo conselho

O Ministério das Minas e Energia da Venezuela planeja substituir o conselho da unidade de gás da petroleira estatal PDVSA, a PDVSA Gas, por representantes do ministério, buscando maior influência sobre as operações da empresa, informou o porta-voz da PDVSA Gas Jose Angel Calatayud. Funcionários do ministério devem se reunir com os membros do conselho da PDVSA Gas nos dias 3 e 4 de julho para definir uma nova "orientação estratégica de negócios", disse Calatayud. Os membros do conselho da PDVSA Gas antes respondiam à PDVSA, mas agora passarão a responder ao ministério, explicou. Em relação a futuros projetos, o ministério vai anunciar planos para os projetos de gás Plataforma Deltana e Mariscal Sucre durante a semana que vai de 7 a 11 de julho, disse Calatayud. Os projetos offshore são fundamentais para os planos que a Venezuela tem de desenvolver uma iniciativa própria de gás natural liquefeito (GNL) com o objetivo de exportar o produto para lucrativo mercado americano. (Business News Americas - 04.07.2003)

<topo>

3 Projeto Mariscal Sucre terá estudo de viabilidade até o final do ano

No final do ano deve ser concluído um estudo de viabilidade técnica e econômica para o projeto Mariscal Sucre (de US$ 2,7 bilhões), no qual a PDVSA fez parceria com a Shell e a Mitsubishi. A meta do projeto é produzir mais de 1 bilhão de pés cúbicos de gás natural por dia a partir de reservas estimadas de 10 trilhões de pés cúbicos no litoral do estado de Sucre. A Plataforma Deltana tem reservas estimadas 30-38 trilhões de pés cúbicos. As americanas ChevronTexaco e ConocoPhillips vão desenvolver o bloco 2, e a norueguesa Statoil ficará por conta do bloco 4. Estes sãos os únicos, dentro os cinco blocos, que já outorgados até o momento. (Business News Americas - 04.07.2003)

<topo>

4 Iberdrola e BBVA vendem 6% da Gamesa

A elétrica espanhola Iberdrola e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) anunciaram hoje ter alienado na Bolsa de Madrid 6% do capital da empresa de energia eólica Gamesa ao preço de 18,6 euros por título. A confirmação desta operação foi efetuada pelas duas firmas vendedoras em nova enviada hoje à CNMV. (Diário Económico - 03.07.2003)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás