l IFE:
nº 1.128 - 11 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Pinguelli rebate matéria do Valor O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, enviou carta ao jornal Valor Econômico
contestando informações de uma matéria editada na última sexta-feira:
"A informação contida na matéria publicada no jornal Valor Econômico,
dia 6 de junho, sob o título 'Novo modelo direciona investimento', é completamente
equivocada no que diz respeito à contribuição da Eletrobrás para a reformulação
do modelo do setor elétrico brasileiro. Esclareço que, em 27 de janeiro,
a Eletrobrás criou um grupo de estudo no âmbito de suas empresas, cujo
primeiro relatório, preliminar, foi entregue à ministra Dilma Rousseff
no dia 25 de fevereiro, e a versão final, em 15 de abril. Ademais, o coordenador
deste grupo e cinco de seus integrantes, todos engenheiros da Eletrobrás,
participaram também da comissão formada no Ministério que elaborou a proposta
do novo modelo. A Eletrobrás, bem como a Petrobrás, tem o papel de trabalhar
de acordo com a orientação do Ministério de Minas e Energia, contribuindo
para a elaboração do novo modelo." (NUCA e Valor - 11.06.2003) 2 Idec entra na Justiça contra cobrança da Cosip em SP O Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) entrou nesta terça-feira, dia
10 de junho, com ação civil pública com pedido de liminar contra a cobrança
da taxa de iluminação pela prefeitura de São Paulo. Segundo a entidade,
a população já paga essa despesa através do IPTU. Se for concedida a liminar,
todos os contribuintes da cidade de São Paulo serão beneficiados com a
decisão. A Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública)
foi aprovada pela Câmara Municipal no final do ano passado e começou a
ser cobrada em maio passado. No documento, o Idec solicita a exclusão
da cobrança das contas de energia elétrica de todos os contribuintes,
sob pena de multa diária ou então que os valores recolhidos a título da
Cosip sejam depositados em juízo. Além disso, o instituto quer a devolução
antecipada do que já foi pago indevidamente pelos consumidores, mediante
compensação em contas futuras, ou da forma que o juiz entender mais adequada.
(Canal Energia - 10.06.2003) 3 Seminário de FURNAS encerra prazo para inscrições de trabalhos O XI SEPEF
(Seminário de Planejamento Econômico-Financeiro do Setor Elétrico), realizado
por FURNAS Centrais Elétricas S.A., encerra o prazo para inscrições de
trabalhos técnicos no dia 16/06/2003, próxima segunda-feira. O seminário
acontece de 14 a 17 de outubro de 2003 no Club Med Resort, em Mangaratiba,
Rio de Janeiro e os interessados em participar devem acessar efetuar a
inscrição até o dia 22/09/2003 no site do evento - www.xisepef.com.br.
(NUCA - 11.06.2003) 4
Curtas O sistema elétrico brasileiro deve fechar o período de 2002 a 2004 com investimentos inferiores a US$ 12,6 bilhões, segundo as novas projeções da Abdib. Os números já tinham sido revisados. Em princípio, a expectativa era chegar a US$ 16,4 bilhões. (Folha de São Paulo - 11.06.2003) José Augusto Marques (Abdib), diz que os efeitos positivos das novas medidas de reestruturação do setor elétrico somente terão impacto efetivo, na melhor das hipóteses, a partir do ano que vem. (Folha de São Paulo - 11.06.2003)
Empresas 1 Lessa teme inadimplência de empresas privatizadas Grande parte
dos empréstimos do BNDES a empresas que participaram do processo de privatização
é "de recuperação difícil, para não dizer duvidosa", afirmou o presidente
do banco, Carlos Lessa, em exposição à Comissão de Assuntos Econômicos
do Senado. Para ele, esses empréstimos podem causar ao banco problemas
semelhantes ao caso já público das acionistas da Eletropaulo, AES Elpa
e AES Transgás, que serão responsáveis, neste ano, pela frustração de
US$ 1 bilhão no caixa do BNDES. As privatizações e o financiamento à exportação
aumentaram em mais de 200% os ativos do BNDES, que passaram de R$ 40 bilhões
em 1995 para R$ 151 bilhões atualmente, relatou Lessa, que se queixou,
