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IFE: nº 1.131 - 16 de junho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Governo apressa o novo modelo do setor elétrico
2 Novo modelo: distribuidoras serão responsáveis pelo próprio planejamento
3 PCHs temem novo adiamento de prazo
4 Indefinição do Governo deixa projetos de PCHs parados
5 MME recebe pedido de definição do Proinfa
6 Governo vai licitar dez trechos de LT

Empresas
1 Eletrobrás terá papel importante no plano de universalização
2 AES aceita pagar parte da dívida ao BNDES
3 Elektro faz investimento na expansão da rede
4 Copel vai investir R$ 1,3 bi até 2006
5 Crise do SEE reduz capacidade produtiva de empresas da área de GTD

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Aneel: sistema pode ganhar 6,8 mil MW em 2003
2 MS terá hidrelétrica com sistema de cavernas
3 Usina deve entrar em operação em 2004
4 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 MAE conclui auditoria de operações de liquidação
2 Minuta de leilão de excedentes é recebida com otimismo por agentes do SEE

3 Abrace: processo de audiência poderia ser mais rápido

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás investirá R$ 9,4 mi na Usina do Xisto em 2003
2 Expansão de dutos cria novos negócios para o gás
3 Grandes expectativas no aumento do consumo de gás no Nordeste
4 Aneel aprova construção de termoelétrica no Maranhão

Grandes Consumidores
1 Braskem destinará US$ 7 mi em unidade industrial em Triunfo
2 CBA assume controle acionário da Ourinhos Energia
3 Indústrias continuam economizando energia, diz pesquisa da Shell Energy Efficiency

4 Curtas

Economia Brasileira
1 Capital de giro terá mais atenção do BNDES
2 Queda lenta da inflação limita a possibilidade de queda dos juros
3 Inflação sob controle não garante juro, diz Palocci

4 Captações externas com prazos longos
5 Palocci confirma saque de US$ 9,3 bi do FMI
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Haina aguarda recuperação econômica para comprar Itabo
2 BE pode ter prejuízo na venda de usina nuclear

Biblioteca Virtual do SEE
1 Camargo, José Márcio. Política Monetária e Inércia. São Paulo: Folha de São Paulo, 09 de junho de 2003

 

Reestruturação e Regulação

1 Governo apressa o novo modelo do setor elétrico

O Governo concluiu a proposta para o novo modelo do setor elétrico brasileiro e deverá divulgá-la nas próximas semanas. O secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, adiantou que a principal mudança será com relação aos contratos de compra de energia de longo prazo pelas distribuidoras. As empresas terão de garantir a compra por 20 anos da energia gerada por novas usinas a serem licitadas pelo Governo. O ponto chave, segundo Tolmasquim, é dar garantias ao investidor, numa tentativa de baratear o custo da energia e, ao mesmo tempo, dar credibilidade ao setor, que ficou bastante afetado devido aos problemas regulatórios e ao racionamento. As distribuidoras terão que se planejar com um prazo de antecedência de cinco anos e as licitações de novos projetos de geração vão levar em conta as expectativas de consumo feitas pelas próprias empresas. "O Brasil precisa de mais ou menos 3,5 mil MW novos por ano. Não podemos nos dar ao luxo de não ter um mecanismo estável de expansão da oferta", disse Tolmasquim. O ministério trabalha nos últimos detalhes referentes ao período de transição entre o atual modelo e o novo. (Jornal do Comércio - 16.06.2003)

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2 Novo modelo: distribuidoras serão responsáveis pelo próprio planejamento

Segundo o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, as distribuidoras serão responsáveis por seu planejamento e vão arcar com possíveis prejuízos provocados por erros na estimativa de consumo futuro. Em caso de problemas causados por motivos não relacionados com a gestão das distribuidoras quem pagará a conta será o consumidor - como no caso do racionamento, por exemplo. A proposta do Governo não terá mais a figura do comercializador central, como era previsto no início. Esse agente compraria a energia das geradoras e faria um mix de preços na hora de vendê-la aos distribuidores. A Aneel deve perder o poder de licitar projetos e ficará com o papel de regular, fiscalizar e mediar possíveis conflitos. A mudança, garante Tolmasquim, não significa um esvaziamento da agência. "É impossível não termos uma agência reguladora forte em um setor como este", diz. O gás natural, como já era esperado, terá papel marginal na geração de energia no País. O ministério já fala no gás como parte da matriz industrial brasileira e não da matriz energética, como diziam seus antecessores. "Existe consenso de que é fundamental desenvolver o mercado industrial de gás", destaca Tolmasquim. Para ele, os grandes consumidores do gás no Brasil serão indústria e veículos. (Jornal do Comércio - 16.06.2003)

