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IFE: nº 1.142 - 03 de julho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Proinfa começa a se tornar realidade
2 Divulgação dos VEs para consulta pública estimula PCHs
3 Inadimplência de elétricas interrompe fluxo de crédito
4 Governo fará acerto de contas antes de liberar recursos para distribuidoras
5 Medida Provisória do governo vai autorizar financiamento da CVA
6 Justiça concede crédito de IPI sobre energia
7 Aneel divulga edital para leilão de linhas de transmissão

Empresas
1 Lessa: BNDES pode fazer provisionamento para créditos duvidosos da Light
2 Pinguelli: Brasil deve fazer esforço para financiar a Light
3 EDF pode vender Light
4 Credores da Light esperam explicações para "default" da companhia
5 BNDES e AES têm nova reunião amanhã
6 Eletronorte participa de leilão de LTs
7 Estatais buscam parcerias para leilão de LTs
8 Quatro empresas entregam proposta para disputar controle da Cemar
9 Baixo consumo faz Celpe rever plano de investimentos

10 Cachoeira Dourada espera obter vitória na Justiça
11 Celg quer ser ressarcida pela CDSA devido a não cumprimento de contrato
12 CDSA não deve pagar dívida de R$ 45 mi com MAE
13 Celesc consegue liminar e deixa de pagar R$ 52 mi no MAE

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Sul tem consumo de 7.375 MW médios
2 Reservatórios da região Norte estão com 81,85% da capacidade
3 Capacidade armazenada chegou a 45,12% no subsistema Nordeste
4 Capacidade de armazenamento está em 72,79% no Sudeste/Centro-Oeste
5 Reservatórios do Sul estão com 60,07% da capacidade
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE espera baixa taxa de inadimplência em liquidação financeira

Economia Brasileira
1 Captações de US$ 1 bi abrem espaço para queda dos juros
2 Confiança na queda da inflação segundo CNI
3 Mantega: cotação do dólar deve subir

4 Mantega prevê expansão de 5% no governo Lula
5 IPC da Fipe apresenta deflação
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enel prepara plano de emergência contra apagões
2 BE anuncia aumento na produção de energia nuclear no mês de junho

 

Reestruturação e Regulação

1 Proinfa começa a se tornar realidade

O MME começou a pavimentar ontem o caminho para a implementação da primeira etapa do Proinfa com a abertura de consulta pública para homologar os valores de referência do MWh gerado por fontes eólica, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A iniciativa era aguardada pelos produtores desde meados de maio. "O que nos preocupava era a falta de sinalização. Agora temos", comemorou o presidente da Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. A primeira etapa do Proinfa prevê a implantação de 3,3 mil MW de capacidade (1,1 mil MW para cada uma das três fontes beneficiadas) em unidades que iniciarem produção até 30 de dezembro de 2006. A energia gerada será adquirida pela Eletrobrás durante 15 anos, a partir da entrada em operação. Pigatto prevê que a geração efetiva ficará em torno de 1,4 mil MW, "o que corresponde a duas turbinas da usina de Itaipu". A entidade prevê ainda que o Proinfa vai estimular, em um período de quatro anos, investimentos da ordem de US$ 3 bilhões, com a geração de 150 mil empregos diretos e indiretos. "A repercussão dessa energia na tarifa ao consumidor será muito pequena, de 0,29%", garantiu o presidente da APMPE. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003)

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2 Divulgação dos VEs para consulta pública estimula PCHs

