l IFE:
nº 1.132 - 17 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Governo quer leiloar energia "velha" para reduzir tarifas Com o objetivo
de baixar as tarifas, o Governo irá leiloar energia "velha" , de modo
que as distribuidoras repassem aos consumidores a economia. A ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff demonstrou insatisfação com o uso do
fator X - que desconta ganhos de produtividade das empresas nos aumentos
ao consumidor, dizendo que a Aneel já possui mecanismos que permitem reduzir
o impacto de indexadores como o IGP-M, que chegou a apontar 31% em maio.
(Gazeta Mercantil - 17.06.2003) 2 Distribuidoras terão maiores responsabilidades no novo modelo O novo modelo
do setor elétrico prevê mais responsabilidade para as distribuidoras,
do planejamento da demanda ao pagamento pela eletricidade contratada.
Terão de apresentar garantias nos contratos de compra de energia, por
meio de recebíveis. Atualmente, geradores como Furnas, Chesf e Eletronorte
amargam prejuízo por falta de pagamento por parte das distribuidoras.
Em contrapartida, as distribuidoras poderão se beneficiar da autonomia
que lhes será dada para desenhar suas necessidades de compra, a partir
da qual serão orientados os investimentos na expansão da geração. O planejamento
vai reduzir o risco de choques de oferta e, conseqüentemente, a valorização
desses insumos no atacado. Além disso, os contratos serão de longo prazo
e os geradores estatais estarão sujeitos a regulação de preços por parte
do governo. (Gazeta Mercantil - 17.06.2003) 3 Novo modelo prevê alterações nos atuais agentes e criação de novos No novo
modelo do SEE que vem sendo montado, dois novos agentes serão criados:
um que cuidará do planejamento e o outro que irá administrar contratos.
O Conselho de Política Energética (CPE) será mantido, mas com uma nova
roupagem voltada para políticas públicas interagindo com programas industriais,
de meio ambiente e de agribusiness, entre outros. A Câmara de Gestão Energética
deixa de formular políticas, que passam para o Ministério de Energia.
(Gazeta Mercantil - 17.06.2003) 4
Ministros lançam documento sobre regulação em setores de infra-estrutura
5 Agências reguladoras darão mais ênfase ao seu papel de fiscalizadores O governo
Lula também quer aumentar a autonomia das agências reguladoras, a quem
caberá "garantir o cumprimento dos contratos" e não mais vender as concessões,
disse a ministra Dilma Roussef. As agências reguladoras "são essenciais
e deverão ser reestruturadas com um corpo de funcionários públicos qualificados"
para aumentar o seu papel de fiscalizadoras. As concessões passam para
a esfera do Ministério de Minas e Energia. (Gazeta Mercantil e Valor -
17.06.2003) 6 Licitações terão marco regulatório, afirma Dilma Reafirmando
que as mudanças que estão sendo planejadas irão respeitar os contratos
em vigência e que o novo modelo para o setor energético terá um caráter
privado e público, estando descartada ações de reestatização ou privatização,
Dilma ressaltou que as próximas licitações para o setor estarão ancoradas
em uma "carga de energia, crucial para a estabilidade do sistema". Ou
seja: será dada ao investidor a garantia de compra de energia por uma
tarifa única, ao contrário do que foi feito nos leilões passados, quando
a iniciativa privada arrematou empresas públicas de energia sem marco
regulatório. O objetivo é fazer com que as novas licitações sejam vencidas
por quem oferecer menor tarifa e não o maior preço pela concessão, como
atualmente. Isso resultará, por exemplo, no fim do Valor Normativo (VN).
"A sobra de energia de agora pode desestimular investimentos. No curto
prazo isso é favorável. Mas pode se tornar autofágica. Se o setor não
for pensado no longo prazo, pode vir o racionamento", acredita Dilma.
