l IFE:
nº 1.123 - 04 de junho de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Nelson Siffert: BNDES deve investir R$ 4 bi em projetos de energia elétrica Segundo
do chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Nelson Siffert,
o banco deverá desembolsar este ano R$ 4 bilhões em financiamentos com
recursos próprios a projetos de energia elétrica, nos setores de geração,
transmissão, distribuição e para pequenas centrais elétricas (PCHs). Nos
primeiros cinco meses do ano foram liberados financiamentos para o setor
elétrico no valor de R$ 667 milhões. Siffert destaca que a carteira de
projetos no setor elétrico em análise pelo banco já soma R$ 5 bilhões.
Aí está incluído o projeto de expansão da Hidrelétrica de Tucuruí, no
Pará, para a duplicação de sua capacidade de geração dos atuais 4 mil
MW para 8 mil MW. O investimento previsto é de cerca de R$ 3 bilhões,
dos quais o BNDES poderá participar com R$ 1 bilhão. Além dos projetos
financiados com recursos orçamentários do BNDES, o banco é agente repassador
de recursos do Tesouro Nacional para programas específicos. Nesse contexto,
o BNDES deverá, em quarenta dias, repassar cerca de R$ 850 milhões relativos
à segunda parcela de financiamentos à liquidação das operações do MAE.
Também em breve serão repassados cerca de R$ 2 bilhões em empréstimos
às empresas distribuidoras da energia como compensação às perdas ocasionadas
pelo não inclusão da CVA nos reajustes tarifários. (Gazeta Mercantil -
04.06.2003) 2 Siffert: modelo de transmissão é atrativo Siffert
explicou que o BNDES já liberou esse ano R$ 667 milhões para o setor elétrico,
tanto para projetos de geração como para transmissão e distribuição. Segundo
ele, a carteira de projetos em análise para o setor elétrico gira em torno
de R$ 5 bilhões. O maior deles é para a Eletronorte, que poderá receber
até R$ 800 milhões para duplicação de Tucuruí, de 4 mil MW para 8 mil
MW. A previsão de desembolsos do BNDES para energia em 2003 é de aproximadamente
de R$ 4 bilhões. Siffert explica que existem projetos grandes nas áreas
de transmissão e cita como exemplo a duplicação da linha Norte Sul, que
está em análise. "O modelo de transmissão é muito bem sucedido e está
atraindo estrangeiros que compraram as concessões em leilões da Aneel",
diz Siffert. Entre as empresas que estão com pedidos de financiamento
de novos projetos no BNDES estão a Schain Alusa, a espanhola Expansion
e a italiana Enel Power. (Valor - 04.06.2003) 3 Usina de Corumbá IV pode ter obra paralisada por falta de verba As obras
de construção da usina hidrelétrica de Corumbá IV vão se arrastar neste
mês e correm o risco de parar em julho por falta de dinheiro. CEB, Serveng-Civilsan
e C&M Engenharia, acionistas da Corumbá Concessões, empresa que venceu
a concessão para construir e operar a usina por 35 anos, estão com cofres
vazios. Para terminar a obra, são necessários mais de R$ 220 milhões,
recursos que deveriam vir do BNDES. O processo de liberação do empréstimo
está parado desde abril por recomendação do Ministério Público Federal
e do Ministério Público de Goiás. Pesam contra a obra três ações na Justiça
por problemas ambientais. ''As obras estão em ritmo inadequado, porque
em vez de trabalhar, estamos resolvendo problemas jurídicos'', reclama
o diretor-presidente da Corumbá, João Carlos Hachmann. Planejada para
entrar em operação no próximo ano, a usina está apenas 50% pronta e só
deve gerar os 127 megawatts no final de 2005. Já foram investidos R$ 180
milhões e a empresa está endividada com bancos privados em mais de R$
80 milhões. (Correio Brasiliense - 04.06.2003) 4
Seminário discute gestão de conhecimento e informação no SEE Será
criada hoje a Cogen-SP (Associação Paulista de Cogeradores
de Energia). Com a assessoria do escritório de advocacia Souza
Cescon, a entidade quer incentivar o reaproveitamento de energia em processos
industriais no Estado. (Folha de São Paulo - 04.06.2003)
Empresas 1 Eletrobrás e Eletronorte investem R$ 155 mi em linha de transmissão A Eletrobrás