A divulgação dos valores para a compra da energia de fontes renováveis surpreendeu o diretor de desenvolvimento de negócios do Centro de Desenvolvimento de Pesquisas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Jorge Sampaio. "Independentemente dos valores propostos pelo MME, a divulgação dos VEs para o início da consulta pública é uma sinalização importante para o segmento de PCHs." Dos 40 projetos outorgados pela Aneel e que já poderiam ter saído do papel, segundo Sampaio, apenas 12 estão sendo construídos. Embora considere insuficiente o valor por MWh da energia gerada por PCH, entre R$ 114,74 e R$ 125,09, Sampaio vê como positiva a divulgação das propostas. "O valor já vai servir de parâmetro para as PCHs que não fazem parte do Proinfa, mas que estejam para fechar contratos bilaterais de fornecimento de energia direto para empresas, principalmente do setor eletrointensivo", justifica. O ponto negativo da proposta do MME, segundo Sampaio, é a não correção dos VEs durante a fase de construção de um empreendimento. "A proposta não prevê a correção pela inflação neste período, o que pode corroer os valores a serem pagos pela energia após a entrada em operação da usina", alerta. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003)

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3 Inadimplência de elétricas interrompe fluxo de crédito

A disponibilidade de recursos para as empresas do setor elétrico está cada vez mais reduzida, o que pode comprometer o programa de investimentos das distribuidoras e a capacidade de pagamento de suas dívidas. A inadimplência das concessionárias com os bancos privados interrompeu, já há alguns meses, o fluxo de financiamento para novos projetos, de acordo com executivos dessas instituições. A alternativa que restou para as distribuidoras - o aporte de capital dos controladores para pagamento de dívida - também está se esgotando. Foi o que ocorreu com a francesa EDF na Light, com a VBC e demais sócios na CPFL Energia e com o grupo Enersis na Cerj. Os acionistas majoritários já comunicaram ao mercado que não estão dispostos a continuar aportando recursos em suas controladas para pagamento de dívidas. Tanto que a estatal EDF, no início desta semana, deu início à renegociação dos débitos da Light com os bancos credores, conforme comunicado divulgado da distribuidora. Os últimos financiamentos liberados para o setor elétrico foram concedidos pelo BNDES e pelo Banco Mundial, por intermédio do International Finance Corporation (IFC), no caso, para a El Paso. O BNDES liberou recursos para as distribuidoras dentro do programa de Recuperação Tarifária Extraordinário RTE, além de financiamentos para projetos de investimentos. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003)

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4 Governo fará acerto de contas antes de liberar recursos para distribuidoras

As distribuidoras de energia elétrica não terão acesso a todo o volume de recursos a ser disponibilizado pelo BNDES no pacote de ajuda financeira ao setor. Antes o governo fará um acerto de contas e irá retirar do montante a ser emprestado o que é devido pelas distribuidoras às geradoras estatais, do grupo Eletrobrás. A medida faz parte de uma estratégia do governo federal para melhorar a situação financeira das geradoras - a maioria estatal. Essas empresas têm perdas estimadas pelo governo em R$ 3,9 bilhões com a queda no consumo de energia após o racionamento. (Folha de São Paulo - 03.07.2003)

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5 Medida Provisória do governo vai autorizar financiamento da CVA

O governo deve publicar nesta semana uma medida provisória autorizando a liberação de recursos da ordem de R$ 1,9 bilhão a R$ 2 bilhões para compensar o adiamento da cobertura dos custos não-gerenciáveis das tarifas pela Conta de Variação da Parcela A (CVA). O montante será financiado às distribuidoras de energia pelo BNDES através de recursos do Tesouro Nacional. A expectativa é que a autorização do governo às empresas de distribuição saia ainda nesta quinta-feira, dia 3 de julho, mesmo dia em que será operacionalizado pelo banco estatal o aporte de aproximadamente R$ 1 bilhão às geradoras de energia. Os recursos, neste caso, vão cobrir os custos das geradoras com a aquisição da energia livre (descontratada) durante o racionamento. Mesmo o financiamento às distribuidoras sendo oficializado até a próxima sexta-feira, a perspectiva dos agentes quanto à liberação efetiva dos recursos não é das mais otimistas, já que o trâmite envolverá a transferência do Tesouro ao BNDES, que só então começará a discutir os contratos de empréstimo com as empresas. (Canal Energia - 02.07.2003)

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6 Justiça concede crédito de IPI sobre energia

