l IFE:
nº 1.140 - 01 de julho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Dilma discutirá com estatais a transição para o novo modelo A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, está disposta a discutir com as companhias
estatais um processo diferenciado de transição para o novo modelo do setor
elétrico. "Ficamos de nos reunir com a Copel e apresentar uma proposta",
contou ontem Wilson Brumer, presidente do conselho de administração da
Cemig, após encontro com a ministra. Segundo ele, Dilma mostrou-se sensível
ao pleito das estatais. A principal reivindicação das estatais diz respeito
à desverticalização, que deverá ser obrigatória no novo modelo do sistema
elétrico. Brumer mostrou à ministra que a medida significará prejuízos
tributários para as estatais. No caso da Cemig, de acordo com Brumer,
as perdas com o aumento dos tributos serão de cerca R$ 80 milhões por
ano na cisão em três empresas, de geração, distribuição e transmissão.
A proposta da Cemig é criar unidades de negócios separadas, com contabilidade
independente, para cada uma das atividades e manter a empresa verticalizada.
Outros dois pontos para os quais as estatais querem tratamento diferenciado
diz respeito à equação entre energia velha e energia nova e ao acesso
a linhas de financiamento. (Valor - 01.07.2003) 2 Governo prepara operações de financiamento para socorrer elétricas O governo
está concluindo a montagem de duas operações de empréstimos junto ao BNDES
que, juntas, podem chegar a R$ 2,8 bilhões, para completar a reestruturação
financeira das empresas do setor elétrico e aliviar o caixa das companhias.
Ainda nesta semana será anunciada a abertura de uma linha de financiamento
do banco, para que as empresas concluam a liquidação das operações de
compra e venda de energia no MAE. As dívidas nesse mercado chegam à casa
dos R$ 900 milhões, mas o valor do empréstimo do BNDES poderá ser um pouco
menor. O trabalho de auditoria dessas operações já foi concluído e o empréstimo
do BNDES deverá ser pago em até seis anos. Haverá, ainda, um empréstimo-ponte
que pode chegar a R$ 2 bilhões para as distribuidoras. O objetivo é compensar
as perdas decorrentes da impossibilidade de repassar, para as tarifas,
os custos correspondentes à parcela não gerenciáveis. Este empréstimo
terá prazo de liquidação entre 2 e 3 anos. Com esses dois financiamentos,
a área econômica do governo considera que terá colocado "em ordem a parte
financeira do setor" conforme avalia um dos participantes da discussão.
(Valor - 01.07.2003) 3 Dilma: Novo modelo vai proporcionar redução no preço da energia Dilma Rousseff
teve ontem, depois do encontro com Wilson Brumer, um almoço com empresários
mineiros na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
A ministra informou aos empresários que o novo modelo deverá estar concluído
em breve, mas não comprometeu-se com prazos. "O modelo é mais importante
que o prazo", justificou. Segundo ela, o novo modelo levou a reajustes
tarifários incompatíveis com o poder de renda dos brasileiros e também
resultou na maior quebra de consumo da história do país, durante o racionamento.
