l IFE:
nº 1.133 - 18 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Ausência de arcabouço regulatório retrai investimentos em infra-estrutura Retomar
o fluxo de investimentos em infra-estrutura será uma tarefa difícil. Para
esse ano o capital aplicado no segmento deve ficar próximo a US$ 10 bilhões,
metade dos US$ 20 bilhões anuais necessários para expandir a área. Em
2002, ele ficou em US$ 14 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira
da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Com seis meses do ano
praticamente fechados, os fabricantes de bens de capital registram retração.
Em energia elétrica a queda é brutal. À espera das novas regras, os investidores
seguram investimentos. "Regras claras são fundamentais, mas o maior desafio
será de financiamento", afirma o presidente da Abdib, José Augusto Marques.
Com o Orçamento da União restrito, as parcerias entre governo e iniciativa
privada seriam um caminho. Mas para que elas avancem é necessário um arcabouço
regulatório claro em cada segmento. Na área de energia, em que a implementação
do novo modelo deve ser precedida por uma negociação difícil e dura, é
difícil imaginar que elas saiam do papel antes de 2005. (Valor - 18.06.2003) 2 Viabilização de um grande fundo pode ser saída para setor de Infra-estrutura Os recursos
para o setor poderiam ser impulsionados com a Contribuição de Intervenção
de Domínio Econômico (Cide), que em sua forma original foi criada para
uso em infra-estrutura. No entanto, hoje os recursos são destinados a
melhorar a situação das contas públicas. Retirar essa amarra é tarefa
complicada. Iniciativa privada e governo começam a discutir a criação
de meios de financiamento. Uma das idéias seria a viabilização de um grande
fundo, com securitização de ativos e recebíveis, que poderia ter a participação
também de fundos previdenciários de complementar. A intenção é que a cada
R$ 1 do Tesouro sejam alavancados outros R$ 3 a R$ 4. Parcerias Público-Privadas
são uma das sugestões do governo para impulsionar o Plano Plurianual de
Ação (PPA). (Valor - 18.06.2003) 3 S&P pede maior rapidez na elaboração do modelo do SEE A Standard
& Poor's (S&P) considera que a reformulação do modelo de energia elétrica
e a forma como será conduzida essa reformulação determinará a percepção
de risco da indústria. "Um ambiente regulatório previsível e transparente
promoverá uma melhora na qualidade de crédito", informa a instituição
em relatório. A agência observa, no entanto, que as medidas emergenciais
precisam ser implementadas logo para que as companhias possam passar pelo
período de transição. Entre as questões que necessitam de um esclarecimento,
a S&P destaca pontos como o funcionamento do MAE, a contratação de fornecimento
de energia, a remuneração das empresas reguladas e o aumento da capacidade
de geração. (Gazeta Mercantil - 18.06.2003) 4
Realização de leilão de LTs é aprovado pelo CND 5 Infra 2020 apresenta estudo sobre expansão do setor elétrico O programa
Infra 2020, iniciativa da Abdib e da Alcântara Machado, apresentará na
próxima terça-feira, dia 24 de junho, em São Paulo, um estudo sobre as
necessidades de investimentos do setor elétrico nas áreas de geração,
transmissão e distribuição para os próximos 17 anos. Já no próximo mês,
a entidade promoverá o III Infra 2020, com a participação de agentes dos
setores públicos e privados na área de energia elétrica. Temas como a
necessidade de viabilização dos grandes saltos energéticos e a compatibilização
dos projetos com o meio ambiente serão abordados pelos executivos nos
dias 7 e 8 de julho, na capital paulista.Entre as presenças que deverão
constar no evento, estão as dos ministros de Minas e Energia, Dilma Rousseff;
do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega; e do Meio Ambiente,
Marina Silva; além do presidente do BNDES, Carlos Lessa. (Canal Energia
- 17.06.2003) 6 Governador do Paraná suspende construção de PCHs no estado Por ser
contrário ao "modelo de Estado mínimo", o governo do Paraná suspendeu
o processo de licenciamento ambiental de todas as centrais hidrelétricas
planejadas por investidores privados e já aprovadas pela Aneel. A medida
atinge cerca de 20 empreendimentos de pequenas centrais hidrelétricas
(PCH), que deveriam gerar 200 MW. Em quatro dessas usinas, a construção
já havia começado, segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), Rasca Rodrigues. Para justificar a medida determinada pelo governador
Roberto Requião (PMDB), Rodrigues argumenta que a Aneel "não é soberana
para outorgar e liberar concessões em rios do Paraná". O governo paranaense
considera que é preciso manter a soberania sobre os rios do Estado e,
principalmente, manter sob seu controle "uma matriz energética em que
somos competitivos", como diz Rasca Rodrigues. O governo quer reservar
para a estatal Copel o direito de explorar os rios do Estado. (Valor -
18.06.2003)
Empresas 1 BNDES prepara processo de avaliação da Eletropaulo Cauteloso
com o rumo das negociações com a AES, o BNDES finaliza, até meados de
julho, o edital convocando as consultorias interessadas em participar
do processo de venda do controle da Eletropaulo. As consultorias serão
responsáveis pela avaliação econômico-financeira e a modelagem de venda
de 71,7% das ações ordinárias da distribuidora paulista. A consultoria
que vencer a concorrência fará o edital e pilotará o leilão das ações
ordinárias da distribuidora. Uma das possibilidades seria a venda do bloco
de ações para um único investidor. Um processo como esse, semelhante às
privatizações, leva de seis a nove meses. O leilão das ações ordinárias
é batizado no banco de "venda amigável". Ele está amparado no contrato
do empréstimo firmado com a AES Elpa e pelo Código Civil (tanto o novo
quanto o velho) no capítulo que trata do penhor. A lei diz que se o contrato
autorizar o credor, como é o caso, este pode vender extra-judicialmente
o bem que lhe foi dado como garantia. Com os recursos, pagaria as dívidas
e se houver excedente devolveria à AES. Em paralelo, o BNDES trabalha
com outras duas frentes de negociação. Uma delas é vender 64% das ações
preferenciais da distribuidora, igualmente caucionadas no banco. A outra
é seguir as conversas com a executivos da AES. (Valor - 18.06.2003) 2 AES e BNDES têm mais uma reunião hoje O diretor
de reestruturação da AES, Joseph Brandt, reúne-se hoje com executivos
do BNDES pela sexta vez - desde o "default" no final de janeiro. Em entrevista
ao Valor, ele disse que vai oferecer um pagamento em dinheiro para satisfazer
o banco. Mas o valor é bastante inferior aos US$ 750 milhões que chegaram
a ser noticiados. "Se fôssemos pagar isso, a dívida estaria em dia", disse.
A base do acordo, entretanto, continua sendo oferecer ativos da empresa
no Brasil ao BNDES. Fonte do governo diz que o banco já deixou claro sua
posição: quer dinheiro ou então um ativo que possa ser contabilizado como
crédito nos seus balanços. Não está descartada que a AES ofereça participação
numa holding formada pela AES Sul, a térmica Uruguaiana, a AES Tietê,
além da própria Eletropaulo. A AES Sul e a térmica Uruguaiana já foram
dadas com garantias ao banco em renegociações anteriores. E, além disso,
a AES Tietê - considerada a jóia da coroa - já garante empréstimo de US$
300 milhões feito pela AES no exterior. (Valor - 18.06.2003) 3 Estudo do Unibanco aponta desvalorização dos ativos da AES A AES informou
ontem que vai lançar 40 milhões de novas ações para quitar passivos. Fonte
do setor acredita, no entanto, que dificilmente a empresa usará esses
recursos para pagar dívidas no Brasil. Até porque os ativos estão desvalorizados.