As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estão dando origem a disputas consideradas mais arrojadas. As empresas pedem na Justiça o direito de se creditar do IPI relativo à compra de energia elétrica. A energia, na verdade, é imune do IPI de acordo com previsão constitucional e classificada como não-tributada na regulamentação do imposto. Mesmo assim, as empresas querem calcular o IPI como se tivesse sido pago na compra de energia elétrica e descontá-lo na hora de calcular o tributo devido sobre os produtos que industrializa. Caso não haja o crédito, os contribuintes argumentam que o benefício da isenção ou não tributação fica neutralizado. A Alcoa Alumínio S.A. já conseguiu uma liminar para a unidade de produção no Maranhão e uma sentença favorável para a fábrica de Poços de Caldas. A disputa sobre energia elétrica, dizem os tributaristas, massifica a discussão sobre o IPI. As decisões obtidas pela Alcoa abrem precedente não só para as demais produtoras de alumínio como também para os demais segmentos, já que a energia elétrica é um insumo universal para a industrialização. Em 2002, o setor industrial respondeu por 44% do consumo total de energia do país. A disputa fica mais interessante porque está começando justamente num segmento altamente consumidor de energia. (Valor - 03.07.2003)

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7 Aneel divulga edital para leilão de linhas de transmissão

A Aneel divulgou nesta quarta-feira, dia 2 de julho, no Diário Oficial, o edital do leilão de linhas de transmissão, que será realizado no dia 23 de setembro pela agência. Ao todo, serão licitadas 11 trechos de linhas, que somam 1.832 quilômetros de extensão. Com investimentos estimados em R$ 1,776 bilhão, os empreendimentos têm previsão de entrada em operação para até 2005. (Canal Energia - 02.07.2003)

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Empresas

1 Lessa: BNDES pode fazer provisionamento para créditos duvidosos da Light

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou ontem ter ficado surpreso com a notícia de que a Light não honrará uma dívida estimada em R$ 425 milhões com instituições financeiras privadas: "Tive um outro choque elétrico. O que eu sabia era que a Electricité de France (EDF) daria sustentabilidade à Light." Lessa afirmou que, se for necessário, o BNDES poderá fazer uma provisão em seu balanço para créditos duvidosos da distribuidora. O banco fez o mesmo com a AES Elpa, num total de R$ 686 milhões apenas no primeiro trimestre. O banco informou, no entanto, que a Light ainda não está inadimplente. Estima-se que a dívida da empresa com o BNDES seja de cerca de R$ 1 bilhão. (O Globo - 03.07.2003)

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2 Pinguelli: Brasil deve fazer esforço para financiar a Light

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, espera que a EDF aporte novos recursos na companhia brasileira. Ele também espera que os bancos renegociem os prazos da dívida da Light. "Isso não é calote. Dever faz parte do capitalismo. Falta no país um sistema bancário que faça o papel de cobrir as necessidades das empresas. A Light é uma empresa ótima, tem bons resultados operacionais. Tirando o problema da dívida, o seu fluxo de caixa é ótimo.", afirmou Pinguelli. Segundo o presidente da Eletrobrás, o Brasil deverá fazer um esforço para financiar a Light de algum modo, porque é importante que a empresa equacione sua dívida. (O Globo - 03.07.2003)

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3 EDF pode vender Light

A EDF, controladora da Light Serviços de Eletricidade, estaria disposta a vender a distribuidora carioca e sair do país, apurou o jornal Valor Econômico. A companhia francesa teria contratado o Goldman Sachs para trabalhar como estruturador da dívida da Light de US$ 1,4 bilhão. O mandato delegado ao banco americano incluiria uma reavaliação da presença da companhia francesa no Brasil e a venda da Light. Na avaliação de especialistas do setor, a EDF teria um enorme prejuízo se tomasse esta decisão. Ela já investiu na empresa brasileira US$ 2,7 bilhões nos últimos anos, desde a saída da AES da sociedade. A idéia dos franceses, antes de tomar esta decisão, seria vir ao país para se encontrar com o governo e ter uma idéia do que seria o novo modelo do setor elétrico e o futuro dos contratos de reajuste tarifário das distribuidoras. (Valor - 03.07.2003)