"O que vamos fazer é inverter a lógica de tarifa alta", afirmou ela. "Tarifas
mais baratas não caem do céu; é preciso ter políticas para isso. " A ministra
disse que o novo modelo do setor elétrico vai proporcionar redução no
preço da energia e que o consumidor vai "perceber" que está pagando menos
pelo serviço. A redução será permitida por uma série de medidas, como
a redefinição de contratos de licitação. A redução do preço na energia
passa, também, pelo aumento de investimentos no setor. Segundo Dilma,
o governo federal vai mostrar que o cenário no Brasil é propício para
o investidor, com riscos reduzidos e com regras estáveis. "Quanto mais
energia gerarmos, mais o preço pode cair. As empresas que já operam há
anos e não têm mais o custo de capital investido inserido na tarifa tendem
a ter um preço menor", disse. (Valor e Gazeta Mercantil - 01.07.2003) 4
Governo empenhado na manutenção dos contratos 5 Aneel prorroga o prazo de cadastramento para baixa renda A Aneel
prorrogou novamente o prazo para cadastramento de pessoas que se enquadram
na categoria de baixa renda, que podem obter descontos de até 65% no valor
da tarifa de eletricidade convencional. O cadastramento de unidades com
consumo médio mensal entre 80 e 220 kWh terminaria ontem e foi prorrogado
para o dia 31 de dezembro deste ano. Segundo a Aneel, a nova alteração
no prazo foi feita para aguardar a definição de medidas do governo federal
para unificar os cadastros de pessoas que integram os programas públicos
de assistência social. A Aneel informou que os cerca de 12 milhões de
consumidores de energia no País que gastam em média entre 0 e 80 kWh por
mês não precisam se cadastrar para conseguir o desconto. Para essas pessoas,
o benefício é concedido automaticamente. Com a prorrogação do prazo para
cadastramento, as 64 distribuidoras de energia elétrica do País terão
que manter, até 31 de dezembro, os descontos na tarifa de baixa renda
para as unidades que consomem entre 80 e 220 kWh por mês e se enquadram
nos critérios atuais de concessão. Entre os critérios para se cadastrar
ao desconto estão renda mensal per capita de no máximo meio salário mínimo
e o preenchimento das exigências dos programas sociais do governo federal.
(Gazeta Mercantil - 01.07.2003) 6 Senador quer mudanças no setor energético O senador
Delcídio do Amaral (PT/MS) disse ontem que o Governo vai enviar no segundo
semestre ao Congresso Nacional proposta para reformular totalmente o setor
energético brasileiro. As linhas básicas da proposta, que chegarão ao
Congresso através de projeto de lei ou medida provisória, estabelecem
que o Ministério das Minas e Energia vai recuperar o poder de outorga
das licenças para produção, transmissão e distribuição de energia, hoje
delegado à Aneel, e retomar o planejamento das ações no setor, para que
o País volte a ter uma política de energia. "Conversei na semana passada
demoradamente com a ministra Dilma Rousseff, que me garantiu o compromisso
do presidente Lula e da área técnica do MME de definir as bases de um
modelo energético moderno, capaz de atender aos interesses das empresas
que querem investir no mercado de produção, transmissão e distribuição
de energia, mas que, ao mesmo tempo, seja capaz de zelar pelos interesses
do Governo e do consumidor brasileiro, que não pode mais correr o risco
de racionamento, como o que vivemos em 2001. Se nada for feito, poderemos
ter novos apagões dentro de 3 ou 4 anos", afirmou o senador. (Correio
do Estado - 01.07.2003) 7 MME prepara divulgação dos VEs das fontes alternativas O MME está finalizando a apresentação dos valores econômicos (VEs) das fontes alternativas para utilização de recursos da CDE. O documento a ser divulgado já está pronto, e a data de publicação depende apenas de decisão final da ministra Dilma Rousseff, que pode ocorrer apenas após o lançamento do novo modelo do setor elétrico. Nessa consulta, o governo apresentará o VE para cada fonte alternativa e os interessados terão prazo de 30 dias para encaminhar sugestões e dúvidas sobre a metodologia aplicada para definição de cada valor. Após esse período, o MME avaliará as contribuições recebidas e divulgará o VE final de cada fonte alternativa. (Canal Energia - 30.06.2003) 8
Abinee: Setor de GTD registra queda nas exportações este ano
Empresas 1 BNDES não vai à Justiça para leiloar ações da Eletropaulo O BNDES
comunicou à direção da AES que não será necessário recorrer à Justiça
para leiloar as ações ordinárias da Eletropaulo. O desgaste e a morosidade
de uma disputa judicial era considerado um dos principais empecilhos à
decisão de executar a dívida, nas negociações que se arrastam há pelo
menos seis meses. O vice-presidente do banco, Darc Costa, voltou a afirmar
que o BNDES tem apenas um interesse: reaver os recursos que emprestou.