porém, da "excessiva exposição" do banco a fontes externas de financiamento,
nesse período. Hoje, 20% dos ativos do banco se apóiam em fontes externas
de financiamento, comentou o presidente do BNDES. "É uma exposição incômoda",
disse. "O BNDES é prisioneiro de seu passado, tanto sua carteira ativa
quanto a passiva expressam decisões passadas", comentou Lessa, citando
as operações com empresas privatizadas e de apoio à exportação para mostrar
aos senadores as dificuldades de atender aos objetivos de um projeto de
lei em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos, que pretende vincular
35% dos recursos do BNDES a projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
"O BNDES não é um instrumento que possa ser manejado para qualquer lado
com rapidez", argumentou Lessa, ao afirmar que a aprovação do projeto
obrigaria o governo a reduzir os recursos para exportação. (Valor - 11.06.2003) 2 Eletronuclear volta a pedir reajuste tarifário Os presidentes
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e da Eletronuclear, Zelí Dutra Tomé
Filho, além do diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, foram ontem à
Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados discutir a situação
das usinas nucleares no País. Segundo Pinguelli, as usinas do complexo
de Angra têm um contrato de fornecimento de 1.260 MW/hora, que é menos
de 80% da sua capacidade de produção. "Mas, por uma questão operacional,
é necessário manter os reatores a no mínimo 80% de sua capacidade", explicou
Pinguelli. O presidente da Eletronuclear, Zelí Dutra afirmou ser necessário
aumentar o contrato de energia de Angra para 1.465 MW/hora. A tarifa também
deveria subir de R$ 63,53 MW/hora para R$ 98,56 o MWh. Segundo Zelí, isto
teria pouco impacto para o consumidor, significando um aumento de 0,4%
na conta de eletricidade. Abdo, da Aneel, disse que entende os problemas
das usinas Angra I e II, mas que a agência ainda não tem uma política
de regulamentação tarifária para o setor de energia nuclear. Ele propôs
um aumento temporário no fornecimento de energia elétrica pelo sistema
Angra, até que seja encontrada uma solução. (Gazeta Mercantil - 11.06.2003) 3 Celesc e prefeituras ratificam parceria para eficientização na área pública O governo
de Santa Catarina ratificou nesta terça-feira, dia 10 de junho, parceria
entre Celesc e 46 prefeituras do estado. O convênio prevê a melhoria da
eficientização da iluminação pública. Pelo acordo, 50% dos pontos de iluminação
pública do estado estarão utilizando lâmpadas de vapor de sódio de alta
pressão até o final de 2004. Essas lâmpadas consomem 25% menos energia,
aumentam a luminosidade em 35% e têm vida útil 20% maior que as lâmpadas
de vapor de mercúrio. Os investimentos no projeto estão orçados em cerca
de R$ 8,5 milhões. A distribuidora estima que, com esses novos convênios,
a eficientização dos sistemas de iluminação pública vai gerar uma economia
de 10.484 MWh/ano, o que significa a R$ 1,7 milhão que deixarão de ser
gastos com energia pelas prefeituras. (Canal Energia - 10.06.2003) 4
Copel abre três processos de licitação 5 Coelba investe no fornecimento de energia em Salvador A Coelba
está investindo R$ 7,3 milhões no aprimoramento do fornecimento de energia
elétrica do subúrbio de Salvador. Os recursos estão sendo utilizados para
a construção da linha de transmissão Paripe-Periperi e da subestação de
Periperi. Além disso, o projeto prevê a instalação da saída de linha na
subestação de Paripe, de 25 MVA, e quatro alimentadores em Periperi. O
resultado será a possibilidade de redistribuição das cargas de Paripe,
Itapagipe e Cajazeiras quando houver problemas no fornecimento de energia
no subúrbio. A nova subestação permitirá também a melhoria da qualidade
da energia fornecida na área de Paripe, Periperi, Itapagipe, Cajazeiras
e adjancências. Segundo a Coelba, as obras de implantação da linha de
transmissão e da subestação devem ser concluídas até o final de outubro.