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3 PCHs temem novo adiamento de prazo

Alguns empresários do segmento de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) temem que o MME adie novamente o prazo para a definição dos valores para a compra da energia de fontes renováveis, beneficiadas pelo Proinfa. A data, inicialmente marcada para o final de março, já foi adiada para o próximo dia 26 de junho por meio de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O valor reivindicado pelos agentes do setor é de R$ 133,05 por MWh para a energia gerada por PCHs. Segundo o diretor de Desenvolvimento do Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH (Cndpch), Jorge Sampaio, o temor de um novo adiamento decorre do fato de que, até o momento, não foram feitas reuniões ou encontros entre representantes do ministério e agentes e associações que representem os empreendedores em PCH sobre os preços para compra de energia, como havia sido prometido. "Há um receio por parte dos agentes do setor, que aguardam a definição dos valores para alavancar projetos engavetados, de que o governo possa adiar novamente o anúncio, como fez há três meses", diz ele. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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4 Indefinição do Governo deixa projetos de PCHs parados

"Por causa das indefinições sobre a regulamentação do Proinfa e sobre o valor para a compra de energia, os novos investimentos em PCHs estão praticamente estagnados" diz Jorge Sampaio, diretor de Desenvolvimento do Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH (Cndpch). Segundo levantamento do Cndpch, os projetos de novas pequenas centrais aprovados pela Aneel somam um aumento de 3.244 MW na matriz elétrica brasileira e devem gerar 523,4 mil empregos, entre diretos, indiretos e remotos. O custo estimado de instalação de uma PCH é de R$ 2,6 milhões por MW, também segundo informações do Cndpch. Para o presidente da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto, porém, a expectativa é que o ministério vá mesmo divulgar os valores na data marcada. "Esta definição não incomoda nem prejudica nada em relação às definições ainda pendentes na regulamentação do Proinfa, que devem ser divulgadas mais à frente", diz. "Por isto acho que não há porque o Ministério prorrogar por mais tempo a divulgação dos valores". Segundo Pigatto, caso o ministério decida pela prorrogação, a decisão deverá ser vista pelos agentes do setor como um balde de água fria. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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5 MME recebe pedido de definição do Proinfa

Durante o III Congresso Brasileiro de Regulação de Serviços Públicos Concedidos (Gramado - RS), no dia 26 de maio, Arnaldo Jardim entregou um ofício à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, onde propôs soluções para os impasses que ocorrem no Proinfa. No documento, o deputado afirmou que a não homologação dos contratos está causando apreensão e poderá comprometer o programa de geração de energia a partir da biomassa. Arnaldo Jardim fez questão de acompanhar, no mesmo dia, a mesa redonda "Fontes Renováveis de Energia - Proinfa", que teve como integrantes Suani Teixeira Coelho (Prof. do Curso de Pós-Graduação em Energia da USP); Laura Porto (Coordenadora Geral de Energias Renováveis do Ministério de Minas e Energia); Ricardo Pigatto (Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica) e Romeu Boto (diretor da R. Boto Consultoria e Planejamento). Na ocasião, o deputado ouviu de Laura Porto a confirmação de que a revisão do decreto de regulamentação do Proinfa deverá ser divulgada brevemente e a primeira chamada pública para a contratação de projetos deverá acontecer em agosto deste ano. (NUCA - 16.06.2003)

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6 Governo vai licitar dez trechos de LT

O primeiro leilão de concessão no setor de energia elétrica do governo Lula vai licitar dez trechos de linhas de transmissão nos Estados de São Paulo, Paraná, Piauí, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina. As licitações foram autorizadas ontem pelo Conselho Nacional de Desestatização (CND), que aprovou as condições gerais para as instalações. A partir da publicação do edital, que será lançado nas próximas semanas, as empresas terão 75 dias para se qualificar, explicou o secretário executivo de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. O diretor-executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão (Abrate), Cesar de Barros Pinto, enfatiza que as linhas vão contribuir para o aumento da confiabilidade do sistema brasileiro e ampliar o intercâmbio de energia em várias regiões. Segundo ele, apesar de o setor viver momento complicado, a área de transmissão está bem. Isso porque a taxa de retorno dos empreendimentos é satisfatória. A grande dificuldade são as licenças ambientais, que demoram mais de um ano para serem concedidas. Para solucionar este problema, o governo estuda a possibilidade de fazer os leilões da linhas já com as autorizações ambientais concedidas. (Estado de São Paulo - 14.06.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás terá papel importante no plano de universalização