Ele não deu detalhes sobre as propostas que foram apresentadas pela AES
nas sucessivas reuniões na sede do banco, mas revelou que, conforme apurou
o Departamento Jurídico, do mesmo modo que as ações preferenciais (PN),
as ordinárias (ON), que garantem o controle da empresa, também podem ser
vendidas sem recurso judicial. Há normas gerais no BNDES aplicáveis a
todos os contratos do banco, prevendo a execução em caso de inadimplência.
E é neste documento que a direção da entidade irá se basear para a venda
dos títulos, caso não haja acordo. Pelos prazos legais, a partir do início
de agosto as ações poderão ser levadas a leilão. (Estado de São Paulo
- 01.07.2003) 2 Light negocia alongamento de dívidas com credores A Light
publica hoje um fato relevante para informar que está pedindo aos seus
credores alongamento do prazo de vencimento de suas dívidas. No último
dia 24 de abril, a distribuidora de energia elétrica da cidade do Rio,
mais 34 municípios do Estado, já havia publicado outro fato relevante
para comunicar que estava iniciando reestruturação do perfil de seus débitos.
''Não obstante os esforços realizados até o momento, não foi possível
concluir as negociações até o dia 1 º de julho de 2003 (...). Assim, a
Light informa que está solicitando a extensão do prazo de vencimento das
parcelas, vencidas nesta data'', informa o comunicado. A Light registrou
prejuízo de R$ 135 milhões no primeiro trimestre do ano, ante lucro de
R$ 24 milhões no mesmo período de 2002. (Jornal do Brasil - 01.07.2003) 3 PCH do Sistema Cataguazes-Leopoldina entra em fase de teste A PCH Granada,
com potência instalada de 15,8 MW e capacidade anual de produção de 66,5
GWh, está entrando em comissionamento (teste de operação). Essa é a segunda
PCH a começar a operar, das cinco que fazem parte dos projetos de geração
de energia elétrica do Sistema Cataguazes-Leopoldina e que se encontram
em diferentes estágios de construção. A primeira foi a PCH Ponte de 24,4
MW e capacidade anual de produção de 136,5 GWh, que entrou em operação
comercial no último mês de maio. Com a PCH Granada em operação, o Sistema
Cataguazes-Leopoldina passa a ter uma capacidade instalada de 194,5 MW
e uma capacidade de produção anual de cerca de 1.204 GWh. A próxima usina
hidrelétrica a ser concluída é a PCH Palestina, de 13 MW, prevista para
entrar em operação em agosto próximo. (NUCA - 01.07.2003) 4
Tarifas da Cataguazes-Leopoldina e da CENF sobem 5 Receita da Cataguazes-Leopoldina foi de R$484,5 mi em 5 meses As vendas
físicas consolidadas de energia elétrica da Cataguazes-Leopoldina (CFLCL)
aumentaram 12,9% nos primeiros cinco meses do exercício em curso, em relação
ao igual período do ano passado. O montante consolidado vendido foi de
2.455 GWh. Quando comparado ao volume consolidado vendido nesses mesmos
meses de 2001, período em que o mercado ainda não havia sofrido as conseqüências
do programa de racionamento de energia elétrica, esse nível de vendas
é inferior em 0,8 %. As vendas de energia no Nordeste, especificamente
das controladas Energipe, CELB e Saelpa, mostram uma recuperação de mercado
mais acentuada após o racionamento, em relação as vendas da CFLCL e CENF,
atuantes no Sudeste brasileiro. Em relação ao período de janeiro a maio
de 2001 (sem racionamento), as vendas consolidadas nesses cinco meses
de 2003 das controladas que atuam no Nordeste são superiores em 1,1%.
