l IFE:
nº 1.143 - 04 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Elétricas receberão R$ 6,3 bi do governo este ano O governo
vai desembolsar neste ano cerca de R$ 6,3 bilhões para o setor elétrico
brasileiro. Desse montante, R$ 3,4 bilhões fazem parte de acordos com
o Estado para reforçar o caixa das companhias, abalado desde o racionamento.
O restante, R$ 2,9 bilhões, será destinado a projetos de geração para
ampliar a oferta de energia no País. Além do orçamento do BNDES, que prevê
a liberação de R$ 4 bilhões neste ano, o governo publicará nos próximos
dias medida provisória autorizando a liberação de aproximadamente R$ 2,3
bilhões para compensar o adiamento do repasse dos custos não administráveis
das distribuidoras para as tarifas de energia. O financiamento, que será
feito pelo BNDES com dinheiro do Tesouro Nacional, faz parte de uma decisão
do MME de evitar uma explosão tarifária, pois as distribuidoras estão
em momento de revisão periódica, para recompor o valor das tarifas. Enquanto
isso, o governo criará esta linha de financiamento, que beira R$ 2,3 bilhões,
para não afetar a saúde financeira das companhias. Além desse montante,
o BNDES está liberando nesta semana R$ 1,09 bilhão para que as empresas
do setor possam concluir o pagamento das operações de compra e venda de
eletricidade no MAE entre setembro de 2000 e setembro de 2002. (Estado
de São Paulo - 04.07.2003) 2 Área de projetos recebe financiamentos do BNDES O BNDES
já autorizou, neste ano, cerca de R$ 1 bilhão para a área de projetos
no setor de energia, informou o chefe de departamento do BNDES Nelson
Fontes Siffert Filho. Entre as obras a serem beneficiadas pelo financiamento
estão as hidrelétricas de Barra Grande e Pedra do Cavalo, do grupo Votorantim,
Bradesco e Camargo Corrêa. Segundo Siffert Filho, outros 27 projetos de
hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) estão na fila para
receber financiamento do banco. As maiores obras são Capim Branco 1 e
2 e Aimorés, do consórcio formado entre Vale do Rio Doce e Cemig; Peixe
Angical, da EDP, e Picada, da Companhia Paraibuna de Metais. A ampliação
de Tucuruí também dependerá de liberação do banco de R$ 1,2 bilhão. "Infra-estrutura
faz parte de nossas prioridades", afirmou Siffert Filho. Segundo ele,
o segmento de transmissão também será incentivado pelo BNDES. O programa
de financiamento voltado para este tipo de projeto deveria ter sido encerrado
dia 30 de junho, mas foi prorrogado por causa do novo leilão que será
realizado em setembro. (Estado de São Paulo - 04.07.2003) 3 Preços de transmissão de energia são reajustados pela Aneel A Aneel
autorizou o reajuste de 31,51% na receita anual permitida (RAP), que é
a remuneração máxima das 15 concessionárias de transmissão de energia
elétrica que atuam há mais de um ano no mercado. Segundo a assessoria
de imprensa da Aneel, este reajuste corresponde à variação do IGP-M registrado
entre junho de 2002 e maio de 2003. A Aneel definiu a receita que cinco
novas transmissoras em atuação terão direito desde que se integraram à
rede básica nos últimos 12 meses. O valor total de receita anual permitida
às transmissoras pela agência será de R$ 4,4 bilhões. Além da RAP, a Aneel
também aprovou o reajuste das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão
(Tust), que são as contas pagas pelas empresas de geração e distribuição,
consumidores livres e importadores e exportadores que usam a rede básica
de transmissão. Pela resolução da Aneel, as novas tarifas são R$ 6.935,01
por MW para as linhas de transmissão da rede básica vinculadas aos contratos
iniciais ou equivalentes, e de R$ 2.776,01 MW para a transmissão de energia
gerada por Itaipu, a cargo de Furnas. Segundo o diretor-executivo da Associação
Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, Cesar
de Barros Pinto, o reajuste de 31,51% concedido na RAP é o que as empresas
do setor reivindicavam. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003) 4
Obras na usina de Foz do Chapecó podem ser paralisadas 5 Construção da usina de Campos Novos pode ser interrompida As obras
na hidrelétrica de Campos Novos, que está sendo construída no rio Canoas,
podem ser suspensas por falta de financiamento. A direção da empresa está
negociando com os fornecedores prazos de pagamento para poder dar continuidade
ao empreendimento. O grupo de empreendedores, formado por quatro distribuidoras
de energia elétrica do Sul e de São Paulo, já investiu com recursos próprios
R$ 450 milhões, faltando o aporte de R$ 800 milhões para a conclusão da
usina. Segundo o presidente da Campos Novos Energia, (Enercan), Ênio Schneider,
o financiamento deste valor estava em fase adiantada de negociação com
o BID e um grupo de bancos estrangeiros que acabou desistindo das negociações
por causa da crise financeira na Argentina em 2001 e as eleições no Brasil.
