l IFE:
nº 1.139 - 30 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Expansão será eixo de novo modelo O governo
anuncia em julho o novo modelo do setor elétrico. As medidas de reestruturação
já estão definidas pelo ministério de Minas e Energia, que no momento
consolida os novos marcos regulatórios. O planejamento da expansão será
o principal eixo do novo modelo, que prevê um período de transição em
2004 para que os agentes possam se adaptar às novas regras. As regras
passarão pelo teste de fogo em 2005, quando entrarão no mercado mais 25%
da energia descontratada dos contratos iniciais e a energia que deveria
ter sido descontratada este ano, cujos contratos foram prorrogados até
2004. Pelo novo modelo, as 64 distribuidoras do país terão que fazer uma
previsão do tamanho dos seus respectivos mercados com cinco anos de antecedência.
Com base nessa previsão, elas firmarão contratos de compra de energia
de longo prazo com as geradoras integrantes do pool de oferta. São esses
contratos de longo prazo (PPA) que viabilizarão o retorno dos investimentos
em novas usinas hidrelétricas, que só vão ser licitadas na medida em que
houver necessidade de acompanhar o crescimento da demanda. Os vencedores
das licitações de novas hidrelétricas terão a garantia de PPAs de todas
as distribuidoras. (Valor - 30.06.2003) 2 Erro proposital na previsão de mercado será passivo de punição O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, explicou que haverá punição para as distribuidoras
que subestimarem ou superavaliarem o seu mercado consumidor futuro. "Vai
ter uma banda, uma margem de variação definida pelo governo para essa
previsão (de crescimento do mercado em cinco anos) e se passar disso,
haverá punição para a distribuidora", disse Tolmasquim. Ele explicou que
as distribuidoras serão obrigadas a contratar mais energia do que o previsto
na expansão dos mercados. Essa " sobra " servirá para atender um eventual
aumento de demanda fora das previsões. Ele disse ainda que o planejamento
com cinco anos de antecipação é fundamental no novo modelo para definir
a política de expansão da oferta de energia no país. (Valor - 30.06.2003) Também está
praticamente definido o modelo do "pool" que vai vender por preços médios
a energia barata das geradoras estatais e a mais cara das usinas privadas
por preços médios. Esse pool venderá energia exclusivamente para as distribuidoras
atenderem seus consumidores cativos. Os consumidores livres só poderão
comprar energia dos produtores independentes. Mas os produtores independentes
poderão entrar no pool, desde que participem das licitações de novas usinas
hidrelétricas oferecendo sua própria energia por um valor inferior ao
menor preço de tarifa apresentado na licitação. Tolmasquim explicou que,
nesse caso, a obra não seria feita e a energia que seria gerada pela nova
usina passa a ser substituída pela geração do produtor independente. (Valor
- 30.06.2003) 4
CBIE: Risco ambiental e indefinição regulatória levam a desistência de
projetos 5 S&P: Governo deve implantar ações de curto prazo para viabilização do SEE Um relatório
sobre o setor elétrico elaborado pela Standard & Poor's revela que é crucial
ações de curto prazo para restaurar a viabilidade do setor. Segundo o
documento, apesar dos avanços nas discussões do novo modelo, a expectativa
da classificadora de risco é que esse processo seja mais demorado, já
que as mudanças impactam vários segmentos da indústria. Para isso, diz
o relatório, o governo precisa implantar, rapidamente, medidas emergenciais
para que as concessionárias possam passar pelo período de transição. Enquanto
isso não acontecer, a percepção de risco atribuída às empresas do setor
continuará baixa. Na avaliação da S&P, os ratings atuais dessas empresas
refletem a reduzida flexibilidade financeira delas. O documento aponta
as indefinições regulatórias e as oscilações na geração de caixa do setor
após o racionamento como os principais motivos para o fraco desempenho
das companhias no mercado financeiro. Além disso, o documento lista a
ausência de definições claras para o MAE, a contratação de fornecimento
de energia, a remuneração das empresas reguladoras, a expansão do parque
gerador e a incorporação da geração térmica na matriz energética como
fatores que influenciam na elevada percepção de risco da classificadora.