Já no Sudeste, o volume vendido de energia pela CFLCL e CENF é menor em
6,9%, em relação àquele período sem racionamento. Com esse mercado, a
receita operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina foi de
R$484,5 milhões nos primeiros cinco meses deste exercício, ou seja, 14,1%
maior em relação ao mesmo período de 2002. (NUCA - 01.07.2003) 6 Distribuidoras procuram alternativas para acabar com inadimplência Reduzir
a inadimplência nas contas de energia é uma das principais preocupações
das distribuidoras na tentativa de aumentar as receitas. Na RGE, o aumento
dos cortes de energia foi a saída encontrada para diminuir uma inadimplência
que já chega a 6,7% do faturamento dos últimos cinco anos - um prejuízo
de R$ 70 milhões. Além de combater a inadimplência, a RGE também reforçou
suas equipes de "fiscalização especializada", no combate ao roubo de energia.
Já a Coelba colhe os frutos de iniciativas para desestimular os atrasos.
O principal deles é uma redução no número de cortes no fornecimento de
energia causados pelo não pagamento da conta. Atuando na Bahia, a distribuidora
tinha um índice de 32% de pagamentos rigorosamente em dia e de 53% com
inadimplência de até 10 dias. Hoje, a Coelba considera irrecuperáveis
apenas 2,2% das contas em atraso. Uma das iniciativas da empresa para
a melhoria dos resultados foi a montagem de uma equipe para a cobrança
na porta do cliente. Em São Paulo, a Elektro optou por uma promoção para
reduzir a inadimplência. A empresa criou a campanha que premia mensalmente
os consumidores adimplentes. Só no primeiro mês da campanha, a adimplência
dos consumidores residenciais subiu de 43,45% para 47,95%. A Light também
tenta coibir a inadimplência através da criação de um cartão de descontos
em estabelecimentos conveniados para quem paga as contas em dia, caso
(Gazeta Mercantil - 01.07.2003) 7 Inadimplência do setor público já chega a R$ 800 mi Os programas
das distribuidoras para coibir a inadimplência, porém, não atingem um
de seus principais maus pagadores: o poder público. Segundo dados da Associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a inadimplência
do setor público corresponde hoje a aproximadamente R$ 800 milhões. O
valor equivale ao que as empresas faturariam com três meses de fornecimento
de eletricidade para todo o poder público brasileiro. O fornecimento aos
governos federal, estaduais e municipais corresponde a 6,5% do total de
faturamento das distribuidoras, e totaliza cerca de R$ 3 bilhões por ano,
ou R$ 260 milhões por mês. As empresas não gostam de tocar no assunto,
mas sabe-se que a dívida do setor público corresponde a uma fatia representativa
do valor a receber. Na paulista Eletropaulo, por exemplo, o índice de
inadimplência é de 1,87% do faturamento bruto. Desse total, 1,37% corresponde
ao setor público. Segundo a Abradee, a média de inadimplência do setor
público é de três meses, mas pode se arrastar por períodos bem superiores.
Mas a cobrança não é tarefa das mais fáceis: enquanto o não-pagamento
de uma única fatura é suficiente para que se corte o fornecimento de energia
a um consumidor privado, não é muito comum o corte de fornecimento estabelecimentos
públicos. (Gazeta Mercantil - 01.07.2003) 8 Programa da Coelba e do MME leva luz a 132 mil consumidores O trabalho
de eletrificação rural do governo baiano acaba de atingir a marca do fornecimento
de energia a 132 mil consumidores de pequenas e médias propriedades rurais.
Batizado de Luz no Campo, o programa responsável por integrar à rede elétrica
398 municípios do estado, é desenvolvido por parceria da Secretaria de
Infra-Estrutura (Seinfra), Coelba e MME. Ao todo cerca de 650 mil famílias
são beneficiadas no interior baiano, com investimentos de R$ 270 milhões.