Os detalhes da obra serão apresentados nesta terça-feira, dia 10 de junho,
ao prefeito da cidade, Antônio Imbassahy. (Canal Energia - 10.06.2003) 6 Cemat realiza parceria com a Bunge Alimentos A Cemat
fechou parceria com a Bunge Alimentos, em Rondonópolis, para garantir
o fornecimento de energia para a maior unidade processadora de soja do
país. Foram construídas uma linha de transmissão, em 138 kV, e uma subestação,
já em funcionamento. O objetivo da parceria foi melhorar a qualidade e
a confiabilidade da energia, além de aliviar os transformadores da subestação
I e disponibilizar energia para outros consumidores e também para a empresa.
(Canal Energia - 10.06.2003) 7 Schahin-Alusa confirma presença na próxima licitação de LTs Mesmo sem
a confirmação de que haverá leilão de LTs este ano, o Consórcio Schahin-Alusa
afirma que vai participar da próxima licitação. Inicialmente, o leilão
estava previsto para acontecer no final do ano passado, mas, com a entrada
do novo governo, a Aneel espera reunião do CNPE para lançar edital da
licitação. Segundo Teofrasto Barbeiro, diretor de Concessões do consórcio,
a participação da empresa está garantida no próximo leilão, independente
da forma como as estatais irão participar nas concorrências - em parceria
minoritária em consórcios ou sozinhas. "A presença é certa. Estamos apenas
estudando quais os projetos nos interessariam mais", afirma ele. Apesar
das incertezas em torno do leilão, o diretor acredita que a licitação
deve acontecer ainda este ano. Isto porque, avalia ele, o sistema precisa
de algumas LTs. Pelo cronograma da Aneel, devem ser licitados sete lotes
de LTs, que totalizam 1.797 km. Algumas delas são a expansão da Interligação
Sul/Sudeste, em 525 kV e 370 km; e a LT Teresina II/Sobral III/Fortaleza
II, em 500 kV e 541 km. Enquanto a definição com o leilão não sai, o consórcio
continua as obras de implantação de duas LTs. (Canal Energia - 10.06.2003)
8 Gamesa estuda implantação de usina eólica no Piauí A Gamesa
Energia, braço da espanhola Gamesa, está estudando a implantação de uma
usina eólica no estado do Piauí. O projeto prevê a instalação de 118 turbinas
aerogeradoras, totalizando 100,3 MW de capacidade. A implantação do projeto
depende das definições do Proinfa e também das melhorias na rede de transmissão
do estado. A usina eólica, projeto da Gamesa em parceria com a EconInvest,
deverá ser construída no município de Parnaíba e terá investimentos de
US$ 100 milhões. De acordo com Maria Eliza Medeiros, engenheira de projetos
da Gamesa Energia, 80% desse valor serão financiados e os 20% restantes
desembolsados pelas duas empresas. "A nossa expectativa é que a usina
seja enquadrada na primeira ou na segunda fase do Proinfa. Para isso,
dependemos da definição do VE (Valor Econômico). O valor médio do VE que
viabilizaria a implantação da eólica seria de US$ 75,00/MWh", explica
a engenheira. Outra questão que pode dificultar a implantação da usina
é a limitação da rede de transmissão do estado. (Canal Energia - 10.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 SE/CO registra baixa no consumo de 0,02% nos últimos sete dias O Sudeste/Centro-Oeste
está com baixa de 0,02% no consumo nos últimos sete dias. Na segunda-feira,
dia 9 de junho, o subsistema consumiu 26.030 MW médios, contra previsão
de 25.558 MW médios do programa mensal de operação (PMO) do ONS. Em relação
à curva de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o submercado acumula
queda de 5,59% no mesmo período. Já o Sul registrou consumo de 7.319 MW
médios, contra previsão de 6.733 MW médios do operador do sistema. A região
acumula alta em relação ao PMO de 4,71% nos últimos sete dias. No Norte,
o consumo foi de 2.924 MW médios, contra patamar de 2.852 MW médios do
ONS. O submercado acumula elevação no consumo de 1,2% no mesmo período.