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4 Credores da Light esperam explicações para "default" da companhia

Em relação aos credores privados da Light, que levaram o calote da companhia na terça-feira, há irritação com a atitude da empresa de não informá-los sobre o que a levou a não pagar a dívida vencida. Até agora, não houve um entendimento entre a Light e os bancos credores do seu empréstimo sindicalizado de US$ 200 milhões. As 14 instituições envolvidas na operação não receberam nenhuma informação sobre a situação financeira da empresa. Não houve ainda um diálogo entre as partes. As instituições financeiras privadas querem ouvir a Light. Se isto não acontecer no decorrer até amanhã, na segunda-feira a distribuidora poderá entrar legalmente em default. O ideal é uma renegociação, comentou uma fonte do mercado. As instituições envolvidas não estão com disposição de prorrogar para mais 90 dias o prazo de pagamento da terceira parcela de amortização do empréstimo sindicalizado. A parcela é de US$ 25 milhões. "Às cegas, os bancos não negociam nada", disse um interlocutor. Se houver informações da empresa os credores poderão até acertar um alongamento de 30 dias para o débito vencido. (Valor - 03.07.2003)

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5 BNDES e AES têm nova reunião amanhã

Carlos Lessa informou que a direção do BNDES se reúne novamente amanhã com representantes da AES. Há duas semanas, o banco estatal levantou, em reunião com o vice-presidente da AES, Joseph Brandt, pontos que deveriam ser incluídos nas negociações. Brandt discutiria os pontos com o comando da AES nos Estados Unidos e volta agora para o banco com a posição da matriz americana. (Tribuna da Imprensa - 03.07.2003)

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6 Eletronorte participa de leilão de LTs

A Eletronorte vai participar do primeiro leilão do Governo Lula para a construção e operação de linhas de transmissão de energia elétrica. O leilão, anunciado na terça-feira (01/07), pela ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, em cerimônia no Palácio do Planalto, será realizado no dia 23 de setembro, na Bovespa. Serão leiloados 11 trechos de linhas, que deverão entrar em operação até 2005, com investimento estimado em R$ 1,776 bilhão. Ao todo serão 1.787 quilômetros de novas linhas de transmissão da rede básica, construídas em oito estados: Paraná, São Paulo, Piauí, Ceará, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. A Eletronorte terá uma participação minoritária na Sociedade de Propósito Específico - SPE, que será montada caso seja vencedora do leilão. A Eletronorte também estará publicando um comunicado público, com o objetivo de realizar cadastramento de empresas interessadas na formação de parceria para participação no leilão. (NUCA - 03.07.2003)

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7 Estatais buscam parcerias para leilão de LTs

As estatais federais iniciam nesta quinta-feira, dia 3 de julho, processo para formar parcerias para o leilão de linhas de transmissão, que acontece no dia 23 de setembro. As empresas ganharam autorização do CND para participar da licitação como sócia minoritária (49%) em consórcios. A Eletrosul, por exemplo, está disponibilizando o e-mail leilaopar@eletrosul.gov.br para receber propostas de interessados. A estatal tem interesse em três dos sete lotes de linhas que serão leiloados: Londrina/Assis/Araraquara (PR/SP), Salto Santiago/Ivaiporã/Cascavel do Oeste (PR) e Machadinho/Campos Novos (SC). A Chesf também está recebendo propostas pelo e-mail transmissao@chesf.gov.br. A companhia tem interesse nas linhas eresina/Sobral/Fortaleza (PI/CE) e Camaçari/Sapeaçu (BA). Nos casos de Furnas e Eletronorte, os interessados podem ter obter mais detalhes da parceria nas sedes das empresas - Furnas, no Rio de Janeiro, e Eletronorte, em Brasília. A Eletronorte disponibiliza ainda o e-mail leilaoparceria@eln.gov.br para recebimento de propostas. Os interessados nas parcerias têm até o dia 11 de julho para se manifestar. (Canal Energia - 03.07.2003)