(Gazeta Mercantil e Valor - 17.06.2003) 7 Dilma: Governo não vai abandonar programa de geração térmica O governo não pretende abandonar o programa de geração térmica, garantiu a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, após participar nesta segunda-feira, dia 16 de maio, de evento promovido pela Shell do Brasil, no Rio de Janeiro. O primeiro passo para a manutenção das termelétricas, segundo a ministra, é a negociação dos contratos firmados com a Bolívia. Para Dilma, é fundamental flexibilizar o take or pay. "É crucial diminuir o preço para que se tenha térmicas com custo menor para o investidor e para o sistema", frisou a ministra, acrescentando que o investidor ficará responsável pelos riscos do negócio. "O governo vai garantir o encargo de capacidade e assegurar que a usina fique em disponibilidade", disse. (Canal Energia - 16.06.2003) 8
Dilma: Modelo vigente só criou perdedores 9 Prazo para inscrição de trabalhos para o XI SEPEF é prorrogado A organização
do XI SEPEF (Seminário de Planejamento Econômico Financeiro do Setor Elétrico),
realizado por Furnas Centrais Elétricas SA, decidiu postergar a data final
de inscrição de sinopses de trabalhos técnicos para o dia 25.06.2003.
Segundo a organização do evento, o adiamento visa atender as inúmeras
solicitações para prorrogação do prazo, considerando também a importância
da divulgação da proposta para o novo modelo do Setor Elétrico Brasileiro
na feitura dos trabalhos. As inscrições deverão ser feitas no endereço
xisepef_sinopses@furnas.com.br. (NUCA - 17.06.2003)
Empresas 1 AES vai propor solução para dívidas com o BNDES amanhã O executivo
da AES Joseph Brandt, que pilota a negociação entre o grupo americano
e o BNDES, reúne-se mais uma vez na sede do banco amanhã. Ontem, em entrevista
à agência "Bloomberg", ele negou que a AES pagará US$ 750 milhões ao BNDES,
como publicou um jornal brasileiro. "Essa informação está totalmente errada",
disse referindo-se a matéria. O executivo deixou claro que a AES vai tentar
reescalonar a sua dívida de US$ 1,2 bilhão contraída na privatização da
Eletropaulo em 1998. "O BNDES quer dinheiro e nós não queremos dar nenhuma
parcela inicial de quitação da dívida", afirmou Brandt. Segundo ele, uma
das alternativas estudadas pela empresa é o oferecer ativos, ou parte
deles, para quitar a dívida. A AES Tietê (geradora de energia de São Paulo),
a própria Eletropaulo e a térmica Uruguaiana fariam parte do pacote. O
executivo quer encerar as negociações com o banco ainda este mês. (Valor
- 17.06.2003) 2 BNDES confirma reunião e anuncia que edital para venda de ações sairá até agosto O BNDES
nada adianta a respeito da negociação com a AES. Apenas confirma o encontro
do executivo com o diretor financeiro do banco, Roberto Thimóteo. O processo
para a execução judicial, porém, continua. O banco informou, por intermédio
de sua assessoria, que o prazo para a divulgação do edital para a venda
das ações ordinárias termina em agosto. Com relação às ações preferenciais
da Eletropaulo, o BNDES aguarda que a Câmara Brasileira de Liquidação
e Custódia (CBLC) fixe a data do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo.
Apesar dessas medidas, o banco indica que está aberto à negociação com
a empresa. (Estado de São Paulo - 17.06.2003) 3 Cemig assina contratos de fornecimento de energia A Cemig
assina hoje contrato para fornecimento de energia elétrica para as empresas
Valesul Alumínio, instalada no Rio de Janeiro, e para duas unidades do
Grupo Pirelli, no estado de São Paulo. A empresa não divulgou o valor
dos contratos. A Valesul Alumínio, que tem a energia elétrica como um
dos principais insumos, começou a receber energia da Cemig em janeiro
deste ano e vai assinar contrato que prevê essa compra até abril de 2006.