O BID manteve a sua intenção de investir US$ 75 milhões (R$ 211,9 milhões),
desde que o restante dos recursos estivesse assegurado, mas como a Eletrobrás
saiu do negócio, o BNDES, que teria que aportar outros R$ 800 milhões,
não vê garantias suficientes para financiar a obra. (A Notícia -04.07.2003) 6 Setor de energia irá gerar dois milhões de empregos até 2020 Com investimentos
estimados em US$ 68 bilhões, a construção de novas usinas geradoras deverá
gerar dois milhões de empregos até o ano de 2020, segundo estimativa do
corpo técnico do programa Infra 2020, promovido pela Abdib. Cerca de 500
mil empregos serão diretos, envolvendo a obra dos empreendimentos e o
restante, indireto. Estimativas da Abdib apontam a necessidade de acrescer
cerca de 85 mil MW à capacidade de geração, aproximadamente cinco mil
MW por ano, a fim de acompanhar o crescimento econômico do país até 2020.
Com isso, o sistema brasileiro poderá chegar a 165,3 mil MW instalados
em 17 anos, praticamente o dobro do volume atual. O Infra 2020 acontece
nos dias 7 e 8 de julho, em São Paulo. (Canal Energia - 03.07.2003) 7 CBEE quer maior valorização para parques eólicos com maior eficiência O segmento de geração eólica recebeu com entusiasmo a divulgação dos valores econômicos e o início da consulta pública do Proinfa. Apesar de considerar positiva a ação do governo, o presidente do Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE), Everaldo Feitosa argumenta que a proposta do governo precisa ser estudada com cuidado e passar por alguns ajustes. Ele considera que o governo está valorizando a ineficiência ao colocar um valor maior para a energia gerada por parques de menor fator de capacidade. Segundo Feitosa, a idéia de valorizar os projetos com ventos menos potentes é boa, mas não nesse momento. Ele explicou que a Alemanha só adotou essa postura recentemente, após a implantação de usinas nos melhores pontos. "Hoje, a Alemanha tem 9 GW de capacidade instalada. Agora, eles estão utilizando as piores jazidas", conta. Na opinião do presidente da Siif Énergies do Brasil, Henri Baguenier, essa medida pode incentivar o uso de máquinas obsoletas nos projetos. "Temos um sítio no Nordeste no qual o fator de capacidade varia de 32% a 45% dependendo da tecnologia empregada", diz. (Canal Energia - 03.07.2003)
Empresas 1 Light pode oferecer ações para reduzir endividamento Os bancos
credores da Light poderão se tornar acionistas da empresa, ao lado da
francesa EDF. Essa será uma das propostas do banco Goldman Sachs, que
recebeu mandato da Light para reestruturar a dívida da distribuidora do
Rio de Janeiro. O Goldman Sachs vai levar a proposta ao grupo de bancos
credores da empresa, entre eles Citibank, Santander, Bradesco e Unibanco.
A proposta de renegociação da dívida de R$ 5,1 bilhões (cerca de 80% em
moeda estrangeira) será apresentada a todos os bancos credores da Light
em 30 dias, conforme informações de executivos envolvidos no processo.