O vice-governador e secretário de Infra-Estrutura, Eraldo Tinoco anuncia
investimentos de mais R$ 335 milhões na oferta de energia elétrica. Devem
ser beneficiadas 158 mil propriedades e domicílios rurais com mais de
18 mil km de linhas de distribuição. A terceira etapa do programa Luz
no Campo, em negociação com a Eletrobrás, possibilitará mais 25 mil ligações.
(Gazeta Mercantil - 01.07.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 MME criará comitê para evitar racionamento Segundo
Maurício Tomalsquim, secretário-executivo das Minas e Energia, será criado
um Comitê de Acompanhamento do Setor Elétrico -um "ministério preventivo
de apagão" ligado diretamente à ministra. A cada 30 dias, técnicos do
ONS, Aneel e do ministério vão preparar relatórios levando em conta o
aumento da demanda, sobra da oferta, condições ambientais etc. Outra precaução
da gestão petista é uma reserva que as geradoras terão de adotar. Hoje
o governo mantém contratos para emergências com termelétricas, mas acaba
pagando por uma energia que nem é produzida. Grandes consumidores, como
indústrias, podem escolher hoje se utilizam a energia da distribuidora
local ou se compram de uma usina independente. Para aproveitar essa geração,
o governo pretende incluir nos editais de licitação um mecanismo sobre
o número de novas obras. (Folha de São Paulo - 30.06.2003) 2 Sudeste/Centro-Oeste acumula baixa no consumo de 2,2% O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 21.320 MW médios, contra PMO de 25.558 MW médios. Nos últimos
sete dias, o subsistema acumula baixa no consumo de 2,2%. Em relação à
curva de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o submercado está com
queda de 7,64% no período. O Sul registrou consumo de 5.485 MW médios,
contra previsão de 6.733 MW médios do operador do sistema. Em relação
ao programa mensal de operação, a região tem alta de 4,79% nos últimos
sete dias. No Nordeste, o consumo foi de 5.242 MW médios, contra previsão
de 5.910 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região
está com baixa no consumo de 4,21%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.247 MW médios, o submercado registra queda de 9,38% no mesmo período.
A região Norte registrou consumo de 2.699 MW médios no último domingo,
dia 29 de junho, contra previsão de 2.852 MW médios do ONS. Em relação
ao programa mensal de operação (PMO), o submercado acumula alta de 1,31%
nos últimos sete dias. (Canal Energia - 30.06.2003) 3 Capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 73,19% O volume
armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 73,19%, valor 39,19%
acima da curva de segurança. O índice teve uma queda de 0,04% em uma dia.
As usinas de Nova Ponte e Itumbiara registram, respectivamente, 66,32%
e 94,57% da capacidade. (Canal Energia - 30.06.2003) 4
Volume armazenado do subsistema Norte está em 82,24% 5 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul está em 61,59% Com uma
redução de 0,27%, a capacidade do subsistema Sul está em 61,59%. A hidrelétrica
de Salto Santiago apresenta índice de 51,81%. (Canal Energia - 30.06.2003) 6 Reservatórios do subsistema Nordeste estão com 45,33% da capacidade A capacidade
de armazenamento do subsistema Nordeste está em 45,33%, uma queda de 0,17%
em uma dia. O volume da região está 24,23% acima da curva de aversão ao
risco 2002/2003. A hidrelétrica de Sobradinho registra índice de 40,12%.