O contrato prevê um consumo médio mensal da ordem de 10.000 MWh. Já as
unidades do grupo Pirelli, instaladas no município de Santo André, são
responsáveis pela produção de pneus e cabos elétricos. O contrato terá
validade até fevereiro de 2006, com previsão de um consumo médio mensal
de 9.400 MWh. Para esses fornecimentos, a Cemig utiliza linhas de transmissão
e distribuição de outras concessionárias, através de acesso liberado,
que é garantido aos clientes livres. (Gazeta Mercantil - 17.06.2003) 4
Cemat negociou 2,4 mil MWh para clientes industriais no primeiro trimestre
5 Elejor investirá R$ 450 mi em dois complexos hidrelétricos A Elejor
(Centrais Elétricas do Rio Jordão) investirá R$ 450 milhões na implantação
dos complexos hidrelétricos Santa Clara e Fundão, no Paraná. Os projetos,
que totalizarão 246,4 MW, contam com duas grandes usinas e duas pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs). O empreendimento Santa Clara entrará em
operação no final de 2005 com uma usina de 120 MW e uma PCH de 3,6 MW.
Já o complexo Fundão, com previsão inicial de operação para o final de
2006, também terá uma hidrelétrica com a mesma capacidade instalada e
uma pequena hidrelétrica de 2,8 MW. O diretor-presidente da empresa, Vendolino
Fischer, informou que a empresa está buscando financiamento de 65% do
investimento com o BNDES. A Copel é acionista majoritária do projeto,
com 40%; com a Construtora Triunfo e a Incorporadora e Participações Paineres
tendo 30%, cada. (Canal Energia - 16.06.2003) 6 UnB desenvolve projetos na área de geração de energia para Eletronorte O Departamento
de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília (UnB) está desenvolvendo
quatro projetos para a Eletronorte na área de geração de energia. Com
investimentos de R$ 2,3 milhões, os projetos cercam as áreas de hidro
e termeletricidade, e fazem parte do programa de P&D da estatal. O carro-chefe
do acordo entre a universidade e a geradora é o projeto 'Desenvolvimento
de Metodologias Avançadas para Modernização de Turbinas Hidráulicas',
que tem como objetivo criar métodos de avaliação de turbinas antigas.
De acordo com Carlos Balthazar, chefe do Departamento, a idéia do projeto
é analisar o condicionamento das turbinas antigas."A criação de estrutura
de avaliação das turbinas permitirá a determinação da vida útil do equipamento,
evitando trocas desnecessárias, além de verificarmos a possibilidade de
melhorias em turbinas antigas", explica. (Canal Energia- 16.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo na região Sul registra alta de 5,34% O consumo
na região Sul registra alta de 5,34% nos últimos sete dias. No domingo,
dia 15 de junho, o submercado consumiu 5.570 MW médios, contra previsão
de 6.733 MW médios do ONS. A região Sudeste/Centro-Oeste teve consumo
de 21.879 MW médios, contra a previsão de 25.558 MW médios do programa
mensal de operação (PMO) do operador do sistema. Nos últimos sete dias,
o subsistema acumula ligeira alta de 0,41% no consumo. Em relação à curva
de aversão, de 27.065 MW médios, o submercado está com baixa de 5,18%
no mesmo período. O Nordeste consumiu 5.281 MW médios, contra o PMO de
5.910 MW médios do ONS. A região registra queda de 1,33% no consumo nos
últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247 MW
médios, o subsistema está com baixa de 6,65% no período. No Norte, o consumo
chegou a 2.766 MW médios, contra a previsão de 2.852 MW médios do operador
do sistema. Nos últimos sete dias, a região tem elevação de 0,8% em relação
ao programa mensal de operação. (Canal Energia - 16.06.2003) 2 Região Norte apresenta índice de 84,62% Os reservatórios
da região do subsistema Norte estão com 84,62% da capacidade, uma redução
de 0,03% em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí continua com 100% da capacidade.
(Canal Energia - 16.06.2003) 3 Volume armazenado no subsistema Nordeste está 47,37% A região
Nordeste apresenta índice de 47,37%, volume 24,87% acima da curva de segurança.
Os reservatórios registraram uma queda de 0,02% em comparação com o dia
anterior. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 42,06%. (Canal
Energia - 16.06.2003) 4
Capacidade da região Sudeste/Centro-Oeste está em 75,16% 5 Reservatórios do subsistema Sul estão com 64,93% A capacidade
da região Sul está em 64,93%, um aumento de 0,57% em comparação ao dia
anterior. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra índice de 84,32%. (Canal
Energia - 16.06.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Preços MAE caem em todas as regiões do país Na terceira
semana de junho, os preços MAE tiveram queda de até 25,9% em comparação
com a semana anterior. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte,
o valor do MWh para a carga pesada fica em R$ 9,55. Para as cargas média
e leve, o preço da energia nestas regiões está em R$ 9,24 e R$ 9,09, respectivamente.