(Canal Energia - 27.06.2003) 6 Ibama esclarece licenciamento da Hidrelétrica de Santa Isabel O Ibama
questiona a informação divulgada em nota enviada pela Companhia Vale do
Rio Doce à Bovespa, e reproduzida por uma matéria do jornal Gazeta Mercantil,
no dia 27/06, segundo a qual o órgão teria considerado inviável do ponto
de vista ambiental o projeto de construção da usina hidrelétrica de Santa
Isabel. A nota do Ibama diz o seguinte: "Não há impedimento por parte
do Ibama em relação ao licenciamento da Hidrelétrica de Santa Isabel,
que encontra-se em trâmite neste Instituto. Em 13/06/03, o Ibama endereçou
Ofício à empresa responsável pelo empreendimento, a Engevix Engenharia
S/A, encaminhando o Termo de Referência para elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental - EIA e o seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental - Rima,
referente ao aproveitamento hidrelétrico de Santa Isabel, pleiteado para
ser implantado na bacia hidrográfica do Rio Araguaia, localizada nos estados
do Pará e Tocantins. A emissão do Termo de Referência mostra que o processo
de Licenciamento Ambiental da Hidrelétrica Santa Isabel tem continuidade
neste Instituto". (Gazeta Mercantil - 30.06.2003) 7 Estado do Paraná pode perder R$ 1,3 bi com suspensão de licenciamento ambiental A suspensão do processo de licenciamento ambiental no Paraná pode gerar uma redução de investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão. O valor representa o montante médio que seria necessário para viabilizar os 20 projetos hidrelétricos que estão nas fases de construção e outorga. Os empreendimentos totalizam 587 MW de capacidade instalada. O custo médio do MW instalado das pequenas centrais hidrelétricas é de R$ 2,6 milhões. Segundo o Banco de Informações de Geração da Aneel, o estado tem quatro usinas em construção, totalizando 45,4 MW de capacidade instalada, e 11 em outorga, que com 152 MW. Já nas unidades acima de 30 MW, o custo gira em torno de R$ 2 milhões por MW. O Paraná tem duas grandes usinas em construção, com um total de 164 MW, e três projetos com liberação de outorga, com 225 MW de potência instalada. Segundo um investidor, a medida do governo paranaense pode levar a perda de investimentos para outros estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (Canal Energia - 27.06.2003) 8
Projetos para o setor de infra-estrutura serão apresentados em encontro
9 Fiergs promove curso sobre energia Começa dia
7 de julho o curso à distância Formação de Multiplicadores em Eficiência
Energética, promovido pela Fiergs, em parceria com a Eletrobrás. As aulas
serão realizadas pela PUC-RS Virtual, Unidade de Ensino à Distância, até
31 de julho, de segunda a quinta-feira, das 14h às 16h, com transmissão
por tele e videoconferência para 40 cidades do RS e pela Internet para
85 pontos do país. Inscrições pelo site www.ead.pucrs.br
ou no telefone (51) 3320-3529. (Correio do Povo - 30.06.2003)
Empresas 1 Negociações entre BNDES e AES devem prosseguir esta semana O vice-presidente
da multinacional, Joseph Brandt, é aguardado no Rio esta semana. O diretor
financeiro do banco, Roberto Timotheo, disse que até agora não teve uma
proposta com começo, meio e fim da parte da AES. "Ainda restam acertos,
mas temos evoluído", reconheceu. O que o BNDES quer é que haja pagamento
em dinheiro e aumento das garantias. Hoje, as garantias são as ações ordinárias
e preferenciais da Eletropaulo mais cotas da Uruguaiana. Contudo, essas
garantias não são suficientes para o BNDES, que também quer a inclusão
da AES Tietê. A data final para as negociações é julho, disse o diretor
financeiro do BNDES. Até lá, o banco vem encaminhando o ritual para venda
das ações ordinárias e preferenciais em leilão. As ações preferenciais
devem ir a leilão no final do mês que vem, adiantou. Se não houver acerto
com a AES, o banco não afasta a hipótese de entrar dando lances nestes
leilões - seja de ordinárias, seja de preferenciais - e comprar estes
papéis, passando assim a ser controlador da distribuidora. Ou seja, não
está afastada uma reestatização da Eletropaulo, se for a única saída para
o BNDES não perder este jogo. (Valor - 30.06.2003) 2 Aneel autoriza reajustes tarifários de cinco empresas A Aneel
autorizou reajuste tarifário para quatro distribuidoras de energia do
Rio Grande do Sul e uma de Minas Gerais. O aumento das tarifas da Centrais
Elétricas de Carazinho é de 35,26%, enquanto o da Hidroelétrica Panambi
chega a 36,14%. Já os índices de aumento para o Departamento Municipal
de Energia de Ijuí, a Muxfeldt, Marun e para o Departamento Municipal
de Eletricidade de Poços de Caldas, de Minas, são de, respectivamente,
35,45%, 35,48% e 33,29%. Os índices entraram em vigor no sábado. (Gazeta
Mercantil - 30.06.2003) 3 Eletronorte tenta manter duplicação de Tucuruí A Eletronorte
está negociando com a Alcoa, a venda de energia de duas novas turbinas
da hidrelétrica de Tucuruí, de 375 MW cada, que entram em operação comercial
neste ano. A primeira unidade começa a gerar em julho e a segunda em outubro.
