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IFE: nº 1.134 - 23 de junho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Regulamentação do Proinfa atrasa construção de PCHs
2 Exigências do BNDES dificultam financiamento para o segmento de PCHs
3 Governo criará órgão para fiscalizar obras na área de energia
4 Abdib: empresas estão aptas para fornecer equipamentos ao SEE

Empresas
1 CEB aponta prejuízos
2 BNDES prepara operação de troca de ativos com a Cesp
3 AES Sul apresenta projeto na Fiergs
4 Cenael investe em parque eólico em SC
5 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Leilões de energia velha serão benéficos para geradoras
2 Termos da liberação de contratos será revista pelo Governo

3 MAE prepara liquidação

Gás e Termelétricas
1 Aneel amplia situações para operação de térmicas emergenciais
2 Petrobras emite US$ 500 mi em bônus
3 BNDES aprova empréstimo de US$ 1 bi para Petrobras
4 Estatal quer mudar lei para preço do gás cair
5 Petrobrás negocia novo cronograma para entrega de plataformas

Grandes Consumidores
1 Grupo André Maggi passa a investir no setor de energia
2 Nova fábrica da Eletrocal/Corfio inicia operação em agosto

Economia Brasileira
1 Documento do FMI critica concentração bancária no Brasil
2 Instituição afirma que FMI restringe expansão
3 Palocci: renovação de acordo com FMI ainda não foi decidida

4 Grupo especial debaterá o crescimento
5 Governo define meta de inflação e estímulo ao crédito
6 Tendência de inflação ainda é de queda
7 FIESP acredita na retomada do crescimento
8 Palocci promete esforço para juro cair mais
9 Corte da taxa poderia ter sido de um ponto percentual, afirma Mantega
10 Emprego e renda mantêm queda, diz IBGE

11 Obras públicas perdem espaço na construção civil do país, diz IBGE
12 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enersis vende US$ 1,33 bi em ações para aumento de capital
2 CFI emprestará US$ 30 mi à TDE da Bolívia
3 CAF vai preparar licitação para ligações residenciais de gás natural na Bolívia
4 Portugal e Espanha harmonizam regulamentos elétricos
5 UE aprova compra da participação da Naturcorp pela Hidrocantábrico

Biblioteca Virtual do SEE
1 BELAISCH, Agnés. Do Brazilian banks compete? International Monetary Fund. IMF Working Paper. maio de 2003.

 

Reestruturação e Regulação

1 Regulamentação do Proinfa atrasa construção de PCHs

O potencial de negócios do mercado de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Brasil cresceu 42% nos últimos cinco meses, mas os projetos ainda estão no papel devido às dificuldades de regulamentação do Proinfa. Os dados constam no Mapa das PCH no Brasil, levantamento realizado pelo Centro Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (CndPCH). Em dezembro de 2002, o potencial de negócios em PCH no Brasil era de R$ 5,732 bilhões. Em maio deste ano, aumentou para R$ 8,145 bilhões. A quantidade de usinas em fase de outorga (aguardando autorização da Aneel para implementá-lo) e de construção (quando recebe da agência autorização para iniciar obras) subiu de 145 para 207 no período. A quantidade de energia que poderia ser acrescentada ao sistema elétrico brasileiro por meio de PCH atingiu 3.258 MW, correspondestes a um acréscimo de 362,4% da atual capacidade instalada, de 899 MW. Apesar de 44 usinas terem autorização para sua construção, por volta de três quartos delas estão com seus canteiros de obras paralisados. (Estado de São Paulo - 22.06.2003)

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2 Exigências do BNDES dificultam financiamento para o segmento de PCHs

Assim como os grandes empreendedores, os pequenos produtores também enfrentam dificuldades para conseguir financiamentos para projetos de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). A principal crítica refere-se às exigências feitas pelo BNDES para liberar empréstimo. Segundo Humberto Gorgiulo, sócio-gerente da UpSide Consultoria, empresa especializada em fazer modelagens financeiras para as áreas de comércio e de infra-estrutura, uma dessas exigências do banco é quanto à forma de operacionalização do processo de financiamento. Ele explica que a estatal tem exigido o intermédio de um agente financeiro para a operação. Além disso, o BNDES também tem exigido dos produtores um índice de cobertura de dívida, de 1,8%, na receita financeira da empresa. A idéia é que o lucro líquido da empresa seja 30% superior ao total de amortizações mais juros no período de um ano. O banco faz ainda outra exigência para liberar um financiamento aos pequenos produtores: a existência de uma conta reserva equivalente a nove meses de juros mais amortizações. Para conseguir um empréstimo junto à estatal, os produtores devem ainda apresentar contrato de PPA e a qualidade de crédito do comprador. Na avaliação do consultor, o ponto mais problemático dessas exigências, hoje, é o contrato de PPA. Os pequenos produtores aguardam as resoluções de pendências em torno do Proinfa e a divulgação do Valor Econômico (VE) para cada fonte alternativa com o intuito de fechar contratos de compra e venda de energia elétrica. (Canal Energia - 20.06.2003)