No submercado Nordeste, o valor do MWh caiu 17,6%, ficando em R$ 9,09
para todas as cargas. Os preços são válidos para os dias 14 a 20 de junho.
(Canal Energia - 16.06.2003) 2 Regras para divulgação de resultados do MAE entram em audiência pública A Aneel submete à consulta pública dois novos procedimentos de mercado relativos à Divulgação de Resultados após a contabilização e a liquidação das transações do MAE e à revisão eventual dos montantes de energia assegurada estabelecidos para empreendimentos de geração. A proposta relacionada à publicação dos resultados do MAE sugere o estabelecimento de cronograma para a divulgação de informações gerais sobre o mercado, oferta e contratos de energia, medição, contabilização e liquidação financeira das transações realizadas. O texto referente à energia assegurada propõe a revisão eventual para os volumes anuais estabelecidos para cada empreendimento de geração, desde que sejam formalizados pela Aneel. O texto, disponível no site da agência (www.aneel.gov.br), fica sob consulta pública até o dia 30 de junho. As sugestões podem ser enviadas para o e-mail cp003_2003@aneel.gov.br.(Canal Energia - 16.06.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Projeto da usina de Corumbá pode ser retomado O senador
Delcídio do Amaral (PT) adiantou a existência de outros investidores interessados
em levar adiante o projeto da usina termelétrica de Corumbá, abandonado
pela empresa norte-americana Duke Energy. A suspensão dos investimentos
aconteceu em função de investigações da bolsa de valores americana sobre
o setor energético daquele país. "A solução para Corumbá para o preço
do gás precisa ser diferenciada; o Brasil paga, atualmente, cerca de US$
3,60 por BTU de gás e o ideal seria US$ 2,40 por BTU", avaliou. O ideal,
para o senador, é que um duto atenda a cidade com o preço do gás na Bolívia.
A partir daí seriam instalados os pólos siderúrgico e gás-químico, com
consumo de dois milhões de metros cúbicos. A ministra Dilma Rousseff,
de Minas e Energia, deve discutir o assunto hoje com representantes da
Bolívia. (Correio do Estado - 17.06.2003) 2 Cronograma da usina Usitesc não será modificado Apesar das
indefinições em torno do novo modelo do setor elétrico, que deixaram os
projetos de térmicas a carvão mineral em compasso de espera, a empresa
Usitesc (Usina Termelétrica Sul Catarinense) preferiu continuar tocar
o cronograma da sua usina de mesmo nome. Por enquanto, a empresa concentra
esforços na conclusão dos estudos ambientais de EIA/Rima para conseguir
as licenças ambientais. A térmica, de 440 MW, deve entrar em operação
comercial em julho de 2007. Os investimentos estão orçados em US$ 675
milhões. Até o momento, a empresa gastou US$ 8,3 milhões."Todas as negociações
em andamento dependem da revisão do modelo do setor elétrico. No momento,
esse cronograma não conflita com o planejamento de implantação da usina,
mas traz algumas incertezas importantes nas negociações com os investidores",
afirma o executivo, que preferiu não revelar os nomes das empresas e bancos
que participaram das negociações de viabilidade da usina. (Canal Energia
- 16.06.2003) Economia Brasileira 1 Política econômica será mantida, diz Dirceu O principal
recado dado ontem pelo governo ao anunciar os princípios da futura política
industrial foi: a política econômica vigente não vai mudar. A mensagem
foi transmitida, durante a entrevista de apresentação do "Roteiro para
a Agenda de Desenvolvimento", pelo ministro-chefe da Casa Civil, José
Dirceu. "Não há como fazer nenhum investimento no Brasil com o dólar flutuando
entre 4 e 5 (reais), inflação projetada de 30% ao ano e risco-país acima
de 2 mil pontos (básicos)", afirmou Dirceu, ao lado do ministro da Fazenda,
Antonio Palocci. O pronunciamento teve valor simbólico. Ocorreu no momento
em que a política de juros altos vem sendo atacada por empresários, intelectuais
e políticos ligados ao próprio governo. Questionado sobre os juros altos,
o ministro disse que o governo está criando as condições para a economia
brasileira crescer de forma sustentada. A pré-condição é a estabilidade.