A AES Transgás deve US$ 604 milhões (R$ 2,025 milhões) - montante quase
quatro vezes superior ao valor das suas ações da Eletropaulo em bolsa,
segundo estudo do Unibanco. O estudo também observa que a AES Elpa tem
poucos dividendos a receber, algo como R$ 660 milhões. O montante é pouco
mais de um terço do valor do passivo. O endividamento da Eletropaulo é
de R$ 5,25 bilhões. (Valor - 18.06.2003) 4
Aneel divulga reajuste preliminar da Celpa 5 Brascan Energética: Obras visam segurança da usina Santo Natal A Brascan
Energética, após informar na segunda-feira que não se pronunciaria sobre
a suspensão das licenças ambientais das usinas hidrelétricas de pequeno
porte no Paraná, afirmou ontem que os serviços que continuam a ser feitos
na Usina Santo Natal, localizada em Campo Mourão (Região Oeste do Paraná),
têm como objetivo a proteção das encostas e a contenção de taludes, que
segundo a empresa, são "ações inadiáveis de segurança e controle ambiental,
que visam a evitar riscos a terceiros". Segundo o diretor-presidente da
empresa, Antônio Carlos de Lyra Novaes, a construção da unidade geradora
foi concluída no mês passado. A Brascan não prestou esclarecimentos sobre
o início do funcionamento da usina e também não comentou a situação dos
outros projetos de construção de pequenas hidrelétricas que a empresa
tem no estado. (Gazeta do Povo - 18.06.2003) 6 Copel: Concessão de bônus na compra de motores combaterá desperdício de energia A Copel
vai pagar para ver as indústrias paranaenses atendidas em alta tensão
e propriedades rurais de porte utilizando motores elétricos trifásicos
de alto rendimento. Com recursos do seu programa anual de combate ao desperdício
de energia elétrica, a empresa quer incentivar a compra de 3 mil motores
elétricos eficientes, certificados com o selo Procel/Inmetro, para uso
em sua área de concessão. O benefício consiste no pagamento de um bônus
que pode chegar a até 20% do preço pago pelo motor e tem como público-alvo
um conjunto de 45 mil unidades consumidoras, aproximadamente. São 9 mil
indústrias servidas em alta tensão e 36 mil produtores rurais atendidos
com ligações trifásicas. Os interessados em participar do plano de bonificação
precisam se habilitar até o dia 9 de setembro junto a Copel, que homologará
os pedidos de inscrição com base na ordem de protocolo e na disponibilidade
de recursos. Todas as informações e instruções necessárias estão disponíveis
na página da Copel na internet (www.copel.com). A Copel vai destinar R$
338 mil ao custeio do programa de bônus, que tem a aprovação da Aneel.
(O Paraná - 18.06.2003) 7 Cesp combate proliferação do mexilhão dourado em Porto Primavera A Cesp está
testando desde o final de maio um mecanismo de combate ao mexilhão dourado
em uma das treze turbinas da hidrelétrica de Porto Primavera, localizada
no Estado de São Paulo. A espécie de marisco, originário da Ásia, foi
identificada na unidade e pode atrapalhar sua operação. O mexilhão dourado,
que mede em torno de 30 milímetros, se instala em qualquer superfície,
inclusive em metais e concretos. O gerente da Divisão de Engenharia de
Manutenção Eletromecânica da Cesp, Luis Tadeu Lopes de Freitas, informa
que o plano de combate foi desenvolvido a partir da constatação da sua
existência em áreas como as tubulações e trocadores de calor do sistema
de resfriamento dos geradores. Ele conta que a operação da usina não sofreu
qualquer tipo de prejuízo com a espécie até o momento. "Por enquanto,
houve um aumento da mão-de-obra para limpeza na manutenção preventiva.
Entretanto, temos que agir o mais rápido possível", explica. Freitas diz
que a proliferação do mexilhão dourado pode entupir o sistema de refrigeração,
provocando o aquecimento e paralisação do gerador. Ele informa que a empresa
vai colocar em prática o método de injeção choque da solução clorada para
combater o marisco. (Canal Energia - 17.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste tem elevação de 0,31% no consumo No Sudeste/Centro-Oeste,
o consumo foi de 25.966 MW médios, contra patamar de 25.558 MW médios
do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado está com elevação
no consumo de 0,31%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.065
MW médios, o subsistema registra queda de 5,27% no mesmo período. O Sul
consumiu 7.393 MW médios, contra previsão de 6.733 MW médios do operador
do sistema. Em relação ao PMO, a região tem alta no consumo de 5,32% nos
últimos sete dias. Já o Nordeste registrou consumo de 5.823 MW médios,
contra PMO de 5.910 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema
acumula baixa no consumo de 1,54%. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.247 MW médios, o submercado está com queda de 6,85% no mesmo período.