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3 Governo criará órgão para fiscalizar obras na área de energia

O Governo criará um departamento no Ministério das Minas e Energia para fiscalizar as obras realizadas na área de energia no país, seja pela União, por Estados, municípios ou empresas privadas. Foi o que revelou a ministra da área, Dilma Rousseff, que permaneceu nos Estados Unidos, depois da volta do presidente Lula ao Brasil, na última sexta-feira, para participar de seminários sobre área de energia. Segundo a ministra, a idéia é passar um "pente-fino" nas obras, para descobrir possíveis irregularidades ou a razão de estarem paralisadas. (O Globo - 23.06.2003)

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4 Abdib: empresas estão aptas para fornecer equipamentos ao SEE

A sinalização do governo federal de priorizar a indústria nacional nos novos empreendimentos do setor elétrico pode voltar a aquecer o mercado brasileiro. Segundo o presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base), José Augusto Marques, as empresas estão aptas para fornecer os equipamentos necessários, pois possuem auto-suficiência nas áreas de transmissão e geração hidrelétrica. "A posição do Ministério de Minas e Energia é muito feliz. Ela irá gerar empregos e divisas para o Brasil", afirma. Marques conta que a participação das empresas nacionais nos projetos já era forte no setor, variando entre 20% e 55% do total da planta. "Nos últimos empreendimentos viabilizados, o percentual chegou a 90%. O país tem tecnologia e capacidade produtiva para suprir as necessidades", diz. Apesar do otimismo, Marques alerta para a situação delicada por que passam as empresas de equipamentos. "Está difícil manter esse parque produtivo com a estagnação do setor. Dos 7,9 mil MW licitados pela Aneel , entre 2002 e 2000, apenas 500 MW estão sendo construídos", informa. Ele diz que algumas indústrias já pensam em desmantelar suas equipes técnicas devido à falta de encomendas. "As empresas estão administrando essa fase de transição de modelos", afirma. (Canal Energia - 20.06.2003)

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Empresas

1 CEB aponta prejuízos

A revisão de tarifas de energia, em geral feita de quatro em quatro anos, implica em uma análise completa de toda a estrutura tarifária da empresa, incluindo, por exemplo, os custos com o risco-país e os ganhos de produtividade. Enquanto isso, o reajuste anual, que é o que a CEB tem direito em agosto, considera apenas o IGP-M e a compra de energia. A revisão tarifária da companhia brasiliense será ano que vem. Em 2002, a CEB teve um prejuízo de R$ 200 milhões. A empresa, a exemplo das demais distribuidoras - são 64 ao todo - foi prejudicada pela alta do dólar e quedas no consumo por causa do racionamento de eletricidade. Segundo o diretor da CEB, Carlos Leal, o consumo da companhia está 20% abaixo do que se previa para 2003. "O que mais pesou foi a mudança de hábito dos consumidores residenciais", explica Leal. "Se a Aneel mantiver o mesmo critério que deu 9% para a Eletropaulo, é provável que as demais distribuidoras também queriam índices altos", afirma. (Jornal de Brasília - 23.06.2003)

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2 BNDES prepara operação de troca de ativos com a Cesp

O BNDES pretende concluir nas próximas semanas mais uma operação de troca de ativos com a Cesp. A informação é de Roberto Thimóteo da Costa, diretor Financeiro e de Relações com Investidores do banco. No ano passado, este tipo de transação com a geradora paulista e com a Celesc rendeu ao BNDES um lucro contábil de R$ 1,006 bilhão. Deste total, R$ 870 milhões foram provenientes do negócio com a Cesp e R$ 136,6 milhões, com a distribuidora catarinense. (Canal Energia - 20.06.2003)

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3 AES Sul apresenta projeto na Fiergs

A AES Sul apresentará na próxima terça-feira, dia 24 de junho, sua unidade móvel de demonstração de fontes renováveis de energia e eficiência energética na Federação das Industrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) em Porto Alegre. O projeto, que recebeu investimentos de R$ 200 mil e faz parte do programa anual de eficientização da distribuidora, conta com células fotovoltaicas, placa térmica solar para aquecimento de água e uma pequena unidade eólica. O objetivo da AES Sul é divulgar a utilização de energias renováveis e eficiência energética em escolas, seminários, feiras, clientes especiais industriais e orizícolas. A unidade móvel também permite a realização de cursos e apresentações, através da estrutura que oferece doze assentos, tela de projeção, data-show, computador, impressora e acesso a Internet. (Canal Energia - 20.06.2003)