O que inclui o BNDES, com o qual a Light tem dívidas de R$ 1 bilhão. A
empresa está em dia com os pagamentos, mas o presidente do BNDES, Carlos
Lessa, disse que o banco teme ter de fazer uma provisão contra os créditos
da distribuidora. As linhas gerais da negociação a ser encaminhada aos
credores já foram traçadas. A proposta incluirá, além da conversão de
parte das dívidas em ações, um alongamento dos prazos de pagamento e uma
redução de taxas de juros. De acordo com os mesmos interlocutores, a proposta
não incluirá redução do principal da dívida. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003) 2 Light não deve ser vendida pela EDF A EDF, estatal
francesa com uma geração de caixa de US$ 15 bilhões, não tem interesse
em vender a companhia neste momento. A empresa já investiu US$ 2,7 bilhões
na Light, incluindo o preço pago pela aquisição das ações no leilão de
privatização, e ainda concedeu um empréstimo de US$ 203 milhões, em 2002,
e outros US$ 111 milhões este ano. A crise no setor elétrico depreciou
o valor dos ativos e, dificilmente, a EDF deixaria o País sem contabilizar
prejuízos em seu balanço. A Light foi privatizada em maio de 1996, sendo
adquirida por um consórcio constituído por quatro empresas (EDF, AES,
CSN e Reliant) e pelo BNDESPar. (Gazeta Mercantil - 04.07.2003) 3 Tarifas da Eletropaulo têm reajuste de 10,95% As contas
de luz na região da Eletropaulo ficam 10,95% mais caras a partir de hoje.
O aumento foi autorizado ontem pela Aneel, após concluir o processo de
revisão tarifária periódica da empresa - que substitui o reajuste anual.
A Aneel já havia apresentado inicialmente um reajuste de 9,62%, que foi
bastante questionado pela companhia. Controlada pela americana AES, a
Eletropaulo apresentou planilha de cálculos que apontava para um aumento
em torno de 34,43%, índice negado pela Aneel. Fonte da empresa diz que
essa conta foi feita a partir do ano passado, quando o câmbio estava mais
elevado. Para os consumidores residenciais e comerciais de baixa tensão,
o aumento autorizado pela Aneel será de 10,30%. Para os outros usuários,
principalmente indústrias, haverá um aumento entre 11,11% e 11,56%. Essa
diferença se deve à redução dos subsídios cruzados para os consumidores
industriais. O fator X, índice de produtividade que será aplicado para
reduzir a tarifa a partir do próximo ano, ficou em 2,54%. Das 11 distribuidoras
que passaram por revisão este ano (ainda faltam outras seis), a Eletropaulo
obteve o menor índice. A direção da distribuidora ainda não decidiu se
vai recorrer à Justiça para questionar o reajuste. Em audiência pública,
realizada em meados de junho, uma equipe da empresa tentou justificar
a necessidade de um aumento maior. (Valor - 04.07.2003) 4
Eletropaulo é pega de surpresa com anúncio de reajustes 5 Celpe reduzirá investimentos em 18,2% A Celpe
decidiu reduzir em 18,2% os investimentos que iria realizar este ano no
Estado de Pernambuco. Segundo o diretor de Gestão de Ativos da distribuidora,
Gustavo Alencar, a previsão inicial era de R$ 192 milhões, mas, com o
corte, restaram R$ 157 milhões. Os fatores que motivaram o corte de R$
35 milhões foram as perdas de energia provocadas pelas ligações clandestinas,
que em maio chegaram a 18,6%, e em janeiro a 19,5%, além do baixo consumo
por parte dos clientes da concessionária, como conseqüência do racionamento.
Com a redução, ficam de fora do orçamento os programas de transmissão.
Duas subestações que seriam construídas em Suape e no município de São
Caetano, no Agreste pernambucano, foram adiadas para 2004. A automação
de dez subestações também estão suspensas até o próximo ano. Da quantia
que restou, R$ 100 milhões destinam-se à distribuição, com expansão de
redes e novas ligações. A meta da companhia, que fornece energia para
2,2 milhões unidades consumidoras no Estado, é ligar 147 mil novos clientes
este ano. Com R$ 23 milhões, ficaram programas de redução de perdas, que
consistem na regularização de clientes clandestinos com rede ou com gambiarras.
(Folha de Pernambuco - 04.07.2003) 6 Copel anuncia interesse em disputar leilão da Aneel A Copel
comunica oficialmente hoje ao mercado que tem interesse em participar
do leilão das concessões para construção e operação de novas linhas de
transmissão que vai ser realizado pela Aneel, em setembro. A empresa também
está disposta a analisar e negociar propostas de investidores que queiram
estabelecer consórcio ou parceria para a disputa. A Copel vai aguardar
até o próximo dia 15 de julho para que os eventuais interessados se manifestem
por escrito. (Gazeta do Povo - 04.07.2003) 7 Usina Boa Esperança terá capacidade ampliada pela Chesf A Chesf
ampliará em 44 MW a capacidade instalada da hidrelétrica Boa Esperança.