A região Norte registrou consumo de 2.868 MW médios na última segunda-feira,
dia 16 de junho, contra previsão de 2.852 MW médios do ONS. Em relação
ao programa mensal de operação (PMO), o subsistema acumula alta de 0,49%
nos últimos sete dias. (Canal Energia - 17.06.2003) 2 Índice teve queda de 0,13% no Sudeste/Centro-Oeste A capacidade
de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste está em 75,03%, volume
41,03% acima da curva de aversão. O índice teve uma queda de 0,13%. As
usinas de Miranda e Itumbiara apresentam 62,34% e 94,02% da capacidade,
respectivamente. (Canal Energia - 17.06.2003) 3 Subsistema Sul está com 64,97% da capacidade A região
do subsistema Sul foi a única a apresentar aumento no nível de armazenamento,
de 0,04%. Com isso, o volume chegou a 64,97%. A usina de G. B. Munhoz
está com 62,86% da capacidade. (Canal Energia - 17.06.2003) 4
Reservatórios do subsistema Nordeste estão com 47,24% 5 Capacidade de armazenamento da região Norte tem redução de 0,03% Os reservatórios
da região do subsistema Norte estão com 47,24% da capacidade, uma redução
de 0,03%. A usina de Tucuruí registra índice de 100%. (Canal Energia -
17.06.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Edital para áreas de exploração de GN e petróleo sai hoje O Ibama
e a ANP divulgam, hoje, no Rio de Janeiro, novo edital para licitação
de áreas de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.
As Diretrizes para o Licenciamento Ambiental das Atividades de Perfuração
e Sísmica Marítima para a Quinta Rodada de Licitações vão disponibilizar
uma área de aproximadamente 192,1 mil quilômetros quadrados para estas
atividades. As áreas estão distribuídas por nove bacias sedimentares brasileiras:
Foz do Amazonas (AP e PA), Barreirinhas (MA), Potiguar (RN), Recôncavo
(BA), Jequitinhonha (BA), Espírito Santo (ES e RJ), Campos (RJ e ES),
Santos (RJ, SP, PR e SC) e Pelotas (RS, SC, PR e SP). Com a divulgação
das diretrizes, o Ibama e a ANP oferecem às empresas interessadas na exploração
de petróleo e gás natural informações sobre a suscetibilidade ambiental
das zonas costeira e marinha às atividades de perfuração e de sísmica.
(Jornal do Comércio - 18.06.2003) 2 GLP perde espaço na disputa de mercado com gás natural A disputa
pelo mercado interno de fornecimento de gás expôs frente à frente as distribuidoras
de gás liqüefeito de petróleo (GLP), e o gás natural canalizado. A nova
realidade de mercado já trouxe ao GLP uma perda de 450 mil toneladas nos
últimos três anos. Somente entre janeiro e maio de 2003, o mercado de
gás de cozinha encolheu 7,4%, segundo dados da ANP. Além disso, o setor
ainda sente o endurecimento do governo federal, que ameaça lançar uma
distribuidora estatal para reduzir o preço do botijão de 13 quilos. As
distribuidoras de GLP, reunidas sob o Sindigás, alegam que não há como
diminuir a margem, porque o preço está condicionado à Petrobras e à carga
fiscal. Também não se sentem ameaçadas com a entrada de uma concorrente
estatal. Dados da ANP mostram que a carga tributária dobrou em quase um
ano e meio. Maior distribuidora de gás natural canalizado do país, a Comgás
- subsidiária da britânica BG - foi adquirida em leilão de privatização
por R$ 1,6 bilhão em abril de 1999. Desde então, investiu mais de R$ 600
milhões para perfurar boa parte de São Paulo. Hoje, a Comgás tem 700 clientes
industriais que representam 75% das suas vendas de R$ 1,2 bilhão em 2002.