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4 Cenael investe em parque eólico em SC

A empresa paulista Central Nacional de Energia Eólica (Cenael) monta em Santa Catarina um parque eólico com oito aerogeradores e potência de 4,8 MW, previsto para entrar em operação a partir de outubro. A instalação está sendo feita na cidade de Água Doce - no oeste catarinense, divisa com o Paraná - e é um caso raro de projeto de geração alternativa que sai do papel enquanto ainda não estão definidas as novas regras e o preço mínimo para a venda deste tipo de energia. Isso acontece porque a Cenael já tem contrato de venda de energia (PPA) com a Celesc, assinado no primeiro semestre do ano passado, quando ainda existiam os valores normativos para cada tipo de geração, que serviam de referência para os preços. Pelo contrato firmado, a Celesc vai comprar por 20 anos a energia gerada pelo parque eólico. Ele será conectado ao sistema da distribuidora em Água Doce, informa o chefe da divisão de desenvolvimento energético da estatal, Wilson Reguse. (Gazeta Mercantil - 23.06.2003)

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5 Curtas

O deputado Sebastião Arcanjo (PT-SP), presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa, manteve o depoimento da terça da AES Eletropaulo. Ele acha que, se a empresa não mandar um representante, o caminho estará aberto para uma CPI. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

A El Paso recebeu nesta semana R$ 270,5 milhões do BNDES. Os valores fazem parte do financiamento da Usina Termoelétrica de Macaé (RJ). A El Paso investiu na usina US$ 730 milhões. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Leilões de energia velha serão benéficos para geradoras

Os novos leilões de "energia velha" anunciados esta semana pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, animam a Chesf, maior empresa de geração do País, com 10,7 mil MW de potência instalada. Isso porquê a Chesf tem sido afetada por sobras em seu sistema que totalizam 446 MW. Este excedente representa para a estatal uma perda de receita de R$ 114 milhões só no primeiro semestre do ano. "Num cenário sem novos leilões até o final do ano, a perda chegaria a R$ 228 milhões no acumulado de 2003", frisa o presidente da Chesf, Dilton da Conti. Quanto aos leilões, o presidente ressalta que, ao contrário dos realizados em 2002, os participantes serão os chamados consumidores livres e não as distribuidoras de eletricidade. "A venda desta energia terá um efeito econômico fantástico, pois empresas eletrointensivas terão acesso a energia barata e poderão efetuar investimentos, ampliar a produção e gerar empregos", analisa Conti. "Todos ganharão nestes leilões. As geradoras federais vão ver mitigados os problemas de caixa decorrentes das sobras e as empresas terão energia assegurada e a preços mais baixos", complementa. Por sinal, um dos objetivos da ministra com os leilões é provocar uma queda nos preços. (Gazeta Mercantil - 23.06.2003)

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2 Termos da liberação de contratos será revista pelo Governo

Quanto aos contratos iniciais, está prevista, no modelo atual do setor elétrico, a descontratação de 25% anuais entre 2003 e 2006, quando haveria a liberação completa do setor - qualquer consumidor poderia comprar energia de qualquer distribuidor ou produtor independente. O modelo está sendo revisto pelo Governo Lula e, uma das mudanças em estudo, é estancar o processo ou ampliar os prazos, a fim de se evitar os mesmo problemas registrados no primeiro ano de liberação. Afinal a descontratação se tornou extremamente controversa num contexto de retração do consumo de energia elétrica no País. (Gazeta Mercantil - 23.06.2003)

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3 MAE prepara liquidação

O MAE prepara a sua primeira liquidação. A assembléia de agentes, distribuidoras e geradoras que participaram do mercado aprovou ontem a auditoria da Trevisan feita em suas operações de 2000 a 2002. O valor a ser quitado em 26 de junho é de R$ 1,3 bilhão. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Aneel amplia situações para operação de térmicas emergenciais

As usinas térmicas emergenciais contratadas pela CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial ) receberam autorização para gerar energia elétrica quando houver restrição operacional do sistema interligado de transmissão. Anteriormente, as unidades só podiam operar em situações críticas de abastecimento, provocadas pela falta de chuvas e pela redução do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. A decisão foi tomada nesta semana pela Aneel com a publicação de uma resolução. Além de atender restrições do sistema interligado e deficiências hidrológicas, as usinas poderão funcionar também para garantir o abastecimento de determinada concessionária de distribuição, em incidentes como queda de linhas de transmissão por descarga elétrica. Outra condição para que elas possam ser demandadas é a necessidade de realização de testes para aferição da capacidade de geração e para manutenção da garantia de seus equipamentos. (Canal Energia - 20.06.2003)

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2 Petrobras emite US$ 500 mi em bônus

O diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, anunciou sexta-feira a colocação de US$ 500 milhões em bônus pela Petrobras. Com essa emissão, a estatal atingirá sua projeção de captações externas para este ano, estimada entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões. Até agora, a companhia já obteve US$ 1,7 bilhão. Mas Gabrielli não descarta a possibilidade de realizar novas operações. "Se as condições de mercado continuarem favoráveis, podemos até ultrapassar essa estimativa", disse, lembrando que o juro americano está muito baixo e o rendimento dos papéis também está caindo, o que acaba aumentando a demanda, inclusive por colocações mais longas. Os novos bônus têm prazo de dez anos, sem garantia. A captação será fechada nesta semana, quando será definida a taxa de juros, mas a Petrobras está propondo 10% ao ano. A dívida da Petrobras soma hoje US$ 14 bilhões: 87% em dólar e prazo médio de quatro anos. Um dos objetivos da estatal é o de alongar os prazos. "Também gostaríamos de aumentar a parcela em reais, mas dificilmente conseguiremos modificar isso, dado o tamanho da Petrobras e do mercado local", explicou. Para reduzir o risco cambial, o diretor aposta no aumento das exportações de petróleo e derivados. "Em 2007, o saldo das exportações deve chegar a 500 mil barris/dia", estima. (Valor - 23.06.2003)

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3 BNDES aprova empréstimo de US$ 1 bi para Petrobras

O BNDES vai anunciar nos próximos dias a aprovação de um novo empréstimo para o projeto de construção da malha de gasodutos Sudeste e Nordeste da Petrobras, um investimento de US$ 1 bilhão. O valor da participação do banco na operação ainda não foi anunciado, mas, de acordo com o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, a instituição optou por repassar o empréstimo diretamente, sem intermediários. Segundo ele, a idéia inicial era fazer metade da operação de crédito à Petrobras de forma direta e a outra metade via agentes financeiros. Entretanto, a estratégia acabou sendo abandonada, pois os bancos envolvidos queriam um spread de 4 pontos percentuais sobre o dinheiro que lhes seria repassado pelo BNDES. "Desistimos dos quatro agentes. Se é para ficar com o risco Petrobras, ficamos nós", afirmou, sem dizer o nome dos agentes. O diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, explica que o investimento será feito na modalidade de "project finance", em que, além do banco de fomento brasileiro, participam instituições estrangeiras de crédito. "Ainda não sabemos quanto o BNDES aprovou, mas a maior parte deve ser financiada por instituições estrangeiras ", disse. Uma delas é o Japan Bank Internaticonal Corporation (JBIC), do governo japonês. (Valor - 23.06.2003)

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4 Estatal quer mudar lei para preço do gás cair

Antes de optar por reduzir o preço do gás de cozinha, a Petrobras quer uma nova regulamentação para o setor que permita que as quedas de preço na refinaria cheguem ao consumidor, sem ficarem "perdidas" no meio da cadeia de distribuição e revenda. Uma outra opção em estudo é entrar no ramo de distribuição de gás -ou comprando uma distribuidora ou expandindo as atividades da BR, que só atua no segmento industrial. O objetivo é aumentar a competição, já que, como a estatal está em toda a cadeia, pode praticar preços menores. Segundo o diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não adianta a estatal reduzir o preço na refinaria "se não há garantia de que o benefício vá chegar ao consumidor". Para o diretor, o mercado de GLP é "complexo e com vários elos em sua na cadeia". Por isso, precisa sofrer mudanças na sua regulamentação. Cabe ao governo definir essas alterações, disse. A estatal só aceita deixar de ganhar com o GLP, afirmou, se o benefício alcançar o consumidor e não ficar com outros agentes do setor. Ele lembrou que, do preço final, apenas R$ 11 são referentes ao valor da refinaria. (Folha de São Paulo - 21.06.2003)

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5 Petrobrás negocia novo cronograma para entrega de plataformas

A Petrobrás vai deixar para juízo arbitral, em Nova York, a decisão sobre a aplicação de multa sobre a norte-americana Halliburton pelo atraso das plataformas P-43 e P-48. Fonte que acompanha as negociações revelam que a estatal brasileira continua negociando com a Halliburton um novo cronograma de entrega das plataformas para 2005. As duas plataformas foram encomendadas pela Petrobrás à Kellog Brown & Root, que pertence ao grupo americano. Esta empresa venceu a concorrência para o desenvolvimento da produção nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, e sub-contratou outros estaleiros para a construção das plataformas. A previsão inicial era de que as plataformas seriam entregues à Petrobrás em novembro deste ano (P-48) e meados de 2004 (P-43) . A tentativa da Petrobrás agora é estabelecer um novo cronograma para a entrega das unidades em 2005, além da cobrança da multa prevista no contrato no caso de atraso, pois alega que a demora na entrega das plataformas comprometeu a sua auto-suficiência prevista para 2005. Já a Halliburton alega que o atraso ocorreu por conta de modificações solicitadas pela própria Petrobras no projeto inicial de obra, orçada inicialmente em US$ 250 milhões. Por conta dos acréscimos ao projeto inicial, a Halliburton quer mais US$ 500 milhões. (Estado de São Paulo - 22.06.2003)