A empresa investirá R$ 8 milhões na troca de duas máquinas da usina, que
aumentarão a potência de 47 MW para 69 MW. A repotencialização será concluída
em 18 meses, com a primeira unidade prevista para entrar em operação em
14 meses. O contrato para a melhoria foi assinado nesta quarta-feira,
dia 2 de julho, com a Alstom. Segundo a Chesf, o objetivo do projeto é
proporcionar maior disponibilidade de energia durante o período chuvoso.
A usina, que tem 234 MW de capacidade instalada, está em operação desde
1970. (Canal Energia - 03.07.2003) 8 Cemig e Celesc abrem processos de licitação A Cemig
abriu três processos de licitação. O primeiro, que vai até 16 de julho,
é para a compra de isoladores de pino, disco e roldana. Para o dia 31
de julho está previsto o encerramento de dois processos: a realização
de obras e serviços em rede de distribuição em diversas localidades como
Lavras, Três Corações, Varginha, Itabira e Conselheiro Lafaiete. A Celesc
abriu duas licitações. A primeira proposta á para a aquisição de material
de segurança como capacete, óculos, luva, bolsa de ferramentas e detector
unipolar de alta tensão. O prazo segue até 21 de julho. O outro processo,
que vai até 1° de agosto, é para a aquisição de lâmpada mista, de vapor
de sódio e de mercúrio. (Canal Energia - 03.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste registra alta de 0,98% no consumo O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 25.752 MW médios na última quarta-feira, dia 2 de julho, contra
previsão de 25.350 MW médios do NOS. Nos últimos sete dias, o subsistema
registrou alta no consumo de 0,98%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 26.664 MW médios, o submercado acumula baixa de 4% no período. Já o
Sul teve consumo de 7.432 MW médios, contra previsão de 6.755 MW médios
do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região
está com elevação de 9,12% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu
5.828 MW médios, contra PMO de 5.914 MW médios do operador do sistema.
Nos últimos sete dias, o subsistema está com baixa no consumo de 0,32%.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o submercado
tem queda de 3,86% no mesmo período. No Norte, o consumo chegou a 2.862
MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. O submercado registra
queda de 0,04% no consumo. (Canal Energia - 03.07.2003) 2 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 72,57% da capacidade O subsistema
Sudeste/Centro-Oeste registra 72,57% da capacidade, volume 38,83% acima
da curva de segurança 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,22%. As
hidrelétricas de Emborcação e Furnas estão, respectivamente, com 85,37%
e 91,97% da capacidade. (Canal Energia - 03.07.2003) 3 Volume armazenado no subsistema Sul está em 59,18% O subsistema
Sul apresentou a maior queda no nível de armazenamento, de 0,89%. Com
isso, os reservatórios chegaram a 59,18% da capacidade. A usina de G.
B. Munhoz apresenta índice de 47,95%. (Canal Energia - 03.07.2003) 4
Reservatórios da região Nordeste estão com 45,02% 5 Subsistema Norte registra 81,62% da capacidade Os reservatórios
do subsistema Norte estão com 81,62% da capacidade, uma redução de 0,23%
em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí apresenta volume 96,53%.
(Canal Energia - 03.07.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia O MAE realizou
ontem a liquidação da segunda metade da energia comercializada entre setembro
de 2000 e setembro de 2002. A primeira metade foi liquidada no final de
2002. Segundo o MAE, o índice de adimplência foi de 88,4%. O valor total
liquidado foi de R$ 1,075 bilhão e somente três empresas deixaram de pagar
integralmente seus débitos e duas parcialmente. O cronograma prevê que
os débitos referentes ao período de outubro de 2002 a junho de 2003 sejam
liquidados até o dia 4 de agosto. (Valor - 04.07.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobrás inicia licitação da plataforma P-54 A Petrobrás
deu início ontem à licitação para construção da plataforma P-54, destinada
ao desenvolvimento da produção no campo de Roncador, na Bacia de Campos.
