l

IFE: nº 1.138 - 27 de junho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
PND não incluirá elétricas, ECT, Basa e BnB
2 CND autoriza geradoras federais a participar de licitação de LTs
3 Seguro-apagão sofre reajuste de 15,78%
4 Estimativa do Copom aponta para reajuste de 23% nas tarifas de energia
5 Câmara aprova proposta para fiscalizar processos de privatização do setor elétrico
6 Expectativa pela mudança de modelo deixa investimentos estagnados
7 Ibama quer licença ambiental prévia para licitação de potenciais hidrelétricos

Empresas
1 Retirada da Eletrobrás do PND ainda depende de votação no plenário
2 Exclusão do PND libera estatais para participação em novos projetos, diz Pinguelli
3 Falta de caixa da Eletrobrás reduzirá investimentos este ano
4 Pinguelli: Situação da Eletrobrás começará a ser revertida em 2004
5 Requião suspende aumento de energia da Copel
6 Cemar desperta interesse de cinco grupos
7 Arcon é solicitada para apurar irregularidades da Rede Celpa
8 Cocel firma convênio inédito no Brasil

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste acumula baixa de 4,99% no consumo
2 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 73,74%
3 Capacidade do subsistema Sul está em 63,32%
4 Subsistema Nordeste registra 46,07% da capacidade
5 Capacidade do subsistema Norte chegou a 83,07%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Novo projeto deve viabilizar gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre
2 Projeto do gasoduto demandaria aproximadamente US$ 600 mi
3 SCGás : gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre é importante em termos estratégicos
4 Companagás apresenta proposta para reduzir o preço do gás
5 Comgás expande rede de distribuição de gás para região de Campinas
6 Comgás inicia obras do sistema Indaiatuba

7 Programa da Eletrobrás promoverá substituição de óleo diesel por biodiesel

Grandes Consumidores
1 Gesai anuncia desistência da construção de hidrelétrica
2 Alumar deseja investir US$ 490 mi na implantação de novos fornos
3 Empresa sugere implantar térmica para atender Urucum

Economia Brasileira
1 Governo tem plano de obras emergenciais no PPA, diz Mantega
2 Lula defende maior integração entre países da América Latina no setor de infra-estrutura
3 IGP-M tem deflação de 1%

4 IPC-Fipe deve fechar junho com deflação
5 Energia terá impacto de 1,2 ponto no IPC-Fipe
6 Fiesp vê cenário de recessão
7 Superávit primário encerra maio em R$ 3,57 bi
8 BNDES financia importação de bens de capital
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Altas temperaturas causam apagão na Itália
2 Innergy discute projeto térmico de 370 MW
3 Construção de gasoduto Argélia-Espanha terá início em 2004

 

 

Reestruturação e Regulação

1 PND não incluirá elétricas, ECT, Basa e BnB

A privatização do setor elétrico e de demais segmentos econômicos está fora da agenda do governo Lula. Segundo o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), o projeto de lei que exclui as elétricas, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste do Brasil (BnB), do Programa Nacional de Desestatização (PND), foi aprovado na Casa com o aval do governo e haverá o mesmo empenho dos aliados para aprovação também na Câmara dos Deputados. O projeto foi aprovado na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em caráter terminativo (sem votação no plenário da Casa) e seguiu diretamente para a Câmara. "Não estamos mais discutindo a privatização do setor elétrico. O modelo anterior estava totalmente fragilizado e agora queremos fazer uma repactuação entre as empresas públicas e privadas", afirmou Mercadante. Segundo ele, o atual governo quer remodelar o setor de forma a estimular investimentos privados. Essa repactuação, de acordo com Mercadante, se dá a partir de acordos em relação às tarifas e aos contratos de concessão. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

2 CND autoriza geradoras federais a participar de licitação de LTs

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) publicou ontem uma resolução que permite a participação das geradoras federais, em parceria com empresas privadas, em licitações para a construção e concessão de linhas de transmissão. Essa possibilidade não existia anteriormente pelo fato de as estatais, como a Chesf, estarem incluídas no calendário das futuras privatizações do Governo Federal. A decisão do CND, agora, deve-se à mudança no comando da União. Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro que não tem qualquer intenção de continuar os processos de cisão e privatização das geradoras, a participação em consórcios acabou acontecendo. Segundo o presidente da Chesf, Dilton da Conti, a permissão do CND já será válida para a próxima rodada de licitações de linhas de transmissão. A idéia da Chesf é participar de um consórcio para concorrer nesses dois lotes. O parceiro ainda não foi escolhido, mas a empresa já foi procurada várias vezes por empresas interessadas. (Jornal do Commércio - 27.06.2003)