(Canal Energia - 30.06.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras anuncia descoberta no Golfo do México A Petrobras
anunciou ontem a descoberta de petróleo no Golfo do México, onde mantém
explorações em parceria com a BHP Billiton, a TotalFinaElf e a Amerada
Hess. Segundo nota divulgada pela empresa, "o resultado exploratório da
descoberta é encorajador e passará por avaliações exploratórias adicionais
e estudos de desenvolvimentos da produção, para permitir uma melhor definição
quanto ao tamanho da reserva". A prospeção no poço denominado Chinook,
iniciada em janeiro, encontrou petróleo a uma profundidade de 8,4 mil
metros. A Petrobras detém 30% de participação no prospecto, a BHP Billiton,
40%, e a Total e a Amerada Hess, detêm cada uma 15% de participação. A
descoberta consolida a presença da companhia brasileira na região. A descoberta
em Chinook anunciada ontem fica a 32 km da descoberta anterior, em Cascade,
no ano passado. Segundo a empresa, sua participação nestas duas descobertas
"está em conformidade com o seu Plano Estratégico, representando importantes
etapas na consolidação de um portfólio de exploração e produção de alta
qualidade em águas profundas no Golfo de México". (Gazeta Mercantil -
01.07.2003) 2 Construção de Angra 3 não será retomada em 2003 O governo
não vai retomar neste ano a construção da usina nuclear de Angra 3, no
RJ. O Brasil já investiu R$ 700 mi no projeto, que deveria ter sido concluído
em 1988. A cada ano, gasta-se R$ 20 mi para manter os equipamentos. Zieli
Dutra (Eletronuclear) justifica a decisão de não retomar a obra da usina:
"Temos de ser prudentes porque mexemos com material radiativo. Seria prematuro
retomar Angra 3 sem que a saúde financeira do sistema esteja regularizada".
(Folha de São Paulo - 30.06.2003) 3 Negociações sobre o gás boliviano em pauta novamente O governo
vai retomar nesta terça-feira, 1° de julho, em Santa Cruz de La Sierra,
na Bolívia, as negociações de revisão do contrato firmado para importação
de gás natural boliviano. A delegação brasileira, chefiada pelo secretário
executivo do MME, Maurício Tolmasquim, será composta também por executivos
da Petrobras e por técnicos do ministério, que irão negociar com a área
de Minerias e Hidrocarburos da Bolívia e a estatal YPFB. Segundo o secretário,
a proposta que será apresentada pelo governo brasileiro estará centrada
tanto na redução do preço do insumo quanto na revisão da cláusula de 'take
or pay' dos contratos - que obriga o pagamento de 63% do valor da commodity,
mesmo quando o gás não é inteiramente consumido. Também será discutida
a prorrogação por mais 10 anos do contrato de fornecimento de gás boliviano.
O prazo passaria a vencer em 2029, e não mais em 2019. As reuniões prosseguem
até quarta-feira, dia 2. (Canal Energia - 30.06.2003) 4 Térmica emergencial fornecerá energia para Manaus A Eletronorte
fechou contrato aditivo com a CBEE e a Ceará Geração de Energia para reforçar
o abastecimento em Manaus. O contrato prevê o fornecimento de 56 MW para
a capital amazonense, sendo 45 unidades de 1,6 MW. Segundo informações
do MME, que participou da negociação, o acordo reduz o risco de restrição
de abastecimento e de transmissão na região. (Canal Energia - 30.06.2003)
Economia Brasileira 1 Crescimento só virá a longo prazo, diz BC Contrastando
com o discurso otimista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para
quem o mês de julho será de crescimento, o BC anunciou ontem projeções
pouco otimistas para o desempenho da economia em 2003. Nas contas do BC,
um crescimento mais sólido só virá a longo prazo. Neste ano, deve ficar
em 1,5%, valor idêntico ao registrado em 2002 e menor do que os 2,2% projetados
há três meses. Não fossem as exportações, calcula o BC, o país encerraria
