l IFE:
nº 1.142 - 03 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Proinfa começa a se tornar realidade O MME começou
a pavimentar ontem o caminho para a implementação da primeira etapa do
Proinfa com a abertura de consulta pública para homologar os valores de
referência do MWh gerado por fontes eólica, de biomassa e pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs). A iniciativa era aguardada pelos produtores desde
meados de maio. "O que nos preocupava era a falta de sinalização. Agora
temos", comemorou o presidente da Associação Brasileira de Pequenos e
Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. A primeira
etapa do Proinfa prevê a implantação de 3,3 mil MW de capacidade (1,1
mil MW para cada uma das três fontes beneficiadas) em unidades que iniciarem
produção até 30 de dezembro de 2006. A energia gerada será adquirida pela
Eletrobrás durante 15 anos, a partir da entrada em operação. Pigatto prevê
que a geração efetiva ficará em torno de 1,4 mil MW, "o que corresponde
a duas turbinas da usina de Itaipu". A entidade prevê ainda que o Proinfa
vai estimular, em um período de quatro anos, investimentos da ordem de
US$ 3 bilhões, com a geração de 150 mil empregos diretos e indiretos.
"A repercussão dessa energia na tarifa ao consumidor será muito pequena,
de 0,29%", garantiu o presidente da APMPE. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003) 2 Divulgação dos VEs para consulta pública estimula PCHs A divulgação
dos valores para a compra da energia de fontes renováveis surpreendeu
o diretor de desenvolvimento de negócios do Centro de Desenvolvimento
de Pesquisas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Jorge Sampaio.
"Independentemente dos valores propostos pelo MME, a divulgação dos VEs
para o início da consulta pública é uma sinalização importante para o
segmento de PCHs." Dos 40 projetos outorgados pela Aneel e que já poderiam
ter saído do papel, segundo Sampaio, apenas 12 estão sendo construídos.
Embora considere insuficiente o valor por MWh da energia gerada por PCH,
entre R$ 114,74 e R$ 125,09, Sampaio vê como positiva a divulgação das
propostas. "O valor já vai servir de parâmetro para as PCHs que não fazem
parte do Proinfa, mas que estejam para fechar contratos bilaterais de
fornecimento de energia direto para empresas, principalmente do setor
eletrointensivo", justifica. O ponto negativo da proposta do MME, segundo
Sampaio, é a não correção dos VEs durante a fase de construção de um empreendimento.
"A proposta não prevê a correção pela inflação neste período, o que pode
corroer os valores a serem pagos pela energia após a entrada em operação
da usina", alerta. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003) 3 Inadimplência de elétricas interrompe fluxo de crédito A disponibilidade
de recursos para as empresas do setor elétrico está cada vez mais reduzida,
o que pode comprometer o programa de investimentos das distribuidoras
e a capacidade de pagamento de suas dívidas. A inadimplência das concessionárias
com os bancos privados interrompeu, já há alguns meses, o fluxo de financiamento
para novos projetos, de acordo com executivos dessas instituições. A alternativa
que restou para as distribuidoras - o aporte de capital dos controladores
para pagamento de dívida - também está se esgotando. Foi o que ocorreu
com a francesa EDF na Light, com a VBC e demais sócios na CPFL Energia
e com o grupo Enersis na Cerj. Os acionistas majoritários já comunicaram
ao mercado que não estão dispostos a continuar aportando recursos em suas
controladas para pagamento de dívidas. Tanto que a estatal EDF, no início
desta semana, deu início à renegociação dos débitos da Light com os bancos
credores, conforme comunicado divulgado da distribuidora. Os últimos financiamentos
liberados para o setor elétrico foram concedidos pelo BNDES e pelo Banco
Mundial, por intermédio do International Finance Corporation (IFC), no
caso, para a El Paso. O BNDES liberou recursos para as distribuidoras
dentro do programa de Recuperação Tarifária Extraordinário RTE, além de
financiamentos para projetos de investimentos. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003) 4
Governo fará acerto de contas antes de liberar recursos para distribuidoras 5 Medida Provisória do governo vai autorizar financiamento da CVA O governo
deve publicar nesta semana uma medida provisória autorizando a liberação
de recursos da ordem de R$ 1,9 bilhão a R$ 2 bilhões para compensar o
adiamento da cobertura dos custos não-gerenciáveis das tarifas pela Conta
de Variação da Parcela A (CVA). O montante será financiado às distribuidoras
de energia pelo BNDES através de recursos do Tesouro Nacional. A expectativa
é que a autorização do governo às empresas de distribuição saia ainda
nesta quinta-feira, dia 3 de julho, mesmo dia em que será operacionalizado
pelo banco estatal o aporte de aproximadamente R$ 1 bilhão às geradoras
de energia. Os recursos, neste caso, vão cobrir os custos das geradoras
com a aquisição da energia livre (descontratada) durante o racionamento.