Além disso, a companhia vem crescendo a uma taxa anual de 30% nos últimos
três anos. Contudo, as distribuidoras de gás de cozinha não pretendem
assistir impassíveis ao avanço do gás natural. Segundo executivos de empresas
de GLP, no ramo industrial o GN vem sobrepujando o GLP, porém no uso doméstico
e comercial, o GLP continua com a maior parcela do mercado. (Valor - 18.06.2003) 3 Grandes indústrias querem importar gás da Bolívia A Comgás
poderia se sentir confortável com o monopólio da distribuição de gás natural
em São Paulo, até 2011. Mas não está. Seus clientes, incomodados com os
preços, tentam encontrar brechas na legislação para importar o gás diretamente
da Bolívia. Fabricantes de cerâmica, papel e vidro já tentaram viabilizar
a importação de gás para consumo próprio diretamente do país vizinho.
Eles até conseguiram autorização da ANP, mas a tentativa naufragou porque
a Comgás, amparada pela agência reguladora estadual, a CSPE, não admite
levar o gás até suas fabricas. Em maio de 2011, vence o monopólio. A partir
daí, grandes consumidores poderão negociar contratos de gás livremente
e levá-lo até suas fábricas. Mas, desde que haja espaço no gasoduto, pois
até 30 milhões de metros cúbicos a prioridade de transporte é da Petrobras.
Pela distribuição, ainda terão de pagar uma taxa. (Valor - 18.06.2003) 4 Térmica de Figueira: Copel analisa impactos econômicos e sociais da desativação A Copel
está avaliando os impactos econômicos e sociais decorrentes da desativação
da térmica a carvão mineral, em Figueira, no Norte Pioneiro do Estado
do Paraná. Segundo a concessionária, a decisão de desativar a usina foi
tomada por considerá-la uma fonte de prejuízos para a empresa e a sociedade.
De acordo com Paulo Pimentel, presidente da Copel, a empresa realizou
diversos ensaios e simulações na expectativa de encontrar algum cenário
que suportasse o custo da produção de energia em Figueira. Na avaliação
mais otimista, a usina acarretaria nos próximos seis anos um prejuízo
médio à empresa de R$ 1,2 milhão ao ano. Na mais pessimista, o prejuízo
subiria para R$ 4 milhões. O estudo avaliou ainda a possibilidade de repotenciação
da térmica, mas também foi descartada. Segundo Pimentel, o reembolso das
despesas com a compra de combustível voltaria a ser de 100%. Apesar da
decisão, a desativação da térmica ainda não tem data definida. Em operação
desde 1963, a usina de Figueira possui uma capacidade de geração de 20
MW, o equivalente ao consumo de 70 mil pessoas. (Canal Energia - 17.06.2003)
Grandes Consumidores 1 Siderúrgicas satisfeitas com incentivos do Governo A inclusão
da cadeia do aço no plano de subsídios e benefícios fiscais que será anunciado
pelo governo federal agradou às siderúrgicas que há tempos vêm reivindicando
incentivos para a expansão da atividade. "A notícia é muito bem vinda",
comentou ontem o presidente da V&M do Brasil (ex-Mannesmann), Marco Antônio
Castello Branco. De acordo com o presidente da V&M, o setor tem três reivindicações
prioritárias: a desoneração fiscal dos investimentos, a alocação de recursos
de longo prazo por parte do BNDES e a reestruturação da questão logística
no país. (Valor - 18.06.2003) 2 Vale aguarda financiamento do BNDES para hidrelétricas A Cia. Vale
do Rio Doce espera que o BNDES aprove nos próximos dias um financiamento
de R$ 186 milhões para a construção de duas novas hidrelétricas - Aymoré
e Funil, ambas em Minas Gerais. Será a terceira operação de financiamento
da Vale em 2003. O diretor de finanças da Vale, Fábio Barbosa, justifica
a decisão por considerar que o custo das captações continua alto. Ex-secretário
do Tesouro Nacional, Barbosa diz que rejeita a taxa de 10,6% ao ano das
captações feitas pela República. Até agora não fez nenhuma captação clássica
no país nem no mercado externo. Em apresentação para analistas no Rio,
Barbosa disse que os investimentos da Vale estão alinhados com os objetivos
do BNDES. "Então, não há porque reduzir a exposição do banco à empresa".