"Na Câmara de Infra-Estrutura, a associação brasileira da indústria de
base e a associação da indústria que produz energia elétrica para a indústria
pesada e leve declararam que estão mais do que abertas, estão empenhadas
e que têm recursos para investir. O que eles querem é isso: uma economia
estabilizada", disse. (Valor - 17.06.2003) 2 País precisa de US$ 20 bi por ano para crescer A retomada do crescimento de forma sustentável tem um custo: US$ 20 bilhões por ano. Esse é o montante de investimentos necessários, segundo cálculos do governo, para desobstruir gargalos na área de infra-estrutura e garantir competitividade aos produtos brasileiros. Tudo isso deverá ser o pilar do crescimento brasileiro. Por isso, a melhoria na infra-estrutura consta como prioridade no roteiro para nova agenda de desenvolvimento econômico divulgado, ontem, com toda pompa por quatro ministros do governo. Não por acaso, na véspera da reunião do Copom que vai discutir a manutenção ou redução da taxa de juros e no momento em que o governo Lula é criticado pela estagnação econômica e pela necessidade urgente de retomada do crescimento. (Estado de São Paulo - 17.06.2003) 3 Governo quer participação do setor privado no plano de desenvolvimento Como faltam
recursos públicos para tanto investimento, a equipe econômica espera que
o setor privado também ponha a mão no bolso e dê a sua contribuição, além
de contar com as fontes tradicionais, como o BID. Para estimular investimentos
por parte das empresas, o governo acena com uma política de incentivos
fiscais, parcerias e linhas especiais de crédito de instituições financeiras
públicas como o BNDES. No entanto, o ministro do Planejamento, Guido Mantega,
avisa que o modelo de incentivos será diferente do adotado no passado.
A idéia, afirmou, é seguir a experiência coreana e dirigir subsídios para
algumas cadeias produtivas que têm grande potencial e, atualmente, apresentam
gargalos. O apoio governamental terá tempo de vigência delimitado e exigirá
contrapartidas. "O fato de o suporte governamental não ser permanente
obriga a empresa a adquirir competitividade", avalia Mantega. O ministro
enfatizou também que haverá um direcionamento das compras governamentais,
que serão direcionadas ao mercado doméstico. "A exemplo do que já faz
hoje a Petrobrás para a construção de plataformas".(Estado de São Paulo
- 17.06.2003) 4
Novo modelo: governo estipulará metas de inflação 5 Inadimplência leva BNDES ao prejuízo O BNDES
registrou nos primeiros três meses deste ano um prejuízo pouco superior
a R$ 500 milhões. Esse valor praticamente apaga o lucro de R$ 550 milhões
registrado em 2002, último ano do governo FHC. O resultado negativo deveu-se
à situação de inadimplência de três grandes clientes: as elétricas AES
e Southern Electric, ambas americanas, e o frigorífico Chapecó, de Santa
Catarina. As três empresas devem ao banco R$ 4,8 bilhões. Em decorrência
do atraso no pagamento de empréstimos tomados por essas empresas, o BNDES
também foi obrigado a fazer um aumento substancial na conta de provisão
para liquidação de créditos duvidosos. Há expectativas de que o BNDES
também seja obrigado a fazer provisionamentos para dois grandes clientes
da Embraer: a American Eagle e a Continental Airlines. Na reunião, o presidente
do BNDES, Carlos Lessa, informou que a atual diretoria do banco decidiu
limpar o balanço da instituição e assumir o prejuízo das operações deficitárias,
como AES, Southern Electric e Chapecó. Até então, o BNDES fazia operações
de rolagem dessas dívidas, o que encobria o prejuízo nesses empréstimos.