O diretor da área de serviços da Petrobras, Renato Duque, explica que
a novidade nesta licitação é a exigência de que 65% da planta de processo
e do casco tenham conteúdo nacional. Nas duas licitações em curso, para
a construção das plataformas P-51 e P-52, o conteúdo nacional mínimo é
de 60% apenas para os topsides (equipamentos colocados em cima do navio).
Esse aumento da nacionalização só é possível porque a P-54 será construída
a partir de um petroleiro que já pertence à Petrobrás, chamado Barão de
Mauá, enquanto as licitações anteriores referem-se à construção de novas
embarcações. A licitação será feita em três etapas: módulos de compressão
de gás; módulos de geração de energia; casco/topside. A P-54 terá capacidade
de processar 180 mil barris de petróleo por dia e 6 milhões de m3 de gás
e será instalada na área norte da Bacia de Campos. Como essa plataforma
será construída a partir de um navio existente, o diretor da Petrobrás
acredita que o preço também será menor que o das demais plataformas em
licitação, cujo valor é estimado pelo mercado em US$ 500 milhões cada.
A estimativa da Petrobrás é de que a P-54 entre em operação no segundo
semestre de 2006. (Valor - 04.07.2003) 2 YPFB cobra dívida de "take or pay" do Brasil A YPFB quer
que a Petrobras pague uma dívida de US$ 115 milhões - que até o mês que
vem subirá para US$ 130 milhões, segundo os cálculos da empresa -, pelo
"take or pay" estabelecido no contrato de compra do gás boliviano, que
previa a aquisição de 18 milhões de m³ por dia de gás natural e mais 12
milhões de m³ adicionais. Sem infra-estrutura adequada - na Bacia de Campos,
o gás é quase todo queimado por falta de mercado -, o Brasil consome cerca
de 12 milhões de m³ de gás boliviano por dia, mas, pela cláusula do "take
or pay", a Petrobras paga por cerca de 17 milhões de m³. A conta foi apresentada
durante a segunda reunião da Comissão Mista criada para avaliar a revisão
do contrato, realizada terça e quarta-feira em Santa Cruz de la Sierra,
na Bolívia. Ildo Sauer, diretor de gás e energia da Petrobras disse, por
meio da assessoria de imprensa da estatal, que a dívida relativa ao "take
or pay" é da ordem de US$ 87 milhões, e que ainda está sendo negociada.
O presidente executivo da YPFB, Raúl Lema, disse que decidiu levar o assunto
da dívida à esfera ministerial porque "não houve forma de encontrar um
entendimento com a Petrobras". Lema afirmou que o impasse reside em critérios
de cálculos diferentes adotados pelas empresas. Sauer rebate e diz que
a Petrobras em nenhum momento deu sinais de que a dívida não seria paga.
(Gazeta Mercantil - 04.07.2003) 3 Negociações sobre preço do gás não têm avanço A segunda
rodada de negociações da Comissão Mista que discute a revisão do contrato
de gás da Petrobrás com a YPFB terminou sem avanços palpáveis. O Brasil
quer diminuir em 30% o volume de importação, garantindo em troca a ampliação
do mercado interno a partir de 2007, quando seria possível absorver os
30 milhões de m³ de gás da Bolívia. A estratégia brasileira, conforme
disse recentemente a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia, é convencer
os bolivianos de que, com os atuais preços e o mercado deprimido, o mercado
de gás tende a desaparecer. "Com preço mais baixo podemos dar garantias
de que o mercado de gás vai aumentar". Raúl Lema disse ao El Mundo que
"pode-se falar de uma redução nos preços, mas isso tem que estar relacionado
com o incremento dos volumes e com a segurança de que novos investimentos
serão realizados".(Gazeta Mercantil - 04.07.2003) 4 Térmicas serão transferidas do Ceará para Manaus A Aneel
autorizou a transferência de quatro usinas térmicas emergenciais do Ceará
para Manaus, para reforçar o abastecimento de energia da cidade. A Ceará
Geradora de Energia S/A foi autorizada a transferir termoelétricas que
integram o grupo de usinas contratadas pelo governo para serem acionadas
em época de crise de energia. A previsão é de que as térmicas entrarão
em operação até setembro. (Estado de São Paulo - 04.07.2003) 5 Grupo interministerial analisará implementação do biodiesel O governo
criou um grupo de trabalho interministerial para apresentar estudos sobre