O Nordeste consumiu 5.824 MW médios, contra PMO de 5.910 MW médios do
operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema está com baixa
no consumo de 1,39%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247
MW médios, o submercado acumula queda de 6,71% no período. (Canal Energia
- 10.06.2003) 2 Nível de armazenamento do subsistema Norte permanece estável A capacidade
de armazenamento do subsistema Norte está em 84,78%. O nível de armazenamento
permaneceu estável em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí
registra índice de 100%. (Canal Energia - 10.06.2003) 3 Nível de armazenamento na região Nordeste tem queda de 0,13% O nível
de armazenamento na região Nordeste está em 47,98%, volume 24,88% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,13%.
A usina de Sobradinho apresenta 43,02% da capacidade. (Canal Energia -
10.06.2003) 4
Capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 75,62% 5 Capacidade do subsistema Sul aumenta 0,94% A capacidade
de armazenamento do subsistem Sul está em 61,67%, um acréscimo de 0,94%
em um dia. O nível da hidrelétrica de G. B. Munhoz está em 82,87%. (Canal
Energia - 10.06.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras pretende investir US$ 34 bi até 2007 A Petrobras
trabalha com uma projeção de crescimento da demanda de derivados de combustíveis
de 2,8% ao ano até 2007, quando a produção chegaria a 2,01 milhões de
barris/dia. A empresa encerrou o exercício 2002 com uma capacidade instalada
para processar 1,931 milhão de barris de petróleo/dia, mas a carga processada
ficou em 1,619 milhão, ante uma demanda de 1,756 milhão (a diferença foi
coberta por importações). Dos US$ 34,3 bilhões de investimentos programados
para até 2007, 65% irão para exploração e produção. Do valor global, 85%
dos recursos serão aplicados no Brasil. "Desse total, 65% deverão ser
colocados junto ao mercado fornecedor local", disse Dutra, que projeta
a geração de 141 mil novos empregos diretos e indiretos. Os investimentos
na melhoria da infra-estrutura das atuais refinarias estão estimados em
US$ 5,5 bilhões no período, o que vai agregar uma capacidade de refino
de 220 mil barris/dia. Dutra disse que a peça orçamentária também prevê
recursos para a construção de uma nova refinaria. Mas esse projeto, orçado
em US$ 2,8 bilhões só será concretizado por meio de parcerias. (Gazeta
Mercantil - 11.06.2003) 2 Investimentos da Petrobrás em gás e energia chegarão a R$ 1,7 bi até 2007 A Petrobras
investirá R$ 1,7 bilhão nas áreas de gás e energia até 2007. O anúncio
foi feito na audiência pública realizada no Senado nesta terça-feira,
dia 10 de junho, que abordou o novo plano estratégico da empresa para
os próximos anos. Os recursos destinados ao setor de energia da estatal,
cerca de R$ 500 milhões, serão aplicados ainda neste ano. Já a área de
gás, terá investimentos de R$ 200 milhões em 2003 e R$ 1 bilhão entre
2004 e 2007. Segundo o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, o
objetivo da empresa é garantir a colocação do gás natural no mercado brasileiro,
atuando inclusive no setor de energia elétrica. A empresa quer atuar em
todos os elos da cadeia produtiva do gás natural no Brasil e nos países
do Cone Sul, desenvolvendo o mercado para o produto. Além disso, Dutra
informa que a Petrobras deseja promover também a conservação de energia
e a utilização de fontes renováveis e alternativas como forma de agregar
valor aos negócios da estatal. (Canal Energia - 10.06.2003) 3 ICMS de 18% no Rio ameaça projetos da Petrobras A cobrança
no Rio de 18% de ICMS na origem, está sendo um dos vetores avaliados pela
Petrobras para definir as áreas exploratórias onde continuará investindo.
Em agosto e setembro, a estatal vai informar à ANP que os blocos continuarão
sendo explorados. O diretor de exploração e produção da empresa, Guilherme
Estrella, adiantou que os planos de perfurar 60 poços de petróleo neste
ano estão sob reavaliação, assim como a escolha dos blocos que serão mantidos
e os projetos de desenvolvimento de campos comercialmente viáveis que
devem ser apresentados à reguladora. Como realizou descobertas em todos
os blocos adquiridos na Rodada Zero, em 1998, a Petrobras pode, se quiser,
manter pelo menos metade da área de cada um deles, como previsto pela
ANP. Estrella, contudo, sinaliza que a estatal não ficará com todos, ainda
mais diante da possibilidade de bi-tributação de ICMS. "Não há bi-tributação.
