l

IFE: nº 1.133 - 18 de junho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Ausência de arcabouço regulatório retrai investimentos em infra-estrutura
2 Viabilização de um grande fundo pode ser saída para setor de Infra-estrutura
3 S&P pede maior rapidez na elaboração do modelo do SEE
4 Realização de leilão de LTs é aprovado pelo CND
5 Infra 2020 apresenta estudo sobre expansão do setor elétrico
6 Governador do Paraná suspende construção de PCHs no estado

Empresas
1 BNDES prepara processo de avaliação da Eletropaulo
2 AES e BNDES têm mais uma reunião hoje
3 Estudo do Unibanco aponta desvalorização dos ativos da AES
4 Aneel divulga reajuste preliminar da Celpa
5 Brascan Energética: Obras visam segurança da usina Santo Natal
6 Copel: Concessão de bônus na compra de motores combaterá desperdício de energia
7 Cesp combate proliferação do mexilhão dourado em Porto Primavera

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste tem elevação de 0,31% no consumo
2 Índice teve queda de 0,13% no Sudeste/Centro-Oeste
3 Subsistema Sul está com 64,97% da capacidade
4 Reservatórios do subsistema Nordeste estão com 47,24%
5 Capacidade de armazenamento da região Norte tem redução de 0,03%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Edital para áreas de exploração de GN e petróleo sai hoje
2 GLP perde espaço na disputa de mercado com gás natural
3 Grandes indústrias querem importar gás da Bolívia
4 Térmica de Figueira: Copel analisa impactos econômicos e sociais da desativação

Grandes Consumidores
1 Siderúrgicas satisfeitas com incentivos do Governo
2 Vale aguarda financiamento do BNDES para hidrelétricas
3 V&M retoma projeto de US$ 100 mi

4 Contrato de implantação da USC sai em dois meses

Economia Brasileira
1 IGP-M registra deflação
2 Cenário é favorável à redução das taxas de juros, afirma Palocci
3 Indústria paulista recua mais que a média

4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Geradoras espanholas iniciam venda de ações da Red Electrica
2 Estudo aponta mudança de rumo das empresas de energia européias
3 Consumo de gás natural no Reino Unido cai no mês de março
4 Royale Energy anuncia descoberta de gás natural

Biblioteca Virtual do SEE
1 Bay Area Economic Forum. California is Still Coming Up Short on Electricity: The State’s power sector remains troubled and is at risk of a future supply shortfall. San Francisco: Maio de 2003. - 32 páginas.

 

Reestruturação e Regulação

1 Ausência de arcabouço regulatório retrai investimentos em infra-estrutura

Retomar o fluxo de investimentos em infra-estrutura será uma tarefa difícil. Para esse ano o capital aplicado no segmento deve ficar próximo a US$ 10 bilhões, metade dos US$ 20 bilhões anuais necessários para expandir a área. Em 2002, ele ficou em US$ 14 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Com seis meses do ano praticamente fechados, os fabricantes de bens de capital registram retração. Em energia elétrica a queda é brutal. À espera das novas regras, os investidores seguram investimentos. "Regras claras são fundamentais, mas o maior desafio será de financiamento", afirma o presidente da Abdib, José Augusto Marques. Com o Orçamento da União restrito, as parcerias entre governo e iniciativa privada seriam um caminho. Mas para que elas avancem é necessário um arcabouço regulatório claro em cada segmento. Na área de energia, em que a implementação do novo modelo deve ser precedida por uma negociação difícil e dura, é difícil imaginar que elas saiam do papel antes de 2005. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

2 Viabilização de um grande fundo pode ser saída para setor de Infra-estrutura

Os recursos para o setor poderiam ser impulsionados com a Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), que em sua forma original foi criada para uso em infra-estrutura. No entanto, hoje os recursos são destinados a melhorar a situação das contas públicas. Retirar essa amarra é tarefa complicada. Iniciativa privada e governo começam a discutir a criação de meios de financiamento. Uma das idéias seria a viabilização de um grande fundo, com securitização de ativos e recebíveis, que poderia ter a participação também de fundos previdenciários de complementar. A intenção é que a cada R$ 1 do Tesouro sejam alavancados outros R$ 3 a R$ 4. Parcerias Público-Privadas são uma das sugestões do governo para impulsionar o Plano Plurianual de Ação (PPA). (Valor - 18.06.2003)