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8 Quatro empresas entregam proposta para disputar controle da Cemar

Quatro empresas entregaram documentação para participar do processo de venda da Cemar: as brasileiras GP Investimentos, que já estava pré-qualificada no processo anterior, Andrade Gutierrez e Invest, e a empresa norte-americana Acon. As propostas de interesse foram entregues à Aneel no último dia 30 de junho, quando o Data Room da empresa foi encerrado. As empresas Docas Investimentos e Brascan Participações, pré-habilitadas no processo anterior, desistiram de participar da operação. Segundo Romeu Rufino, superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, duas empresas precisam de análise mais detalhada para continuar no processo. Uma é a Invest, empresa de propósito específico, mas que a agência ainda não conseguiu identificar quem são os controladores e qual sua área de atuação. A outra empresa é a Acon, que possui negócios nos Estados Unidos e México. Nesse caso, explica o superintendente, a Aneel ainda não identificou o foco de atuação da empresa. "O processo de análise de cada empresa ainda está no início. Nossa previsão é terminar essa avaliação no final desta semana para atender o cronograma estabelecido", explica Rufino. Pelo cronograma, a Aneel divulgará a lista de empresas pré-qualificadas para o processo na próxima segunda-feira, dia 7 de julho. (Canal Energia - 02.07.2003)

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9 Baixo consumo faz Celpe rever plano de investimentos

A queda do consumo de energia elétrica devido ao racionamento fez a Celpe rever os investimentos para 2003. A empresa está concentrando os recursos na distribuição. Segundo o diretor de Gestão de Ativos da concessionária, Gustavo Alencar, dos R$ 153 milhões destinados a investimentos, cerca de R$ 100 milhões irão para distribuição. Ele informa que R$ 56 milhões serão utilizados na expansão e melhoria da rede, R$ 24 milhões no programa de redução de perdas e R$ 20 milhões na universalização. "Estamos com um nível de perda da ordem 18,6%", ressalta Alencar. O diretor conta que a empresa aumentará em 145 mil o número de consumidores com o crescimento urbano convencional, com a inclusão dos clientes atualmente clandestinos e a entrada das unidades rurais. (Canal Energia - 02.07.2003)

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10 Cachoeira Dourada espera obter vitória na Justiça

A Centrais Elétricas Cachoeira Dourada (CDSA) aguarda a decisão da Justiça sobre a liminar que suspende o contrato de fornecimento de energia elétrica para a Celg, mas pretende recorrer nas estâncias superiores, caso a decisão final seja pela nulidade do contrato. O gerente de Planejamento e Controle, Aurélio Oliveira, defendeu que a CDSA fez um contrato legal com a Celg e que existe interesse da companhia em restabelecê-lo. Mesmo mostrando disponibilidade de negociação, o gerente descartou uma redução na tarifa cobrada da Celg, em torno de R$ 62 cada MWh. Segundo Aurélio, este valor está dentro da média do mercado, considerando que a Celg paga a Furnas R$ 44,53 o MWh e Itaipu que cobra em dólar, US$ 31, correspondente a R$ 93. Além disso, no mesmo período a Celg obteve permissão para reajustar em 76,41% as tarifas cobradas ao consumidor. "A Celg alega ter entrado na Justiça para proteger seu equilíbrio financeiro e negociou o fornecimento a R$ 31,50. Seria coerente que também recorresse à Justiça para romper os contratos com Furnas e Itaipu, já que pode comprar energia mais barata". (Diário da Manhã - 03.07.2003)

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11 Celg quer ser ressarcida pela CDSA devido a não cumprimento de contrato

O presidente da Celg, José Paulo Loureiro, considera um absurdo o débito de R$ 86 milhões que a empresa teria com a CDSA desde a suspensão do contrato. De acordo com ele, seria como pagar por uma coisa que não utilizou. Ele lembra que na ação movida pela Celg ainda é solicitado o ressarcimento pelo fato de a CDSA não ter entregue 100% da energia na época do racionamento, pois estava no contrato que o fornecimento seria total, independente de fatores externos. Com isso, a Celg deixou de vender os 20% de energia para o MAE e obter um lucro na ordem de R$ 300 milhões. (Diário da Manhã - 03.07.2003)

