l IFE:
nº 1.127 - 10 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Administrar transição será desafio para o MME Administrar
a transição entre o antigo modelo e o novo a ser implementado será o grande
desafio que o MME terá pela frente. Nos círculos empresariais, ainda é
difícil prever qual será a participação que o Congresso terá para aprovar
as leis, mas se vê como difícil sua aprovação esse ano e sua implementação
em 2004. A negociação da transição do modelo pode melhorar o cenário,
mas ela não será fácil. Com o caixa apertado e interesses muitas vezes
divergentes, será complicado negociar a transição entre os agentes do
segmento, o que também incluiria obras paradas, nas diversas áreas, de
geração à transmissão. Não haveria no modelo propostas de capitalização
das empresas do setor. O assunto, no entanto, poderá voltar a ser discutido
na discussão da transição, que se muda de um modelo de livre mercado para
um em que o Estado passa a ter mais poderes. (Valor - 10.06.2003) 2 Novo modelo: planejamento volta a ter importância Segundo
empresários, o novo modelo do setor prevê que o planejamento volta a ter
importância. Deve ser criado um Instituto de Planejamento, com quadro
próprio e independente, formado por técnicos do setor. Além do plano decenal
de investimentos, o órgão ficaria encarregado de olhar a área no prazo
de 20 anos. As distribuidoras poderiam ser obrigadas a contratar 100%
de sua energia. E seria criado um sistema de penalidades para quem estivesse
subcontratado, por exemplo. Poderia haver também leilões anuais para as
elétricas comprarem o insumo. A lógica do modelo é acabar com a especulação
que poderia ocorrer. A rentabilidade dos projetos será menor que a estimada
anteriormente. Em contrapartida, as garantias serão maiores. As audiências
públicas que deverão nortear os investimentos nos segmentos de energia
devem ocorrer de cinco em cinco anos. Por isso, a transição do modelo
é parte delicada e fundamental. Ainda mais que a folga entre demanda e
oferta é muito pequena. O ambiente de acertos entre geradoras e distribuidoras,
por meio do Administrador de Contratos de Energia Elétrica (ACEE) é livre.
O consumidor livre continuaria existindo e poderia comprar o insumo pelas
comercializadoras. O Ministério volta a ter as rédeas do setor. Há a tendência
de fortalecimento do Estado na área. O problema é que hoje existe um modelo
híbrido. (Valor - 10.06.2003) 3 Governo e empresas apostam em parcerias público-privadas O setor
de infra-estrutura está colocando todas as suas fichas na criação de um
modelo de Parceria Público-Privada (PPP) no Brasil. Segundo especialistas,
a iniciativa possibilitaria novos investimentos no segmento, melhoraria
a qualidade dos serviços prestados aos consumidores e resolveria o problema
de escassez orçamentária do governo para grandes empreendimentos. Para
isso, no entanto, será necessário um novo marco regulatório, que dê segurança
aos investidores, afirmou ontem o subsecretário de assuntos internacionais
de Minas Gerais, Luiz Antônio Athayde. Além das empresas privadas, os
governos estaduais também se mostram interessados na alternativa, já que
estão presos à Lei de Responsabilidade Fiscal. Minas Gerais, por exemplo,
deverá lançar nos próximos dias um programa de PPP para viabilizar investimentos
no Estado. O Estado de São Paulo também deverá apresentar em breve uma
proposta para garantir projetos de PPP. Segundo o secretário paulista
de Economia e Planejamento, Andrea Calabi, a idéia é criar um fundo com
ativos do Estado, como ações públicas e patrimônio imobiliário. Segundo
Calabi, com os projetos de PPP, os Estados resolveriam o problema de limitações
impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. (Estado de São Paulo - 10.06.2003)
4
Estudo do Banco Mundial: Brasil é atrativo para investimentos no setor
energético 5 Relatório do TCU aponta deficiências na gestão da Aneel O Tribunal
de Contas da União (TCU) divulgou na semana passada relatório que avalia
o controle externo das agências reguladoras no país. O trabalho, desenvolvido
pelas Secretarias de Controle Externo e de Fiscalização de Desestatização
do TCU, teve por objetivo fazer uma comparação entre a atuação das agências
reguladoras no país e no mundo, além de apontar as deficiências na gestão
dos órgãos reguladores brasileiros. No caso da Aneel, o relatório identificou
a necessidade de aprimoramento do processo administrativo quanto às penalidades
para as concessionárias de energia elétrica. Segundo o documento, a agência
não está cumprindo os prazos estabelecidos na resolução nº 318/98, da
Aneel. Esse não-cumprimento dos prazos é justificado no relatório pela
demora na decisão terminativa sobre as penalidades. Outra deficiência
levantada foi a necessidade de revisão das metas constantes do contrato
de gestão da Aneel. De acordo com o trabalho, os indicadores e as metas
estão vinculados, principalmente, às ações da agência. Na avaliação do
TCU, esses indicadores deveriam estar baseados nos resultados das ações.