A fábrica da Alcoa no Maranhão, a Alumar, já é abastecida pela primeira
etapa da usina de Tucuruí. A Eletronorte pretende fornecer a energia das
novas máquinas para o projeto de expansão da produção de alumínio primário
programado pela Alcoa, de 210 mil toneladas para 270 mil toneladas por
ano. A Eletronorte acredita que, vendendo diretamente ao consumidor final,
pulando a etapa da distribuição, possibilitará a venda por preços razoáveis.
E a possibilidade de concretizar em breve o negócio, será o argumento
que o diretor de operações da companhia, Israel Bayma, pretende levar
amanhã à reunião com a cúpula da Eletrobrás, no Rio. A Eletrobrás controla
a Eletronorte e anunciou, na quinta-feira, um corte de R$ 700 milhões
nos investimentos previstos para este ano. Boa parte do dinheiro contingenciado
seria destinada à expansão de Tucuruí. (Valor - 30.06.2003) 4
Caso Copel-UEG Araucária: TJ mantém liminar A Copel
comunicou na sexta-feira à Bovespa que vai escalonar o reajuste de 25,27%
autorizado pela Aneel e que deveria ter entrado em vigor terça-feira passada.
No comunicado, a empresa explica que o objetivo do parcelamento é atenuar
os impactos do reajuste para os consumidores, evitando aumento da inadimplência.
A Copel também pretende premiar a pontualidade e atrair novos consumidores.
A companhia informou que ainda está avaliando a forma mais adequada de
implementar o parcelamento. (Gazeta Mercantil - 30.06.2003) 6 Brasileiro assume presidência da Coelba O engenheiro
eletricista Moisés Afonso Sales Filho assumiu a presidência da Coelba,
tornando-se o primeiro executivo brasileiro a assumir o cargo desde a
privatização, em 1997. O executivo ocupava o cargo de vice-presidente
desde 2001 da empresa e entrou na distribuidora em 1976. Segundo Sales,
a Coelba é hoje uma das empresas de maior impacto na economia do estado
e a meta é torná-la uma das cinco primeiras do setor elétrico do Brasil.
Ele afirmou ainda que não haverá grandes mudanças na concessionária. De
acordo com o presidente da Coelba, será colocado em prática o planejamento
estratégico definido pelo Conselho de Administração da empresa. (Canal
Energia - 27.06.2003) 7 Receita da CBEE aumentará em R$ 20 mi com reajuste no seguro-apagão O reajuste
do valor do encargo de capacidade emergencial, o chamado "seguro-apagão",
poderá aumentar em R$ 20 milhões o montante arrecadado mensalmente pela
CBEE. A Aneel autorizou a mudança na última quinta-feira, dia 26 de junho,
através da resolução nº 295/03. Atualmente a comercializadora recebe R$
140 milhões por mês das distribuidoras. Sobre as críticas em torno do
reajuste do seguro-apagão, presidente da CBEE, Francisco Ivaldo Frota,
diz que a empresa não tem responsabilidade pelo aumento do custo para
os consumidores. "A Aneel audita as contas e deve garantir o equilíbrio
financeiro. Temos que cumprir os contratos assinados pelo governo anterior",
afirma. Ele explica que o aumento representará um crescimento médio de
0,3% nas contas de energia elétrica. (Canal Energia - 27.06.2003) 8 Grupo Cataguazes-Leopoldina chega a acordo para saldar dívida O presidente
da CBEE, Francisco Ivaldo Frota, informa que as distribuidoras estão repassando
corretamente os valores arrecadados dos consumidores. "Com exceção do
grupo Cataguazes-Leopoldina, todos as concessionárias já acertaram suas
dívidas", informa. Ele diz que as dívidas da Energipe, Saelpa e Celb chegam
a R$ 9,6 milhões. Os valores se referem a períodos do final do ano passado
e início de 2003. Frota conta que o passivo pode ser sanado em pouco tempo
graças a um acordo do Sistema Cataguazes-Leopoldina com Aneel, CBEE, Eletrobrás.