e a Eletronorte investiram R$ 155 milhões na implantação da linha de transmissão
Coxipó/Jauru. Inaugurada no último domingo, dia 1º de junho. O empreendimento
integra o conjunto de projetos da política emergencial do governo federal
para aumentar a oferta de energia elétrica no Mato Grosso. O projeto da
linha que tem 366 quilômetros de extensão beneficia cerca de 400 mil pessoas
no estado. O empreendimento, que inclui a construção das subestações Jauru
e Coxipó, transportará a energia gerada pelas usinas localizadas no noroeste
do estado, entre elas Jauru e Guaporé. A construção da linha, que gerou
dois mil empregos diretos e indenização para 560 propriedades, está permitindo
a oferta de programas de educação e conscientização ambiental nos treze
municípios localizados ao longo do projeto. (Canal Energia - 03.06.2003) 2 Mirant vende participação acionária da Cemig A americana
Mirant vendeu por valor simbólico sua participação na Cemig e bateu-se
em retirada do Brasil. A companhia confirma oficialmente o negócio, mas
se nega a informar o nome do comprador, alegando sigilo. Com isso, a empresa
fez uma baixa de investimentos ("write-off") no mercado brasileiro de
US$ 132 milhões. O jornal Valor Econômico apurou que o comprador das ações
da Mirant na Cemig é o fundo Franklin Park Energy, formado por ex-executivos
da AES e cujo vice-presidente é Tom Tribone. O novo dono dividiria, agora,
um pedaço da Cemig - equivalente a 33% de ações ordinárias ou 14% do capital
total - com outros dois grupos: a também americana AES e o banco carioca
Opportunity, este por meio de seu fundo 524 Participações S.A. Os três
sócios da estatal mineira estão reunidos na holding SEB, que por sua vez
é controlada pela Caymann Energy Treasury (CET), sediada nas Ilhas Caymann,
com 91,75% e pelo Opportunity, com 8,25%. A Mirant era, até então, a controladora
da CET, com 51%. A venda da participação da Mirant na Cemig ainda é uma
incógnita no setor energético brasileiro. Na bolsa de apostas, há quem
especule que esse fundo esteja apenas intermediando o negócio para um
dos atuais sócios: AES ou Opportunity. O grupo americano não falou sobre
o assunto e diretores do banco não foram encontrados para se manifestar.
(Valor - 04.06.2003) 3 AES Sul recorrerá contra decisão do TRF A AES Sul
informou ontem que vai recorrer contra a cassação, pelo Tribunal Regional
Federal (TRF) da 1ª Região, da liminar concedida em dezembro de 2002 pela
Justiça Federal do Distrito Federal suspendendo a liquidação financeira
de operações de compra e venda de energia elétrica no MAE até a realização
de uma auditoria no setor. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa
disse que não iria comentar o teor da decisão até o julgamento final do
caso. Na ação original, a AES Sul pedia o direito de contabilizar R$ 373
milhões no balanço de 2001, referentes à venda da energia comprada de
Itaipu, no submercado da região Sudeste durante o racionamento - o que
havia sido negado pela Aneel. Reivindicava também licença para não participar
da liquidação antes da auditoria, pois os cálculos até então indicavam
que ela teria de desembolsar R$ 34,5 milhões na operação. (Valor - 04.06.2003) 4
Caso Copel-UEG será julgado por justiça do Brasil 5 Cemar investirá R$ 17,3 mi no Estado do Maranhão A Cemar
pretende investir R$ 17,3 milhões na melhoria de seus serviços, este ano.
O anúncio foi feito ontem pelo diretor técnico da empresa, o engenheiro
Luiz Carlos Coelho. Segundo ele, os recursos são da própria companhia
e estão sendo investidos na melhoria e reforma das instalações da rede
de distribuição de energia elétrica, na regularização da rede em comunidades
surgidas de ocupações, e na construção de novas instalações, como subestações
de energia. Luiz Coelho destacou também, a contratação de empreiteira
para o início da obra da subestação do Maiobão (com capacidade de 20 MVA).
A subestação irá atender São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar.