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12 CDSA não deve pagar dívida de R$ 45 mi com MAE

A Centrais Elétricas Cachoeira Dourada (CDSA), do grupo Endesa, não deve pagar sua dívida de R$ 45 milhões no MAE, que hoje liquida as faturas referentes ao período de setembro de 2000 a setembro de 2002. Isso porque ela aguarda receber R$ 86 milhões - incluindo juros e encargos - que são devidos pela Celg. No dia 3 de abril a distribuidora estadual obteve uma liminar na Justiça onde conseguiu suspender o contrato de compra de energia firmado antes da privatização de Cachoeira Dourada. Agora, a dívida da CDSA no MAE não deve ser paga até que a geradora consiga caçar a liminar da Celg. O risco de inadimplência no MAE foi um dos problemas levantados pela geradora ao pedir pressa no julgamento da ação que está nas mãos da juíza Maria Maura Martins Moraes Tayer, da 1ª Vara Federal de Goiânia.Mesmo sem receber, a CDSA é obrigada a manter a usina operando, o que custa entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões por mês, sem contar os impostos e encargos setoriais do setor. Como concessionária de um serviço público, Cachoeira Dourada também não pode desligar suas turbinas e por isso continua fornecendo energia para o sistema interligado. (Valor - 03.07.2003)

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13 Celesc consegue liminar e deixa de pagar R$ 52 mi no MAE

Uma liminar obtida pela Celesc na última sexta-feira, dia 27 de junho, obrigou o MAE a recalcular o valor previsto para ser liquidado nesta quinta-feira, dia 3 de julho, entre os agentes. A concessionária contestou a aplicação do despacho 288/02 da Aneel, que alterou as regras de contabilização no mercado atacadista, e conseguiu livrar-se de um pagamento de R$ 52 milhões amanhã. Com a liminar obtida pela estatal catarinense, todos os grandes agentes da região Sul obtiveram liminares na Justiça questionando, e retirando temporariamente, o pagamento de valores questionados pelas empresas. Entre as empresas nesta situação estão as gaúchas CEEE e RGE, a Copel e Dona Francisca Energética. (Canal Energia - 02.07.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Sul tem consumo de 7.375 MW médios

A região Sul consumiu 7.375 MW médios na última terça-feira, dia 1º de julho, contra previsão de 6.755 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação (PMO), o subsistema registra alta de 9,18% nos últimos sete dias. O Nordeste teve consumo de 5.974 MW médios, contra previsão de 5.914 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região acumula elevação no consumo de 1,01%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.132 MW médios, o submercado está com baixa de 2,58% no mesmo período. Já o Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.294 MW médios, contra PMO de 25.350 MW médios do operador do sistema. O subsistema tem ligeira baixa de 0,22% no consumo nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 26.664 MW médios, o submercado registra queda de 5,14% no período. Na região Norte, o consumo chegou a 2.845 MW médios, contra previsão de 2.855 MW médios do ONS. Em relação ao PMO, o subsistema está com queda de 0,35% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 02.07.2003)

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2 Reservatórios da região Norte estão com 81,85% da capacidade

Com uma queda de 0,13%, a capacidade armazenada chegou a 81,85% no subsistema Norte. O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 96,79%. (Canal Energia - 02.07.2003)

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3 Capacidade armazenada chegou a 45,12% no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento está em 45,12% no subsistema Nordeste, o que corresponde a uma queda de 0,11%. O volume armazenado está 24,22% acima da curva de segurança 2002/2003. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 39,79%. (Canal Energia - 02.07.2003)

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4 Capacidade de armazenamento está em 72,79% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado está em 72,79% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 38,92% acima da curva de aversão 2002/2003. O nível teve uma queda de 0,22%. As usinas de Marimbondo e São Simão registram, respectivamente, índice de 79,23% e 88,55%. (Canal Energia - 02.07.2003)