A Vale tem hoje três hidrelétricas prontas e sete em construção. Ela espera
gerar 50% da energia que consome até 2010. (Valor - 18.06.2003) 3 V&M retoma projeto de US$ 100 mi A V&M do
Brasil, antiga Mannesmann, está tirando da gaveta um plano de investimento
orçado em US$ 100 milhões para a expansão da produção de tubos de pequeno
diâmetro, de até 7 polegadas. O projeto de expansão do laminador havia
sido adiado no ano passado, em decorrência da instabilidade econômica
enfrentada pelo Brasil e também de medidas protecionistas colocadas em
prática pelos Estados Unidos. "Agora é hora da maturidade do projeto visto
que estamos atingindo nossa capacidade de produção", informou ontem o
presidente da siderúrgica, Marco Antônio Castello Branco. Segundo ele,
a capacidade de produção deste tipo de tubo será aumentada em 50%, passando
das atuais 200 mil toneladas anuais para 300 mil toneladas por ano. Segundo
ele, o investimento deverá estar aprovado até o fim de 2003. Estudos realizados
pela siderúrgica apontam para um grande crescimento da demanda por tubos
pelo setor de geração entre 2005 e 2015. Apesar de hoje a capacidade de
geração de energia do país ser 10% superior à demanda, a projeção é de
que, mesmo com o país crescendo a taxas modestas, o consumo vai superar
a oferta em 2007. "Estamos passando por uma crise, mas no longo prazo
não tem como evitar o aumento do consumo de energia", afirmou Castello
Branco. Para aprovar o investimento, a V&M, maior fabricante de tubos
sem costura do país, aposta no crescimento do segmento de geração de energia
elétrica, um dos principais compradores de tubos de pequeno diâmetro.
. (Valor - 18.06.2003) 4 Contrato de implantação da USC sai em dois meses O vice-governador
e secretário do Planejamento do Ceará, Maia Júnior, anunciou que num prazo
de 30 a 60 dias, deve ser assinado o contrato de implantação da Usina
Siderúrgica do Ceará (USC) e iniciadas suas obras de construção civil.
O empreendimento será realizado pelo consórcio formado entre a italiana
Danieli e a coreana Dong Kuk, e custará US$ 570 milhões. As duas companhias
são as parceiras privadas do governo do Ceará neste projeto estruturante,
que tem extrema importância para o desenvolvimento do Estado. "As questões
que estavam travando as negociações, como o contrato de energia, foram
resolvidas. Agora, só faltam detalhes do contrato", informa Maia Júnior.
"Estamos muito próximos de remover os últimos obstáculos", acrescenta.
(Diário do Nordeste - 18.06.2003) Economia Brasileira A segunda
prévia do IGP-M deste mês registrou deflação (queda de preços) de 0,66%
em relação à segunda prévia de maio. Foi a maior deflação da história
do índice, criado pela FGV em julho de 1989, para um período de 20 dias.
Na segunda prévia de maio, a deflação havia sido de 0,28%. O economista
Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, disse que
os números representam "um sinal de que a inflação está menos resistente
à queda", mas ainda não é possível dizer que a resistência dos preços
foi totalmente vencida. Para Quadros, os dados da segunda prévia sinalizam
que o Copom, em sua reunião que termina hoje, pode baixar sem susto em
0,5 ponto percentual a taxa de juros, atualmente em 26,5% ao ano. "A possibilidade
de que comprometa a inflação é muito pequena. Mais do que isso não é possível",
afirmou. Para o economista da FGV, se o Copom decidir por uma queda maior
da taxa de juros poderá gerar "confusão" nas interpretações da sua decisão.