<topo>

3 S&P pede maior rapidez na elaboração do modelo do SEE

A Standard & Poor's (S&P) considera que a reformulação do modelo de energia elétrica e a forma como será conduzida essa reformulação determinará a percepção de risco da indústria. "Um ambiente regulatório previsível e transparente promoverá uma melhora na qualidade de crédito", informa a instituição em relatório. A agência observa, no entanto, que as medidas emergenciais precisam ser implementadas logo para que as companhias possam passar pelo período de transição. Entre as questões que necessitam de um esclarecimento, a S&P destaca pontos como o funcionamento do MAE, a contratação de fornecimento de energia, a remuneração das empresas reguladas e o aumento da capacidade de geração. (Gazeta Mercantil - 18.06.2003)

<topo>

4 Realização de leilão de LTs é aprovado pelo CND

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) aprovou, na semana passada, a realização da licitação de linhas de transmissão. Segundo a resolução nº 1, de 12 de junho de 2003, serão licitados sete lotes e 10 trechos de linhas de transmissão. No total, essas linhas somam 1.832 quilômetros de extensão e têm prazo de construção de 18 a 24 meses. A previsão é de que o leilão aconteça no segundo semestre deste ano. Com a resolução, a Aneel já pode lançar o edital para promover o leilão. As linhas que estarão em licitação são: Londrina/Assis/Araraquara (PR/SP), 370 km e 525 kV; Salto Santiago/Ivaiporã/Cascavel Oeste (PR), 376 km e 525 kV; Teresina/Sobral/Fortaleza C2 (PI/CE), 581 km e 500 kV; Camaçari/Sapeaçu (BA), 106 km e 500 kV; Machadinho/Campos Novos II (SC), 51 km e 500 kV; Coxipó/Cuiabá/Rondonópolis (MT), 188 km e 230 kV; e Montes Claros/Irapé (MG), 160 km e 345 kV. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

5 Infra 2020 apresenta estudo sobre expansão do setor elétrico

O programa Infra 2020, iniciativa da Abdib e da Alcântara Machado, apresentará na próxima terça-feira, dia 24 de junho, em São Paulo, um estudo sobre as necessidades de investimentos do setor elétrico nas áreas de geração, transmissão e distribuição para os próximos 17 anos. Já no próximo mês, a entidade promoverá o III Infra 2020, com a participação de agentes dos setores públicos e privados na área de energia elétrica. Temas como a necessidade de viabilização dos grandes saltos energéticos e a compatibilização dos projetos com o meio ambiente serão abordados pelos executivos nos dias 7 e 8 de julho, na capital paulista.Entre as presenças que deverão constar no evento, estão as dos ministros de Minas e Energia, Dilma Rousseff; do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega; e do Meio Ambiente, Marina Silva; além do presidente do BNDES, Carlos Lessa. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

6 Governador do Paraná suspende construção de PCHs no estado

Por ser contrário ao "modelo de Estado mínimo", o governo do Paraná suspendeu o processo de licenciamento ambiental de todas as centrais hidrelétricas planejadas por investidores privados e já aprovadas pela Aneel. A medida atinge cerca de 20 empreendimentos de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), que deveriam gerar 200 MW. Em quatro dessas usinas, a construção já havia começado, segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues. Para justificar a medida determinada pelo governador Roberto Requião (PMDB), Rodrigues argumenta que a Aneel "não é soberana para outorgar e liberar concessões em rios do Paraná". O governo paranaense considera que é preciso manter a soberania sobre os rios do Estado e, principalmente, manter sob seu controle "uma matriz energética em que somos competitivos", como diz Rasca Rodrigues. O governo quer reservar para a estatal Copel o direito de explorar os rios do Estado. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

 