O ICMS respeita o princípio da cumulatividade, ou seja, essa cobrança
de imposto não vai encarecer o produto. A Petrobras, que atualmente só
recolhe o imposto em São Paulo, onde 50% do petróleo é processado, vai
passar a pagar uma parte no Rio. Em São Paulo vai ser pago apenas o valor
agregado, o que não representa acréscimo nenhum para a empresa", diz Rogério
Magalhães. (Gazeta Mercantil - 11.06.2003)
Grandes Consumidores 1 Indústria reclama do preço do gás O gás natural
assumiu a primeira posição nas planilhas de custo da indústria ceramista
do Pólo de Santa Gertrudes, no interior paulista, a 170 quilômetros da
capital. O setor classifica a situação de "preocupante" e "absurda" e
demonstra a mesma irritação dos industriais do Sul do país. O custo do
insumo representa 22% das despesas para produção do metro quadrado de
revestimento e atinge na média o valor de R$ 0,7252, com ICMS já embutido.
Era o terceiro item há cerca de dois anos e o segundo há um ano. O reajuste
acumulado de novembro de 2001 para cá já chega a 58,27%. "Este seria um
argumento correto se o preço do insumo baixasse com recuo da moeda norte-americana
frente ao real. Isso não ocorreu", critica João Oscar Bergstron, presidente
da Associação Paulista da Indústria Cerâmica (Aspacer). Para tentar minimizar
o problema, a Associação, com sede em Santa Gertrudes, região que concentra
41% da produção nacional de revestimento, reivindica uma intervenção do
governo paulista no assunto e avalia as possibilidades de uma medida extrema:
a de negociar um contrato direto com a Bolívia. "Estamos diante dessa
possibilidade para barateamento do insumo", afirma Glais Rossi, gerente
do Departamento de Gestão Empresarial da Aspacer. O setor não é o primeiro
a considerar esta medida, de muito difícil execução. (Gazeta Mercantil
- 11.06.2003) 2 Direito exclusivo de distribuição da Comgás até 2011 é um impedimento A moeda
de troca seria o volume comprado pelas 29 indústrias cerâmicas que converteram
os fornos para o GN. Por mês, o setor consome 23,8 milhões de m3 de gás,
volume que corresponde a cerca de dois dias e meio de distribuição da
Comgás, uma das distribuidoras do Estado de São Paulo. A iniciativa é
até possível, mas os benefícios devem ser mínimos. O impedimento deriva
do marco regulatório criado para disciplinamento do mercado pós-concessão
das áreas. A Comgás tem o direito exclusivo de distribuição do gás até
dia 31 de maio de 2011. O período, segundo o governo, foi necessário para
dar garantia ao investidor para a montagem da rede de distribuição. "Se
houvesse competição imediatamente, ninguém se interessaria em montar a
infra-estrutura", argumenta Zevi Kann, comissário geral da Comissão de
Serviços Públicos de Energia (CSPE), a agência reguladora do gás. Pelas
regras de comercialização, o preço do gás ofertado em São Paulo é composto
pelos custos de aquisição em três áreas de fornecimento: Bolívia, Campos
(RJ) e Santos (SP). Pelo marco regulatório, há uma determinação de isonomia
tarifária. (Gazeta Mercantil - 11.06.2003) Economia Brasileira 1 Futuro Diretor da UFRJ defende queda da Selic para baixar dívida A queda
de um ponto percentual na taxa Selic representa economia de R$ 3,4 bilhões
ao ano de pagamento de juros da dívida pública. O cálculo foi feito por
João Sabóia, economista da UFRJ, avaliando que tal quantia seria suficiente
para pagar um salário mínimo mensal a 1,7 milhão de famílias durante 12
meses, contribuindo para redução dos níveis de pobreza no Brasil. Estes
cálculos foram feitos pelo economista apenas para ilustrar o desperdício
de recursos públicos com pagamento de juros ao setor financeiro e como
estes valores "astronômicos" poderiam ter melhor destinação do que aumentar
o lucro dos bancos. Em seu estudo, o professor da UFRJ procura mostrar
que o custo do aperto monetário tem sido enorme para o país. Neste contexto,
Sabóia realça que o superávit fiscal primário recorde do setor público
no primeiro quadrimestre deste ano, que atingiu R$ 32,6 bilhões, foi suficiente
apenas para cobrir uma parte dos juros de R$ 51,3 bilhões pagos no período.