<topo>

3 Seguro-apagão sofre reajuste de 15,78%

A Aneel autorizou ontem um reajuste de 15,78% no seguro-apagão - encargo pago pelos consumidores à Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica (CBEE). A taxa vai passar de R$ 0,0057 por kWh consumido mensalmente para R$ 0,0066 kWh. Esse valor é válido para os meses de junho, julho e agosto e pode ser modificado novamente em setembro, uma vez que a legislação prevê revisões - para cima ou para baixo - a cada três meses. O seguro vem sendo cobrado de todos os consumidores de energia desde março do ano passado. De acordo com uma simulação feita pela Aneel, uma residência da área da Eletropaulo que gaste por mês 200 kWh paga R$ 49,34 pela energia. Com o seguro-apagão, essa despesa sobe para R$ 50,66. Na região da Light, por exemplo, uma residência com mesmo consumo paga R$ 60,40 pela energia. Com o seguro, a conta chega a R$ 61,72. O seguro cobre eventual descompensação entre receitas e despesas da CBEE. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

4 Estimativa do Copom aponta para reajuste de 23% nas tarifas de energia

O Comitê de Política Monetária (Copom) projetou em 23% o reajuste das tarifas de energia, incluindo os reajuste ocorridos até a data da reunião, 17 e 18 de junho. O aumento médio de 6,45% nas contas de energia, em função do reajuste de tarifas e da cobrança de taxa de iluminação pública em diversas capitais, respondeu pelo maior impacto individual no resultado do mês: 0,27% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A variação do IPCA em maio foi de 0,61%, contra taxa de 0,97% no mês anterior. O outro item que impactou o índice foi a previsão de reajustes para telefonia fixa. A próxima reunião do Comitê acontece no dia 22 de julho. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

5 Câmara aprova proposta para fiscalizar processos de privatização do setor elétrico

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira, dia 25 de junho, a formação de uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) para fiscalizar os procedimentos adotados pelo poder executivo no processo de privatização das empresas do setor elétrico. De autoria do deputado Fernando Ferro (PT-PE), o projeto deve promover uma devassa na venda de algumas das principais companhias de energia do país. A análise incluirá estudo dos aspectos relacionados com preços de venda, teor dos contratos, valores dos empréstimos, incidência de tributos ou renúncia fiscal e repasse de reajustes extraordinários. O Tribunal de Contas da União e o Ministério Público devem colaborar com o trabalho dos parlamentares. A previsão inicial é que o relatório final da PFC sobre as privatizações do setor elétrico seja produzido em 90 dias. Segundo Fernando Ferro, o processo de privatizações nas empresas abriga distorções e deficiências regulatórias. "Daí a caótica situação administrativa e financeira de diversas empresas privatizadas e os profundos prejuízos no agente gestor do processo (BNDES). Os resultados estão hoje indicando a intempestividade e inabilidade de muitas vendas das empresas públicas nacionais", afirma. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

6 Expectativa pela mudança de modelo deixa investimentos estagnados

As percepções negativas de diferentes segmentos do setor elétrico voltaram a ser tema de debate no Congresso Nacional. Em audiência pública realizada na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 26 de junho, presidentes de cinco associações setoriais( Abrage, APMPE, CBIEE, Apine e Abraget) expuseram o quadro atual da área de geração de energia, cujas considerações passaram principalmente pelas dificuldades de investimento e pelos riscos futuros no abastecimento. As preocupações apresentadas tiveram como foco a constatação de que as novas regras e bases da gestão do setor terão que alavancar investimentos promover a aceleração de projetos de geração, de forma a suprir a interrupção de novos projetos. O ponto de maior apreensão entre os agentes, segundo ele, está nas indefinições quanto à fase de transição de modelo, em especial à liberação de nova parcela de 25% dos contratos iniciais em 2004, cuja descontratação ocorrida este ano provocou uma sobra conjuntural de 7,5 mil MW no sistema. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

7 Ibama quer licença ambiental prévia para licitação de potenciais hidrelétricos

O Ibama quer que as próximas licitações de potenciais hidrelétricos promovidas pela Aneel já garantam a licença prévia ambiental dos projetos. Atualmente, o processo leva em consideração apenas o potencial hidrelétrico. Os riscos com questões ambientais ficam a cargo dos investidores. Segundo Volney Zanardi, coordenador geral de Licenciamento Ambiental do Ibama, a aplicação dessa medida pode agilizar o processo de licenciamento ambiental de projetos na área. "Com a licença prévia, os investidores terão a certeza de que aquele potencial é viável do ponto de vista ambiental", explica. A ANA também defende a análise conjunta dos projetos no setor de energia. De acordo com Jerson Kelman, o assunto já está em debate nos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente e deve ganhar força no setor. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

 

Empresas

1 Retirada da Eletrobrás do PND ainda depende de votação no plenário

A retirada das empresas do grupo Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Eletronuclear) do Programa Nacional de Desestatização (PND), aprovada quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, vai significar a retomada dos investimentos pelas estatais. Mas, a medida não vai repercutir nos aportes deste ano, que não devem atingir nem R$ 3 bilhões, ante os R$ 3,7 bilhões previstos inicialmente. A matéria aprovada na CCJ ainda depende de votação em plenário, o que deve acontecer em julho, durante a convocação extraordinária. A CCJ aprovou o substitutivo da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) ao projeto original da senadora licenciada e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que retirava apenas a Eletronorte do PND. As empresas distribuidoras de energia federalizadas, hoje sob a responsabilidade da Eletrobrás, não estão incluídas na decisão. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