Empresas

1 BNDES prepara processo de avaliação da Eletropaulo

Cauteloso com o rumo das negociações com a AES, o BNDES finaliza, até meados de julho, o edital convocando as consultorias interessadas em participar do processo de venda do controle da Eletropaulo. As consultorias serão responsáveis pela avaliação econômico-financeira e a modelagem de venda de 71,7% das ações ordinárias da distribuidora paulista. A consultoria que vencer a concorrência fará o edital e pilotará o leilão das ações ordinárias da distribuidora. Uma das possibilidades seria a venda do bloco de ações para um único investidor. Um processo como esse, semelhante às privatizações, leva de seis a nove meses. O leilão das ações ordinárias é batizado no banco de "venda amigável". Ele está amparado no contrato do empréstimo firmado com a AES Elpa e pelo Código Civil (tanto o novo quanto o velho) no capítulo que trata do penhor. A lei diz que se o contrato autorizar o credor, como é o caso, este pode vender extra-judicialmente o bem que lhe foi dado como garantia. Com os recursos, pagaria as dívidas e se houver excedente devolveria à AES. Em paralelo, o BNDES trabalha com outras duas frentes de negociação. Uma delas é vender 64% das ações preferenciais da distribuidora, igualmente caucionadas no banco. A outra é seguir as conversas com a executivos da AES. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

2 AES e BNDES têm mais uma reunião hoje

O diretor de reestruturação da AES, Joseph Brandt, reúne-se hoje com executivos do BNDES pela sexta vez - desde o "default" no final de janeiro. Em entrevista ao Valor, ele disse que vai oferecer um pagamento em dinheiro para satisfazer o banco. Mas o valor é bastante inferior aos US$ 750 milhões que chegaram a ser noticiados. "Se fôssemos pagar isso, a dívida estaria em dia", disse. A base do acordo, entretanto, continua sendo oferecer ativos da empresa no Brasil ao BNDES. Fonte do governo diz que o banco já deixou claro sua posição: quer dinheiro ou então um ativo que possa ser contabilizado como crédito nos seus balanços. Não está descartada que a AES ofereça participação numa holding formada pela AES Sul, a térmica Uruguaiana, a AES Tietê, além da própria Eletropaulo. A AES Sul e a térmica Uruguaiana já foram dadas com garantias ao banco em renegociações anteriores. E, além disso, a AES Tietê - considerada a jóia da coroa - já garante empréstimo de US$ 300 milhões feito pela AES no exterior. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

3 Estudo do Unibanco aponta desvalorização dos ativos da AES

A AES informou ontem que vai lançar 40 milhões de novas ações para quitar passivos. Fonte do setor acredita, no entanto, que dificilmente a empresa usará esses recursos para pagar dívidas no Brasil. Até porque os ativos estão desvalorizados. A AES Transgás deve US$ 604 milhões (R$ 2,025 milhões) - montante quase quatro vezes superior ao valor das suas ações da Eletropaulo em bolsa, segundo estudo do Unibanco. O estudo também observa que a AES Elpa tem poucos dividendos a receber, algo como R$ 660 milhões. O montante é pouco mais de um terço do valor do passivo. O endividamento da Eletropaulo é de R$ 5,25 bilhões. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

4 Aneel divulga reajuste preliminar da Celpa

O índice preliminar de reposicionamento tarifário da Celpa é de 27,49%. O índice, bem como o fator X de 1,01%, foi divulgado ontem pela Aneel. O processo de revisão tarifária deve ser concluído no dia 7 de agosto. A nota com a proposta de revisão tarifária da companhia ficará disponível para consulta pública no site da agência (www.aneel.gov.br) até 4 de julho. No dia 9 do mesmo mês, a agência realizará audiência pública em Belém para discutir o assunto. A Celpa, uma das 17 distribuidoras que passam por revisão este ano, atende 1,09 milhão de unidades consumidoras em 143 municípios do Pará, atingindo o equivalente a 76% da população total do estado. (Gazeta Mercantil - 18.06.2003)