Para o economista da UFRJ, isto "é terrível", pois o governo faz um esforço
enorme, segura a economia, não gera empregos para gerar um superávit primário
e com ele não consegue pagar metade dos juros da dívida pública. (Valor
- 11.06.2003) 2 Sabóia: indicadores dão margem para queda Sabóia defende a queda imediata da Selic, na medida em que, no seu entender, a principal argumentação das autoridades governamentais para a alta do custo do dinheiro está associada ao controle da inflação e agora a inflação está caindo, como demonstram os índices divulgados hoje pelo IBGE e pela FGV. Ele reconhece que o governo Lula tenha iniciado sua gestão preocupado em manter a governabilidade, que poderia ficar ameaçada pela possibilidade do mercado financeiro jogar contra sua política econômica. "A queda da taxa de câmbio e a taxa de risco do país são dois exemplos eloqüentes do 'sucesso' da política fiscal de Palocci e da política monetária de Meirelles", constata. Mas, denuncia que a continuidade de tal política será negativa para o Brasil. "Nunca é demais lembrar que, diferentemente do que está sendo defendido no país, o papel do Banco Central não deve se restringir a defesa da moeda. O FED tem entre suas obrigações a busca do crescimento econômico e do pleno emprego". Do lado real da economia os indicadores são bastante preocupantes, assegura Sabóia. Após dois anos de crescimento medíocre, o país caminha para um terceiro ano de pouco crescimento econômico. Dificilmente o PIB atingirá 2% em 2003" . (Valor - 11.06.2003) O IPCA do
mês de maio situou-se em 0,61%, abaixo da taxa de 0,97% de abril em 0,36
ponto percentual. No ano, o IPCA acumula taxa de 6,80%, acima dos 2,51%
relativos a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice foi
17,24%, superior aos doze meses imediatamente anteriores (16,77%). Em
maio de 2002, o IPCA foi 0,21%. O principal impacto individual positivo
veio do aumento nas contas de energia elétrica: de 3,28% para 6,45% (0,27
ponto percentual), observados na maioria das regiões pesquisadas. O IPCA
refere-se às famílias com rendimento de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer
que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além
do município de Goiânia e de Brasília. (IBGE - 11.06.2003) 4
Mantega diz que cenário favorece queda dos juros 5 IGP-DI registra a maior queda de preços desde 95 O IGP-DI,
calculado pela FGV, registrou deflação de 0,67% em maio, após subir 0,41%
em abril. Foi a maior queda de preços desde setembro de 1995, quando o
índice apresentou deflação de 1,08%. A redução de preços foi puxada pelo
atacado, sob efeito da queda do dólar e sua estabilização, pela safra
agrícola e pela redução de preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras.
O IPA registrou deflação de 1,68% depois de subir 0,07% no mês anterior.
Mesmo com a desaceleração dos preços ao consumidor e a deflação no atacado
em maio, a decisão de baixar os juros deve ser adiada, na avaliação do
coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros. (Folha de
São Paulo - 11.06.2003) 6 Preços públicos impedem queda maior da inflação Os preços
administrados estão impedindo que o IPCA, principal indicador da inflação
brasileira, caia no ritmo de outros indicadores de preços - o que pode
levar o BC a adiar novamente a redução das taxas de juros, na reunião
da próxima semana. O IPCA de maio, como anunciou ontem o IBGE, foi de
0,61%, um pouco acima do que esperavam os especialistas, e a principal
razão foi a elevação de três preços, dois deles de serviços públicos:
tarifas de energia elétrica e de ônibus urbanos. E mais pressões podem
ser esperadas dos preços administrados, com os reajustes de tarifas de
outras empresas elétricas e, em menor medida, do setor de telefonia. Em
julho, as operadoras de telefonia fixa terão direito a um reajuste médio
de 28,75%, segundo cálculos preliminares do Ministério das Comunicações.