Mesmo o financiamento às distribuidoras sendo oficializado até a próxima
sexta-feira, a perspectiva dos agentes quanto à liberação efetiva dos
recursos não é das mais otimistas, já que o trâmite envolverá a transferência
do Tesouro ao BNDES, que só então começará a discutir os contratos de
empréstimo com as empresas. (Canal Energia - 02.07.2003) 6 Justiça concede crédito de IPI sobre energia As decisões
do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) estão dando origem a disputas consideradas mais arrojadas. As empresas
pedem na Justiça o direito de se creditar do IPI relativo à compra de
energia elétrica. A energia, na verdade, é imune do IPI de acordo com
previsão constitucional e classificada como não-tributada na regulamentação
do imposto. Mesmo assim, as empresas querem calcular o IPI como se tivesse
sido pago na compra de energia elétrica e descontá-lo na hora de calcular
o tributo devido sobre os produtos que industrializa. Caso não haja o
crédito, os contribuintes argumentam que o benefício da isenção ou não
tributação fica neutralizado. A Alcoa Alumínio S.A. já conseguiu uma liminar
para a unidade de produção no Maranhão e uma sentença favorável para a
fábrica de Poços de Caldas. A disputa sobre energia elétrica, dizem os
tributaristas, massifica a discussão sobre o IPI. As decisões obtidas
pela Alcoa abrem precedente não só para as demais produtoras de alumínio
como também para os demais segmentos, já que a energia elétrica é um insumo
universal para a industrialização. Em 2002, o setor industrial respondeu
por 44% do consumo total de energia do país. A disputa fica mais interessante
porque está começando justamente num segmento altamente consumidor de
energia. (Valor - 03.07.2003) 7 Aneel divulga edital para leilão de linhas de transmissão A Aneel divulgou nesta quarta-feira, dia 2 de julho, no Diário Oficial, o edital do leilão de linhas de transmissão, que será realizado no dia 23 de setembro pela agência. Ao todo, serão licitadas 11 trechos de linhas, que somam 1.832 quilômetros de extensão. Com investimentos estimados em R$ 1,776 bilhão, os empreendimentos têm previsão de entrada em operação para até 2005. (Canal Energia - 02.07.2003)
Empresas 1 Lessa: BNDES pode fazer provisionamento para créditos duvidosos da Light O presidente
do BNDES, Carlos Lessa, afirmou ontem ter ficado surpreso com a notícia
de que a Light não honrará uma dívida estimada em R$ 425 milhões com instituições
financeiras privadas: "Tive um outro choque elétrico. O que eu sabia era
que a Electricité de France (EDF) daria sustentabilidade à Light." Lessa
afirmou que, se for necessário, o BNDES poderá fazer uma provisão em seu
balanço para créditos duvidosos da distribuidora. O banco fez o mesmo
com a AES Elpa, num total de R$ 686 milhões apenas no primeiro trimestre.
O banco informou, no entanto, que a Light ainda não está inadimplente.
Estima-se que a dívida da empresa com o BNDES seja de cerca de R$ 1 bilhão.