Com isso, a agência facilitaria o monitoramento das próprias atividades,
além de ajudar no acompanhamento do setor como um todo. (Canal Energia
- 09.06.2003) 6 Aneel define critérios para instalação de equipamentos de medição A Aneel
definiu ontem os critérios e procedimentos para as concessionárias que
optarem pela instalação de equipamentos de medição de energia elétrica
em locais fora das unidades consumidoras. A Resolução 258/2003 é resultado
de audiências públicas realizadas nas cidades de Belém, São Paulo, Porto
Alegre, Maceió, Salvador, Cuiabá, Campo Grande, João Pessoa, Manaus e
Goiânia. Além disso, também foram levadas em conta as sugestões enviadas
à agência. Com a normatização, a Aneel espera aumentar a eficiência do
processo de leitura do consumo e diminuir os faturamentos por estimativa,
que ocorrem quando não é possível o acesso do funcionário da concessionária
ao medidor. O consumidor não terá custo pela instalação ou transferência
do medidor para postes localizados nas vias públicas. (Gazeta Mercantil
- 10.06.2003) 7 Projeto de Lei defende retirada de estatais federais do PND A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apresentou projeto de lei nº 1166/2003 para retirar as empresas estatais federais do Programa Nacional de Desestatização (PND), alterando o artigo 3º da Lei 9.491/1997. Segundo a parlamentar, o Estado deve definir o modelo de produção energética nacional para evitar apagões e outros problemas herdados do governo anterior. Ela informa que algumas empresas, como Furnas, estão passando por dificuldades devido as restrições impostas pelo PND, como impossibilidade de obter créditos e empréstimos governamentais. (Canal Energia - 09.06.2003) 8
Mais de 3.800 Km de extensão de LTs devem entrar em operação nesse ano
Empresas 1 Leilão das ações PN da Eletropaulo deve ocorrer entre 30 e 40 dias A Câmara
Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) deve efetuar em até duas semanas
a contratação da instituição financeira que ficará a cargo da execução
do leilão das ações preferenciais da Eletropaulo. A previsão é do diretor
de Controle de Risco da Câmara, Francisco Carlos Gomes, que trabalha atualmente
na preparação do negócio, que envolve 70,19% dos papéis PN da distribuidora
- ou 42,25% do capital total. "Vamos fazer a listagem das empresas, receber
as propostas e, aí então, contratar a vencedora", explica Gomes, sem adiantar
quantas e quais instituições do mercado financeiro já mostraram interesse
em participar do processo. A previsão é que logo após esta definição,
seja lançado o edital do leilão, que poderá ocorrer entre 30 e 40 dias,
segundo estimativa do diretor. "É um processo complexo, diferente. As
coisas estão andando num ritmo lento, mas sem atraso", afirma ele. Os
15,82 bilhões de papéis preferenciais que serão postos à venda estão em
poder da AES Transgás, subsidiária da norte-americana AES. (Canal Energia
- 09.06.2003) 2 Ministério Público entra com ação para rever reajuste da Coelce O Ministério
Público Federal entrou com uma ação civil coletiva contra a Coelce, a
Aneel e a Chesf no que se refere ao reajuste de 31,29% da tarifa de energia,
aplicado desde o último dia 22 de abril. A ação impetrada pelo Procurador
da República Márcio Andrade Torres, acatando representação do deputado
Chico Lopes, requer, em tutela antecipada ou cautela, que seja determinado
à Coelce deixar de adotar o IGP-M como índice de correção, substituindo-o
pelo IPCA ou pelo INPC. Nesse caso, haveria redução do percentual de reajuste
tarifário para 16,58%, utilizando-se o IPCA, ou 18,50%, adotando-se o
INPC. O MP requer também que, se a ação for acatada, seja determinada
a compensação do que foi pago a mais nos valores a serem pagos na conta
do mês imediatamente seguinte. A ação prevê a imposição de multa diária
à Coelce e à Chesf para o caso de descumprimento da decisão, no valor