(Valor - 11.06.2003) 7 Meirelles volta a defender decisão técnica sobre juros O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira que a condução da política monetária deve ser técnica, rebatendo as críticas do vice-presidente, José Alencar, sobre o alto patamar dos juros. "O BC tem que atuar de forma técnica para tornar sua atuação mais eficaz", disse ele a jornalistas, após participar de um Fórum sobre autonomia e independência do BC na Câmara dos Deputados. "Nenhum BC no mundo pode agir de forma política, qualquer que seja a sua decisão".Meirelles preferiu não comentar o resultado do IPCA, divulgado nesta manhã, dizendo que é o Copom que analisará o número e decidirá sobre a taxa de juros, na semana que vem. (Agência Brasil - 11.06.2003) 8
Brasil emite US$ 1,25 bi por dez anos Depois de
muita volatilidade no início dos negócios, o dólar se estabilizou em alta
na última meia hora. A moeda americana apresentava às 11h30m alta de 0,20%,
cotada a R$ 2,872 na compra e R$ 2,876 na venda. Na máxima da manhã, o
dólar chegou a R$ 2,886 na venda. Ontem, o dólar encerrou o dia em leve
alta depois de oscilar desde o final da manhã. A moeda norte-americana
foi cotada a R$ 2,865 para compra e R$ 2,87 para venda, leve alta de 0,17%.
(O Globo On Line e Invertia - 11.06.2003)
Internacional 1 Greenspan: escassez de recursos preocupa Os Estados
Unidos deveriam explorar uma maneira de ampliar a produção de energia
elétrica gerada a partir de usinas nucleares e de carvão mineral. A opinião
é de Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve. Mas, segundo Greenspan,
mesmo diversificando suas fontes de energia, os EUA não deixarão de ser
dependentes do petróleo produzido no politicamente instável Oriente Médio.
A análise do presidente do Fed foi feita durante sessão da Comissão de
Energia e Comércio da Câmara do país. Greenspan recomendou que os EUA
busquem meios de importar mais gás natural de países como a Argélia, a
Nigéria e a Rússia, para que seja criada uma "válvula de escape" que possa
estabilizar os preços do produto. As reservas de gás estão historicamente
baixas no país, os preços dobram em relação ao ano passado e há quem preveja
uma escassez do produto durante as férias de verão. Ainda segundo Greenspan,
o preço do gás natural deve permanecer elevado no próximo ano. (Folha
de São Paulo - 11.06.2003) 2 Comissão Européia quer empenho total para liberalização do mercado de energia O principal
objetivo da Comissão Européia para o ano de 2004 no setor de energia,
é garantir que todos os governos da União Européia implementem o pacote
de medidas para a liberalização do mercado de energia, aprovado pelo Parlamento
Europeu na semana passada. (Platts - 10.06.2003) 3 Ofgem deve aprovar compra da Midlans pela SSE O órgão
regulador de energia do Reino Unido, o Ofgem, não acredita que os planos
da Scottish and Southern Energy (SSE) de comprar a distribuidora de energia
Midlans, irão causar qualquer tipo de problema do ponto de vista competitivo
para o mercado de energia no Reino Unido. De fato, o Ofgem anunciou como
satisfatório o interesse da SSE pela distribuidora, visto que isso traria
o fim das incertezas que cercam a Midlans. (Platts - 10.06.2003) 4
Verbund quer aumentar participação no mercado de energia alemão
Biblioteca Virtual do SEE 1 Matsudo, Eduardo. A Reestruturação Setorial e os Reflexos sobre o Planejamento e os Estudos de Mercado das Distribuidoras de Energia Elétrica. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa Interunidades de Pós Graduação em Energia da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, Maio de 2001. - 323 páginas. A dissertação relata sobre a reestruturação do SE, apresentando as principais mudanças ocorridas, como a privatização, o MAE, às novas regras de comercialização e as modificações no planejamento e regulação. Mostra-se os principais desafios às distribuidoras de energia elétrica nesse novo contexto, especialmente na questão da comercialização de energia. Ela conclui que há a necessidade de estruturar estudos e obter informações mais detalhadas sobre consumidores e distribuidores além de elaborar previsões de mercado para períodos diferenciados. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/planejamento.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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