2 Exclusão do PND libera estatais para participação em novos projetos, diz Pinguelli

Ao comentar a decisão, ontem, em um seminário em Brasília, o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa ressaltou que a exclusão do PND libera as estatais para participar, por exemplo, como majoritárias em projetos e empreendimentos. "A Eletrobrás é hoje um leão amarrado e que precisa se soltar para enfrentar seus problemas e crescer", disse. Para tirar a Eletrobrás do PND, basta um decreto presidencial, mas a decisão do governo federal foi de passar a discussão do assunto para o Congresso, já que a retomada de investimentos públicos tem reflexos diretos no acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Pinguelli afirmou anteontem em São Paulo, que a retirada da Eletrobrás do PND está a cargo da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e deve ser encaminhada nas próximas semanas. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

3 Falta de caixa da Eletrobrás reduzirá investimentos este ano

Os investimentos da Eletrobrás previstos para 2003 sofrerão uma redução de pelo menos R$ 700 milhões devido à falta de caixa da estatal. O orçamento anterior previa a aplicação de recursos da ordem de R$ 3,7 bilhões, mas, segundo o presidente da empresa, Luiz Pinguelli Rosa, a estatal não chegará a realizar R$ 3 bilhões em investimentos. Segundo o presidente da companhia, a Eletrobrás vem sofrendo neste ano o impacto do excedente elétrico que está sem comprador no mercado. Além disso, há contratos de compra de energia de usinas termelétricas que trazem prejuízo para a empresa. "Foram contratos malfeitos, onde, na ocasião de sua assinatura, o serviço público não foi atento aos seus interesses." Segundo Pinguelli Rosa, a Eletrobrás está sendo obrigada a pagar este ano entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões para usinas térmicas que não estão gerando energia e que foram contratadas para funcionar como um seguro do sistema elétrico. Ele disse que a Eletrobrás está tentando renegociar esses contratos e que pelo menos um deles já está praticamente renegociado. A estatal também está reconhecendo dívidas de suas subsidiárias e de empresas federalizadas, consideradas como "irrecuperáveis", segundo Pinguelli Rosa. A redução do volume de recursos deverá atrasar o cronograma de duplicação da hidrelétrica de Tucuruí. "É um atraso recuperável no futuro", afirmou Pinguelli Rosa. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

4 Pinguelli: Situação da Eletrobrás começará a ser revertida em 2004

Apesar da falta de recursos para este ano, Pinguelli Rosa, afirmou que a estatal, por meio de suas subsidiárias, está formando consórcios com parceiros privados para disputar todos os 11 trechos de linhas de transmissão que vão ser licitados no segundo semestre pela Aneel. As empresas o sistema Eletrobrás deverão entrar como minoritárias, segundo a legislação ainda em vigor. Segundo presidente da Eletrobrás, a situação da holding deve começar a ser revertido em 2004 com o novo modelo energético que está sendo preparado pelo MME e com a solução de alguns problemas que começam a ser negociados, como a revisão de contratos feitos pelo governo anterior com geradoras térmicas. "Quando a Dilma (Rousseff, ministra de Minas e Energia) terminar o novo modelo, voltaremos a investir majoritariamente porque somos a melhor empresa", disse. O presidente da Eletrobrás disse também que a estatal já está sendo procurada por investidores interessados em participar de outros projetos de geração que estão sendo estudados pela estatal, como a construção da usina Belo Monte, no rio Xingu, e de três usinas hidrelétricas no rio Madeira, projeto que pode contar com a participação do governo boliviano, já que uma dessas usinas seria implantada naquele país. (Valor e Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

5 Requião suspende aumento de energia da Copel

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), anunciou ontem a suspensão do aumento de 25,27% nas tarifas da energia vendida pela Copel, autorizado pela Aneel na última terça-feira. A própria direção da Copel - que pleiteava reajuste de 28,43%, segundo a Aneel - já havia divulgado a aplicação do aumento, afirmando que ele entrou em vigor no mesmo dia da autorização da Aneel. "O Paraná não aceita o aumento, por causa do pesado impacto que ele teria sobre a nossa economia " , disse o governador através de sua assessoria. O aumento, segundo o governo, será transformado em desconto para "quem pagar a conta em dia e para os que, estando em atraso, saldarem o débito e passarem a pagar pontualmente.'' A decisão, segundo o governador, foi comunicada ontem pela manhã à ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef. De acordo com a assessoria de imprensa da Aneel, a estatal de energia tem o direito de não aplicar o reajuste autorizado, mas não poderá, mais tarde, pleitear reajuste para recompor as tarifas de determinadas categorias onerando outras. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