(O Globo - 03.07.2003) 2 Pinguelli: Brasil deve fazer esforço para financiar a Light O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, espera que a EDF aporte novos recursos
na companhia brasileira. Ele também espera que os bancos renegociem os
prazos da dívida da Light. "Isso não é calote. Dever faz parte do capitalismo.
Falta no país um sistema bancário que faça o papel de cobrir as necessidades
das empresas. A Light é uma empresa ótima, tem bons resultados operacionais.
Tirando o problema da dívida, o seu fluxo de caixa é ótimo.", afirmou
Pinguelli. Segundo o presidente da Eletrobrás, o Brasil deverá fazer um
esforço para financiar a Light de algum modo, porque é importante que
a empresa equacione sua dívida. (O Globo - 03.07.2003) A EDF, controladora
da Light Serviços de Eletricidade, estaria disposta a vender a distribuidora
carioca e sair do país, apurou o jornal Valor Econômico. A companhia francesa
teria contratado o Goldman Sachs para trabalhar como estruturador da dívida
da Light de US$ 1,4 bilhão. O mandato delegado ao banco americano incluiria
uma reavaliação da presença da companhia francesa no Brasil e a venda
da Light. Na avaliação de especialistas do setor, a EDF teria um enorme
prejuízo se tomasse esta decisão. Ela já investiu na empresa brasileira
US$ 2,7 bilhões nos últimos anos, desde a saída da AES da sociedade. A
idéia dos franceses, antes de tomar esta decisão, seria vir ao país para
se encontrar com o governo e ter uma idéia do que seria o novo modelo
do setor elétrico e o futuro dos contratos de reajuste tarifário das distribuidoras.
(Valor - 03.07.2003) 4
Credores da Light esperam explicações para "default" da companhia 5 BNDES e AES têm nova reunião amanhã Carlos Lessa
informou que a direção do BNDES se reúne novamente amanhã com representantes
da AES. Há duas semanas, o banco estatal levantou, em reunião com o vice-presidente
da AES, Joseph Brandt, pontos que deveriam ser incluídos nas negociações.
Brandt discutiria os pontos com o comando da AES nos Estados Unidos e
volta agora para o banco com a posição da matriz americana. (Tribuna da
Imprensa - 03.07.2003) 6 Eletronorte participa de leilão de LTs A Eletronorte
vai participar do primeiro leilão do Governo Lula para a construção e
operação de linhas de transmissão de energia elétrica. O leilão, anunciado
na terça-feira (01/07), pela ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef,
em cerimônia no Palácio do Planalto, será realizado no dia 23 de setembro,
na Bovespa. Serão leiloados 11 trechos de linhas, que deverão entrar em
operação até 2005, com investimento estimado em R$ 1,776 bilhão. Ao todo
serão 1.787 quilômetros de novas linhas de transmissão da rede básica,
construídas em oito estados: Paraná, São Paulo, Piauí, Ceará, Bahia, Santa
Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. A Eletronorte terá uma participação
minoritária na Sociedade de Propósito Específico - SPE, que será montada
caso seja vencedora do leilão. A Eletronorte também estará publicando
um comunicado público, com o objetivo de realizar cadastramento de empresas
interessadas na formação de parceria para participação no leilão. (NUCA
- 03.07.2003) 7 Estatais buscam parcerias para leilão de LTs As estatais
federais iniciam nesta quinta-feira, dia 3 de julho, processo para formar
parcerias para o leilão de linhas de transmissão, que acontece no dia
23 de setembro. As empresas ganharam autorização do CND para participar
da licitação como sócia minoritária (49%) em consórcios. A Eletrosul,
por exemplo, está disponibilizando o e-mail leilaopar@eletrosul.gov.br
para receber propostas de interessados. A estatal tem interesse em três
dos sete lotes de linhas que serão leiloados: Londrina/Assis/Araraquara
(PR/SP), Salto Santiago/Ivaiporã/Cascavel do Oeste (PR) e Machadinho/Campos
Novos (SC). A Chesf também está recebendo propostas pelo e-mail transmissao@chesf.gov.br.