"A obra representará uma melhoria significativa na flexibilidade de operação
do sistema de São Luís", disse. (O Imparcial - 04.06.2003) 6 Rede Cemat investe R$ 10,5 mi para implantação de subestação A Rede Cemat
investiu R$ 10,5 milhões na implantação de uma subestação no município
de Brasnorte. O empreendimento, inaugurado no último domingo, dia 1º de
junho, interliga a cidade ao sistema de distribuição de energia do Mato
Grosso. Antes da construção da linha, o município utilizava unidades a
óleo diesel para gerar energia elétrica. O empreendimento integra o sistema
de transmissão Campo Novo do Parecis-Brasnorte. (Canal Energia - 03.06.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Presidente da ANA contesta dados sobre hidrelétricas A capacidade
de fornecimento de energia das hidrelétricas está superestimada pelo método
de cálculo usado no governo, que fornece sinais equivocados sobre os riscos
de um novo racionamento. Esse método tem de ser revisto para levar em
conta a queda na capacidade de geração criada pelos outros usos das águas
nos reservatórios dessas usinas, como a irrigação, alerta estudo preparado
pelo diretor-presidente da ANA, Jerson Kelman. O estudo do dirigente da
ANA, realizado com a colaboração de dois consultores, está em análise
pelo MME, e propõe mudanças para reduzir o valor dos Certificados de Energia
Assegurada (CEA), que determinam o quanto cada usina deve receber no mercado
de energia. "É preciso levar em conta o múltiplo uso das águas", avisa
Kelman, ao propor que o governo, na concessão de CEAs para novas usinas,
leve em conta os futuros usuários dos reservatórios dessas geradoras,
em atividades como irrigação e navegação. O secretário executivo do Ministério
de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, que já teve contato com o trabalho
enviado pelo dirigente da ANA, comenta que sua equipe ainda avalia o assunto.
Ele concorda, porém, que o atual excesso de energia no sistema elétrico
nacional incentiva o governo a fazer logo o ajuste: "o momento é agora,
quando há energia sobrando". (Valor - 04.06.2003) 2 Excedente de energia em Mato Grosso Mato Grosso
cada vez mais caminha para se consolidar como estado exportador de energia.
No domingo, foram inauguradas a linha de transmissão Coxipó/Jauru e a
subestação de energia do município de Brasnorte. Só nestas obras foram
investidos R$ 191 milhões. Num prazo de dois anos, mais quatro usinas
devem entrar em funcionamento no estado. Assim, Mato Grosso aumenta a
capacidade instalada de 600 MW para mais de 1500 MW. O norte do estado,
por onde passa o rio Teles Pires, ainda é encarado como área a ser explorada
e de grande potencial. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003) 3 Subsistema Sul consumiu 7.307 MW médios no dia 2 A região
Sul consumiu 7.307 MW médios na última segunda-feira, dia 2 de junho,
contra previsão de 6.733 MW médios do programa mensal de operação (PMO)
do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado acumula baixa no consumo de
5,07%. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 25.084 MW médios, contra
previsão de 25.558 MW médios do operador do sistema. O submercado está
com baixa no consumo de 9,57% nos últimos sete dias. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o subsistema registra queda
de 14,6% no mesmo período. O Norte teve consumo de 2.843 MW médios, contra
previsão de 2.852 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa
mensal de operação, a região acumula baixa de 2,76% nos últimos sete dias.
O Nordeste consumiu 5.928 MW médios, contra PMO de 5.910 MW médios do
ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registra queda no consumo de
5,68%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247 MW médios, o subsistema
está com baixa de 10,77% no período. (Canal Energia - 03.06.2003) 4
Capacidade do subsistema Sul tem redução de 0,68% 5 Capacidade do subsistema Norte está com 84,89% A capacidade
de armazenamento do subsistem Norte está em 84,89%, uma redução de 0,02%.