o uso do biodiesel como fonte alternativa de energia. A decisão foi publicada
nesta quinta-feira, dia 3 de julho, no Diário Oficial da União. Segundo
o documento, eles terão 90 dias para encaminhar um relatório técnico sobre
a viabilidade do projeto à Câmara de Políticas de Infra-Estrutura, do
Conselho de governo. O grupo será formado por representantes da Casa Civil
da presidência da república, que coordenará os trabalhos; e dos ministérios
da Fazenda; Transportes; Agricultura; Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior; Minas e Energia; Planejamento, Orçamento
e Gestão; Ciência e Tecnologia; Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário;
Integração Nacional, e das Cidades. Além deles, o coordenador do grupo
interministerial pode convidar representantes de outros órgãos, entidades
públicas ou organização da sociedade civil, para participar de suas reuniões
e de discussões por ele promovida. (Canal Energia - 03.07.2003) Roger Agnelli (Vale do Rio Doce) e José Eduardo Dutra (Petrobras) assinam hoje, em Sergipe, protocolo de intenção para estudar a viabilidade de projetos comuns a serem desenvolvidos no Estado. (Folha de São Paulo - 04.07.2003) Economia Brasileira Após 30
meses de aumento de preços consecutivos, o IPC da Fipe registrou deflação
de 0,16% em São Paulo em junho, a primeira taxa negativa desde novembro
de 2000 e a maior desde fevereiro do mesmo ano. O resultado ficou acima
das expectativas dos economistas e da própria Fipe, que esperava deflação
de 0,05%. O indicador reflete, além da queda do dólar, o arrocho da política
de juros altos que tem deprimido fortemente a atividade econômica. Os
principais itens responsáveis pela deflação do IPC foram a queda dos alimentos,
principalmente os "in natura" (frutas, legumes) e os semi-elaborados,
e a retração dos preços dos combustíveis. Esse movimento de queda da taxa
de inflação tem aumentado a expectativa de corte de juros. (Folha de São
Paulo - 04.07.2003) O IPCA também deverá registrar variação negativa de preços em junho. Projeções revisadas de economistas apontam para deflação de até 0,1% nesse mês. A forte redução de preços surpreendeu especialistas que, há duas semanas, ainda não falavam em deflação, embora já estimassem inflação muito baixa. Mas a queda livre dos preços, principalmente dos de alimentos, nas últimas semanas levou a maioria deles a mudar de opinião.As previsões para o IPCA variam hoje entre 0 e -0,1%. (Folha de São Paulo - 04.07.2003) 3 Cenário de credibilidade propício ao crescimento, afirma Palocci O ministro
da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou ontem à noite, em São Paulo, que
o Brasil já está em condições "de virar uma página" na economia. Falando
a uma platéia de empresários, o ministro afirmou que, há seis meses, "todos
diziam que o país precisava de credibilidade, credibilidade e credibilidade.
Agora, o Brasil precisa de crescimento, crescimento e crescimento", ironizou.
Palocci lembrou que o semestre começou com inflação explosiva e termina
com índices negativos. "E a política monetária não pode fechar os olhos
para isso. Precisamos colocar nossa perspectiva de trabalhar no futuro
com um a taxa de juros mais baixa e uma programação efetiva para ordenar
o crescimento da economia", disse. Sobre o adiamento da redução dos preços
dos combustíveis, o ministro afirmou que o governo não está preocupado
apenas com o que ocorrerá "na próxima semana", em referência ao curto
prazo. Ele lembrou que a prioridade do governo é verificar se do ponto
de vista do câmbio e do preço do petróleo no exterior o governo deve manter
os preços mais baixos possíveis para os combustíveis. (Valor - 04.07.2003) 4
Para Deutsche, BC deve continuar a baixar juros O dólar
comercial interrompeu a trajetória de queda dos últimos quatro dias e
fechou ontem a R$ 2,826, com alta de 0,28% no dia. A valorização da moeda
era esperada pelo mercado financeiro, depois que o BC adotou, anteontem,
medida que permite que os bancos invistam mais R$ 3 bilhões na moeda americana.
Noutra iniciativa na mesma direção, a autoridade monetária informou que,
a partir de agora, vai rolar as parcelas da dívida cambial a vencer em
apenas dois leilões, com antecedência de apenas cinco dias do vencimento.