As distribuidoras do grupo têm um valor para receber pelos subsídios do
programa para consumidores de baixa renda, entretanto não estão podendo
sacar por estarem inadimplentes dentro do setor. "Vamos retirar o nome
da empresa da condição de devedora, e com isso a Eletrobrás liberará os
recursos da RGR (Reserva Global de Reversão) que irão direto para a CBEE",
explica Frota, informando que o MME intermediou o acordo. (Canal Energia
- 27.06.2003) Saiu na coluna de Ancelmo Gois: "A Cemig, estatal mineira, estuda a compra da enferma Eletropaulo, atualmente em poder da AES. É Aécio Neves fincando um pé na São Paulo de Geraldo Alckmin". (O Globo - 30.06.2003) Outra nota da mesma coluna: "Um iluminado do setor elétrico garante que a situação financeira da Light franco-carioca é pior do que a da paulista-americana Eletropaulo". (O Globo - 30.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Victer: Problemas na oferta de energia podem ocorrer já em 2005 O secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer,
prevê que o risco de problemas na oferta de energia elétrica está ainda
mais próximo do que estima Adriano Pires, diretor do CBIE. Segundo Victer,
se o próximo período de chuvas (dezembro de 2003 a abril de 2004) não
tiver um regime pluviométrico favorável, o País corre risco de ter problemas
de oferta de eletricidade já em 2005. Segundo o secretário, "o sinal amarelo"
já foi aceso. "O que faz com que o país não tenha problemas já no ano
que vem foi o beneplácito de São Pedro neste último período de chuvas.
A situação começa a ficar preocupante, porque o planejamento tem de ser
de longo prazo", afirma. Victer culpa a indefinição do novo modelo e também
a demora das concessões das licenças ambientais como as causas dos atrasos
e das desistências dos novos projetos de geração. Ele acrescenta que deveria
haver uma maior integração entre o MME e os órgãos ambientais federais
para a concessão das licenças. (Jornal do Comércio - 30.06.2003) 2 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE adia liquidação financeira para o dia 3 de julho O MAE adiou
para a próxima quinta-feira, dia 3 de julho, a realização da segunda parte
da liquidação financeira acumulada do período entre setembro de 2000 a
setembro de 2002, que envolve o pagamento de R$ 1,3 bilhão entre os agentes.
O negócio, porém, depende da liberação de recursos da ordem de R$ 900
milhões a R$ 1 bilhão, pelo BNDES. O financiamento, autorizado pelo decreto
4475 do ano passado, integra o pacote de ajuda do governo às empresas
do setor afetadas pelo racionamento. Nesta semana, o banco postergou a
liberação do empréstimo, o que acabou motivando o adiamento da liquidação,
marcada inicialmente para a última quinta-feira, 26 de junho. A alegação
dos BNDES às elétricas teria sido o prazo interno do banco na tramitação
da concessão, incompatível com a data inicial do negócio. Até o momento,
não houve sinalização da possibilidade de um novo adiamento. Caso não
haja alteração de datas, a previsão é que as empresas de geração envolvidas
na negociação com o banco estatal sejam chamadas nos dias 30 de junho
e 1° de julho na sede da instituição, no Rio de Janeiro, para assinar
os contratos de financiamento. Mesmo assim, os recursos serão repassados
somente no próprio dia 3, da liquidação, para as contas das companhias
geradoras no banco Itaú - exclusivas para operar a liquidação do MAE.