O nível da usina de Tucuruí está em 100%. (Canal Energia - 03.06.2003) 6 Volume da região Nordeste está em 49,04% Com uma
queda de 0,14%, o nível de armazenamento do subsistema Nordeste ,chegou
a 49,04%. O volume está 25,24% acima da curva de aversão ao risco. A capacidade
da usina de Sobradinho está em 44,09%. (Canal Energia - 03.06.2003) 7 Capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,12% O volume
armazenado está 42% acima da curva de segurança 2002/2003. A capacidade
está em 76%, o que corresponde a uma redução de 0,12%. As hidrelétricas
de Miranda e Nova Ponte apresentam, respectivamente, índice de 56,28%
e 67,33%. (Canal Energia - 03.06.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Publicada resolução do CNPE com diretrizes para leilão de excedentes O Diário
Oficial da União publicou na edição desta terça-feira, dia 3 de junho,
a resolução número 3 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE),
que define as diretrizes para a realização dos leilões de excedentes de
energia entre geradores e grandes consumidores industriais. O negócio
- ainda sob regulamentação da Aneel - será ambientado no MAE, e ainda
não tem data prevista para acontecer. Conforme já anunciado pela ministra
Dilma Rousseff, as sobras contratuais decorrentes do processo de liberação
de 25% dos contratos iniciais em janeiro de 2003 serão o objeto de negociação
dos leilões. Os contratos firmados a partir dos leilões de excedentes
terão um prazo máximo de dois anos, e não terão qualquer ligação com os
contratos de fornecimento vigentes entre consumidores e supridores. A
Aneel deverá estabelecer um Encargo de Serviço de Distribuição (ESD) destinado
à cobrir custos legais e setoriais devidos pelo atendimento dos contratos
fechados nos leilões. O ESD será pago pelos consumidores conectados à
rede de distribuição. Outros pontos que cercam os detalhamentos do leilão
de excedentes, como questões técnicas de medição, penalidades e condições
comerciais, estarão contidos na resolução da agência reguladora. (Canal
Energia - 03.06.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Maranhão e Piauí estudam a viabilidade de gasoduto As companhias
de gás do Maranhão (Gasmar) e do Piauí (Gaspisa) iniciaram estudos de
viabilidade técnica para implantação de gasoduto para transporte de gás
natural para os dois estados. O objetivo é identificar a melhor alternativa
de traçado para o gasoduto, tendo como prioridade, em curto espaço de
tempo, a rota Fortaleza/São Luís (interligando-se ao gasoduto Nordestão)
a partir do porto de Pecém, no Ceará. Outra alternativa, estimada para
um horizonte de 10 a 15 anos, é a utilização do gasoduto Bolívia-Brasil,
através da região Centro-Oeste. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)
Grandes Consumidores 1 Hidrelétricas de grandes consumidores terão recursos do BNDES O BNDES
aprovou, em sua última reunião de diretoria na segunda-feira, dois grandes
financiamentos para a construção de usinas hidrelétricas. Juntos, eles
somam R$ 604,7 milhões em créditos, sendo R$ 144,7 milhões para a Votorantim
Cimentos, e R$ 460 milhões à Energética Barra Grande. Segundo o chefe
do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nelson Siffert, o investimento
total do projeto da Baesa é de R$ 1,3 bilhão para a construção de usina
com capacidade instalada de 690 MW no rio Pelotas, na divisa entre Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. A energia gerada será destinada ao consumo
próprio das empresas integrantes da Baesa, de acordo com a participação
acionária de cada uma no consórcio. A participação do BNDES no projeto
da Baesa é de 34% em financiamento. Mas está prevista também a colocação
de debêntures, no valor de cerca de R$ 460 milhões, com a participação
do BNDES em até R$ 350 milhões. Já o financiamento concedido à Votorantim
Cimentos visa à construção de uma entre os municípios de Governador Mangabeira
e São Felix, na Bahia. Integrante do projeto batizado de Pedra do Cavalo,
a nova usina, com capacidade instalada de 160 MW, destinará a energia
gerada ao consumo próprio das unidades de cimento da Votorantim. O projeto
deve entrar em operação em janeiro de 2005. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003) 2 Alcoa investe em geração de energia para ampliar negócios A Alcoa
Alumínio S.A., subsidiária da multinacional americana Alcoa Inc. para
América Latina, exceto México, vendeu por US$ 75 milhões seu negócio de
embalagens plásticas (pré-formas e garrafas PET) para o grupo australiano
Amcor, que já opera no Brasil. Josmar Verillo, presidente da Alcoa na
América Latina, disse que o dinheiro da venda será usado em projetos de
expansão de outras áreas no país, como alumínio primário e alumina, que
são o principal negócio do grupo em âmbito mundial. Mas, para isso, a
companhia quer antes equacionar o suprimento de energia, considerado gargalo
para a indústria de alumínio no país. A Alcoa e a BHP Billiton, assim
como a Cia. Vale do Rio Doce, negociam com a Eletronorte a renovação dos
contratos de suprimento de energia para sua fundições Alumar, no Maranhão,
e Albrás, no Pará. Esses acordos, de 20 anos, vencem em meados de 2004.
Além disso, a empresa está envolvida na construção de várias hidrelétricas
- Machadinho (pronta), Barra Grande, Pai Querê, Serra do Facão, Santa
Isabel e Estreito. Até 2008, há previsão de investir US$ 900 milhões.
"O objetivo é obter um custo de energia competitivo, na faixa de US$ 20
o MW, para viabilizar o investimento em novas fundições de metal primário",
diz. (Valor -04.06.2003) 3 Braskem fecha contrato com a Tractebel no RS A unidade
da Braskem no pólo petroquímico de Triunfo (RS) fechou um contrato para
compra de 41 MW de energia da Tractebel (ex-Gerasul), o que corresponde
a 2/3 de seu consumo, por um período de cinco a oito anos. Flexibilidade
no contrato foi o principal fator que levou a unidade gaúcha da Braskem
a se tornar 100% consumidora livre de energia. A unidade de Triunfo começou
a abandonar os contratos cativos de compra de energia em 2001, quando
fechou acordo para a compra de 21 MW (1/3 de seu consumo) da Copel, contrato
ainda em vigor. A energia representa 5% dos custos totais da empresa.
A Braskem não revela a economia conseguida com os contratos fechados com
Tractebel e Copel. O gerente de energia da empresa, Ricardo de Maya Simões,
garante, no entanto, que, mais do que redução nos custos, a unidade buscou
flexibilidade nos contratos ao se tornar consumidora livre de energia.
A parceria entre a Braskem e a Tractebel vai além do contrato para fornecimento
de energia na unidade de Triunfo. Em caso de aumento do consumo de energia
por qualquer uma das 13 unidades da Braskem, a geradora passa a ser representante
da empresa na busca pela energia complementar. Segundo o gerente de comercialização
da Tractebel, Tarcísio Estefano Rosa, quando a empresa necessitar de mais
energia, caso a própria geradora não forneça, ela vai ao MAE negociar
a compra do insumo em nome da Braskem. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003) 4 Procura por projetos de eficiência energética é menor no setor industrial Nos cincos
primeiros meses do ano, as empresas pisaram o freio dos investimentos
na área de eficiência energética. Na avaliação da ABEne (Associação Brasileira
para Eficiência Energética, Energias Renováveis e Meio Ambiente), o interesse
de grandes consumidores por novos projetos caiu muito este ano. Isto porque,
justifica a associação, o segmento aguarda as definições do novo governo
para o setor de energia. Além disso, alguns consumidores acreditam que,
com o fim do racionamento, não existe mais a necessidade de investir em
projetos de eficiência energética. Segundo Andreas Hahn, presidente da
ABEne, os grandes consumidores têm manifestado mais interesse por negociar
energia com as comercializadoras. "A energia no momento está muito barata.
Então, esses consumidores estão optando por negociar com os comercializadoras
no lugar de investir em projetos de eficiência energética", observa ele.
(Canal Energia - 03.06.2003) 5 Abrace: Ainda há espaço para investimentos na área de eficiência energética Apesar do
cenário delicado neste início de ano, a avaliação do segmento é positiva.
Nos últimos anos, os grandes consumidores, principalmente os eletrointensivos,
fizeram pesados investimentos na área de eficiência energética. Um levantamento
da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica)
revela que, mesmo após o racionamento de energia, os consumidores eletrointensivos
mantiveram esforços na área. De acordo com o estudo, o segmento conseguiu
reduzir em 7% o consumo de energia. No ano passado, os eletrointensivos
tinham um consumo de 14,8 MWh por mil toneladas de alumínio primário.
Em 1990, esse consumo foi de 15,9 MWh. "Esse resultado somente foi possível
porque as indústrias perceberam que era preciso otimizar o uso da energia
elétrica", comenta José Roberto Gianotti, vice-residente da Abrace. Dados
da Abiclor (Associação Brasileira das Indústrias de Alcales, Cloro e Derivados)
também revelam que o segmento alcançou um nível de eficiência energética
de 10% nos últimos dez anos, ou economia de 0,9% por ano com projetos
na área. (Canal Energia - 03.06.2003) Economia Brasileira 1 Inflação segue alta, diz novo diretor do BC Indicado
para o cargo de diretor de Política Econômica do BC, o economista Afonso
Bevilaqua disse ontem que "a inflação está sob controle, mas em um nível
ainda alto". Segundo ele, a queda dos índices de preços nas últimas semanas
justifica que o Copom avalie uma redução da taxa básica de juros. No entanto
ele não precisou quando isso poderia ocorrer. Juntamente com Eduardo Loyo,
indicado para a Diretoria de Estudos Especiais do BC, Bevilaqua foi sabatinado
ontem no Senado pelos membros da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
Questionado pelo líder do governo no Congresso, senador Aloizio Mercadante
(PT-SP), se a queda recente de vários índices não abriria espaço para
uma redução da taxa de juros, Bevilaqua disse que "as perspectivas são
favoráveis", mas que a inflação ainda está alta se levada em consideração
a meta de inflação para este ano, de 8,5%. (Folha de São Paulo - 04.06.2003) 2 Spread bancário é um abuso, diz Mantega O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou ontem que algumas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras são um disparate e cobrou a redução dos spreads bancários para facilitar o acesso ao crédito. "Todo mundo fica olhando para a Selic e o spread bancário passou desapercebido. Enquanto isso, o pessoal está lá, faturando", declarou o ministro durante participação em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, no Congresso Nacional, para discutir o Plano Plurianual 2004/2007. Segundo o ministro, é necessário criar um ambiente de maior competição no sistema financeiro que permita a redução dos juros. Mantega citou três vertentes trabalhadas pelo governo para amenizar a situação: incentivo à criação de cooperativas de crédito, aumento da participação dos bancos públicos na oferta de financiamentos e a aprovação da nova Lei de Falências. (Valor - 04.06.2003) 3 Empresas e bancos rolam dívida Bancos e
empresas brasileiras estão conseguindo rolar no próprio mercado internacional
suas dívidas externas que vencem neste mês. A Construtora Norberto Odebrecht,
a Brasturinvest, o Santander/Banespa, o Bradesco e o Banco Votorantim
estão entre os que rolaram ou já lançaram operações no mercado para rolar
vencimentos. "Quem quer ou tem necessidade de rolar sua dívida externa
não terá dificuldades", diz o diretor do Bradesco, José Guilherme Lembi
de Faria. (Valor - 04.06.2003) 4
ICV tem a menor variação em um ano O IPC -
S, calculado entre os dias 27 de abril e 26 de maio pela FGV, subiu 0,74%.
O resultado representa uma queda de 0,09 ponto percentual em relação à
medição anterior. No ano, o indicador acumula alta de 9,25%. Das 12 capitais
pesquisadas pela FGV para o cálculo do IPC-S, nove apresentaram desaceleração.
A que apresentou a maior aceleração foi Porto Alegre, de 0,19 ponto percentual,
passando de 1,58% para 1,77%. Em São Paulo o índice subiu para 0,43%.
(Gazeta Mercantil - 04.06.2003) 6 Fitch eleva recomendação para o país Otimista
com a condução política, a agência de classificação de risco FitchRatings
melhorou ontem, pela segunda vez neste ano, a avaliação da dívida brasileira.