A companhia tem interesse nas linhas eresina/Sobral/Fortaleza (PI/CE)
e Camaçari/Sapeaçu (BA). Nos casos de Furnas e Eletronorte, os interessados
podem ter obter mais detalhes da parceria nas sedes das empresas - Furnas,
no Rio de Janeiro, e Eletronorte, em Brasília. A Eletronorte disponibiliza
ainda o e-mail leilaoparceria@eln.gov.br para recebimento de propostas.
Os interessados nas parcerias têm até o dia 11 de julho para se manifestar.
(Canal Energia - 03.07.2003) 8 Quatro empresas entregam proposta para disputar controle da Cemar Quatro empresas
entregaram documentação para participar do processo de venda da Cemar:
as brasileiras GP Investimentos, que já estava pré-qualificada no processo
anterior, Andrade Gutierrez e Invest, e a empresa norte-americana Acon.
As propostas de interesse foram entregues à Aneel no último dia 30 de
junho, quando o Data Room da empresa foi encerrado. As empresas Docas
Investimentos e Brascan Participações, pré-habilitadas no processo anterior,
desistiram de participar da operação. Segundo Romeu Rufino, superintendente
de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, duas empresas precisam
de análise mais detalhada para continuar no processo. Uma é a Invest,
empresa de propósito específico, mas que a agência ainda não conseguiu
identificar quem são os controladores e qual sua área de atuação. A outra
empresa é a Acon, que possui negócios nos Estados Unidos e México. Nesse
caso, explica o superintendente, a Aneel ainda não identificou o foco
de atuação da empresa. "O processo de análise de cada empresa ainda está
no início. Nossa previsão é terminar essa avaliação no final desta semana
para atender o cronograma estabelecido", explica Rufino. Pelo cronograma,
a Aneel divulgará a lista de empresas pré-qualificadas para o processo
na próxima segunda-feira, dia 7 de julho. (Canal Energia - 02.07.2003) 9 Baixo consumo faz Celpe rever plano de investimentos A queda
do consumo de energia elétrica devido ao racionamento fez a Celpe rever
os investimentos para 2003. A empresa está concentrando os recursos na
distribuição. Segundo o diretor de Gestão de Ativos da concessionária,
Gustavo Alencar, dos R$ 153 milhões destinados a investimentos, cerca
de R$ 100 milhões irão para distribuição. Ele informa que R$ 56 milhões
serão utilizados na expansão e melhoria da rede, R$ 24 milhões no programa
de redução de perdas e R$ 20 milhões na universalização. "Estamos com
um nível de perda da ordem 18,6%", ressalta Alencar. O diretor conta que
a empresa aumentará em 145 mil o número de consumidores com o crescimento
urbano convencional, com a inclusão dos clientes atualmente clandestinos
e a entrada das unidades rurais. (Canal Energia - 02.07.2003) 10 Cachoeira Dourada espera obter vitória na Justiça A Centrais
Elétricas Cachoeira Dourada (CDSA) aguarda a decisão da Justiça sobre
a liminar que suspende o contrato de fornecimento de energia elétrica
para a Celg, mas pretende recorrer nas estâncias superiores, caso a decisão
final seja pela nulidade do contrato. O gerente de Planejamento e Controle,
Aurélio Oliveira, defendeu que a CDSA fez um contrato legal com a Celg
e que existe interesse da companhia em restabelecê-lo. Mesmo mostrando
disponibilidade de negociação, o gerente descartou uma redução na tarifa
cobrada da Celg, em torno de R$ 62 cada MWh. Segundo Aurélio, este valor
está dentro da média do mercado, considerando que a Celg paga a Furnas
R$ 44,53 o MWh e Itaipu que cobra em dólar, US$ 31, correspondente a R$
93. Além disso, no mesmo período a Celg obteve permissão para reajustar
em 76,41% as tarifas cobradas ao consumidor. "A Celg alega ter entrado
na Justiça para proteger seu equilíbrio financeiro e negociou o fornecimento
a R$ 31,50. Seria coerente que também recorresse à Justiça para romper
os contratos com Furnas e Itaipu, já que pode comprar energia mais barata".