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Grandes Consumidores

1 Grupo André Maggi passa a investir no setor de energia

O Grupo André Maggi, conglomerado centrado no agronegócio da soja, começa a abrir caminho no segmento. Desde que chegou ao estado, em 1979, o grupo investiu em micro-usinas que contam hoje com capacidade para produzir 1,5 MW, energia direcionada às unidades da empresa espalhadas em Mato Grosso. Agora, o foco mudou. "A construção de PCHs passou a fazer parte da estratégia de diversificação do grupo", afirma Roberto Anselmo Rubert, diretor-superintendente da Maggi Energia S/A. A meta é formar uma carteira de 100 MW. "A energia pode ser uma mercadoria estratégica no futuro", justifica Rubert. A sinalização vem dos índices médios de crescimento da economia do estado, entre 7% e 8% ao ano. "Tem que ter energia para atender a essa expansão. A opção é comprar ou construir", diz Ramalho. (Gazeta Mercantil - 23.06.2003)

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2 Nova fábrica da Eletrocal/Corfio inicia operação em agosto

Com investimentos de R$ 14 milhões, a Eletrocal/Corfio, empresa do ramo de metalurgia, que está se instalando em Nova Andradina, no Distrito Industrial, entrará em operação em agosto. A indústria vai fabricar vergalhões de cobre e também fios encapados, utilizando matéria-prima (cobre) importada do Chile. A empresa abrirá 23 novos postos de trabalho, já que é totalmente automatizada. A Corfio faz parte das empresas que foram atraídas para Nova Andradina, pelo prefeito Roberto Hashioka, através do Programa de Industrialização, e que, junto com a Avipal/Elege e Fecnan, são as primeiras a se instalarem no município. (Correio do Estado - 20.06.2003)

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Economia Brasileira

1 Documento do FMI critica concentração bancária no Brasil

Os bancos no Brasil são pouco competitivos e funcionam como um oligopólio em que poucas instituições controlam o mercado. Essa é uma das principais conclusões de um relatório divulgado pelo FMI segundo o qual o sistema financeiro do país oferece pouco crédito e apresenta baixa eficiência. O documento, escrito por Agnès Belaisch, técnica do Departamento do Hemisfério Ocidental do organismo, diz que o sistema bancário brasileiro deixa a desejar em relação à intermediação. Diz ainda que grandes bancos, com mais de R$ 5 bilhões de ativos, têm mais recursos aplicados em títulos do que em operações de crédito. Segundo o documento, existem evidências "empíricas" de que "os bancos brasileiros se comportam de forma oligopolista". A autora cita as brutais diferenças do Brasil em comparação a outros países. Mostra que o sistema financeiro brasileiro tem um percentual de ativos totais em relação ao PIB de 77,1%, bem próximo ao dos Estados Unidos (77,3%). Mas, quando se trata de volume de crédito, o cenário é bem diferente: o percentual de empréstimos em relação ao PIB no Brasil é de 24,8%, contra 45,3% nos EUA. Outro indicador negativo dos bancos brasileiros analisado por Belaisch é a baixa eficiência: apesar da alta lucratividade, as despesas operacionais equivalem a 90% da receita operacional, percentual 30% mais alto que a dos bancos de outros países latino-americanos. Cópia integral deste artigo encontra-se disponível na Biblioteca Virtual do IFES, em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/financiamento.htm (Folha de São Paulo - 21.06.2003)

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2 Instituição afirma que FMI restringe expansão

O diretor da Área Financeira do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, defendeu ontem a revisão do acordo do Brasil com o FMI como alternativa para permitir ao banco emprestar recursos ao setor público e viabilizar a retomada do crescimento pela via dos investimentos em infra-estrutura. "O banco acumula hoje duas situações recordes: recorde de caixa [R$ 10 bilhões, segundo ele] e recorde de prejuízo [R$ 1,059 bilhão, de janeiro a abril]. Não temos demanda", afirmou. Para Costa, terá de ser o setor público a "pedalar primeiro" a bicicleta da retomada do desenvolvimento. "As restrições hoje são enormes. Nós não conseguimos emprestar dinheiro para o setor público", afirmou. Ao ser questionado se para que isso ocorresse seria necessário rever o acordo com o FMI, que põe os investimentos estatais na conta do déficit público, Costa respondeu de maneira enfática: "Precisamos colocar essa questão na mesa; precisamos colocar essa questão na mesa". (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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3 Palocci: renovação de acordo com FMI ainda não foi decidida