Segundo relatório da Aneel, 11 milhões de brasileiros vivem na escuridão. Até o fim de 2004, a agência quer ver iluminados os lares de 1,7 milhão de pessoas. O número deve alcançar sete milhões em 2008. Dos 5.507 municípios brasileiros, apenas 214 têm 100% dos domicílios com energia elétrica. Não foi sem tempo, portanto, que a Eletrobrás decidiu aderir ao programa de erradicação da miséria. Vai inaugurar em Guaribas e Acauã, no Piauí, marco inicial do Fome Zero, o projeto-piloto de eletrificação rural que andará de braços dados com o ministério de José Graziano. Será a largada da companhia no plano de universalização do acesso à eletricidade, recém-anunciado pela Aneel, que pretende levar luz a 2,5 milhões de lares no país, sobretudo em áreas rurais, até 2015. "O setor elétrico cobre bem as áreas urbanas, mas é uma vergonha existir carência de energia em tantas localidades em pleno século XXI. O Luz no Campo, da Eletrobrás, será o principal instrumento do plano de universalização do governo. Queremos associar o nosso programa ao Fome Zero, apoiando projetos de desenvolvimento das comunidades", anuncia o presidente da estatal Luiz Pinguelli Rosa. (O Globo - 16.06.2003)

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2 AES aceita pagar parte da dívida ao BNDES

Está prestes a ser fechado um acordo entre o grupo norte-americano AES e o BNDES para a quitação de parte da dívida de US$ 1,2 bilhão contraída pelo conglomerado com o banco. Amanhã, Joseph Brandt, chefe do escritório de reestruturação da AES Corp., chega ao Brasil e reúne-se na quarta-feira com a direção do banco. Ele espera que esta seja sua última viagem ao país para negociar com o BNDES. Na proposta da AES para o resolver a pendência com o BNDES está prevista também a criação de uma holding para comandar os negócios do grupo norte-americano no Brasil. Ela incluiria parte dos quatro ativos que o grupo possui no país - entre eles a termoelétrica Uruguaiana (no RS), além de participação na geradora AES Tietê e na Eletropaulo. Os termos finais do acordo da AES com o BNDES dependem da avaliação dos ativos dessa holding, a fim de que seja definido o percentual dela que ficará para o banco estatal. (Folha de São Paulo - 16.06.2003)

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3 Elektro faz investimento na expansão da rede

A Elektro, distribuidora de energia que atua no interior de São Paulo, está investindo cerca de R$ 138 milhões este ano, valor financiado com recursos próprios. De acordo com o presidente da companhia, Orlando González, esses investimentos estão sendo direcionados principalmente para a expansão da rede elétrica de distribuição. "Em média, a Elektro tem ligado cerca de 70 mil novos consumidores por ano", diz. Segundo o executivo, desde 1998, quando a empresa foi privatizada, já foram investidos cerca de R$ 500 milhões. "O consumo sofreu redução desde o racionamento, mas os investimentos têm sido feitos a fim de sustentar a demanda por energia nos horários de pico, pouco afetada pelo racionamento", diz. Segundo González, uma das grandes preocupações atuais da empresa é com a universalização, principalmente no que se refere aos aportes de recursos pelo governo. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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4 Copel vai investir R$ 1,3 bi até 2006

A Copel vai investir R$ 1,3 bilhão até 2006. O plano de investimentos prevê melhorias e expansão do sistema elétrico do estado. Do total a ser investido, R$ 1,16 bilhão serão destinados para as áreas de distribuição e de transmissão. Os investimentos serão provenientes de recursos próprios da empresa, já que a estatal continua impedida de obter linhas de financiamento por organismos internacionais. Segundo Paulo Pimentel, presidente da companhia, a medida tem por objetivo compensar a administração anterior, que deixou de fazer investimentos em conservação e melhorias. Ele diz que, em 2002, o volume de investimentos na área foi a metade dos recursos destinados em 1998. O resultado, explica o executivo, reflete na deterioração do sistema e no comprometimento dos índices de qualidade do atendimento. Além disso, Pimentel ressalta que o número de técnicos e eletricistas também caiu na gestão anterior. De acordo com ele, das 402 equipes disponíveis em 1998, o quadro atual está reduzida a 198. Com isso, o nível de qualidade do atendimento prestado pela concessionária baixou. (Canal Energia - 13.06.2003)

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5 Crise do SEE reduz capacidade produtiva de empresas da área de GTD