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5 Reservatórios do Sul estão com 60,07% da capacidade

Os reservatórios da região Sul estão com 60,07% da capacidade, uma redução de 0,82% em um dia. A capacidade da usina de Salto Santiago está em 51,81%. (Canal Energia - 02.07.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 MAE espera baixa taxa de inadimplência em liquidação financeira

A liberação de cerca de R$ 1 bilhão do BNDES, previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico fechado entre o governo e as empresas de energia elétrica depois do racionamento, deve possibilitar um alto grau de adimplência na primeira liquidação financeira definitiva do MAE, que inicia hoje. Pelo menos é o que espera o presidente do conselho de administração do mercado, Antônio Carlos Fraga Machado. "O financiamento está aprovado e vai ser utilizado por boa parte das empresas", garantiu. "Se houver inadimplência, deve ser muito baixa", acredita Machado. Orgulhoso, Machado afirma que a operação é um marco para o setor elétrico brasileiro e dará maior tranqüilidade para o mercado. No total, deverá ser quitado R$ 1,215 bilhão, referente a aproximadamente 50% do volume financeiro transacionado no período de setembro de 2000 a setembro de 2002. O total não contempla valores cujos pagamentos foram suspenso por força de liminar, como é o caso de dívidas da RGE, CEEE, Celesc e Copel, entre outras. (Gazeta Mercantil - 03.07.2003)

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Economia Brasileira

1 Captações de US$ 1 bi abrem espaço para queda dos juros

A queda do dólar, conjugada com a deflação e o esfriamento da atividade econômica, amplia o espaço para a redução da taxa Selic na reunião do Copom marcada para os dias 22 e 23. Analistas e economistas de bancos não consideram ousado um corte de dois pontos percentuais na taxa, atualmente em 26%. O BC não tem tomado medidas para neutralizar o efeito cambial produzido pelo fluxo externo. Ontem, anunciou duas decisões na área cambial. Nenhuma tem por objetivo intervir na formação de preço. A primeira reduz à metade a parcela adicional de capital próprio exigido dos bancos para o risco cambial. Com isso, os bancos ganham mais espaço para ampliar operações que envolvam riscos de oscilação do dólar. A segunda medida foi limitar a dois o número de leilões para rolagem de títulos cambiais. Diante do bom fluxo de capitais, o BC já trabalha com a possibilidade de aumentar, em 2004, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos. A expectativa é de que esse déficit, que representa, de um lado, a vulnerabilidade externa do país, e de outro a captação de poupança para financiar investimentos, possa ser de pelo menos 1,5% do PIB. Para este ano, a estimativa é de um déficit em transações correntes de US$ 4,2 bilhões, ou 0,91% do PIB. (Valor - 03.07.2003)

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2 Confiança na queda da inflação segundo CNI

A expectativa do consumidor com a queda da inflação, nos próximos seis meses, é a mais alta desde 1997. Pesquisa realizada pelo Ibope para a CNI mostra que 34% acham que a inflação vai baixar nos próximos seis meses, enquanto 27% acreditam que a taxa permanecerá estável. Um resultado surpreendente, na opinião da economista Simone Saisse Lopes, coordenadora-adjunta do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado ontem. "Desde 1997, quando começou a ser calculado o índice, não havia uma taxa tão elevada de perspectiva de queda da inflação. O mais perto que se chegou disso foi em julho de 98, quando 19% dos entrevistados disseram ter esta expectativa", afirmou.A pesquisa mostrou um aumento do otimismo e da confiança em relação ao País. O Inec cresceu 8,4% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro, e 9,4% em relação ao segundo trimestre de 2002. O índice tem como principal objetivo mostrar para onde está caminhando o consumo das famílias, que representa 60% do PIB e move a atividade industrial, juntamente com as exportações. (Jornal do Commercio - 03.07.2003)

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3 Mantega: cotação do dólar deve subir