6 Cemar desperta interesse de cinco grupos

Cinco grupos demonstraram, esta semana, um firme interesse em comprar a Cemar - sob intervenção da Aneel. Dois deles, o Garantia Partners (GP) e a Docas já haviam sido pré-qualificados para o leilão anterior, interrompido no ano passado. Desta vez, há três novatos: a Andrade Gutierrez; um fundo de investimentos batizado de Acon e o Investa, formado por ex-funcionários da Cemig. Durante essa semana, os interessados estão visitando as três "salas de dados" da empresa no Maranhão. Para ter acesso, cada companhia pagou R$ 10 mil e assinou contrato de confidencialidade no uso dos dados da Cemar. Na segunda-feira acaba o prazo de visitas e os grupos têm de apresentar à Aneel documentação para a pré-qualificação. A venda da Cemar será concluída até 11 de agosto. Sinval Zaidan Gama, interventor nomeado pela Aneel desde o ano passado, diz que a Cemar tem preço simbólico de US$ 1,00, mais a assunção das dívidas (estimadas em R$ 700 milhões). Vencerá a disputa, acrescenta ele, o grupo que apresentar a melhor proposta de reestruturação da dívida e um plano de investimentos de longo prazo para a Cemar. A companhia é controlada pela americana Pensilvania Power & Light (PPL). (Valor - 27.06.2003)

<topo>

7 Arcon é solicitada para apurar irregularidades da Rede Celpa

A líder do PCdoB na Assembléia Legislativa, Sandra Batista, solicitou da tribuna que a Agência Estadual de Regulação e Controle dos Serviços Públicos (Arcon) apure denúncias de irregularidades cometidas pela Rede Celpa em várias localidades de Igarapé-Açu e municípios da região. Segundo a deputada, as comunidades denunciaram que a empresa está exigindo dos consumidores locais a compra de vários equipamentos, como postes de madeira, caixa-padrão, fios e outros, dentro de um prazo de 30 dias; caso contrário, o fornecimento de energia será cortado. A denúncia dos moradores de Igarapé-Açu, disse a deputada, informa que foram protocolizadas três reclamações na Arcon contra a Rede Celpa, mas até agora sem resposta. Além da cobrança dos equipamentos, a empresa também estaria fazendo cobranças indevidas nas contas dos consumidores, acrescentando valores acima da possibilidade de pagamento da população dessas localidades. Os moradores pedem que o gerente local, José Araújo Medeiros, seja responsabilizado pelos atos praticados contra os consumidores. (O Liberal - 27.06.2003)

<topo>

8 Cocel firma convênio inédito no Brasil

A Cocel está firmando, no próximo dia 03/07, um convênio entre a empresa, o Crea-PR e a Associação de Engenheiros de Campo Largo. O convênio, inédito no Brasil, terá a finalidade de fornecer assessoria nas pequenas construções (projeto elétrico) bem como assessorar as pequenas e médias empresas e indústrias para uma melhor utilização da energia elétrica, beneficiando assim os consumidores de energia do Município de Campo Largo-PR. (NUCA - 27.06.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Submercado Sudeste/Centro-Oeste acumula baixa de 4,99% no consumo

O Sudeste/Centro-Oeste teve consumo de 26.201 MW médios, contra PMO de 25.558 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado acumula baixa no consumo de 4,99%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o subsistema tem queda de 10,28% no período. O Sul registrou consumo de 7.548 MW médios na última quarta-feira, dia 25 de junho, contra a previsão de 6.733 MW médios do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula baixa de 0,55% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 5.914 MW médios, contra previsão de 5.910 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região está com baixa no consumo de 5,34%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247 MW médios, o subsistema registra queda de 10,44% no mesmo período. No Norte, o consumo chegou a 2.966 MW médios, contra previsão de 2.852 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região registra ligeira alta de 0,26% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

2 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 73,74%

Com uma redução de 0,19%, a capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chegou a 73,74%. O volume está 39,74% acima da curva de segurança. As hidrelétricas de Nova Ponte e Marimbondo apresentam índice de 66,63% e 75,67%, respectivamente. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

3 Capacidade do subsistema Sul está em 63,32%

O volume armazenado no subsistema Sul está em 63,32%, valor 0,49% inferior ao registrado no dia anterior. A usina de G. B. Munhoz está com 55,33% da capacidade. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

4 Subsistema Nordeste registra 46,07% da capacidade

A capacidade do subsistema Nordeste está em 46,07%, volume 24,57% acima da curva de aversão 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,19%. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 40,83%. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

5 Capacidade do subsistema Norte chegou a 83,07%

O subsistema Norte registra 83,07% da capacidade, o que corresponde a uma redução de 0,28% em um dia. A usina de Tucuruí apresenta índice de 98,09%. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Novo projeto deve viabilizar gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre

O plano de levar o gás natural vindo da Argentina também para Santa Catarina e Paraná e a fusão de duas térmicas gaúchas que seriam as âncoras do projeto devem viabilizar a construção do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. A obra é considerada estratégica por fechar o anel entre as jazidas do Brasil, Argentina e Bolívia com o mercado consumidor e introduzir um combustível mais barato na matriz energética nacional. O secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, membro do grupo de trabalho formado para buscar uma solução para o caso, diz que a fusão da TermoCanoas e da TermoGaúcha deve ser definida nos próximos dias em uma reunião entre os acionistas das usinas. Cada uma foi inicialmente projetada para gerar 500 MW, mas devem ser transformadas em uma com capacidade de 500 MW. A segunda medida para viabilizar o gasoduto consiste em substituir o combustível boliviano pelo argentino no Sul. A idéia é levar o gás argentino também para Santa Catarina e Paraná, operando uma reversão no sentido do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) a partir do Rio Grande do Sul. "Isso não será difícil porque os donos dos gasodutos são praticamente os mesmos", diz Andrés. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