(Folha de São Paulo - 18.06.2003) 2 Cenário é favorável à redução das taxas de juros, afirma Palocci Sempre insistindo na prioridade ao combate à inflação e defendendo a autonomia do Copom, que se reúne hoje para a definição da taxa de juros, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mostrou, porém, que a equipe econômica vê, no país, um cenário francamente favorável à redução dos juros. "O ajuste fiscal e monetário certamente deu resultados muito significativos", comentou. "Sem dúvida o cenário (para a inflação) é melhor que há seis meses, que há cinco, quatro, três, dois, um mês", comemorou. "E o cenário de hoje é melhor que o de ontem, os índices estão convergindo para as nossas metas." Palocci comentou que essa melhoria no cenário de inflação é "fundamental" para "ordenar" o crescimento econômico. Palocci citou também a melhoria dos indicadores de risco do Brasil pelas agências de classificação e a queda das taxas de risco cobradas pelos títulos brasileiros "As linhas de crédito retornaram e nosso acesso ao mercado externo nos permitiu o lançamento de títulos de dez anos de prazo e juros bem menores que no passado", lembrou. (Valor - 18.06.2003) 3 Indústria paulista recua mais que a média A produção
industrial em abril diminuiu em nove das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE
na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o instituto, esse
resultado explica-se em parte pelo fato de que abril deste ano teve dois
dias úteis a menos, mas outros fatores pesaram muito como a queda na renda
do trabalhador, as taxas de juros elevadas e a escassez de crédito. As
quedas mais pronunciadas nesse confronto ocorreram em Santa Catarina (10,0%),
Pernambuco (7,7%), Minas Gerais (6,6%), Ceará (5,5%) e São Paulo (5,3%).
A média nacional, já divulgada pelo IBGE, foi de retração de 4,2% na mesma
base de comparação. Registraram recuos inferiores a essa média, a região
Sul (3,5%), Paraná (2,5%), Nordeste (1,9%) e Rio de Janeiro (0,2%). Em
abril, a produção industrial de São Paulo mostra queda de 5,3% em relação
a igual mês do ano anterior. O indicador acumulado no ano revela aumento
de 0,5%, mas o acumulado nos últimos doze meses é negativo (queda de 0,5%).
(Valor - 18.06.2003) 4
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Geradoras espanholas iniciam venda de ações da Red Electrica As quatro
empresas geradoras de energia da Espanha iniciaram a venda de suas participações
no operador do sistema de energia do país, o Red Electrica (REE). A soma
dessas participações chega e 28 % da Red Electrica, sendo que Endesa,
Union Fenosa, Iberdrola e Hidrocantabrico estão vendendo cada um 70 %
de sua participação(cada empresa tem 10% da REE). Ao fim do processo de
venda, cada empresa manterá 3% de participação. As 37.875.600 ações estarão
à venda por um determinado grupo de bancos até a 5:30 PM (horário da Espanha)
dessa quinta -feira. (Platts - 18.06.2003) 2 Estudo aponta mudança de rumo das empresas de energia européias As empresas
comercializadoras de energia da Europa estão se dedicando mais a prestação
de serviços do que propriamente ao processo de comercialização de energia
nos mercados europeus, segundo estudo realizado pela consultoria alemã
Booz Allen Hamilton e publicado nessa quarta-feira. O estudo mostrou que,
embora o mercado de energia europeu tenha mudado em 2002, mudanças mais
drásticas estão por vir já que as empresas estão mais interessadas em
investir na prestação de serviços e no setor de marketing. (Platts - 18.06.2003) 3 Consumo de gás natural no Reino Unido cai no mês de março Segundo
os últimos dados apresentados pelo Departamento de Indústria e Comércio,
a volatilidade dos preços do gás natural ajudaram a reduzir as vendas
do insumo para as usinas de energia do Reino Unido no mês de março. O
consumo médio diário de gás natural pelas usinas de energia caiu 4,3%
no mês de março em comparação ao mês de fevereiro e 7,3% em relação ao
mesmo mês do ano passado. (Platts - 18.06.2003) 4
Royale Energy anuncia descoberta de gás natural
Biblioteca Virtual do SEE 1 Bay Area Economic Forum. California is Still Coming Up Short on Electricity: The States power sector remains troubled and is at risk of a future supply shortfall. San Francisco: Maio de 2003. - 32 páginas. Este artigo identifica os passos que deveriam ser dados para retomar a confiança, promover tarifas mais baixas e ampliar a competiçãao na Califórnia. Ele conclui que o Estado deve aprofundar as reformas liberalizantes, efetuar garantias nos contratos de longo prazo e prover uma capacidade de reserva assegurada pelo sistema. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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