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que a queda dos juros básicos e a rolagem menor da dívida pública atrelada ao dólar devem elevar a cotação da moeda americana. "À medida que a Selic estiver sendo reduzida, isso também vai ter um reflexo sobre o dólar, levando-o a um nível mais adequado. Também o governo vai rolar menos a dívida indexada ao dólar. Ele já tem feito movimentos nessa direção". Segundo Mantega, "por enquanto, não houve nenhum prejuízo" às exportações com a valorização do real. "A tendência, e toda a torcida, é de que a Selic continue caindo, mesmo porque a inflação está sob controle. A queda da taxa de juros eleva a do câmbio." Mantega ressaltou que o câmbio é flutuante e seu nível ideal será encontrado pelo mercado. "Um câmbio de R$ 2,20, é muito baixo, mas de R$ 2,80 a R$ 3,20 é adequado". (Jornal do Commercio - 03.07.2003)

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4 Mantega prevê expansão de 5% no governo Lula

Entre a projeção de crescimento de 2% para o Brasil em 2003, feita pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a de 1,5% do presidente do BC, Henrique Meirelles, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, optou pela saída diplomática. Segundo ele, a economia brasileira deve crescer entre 1,5% e 2% este ano. Ele disse que os economistas erram muito quando fazem estimativa. Mesmo assim, aposta em um crescimento de 5% ao ano ainda durante o governo Lula. "Não é bom dar um número cravado. Podemos crescer entre 1,5% e 2% este ano. Pelas condições que estão dadas, pelo problema de desaquecimento que tivemos no primeiro semestre, só vamos ter expansão no segundo semestre", disse após participar de seminário na CNI. "O Brasil tem o potencial de crescimento de pelo menos 5%. O Brasil pode crescer tanto quando a Coréia, a China e a Índia. No governo Lula ainda atingiremos este patamar" (O Globo - 03.07.2003)

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5 IPC da Fipe apresenta deflação

A última baixa verificada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi em novembro de 2000, quando fechou com declínio de 0,05%. Dessa forma, a deflação de 0,16% em junho divulgada nesta manhã rompe uma tendência longa de indicadores positivos. A entidade esperava deflação para o mês passado, mas menos pronunciada. (O Globo - 03.07.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial e a Bovespa inverteram nesta manhã a tendência dos últimos dias. Enquanto os investidores avaliaram as medidas anunciadas ontem pelo Banco Central na área cambial, a moeda americana fechou em alta de 0,39%, cotada a R$ 2,826 na compra e R$ 2,829 na venda. Ontem, no término dos negócios, o dólar comercial registrava queda de 0,70% e era negociado a R$ 2,8140 na compra e a R$ 2,8180 na venda. A cotação é, pelo segundo dia consecutivo, a menor desde o dia 12 de julho de 2002, quando a divisa encerrou a R$ 2,8100 na venda. (Valor Online e O Globo On Line - 03.07.2003)

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Internacional

1 Enel prepara plano de emergência contra apagões

A italiana Enel aprovou um plano emergencial para aumentar a capacidade de reserva de energia em 1206 MW no período de um ano através da reativação de oito estações de energia mais velhas e menos eficientes. O custo do projeto é de 25 milhões de euros. O objetivo do projeto é evitar cortes no fornecimento de energia como o ocorrido em junho que resultou no corte de energia para milhões de consumidores. As oito estações são : Campomarino, 88MW; Maddaloni, 88MW; Carpi, at Modena, 176MW ; Camerata Picena, 104MW; Larino, 246MW; Giugliano, 176MW; Montalto, 240MW, e Alessandria, 88MW. (Platts - 03.07.2003)

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2 BE anuncia aumento na produção de energia nuclear no mês de junho

A British Energy produziu cerca de 5,56 TWh de energia nuclear no mês de junho desse ano, informou a empresa nessa quinta-feira. A geração representou um aumento com relação ao mesmo mês de 2002 quando foram gerados 4,95 TWh. (Platts - 03.07.2003)

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