<topo>

5 Brascan Energética: Obras visam segurança da usina Santo Natal

A Brascan Energética, após informar na segunda-feira que não se pronunciaria sobre a suspensão das licenças ambientais das usinas hidrelétricas de pequeno porte no Paraná, afirmou ontem que os serviços que continuam a ser feitos na Usina Santo Natal, localizada em Campo Mourão (Região Oeste do Paraná), têm como objetivo a proteção das encostas e a contenção de taludes, que segundo a empresa, são "ações inadiáveis de segurança e controle ambiental, que visam a evitar riscos a terceiros". Segundo o diretor-presidente da empresa, Antônio Carlos de Lyra Novaes, a construção da unidade geradora foi concluída no mês passado. A Brascan não prestou esclarecimentos sobre o início do funcionamento da usina e também não comentou a situação dos outros projetos de construção de pequenas hidrelétricas que a empresa tem no estado. (Gazeta do Povo - 18.06.2003)

<topo>

6 Copel: Concessão de bônus na compra de motores combaterá desperdício de energia

A Copel vai pagar para ver as indústrias paranaenses atendidas em alta tensão e propriedades rurais de porte utilizando motores elétricos trifásicos de alto rendimento. Com recursos do seu programa anual de combate ao desperdício de energia elétrica, a empresa quer incentivar a compra de 3 mil motores elétricos eficientes, certificados com o selo Procel/Inmetro, para uso em sua área de concessão. O benefício consiste no pagamento de um bônus que pode chegar a até 20% do preço pago pelo motor e tem como público-alvo um conjunto de 45 mil unidades consumidoras, aproximadamente. São 9 mil indústrias servidas em alta tensão e 36 mil produtores rurais atendidos com ligações trifásicas. Os interessados em participar do plano de bonificação precisam se habilitar até o dia 9 de setembro junto a Copel, que homologará os pedidos de inscrição com base na ordem de protocolo e na disponibilidade de recursos. Todas as informações e instruções necessárias estão disponíveis na página da Copel na internet (www.copel.com). A Copel vai destinar R$ 338 mil ao custeio do programa de bônus, que tem a aprovação da Aneel. (O Paraná - 18.06.2003)

<topo>

7 Cesp combate proliferação do mexilhão dourado em Porto Primavera

A Cesp está testando desde o final de maio um mecanismo de combate ao mexilhão dourado em uma das treze turbinas da hidrelétrica de Porto Primavera, localizada no Estado de São Paulo. A espécie de marisco, originário da Ásia, foi identificada na unidade e pode atrapalhar sua operação. O mexilhão dourado, que mede em torno de 30 milímetros, se instala em qualquer superfície, inclusive em metais e concretos. O gerente da Divisão de Engenharia de Manutenção Eletromecânica da Cesp, Luis Tadeu Lopes de Freitas, informa que o plano de combate foi desenvolvido a partir da constatação da sua existência em áreas como as tubulações e trocadores de calor do sistema de resfriamento dos geradores. Ele conta que a operação da usina não sofreu qualquer tipo de prejuízo com a espécie até o momento. "Por enquanto, houve um aumento da mão-de-obra para limpeza na manutenção preventiva. Entretanto, temos que agir o mais rápido possível", explica. Freitas diz que a proliferação do mexilhão dourado pode entupir o sistema de refrigeração, provocando o aquecimento e paralisação do gerador. Ele informa que a empresa vai colocar em prática o método de injeção choque da solução clorada para combater o marisco. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste tem elevação de 0,31% no consumo

No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 25.966 MW médios, contra patamar de 25.558 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado está com elevação no consumo de 0,31%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o subsistema registra queda de 5,27% no mesmo período. O Sul consumiu 7.393 MW médios, contra previsão de 6.733 MW médios do operador do sistema. Em relação ao PMO, a região tem alta no consumo de 5,32% nos últimos sete dias. Já o Nordeste registrou consumo de 5.823 MW médios, contra PMO de 5.910 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula baixa no consumo de 1,54%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247 MW médios, o submercado está com queda de 6,85% no mesmo período. A região Norte registrou consumo de 2.868 MW médios na última segunda-feira, dia 16 de junho, contra previsão de 2.852 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação (PMO), o subsistema acumula alta de 0,49% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