de R$ 10 mil. Diz ainda que seja determinada idêntica redução no contrato
de fornecimento celebrado entre as companhias, a fim de que não seja comprometido
o equilíbrio financeiro do contrato de concessão. De acordo com Márcio
Torres, a ação ainda está sendo apreciada pelo juiz da 4ª Vara da Justiça,
George Marmelstein Lima. Antes de sua decisão, o juiz vai ouvir os presidentes
da Coelce, Chesf e Aneel, para que se pronunciem sobre o assunto. (Diário
do Nordeste -10.06.2003) 3 Coelce: processo tarifário está dentro do contrato de concessão O Gerente
de Regulação e Mercado da Coelce, José Caminha Alencar Araripe Júnior,
esclareceu que o processo de revisão tarifário está dentro do contrato
de concessão das distribuidoras. "No caso da Coelce, ocorreu a primeira
revisão, e a cada quatro anos a Aneel promove ajustes nos custos das distribuidoras
de forma a torná-lo mais eficiente, mais eficaz e justo no mercado", afirmou
Caminha. Ele informou ainda que o contrato estabelece mecanismos de repasse
para o consumidor nos próximos três anos, que consiste num desconto a
cada ano, de 1,47% da variação do IGP-M - relativo a ganho de produtividade.
Caminha reforçou que o contrato de concessão tem respaldo legal e lembrou
que antes da empresa definir o índice, houve uma audiência pública (24
de março), em Fortaleza, coordenada pela Aneel e Arce. Nesta oportunidade,
qualquer instituição poderia fornecer contribuições para o processo de
revisão tarifário. Com respeito a ação que o Ministério Público move contra
a companhia, o gerente afirmou que "certamente a Aneel deverá ser responsável
por tentar esclarecer a Justiça como ocorreu o processo de revisão tarifário
e apresentar os documentos legais que apóiam o procedimento". (Diário
do Nordeste - 10.06.2003) 4
Coelce melhora perfil de sua dívida 5 Celg escolhe o substituto de Cachoeira Dourada A Celg,
estatal de eletricidade de Goiás, escolheu a União Comercializadora, do
empresário Francisco De Lavor, para substituir a geradora Cachoeira Dourada
no fornecimento de energia. Pelo novo contrato, a Celg vai pagar R$ 31,50
o MW/hora. A geradora Cachoeira Dourada, controlada pela espanhola Endesa,
cobrava R$ 62,00 o MW/hora, segundo fato relevante publicado pela Celg
ontem. Antes da privatização de Cachoeira Dourada, em 1997, o preço era
de R$ 37,80. Comercializadora de energia há dois anos e originalmente
corretora de commodities, a União compra o insumo de diversos geradoras.
O valor acertado com a União - para o fornecimento de 292 MW médios -
foi fixado pelo preço do MAE mais R$ 18,00, podendo alcançar teto máximo
de R$ 31,50, segundo Antônio Bauer, diretor de comercialização da Celg.
Para 2004 e 2005, os preços foram fixados em tetos de R$ 43,00 e 54,70,
respectivamente, o MW/hora. (Valor - 10.06.2003) 6 Distribuidoras do RJ serão avaliadas em audiência pública A Comissão
de Desenvolvimento Urbano e Interior vai realizar audiência pública para
discutir a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias de energia
elétrica no Rio de Janeiro. O requerimento da deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) foi aprovado na semana passada pela comissão. O debate será
em conjunto com as comissões de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e
Minorias e de Minas e Energia. Deverão participar do encontro, ainda sem
data definida, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff; o diretor-geral
da Aneel, José Mário Abdo; e o presidente da Light, Jean-Pierre Bel. (Canal
Energia - 09.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Programa de modernização de PHCs pode aumentar rendimento em 25% Segundo
o superintendente Comercial de Reabilitação de Turbinas da Alstom Power,
Wanderley Perez, o desempenho das PCHs pode aumentar em 25% o volume de
energia gerado, com a utilização do programa de modernização de usinas.