(Folha de São Paulo - 17.06.2003) 6 Palocci sinaliza que juro pode cair amanhã Em reunião
ontem de manhã com Lula e a cúpula do governo, o ministro Antonio Palocci
Filho sinalizou que o Copom deverá baixar os juros amanhã. A taxa atual
é de 26,5% ao ano. Palocci disse na reunião que o Copom levará em conta
que a previsão de inflação para os próximos 12 meses medida pelo IPCA
é de 7,7% e, portanto, abaixo da meta de inflação do BC de 8,5% deste
ano. Palocci, porém, não falou explicitamente que haverá diminuição. Ele
tem sido cauteloso em relação a esse assunto porque não deseja passar
a impressão de que o Copom se rende a pressões políticas. (Folha de São
Paulo - 17.06.2003) 7 Expectativa de inflação fica abaixo de 12% A inflação projetada por analistas de mercado para este ano atingiu o menor nível em mais de quatro meses, segundo levantamento feito pelo BC entre bancos e empresas de consultoria. A expectativa é que o IPCA fique em 11,84%. Ao mesmo tempo em que reduz a estimativa para a inflação, o mercado também prevê que o BC vá reduzir, amanhã, os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual. (Folha de São Paulo - 17.06.2003) 8
Superávit já chega a US$ 9,08 bi O dólar
inverteu novamente a tendência e operava às 11 horas em queda de 0,45%,
cotado a R$ 2,857 na compra e R$ 2,862 na venda. Ontem o dólar voltou
a subir e encerrou o dia cotado a R$ 2,872 para compra e R$ 2,875 para
venda, em alta de 1,23%. (O Globo On Line e Invertia - 17.06.2003)
Internacional 1 Geração de energia na União Européia cai 0,6% em 2002 A geração
de energia na União Européia caiu 0,6 % em 2002, segundo dados apresentados
pela Eurostat, escritório de estatísticas da UE. No período analisado,
os estados membros da União Européia geraram 2.527,8 TWh de energia. Alguns
países ainda geraram mais energia em 2002 com relação a 2001, são eles:
Dinamarca (+3,0%) , Holanda (+2,8%), Bélgica (+2,5%), assim como Itália,
França , Alemanha e Finlândia. Outros países, no entanto, geraram menos
energia : Suécia (-9,1%), Espanha (-5,2%), Áustria (-3,4%), Irlanda (
-3,0%), Reino Unido (-1,9%), Portugal (1,8%) e Grécia ( -1,8%). Do total
de energia gerada pelos membros da UE, 53% foi gerada por usinas convencionais,
e 33,8% usinas nucleares. (Platts - 17.06.2003) 2 Powergen UK tem ratings rebaixados pela Moody O Serviço
para Investidores da Moody rebaixou os ratings da Powergen UK de A2/Prime-1
para A3/Prime-2. Vários ratings de outras afiliadas da Powergen também
foram rebaixadas, segundo a Moody O rebaixamento é resultado da revisão
em todos os ratings da Powergen iniciado em 22 de outubro do ano passado,
após a aquisição da TXU Europe. (Platts - 17.06.2003) 3 NRG Energy sofre processo na Justiça Federal dos EUA A Niagara
Mohawk Power Corp. e a Massachusetts Electric Co. , duas subsidiárias
do National Grid, entraram com pedido junto ao Juiz federal para que as
subsidiárias da NRG Energy realizem o pagamento de cerca de US$ 1 milhão
por mês referentes aos serviços de energia prestados as quatro usinas
de energia da NRG localizadas no norte do país e que totalizam 3290 MW
em energia. (Platts - 16.06.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Singer, Paul. Crescer com Controle da Inflação. Rio de Janeiro: Valor Econômico, 09 de Junho de 2003 Neste artigo o economista, ex-secretário municipal do Planejamento de São Paulo e atual professor da USP, Paul Singer analisa a inflação brasileira e as medidas adotadas pelo governo para combatê-la. Ela seria causada pelo aumento dos custos e da indexação, devido a alta do câmbio em 2002 e as atuais medidas restritivas adotadas não surtiriam efeitos. Ele propõe que o governo estimule a atividade econômica para diminuir o endividamento e os custos fixos das empresas aliada a uma política de maior regulação dos oligopólios e das tarifas públicas. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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