2 Índice teve queda de 0,13% no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste está em 75,03%, volume 41,03% acima da curva de aversão. O índice teve uma queda de 0,13%. As usinas de Miranda e Itumbiara apresentam 62,34% e 94,02% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

3 Subsistema Sul está com 64,97% da capacidade

A região do subsistema Sul foi a única a apresentar aumento no nível de armazenamento, de 0,04%. Com isso, o volume chegou a 64,97%. A usina de G. B. Munhoz está com 62,86% da capacidade. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

4 Reservatórios do subsistema Nordeste estão com 47,24%

O subsistema Nordeste está com 47,24% da capacidade, uma redução de 0,13% em um dia. O volume está 24,84% acima da curva de aversão. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 41,79%. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

5 Capacidade de armazenamento da região Norte tem redução de 0,03%

Os reservatórios da região do subsistema Norte estão com 47,24% da capacidade, uma redução de 0,03%. A usina de Tucuruí registra índice de 100%. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Edital para áreas de exploração de GN e petróleo sai hoje

O Ibama e a ANP divulgam, hoje, no Rio de Janeiro, novo edital para licitação de áreas de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. As Diretrizes para o Licenciamento Ambiental das Atividades de Perfuração e Sísmica Marítima para a Quinta Rodada de Licitações vão disponibilizar uma área de aproximadamente 192,1 mil quilômetros quadrados para estas atividades. As áreas estão distribuídas por nove bacias sedimentares brasileiras: Foz do Amazonas (AP e PA), Barreirinhas (MA), Potiguar (RN), Recôncavo (BA), Jequitinhonha (BA), Espírito Santo (ES e RJ), Campos (RJ e ES), Santos (RJ, SP, PR e SC) e Pelotas (RS, SC, PR e SP). Com a divulgação das diretrizes, o Ibama e a ANP oferecem às empresas interessadas na exploração de petróleo e gás natural informações sobre a suscetibilidade ambiental das zonas costeira e marinha às atividades de perfuração e de sísmica. (Jornal do Comércio - 18.06.2003)

<topo>

2 GLP perde espaço na disputa de mercado com gás natural

A disputa pelo mercado interno de fornecimento de gás expôs frente à frente as distribuidoras de gás liqüefeito de petróleo (GLP), e o gás natural canalizado. A nova realidade de mercado já trouxe ao GLP uma perda de 450 mil toneladas nos últimos três anos. Somente entre janeiro e maio de 2003, o mercado de gás de cozinha encolheu 7,4%, segundo dados da ANP. Além disso, o setor ainda sente o endurecimento do governo federal, que ameaça lançar uma distribuidora estatal para reduzir o preço do botijão de 13 quilos. As distribuidoras de GLP, reunidas sob o Sindigás, alegam que não há como diminuir a margem, porque o preço está condicionado à Petrobras e à carga fiscal. Também não se sentem ameaçadas com a entrada de uma concorrente estatal. Dados da ANP mostram que a carga tributária dobrou em quase um ano e meio. Maior distribuidora de gás natural canalizado do país, a Comgás - subsidiária da britânica BG - foi adquirida em leilão de privatização por R$ 1,6 bilhão em abril de 1999. Desde então, investiu mais de R$ 600 milhões para perfurar boa parte de São Paulo. Hoje, a Comgás tem 700 clientes industriais que representam 75% das suas vendas de R$ 1,2 bilhão em 2002. Além disso, a companhia vem crescendo a uma taxa anual de 30% nos últimos três anos. Contudo, as distribuidoras de gás de cozinha não pretendem assistir impassíveis ao avanço do gás natural. Segundo executivos de empresas de GLP, no ramo industrial o GN vem sobrepujando o GLP, porém no uso doméstico e comercial, o GLP continua com a maior parcela do mercado. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