"Fizemos um estudo para mostrar aos concessionários as vantagens dos projetos.
A unidade aumenta sua capacidade de geração e ganha em competitividade
com a automação", explica. Ele afirma que algumas PCHs foram construídas
no início no século e por isso têm um custo de manutenção e operação altos.
O superintendente informa que na época de implantação das hidrelétricas
não havia um estudo hidrológico embasado, que analisasse a vazão do rio,
por exemplo. Apesar das vantagens do investimento e dos possíveis problemas
na operação de uma usina obsoleta, alguns produtores preferem correr o
risco. Segundo Wanderley Perez, a tarifa é um empecilho para o desenvolvimento
de projetos. (Canal Energia - 09.6.2003) 2 Número de outorgas em geração já totaliza 305,9 MW nesse ano De janeiro
a maio deste ano, o número de outorgas de geração concedidas pela Aneel
já chega a 89 usinas, totalizando 305,9 MW de capacidade instalada. Os
investimentos somam R$ 2,4 bilhões. Do total autorizado, 26 são PCHs,
48 termelétricas e 12 eólicas. Desde 1998, quando a agência foi criada,
já foram outorgadas 1.274 usinas, que somam 58.207 MW. Os investimentos
atingem R$ 84 bilhões. Do total concedido, 15.238,7 MW estão previstos
para entrar em operação neste ano, 9.799,4 MW para 2004 e 8.362,6 MW para
2005. (Canal Energia - 09.06.2003) 3 Consumo na região Sul chega a 5.423 MW médios A região
Sul registrou consumo de 5.423 MW médios no último domingo, dia 8 de junho,
contra previsão de 6.733 MW médios do programa mensal de operação (PMO)
do ONS. Nos últimos sete dias, a região acumula alta no consumo de 4,63%.
No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 21.992 MW médios, enquanto o
previsto pelo PMO era de 25.558 MW médios. O subsistema está com baixa
no consumo de 0,52% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão
ao risco, de 27.065 MW médios, o submercado registra queda de 6,06% no
mesmo período. Já o Nordeste consumiu 5.202 MW médios, contra o patamar
de 5.910 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região
acumula baixa de 1,09% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco,
de 6.247 MW médios, o submercado tem queda de 6,42% no período. O Norte
registrou consumo de 2.765 MW médios, contra previsão de 2.852 do ONS.
Nos últimos sete dias, a região está com alta em relação ao PMO de 0,81%.
(Canal Energia - 09.06.2003) 4
Reservatórios do subsistema Norte estão com 84,78% da capacidade 5 Armazenamento do subsistema Nordeste está em 48,11% Os reservatórios
do subsistema Nordeste estão com 48,11% da capacidade, volume 24,91% acima
da curva de aversão 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,09%. A hidrelétrica
de Sobradinho está com 43,21% do volume. (Canal Energia - 09.06.2003) 6 Armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 75,7% O nível
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 75,7%, volume
41,7% acima da curva de segurança. O índice subiu 0,03%. As usinas de
Furnas e São Simão apresentam índice de 93,94% e 93,68%. (Canal Energia
- 09.06.2003) 7 O subsistema Sul apresenta índice de armazenamento de 60,72% A capacidade
de armazenamento do subsistema Sul está em 60,72%, o que corresponde a
uma aumento de 1,41%. A usina de Salto Santiago registra índice de 50,32%.
(Canal Energia - 09.06.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Valor do MWh sobe nas regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte Os preços
MAE nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte subiram, com índices
que variaram de 0,8% a 101,4% em comparação com a semana anterior. Entre
os dias 7 e 13 de junho, o valor do MWh para a carga pesada nestas regiões
fica em R$ 12,67. Para carga média, o preço da energia está em R$ 12,48.
Nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o valor da energia para a
carga leve fica em R$ 12,04. Na região Norte, o preço MAE para a carga
leve fica em R$ 11,04. O mesmo valor está sendo praticado para todas a
cargas na região Nordeste. (Canal Energia - 09.06.2003)
Gás e Termoelétricas 1 BNDES libera recursos para investimentos em projetos de co-geração O BNDES
liberou dois financiamentos para novos projetos de co-geração de energia.
O primeiro, de R$ 49 milhões, para a Usina Barra Grande de Lençóis Ltda.,
será destinado à ampliação da capacidade de produção de energia dos atuais
27,7 MW para 58,6 MW. O outro, de R$ 39 milhões, para a usina Goiasa Goiatuba
Álcool Ltda., também será aplicado em expansão de geração, no caso, dos
atuais 6 MW para 36 MW. Do total, 26 MW serão destinados para comercialização
externa. A novidade é que as duas empresas, que obtiveram os financiamentos
dentro do Programa de Apoio a Empreendimentos de Co-Geração de Energia
Elétrica em Usinas de Álcool e Açúcar, apresentaram a chamada contrapartida
social em suas propostas. Os projetos incluem, além da ampliação da produção
de energia, investimentos "para promover a inclusão social", como doação
de terras e alfabetização de crianças da comunidade local. (Gazeta Mercantil
- 10.06.2003)
Grandes Consumidores 1 Obras do complexo hidrelétrico Capim Branco terão início em setembro O governador
de Minas Gerais, Aécio Neves, assina hoje, em Uberlândia ordem de serviço
para a construção do complexo hidrelétrico Capim Branco, a ser implantado
no rio Araguari, no Triângulo Mineiro, pelo consórcio formado pela Cemig
(21,1% de participação), CVRD (48,4%), Cia. Mineira de Metais, do grupo
Votorantim, (12,6%) e Comercial e Agrícola Paineiras (17,9%). As obras
começam em setembro, o que representa um atraso de 11 meses, porque uma
ação popular movida na justiça embargou a implantação do complexo. O empreendimento
tem custo estimado de R$ 700 milhões. A ação popular foi cassada pelo
Tribunal Regional de Justiça no dia 23 de abril e o projeto foi aprovado
pela Aneel no início de maio. O complexo hidrelétrico é formado pelas
usinas Capim Branco I e Capim Branco II, com potência de 240 MW e 210
MW, respectivamente. As unidades serão construídas entre os municípios
de Araguari e Uberlândia. A Cemig acredita que a primeira turbina da hidrelétrica
de Capim Branco I entre em operação daqui a 29 meses e de Capim Branco
II, em 34 meses. (Gazeta Mercantil - 10.06.2003)
Economia Brasileira 1 Produção industrial recua 4,2% A queda
do consumo doméstico já atinge a produção de bens essenciais. É o que
revela a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, divulgada ontem. Em abril,
a produção da indústria caiu 4,2%, em relação ao mesmo mês de 2002 -a
primeira taxa negativa desde maio do ano passado, nesse tipo de comparação.
A produção de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, os últimos
a serem cortados no consumo das famílias, teve queda maior: 10,6%. É o
pior desempenho desde agosto de 1992. Estão nessa categoria alimentos,
calçados, vestuário e produtos farmacêuticos, entre outros. Em abril,
a renda do trabalhador caiu 7,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
"As pessoas estão substituindo produtos e consumindo menos porque a renda
está em queda", disse Sílvio Sales, chefe do Departamento de Indústria
do IBGE. Os bens não-duráveis também foram afetados pela inflação, pois
os alimentos figuraram entre os produtos que tiveram as maiores altas
até o fim do primeiro trimestre, afirmou o economista Paulo Levy, do Ipea.