2 Projeto do gasoduto demandaria aproximadamente US$ 600 mi

O novo planejamento para o gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que deve ser concluído em agosto, prevê a retomada das obras paralisadas em 2001 no início de 2004. De 2006 a 2008, a oferta de gás argentino - pelo menos 20% mais barato que o boliviano - seria de aproximadamente 4,4 milhões de m³/dia, passando posteriormente a 6,9 milhões de m³. A vazão hoje do Gasbol no Rio Grande do Sul é de 2,2 milhões de m³, sendo que 2,1 milhões já estão comprometidos, o que torna praticamente esgotada a disponibilidade de gás no estado. Segundo Valdir Andres, a retomada da obra do gasoduto e a fusão das térmicas demandariam recursos de aproximadamente US$ 600 milhões. No caso do gasoduto, já foram aplicados US$ 43 milhões (dos US$ 340 milhões estimados para a sua conclusão) na construção de 25 quilômetros em cada uma das extremidades. A nova usina surgida a partir da fusão funcionaria na estrutura atual da TermoCanoas, que teve a primeira fase (160 MW em ciclo aberto) inaugurada ano passado no interior da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, onde já foram investidos US$ 100 milhões. A TermoGaúcha, originalmente planejada para o município de Triunfo, já teve US$ 98 milhões contratados. "O que precisa ser acertado agora é como vai ficar a participação acionária nesta térmica única", diz Andres. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

3 SCGás : gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre é importante em termos estratégicos

A possibilidade de conclusão do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre é vista pelo presidente da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), Otair Becker, como fundamental para garantir o abastecimento de gás natural na região Sul. Na visão do executivo, o gás natural importado da Argentina e transportado atualmente até Uruguaiana pode chegar também ao Paraná e à Santa Catarina. Mas, segundo ele, o crescimento no mercado de gás da Argentina não deve substituir o produto boliviano. "O projeto é importante em termos estratégicos. Com uma nova fonte de gás natural, reduziremos a possibilidade de desabastecimento, em virtude do crescimento do consumo ou mesmo de algum acidente que interrompa a importação da Bolívia", afirmou Becker. O presidente da SCGás destaca outro aspecto que considera fundamental dentro da proposta de levar o gás da Argentina ao Paraná e à Santa Catarina. "Quando pudermos contar também com o gás da Argentina, teremos mais poder de barganha na hora de negociar o preço do produto boliviano. Hoje, o preço do gás da Bolívia não é competitivo, mas é o único produto disponível na região Sul." (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

4 Companagás apresenta proposta para reduzir o preço do gás

Outra empresa diretamente interessada na redução do preço pago pelo gás boliviano é a Compagás, do Paraná. A empresa vende 100% de gás importado da Bolívia e, segundo seu presidente, Rubens de Camargo Penteado, teve as margens de comercialização reduzidas em virtude do preço elevado do produto. Com margens cada vez menores, diz Camargo, o crescimento do mercado de gás natural no estado tem ficado abaixo do esperado. "Não temos recursos para aumentar os investimentos na expansão da rede de distribuição, fundamental para expandir o mercado consumidor de gás natural", afirma Camargo. Enquanto a conclusão do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre não sai do papel, assim como uma reversão no Gasbol, o presidente da Compagás tem outra proposta para reduzir o preço do gás. A idéia é mexer no valor pago pelo transporte do gás, que representa 50% do preço final. Dos US$ 3,47 por MMBTU pagos pelo gás boliviano, US$1,70 é referente apenas ao transporte. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

5 Comgás expande rede de distribuição de gás para região de Campinas

A Comgás começou a operar nesta semana um novo sistema de distribuição de gás no interior de São Paulo, que atenderá Campinas, Valinhos, Vinhedo e Louveira. Iniciada há oito meses, a obra - chamada Campinas 2 - exigiu investimentos da ordem de R$ 40 milhões e faz parte da estratégia da empresa de expandir a rede na região. O sistema Campinas 2 terá 64 km de extensão e vai atender, inicialmente, 15 empresas instaladas na região que usarão o gás natural nos seus processos de produção. A previsão inicial é que as empresas, ligadas no sistema Campinas 2, consumam cerca de 5,2 milhões de m3 por mês. Mas há potencial para consumo maior, avalia o superintendente de projetos da Comgás, José Carlos Broisler Oliver. Segundo ele, em Rio Claro, no interior de São Paulo, por exemplo, a expectativa inicial de uso do gás aumentou em 30% por causa da instalação de novas empresas na região e pela elevação de exportações. "Investimos para atender a indústria ceramista, que se tornou mais competitiva e aumentou o consumo de gás." Em Campinas, ainda há o potencial dos consumidores residenciais, mas que apenas deverão ter o gás disponível a partir do ano que vem. (Estado de São Paulo - 27.06.2003)