3 Grandes indústrias querem importar gás da Bolívia

A Comgás poderia se sentir confortável com o monopólio da distribuição de gás natural em São Paulo, até 2011. Mas não está. Seus clientes, incomodados com os preços, tentam encontrar brechas na legislação para importar o gás diretamente da Bolívia. Fabricantes de cerâmica, papel e vidro já tentaram viabilizar a importação de gás para consumo próprio diretamente do país vizinho. Eles até conseguiram autorização da ANP, mas a tentativa naufragou porque a Comgás, amparada pela agência reguladora estadual, a CSPE, não admite levar o gás até suas fabricas. Em maio de 2011, vence o monopólio. A partir daí, grandes consumidores poderão negociar contratos de gás livremente e levá-lo até suas fábricas. Mas, desde que haja espaço no gasoduto, pois até 30 milhões de metros cúbicos a prioridade de transporte é da Petrobras. Pela distribuição, ainda terão de pagar uma taxa. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

4 Térmica de Figueira: Copel analisa impactos econômicos e sociais da desativação

A Copel está avaliando os impactos econômicos e sociais decorrentes da desativação da térmica a carvão mineral, em Figueira, no Norte Pioneiro do Estado do Paraná. Segundo a concessionária, a decisão de desativar a usina foi tomada por considerá-la uma fonte de prejuízos para a empresa e a sociedade. De acordo com Paulo Pimentel, presidente da Copel, a empresa realizou diversos ensaios e simulações na expectativa de encontrar algum cenário que suportasse o custo da produção de energia em Figueira. Na avaliação mais otimista, a usina acarretaria nos próximos seis anos um prejuízo médio à empresa de R$ 1,2 milhão ao ano. Na mais pessimista, o prejuízo subiria para R$ 4 milhões. O estudo avaliou ainda a possibilidade de repotenciação da térmica, mas também foi descartada. Segundo Pimentel, o reembolso das despesas com a compra de combustível voltaria a ser de 100%. Apesar da decisão, a desativação da térmica ainda não tem data definida. Em operação desde 1963, a usina de Figueira possui uma capacidade de geração de 20 MW, o equivalente ao consumo de 70 mil pessoas. (Canal Energia - 17.06.2003)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Siderúrgicas satisfeitas com incentivos do Governo

A inclusão da cadeia do aço no plano de subsídios e benefícios fiscais que será anunciado pelo governo federal agradou às siderúrgicas que há tempos vêm reivindicando incentivos para a expansão da atividade. "A notícia é muito bem vinda", comentou ontem o presidente da V&M do Brasil (ex-Mannesmann), Marco Antônio Castello Branco. De acordo com o presidente da V&M, o setor tem três reivindicações prioritárias: a desoneração fiscal dos investimentos, a alocação de recursos de longo prazo por parte do BNDES e a reestruturação da questão logística no país. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

2 Vale aguarda financiamento do BNDES para hidrelétricas

A Cia. Vale do Rio Doce espera que o BNDES aprove nos próximos dias um financiamento de R$ 186 milhões para a construção de duas novas hidrelétricas - Aymoré e Funil, ambas em Minas Gerais. Será a terceira operação de financiamento da Vale em 2003. O diretor de finanças da Vale, Fábio Barbosa, justifica a decisão por considerar que o custo das captações continua alto. Ex-secretário do Tesouro Nacional, Barbosa diz que rejeita a taxa de 10,6% ao ano das captações feitas pela República. Até agora não fez nenhuma captação clássica no país nem no mercado externo. Em apresentação para analistas no Rio, Barbosa disse que os investimentos da Vale estão alinhados com os objetivos do BNDES. "Então, não há porque reduzir a exposição do banco à empresa". A Vale tem hoje três hidrelétricas prontas e sete em construção. Ela espera gerar 50% da energia que consome até 2010. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