O baixo nível de encomendas do setor elétrico pode dificultar o projeto do Ministério de Minas e Energia de privilegiar a indústria nacional nos futuros empreendimentos do setor elétrico. Segundo o diretor de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição) da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Newton Duarte, a crise do setor está trazendo perda de capacidade industrial e know-how para a indústria brasileira. Duarte conta que as indústrias estão operando com 30% da sua capacidade, e que para o segundo semestre a tendência é ainda pior. "Se não houver liberação de recursos para os projetos já licitados, muitas empresas vão desmontar o quadro produtivo", afirma. Ele diz que já informou esse risco para a Eletrobrás e para o governo. "A indústria nacional pode não conseguir dar conta das encomendas, pois estará desmantelada", explica. Duarte conta que cerca de R$ 1,3 bilhão poderiam ser contratados nesse momento para os projetos na área de transmissão já autorizados. Além disso, o diretor calcula que os sete lotes de transmissão que serão leiloados pela Aneel podem gerar mais R$ 1,8 bilhão em negócios. "Nessa área, o nível de nacionalização está em 60%, sendo que havendo mais encomendas a tendência é aumentar esse patamar", diz. (Canal Energia - 13.06.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Aneel: sistema pode ganhar 6,8 mil MW em 2003

Da capacidade total instalada de 15.238,7 MW outorgada pela Aneel com previsão para entrar em operação neste ano, 6.853,2 MW não apresentam restrições para início de operação comercial. Outros 2.282,6 MW têm restrições ambientais. O restante (6.102,9 MW) estão com graves restrições para início de operação, como ações judiciais e inviabilidade ambiental. No mês de junho, a agência outorgou apenas um usina, de 7,2 MW instalados. O volume de investimentos está estimado em R$ 8 milhões. Desde 1998, já foram expedidas 1.275 outorgas, que totalizam 58.214 MW. Os investimentos estão orçados em R$ 8,4 bilhões. Na área de transmissão, a Aneel prevê a entrada em operação de 3.159,21 quilômetros de extensão em 2003. Para os anos de 2004 e 2005, a previsão é de 3.102,9 km e 41 km, respectivamente. Ao todo, a agência já licitou 26 linhas de transmissão, que somam 7.826,1 quilômetros de extensão. Desses, 3.969 km já estão em operação. Em cinco anos, foram autorizados 4.020 km de linhas, sendo que 1.804,5 quilômetros estão operando. (Canal Energia - 13.06.2003)

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2 MS terá hidrelétrica com sistema de cavernas

A primeira usina hidrelétrica com sistema de cavernas de Mato Grosso do Sul está sendo construída no Rio Correntes, entre as cidades de Sonora (MS) e Itiquira (MT). O mega investimento é de R$ 500 milhões, com implantação de tecnologia de ponta para construir a Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra, que vai produzir bastante energia em pouca área alagada. Esse sistema possibilitará que a usina produza mais energia por quilômetro quadrado inundado do que a Usina Itaipu, no Paraná, por exemplo. Serão 10.588 kW de energia em cada um dos 17 km², enquanto a Itaipu produz atualmente 9.333 kW/km². A excelente produção, ressalta o diretor Ivan Flausino da Cunha, se deve ao projeto de engenharia arrojado e à otimização dos serviços. "Além disso, o sistema de cavernas favorece menor impacto ambiental do que uma usina de sistema normal", ressalta. (Correio do Estado - 15.06.2003)

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3 Usina deve entrar em operação em 2004

As obras da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra começaram em 2001 e têm fim previsto para 2004. Quando estiver pronta, vai produzir energia suficiente para iluminar uma cidade quase do tamanho de Campo Grande. A empresa responsável pela UHE, Ponte de Pedra Energética S.A., foi criada por um consórcio de empresas estrangeiras, Impregilo SpA (Itália) e a Skanska Bot (Suécia), uma das cinco maiores construtoras do mundo. A região do Rio Correntes foi disponibilizada pelo Governo federal para aproveitamento energético porque possui vazão constante, apesar do período de seca, cerca de 80,4 m³ de água por segundo. Mas, apesar da boa vazão do rio, os empreendedores precisavam vencer um desafio: a falta de altura para gerar energia, por isso o sistema de cavernas foi o mais adequado para a finalidade de construção de uma UHE. Já o sistema de cavernas foi implantado porque a região oferece condições topográficas e geológicas favoráveis. A energia gerada vai para o sistema de energia elétrica existente na região Centro-Oeste, através de uma linha de transmissão de 132 km. (Correio do Estado - 15.06.2003)

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4 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 MAE conclui auditoria de operações de liquidação