(Diário da Manhã - 03.07.2003) 11 Celg quer ser ressarcida pela CDSA devido a não cumprimento de contrato O presidente
da Celg, José Paulo Loureiro, considera um absurdo o débito de R$ 86 milhões
que a empresa teria com a CDSA desde a suspensão do contrato. De acordo
com ele, seria como pagar por uma coisa que não utilizou. Ele lembra que
na ação movida pela Celg ainda é solicitado o ressarcimento pelo fato
de a CDSA não ter entregue 100% da energia na época do racionamento, pois
estava no contrato que o fornecimento seria total, independente de fatores
externos. Com isso, a Celg deixou de vender os 20% de energia para o MAE
e obter um lucro na ordem de R$ 300 milhões. (Diário da Manhã - 03.07.2003) 12 CDSA não deve pagar dívida de R$ 45 mi com MAE A Centrais
Elétricas Cachoeira Dourada (CDSA), do grupo Endesa, não deve pagar sua
dívida de R$ 45 milhões no MAE, que hoje liquida as faturas referentes
ao período de setembro de 2000 a setembro de 2002. Isso porque ela aguarda
receber R$ 86 milhões - incluindo juros e encargos - que são devidos pela
Celg. No dia 3 de abril a distribuidora estadual obteve uma liminar na
Justiça onde conseguiu suspender o contrato de compra de energia firmado
antes da privatização de Cachoeira Dourada. Agora, a dívida da CDSA no
MAE não deve ser paga até que a geradora consiga caçar a liminar da Celg.
O risco de inadimplência no MAE foi um dos problemas levantados pela geradora
ao pedir pressa no julgamento da ação que está nas mãos da juíza Maria
Maura Martins Moraes Tayer, da 1ª Vara Federal de Goiânia.Mesmo sem receber,
a CDSA é obrigada a manter a usina operando, o que custa entre R$ 15 milhões
e R$ 20 milhões por mês, sem contar os impostos e encargos setoriais do
setor. Como concessionária de um serviço público, Cachoeira Dourada também
não pode desligar suas turbinas e por isso continua fornecendo energia
para o sistema interligado. (Valor - 03.07.2003) 13 Celesc consegue liminar e deixa de pagar R$ 52 mi no MAE Uma liminar
obtida pela Celesc na última sexta-feira, dia 27 de junho, obrigou o MAE
a recalcular o valor previsto para ser liquidado nesta quinta-feira, dia
3 de julho, entre os agentes. A concessionária contestou a aplicação do
despacho 288/02 da Aneel, que alterou as regras de contabilização no mercado
atacadista, e conseguiu livrar-se de um pagamento de R$ 52 milhões amanhã.
Com a liminar obtida pela estatal catarinense, todos os grandes agentes
da região Sul obtiveram liminares na Justiça questionando, e retirando
temporariamente, o pagamento de valores questionados pelas empresas. Entre
as empresas nesta situação estão as gaúchas CEEE e RGE, a Copel e Dona
Francisca Energética. (Canal Energia - 02.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Região Sul tem consumo de 7.375 MW médios A região
Sul consumiu 7.375 MW médios na última terça-feira, dia 1º de julho, contra
previsão de 6.755 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação
(PMO), o subsistema registra alta de 9,18% nos últimos sete dias. O Nordeste
teve consumo de 5.974 MW médios, contra previsão de 5.914 MW médios do
operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região acumula elevação
no consumo de 1,01%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132
MW médios, o submercado está com baixa de 2,58% no mesmo período. Já o
Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.294 MW médios, contra PMO de 25.350 MW
médios do operador do sistema. O subsistema tem ligeira baixa de 0,22%
no consumo nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 26.664 MW médios, o submercado registra queda de 5,14% no período.