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, afirmou na noite de ontem que o governo ainda não decidiu se vai ou não renovar o acordo com o FMI. Em princípio, no segundo semestre, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber a última parcela do programa de transição negociado pela equipe do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no ano passado, e que envolveu um crédito total de US$ 30 bilhões. Palocci afirmou que o encaminhamento da tramitação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional, prevista para ser aprovada em setembro, não deverá influenciar a decisão que o governo venha a tomar. "Ainda é cedo para discutir isso. O governo pode ou não renovar o acordo. É uma decisão do governo", insistiu Palocci, pouco antes de deixar Washington junto coma comitiva que acompanhou Lula em seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. O diretor-gerente do Fundo, Horst Koehler, deixou a Embaixada do Brasil ontem, após visita ao presidente Lula, declarando que o FMI encontrará um meio de ajudar o Brasil, mesmo se o País não quiser um novo programa. Em sua opinião, os termos definidos no acordo estão sendo cumpridos sem problemas e tudo está "nos trilhos". (Estado de São Paulo - 22.06.2003)

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4 Grupo especial debaterá o crescimento

O grupo formado pelo Tesouro dos Estados Unidos e o Ministério da Fazenda para discutir o crescimento econômico dos dois países terá a participação não apenas dos governos, mas também do setor privado, especialmente bancos. Segundo o ministro Antônio Palocci, há a intenção de que o Grupo de Trabalho para o Crescimento aproxime investidores americanos do Brasil. "A intenção do grupo não é gerar recursos no curto prazo, mas é evidente que uma relação mais profunda entre governos abre espaço para diálogo com os setores privados", disse o ministro ao Valor, pouco antes de voltar ao Brasil, na última sexta-feira. O grupo discutirá entraves ao crescimento, como falta de crédito ou de concorrência doméstica. A primeira reunião deve ocorrer no terceiro trimestre, chefiada por John Taylor, subsecretário do Tesouro americano para assuntos internacionais, e Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional. (Valor - 23.06.2003)

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5 Governo define meta de inflação e estímulo ao crédito

O governo anuncia nesta semana ações para tentar melhorar o desempenho da atividade econômica. Serão adotadas medidas de estímulo ao crédito, que poderão ser acompanhadas de uma meta de inflação mais folgada para 2004, o que permitiria uma redução mais acentuada dos juros. O chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, diz que serão anunciadas amanhã e na quarta "uma série de medidas sobre crédito para beneficiar os pequenos empreendedores, cumprindo compromissos assumidos na campanha pelo PT". Somente o BNDES, segundo o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, teria a capacidade de alavancar R$ 700 milhões para o crédito popular e microcrédito. Com as demais instituições estatais, o volume de recursos para essa modalidade de empréstimo poderá ultrapassar R$ 1 bilhão. Amanhã a equipe econômica deve definir a meta de inflação de 2005 em reunião do CMN. Nos últimos dias, porém, cresceu a possibilidade de o governo rever a meta ajustada de 2004, que é de 5,5% para o IPCA. Uma meta maior favoreceria a tendência de redução das taxas de juros iniciada na semana passada. Com taxas menores, o governo poderia cumprir mais facilmente a projeção de crescimento econômico de 3,5% para 2004. (Folha de São Paulo - 23.06.2003)

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6 Tendência de inflação ainda é de queda

O IPCA, medido pelo IBGE, atingiu, na gestão do governo Lula, 6,80% no acumulado até maio - 4,29 pontos percentuais acima do resultado de 2002 no mesmo período, diz a gerente do sistema de índice de preços, Eulina Nunes, do IBGE. Apesar do aumento dos preços advindo da alta do dólar no segundo semestre do ano passado e o clima emocional provocado pelas incertezas na guerra entre Estados Unidos e Iraque e pela incógnita na transição eleitoral no Brasil, a inflação voltou a cair e as perspectivas agora parecem favoráveis. Segundo economistas, neste ano a meta de inflação ainda deve ser superada, mas em 2004 seu cumprimento é factível. (Gazeta Mercantil - 23.06.2003)

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7 FIESP acredita na retomada do crescimento

Na avaliação de Roberto Faldini, da Fiesp, a decisão do Copom de reduzir a taxa Selic em meio ponto percentual, indica que o governo começa a se preocupar com a retomada da atividade econômica. A taxa de 26% ao ano ainda está longe do ideal. "A indústria espera agora novas medidas para acelerar a queda da taxa no mercado e o aumento da oferta de crédito para as empresas", Além disso, para Faldini, sem o fantasma da inflação, haverá espaço para a redução do compulsório. "A liquidez ainda é baixa, o custo do dinheiro é alto e a corrosão do poder aquisitivo foi grande". Mas o cenário para a retomada da atividade econômica começa a se desenhar. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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8 Palocci promete esforço para juro cair mais