Analistas interpretaram as mudanças como um sinal de que o BC trabalha
com um patamar mínimo para o câmbio (R$ 2,80), apesar do esforço do banco
em negar esse objetivo. (O Globo - 04.07.2003) O dólar
inverteu há pouco a tendência de alta do início dos negócios. Às 12h27m,
a moeda americana registrava queda de 0,03%, cotada a R$ 2,820 na compra
e R$ 2,825 na venda. Ontem, no término dos negócios, o dólar comercial
registrou valorização de 0,28% e foi negociado a R$ 2,8230 na compra e
a R$ 2,8260 na venda. Mesmo com a tendência compradora vista desde o pré-mercado,
a moeda não subiu muito e a máxima do dia foi registrada em R$ 2,8460
(+0,99%). (Valor Online e Globo On Line - 04.07.2003)
Internacional 1 Geradoras argentinas esperam crescimento a partir de mineração e interconexão Novos projetos
de mineração e transmissão de energia ajudariam as geradoras do noroeste
da Argentina a encontrar novos mercados, segundo disseram executivos do
setor numa conferência de mineração e infra-estrutura na cidade de Tucumán
na semana passada. O noroeste da Argentina, integrado pelas províncias
de Jujuy, Salta, Tucuman e Catamarca, é a região mais pobre da Argentina,
mas é também a mais rica em termos de recursos minerais. As empresas de
energia vêem com interesse iniciativas do setor privado de incentivo ao
desenvolvimento da indústria da mineração. "Vemos os projetos de mineração
(da região) como uma grande oportunidade para a energia elétrica", disse
Juan Carlos Blanco, diretor comercial da comercializadora de energia argentina
Cemsa. "O setor pode incorporar até 400MW de demanda extra se novos projetos
entrarem em operação." Estes projetos consistem principalmente de potenciais
projetos de cobre em Salta e Catamarca, aumento da produção das operações
de lítio no Salar de Hombre Muerto, em Catamarca, e vastos depósitos de
minerais industriais em toda a região. Entre outros planos estão um projeto
de parque industrial em Tucuman voltado para agregar valor a matérias
primas. (Business News Americas - 03.07.2003) 2 PDVSA Gas terá novo conselho O Ministério
das Minas e Energia da Venezuela planeja substituir o conselho da unidade
de gás da petroleira estatal PDVSA, a PDVSA Gas, por representantes do
ministério, buscando maior influência sobre as operações da empresa, informou
o porta-voz da PDVSA Gas Jose Angel Calatayud. Funcionários do ministério
devem se reunir com os membros do conselho da PDVSA Gas nos dias 3 e 4
de julho para definir uma nova "orientação estratégica de negócios", disse
Calatayud. Os membros do conselho da PDVSA Gas antes respondiam à PDVSA,
mas agora passarão a responder ao ministério, explicou. Em relação a futuros
projetos, o ministério vai anunciar planos para os projetos de gás Plataforma
Deltana e Mariscal Sucre durante a semana que vai de 7 a 11 de julho,
disse Calatayud. Os projetos offshore são fundamentais para os planos
que a Venezuela tem de desenvolver uma iniciativa própria de gás natural
liquefeito (GNL) com o objetivo de exportar o produto para lucrativo mercado
americano. (Business News Americas - 04.07.2003) 3 Projeto Mariscal Sucre terá estudo de viabilidade até o final do ano No final
do ano deve ser concluído um estudo de viabilidade técnica e econômica
para o projeto Mariscal Sucre (de US$ 2,7 bilhões), no qual a PDVSA fez
parceria com a Shell e a Mitsubishi. A meta do projeto é produzir mais
de 1 bilhão de pés cúbicos de gás natural por dia a partir de reservas
estimadas de 10 trilhões de pés cúbicos no litoral do estado de Sucre.
A Plataforma Deltana tem reservas estimadas 30-38 trilhões de pés cúbicos.
As americanas ChevronTexaco e ConocoPhillips vão desenvolver o bloco 2,
e a norueguesa Statoil ficará por conta do bloco 4. Estes sãos os únicos,
dentro os cinco blocos, que já outorgados até o momento. (Business News
Americas - 04.07.2003) 4
Iberdrola e BBVA vendem 6% da Gamesa
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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