(Canal Energia - 27.06.2003) 2 MAE: Liberação do financiamento é fundamental para o sucesso da liquidação A liberação do financiamento também é apontada pelo presidente do conselho do MAE, Antônio Carlos Machado, como fator preponderante para o sucesso da liquidação. "É um dos pontos que vão ajudar no sucesso do negócio", ressalta. O executivo explica que a diferença - em torno de R$ 180 milhões - entre o valor liquidado na primeira parte do período e o estimado para a segunda parte decorre da liquidação interna entre empresas de um mesmo grupo econômico. Oito grupos foram formados: Eletrobrás (envolvendo sete agentes), El Paso (dois agentes), Sistema Cataguazes-Leopoldina (cinco agentes), EDP (dois agentes), CSPE (três agentes), Copel (dois agentes), Grupo Rede (11 agentes), Itá Energética (três agentes). Além da questão envolvendo o financiamento do BNDES, a formação do grupo da usina de Itá (formado por CSN e Tractebel) nesta semana também motivou o adiamento, já que novas faturas tiveram que ser emitidas. Segundo apurou o CanalEnergia, o grupo Eletrobrás entrará na liquidação do MAE com um débito líquido de R$ 390 milhões. O saldo negativo é inferior ao de algumas controladas da holding. Entre elas a Chesf, que sozinha detém um débito de cerca de R$ 460 milhões no MAE. (Canal Energia - 27.06.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás irá propor redução no preço do diesel à Petrobras O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, afirmou na última sexta-feira, em
um seminário em Manaus, que vai propor à direção da Petrobras uma redução
no preço do óleo diesel usado para geração de energia termelétrica. Segundo
Pinguelli, a Eletrobrás consome por mês, 100 mil toneladas do combustível
para manter os 91 sistemas isolados de geração térmica na região amazônica.
Por ano, segundo Pinguelli, a holding estatal gasta R$ 1,4 bilhão com
a compra de diesel. Segundo o presidente da Eletrobrás, a proposta de
redução vai ser discutida com o presidente da Petrobras, José Eduardo
Dutra. De acordo com informações da Eletrobrás, a holding paga o preço
de mercado pelo óleo usado nas térmicas da região. As usinas térmicas
são responsáveis por 80% da energia gerada no estado do Amazonas. Durante
o seminário, Pinguelli disse que a redução do preço do diesel não afetaria
as contas da Petrobras, já que o volume consumido pela holding na região
amazônica representa 1% do total de óleo comercializado pela empresa em
todo o País. Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, a direção
da companhia não quis comentar a proposta de redução do preço do diesel
feita por Pinguelli porque ainda não houve comunicação do presidente da
Eletrobrás à presidência da Petrobras. (Gazeta Mercantil - 30.06.2003) 2 Encomendas da Petrobrás à indústria nacional serão de US 3,8 bi por ano até 2007 Com a nova
exigência de que as encomendas da Petrobras tenham um percentual mínimo
de 65% dos equipamentos fabricados no País, a indústria nacional do setor
de petróleo terá de se preparar para atender ao aumento da demanda. Do
total de US$ 34 bilhões previstos no plano de investimentos da estatal,
US$ 29,2 bilhões serão investidos no Brasil. Com isso, somente da compra
de equipamentos e serviços produzidos no País serão gastos US$ 19 bilhões.
De acordo com o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, as encomendas
da Petrobras à indústria nacional serão, em média, de US$ 3,8 bilhões
por ano até 2007. Pelas estimativas da Petrobras serão gerados 140 mil
empregos diretos e indiretos com os investimentos da estatal. Ao todo,
são 13 projetos de Exploração e Produção (E&P) de petróleo da estatal
até 2007. "O grande desafio da indústria nacional hoje é dar conta dessas
novas exigências. Grande parte do parque industrial está sucateado", disse
Duque, após apresentar palestra para empresários do setor, na Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com o objetivo de
mostrar qual será a demanda da estatal. (Jornal do Comércio - 30.06.2003) 3 Onip e Petrobrás realizam estudo para determinar investimentos O presidente
da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Elói Fernandez
y Fernandez, afirma que a indústria está com muita expectativa e que o
setor já vem se expandindo. "O número de empresas na Brasil Off Shore
é um sinal da pujança do setor no Brasil", disse o executivo, referindo-se
à feira realizada em Macaé, no início do mês. Fernandez explicou que a
entidade, juntamente com as empresas e a própria Petrobras, está realizando
um estudo para identificar quais são os gargalos do setor e qual a necessidade
de investimentos para atender à demanda. Segundo ele, a primeira fase
do estudo deverá ficar pronta em julho e identificará a demanda de equipamentos
e serviços para a área off shore. Outra preocupação da entidade é desenvolver
uma forma eficiente de medir o nível de nacionalização dos projetos. Entretanto,
Fernandez lembra que a constatação de qual percentual foi efetivamente
feito no País é complicada e precisam ser estudados critérios para a medição.