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, não escondeu a felicidade com a decisão do Copom do BC de reduzir de 26,5% para 26% ao ano a taxa básica de juros da economia e disse que o governo fará "todos os esforços" para que "essa trajetória de queda possa continuar". Na véspera, Palocci havia emitido o mais nítido recado de que esperava a redução dos juros, por mais que insistisse na tese oficial de que o Copom toma decisões técnicas, sem influência política. "É uma decisão fundamental para o Brasil porque é um sinal efetivo de que a inflação caminha para as metas estabelecidas. Significa que estamos vencendo efetivamente a luta contra a inflação, criando as condições para o Brasil crescer", disse o ministro. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)


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9 Corte da taxa poderia ter sido de um ponto percentual, afirma Mantega

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, acredita em reduções sucessivas da taxa de juros básica daqui para a frente. Sem criticar a decisão do Copom, Mantega disse que a queda da taxa poderia ter sido maior. "Foi meio ponto percentual. Podia ter sido um. Mas o que vale é que houve uma queda. Vamos esperar novas reduções", comentou. Questionado sobre a possibilidade de reduções consecutivas, o ministro disse: "Parece-me que estão apontando nessa direção". Em seguida, ressalvou que novas reduções dependem, é claro, da continuidade da trajetória de queda da inflação. "Não vamos nos precipitar". Para Mantega, a decisão de ontem foi "um ponto de inflexão" na política monetária. "Demonstra que o Copom verificou que está sendo vencida a luta contra a inflação. Tivemos sinais nos preços do atacado e nos do varejo".O ministro disse que a redução dos juros é condição para a volta do processo de crescimento. Nos últimos dias, assessores do ministro se mostraram preocupados com a queda de 4,2% na atividade industrial em abril. A projeção de crescimento para 2003 é de 2,25% na Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas, dentro do governo, já foi revista para 2% e alguns estimam que poderá ficar próxima de 1,8%. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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10 Emprego e renda mantêm queda, diz IBGE

A indústria interrompeu em abril o movimento de ligeira recuperação no nível de emprego e voltou a demitir. Em ligeira alta desde o final do ano passado, o número de pessoas ocupadas na indústria caiu 1% em abril em relação a igual mês de 2002. É a primeira taxa negativa desde novembro de 2002, segundo o IBGE. Em relação a março, o nível de emprego ficou 0,9% menor, considerando o dado dessazonalizado, que exclui efeitos típicos de cada período. Em abril, a renda do trabalhador da indústria, medida pela folha de pagamento do setor (inclui benefícios), completou o 16º mês em queda. O recuo foi de 7,5% em relação a abril de 2002, taxa pouco superior aos 7,3% de março. De janeiro a abril, os rendimentos dos empregados da indústria caíram 7%. Já na taxa com ajuste sazonal houve pequeno crescimento: 0,7% em relação a março. (Folha de São Paulo - 21.06.2003)

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11 Obras públicas perdem espaço na construção civil do país, diz IBGE

Como reflexo das privatizações e da redução da capacidade de investimento do Estado, as obras públicas perderam peso na construção civil. Em 1996, elas representavam 60% do valor total das construções feitas no país. Cinco anos depois, em 2001, o percentual caiu para 45,8%. Os dados são da Pesquisa Anual da Construção Civil, divulgada ontem pelo IBGE. "A redução mostra o enxugamento do papel do Estado nesse setor desde as privatizações. Além disso, diminuiu o porte das obras. Endividado e com sua capacidade de gastos reduzida, o Estado não investiu muito em grandes projetos de infra-estrutura", afirmou Mariana Rebouças, economista do Departamento de Indústria do IBGE. (Folha de São Paulo - 19.06.2003)

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12 Dólar ontem e hoje

Na sexta-feira, o dólar comercial fechou os negócios em estabilidade. A moeda norte-americana encerrou os negócios cotada a R$ 2,888 para compra e R$ 2,890 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 23.06.2003)