O Conselho de Administração do MAE aprovou neste semana o relatório de auditoria, feita pela Trevisan, da contabilização das operações realizadas no período de setembro de 2000 a dezembro de 2002. O próximo passo é a aprovação do documento na Assembléia Geral dos Agentes, que acontece na próxima quarta-feira, dia 18 de junho. Após essa aprovação, será possível concluir a primeira liquidação definitiva na história do mercado atacadista, programada para o dia 26 de junho. A operação envolve um volume de recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, referentes a 50% das transações feitas no período. A outra metade foi liquidada no final do ano passado. A auditoria aprovou as três versões do sistema computacional utilizado para registrar as operações de compra e venda no MAE. A Trevisan testou ainda todos os dados de entrada no sistema e os resultados emitidos, avaliou os ajustes de contabilização em decorrência das liminares e auditou as faturas a serem emitidas aos agentes para a liquidação. (Canal Energia - 13.06.2003)

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2 Minuta de leilão de excedentes é recebida com otimismo por agentes do SEE

Os agentes que poderão participar do leilão de excedente de energia receberam com otimismo a minuta de resolução da Aneel, que estabelece as condições gerais para participar do leilão. Na avaliação deles, a minuta da agência está de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério de Minas e Energia. Pela proposta, somente poderão participar do processo os agentes geradores que tenham excedentes de energia elétrica provenientes da liberação dos contratos iniciais e equivalentes e consumidores livres, estes como compradores. A energia comercializada deverá ser ofertada para formalização de contratos bilaterais com duração máxima de dois anos. Segundo Flávio Neiva, presidente da Abrage (Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica), a expectativa, agora, é com os termos do edital do leilão. De acordo com a minuta, o MAE terá que enviar o edital do leilão para a aprovação da Aneel com pelo menos 45 dias de antecedência da data fixada para o negócio. A publicação será feita 30 dias antes do leilão. "A minuta ficou dentro do esperado. A Aneel conseguiu reproduzir o que foi estabelecido pelos agentes participantes do leilão e pelo ministério", comenta o executivo. A estimativa da associação é que sejam vendidos de 2 mil MW a 2,5 mil MW no horário de ponta. Isso significa uma média diária de 600 a 650 MW médios. (Canal Energia - 13.06.2003)

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3 Abrace: processo de audiência poderia ser mais rápido

A Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica) também considera positiva a minuta de resolução. No entanto, segundo Paulo Ludmer, diretor executivo da entidade, o processo de audiência poderia ser mais rápido. A preocupação, explica ele, é evitar que o processo atrase a realização do leilão, previsto para acontecer em agosto deste ano. "Esse processo poderia ser um pouco mais rápido para não atrasar o leilão de excedente", comenta. A minuta ficará disponível para o recebimento de contribuições até o dia 25 de junho. No dia 1º de julho, a Aneel realiza audiência pública, em Brasília. (Canal Energia - 13.06.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás investirá R$ 9,4 mi na Usina do Xisto em 2003

A Petrobrás planeja dobrar, em 2004, os investimentos na Usina do Xisto de São Mateus do Sul (Six), estimados em R$ 9,4 milhões para este ano. O objetivo é modernizar as instalações da usina e permitir um aumento na fabricação de óleo, gás de cozinha, gás combustível e enxofre - hoje, a produção está "perto do limite da capacidade", segundo o gerente de engenharia da Six, Hélio Toshio Sakurai. Neste ano, explica Sakurai, boa parte dos recursos serão destinados a projetos de recuperação e preservação ambiental da área onde a Petrobrás extrai xisto. De acordo com ambientalistas, a extração e a transformação do mineral em óleo e gás são atividades bastante poluentes. Passada esta etapa, a meta é trabalhar para elevar a produção da usina. Nos últimos anos, explica o gerente, a fabricação de óleo, por exemplo, não tem crescido. Em 2001, ela atingiu 1,28 milhão de barris. No ano passado, o volume praticamente se repetiu: 1,24 milhão. O óleo feito pela Six é utilizado como fonte de energia pela indústrias, especialmente as da região metropolitana de Curitiba. Por isso, no ano que vem, a Petrobrás pretende investir R$ 20 milhões na usina de São Mateus do Sul. (Gazeta do Povo - 16.06.2003)

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2 Expansão de dutos cria novos negócios para o gás