(Folha de São Paulo - 10.06.2003) 2 Indústria já está em recessão, afirma Iedi A indústria brasileira está em recessão, segundo avaliação do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que reviu sua estimativa de crescimento da produção industrial de 1,5% para 0,5% em 2003. O instituto considera como recessão industrial dois meses seguidos de queda na produção. Com base nos dados sobre produção industrial do IBGE, os técnicos do Iedi calculam taxas de crescimento para vários setores. O economista Júlio Gomes de Almeida, diretor-executivo do instituto, diz que abril foi o primeiro mês, neste ano, em que a produção industrial encolheu em relação ao mês anterior -a estimativa é diferente da pesquisa do IBGE, segundo a qual abril foi o segundo mês de queda. "Maio vai vir pior. Ou seja, já estamos em recessão", avalia Almeida. Fernando Sarti, economista da Unicamp, prefere não usar o termo recessão, mas diz que a conjuntura industrial "é preocupante". Segundo Sarti, apenas um grupo pequeno de indústrias conseguiu manter as vendas - recorrendo ao mercado externo. As demais sofrem com a queda da renda e a falta de crédito. Luis Cezario, economista da LCA Consultores, estima que o setor voltará a crescer, na melhor das hipóteses, no último trimestre deste ano. (Folha de São Paulo - 10.06.2003) 3 Balança tem superávit de US$ 483 mi O nível
de importações despencou na primeira semana de junho e permitiu à balança
comercial registrar um superávit de US$ 483 milhões no período. As exportações
mantiveram a trajetória de crescimento, mas já dão sinais de perda de
fôlego. Apesar disso, a expansão das vendas externas ajudou a elevar para
US$ 8,528 bilhões o saldo acumulado no ano, segundo a Secex do Ministério
do Desenvolvimento. Em relação a junho do ano passado, a queda no nível
de importações foi de 8,4%. Na comparação com maio, a diminuição é maior:
15%. O saldo comercial deve iniciar uma trajetória decrescente a partir
de julho. "Há uma tendência no segundo semestre de um ajuste para baixo,
por causa de uma base de comparação mais elevada e da taxa real de câmbio",
disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz
Fernando Furlan. O saldo da balança comercial, afirmou, deve atingir US$
20 bilhões em junho, no acumulado em 12 meses. (Valor - 10.06.2003) 4
Prévia do IGP-M registra deflação de 0,42% O dólar
comercial opera próximo da estabilidade. Às 11h30m, a moeda americana
apresentava queda de 0,06%, a R$ 2,858 na compra R$ 2,863 na venda. Ontem,
o dólar encerrou os negócios em baixa de 0,48%. A moeda norte-americana
terminou cotada a R$ 2,86 para compra e R$ 2,865 para venda. (O Globo
On Line e Invertia - 10.06.2003)
Internacional 1 Centrica vai atuar na Espanha A Centrica,
a maior companhia energética do Reino Unido, vai começar a operar na Espanha
vendendo energia elétrica a pequenas e médias empresas, segundo anunciou
o diretor-geral da Centrica Europa, Simon Lewis. A Luseo Energía, que
será o nome da Centrica na Espanha, comercializará energia elétrica no
recém-liberado mercado espanhol, para pequenas e médias empresas, às quais
oferecerá um serviço personalizado de atenção ao cliente e a possibilidade
de otimizar seus custos. Segundo o diretor-geral da Luseo, Enrique Giménez
Sainz de la Maza, no começo a companhia só vai operar no mercado de energia
elétrica, embora haja "uma opção em mente": a de vender pacotes que incluam
também gás natural. Além da Espanha, a Centrica estuda a possibilidade
de ingressar em Portugal, Holanda, Itália e França e, nesse sentido, busca
sócios. A meta do grupo britânico é alcançar 5 milhões de clientes na
Europa continental até 2005, diretamente ou por meio de alianças. Hoje,
a Centrica possui 800 mil clientes na Bélgica, onde opera em sociedade
com a Luminus, e 5,5 milhões nos EUA e Canadá. A companhia, que tem 20
milhões de clientes no mundo, obteve no ano passado faturamento de 20,06
bilhões. (Gazeta Mercantil - 10.06.2003) 2 EUA podem ficar sem gás durante o verão Os suprimentos
de gás natural dos EUA atingiram níveis criticamente baixos nos últimos
meses e podem ser inadequados para atender à demanda em caso de verão
quente neste ano. Spencer Abraham, secretário da Energia dos Estados Unidos,
convocou uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Petróleo para
este mês, em meio a pedidos de que o governo enfrente urgentemente a escassez.