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Internacional

1 Enersis vende US$ 1,33 bi em ações para aumento de capital

A holding chilena Enersis vendeu US$ 1,33 bilhão de novas ações em aumento de capital realizado em 19 de junho, de acordo com comunicado da empresa. O montante representa 64,23% do total. A empresa internacional de investimentos Elesur, por meio da qual a Endesa Espanha é dona da Enersis, comprou US$ 1,22 bilhão, e terceiros compraram os outros US$ 106 milhões. A Endesa subscreveu o aumento de capital através da capitalização de créditos interempresariais concedidos pela Elesur à Enersis. Acionistas minoritários subscreveram a uma taxa de mais de US$ 10 milhões por dia na última semana, de acordo com a Enersis. A subscrição registrou nível máximo de US$ 18,3 mi em 17 de junho. O prazo para que os acionistas subscrevam o aumento de capital termina em 30 de junho. Os acionistas da Enersis autorizaram um aumento de capital de até US$ 2 bilhões, e o período de subscrição preferencial de acionistas fora do grupo Endesa para as ações remanescentes começa em novembro. (Business News Americas - 21.06.2003)

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2 CFI emprestará US$ 30 mi à TDE da Bolívia

A Corporação Financeira Internacional (CFI) injetará US$ 30 milhões em um financiamento corporativo de longo prazo para a Transportadora de Electricidad (TDE), da Bolívia, de acordo com comunicado da CFI divulgado na quinta-feira. Os recursos serão destinados a investimentos como a possível expansão da rede de transmissão de alta voltagem da TDE, incluindo a possibilidade de interconexão com os sistemas de transmissão do Peru e da Bolívia. "Com este investimento na TDE, a CFI facilitará a participação constante da iniciativa privada em serviços de transmissão na Bolívia e sinalizará apoio permanente a um país em desenvolvimento que privatizou totalmente o setor de eletricidade ", disse o diretor de infra-estrutura da CFI, Francisco Tourreilles. A CFI é a unidade do Grupo Banco Mundial para o setor privado. (Business News Americas - 19.06.2003)

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3 CAF vai preparar licitação para ligações residenciais de gás natural na Bolívia

A Corporação Andina de Fomento (CAF) firmou um acordo com o Ministério das Minas e Hidrocarbonetos da Bolívia na terça-feira para atuar como banco de investimento em um contrato para o estabelecimento de 250.000 ligações de gás natural residencial nos próximos cinco anos, de acordo com comunicado da CAF divulgado na quarta-feira. O investimento no projeto é estimado em US$ 300 milhões. As ligações compõem a segunda fase de um programa de aumento do consumo residencial e comercial das enormes reservas de gás natural. A petroleira estatal YPFB implantou a primeira fase, estabelecendo 19.000 ligações residenciais. A CAF vai assessorar e estruturar o mecanismo para oferta do contrato, cuja outorga está programada para o quarto trimestre de 2003. (Business News Americas - 19.06.2003)

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4 Portugal e Espanha harmonizam regulamentos elétricos

Os ministros da Economia de Portugal e Espanha decidiram harmonizar, em termos técnicos, os regulamentos dos dois países no que toca ao MIBEL (Mercado Ibérico de Eletricidade), bem como configurar a futura 'pool' ibérica de eletricidade até final de julho, refere o Ministério da Economia, em comunicado. O ministro português, Carlos Tavares, e o seu homólogo, Rodrigo Rato, reuniram-se em Madrid, tendo abordado o MIBEL, designadamente as medidas recentemente aprovadas ou em vias de aprovação, em ambos os países. O comunicado adianta que o encontro permitiu, "além da avaliação geral do processo, verificar que a concretização do MIBEL já é irreversível, estando a ser respeitados os prazos previstos nas conclusões da Cimeira de Valência". "Ficou acordado igualmente que, até ao fim de julho, deverão ser desenvolvidos, a nível técnico, os trabalhos de harmonização regulamentar e de configuração do futuro Operador do Mercado Ibérico (Pool)", diz o comunicado. Acrescenta ainda que "no início do outono, antes da realização da próxima Cimeira Ibérica em Portugal, os dois ministros irão se encontrar em Lisboa com o fim de avaliar os progressos realizados e tomar as ações necessárias para o início efetivo das componentes, à vista e a prazo, do mercado ibérico". (Diário Económico - 19.06.2003)

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5 UE aprova compra da participação da Naturcorp pela Hidrocantábrico

A União Européia aprovou sexta-feira a compra, por parte da Hidrocantábrico (empresa controlada pela EDP), de uma participação de 62% na empresa basca de gás natural, Naturcorp. A Cantábrico avalia os ativos do gás da Naturcorp em 537 milhões de euros. A Hidrocantábrico tenciona pagar esta participação com 227 milhões de euros em bens e 227 milhões em dinheiro. Quando do anúncio do acordo, o executivo da EDP, António Castro afirmou que a Cantábrico iria fundir a Naturcorp com a unidade Gás de Astúrias, formando assim a segunda maior operadora no mercado espanhol, com 500 mil clientes e uma quota de mercado de 10%. (Diário Económico - 20.06.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 BELAISCH, Agnés. Do Brazilian banks compete? International Monetary Fund. IMF Working Paper. maio de 2003.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/financiamento.htm

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