Após consolidar o setor industrial, distribuidoras investem em segmentos comercial, residencial e no gás natural veicular. As principais companhias de gás do Nordeste vão expandir em melo menos 380 quilômetros suas redes de distribuição até o final do ano, totalizando investimentos de R$ 94,5 milhões. Depois de se consolidar no segmento industrial, as companhias apostam no processo de interiorização dos gasodutos, iniciam a exploração nos segmentos comercial e residencial e prosseguem com a investida no gás natural veicular (GNV). Com foco no segmento industrial, em função do pólo petroquímico, a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) vai investir R$ 60 milhões para garantir mais 100 quilômetros a sua rede de distribuição até o final de 2003. O aporte corresponde ao dobro do que foi injetado no ano passado e será destinado, principalmente, aos projetos de interiorização da infra-estrutura do gás canalizado. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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3 Grandes expectativas no aumento do consumo de gás no Nordeste

A Algás - Gás de Alagoas S.A - partiu na frente na exploração dos segmentos residencial e comercial, que representam hoje 2% da comercialização de gás natural do Estado. A gerente comercial, Ângela Fernandes, diz que a expectativa é que esta fatia chegue a 8% nos próximos dois anos. "Por conta da topografia de Maceió e da proximidade da rede de distribuição com o centro da cidade, levamos vantagem em relação a outras capitais como Recife e Salvador na expansão da rede para estes segmentos", comenta. Até o final do ano a Algás vai concluir um investimento de R$ 8 milhões na ampliação da sua rede de distribuição. A expectativa é aumentar em 10 km a rede de aço e em 8 km a de polietileno. A companhia também dá o pontapé inicial no seu processo de interiorização, com a implantação de um posto para comercialização de GNV no município do Pilar e tem projeto para outro em São Miguel dos Campos. Em Pernambuco, a Copergás (Companhia Pernambucana de Gás) espera ampliar sus rede em 119 quilômetros este ano, desembolsando aportes da ordem de R$ 22 milhões. A companhia inicia o segundo semestre de 2003 com obras para o fornecimento comercial. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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4 Aneel aprova construção de termoelétrica no Maranhão

A Viena Siderúrgica do Maranhão está autorizada pela Aneel a implantar a termelétrica Açailândia, com 7,2 MW de capacidade instalada. A empresa atuará como auto produtor e investirá cerca R$ 8,6 milhões na construção do empreendimento. A usina, que será instalada no município de Açailândia, no Maranhão, operará com um turbo gerador a vapor. (Canal Energia - 13.06.2003)

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Grandes Consumidores

1 Braskem destinará US$ 7 mi em unidade industrial em Triunfo

A Braskem oficializa às 9h30min de hoje, na sua unidade do Pólo Petroquímico, em Triunfo, o investimento de 7 milhões de dólares na ampliação da capacidade produtiva de polipropileno da planta industrial de primeira geração. A produção será ampliada em 100 mil toneladas/ano. O projeto já foi apresentado pelo presidente da empresa, José Carlos Grubisich, ao governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Ambos estarão presentes à solenidade. A ampliação da unidade industrial da Braskem deverá resultar em um crescimento de 20% no volume de produção, o que significará uma receita adicional de 100 milhões de dólares/ano, obtida no mercado interno e nas exportações. A atual planta produz 550 mil toneladas por ano de polipropileno. Com operação prevista para março de 2004, o executivo estimou, na época do anúncio do investimento, o início das obras de ampliação ainda nesse semestre. (Correio do Povo - 16.06.2003)

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2 CBA assume controle acionário da Ourinhos Energia

A Aneel aprovou, nesta semana, a transferência de 100% da participação acionária que a Guascor Geratec tinha na empresa Ourinhos Energia para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). A agência prorrogou também o prazo de conclusão das obras da hidrelétrica Ourinhos, da Ourinhos Energia, de julho de 2004 para janeiro de 2007. O adiamento foi autorizado em razão da necessidade de alterações técnicas no projeto original da usina. A hidrelétrica está localizada entre os municípios de Ourinhos, em São Paulo, e Jacarezinho, no Paraná. A usina terá potência instalada de 44 MW. (Canal Energia - 13.06.2003)

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3 Indústrias continuam economizando energia, diz pesquisa da Shell Energy Efficiency