3 V&M retoma projeto de US$ 100 mi

A V&M do Brasil, antiga Mannesmann, está tirando da gaveta um plano de investimento orçado em US$ 100 milhões para a expansão da produção de tubos de pequeno diâmetro, de até 7 polegadas. O projeto de expansão do laminador havia sido adiado no ano passado, em decorrência da instabilidade econômica enfrentada pelo Brasil e também de medidas protecionistas colocadas em prática pelos Estados Unidos. "Agora é hora da maturidade do projeto visto que estamos atingindo nossa capacidade de produção", informou ontem o presidente da siderúrgica, Marco Antônio Castello Branco. Segundo ele, a capacidade de produção deste tipo de tubo será aumentada em 50%, passando das atuais 200 mil toneladas anuais para 300 mil toneladas por ano. Segundo ele, o investimento deverá estar aprovado até o fim de 2003. Estudos realizados pela siderúrgica apontam para um grande crescimento da demanda por tubos pelo setor de geração entre 2005 e 2015. Apesar de hoje a capacidade de geração de energia do país ser 10% superior à demanda, a projeção é de que, mesmo com o país crescendo a taxas modestas, o consumo vai superar a oferta em 2007. "Estamos passando por uma crise, mas no longo prazo não tem como evitar o aumento do consumo de energia", afirmou Castello Branco. Para aprovar o investimento, a V&M, maior fabricante de tubos sem costura do país, aposta no crescimento do segmento de geração de energia elétrica, um dos principais compradores de tubos de pequeno diâmetro. . (Valor - 18.06.2003)

<topo>

4 Contrato de implantação da USC sai em dois meses

O vice-governador e secretário do Planejamento do Ceará, Maia Júnior, anunciou que num prazo de 30 a 60 dias, deve ser assinado o contrato de implantação da Usina Siderúrgica do Ceará (USC) e iniciadas suas obras de construção civil. O empreendimento será realizado pelo consórcio formado entre a italiana Danieli e a coreana Dong Kuk, e custará US$ 570 milhões. As duas companhias são as parceiras privadas do governo do Ceará neste projeto estruturante, que tem extrema importância para o desenvolvimento do Estado. "As questões que estavam travando as negociações, como o contrato de energia, foram resolvidas. Agora, só faltam detalhes do contrato", informa Maia Júnior. "Estamos muito próximos de remover os últimos obstáculos", acrescenta. (Diário do Nordeste - 18.06.2003)

<topo>

Economia Brasileira

1 IGP-M registra deflação

A segunda prévia do IGP-M deste mês registrou deflação (queda de preços) de 0,66% em relação à segunda prévia de maio. Foi a maior deflação da história do índice, criado pela FGV em julho de 1989, para um período de 20 dias. Na segunda prévia de maio, a deflação havia sido de 0,28%. O economista Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, disse que os números representam "um sinal de que a inflação está menos resistente à queda", mas ainda não é possível dizer que a resistência dos preços foi totalmente vencida. Para Quadros, os dados da segunda prévia sinalizam que o Copom, em sua reunião que termina hoje, pode baixar sem susto em 0,5 ponto percentual a taxa de juros, atualmente em 26,5% ao ano. "A possibilidade de que comprometa a inflação é muito pequena. Mais do que isso não é possível", afirmou. Para o economista da FGV, se o Copom decidir por uma queda maior da taxa de juros poderá gerar "confusão" nas interpretações da sua decisão. (Folha de São Paulo - 18.06.2003)

<topo>

2 Cenário é favorável à redução das taxas de juros, afirma Palocci

Sempre insistindo na prioridade ao combate à inflação e defendendo a autonomia do Copom, que se reúne hoje para a definição da taxa de juros, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mostrou, porém, que a equipe econômica vê, no país, um cenário francamente favorável à redução dos juros. "O ajuste fiscal e monetário certamente deu resultados muito significativos", comentou. "Sem dúvida o cenário (para a inflação) é melhor que há seis meses, que há cinco, quatro, três, dois, um mês", comemorou. "E o cenário de hoje é melhor que o de ontem, os índices estão convergindo para as nossas metas." Palocci comentou que essa melhoria no cenário de inflação é "fundamental" para "ordenar" o crescimento econômico. Palocci citou também a melhoria dos indicadores de risco do Brasil pelas agências de classificação e a queda das taxas de risco cobradas pelos títulos brasileiros "As linhas de crédito retornaram e nosso acesso ao mercado externo nos permitiu o lançamento de títulos de dez anos de prazo e juros bem menores que no passado", lembrou. (Valor - 18.06.2003)