(Jornal do Comércio - 30.06.2003) 4 Iniciativas no RJ utilizam lixo urbano para gerar energia elétrica Duas iniciativas
no Rio de Janeiro estão utilizando o lixo domiciliar em projetos de geração
de energia elétrica. Com apoio do Instituto Virtual Internacional de Mudanças
Globais (IVIG) da Coppe/UFRJ, a Comlurb, empresa de limpeza urbana do
RJ, implantou há três meses uma unidade térmica com 120 kW de capacidade
instalada no Aterro Sanitário de Gramacho, no município de Duque de Caxias.
A central geradora tem um motogerador, que utiliza como combustível o
biogás liberado na decomposição da matéria orgânica (70%), e o biodiesel
(30%) fornecido pelo IVIG. O pesquisador do instituto, Luciano Basto,
informa que o produto será desenvolvido da soja e do óleo de cozinha já
usado. A unidade não gerou custos extras para a Comlurb, já que a implantação
estava prevista na concorrência para administração do aterro. Segundo
o assessor da Diretoria Técnica e Industrial da Comlurb, José Henrique
Penedo, o empreendimento abastecerá todo o aterro sanitário, gerando uma
economia mensal de R$ 8 mil. O outro projeto é a UsinaVerde, que instalará
no início de agosto um centro de desenvolvimento de geração elétrica a
partir do lixo urbano na cidade universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão,
no Rio. A planta, que terá 700 kW de capacidade instalada, receberá investimentos
na ordem de US$ 4 milhões. (Canal Energia - 27.06.2003) 5 Ceg e Ceg-Rio ampliam rede de distribuição A ampliação
da rede de distribuição de gás natural tem sido o principal foco de investimentos
das empresas do setor. As fluminenses Ceg e Ceg-Rio, que atuam na capital
e no interior do estado do Rio, por exemplo, vão investir juntas R$ 890
milhões nos próximos quatro anos. É mais que o dobro do investido nos
últimos quatro anos. Boa parte dos recursos, R$ 440 milhões, será aplicada
na ampliação da rede dentro dos quatro municípios do estado que já possuem
infra-estrutura. Outros R$ 183 milhões serão investidos na expansão da
rede para outros onze municípios. As empresas ainda destinarão R$ 118
milhões para a renovação de 430 km de rede e R$ 116 milhões para a conversão
de 360 mil ligações que ainda utilizam gás manufaturado. O restante, R$
33 milhões, será aplicado para estabelecer o fornecimento de novas termelétricas
cariocas (Termorio, Santa Cruz e Norte Fluminense). (Valor - 30.06.2003) 6 Gas Natural SPS investirá R$ 75 mi em ampliação de rede A Gas Natural SPS, que distribui gás para o sul de São Paulo desde fevereiro de 2002, vai investir este ano R$ 75 milhões para a incorporação de 7 mil clientes e a construção de 250 km de rede. Até 2007 serão R$ 316 milhões. A empresa tem pressa em ampliar o número de consumidores, que é atualmente de 3.260. A velocidade faz sentido: a empresa já possui contratados 6.354 clientes, o que significa que 3.097 estão à espera da rede. Hoje, a Gas Natural atua em quatro municípios e as obras devem levar o combustível para mais duas cidades nos próximos meses. A distribuidora tem planos também para a expansão da rede para outras nove cidades. Mas a ampliação efetiva ainda depende de acordos com clientes industriais. (Valor - 30.06.2003) 7 Comgás deve investir R$ 450 mi para construção de rede A Comgás, planeja investir aproximadamente R$ 450 milhões nos próximos dois anos para construir 500 km de rede. Embora tenha forte atuação na Região Metropolitana de São Paulo, a empresa ainda possui grande potencial de crescimento dentro de sua área de concessão. Por isso, focalizou seus investimentos na construção de redes-tronco que levam o gás natural para o interior, em especial para a região de Campinas. Numa primeira fase, no entanto, a distribuidora não deverá atender clientes residenciais. Apenas o mercado industrial e comercial, além de postos de GNV, devem receber o gás canalizado. "Os clientes industrias funcionam como âncoras, viabilizam o sistema e determinam o diâmetro dos dutos", justifica José Carlos Brisler Oliver, superintendente de projetos da Comgás. A atuação da empresa no fornecimento de gás às residências resume-se principalmente à capital paulista. (Valor - 30.06.2003) 8
Distribuidoras do Nordeste também investirão em novos ramais
Grandes Consumidores 1 Ampliação da PQU deve ter início em agosto O projeto
de expansão da Petroquímica União (PQU) e da Polietilenos União deverá
sair do papel a partir de agosto deste ano. As ampliações estão orçadas
em US$ 300 milhões pela Unipar, controladora das empresas. De acordo com
Vítor Mallmann, vice-presidente da Unipar, agosto foi definido como data
limite para a conclusão das negociações após acerto com a Petrobras. As
discussões giram em torno das regras de fornecimento e do preço da matéria-prima,
cujo abastecimento é feito pela estatal de petróleo. "A Petrobras é simpática
à tese. As negociações estão em andamento", diz uma fonte do setor. Essa
fonte afirma que a Polietilenos União absorveria boa parte do eteno da
PQU, o que justifica a expansão. O projeto de ampliação da PQU demanda
metade dos investimentos projetados de US$ 300 milhões. Os recursos serão
usados para aumentar a capacidade produtiva da central de matérias-primas,
instalada no pólo petroquímico de Capuava (SP), em 40%. (Valor - 30.06.2003) Economia Brasileira 1 Captação de US$ 11,6 bi no semestre Empresas,
bancos e governo captaram no mercado externo US$ 11,646 bilhões no primeiro
semestre, o maior valor desde os US$ 17,154 bilhões dos primeiros seis
meses de 2001. Em relação ao segundo semestre de 2002, marcado por incertezas
eleitorais, as captações cresceram mais de 200%. O resultado deve-se às
emissões de papéis privados, já que o governo federal captou 47% a menos
no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2002.
O custo elevado nos primeiros meses do ano deixou a República até abril
fora do mercado, que foi tomado pelos bancos, que ganhavam com a diferença
entre os juros internos e externos. Agora, as empresas conseguem captações
como a de US$ 500 milhões da Petrobras, com vencimento em dez anos - o
mais longo prazo de um eurobônus da estatal. O Banco do Brasil obteve
150 milhões de euros por um ano, na maior emissão nessa moeda feita este
ano, e com o menor custo. (Valor - 30.06.2003) 2 Política industrial apoiará 10 setores e terá foco na exportação O projeto de política industrial do governo está ganhando forma. Ele vai dar prioridade a setores que ajudem a reduzir a fragilidade externa do país, será concentrado em um máximo de 10 setores e apostará em segmentos novos através de projetos estruturantes. Entre setores que podem ser selecionados estão áreas novas, como biotecnologia, semicondutores e biodiesel, e tradicionais, mas deficitários no comércio exterior, como a indústria química, de software e outros segmentos da indústria eletroeletrônica. A política industrial está sendo desenhada por uma comissão dos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento e Planejamento e BNDES. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que "o objetivo de médio prazo da política industrial será reduzir a fragilidade externa do país, por isso haverá um foco específico no estímulo às exportações". Um dos primeiros passos, explicou Appy, é olhar no longo prazo e definir a dimensão estratégica da política industrial. O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, integra o grupo de política industrial do governo. E no financiamento, a médio prazo, o apoio do governo será mais intensivo para setores com menor capacidade de se financiar no mercado, acrescentou Appy. (Valor - 30.06.2003) 3 Relação entre dívida e PIB volta a crescer Depois de
cair por dois meses seguidos, a relação entre a dívida líquida do setor
público e o PIB voltou a crescer em maio, atingindo 53,6%. No final de
abril, União, Estados, Municípios e empresas estatais deviam liquidamente
a credores privados internos e externos o equivalente a 52,1% do PIB.