<topo>

6 Comgás inicia obras do sistema Indaiatuba

A Comgás também está iniciando as obras do sistema Indaiatuba, que deverão ser concluídas até o fim do ano. A rede atenderá 16 grandes consumidores da cidade, entre eles Toyota, Lever Industrial (unidade industrial da Gessy Lever) e a Indaiatuba Têxtil. Apenas nesta região, a Comgás já investiu mais de R$ 500 milhões nos últimos quatro anos para atender estabelecimentos de cidades como Limeira, Americana, Jundiaí, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, entre outras. Para José Carlos Broisler Oliver, o mais importante neste momento é oferecer infra-estrutura energética para esta região, permitindo a substituição de óleos pesados na produção, cuja queima é mais poluente que o gás natural. Até agora, cerca de 140 clientes industriais usam o gás natural nesta área de atuação da Comgás, mas o total de contratos assinados já chega a 160. Segundo dados da empresa, a região concentra o maior número de projetos de co-geração. (Estado de São Paulo - 27.06.2003)

<topo>

7 Programa da Eletrobrás promoverá substituição de óleo diesel por biodiesel

A Eletrobrás anuncia nesta sexta-feira, dia 27 de junho, o Projeto de Bioeletricidade durante o II Fórum Amazônico de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que acontece no município de Manaus, no Amazonas. A iniciativa substituirá o óleo diesel utilizado na geração de energia elétrica pelo biodiesel. O pesquisador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da COPPE/UFRJ, Luciano Basto, informa que a primeira unidade para produção do biodiesel será instalada no sudoeste do Amazonas. "Uma usina móvel implantada num barco circulará entre os municípios de Boca do Acre e Pauini", diz. A Ceam, controlada pela Eletronorte, substituirá progressivamente o óleo diesel utilizado nos 91 sistemas isolados sob sua responsabilidade por biodiesel extraído da mamona e do dendê. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Gesai anuncia desistência da construção de hidrelétrica

O Consórcio Geração Santa Isabel (Gesai), do qual a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) participa com 43,85%, divulgou nota ontem informando que solicitou à Aneel a devolução do contrato de concessão para construção e operação da usina hidrelétrica de Santa Isabel, localizada nos estados do Pará e Tocantins. O consórcio não obteve a licença ambiental para a construção da usina. O Ibama considerou o projeto inviável. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

2 Alumar deseja investir US$ 490 mi na implantação de novos fornos

A Alumar estuda investir US$ 490 milhões na implantação de 350 fornos para ampliar sua produção no Maranhão. O anúncio foi feito pelo diretor da empresa, Nilson Pereira de Sousa, na última quarta-feira, durante reunião com um grupo de empresários, promovida pela Associação Comercial do Maranhão (ACM). Os investimentos seriam feitos em duas frentes: na complementação de uma das unidades da empresa - com a implantação de mais 100 fornos - e na implantação de uma nova linha de produção - com instalação de 250 fornos. Segundo Nilson Sousa, a implantação está em fase de negociação, e depende de contrato de fornecimento de energia elétrica com a Eletronorte. A energia elétrica é matéria-prima para a produção do alumínio e da alumina, sendo consumidos atualmente cerca de 643MW/ano, a um custo de US$ 120 milhões. A implantação dos novos fornos elevaria o consumo de energia em 90MW/ano. É aí que entra a Eletronorte."O que está sendo pleiteado (à Eletronorte) é a reaplicação das mesmas condições do contrato em vigor, que vence em junho de 2004, no caso de haver uma sinalização positiva, já começaríamos as construções no próximo ano", disse. (O Imparcial - 27.06.2003)

<topo>

3 Empresa sugere implantar térmica para atender Urucum

A empresa brasileira International Business Solutions S/C Ltda. (IBS) vai apresentar à Companhia Vale do Rio Doce um projeto de implantação de uma usina termoelétrica, destinada à Urucum Mineração. O diretor da IBS, Glauco Bietrezatto Palhoto, negocia com a Prefeitura de Corumbá e a MSGás a viabilização de um protocolo de intenções, nos termos do que foi assinado, em 2000, com a Petrobras e Duke Energy, para a instalação da térmica no município. O que acabou não acontecendo. O projeto prevê capacidade de geração de 60 MW de energia, quantidade inferior aos 80 MW da TermoCorumbá. Além disso, o custo para a sua implantação é menor, orçado em cerca de US$ 50 milhões, e a usina seria construída em módulos, que permitiriam a ampliação. Entendimentos preliminares com a Petrobras e a MSGás já foram iniciados buscando o fornecimento de gás natural, com preços que favoreçam a competitividade. (Correio do Estado - 27.06.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Governo tem plano de obras emergenciais no PPA, diz Mantega

O governo trabalha para que seja divulgada nos próximos dois meses uma lista de obras emergenciais a serem tocadas ainda neste segundo semestre. Os ministérios de Cidades, Integração Nacional e Transportes estão analisando as possíveis obras que podem entrar nessa lista. A idéia é dar um sinal positivo aos investimentos ainda este ano. "Queremos retomar os investimentos o mais rápido possível", afirmou o ministro do Planejamento, Guido Mantega. A intenção do ministro é divulgar as obras antes do dia 31 de agosto, quando ficará pronto o Plano Plurianual de Ação (PPA), que deverá trazer os projetos de infra-estrutura a serem tocados no país entre 2004 e 2007. Mantega disse que o governo está trabalhando na criação de um fundo de investimento e infra-estrutura. Com o aval do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ele teria recebíveis ou ativos de empresas do Estado, que poderiam ser alocados em parcerias público-privadas (PPP). O governo está atuando agora na montagem da engenharia financeira do fundo. Ao mesmo tempo, está formulando uma legislação específica para as parcerias, uma vez que a atual lei das concessões não especifica esses projetos. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