Os gastos com energia elétrica continuam sendo fonte de preocupação das indústrias. Apesar de terem diminuído os esforços na área, as empresas ainda mantêm níveis de economia no consumo de energia. Segundo uma pesquisa elaborada pela Shell Energy Efficiency Brasil, das 100 indústrias entrevistadas, cerca de 50% continuam economizando de 7% a 8% os gastos com energia elétrica, cota estabelecida na última etapa do racionamento em 2001. Na avaliação de Xavier Pierre Boutaud, representante da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica) no grupo técnico sobre Conservação de Energia da extinta GCE, o cenário atual não está estável e pode mudar a qualquer momento. Por isso, diz ele, é preciso que projetos na área de eficiência energética sejam trabalhados pelo governo. "Hoje, o setor apresenta uma calmaria em relação ao suprimento de energia para os próximos dois anos. No entanto, basta a economia retomar o seu ritmo de crescimento e o setor apresentar dois anos chuvosos ruins para voltarmos a ter problemas de abastecimento com energia elétrica", prevê o executivo. De acordo com Boutaud, o GCE chegou a entregar o relatório final ao MME. O grupo apresentou 13 projetos na área de eficientização e conservação de energia. Dois deles estão em andamento no MME. Um envolve a criação de um fundo para estimular a entrada de recursos financeiros para projetos de eficiência energética. O outro seria a criação de certificação de Escos, ou seja, uma listagem de consultorias especializadas e reconhecidas no mercado. (Canal Energia - 13.06.2003)

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4 Curtas

O investimento da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) de US$ 400 milhões no laminador inaugurado em outubro começa a dar retorno. A empresa atingiu o recorde de produção de 7.175 mil toneladas/dia. (Folha de São Paulo - 14.06.2003)

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Economia Brasileira

1 Capital de giro terá mais atenção do BNDES

O BNDES está revendo todas as suas políticas operacionais, para adaptá-las aos objetivos desenvolvimentistas implementados pelo presidente Carlos Lessa. Uma das mudanças vai ser a ampliação do financiamento ao capital de giro das empresas, já que o banco hoje é muito mais focado em financiamentos a investimentos e aquisições de máquinas. As informações foram dadas pelo diretor da Área Industrial do BNDES, Maurício Borges Lemos, levado ao banco por Lessa. "Nós não vamos mais financiar shopping centers e fazer operações a esmo", diz Borges Lemos, criticando a gestão do BNDES durante os mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Borges Lemos, economista da Universidade de Campinas, filiado ao PT, e ex-secretário de Planejamento de Belo Horizonte, está cheio de idéias e projetos para nova fase do banco: "O nosso enfoque passou a ser setorial, e sendo setorial há setores que são mais prioritários do que outros. O BNDES está caminhando claramente para rever as políticas operacionais. Em muita coisa, o BNDES vai entrar com capital de giro. O que precisa, às vezes, é capital de giro, não é máquina nem nada. Hoje, o BNDES opera pouco com capital de giro. É muito em cima da produção de máquinas". Outro ponto importante destacado foi o do setor petroquímico o qual segundo ele foi anarquicamente privatizado, e precisa ser rearrumado, para voltar a crescer, receber investimento e ter um equacionamento da sua dívida. Destaca também a importância da Petrobras em não ficar fora do setor petroquímico, uma vez que detém papel importantíssimo neste cenário. (Estado de São Paulo - 15.06.2003)

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2 Queda lenta da inflação limita a possibilidade de queda dos juros

Os números mais recentes da inflação ainda suscitam polêmica entre os economistas. A maioria já acredita que o Copom vá promover uma queda na taxa básica de juros na reunião desta semana. Mas, se a autoridade monetária for muito conservadora, encontrará razões para manter a Selic. Entre estas, está uma queda ainda lenta da taxa de inflação e dos núcleos, sinais de inércia elevada e, principalmente, comprometimento com a meta de 2003, que é de 8,5% no ano. O BBV Banco fez um extenso trabalho distinguindo motivos para a queda e para a manutenção da Selic. Entre os argumentos contrários à queda, está a inércia. O BBV calcula um coeficiente de inércia. Segundo este indicador, até meados do ano passado, a inflação corrente herdava cerca de 60% da inflação passada - coeficiente de inércia de 0,60%. Este percentual bateu recorde no fim do ano passado, quando chegou a 0,79. Em maio, ainda estava em 0,74 . "A queda da inércia é muito lenta", diz Luís Afonso Lima, economista do BBV. Entre as razões, ele aponta a incerteza dos agentes quanto à condução da política monetária e o movimento de recuperação de margens do varejo, que ainda não repassou ao consumidor os aumentos do atacado. (Valor - 16.06.2003)

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3 Inflação sob controle não garante juro, diz Palocci

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse ontem, em São Paulo, que acredita a inflação está sob controle e que o fato dos indicadores estarem convergindo para próximo das metas inflacionárias do governo "é uma boa notícia para todo o país". O ministro não quis fazer comentários sobre a possibilidade de o Copom, que se reúne de hoje até quarta-feira, decidir por uma redução da Selic, atualmente em 26,5% ao ano. "A prioridade para o governo nesse momento é o controle da inflação. A política nesse setor está sendo eficiente. Haverá um momento em que ocorrerá a queda de juros. Cabe ao Copom decidir qual é esse momento", afirmou o ministro. "Eu pessoalmente não adotaria nenhuma medida em que se corresse o risco de a inflação retornar, porque senão pagaríamos a conta mais tarde", prosseguiu Palocci. (Valor - 16.06.2003)