<topo>

3 Indústria paulista recua mais que a média

A produção industrial em abril diminuiu em nove das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o instituto, esse resultado explica-se em parte pelo fato de que abril deste ano teve dois dias úteis a menos, mas outros fatores pesaram muito como a queda na renda do trabalhador, as taxas de juros elevadas e a escassez de crédito. As quedas mais pronunciadas nesse confronto ocorreram em Santa Catarina (10,0%), Pernambuco (7,7%), Minas Gerais (6,6%), Ceará (5,5%) e São Paulo (5,3%). A média nacional, já divulgada pelo IBGE, foi de retração de 4,2% na mesma base de comparação. Registraram recuos inferiores a essa média, a região Sul (3,5%), Paraná (2,5%), Nordeste (1,9%) e Rio de Janeiro (0,2%). Em abril, a produção industrial de São Paulo mostra queda de 5,3% em relação a igual mês do ano anterior. O indicador acumulado no ano revela aumento de 0,5%, mas o acumulado nos últimos doze meses é negativo (queda de 0,5%). (Valor - 18.06.2003)

<topo>

4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial reduziu o ritmo de alta nesta última hora de negociação. Às 11h26m, a moeda americana era negociada a R$ 2,880 na compra e R$ 2,884 na venda. Ontem o dólar oscilou fortemente e terminou em leve queda, cotado a R$ 2,86 para compra e R$ 2,865 para venda, queda de 0,34%. (O Globo OnInvertia - 18.06.2003)

<topo>

 

Internacional

1 Geradoras espanholas iniciam venda de ações da Red Electrica

As quatro empresas geradoras de energia da Espanha iniciaram a venda de suas participações no operador do sistema de energia do país, o Red Electrica (REE). A soma dessas participações chega e 28 % da Red Electrica, sendo que Endesa, Union Fenosa, Iberdrola e Hidrocantabrico estão vendendo cada um 70 % de sua participação(cada empresa tem 10% da REE). Ao fim do processo de venda, cada empresa manterá 3% de participação. As 37.875.600 ações estarão à venda por um determinado grupo de bancos até a 5:30 PM (horário da Espanha) dessa quinta -feira. (Platts - 18.06.2003)

<topo>

2 Estudo aponta mudança de rumo das empresas de energia européias

As empresas comercializadoras de energia da Europa estão se dedicando mais a prestação de serviços do que propriamente ao processo de comercialização de energia nos mercados europeus, segundo estudo realizado pela consultoria alemã Booz Allen Hamilton e publicado nessa quarta-feira. O estudo mostrou que, embora o mercado de energia europeu tenha mudado em 2002, mudanças mais drásticas estão por vir já que as empresas estão mais interessadas em investir na prestação de serviços e no setor de marketing. (Platts - 18.06.2003)

<topo>

3 Consumo de gás natural no Reino Unido cai no mês de março

Segundo os últimos dados apresentados pelo Departamento de Indústria e Comércio, a volatilidade dos preços do gás natural ajudaram a reduzir as vendas do insumo para as usinas de energia do Reino Unido no mês de março. O consumo médio diário de gás natural pelas usinas de energia caiu 4,3% no mês de março em comparação ao mês de fevereiro e 7,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. (Platts - 18.06.2003)

<topo>

4 Royale Energy anuncia descoberta de gás natural

A empresa norte-americana, Royale Energy, com sede em San Diego, anunciou nesta quarta-feira a descoberta de aproximadamente 50 pés de gás natural líquido no projeto de Crossroads, iniciado em outubro do ano passado. Novas explorações estão sendo feitas na área superior a 10000 acres localizada na Califórnia, sobre o campo de gás natural de Sacramento. (Platts - 18.06.2003)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 Bay Area Economic Forum. California is Still Coming Up Short on Electricity: The State’s power sector remains troubled and is at risk of a future supply shortfall. San Francisco: Maio de 2003. - 32 páginas.

Este artigo identifica os passos que deveriam ser dados para retomar a confiança, promover tarifas mais baixas e ampliar a competiçãao na Califórnia. Ele conclui que o Estado deve aprofundar as reformas liberalizantes, efetuar garantias nos contratos de longo prazo e prover uma capacidade de reserva assegurada pelo sistema.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás