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nº 1.126 - 09 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 CNI: Setor de energia precisa de R$ 13,8 bi por ano O Brasil
precisa de investimentos anuais de R$ 50 bilhões, pelo menos durante os
próximos quatro anos, para sanar o déficit de infra-estrutura. A conclusão
consta de um estudo realizado pelo Conselho de Infra-estrutura da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), que aponta as principais carências dos setores
de energia elétrica, petróleo, gás, ferrovias, hidrovias e saneamento
básico. O objetivo da CNI é mostrar ao governo como "o impacto da falta
de expansão, manutenção e modernização desses serviços sobre a atividade
econômica e o bem-estar social tem sido elevado, representando uma desvantagem
competitiva do País em relação a seus concorrentes no mercado internacional".
Segundo o levantamento da CNI, o setor de energia é o que precisa de investimentos
mais intensivos: R$ 13,8 bilhões por ano nos próximos quatro anos, incluindo
geração, distribuição e transmissão. Para superar definitivamente o risco
de apagão, o Brasil precisa aumentar a geração em 3 mil a 4 mil MW por
ano, ampliar o sistema de transmissão e resolver os problemas regulatórios
e institucionais, incluindo a superposição de órgãos do governo que intervêm
no setor e a falta de transparência e de estabilidade na política de abertura
ao investimento privado, diz a CNI. (Estado de São Paulo 09.06.2003) 2 Abradee quer debater sobre universalização com MME A Abradee
quer discutir com representantes do MME sobre o programa de universalização
da energia elétrica. "Para enfrentar um desafio dessa envergadura, o ministério
deve fazer um detalhamento junto ao setor", diz o presidente da entidade,
Luiz Carlos Guimarães. Ele espera que o MME se reúna com representantes
do setor. "Daqui para frente, a ministra Dilma Rousseff deve nos chamar
para avaliar a viabilidade do programa." Segundo Guimarães, o programa
tem limitações de recursos financeiros e materiais das empresas. No primeiro
caso, a previsão do programa é que sejam usados recursos da CDE para financiar
o trabalho. "O grande problema é compatibilizar o que se arrecada com
a conta com o tamanho do programa", disse Guimarães. A CDE totaliza cerca
de R$ 1,2 bilhão por ano, enquanto o custo do programa ficaria na casa
dos R$ 5 bilhões anuais. (Gazeta Mercantil - 09.06.2003) 3 Meta de superávit barra recapitalização de empresas do SEE O plano
de engenharia financeira visando a recapitalização das companhias do setor
elétrico, com a utilização de recursos do Tesouro, poderá ficar para o
próximo ano, de acordo com fontes do setor. Segundo um alto executivo
de uma das principais companhias do setor, que tem atuado nas negociações
com o governo, a idéia de criar condições para que ocorra uma capitalização
das companhias elétricas tem esbarrado no compromisso do governo de atingir
as metas de superávit fiscal. "Nesse ano não sai porque quem está dando
as cartas nesta questão é a área econômica, que está preocupada com o
déficit público", disse a fonte. Há ainda uma condição, que os executivos
do setor elétrico têm ouvido dos técnicos do governo, caso o plano saia:
deverá haver uma contrapartida dos controladores das companhias privadas
do setor, por meio de injeção de recursos nas empresas. Os representantes
dos dois lados nessa negociação evitam tocar na questão. "Ainda estamos
estudando alternativas de capitalização das empresas", comenta Cláudio
Sales, diretor-presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia
Elétrica (CBIEE) e um dos principais negociadores das empresas. Técnicos
do governo repetem a mesma resposta. (Tribuna da Imprensa - 09.06.2003) 4
Empresas querem que compensação pelo racionamento seja usado para capitalização
Empresas 1 Eletrobrás quer participar de leilões de LTs A Eletrobrás
deverá ser presença marcante nos leilões de linhas de transmissão de energia,
que ainda não tem data definida pela Aneel. O presidente da estatal, Luiz
Pinguelli Rosa, confirmou que é interesse da Eletrobrás "arrematar todas
as ofertas". "Esse é o desejo e vamos fazer tudo para isso", disse, durante
evento comemorativo sobre o meio ambiente. Segundo ele, a empresa ainda
está montando sua estratégia para concorrer nos leilões. "O grupo Eletrobrás
vai entrar nos leilões organizadamente e com parcerias privadas. Todas
as modalidades que a regra do jogo permitir serão avaliadas. A forma como
nós vamos entrar, se em bloco ou com cada uma das controladas sozinha,
vai ser uma decisão estratégica do grupo", afirmou Pinguelli. (Tribuna
do Norte - 08.06.03) 2 Eletrobrás quer passar controle da Cemar para outras empresas Pinguelli
comparou a situação da Cemar à da Eletropaulo, lembrando a dívida da americana
AES, controladora da distribuidora paulista, com o BNDES. "Estamos, em
relação à Cemar, como o BNDES está para a Eletropaulo. Se tivéssemos condições
de executar a dívida que ela possui com a Eletrobrás assumiríamos a empresa.
Mas nós não estamos tentando isso. Queremos passar o controle dela para
outras empresas", afirmou, dizendo que sabe de empresas estrangeiras que
têm interesse em adquirir a Cemar. Ele reiterou, entretanto, que a decisão
sobre a companhia do Maranhão caberá à Aneel. Segundo Pinguelli, a dívida
da Cemar estava em R$ 350 milhões quando a nova gestão assumiu a Eletrobrás.
(Tribuna do Norte - 08.06.03) Em entrevista
dada ao jornal FSP foi formulada a seguinte pergunta ao presidente do
BNDES: O banco leiloará mesmo as ações da Eletropaulo para recuperar os
créditos com a AES [dona da Eletropaulo]? Lessa - Está tudo andando. Não
há acelerações nem retardamentos. Vamos tocar os procedimentos. Vou levar
a leilão, a não ser que nos paguem US$ 1,2 bilhão. (Folha de São Paulo
- 08.06.2003) 4
Cemig busca novos sócios privados 5 Cemig poderá vender Infovias A Cemig
poderá desfazer-se da empresa de telecomunicações Infovias, na qual já
investiu R$ 300 milhões desde 1998. "A Infovias está destruindo valor
na Cemig", admitiu o presidente do conselho de administração da companhia
energética, Wilson Brumer. No ano passado, a companhia pagou US$ 32 milhões
para ficar com a participação da AES, até então dona de 49% do capital
da Infovias. Na ocasião, o presidente da empresa, Djalma Morais, disse
que investir em telecomunicações era uma decisão estratégica para a companhia
controlada pelo governo do Estado. Falando para uma platéia de analistas
de mercado, na sexta-feira, Brumer disse que a diretoria da Cemig está
encarregada de apresentar o mais breve possível uma análise sobre a Infovias.
"Aí vamos ver o que fazer: ficar ou sair", afirmou. "Queremos agregar
valor a Cemig, se a Infovias não agrega." Segundo Brumer, a possibilidade
de venda não está descartada. Mas, no momento, uma associação com uma
empresa que passaria a ser operadora da Infovias, numa espécie de leasing
ou arrendamento com opção de compra no fim do contrato, seria a melhor
opção. As alternativas para o caso Infovias, disse o secretário, serão
analisadas "sem nenhum preconceito". A Infovias foi criada em 1998, numa
sociedade entre a Cemig e a americana AES. No balanço de 2002, a Infovias
registrou um prejuízo de R$ 4 milhões. (Valor - 09.06.203) 6 Mirant diz que ainda tem direito a voto A venda
do investimento na Cemig no fim do ano passado faz parte de uma grande
reestruturação pela qual passa a companhia energética Mirant. Na semana
passada, a companhia informou ao Valor que "apesar de ter vendido o investimento
na Cemig e ter feito o 'write off' do balanço, a Mirant mantém o controle
gerencial e os direitos de voto em algumas companhias, de forma consistente
com os acordos fechados com o BNDES e o estado de Minas Gerais". Enquanto
discute o acordo de acionistas na Justiça brasileira, a Mirant não pode
vender sua participação no país. O negócio foi feito acima da estrutura
da empresa de participações SEB, que é acionista direta da Cemig, para
que não ocorresse alteração societária na distribuidora. A Mirant não
esclareceu, entretanto, se continua responsável pelo pagamento da dívida
com o BNDES. (Valor - 09.06.2003) 7 Alusa começa a construir linhas de transmissão em agosto A Companhia
Técnica de Engenharia Elétrica (Alusa) planeja começar a construir dois
projetos de linha de transmissão no estado do Pará até agosto, informou
o diretor da Alusa, Guilherme Godoy. As linhas, uma de 179km e 230kV entre
Vila do Conde e Santa Maria, e a outra de 473km e 525kV entre Tucuruí
e Açailândia, no Maranhão, devem entrar em operação no primeiro semestre
de 2004, disse Godoy. A Alusa está buscando investimento privado para
os projetos e vai apresentá-los a potenciais investidores nos dias 11
e 12 de junho no Latin American Leadership Forum (Fórum de Liderança Latino-Americana),
em Washington DC, disse Godoy. Ele não quis informar o montante exato
do investimento que os projetos vão requerer, mas disse: "Só vamos apresentar
os projetos e ver quem está interessado". Godoy informou também que assim
como em seus projetos de transmissão anteriores, a Alusa fará parceria
com a construtora local Schahin. Depois de construídos todos os projetos
planejados, a Alusa vai operar cerca de 2.150km de sistemas de transmissão,
com investimento total de R$ 1,4 bilhões. (Business News Americas - 06.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia A Aneel
libera hoje para consulta pública a proposta que trata da liquidação das
operações de compra e venda de energia, com garantias financeiras no MAE.
A consulta poderá ser feita no site www.aneel.gov.br.
(Gazeta do Povo - 09.06.03)
Grandes Consumidores 1 Votorantim vai investir R$ 231 mi em usina na BA A Votorantim
Cimentos vai investir R$ 231,8 milhões na construção de uma usina hidrelétrica
no Rio Paraguaçu, entre os municípios baianos de Governador Mangabeira
e São Félix. A empreitada contará com financiamento de R$ 144,7 milhões
do BNDES. O projeto, batizado de Pedra do Cavalo, vai gerar energia que
será consumida pelas unidades industriais do próprio grupo. A usina terá
capacidade instalada de 160 MW e deve empregar 500 funcionários. A fim
de reduzir os impactos ambientais, foram tomadas iniciativas para a proteção
da fauna e da flora da região: a obra teve minimizados os riscos de construção
e os impactos ambientais pelo fato de a barragem da usina já estar pronta.
O setor de energia é uma das prioridades nos investimentos do grupo Votorantim.
Detentor de participação expressiva em diversos empreendimentos desse
tipo, a holding visa atingir no prazo de cinco anos, uma capacidade de
geração de energia suficiente para atender 65% do seu atual consumo. Enquadrado
no Programa de Apoio Financeiro a Investimentos Prioritários no Setor
Elétrico, o financiamento para a construção da Pedra do Cavalo corresponderá
a 62% do investimento total no projeto, que prevê a construção de duas
unidades geradoras. A primeira está prevista para entrar em operação em
janeiro de 2005 e a segunda, em março do mesmo ano. Essa concessão de
crédito já segue as novas diretrizes aprovadas recentemente pela diretoria
do BNDES. (Canal Executivo - 09.06.2003) 2 Usina Sobragi tem concessão transferida para Siderúrgica Barra Mansa A Companhia
Paraibuna de Metais transferiu a concessão para exploração da hidrelétrica
Sobragi, com potência de 60 MW, para a Siderúrgica Barra Mansa. As duas
empresas pertencem ao Grupo Votorantim. A usina está localizada nos municípios
de Simão Pereira e Belmiro Braga, em Minas Gerais e teve sua concessão
outorgada pela União em julho de 1993. O processo de transferência foi
iniciado no ano passado e foi homologado o contrato de compra e venda
dos ativos da usina nesta semana pela Aneel. (Canal Energia - 06.06.2003) Economia Brasileira 1 Crescimento trará déficit de volta, diz Bird A esperada
recuperação do crescimento trará de volta o déficit do país nas transações
de bens e serviços com o resto do mundo, segundo estimativa do Bird. O
chamado déficit nas transações correntes, que chegou à casa de 5% do PIB
no governo passado, foi drasticamente reduzido de 2002 para cá. De janeiro
a abril, foi de apenas 0,6% do PIB, ou US$ 884 milhões. "A rápida queda
no déficit em transações correntes não deve persistir. À medida que o
crescimento comece a se elevar, as contas externas vão cair gradualmente
e se estabilizar num déficit moderado, entre 2% e 3% do PIB", diz o documento
do Banco Mundial. Se correta, tal avaliação derruba uma tese que chegou
a ganhar adeptos na equipe econômica: a de que o país havia obtido um
"ajuste estrutural" -ou seja, de caráter permanente - das contas externas.
Pela leitura do Bird, os expressivos superávits comerciais obtidos pelo
Brasil, responsáveis pelo atual equilíbrio das contas externas, se devem
muito à estagnação da economia, uma vez que a falta de consumo interno
estimula as exportações e mantém baixas as importações. Assim, apesar
dos progressos obtidos, a economia continuará vulnerável a crises externas.
(Folha de São Paulo - 09.06.2003) 2 Expansão reduzirá a dívida, diz BC Dados do BC mostram que, sem a ajuda da queda do dólar e da inflação alta, os superávits primários recordes obtidos neste ano não teriam sido capazes de reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB. Se o câmbio e os preços internos não tivessem variado de janeiro a abril, a dívida pública teria subido de 56,5% do PIB (R$ 881,1 bilhões), em dezembro, para 57,9% do PIB (R$ 931,8 bilhões) em abril -apesar do grande superávit primário de 6,5% do PIB no período. A explicação para o fenômeno está na permanência dos juros altos e na conseqüente ausência de crescimento econômico. Pela lógica da política de superávits primários iniciada em 1999, o aperto fiscal deve ser capaz de reduzir a incerteza do mercado, credor da dívida, o que permitiria a queda gradual dos juros. Com menos despesas financeiras e mais crescimento econômico, a relação dívida/PIB tenderia a cair. Os juros, de fato, tiveram alguma queda nos últimos anos, mas não o bastante para permitir um crescimento razoável. (Folha de São Paulo - 09.06.2003) 3 IPCA indica nesta semana o rumo dos juros O debate
sobre a redução da taxa de juros promete esquentar esta semana com a divulgação
do IPCA do mês de maio. A preocupação tanto da equipe econômica do Governo
quanto dos analistas do mercado financeiro é saber se os repasses generalizados
de preços estão perdendo força a ponto de permitir uma diminuição dos
juros na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 17 e 18 deste
mês. Na última semana, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos
do Senado Federal, os novos diretores do BC, que assumirão a missão de
formuladores de política econômica na equipe de Henrique Meirelles, deixaram
claro a preocupação do Governo com aumentos de preços em vários setores
da economia. Isso reforça a idéia de que ainda existe uma "inércia inflacionária"
decorrente do choque cambial vivido pelo País no segundo semestre de 2002
e no início deste ano, o que impediria uma queda dos juros. "O núcleo
do IPCA mostra que a inflação não está limitada a alguns poucos produtos,
mas, sim, que existe um processo generalizado de aumento de preços, embora
isso esteja ocorrendo de forma mais lenta do que meses atrás", afirmou
Eduardo Loyo, que teve seu nome aprovado para assumir a nova diretoria
de Estudos Especiais do BC. (Jornal do Commercio - 09.06.2003) 4
Mercado volta a baixar previsão de inflação para 2003 O dólar
comercial mantém queda nesta manhã. Às 12h27m, a moeda americana era negociada
a R$ 2,861 na compra e R$ 2,866 na venda. Na sexta-feira, a moeda norte-americana
terminou cotada a R$ 2,873 para compra e R$ 2,878 para venda, alta de
0,55%. (O Globo On Line e Invertia - 09.06.2003)
Internacional 1 Enel tem planos para compra de unidade produtora de energia renovável A Enel vai
anunciar, essa semana, planos para a aquisição de uma parte significante
da unidade produtora de energia renovável da Union Fenosa. A negociação
seria importante para a estratégia da Enel de expandir seus mercados na
Espanha e outros países europeus, visto que sua participação no mercado
italiano vem se reduzindo devido a liberalização do mercado de energia
no país. A Enel busca também fortalecer a sua unidade de energia renovável,
a Green Power, como o principal agente do mercado mundial desse ramo.
(Platts -09.06.2003) 2 Construção de usina da Endesa é aprovada por Comissão de Energia A Comissão
Nacional de Energia da Espanha aprovou a construção da usina termoelétrica
planejada pela Endesa, na localidade de Huelva , ao sul da região de Andalucia.
O projeto da usina , que terá capacidade de 400 MW, ainda terá de ser
aprovado pelo Ministério da Economia da Espanha. O Ministério de Meio
Ambiente já havia aprovado a construção. (Platts -09.06.2003) 3 Primeiros geradores da maior represa do mundo funcionarão a partir de agosto Os dois
primeiros geradores de energia da gigante represa de Three Gorges , localizada
no rio Yangtze, na China, irão iniciar suas operações em agosto. Dentre
os 26 geradores de energia previstos no projeto de Three Gorges, os geradores
2 e 5 começarão a funcionar em dois meses, enquanto que os geradores 3
e 6 serão lançados em outubro. As quatro unidades, de 700000 kW cada,
serão capazes de gerar 5,5 bi kWh de eletricidade este ano. (Platts -
09.06.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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