2 Lula defende maior integração entre países da América Latina no setor de infra-estrutura

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a integração física entre os países da América do Sul para a área de infra-estrutura, durante a solenidade de abertura do "I Seminário de Infra-Estrutura para o Desenvolvimento Sustentável", promovido pela Fundação Perseu Abramo, em Brasília. Segundo ele, o país deve investir mais no setor como forma de facilitar a integração comercial e de negócios. Lula disse ainda que a parceria com os países latinos também trará força para combater as restrições comerciais impostas pelos países ricos. Para isso, o presidente pretende organizar, até abril de 2004, uma reunião de cúpula com os principais países em desenvolvimento para discutir políticas de integração na área. Entre os países que participariam dessa reunião estão Índia, China, Rússia, México e Argélia. A idéia é fazer frente às imposições de países norte-americanos e europeus. (Canal Energia - 26.06.2003)

<topo>

3 IGP-M tem deflação de 1%

O IGP-M registrou deflação de 1% na medição fechada do mês de junho, a maior taxa negativa já apurada pelo índice desde o início de seu cálculo, em junho de 1989. O mesmo recorde foi registrado pelo IPA, o principal dos três que compõem o IGP-M, que teve variação negativa de 1,67% este mês. Em maio, o indicador havia fechado negativo em 0,26%. O IPC foi de 0,10% ante 0,83% em maio. No ano, o IGP-M acumula alta de 5,90% e, nos últimos 12 meses, de 28,23%. Além dos fatores que já vinham pressionando a inflação para baixo como a safra agrícola, a queda dos combustíveis e o declínio do dólar, o IGP-M de junho manifestou com mais intensidade os efeitos da atividade econômica arrefecida. "A queda da demanda está tendo um efeito cada vez maior sobre a inflação", disse Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

4 IPC-Fipe deve fechar junho com deflação

Os preços no município de São Paulo devem apresentar deflação em junho. A estimativa foi feita ontem pelo coordenador do IPC, da Fipe, Heron do Carmo, após a divulgação do resultado da terceira quadrissemana de junho. O indicador registrou 0,09% ante 0,23% da quadrissemana anterior. A projeção anterior de Heron para o fechamento do mês era de 0,10%. "O ritmo de queda deve se manter e é provável que o IPC-Fipe tenha deflação este mês", afirmou Heron. Ele projeta uma variação negativa de 0,05%, que deve persistir até meados de julho. Ou seja, até que se tenha o efeito do aumento de tarifas públicas e preços administrados, como de telefonia e energia elétrica. A inflação deve ficar em torno de 1%, em julho e em agosto, mas a partir de setembro voltará a apresentar variação inferior a 0,5%, na opinião de Heron. "Em maio, a inflação já era uma fatura liquidada", frisa. Ele observa ainda que o impacto do reajuste das tarifas públicas e preços administrados no meio do ano pode ser compensado, em parte, por uma nova redução no preço dos combustíveis. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

5 Energia terá impacto de 1,2 ponto no IPC-Fipe

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) receberá em julho e agosto uma pressão de 1,7 ponto porcentual por conta do aumento da telefonia fixa e da energia elétrica, afirma o coordenador do índice, Heron do Carmo. A conta de telefone fixo pesa 2,32% no IPC. Como as tarifas de celular foram reajustadas, o peso desse setor no IPC deverá ficar em 2%. Considerando o aumento total de 28,75% sobre o serviço, o impacto deverá ser de 0,5%.No caso da eletricidade, com um reajuste de 30% e o peso de no IPC de 4,20%, a pressão será de 1,2 ponto. (Estado de São Paulo - 27.06.2003)

<topo>

6 Fiesp vê cenário de recessão

"O Brasil está no limiar de uma recessão". Essa é a percepção dos empresários e foi manifestada ontem, formalmente, ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pelo presidente da Fiesp, Horácio Piva. "Estamos produzindo pouco e vendendo quase nada, com exceção dos exportadores. Estamos em um ambiente econômico lento e desanimado que ameaça mudar de fisionomia e se transformar de uma triste estagnação em uma recessão perigosa", afirmou Piva. O presidente da Fiesp pediu mais "ousadia" do governo para a superação desta "fase dificílima" e na redução dos juros. Empresários de bens de consumo, eletroeletrônicos, bens de capital e diferentes tipos de embalagens, presentes ao 1º Congresso da Indústria Paulista, confirmaram a percepção de Piva. Em maio e junho, relatam, o mercado interno não trouxe nenhum sinal de recuperação de vendas ou encomendas. Os índices de produção industrial dos dois meses devem apresentar queda ou estagnação em relação a igual período de 2002. (Valor - 27.06.2003)