Para junho, no entanto, o BC trabalha com a perspectiva de estabilidade.
Apesar da subida no mês passado, o percentual ainda se manteve abaixo
dos 54,9% do final de março. Além da sempre pesada carga de juros, contribuiu
para a elevação em maio o comportamento do câmbio, que, desta vez, não
foi favorável ao governo. Da elevação total de 1,5% do PIB ocorrida no
mês no saldo da dívida, 0,47 ponto percentual foi conseqüência do impacto
da desvalorização cambial sobre a dívida interna atrelada ao dólar e,
ainda, sobre o valor equivalente em reais da dívida externa. (Valor -
30.06.2003) 4
Infra-estrutura é o grande desafio para crescer 5 Secretário-geral da Unctad defende controle de capitais no Brasil O economista
brasileiro Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad, defendeu esta
sexta-feira que o Brasil adote um sistema de controle contra capitais
de curto prazo, como já fazem Chile e Argentina. "Deveria ser adotada
uma medida de desestímulo desse capital de 'morte súbita', que ao primeiro
sinal de piora nos indicadores, deixa o país. Nós já conhecemos as formas
de controle e são aquelas que o Chile já tem e a Argentina está fazendo",
disse Ricupero. Ao participar do seminário "Brazil Competitiveness Meeting",
organizado em São Paulo pelo Fórum Econômico Mundial, Ricupero aplaudiu
a iniciativa anunciada pela Argentina de controle dos capitais especulativos
para evitar que deixem o país num prazo inferior a 180 dias. "Diante de
um quadro como esse, é provável que a Argentina se recupere mais rapidamente
do que o Brasil", disse o secretário-geral da Unctad. (AFP - 27.06.2003) O dólar
comercial inverteu a tendência de alta registrada no início do pregão
e opera agora em queda. Às 11h45m, a moeda americana era negociada a R$
2,871 na compra e R$ 2,874 na venda. Na sexta-feira, o dólar comercial
chegou ao final dos negócios em queda de 0,68%, cotado a R$ 2,875 para
compra e a R$ 2,88 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 30.06.2003)
Internacional 1 Enron pede adiamento do prazo para apresentação do plano de reestruturação A Enron
informou na sexta-feira, 27 de junho, que encaminhou pedido a Corte Federal
de falências dos EUA para a extensão até 11 de julho do prazo final para
apresentação do plano de reestruturação da empresa. Stephen Cooper, atual
CEO da empresa e chefe responsável pelo processo de reestruturação, disse
que a extensão do prazo permitira que todas as partes envolvidas finalizassem
definitivamente o acordo. (Platts - 27.06.2003) 2 Citigroup: Falta de energia na Itália não pode ser comparada com ocorrida na Califórnia Em nota
divulgada para seus investidores nessa segunda-feira, o Citigruop afirmou
que os cortes de energia e os seguidos apagões que vêm ocorrendo na Itália
não significam que o país esteja passando por uma situação tão delicada
quanto a ocorrida na Califórnia. Segundo o Citigroup, os receios de que
o mercado italiano possa ser afetado pelo aumento dos preços, o que também
afetaria os consumidores, são infundados já que a maior parte do mercado
italiano de energia é regulado assim como os preços da energia. Além disso,
o Citigroup assinalou que embora os cortes de energia tenham sido os maiores
já realizados nos últimos 20 anos, a falta de energia está sendo causada
pelo fato do pico de demanda de energia no verão estar sendo igual ao
pico de demanda durante o inverno, uma situação inédita até esse momento.
(Platts - 30.06.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Pagliero, Mario. Strategic interaction on the UK Gas Transportation System: The St. Fergus and Bacton constraints. Energy Economics. Londres: Elsevier, Novembro de 2002. 14 páginas O artigo analisa a crise do setor de transporte de gás natural na Inglaterra ocorrida em 1998, através de modelos de comportamentos estratégicos dos transportadores em um sistema de compensações. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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