"O desafio requer que nós entremos em ação hoje", disse Abraham. Ele solicitou
ao conselho consultivo que se reúna em Washington no dia 26 de junho para
discutir o nível "incomumente baixo" dos suprimentos de gás. Ele disse
que os Estados Unidos dispunham de 696 bilhões de pés cúbicos de gás natural
estocados no final de março, o nível mais baixo desde 1976, quando o registro
dos estoques começou a ser mantido. Na semana terminada em 11 de abril,
o nível dos estoques se havia reduzido a 623 bilhões de pés cúbicos (17,6
bilhões de m3). Hoje, Alan Greenspan, o presidente do Fed, vai depor diante
do comitê de Comércio e Energia da Câmara dos Deputados sobre as potenciais
ameaças que a escassez acarreta para a economia. (Folha de São Paulo -
10.06.2003) 3 Redução das tarifas elétricas não terá impacto na margem da EDP A redução
de tarifas para os grandes clientes empresariais, decidida recentemente
pelo regulador ERSE, não tem nenhum impacto na margem da EDP, uma vez
que se trata de um simples 'pass-through', disse à Reuters Pedro Pires
João, Head-of-Investors Relations da empresa. Pedro Pires João lembrou
que esta redução não é mais do que "o normal ajuste trimestral" que o
regulador faz das tarifas destes clientes e que deriva do "preço dos combustíveis
terem recentemente tido uma tendência descendente face ao que estava previsto"
quando se fixaram as tarifas de 2003. "Esta descida das tarifas não tem
nenhum impacto na margem da EDP pois trata-se de um simples 'pass-through'
da evolução dos preços dos combustíveis para as tarifas", concluiu Pires
João. (Diário Económico- 09.06.2003) 4
Lobby de GLP impede Tractebel de desenvolver gás natural 5 Enman fecha estudos para projeto de US$ 4,2 bi no final do ano A Enman
Services, empresa de serviços de engenharia de Trinidad & Tobago, espera
concluir um estudo de pré-viabilidade para o projeto hidrelétrico e de
alumínio Turtruba, de US$ 4,2 bilhões, na Guiana até o final do ano, disse
o diretor administrativo da Enman, Donald Baldeosingh. A usina hidrelétrica
(1.100MW) e a linha de transmissão do projeto vão precisar de investimentos
de US$ 2 bilhões e US$ 200 milhões, respectivamente, enquanto a refinaria
de alumina e a fundição de alumínio vão custar US$ 400 milhões e US$1,6
bilhões. Se o projeto for tocado, a expectativa é de início das obras
no final de 2004 e conclusão em 2008 ou 2009. Da forma como está, o projeto
inclui uma linha de transmissão de 680km ao longo de uma nova rodovia
da cidade de Georgetown, no litoral de Guaina, a Boa Vista, no estado
brasileiro de Roraima. A linha alimentaria pequenas cidades e um parque
industrial projetado para Roraima e seria estendida posteriormente para
Manaus. A Enman está negociando um acordo condicional de compra e venda
de energia com a Eletrobras, disse Baldeosingh. A Enman vem discutindo
financiamento com agências de crédito multilateral, entre elas o Banco
Interamericano do Desenvolvimento (BID) e a Corporação Andina de Fomento
(CAF). (Business News Americas - 10.06.2003) 6 British Energy apóia construção de novas usinas nucleares no Reino Unido O gerador de energia nuclear britânico, British Energy (BE) , anunciou, através do porta-voz da empresa, que não desistiu totalmente da construção de novas usinas nucleares. Segundo o porta-voz, ao contrário do que foi noticiado na imprensa do Reino Unido durante o final de semana, a BE continua apoiando a criação de uma nova geração de usinas nucleares. Dito isto, o foco da BE para os próximos anos seria a melhora da situação financeira da empresa, que vem passando por algumas dificuldades, e conseqüentemente, provar que continua sendo uma empresa viável, concluiu o porta-voz. (Platts - 09.06.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Sá, Jayme Magrassi de. Energia Elétrica. Rio de Janeiro: Jornal do Comércio, 12 de Maio de 2003. No artigo Jayme Magrassi de Sá, economista e ex-presidente do BNDES, destaca os problemas atuais do SE, dentre os quais a sobra de energia, as compensações financeiras e o término do MAE. Ele afirma que é fundamental que se tenha assegurada a sobra de energia excedente para se garantir o crescimento econômico e critica a existência do MAE. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/setoreletrico.htm
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de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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