o ano com queda do PIB de até 0,5%. Segundo o banco, as exportações vão
contribuir com dois pontos percentuais para o crescimento do PIB deste
ano. Já o consumo interno, ao contrário, terá um efeito negativo no PIB
que pode chegar a 0,5 ponto percentual. O diretor de Política Econômica
do BC, Ilan Goldfajn fez previsões cautelosas. "Estamos trabalhando para
criar condições para o crescimento no longo prazo", disse Goldfajn. Essas
condições, segundo Goldfajn, incluem o controle da inflação, a continuidade
do ajuste fiscal e a redução do déficit nas contas externas. (Folha de
São Paulo - 01.07.2003) 2 BC indica corte de juros e mercado já reduz taxas O Banco Central indicou ontem ao mercado que vai dar continuidade à redução da taxa básica de juros, hoje em 26% ao ano. No Relatório de Inflação do segundo trimestre, divulgado ontem, o BC projetou para o ano que vem uma inflação medida pelo IPCA de 4,2% para 2004, abaixo da meta central de 5,5% definida pelo governo na semana passada. Com isso o BC disse ao mercado que, se o juro for mantido em 26% pelos próximos meses, a inflação ficará abaixo da meta. Para atingir o alvo de 5,5%, a Selic, com todo o impacto negativo que vem provocando na economia, está desnecessariamente elevada. Economistas que participaram ontem do seminário "Os Desafios para a retomada do crescimento" concordaram que a inflação vem dando sinais de que está sob controle, o que permite que os juros caiam. Para eles a economia já está em recessão e uma recuperação é esperada para o último trimestre do ano. Clique aqui para ler o relatório do BC na íntegra. (Valor - 01.07.2003) 3 Consumo interno encolhe 2,3% O saldo
externo de bens e serviços, que refletiu o aumento das exportações e a
queda das importações, foi o principal responsável pelo País ter gerado
uma capacidade de financiamento de R$ 345 milhões no primeiro trimestre
do ano. O resultado, divulgado ontem pelo IBGE mostra uma reversão em
relação às necessidades de financiamento de R$ 7,7 bilhões no mesmo período
de 2002. O País transformou a necessidade que tinha de financiar suas
contas com o resto do mundo em uma capacidade de gerar saldo positivo.
Apesar da melhora dos indicadores econômicos no primeiro trimestre do
ano, os números divulgados ontem revelam a retração da demanda doméstica
e aumento de preços de produtos importados. O consumo das famílias (que
atingiu R$ 207,2 bilhões) caiu 2,3%, atingindo a maior redução desde o
primeiro trimestre de 2001. As despesas do governo também caíram (0,2%),
revertendo o crescimento observado nos quatro trimestres de 2002. Os dois
indicadores tiveram um desempenho pior que o PIB nos primeiros três meses
do ano, que cresceu 2%. (Gazeta Mercantil - 01.07.2003) 4
Balança tem superávit recorde de US$ 10,272 bi no semestre 5 IPC-S registra deflação de 0,03% O IPC-S,
da FGV, registrou deflação de 0,03% nas quatro semanas encerradas em 22
de junho. Na semana anterior, o IPC-S teve alta de 0,28%. Segundo a FGV,
todas as classes de produtos apresentaram recuo em relação à última medição.
Dezesseis dos 20 produtos que compõem o grupo tiveram queda de preços.
O efeito menor dos reajustes de eletricidade também permitiu uma inflação
menor no grupo habitação, cuja taxa passou de 0,91% para 0,60%. (Folha
de São Paulo - 01.07.2003) 6 Necessidade de "hedge" cai US$ 30 bi Um estudo
apresentado ontem por Ilan Golfajn, diretor de Política Econômica do BC,
mostra que a necessidade de "hedge" cambial diminuiu consideravelmente
entre março do ano passado e março deste ano. Depois de aumentar de US$
130,5 bilhões para US$ 133,4 bilhões no primeiro trimestre do ano passado,
o montante líquido de passivos privados que demandava proteção contra
desvalorizações do real caiu para US$ 103,3 bilhões até março deste ano.