Na região Norte, o consumo chegou a 2.845 MW médios, contra previsão de
2.855 MW médios do ONS. Em relação ao PMO, o subsistema está com queda
de 0,35% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 02.07.2003) 2 Reservatórios da região Norte estão com 81,85% da capacidade Com uma
queda de 0,13%, a capacidade armazenada chegou a 81,85% no subsistema
Norte. O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 96,79%. (Canal Energia
- 02.07.2003) 3 Capacidade armazenada chegou a 45,12% no subsistema Nordeste A capacidade
de armazenamento está em 45,12% no subsistema Nordeste, o que corresponde
a uma queda de 0,11%. O volume armazenado está 24,22% acima da curva de
segurança 2002/2003. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 39,79%.
(Canal Energia - 02.07.2003) 4
Capacidade de armazenamento está em 72,79% no Sudeste/Centro-Oeste 5 Reservatórios do Sul estão com 60,07% da capacidade Os reservatórios
da região Sul estão com 60,07% da capacidade, uma redução de 0,82% em
um dia. A capacidade da usina de Salto Santiago está em 51,81%. (Canal
Energia - 02.07.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE espera baixa taxa de inadimplência em liquidação financeira A liberação
de cerca de R$ 1 bilhão do BNDES, previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico
fechado entre o governo e as empresas de energia elétrica depois do racionamento,
deve possibilitar um alto grau de adimplência na primeira liquidação financeira
definitiva do MAE, que inicia hoje. Pelo menos é o que espera o presidente
do conselho de administração do mercado, Antônio Carlos Fraga Machado.
"O financiamento está aprovado e vai ser utilizado por boa parte das empresas",
garantiu. "Se houver inadimplência, deve ser muito baixa", acredita Machado.
Orgulhoso, Machado afirma que a operação é um marco para o setor elétrico
brasileiro e dará maior tranqüilidade para o mercado. No total, deverá
ser quitado R$ 1,215 bilhão, referente a aproximadamente 50% do volume
financeiro transacionado no período de setembro de 2000 a setembro de
2002. O total não contempla valores cujos pagamentos foram suspenso por
força de liminar, como é o caso de dívidas da RGE, CEEE, Celesc e Copel,
entre outras. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003) Economia Brasileira 1 Captações de US$ 1 bi abrem espaço para queda dos juros A queda
do dólar, conjugada com a deflação e o esfriamento da atividade econômica,
amplia o espaço para a redução da taxa Selic na reunião do Copom marcada
para os dias 22 e 23. Analistas e economistas de bancos não consideram
ousado um corte de dois pontos percentuais na taxa, atualmente em 26%.
O BC não tem tomado medidas para neutralizar o efeito cambial produzido
pelo fluxo externo. Ontem, anunciou duas decisões na área cambial. Nenhuma
tem por objetivo intervir na formação de preço. A primeira reduz à metade
a parcela adicional de capital próprio exigido dos bancos para o risco
cambial. Com isso, os bancos ganham mais espaço para ampliar operações
que envolvam riscos de oscilação do dólar. A segunda medida foi limitar
a dois o número de leilões para rolagem de títulos cambiais. Diante do
bom fluxo de capitais, o BC já trabalha com a possibilidade de aumentar,
em 2004, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos. A expectativa
é de que esse déficit, que representa, de um lado, a vulnerabilidade externa
do país, e de outro a captação de poupança para financiar investimentos,
possa ser de pelo menos 1,5% do PIB. Para este ano, a estimativa é de
um déficit em transações correntes de US$ 4,2 bilhões, ou 0,91% do PIB.