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4 Captações externas com prazos longos

A Sabesp e o Unibanco fecharam captações de US$ 450 milhões na sexta-feira, de prazo de vencimento final em cinco e seis anos, respectivamente. A emissão da Sabesp foi tão bem-sucedida que a demanda chegou a US$ 480 milhões. Foram bônus simples, na captação externa de prazo mais longo para uma empresa não-exportadora e não-financeira neste ano. Só a Petrobras obteve recursos com prazo igual ou maior neste ano entre as não-financeiras. Já o Unibanco fechou inovadora operação de venda de títulos garantidos pelas ordens de pagamento de seus clientes no exterior ao país no total de US$ 225 milhões. (Valor - 16.06.2003)

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5 Palocci confirma saque de US$ 9,3 bi do FMI

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, confirmou na sexta-feira que o Brasil irá sacar os US$ 9,3 bilhões referentes a quarta parcela do empréstimo de US$ 30 bilhões do FMI acertado em setembro do ano passado. Dessa parcela, serão descontados automaticamente US$ 4,7 bilhões de dívida com a instituição, que vencem neste mês. Palocci disse que "o dinheiro do Fundo tem sido importante para a estabilização econômica ao reforçar as reservas internacionais".A única alteração proposta pela equipe do FMI ao governo brasileiro, durante a terceira revisão, ocorrida na primeira quinzena de maio, foi de aprimoramento do mercado de capitais. (Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial voltou a subir nesta última hora de negociação. Às 11h20m, a moeda americana registrava alta de 0,49%, a R$ 2,849 na compra e R$ 2,854 na venda. A manhã é de bastante volatilidade. Na sexta-feira, o dólar recuou e terminou o dia cotado a R$ 2,836 para compra e R$ 2,84 para venda, a menor cotação desde o dia 12 de julho de 2002. (O Globo On Line e Gazeta Mercantil - 16.06.2003)

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Internacional

1 Haina aguarda recuperação econômica para comprar Itabo

A geradora de energia elétrica dominicana EGE Haina engavetou os planos de comprar 100% da concorrente Itabo até que a liquidez no mercado financeiro local melhore, informou uma fonte ligada ao processo. Investidores e bancos estão em compasso de espera na República Dominicana, enquanto o governo negocia um pacote de crédito com o FMI, disse a fonte, acrescentando que embora as incertezas não tenham afetado as taxas de juros, limitaram a liquidez. Os dois lados chegaram "muito perto" de um acerto sem fechar, disse a fonte, acrescentando que um acordo deve ser alcançado daqui a dois meses, "quando as condições macroeconômicas recuperarem o equilíbrio perdido nos últimos dois meses". O fechamento da compra estava programado inicialmente para o ano passado e já havia sido adiado pela dificuldade de as partes envolvidas chegarem a um consenso: metade da Itabo pertence ao governo e a outra metade à geradora chilena AES Gener e à americana El Paso, e a participação destas duas foi comprada com financiamento. Isso significa que os que estão emprestando também têm de concordar com o negócio. A Haina tem capacidade instalada de 450MW, e a Itabo tem capacidade nominal de 586MW em cinco usinas. (Busines News Americas - 13.06.2003)

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2 BE pode ter prejuízo na venda de usina nuclear

A British Energy poderá sair perdendo caso o regulador de energia do Canadá adie o reinício das operações da usina nuclear Bruce Power. Segundo os termos do contrato no qual a BE vendeu sua participação na usina para o consórcio liderado pela Cameco Corporation, se o reinício das operações dos reatores da usina fossem religados depois de 15 de junho , no caso do reator 4, e 1º de agosto, o reator 3, os valores da venda se reduziriam numa escala decrescente chegando a zero depois de um período nove meses. (Platts - 13.06.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Camargo, José Márcio. Política Monetária e Inércia. São Paulo: Folha de São Paulo, 09 de junho de 2003

Neste artigo o economista e professor da PUC/RJ José Márcio Camargo analisa as recentes discussões sobre a taxa de juros. Para ele se não houver uma política de contenção de demanda haverá descontrole da inflação, devido à sua causa inercial. Também acrescenta que o papel das expectativas dos agentes econômicos é fundamental para os resultados da política monetária, só havendo espaço para redução dos juros quando a queda da inflação se consolidasse.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm

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