A empresa mudou de "estável" para "positiva" a perspectiva dos títulos
do país - sem, no entanto, alterar a nota, que segue sendo B, posição
em que está desde outubro do ano passado. Ter perspectiva positiva significa
que a probabilidade de a nota subir nos próximos dois anos é superior
a 50%. Por outro lado, a Fitch apontou fatores como o apoio do PMDB ao
governo para melhorar a perspectiva para o Brasil. Outro fator crucial
foi a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros apesar da pressão
política para que fosse reduzida. (Folha de São Paulo - 04.06.2003) O mercado de câmbio permanece vendedor neste final de manhã e mantém o dólar em queda, apesar do baixo volume de negócios. Às 12h14m, a moeda americana tinha baixa de 0,74%, cotado a R$ 2,918 na compra e R$ 2,923 na venda. O dólar fechou a terça-feira em queda de mais e 1%, negociada a R$ 2,942 para compra e a R$ 2,945 para venda, queda de 1,27% em relação ao encerramento de ontem. (O Globo On Line e Invertia - 04.06.2003)
Internacional 1 Fenosa recebe propostas de parceria para ativos no México A energética
espanhola Unión Fenosa recebeu seis ofertas preliminares de potenciais
sócios estratégicos interessados em investir até US$ 500 milhões, ou 50%
do valor de seu três ativos de geração no México, disse Mauricio De la
Rosa, gerente de desenvolvimento de negócios da Fenosa no México. "Há
algumas empresas de geração à venda que não receberam nenhuma proposta
preliminar, portanto o número de ofertas mostra que existe muito interesse
por nossas operações no México", disse De la Rosa. As duas usinas em operação
da Fenosa e um projeto seu que deve entrar em operação neste mês somam
1.550MW de capacidade. As ofertas que a Fenosa recebeu são para 50% do
investimento em uma única usina e 50% nas três usinas, explicou De la
Rosa. As ofertas vêm de instituições financeiras, entre elas bancos mexicanos,
e de empresas energéticas estrangeiras, afirmou, acrescentando que os
nomes são confidenciais. A Fenosa vai estudar as propostas e fazer estudos
de 'due diligence' em meados de julho, continuou De la Rosa, acrescentando
que, normalmente, o processo leva dois a três meses. (Business News Americas
- 04.06.2003) 2 Termoelétrica de Tarragona tem início de operação adiada O início
das operações da usina termoelétrica de Tarragona, com capacidade de geração
de 420MW, foi adiado para o fim do ano, informou o porta-voz da espanhola
Iberdrola, nesta quarta-feira. A usina tinha a previsão de entrar em funcionamento
em julho, mas a Iberdrola anunciou que os testes de praxe só serão feitos
no final do ano, sem dar maior detalhes sobre as razões que levaram ao
adiamento. Além da Iberdrola, a outra operadora de Tarragona é a empresa
alemã RWE, formando a Tarragona Power, responsável pela operação da usina.
(Platts - 04.06.2003) 3 Governo francês pode discutir mudança de estatuto de EDF e GDF A CGT, União
de comércio de energia da França , acredita que o governo irá adotar um
projeto de lei que altere os estatutos da EDF e da Gaz de France (GDF),
durante uma reunião ministerial no dia 6 de agosto, segundo afirmou um
porta-voz da união. "Nós sabemos que o governo está negando isso, mas
temos em nossas mãos o projeto de lei", afirmou o porta-voz da CGT. Segundo
o mesmo, foi estratégia do governo negar os planos para a privatização
das duas empresas estatais quando o país estava em greve. Recentemente
o porta-voz do governo afirmou que não houve adiamento de um plano para
a mudança dos estatutos da EDF e da GDF, como parte de um processo de
privatização que ocorreria em 2004. (Platts - 04.06.2003) 4
Ex-executivo da Enron é preso 5 Exportação de gás do Reino Unido registra nível recorde Segundo
dados publicados pelo governo britânico, as exportações de gás natural
do Reino Unido para o continente europeu e para a Irlanda atingiram níveis
recordes no mês de março. Da mesma forma, as importações provenientes
da Noruega em março foram aproximadamente 70% mais altas do que dois anos
atrás. Dados preliminares mostram que as exportações através da Interconexão
Reino Unido- Bélgica para Zeebruge atingiram níveis ainda maiores em abril,
porém o pequeno volume exportado para a Holanda continuou em queda. (Platts
- 04.06.2003) 6 Gazprom planeja construção de gasoduto até o Reino Unido A gigante russa de gás, Gazprom, tem planos para a construção, na segunda metade dessa década, de um duto para a exportação de gás natural para o Reino Unido, informou o CEO da empresa, Alexei Miller. Em discurso, durante a Conferencia Mundial de Gás, em Tókio, Miller estava otimista com relação as possibilidades do duto, embora nenhum contrato de longo prazo tenha sido assinado para garantir o financiamento do projeto. O projeto prevê a construção de uma linha principal com uma série de outras linhas secundárias que seriam responsáveis pelo suprimento de países com populações pequenas, como Suécia e Finlândia. Antes de chegar no Reino Unido, o duto passaria pela Alemanha e Holanda. A Rússia já é responsável pelo suprimento de um quarto de todo o gás consumido na Europa, sendo que a maior parte desse gás vem pela Ucrânia. (Platts - 04.06.2003)
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