(Valor - 03.07.2003) 2 Confiança na queda da inflação segundo CNI A expectativa do consumidor com a queda da inflação, nos próximos seis meses, é a mais alta desde 1997. Pesquisa realizada pelo Ibope para a CNI mostra que 34% acham que a inflação vai baixar nos próximos seis meses, enquanto 27% acreditam que a taxa permanecerá estável. Um resultado surpreendente, na opinião da economista Simone Saisse Lopes, coordenadora-adjunta do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado ontem. "Desde 1997, quando começou a ser calculado o índice, não havia uma taxa tão elevada de perspectiva de queda da inflação. O mais perto que se chegou disso foi em julho de 98, quando 19% dos entrevistados disseram ter esta expectativa", afirmou.A pesquisa mostrou um aumento do otimismo e da confiança em relação ao País. O Inec cresceu 8,4% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro, e 9,4% em relação ao segundo trimestre de 2002. O índice tem como principal objetivo mostrar para onde está caminhando o consumo das famílias, que representa 60% do PIB e move a atividade industrial, juntamente com as exportações. (Jornal do Commercio - 03.07.2003) 3 Mantega: cotação do dólar deve subir O ministro
do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que a queda dos juros básicos
e a rolagem menor da dívida pública atrelada ao dólar devem elevar a cotação
da moeda americana. "À medida que a Selic estiver sendo reduzida, isso
também vai ter um reflexo sobre o dólar, levando-o a um nível mais adequado.
Também o governo vai rolar menos a dívida indexada ao dólar. Ele já tem
feito movimentos nessa direção". Segundo Mantega, "por enquanto, não houve
nenhum prejuízo" às exportações com a valorização do real. "A tendência,
e toda a torcida, é de que a Selic continue caindo, mesmo porque a inflação
está sob controle. A queda da taxa de juros eleva a do câmbio." Mantega
ressaltou que o câmbio é flutuante e seu nível ideal será encontrado pelo
mercado. "Um câmbio de R$ 2,20, é muito baixo, mas de R$ 2,80 a R$ 3,20
é adequado". (Jornal do Commercio - 03.07.2003) 4
Mantega prevê expansão de 5% no governo Lula 5 IPC da Fipe apresenta deflação A última
baixa verificada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
em seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi em novembro de 2000, quando
fechou com declínio de 0,05%. Dessa forma, a deflação de 0,16% em junho
divulgada nesta manhã rompe uma tendência longa de indicadores positivos.
A entidade esperava deflação para o mês passado, mas menos pronunciada.
(O Globo - 03.07.2003) O dólar
comercial e a Bovespa inverteram nesta manhã a tendência dos últimos dias.
Enquanto os investidores avaliaram as medidas anunciadas ontem pelo Banco
Central na área cambial, a moeda americana fechou em alta de 0,39%, cotada
a R$ 2,826 na compra e R$ 2,829 na venda. Ontem, no término dos negócios,
o dólar comercial registrava queda de 0,70% e era negociado a R$ 2,8140
na compra e a R$ 2,8180 na venda. A cotação é, pelo segundo dia consecutivo,
a menor desde o dia 12 de julho de 2002, quando a divisa encerrou a R$
2,8100 na venda. (Valor Online e O Globo On Line - 03.07.2003)
Internacional 1 Enel prepara plano de emergência contra apagões A italiana
Enel aprovou um plano emergencial para aumentar a capacidade de reserva
de energia em 1206 MW no período de um ano através da reativação de oito
estações de energia mais velhas e menos eficientes. O custo do projeto
é de 25 milhões de euros. O objetivo do projeto é evitar cortes no fornecimento
de energia como o ocorrido em junho que resultou no corte de energia para
milhões de consumidores. As oito estações são : Campomarino, 88MW; Maddaloni,
88MW; Carpi, at Modena, 176MW ; Camerata Picena, 104MW; Larino, 246MW;
Giugliano, 176MW; Montalto, 240MW, e Alessandria, 88MW. (Platts - 03.07.2003) 2 BE anuncia aumento na produção de energia nuclear no mês de junho A British
Energy produziu cerca de 5,56 TWh de energia nuclear no mês de junho desse
ano, informou a empresa nessa quinta-feira. A geração representou um aumento
com relação ao mesmo mês de 2002 quando foram gerados 4,95 TWh. (Platts
- 03.07.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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