Por causa dessa queda, mesmo sem rolar os juros de sua dívida cambial,
o governo passou a suprir uma parcela maior dessa necessidade. Essa foi
uma das razões pela qual o governo veio, posteriormente, a deixar de rolar
também parte do principal da dívida pública atrelada ao câmbio. A necessidade
de "hedge" cambial da economia brasileira foi estimada pelo BC a partir
da chamada Posição Internacional de Investimentos (PII) do setor privado
e do setor público financeiro, posição esta que reflete passivos e ativos
de residentes em relação a não-residentes no país. (Valor - 01.07.2003) O dólar comercial mantém alta nesta manhã. Às 12h22m, a moeda americana registrava elevação de 0,35%, cotada a R$ 2,849 na compra e R$ 2,854 na venda. Ontem, o dólar inverteu a tendência de alta do final da manhã e encerrou o dia em forte queda. A moeda norte-americana fechou negociada a R$ 2,84 para compra e R$ 2,845 para venda, queda de 1,21% em relação ao fechamento de sexta-feira. (O Globo On Line e Invertia - 01.07.2003)
Internacional 1 Endesa Espanha reestrutura Enersis Depois da
conclusão na segunda-feira de mais uma fase de seu aumento de capital,
a holding chilena Enersis tornou pública sua maior reestruturação organizacional
desde que a Endesa Espanha assumiu o controle da empresa em 1999. A Enersis
era o veículo de investimento da Endesa Espanha na América Latina, mas
em reuniões de diretoria na Enersis e na subsidiária de distribuição chilena
Chilectra, o grupo aprovou um plano segundo o qual a Endesa Chile fica
responsável por gerir o setor de geração da América Latina e a Chilectra
fica a cargo da distribuição na região. A medida aumenta a divisão entre
as atividades de geração e distribuição do grupo, enquanto o foco financeiro
da Enersis foi evidenciado com a nomeação do ex-diretor financeiro Mario
Valcarce para presidente, substituindo Enrique Garcia, que volta para
Madri. (Business News Americas - 01/07/2003) 2 Enerisis aumenta capital em 77,3% com venda de novas ações Até 27 de
junho, a Enersis tinha vendido US$ 1,6 bilhões de novas ações de seu aumento
de capital, de acordo com comunicado da empresa. O montante representa
77,3% do aumento de capital. Acionistas minoritários compraram US$ 381
mi, e a empresa internacional de investimentos internacionais Elesur,
através da qual a Endesa Espanha é dona da Enersis, comprou US$ 1,22 bilhão.
A Endesa subscreveu o aumento de capital através da capitalização de créditos
interempresariais concedidos pela Elesur à Enersis. Os acionistas da Enersis
autorizaram um aumento de capital de até US$ 2 bilhões, e o período de
subscrição preferencial de acionistas fora do grupo Endesa para as ações
remanescentes começa em novembro. O aumento de capital também inclui uma
recompra de bônus emitidos no mercado chileno. Entre 1 e 15 de novembro,
os detentores poderão trocar seus bônus por ações da Enersis a 60,4202
pesos por título, o mesmo preço dos novos títulos emitidos no aumento.
A Endesa havia dito que compraria quaisquer ações não subscritas pelos
acionistas ou detentores de bônus. (Business News Americas - 01/07/2003) 3 Demanda total por gás nos EUA está reduzindo A Associação
de Distribuição de Energia Elétrica (EPSA) dos Estados Unidos informou
a Secretaria de Energia que a nova e mais eficiente geração de energia
a gás está reduzindo a demanda total do gás pelo setor energético, ao
invés de aumentá-la. Em carta do dia 25 de junho, publicada oficialmente
nessa segunda-feira, a EPSA comunica ao secretário de energia, Spencer
Abraham que "no Texas e na Califórnia, foi documentado que o desenvolvimento
de novas usinas a gás resultaram num menor consumo total do insumo pela
indústria de energia elétrica. A Administração de Informação de Energia
informou recentemente que a geração de energia a gás aumentou em 8% em
2002, mas o total de gás usado na geração de energia elétrica teve um
aumento de apenas 2%" (Platts - 30.07.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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