<topo>

7 Superávit primário encerra maio em R$ 3,57 bi

O governo central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) apresentou um superávit primário de R$ 3,573 bilhões em maio, informou ontem o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Com isso, o resultado acumulado do ano bateu os R$ 28,413 bilhões, equivalente a 4,40% do PIB, e já se aproxima da meta quadrimestral ajustada da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para agosto, de R$ 30,5 bilhões. O resultado do governo central acumulado nos cinco primeiros meses do ano é R$ 10,3 bilhões superior ao obtido no mesmo período do ano passado, e mostra um aumento nominal tanto da receita (15,4%) quanto das despesas (6,9%). (Valor - 27.06.2003)

<topo>

8 BNDES financia importação de bens de capital

O BNDES prepara-se para criar uma linha de financiamento para importação de bens de capital. Será a primeira vez que o banco de fomento financiará a aquisição de máquinas e equipamentos no exterior. O diretor da área de indústria do BNDES, Maurício Borges Lemos, diz que a nova linha terá como "funding" recursos captados pelo banco no mercado internacional. Ou seja, não utilizará dinheiro do FAT, que compõe uma parte do orçamento do BNDES. "É impossível pensar em modernização da indústria sem importação de tecnologia e de equipamentos", diz Lemos, acrescentando, contudo, que o foco do BNDES continuará sendo o apoio à indústria nacional: "Mas é preciso fazer ajustes e flexibilizar, pois as necessidades dos setores industriais são diferentes". A nova linha, sem valor ainda fixado, será voltada principalmente para o financiamento de bens de capital sem similar nacional. "Mas podemos ir mais além, refinando esse conceito", diz Lemos, referindo-se ao apoio a importação de máquinas e componentes que tenham forte impacto na cadeia produtiva. A idéia do BNDES é financiar a importação de equipamentos no âmbito de um projeto de investimento e que tenha consistência para a modernização industrial. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)


<topo>

9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial mantém queda de 0,65%, cotado a R$ 2,876 na compra e R$ 2,881 na venda. No mercado futuro, o dólar para liquidação em julho registrava há pouco queda de 0,89%, a R$ 2,878 na venda. Ontem o dólar comercial chegou ao final dos negócios em alta de 1,36%, cotado a R$ 2,895 para compra e a R$ 2,90 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 27.06.2003)

<topo>

 

Internacional

1 Altas temperaturas causam apagão na Itália

Devido a grande demanda por energia causada pelo intenso calor, a Itália tem passado por uma intermitente falta de energia. Ontem, luzes do tráfego e elevadores foram desligados. Os cortes de energia ocorreram porque a oferta das elétricas ficou aquém da demanda em 5%. Para economizar mais 1.300 MW, as principais distribuidoras de eletricidade suspenderam o fornecimento para os pequenos usuários com interrupções rotativas de energia a cada hora e meia. (Gazeta Mercantil - 27.06.2003)

<topo>

2 Innergy discute projeto térmico de 370 MW

A distribuidora de gás natural chilena Innergy está mantendo entendimentos com três investidores interessados em participar de um projeto de ciclo combinado de US$ 200 milhões e 370 MW perto de Charrua, na VIII Região do Chile, o CEO da Innergy, Carlos Rocca, informou na quinta-feira. A Innergy criou a subsidiária local Campanario Generacion para administrar o projeto. A usina seria abastecida com gás da Bacia de Neuquén através do Gasoducto del Pacifico que vai para a VIII Região. Dois dos possíveis investidores são empresas estrangeiras e uma é chilena, disse Rocca, acrescentando que a Innergy está recebendo propostas no momento. A Innergy escolheu o local, concluiu estudos hidrogeológicos preliminares e contratou a empresa alemã Fichtner para fazer o projeto conceitual. A empresa também convocou propostas de empresas interessadas em fazer o estudo de impacto ambiental do projeto (EIA). Se a autoridade ambiental Conama aprovar a licença ambiental este ano, a construção pode ser iniciada no 2S04, com operação em ciclo aberto a partir do 2S05 e em ciclo combinado a partir do princípio de 2006. No entanto, os investidores não se comprometerão com o projeto se o governo não esclarecer o marco regulatório para as tarifas de transmissão e preços dos nós, disse Rocca. (Business News Americas - 27.06.2003)

<topo>

3 Construção de gasoduto Argélia-Espanha terá início em 2004

Os trabalhos para construção do gasoduto que ligará Argélia a Espanha deverão começar no verão de 2004, devendo este estar operacional em finais de 2006. Segundo afirmou hoje uma fonte da petrolífera espanhola Cepsa, uma das principais envolvidas no projeto, o estudo sobre o custo econômico do projeto, denominado Medgaz e cuja viabilidade foi confirmada, encontra-se num estado muito avançado. O gasoduto, que representa um investimento de 1,13 mil milhões de euros, partirá da costa argelina a norte de Oran entrando na Espanha por Almeria (Sudeste), numa distância submarina de 200 km e a uma profundidade muitas vezes superior aos 2 000 metros. Posteriormente, o gasoduto será prolongado para França, adiantou a mesma fonte. (Diário Económico - 26.06.2003)

<topo>

 

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás