l

IFE: nº 1.123 - 04 de junho de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Nelson Siffert: BNDES deve investir R$ 4 bi em projetos de energia elétrica
2 Siffert: modelo de transmissão é atrativo
3 Usina de Corumbá IV pode ter obra paralisada por falta de verba
4 Seminário discute gestão de conhecimento e informação no SEE
5 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás e Eletronorte investem R$ 155 mi em linha de transmissão
2 Mirant vende participação acionária da Cemig
3 AES Sul recorrerá contra decisão do TRF
4 Caso Copel-UEG será julgado por justiça do Brasil
5 Cemar investirá R$ 17,3 mi no Estado do Maranhão
6 Rede Cemat investe R$ 10,5 mi para implantação de subestação

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Presidente da ANA contesta dados sobre hidrelétricas
2 Excedente de energia em Mato Grosso
3 Subsistema Sul consumiu 7.307 MW médios no dia 2
4 Capacidade do subsistema Sul tem redução de 0,68%
5 Capacidade do subsistema Norte está com 84,89%
6 Volume da região Nordeste está em 49,04%
7 Capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,12%
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Publicada resolução do CNPE com diretrizes para leilão de excedentes

Gás e Termelétricas
1 Maranhão e Piauí estudam a viabilidade de gasoduto

Grandes Consumidores
1 Hidrelétricas de grandes consumidores terão recursos do BNDES
2 Alcoa investe em geração de energia para ampliar negócios
3 Braskem fecha contrato com a Tractebel no RS

4 Procura por projetos de eficiência energética é menor no setor industrial
5 Abrace: Ainda há espaço para investimentos na área de eficiência energética

Economia Brasileira
1 Inflação segue alta, diz novo diretor do BC
2 Spread bancário é um abuso, diz Mantega
3 Empresas e bancos rolam dívida

4 ICV tem a menor variação em um ano
5 Queda do IPC-S
6 Fitch eleva recomendação para o país
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Fenosa recebe propostas de parceria para ativos no México
2 Termoelétrica de Tarragona tem início de operação adiada
3 Governo francês pode discutir mudança de estatuto de EDF e GDF
4 Ex-executivo da Enron é preso
5 Exportação de gás do Reino Unido registra nível recorde
6 Gazprom planeja construção de gasoduto até o Reino Unido

 

Reestruturação e Regulação

1 Nelson Siffert: BNDES deve investir R$ 4 bi em projetos de energia elétrica

Segundo do chefe do departamento de energia elétrica do BNDES, Nelson Siffert, o banco deverá desembolsar este ano R$ 4 bilhões em financiamentos com recursos próprios a projetos de energia elétrica, nos setores de geração, transmissão, distribuição e para pequenas centrais elétricas (PCHs). Nos primeiros cinco meses do ano foram liberados financiamentos para o setor elétrico no valor de R$ 667 milhões. Siffert destaca que a carteira de projetos no setor elétrico em análise pelo banco já soma R$ 5 bilhões. Aí está incluído o projeto de expansão da Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, para a duplicação de sua capacidade de geração dos atuais 4 mil MW para 8 mil MW. O investimento previsto é de cerca de R$ 3 bilhões, dos quais o BNDES poderá participar com R$ 1 bilhão. Além dos projetos financiados com recursos orçamentários do BNDES, o banco é agente repassador de recursos do Tesouro Nacional para programas específicos. Nesse contexto, o BNDES deverá, em quarenta dias, repassar cerca de R$ 850 milhões relativos à segunda parcela de financiamentos à liquidação das operações do MAE. Também em breve serão repassados cerca de R$ 2 bilhões em empréstimos às empresas distribuidoras da energia como compensação às perdas ocasionadas pelo não inclusão da CVA nos reajustes tarifários. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

2 Siffert: modelo de transmissão é atrativo

Siffert explicou que o BNDES já liberou esse ano R$ 667 milhões para o setor elétrico, tanto para projetos de geração como para transmissão e distribuição. Segundo ele, a carteira de projetos em análise para o setor elétrico gira em torno de R$ 5 bilhões. O maior deles é para a Eletronorte, que poderá receber até R$ 800 milhões para duplicação de Tucuruí, de 4 mil MW para 8 mil MW. A previsão de desembolsos do BNDES para energia em 2003 é de aproximadamente de R$ 4 bilhões. Siffert explica que existem projetos grandes nas áreas de transmissão e cita como exemplo a duplicação da linha Norte Sul, que está em análise. "O modelo de transmissão é muito bem sucedido e está atraindo estrangeiros que compraram as concessões em leilões da Aneel", diz Siffert. Entre as empresas que estão com pedidos de financiamento de novos projetos no BNDES estão a Schain Alusa, a espanhola Expansion e a italiana Enel Power. (Valor - 04.06.2003)

<topo>

3 Usina de Corumbá IV pode ter obra paralisada por falta de verba

As obras de construção da usina hidrelétrica de Corumbá IV vão se arrastar neste mês e correm o risco de parar em julho por falta de dinheiro. CEB, Serveng-Civilsan e C&M Engenharia, acionistas da Corumbá Concessões, empresa que venceu a concessão para construir e operar a usina por 35 anos, estão com cofres vazios. Para terminar a obra, são necessários mais de R$ 220 milhões, recursos que deveriam vir do BNDES. O processo de liberação do empréstimo está parado desde abril por recomendação do Ministério Público Federal e do Ministério Público de Goiás. Pesam contra a obra três ações na Justiça por problemas ambientais. ''As obras estão em ritmo inadequado, porque em vez de trabalhar, estamos resolvendo problemas jurídicos'', reclama o diretor-presidente da Corumbá, João Carlos Hachmann. Planejada para entrar em operação no próximo ano, a usina está apenas 50% pronta e só deve gerar os 127 megawatts no final de 2005. Já foram investidos R$ 180 milhões e a empresa está endividada com bancos privados em mais de R$ 80 milhões. (Correio Brasiliense - 04.06.2003)

<topo>

4 Seminário discute gestão de conhecimento e informação no SEE

Começa nesta terça-feira, dia 3 de junho, a quarta edição do Seminário Nacional da Gestão da Informação e do Conhecimento no Setor de Energia Elétrica (Sinconee). O evento, que irá até quarta-feira, acontece no Novotel São Paulo Center Norte. O tema principal do seminário promovido pela Aneel é sistemas de informação para desenvolvimento de negócios no novo ambiente do setor elétrico brasileiro. Cerca de 450 agentes das áreas de geração, transmissão e distribuição são esperados para o evento. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

5 Curtas

Será criada hoje a Cogen-SP (Associação Paulista de Cogeradores de Energia). Com a assessoria do escritório de advocacia Souza Cescon, a entidade quer incentivar o reaproveitamento de energia em processos industriais no Estado. (Folha de São Paulo - 04.06.2003)

O Departamento de Energia Elétrica e Eletrônica da Universidade Nacional da Colômbia fará, de 30 de outubro a l 1 de novembro de 2003, o II SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA - SICEL 2003. Mais informações no e-mail sicel2003@paas.unal.edu.co ou no site http://www.paas.unal.edu.co/sicel2003.htm. (NUCA - 04.06.2003)

<topo>

 

Empresas

1 Eletrobrás e Eletronorte investem R$ 155 mi em linha de transmissão

A Eletrobrás e a Eletronorte investiram R$ 155 milhões na implantação da linha de transmissão Coxipó/Jauru. Inaugurada no último domingo, dia 1º de junho. O empreendimento integra o conjunto de projetos da política emergencial do governo federal para aumentar a oferta de energia elétrica no Mato Grosso. O projeto da linha que tem 366 quilômetros de extensão beneficia cerca de 400 mil pessoas no estado. O empreendimento, que inclui a construção das subestações Jauru e Coxipó, transportará a energia gerada pelas usinas localizadas no noroeste do estado, entre elas Jauru e Guaporé. A construção da linha, que gerou dois mil empregos diretos e indenização para 560 propriedades, está permitindo a oferta de programas de educação e conscientização ambiental nos treze municípios localizados ao longo do projeto. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

2 Mirant vende participação acionária da Cemig

A americana Mirant vendeu por valor simbólico sua participação na Cemig e bateu-se em retirada do Brasil. A companhia confirma oficialmente o negócio, mas se nega a informar o nome do comprador, alegando sigilo. Com isso, a empresa fez uma baixa de investimentos ("write-off") no mercado brasileiro de US$ 132 milhões. O jornal Valor Econômico apurou que o comprador das ações da Mirant na Cemig é o fundo Franklin Park Energy, formado por ex-executivos da AES e cujo vice-presidente é Tom Tribone. O novo dono dividiria, agora, um pedaço da Cemig - equivalente a 33% de ações ordinárias ou 14% do capital total - com outros dois grupos: a também americana AES e o banco carioca Opportunity, este por meio de seu fundo 524 Participações S.A. Os três sócios da estatal mineira estão reunidos na holding SEB, que por sua vez é controlada pela Caymann Energy Treasury (CET), sediada nas Ilhas Caymann, com 91,75% e pelo Opportunity, com 8,25%. A Mirant era, até então, a controladora da CET, com 51%. A venda da participação da Mirant na Cemig ainda é uma incógnita no setor energético brasileiro. Na bolsa de apostas, há quem especule que esse fundo esteja apenas intermediando o negócio para um dos atuais sócios: AES ou Opportunity. O grupo americano não falou sobre o assunto e diretores do banco não foram encontrados para se manifestar. (Valor - 04.06.2003)

<topo>

3 AES Sul recorrerá contra decisão do TRF

A AES Sul informou ontem que vai recorrer contra a cassação, pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, da liminar concedida em dezembro de 2002 pela Justiça Federal do Distrito Federal suspendendo a liquidação financeira de operações de compra e venda de energia elétrica no MAE até a realização de uma auditoria no setor. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa disse que não iria comentar o teor da decisão até o julgamento final do caso. Na ação original, a AES Sul pedia o direito de contabilizar R$ 373 milhões no balanço de 2001, referentes à venda da energia comprada de Itaipu, no submercado da região Sudeste durante o racionamento - o que havia sido negado pela Aneel. Reivindicava também licença para não participar da liquidação antes da auditoria, pois os cálculos até então indicavam que ela teria de desembolsar R$ 34,5 milhões na operação. (Valor - 04.06.2003)

<topo>

4 Caso Copel-UEG será julgado por justiça do Brasil

A Copel conseguiu ontem uma vitória judicial parcial na questão que envolve o contrato para a compra de energia da UEG Araucária. Por decisão da juíza Josély Dittrich Ribas, da 3.ª Vara da Fazenda Pública do Paraná, foi suspenso o procedimento arbitral instaurado pela UEG Araucária na Câmara de Comércio Internacional sediada em Paris, declarada foro legal no contrato. Por causa da ação, a Copel já havia sido intimada a ir à Europa defender-se. Por julgar lesivos ao interesse público os termos do contrato - que fixam além da compra obrigatória da produção, tarifas elevadas e alinhadas ao dólar -, o governador Roberto Requião suspendeu os pagamentos da Copel à UEG desde janeiro. Além de a usina não funcionar, a Aneel não havia homologado o compromisso, justifica o governo. Em abril a UEG Araucária protocolou o pedido de arbitragem em Paris, exigindo o pagamento de R$ 70 milhões, e considerou o contrato rescindido. A UEG requereu também que a Copel adquirisse a usina orçada por ela em R$ 2,5 bilhões. (Gazeta do Povo - 04.06.2003)

<topo>

5 Cemar investirá R$ 17,3 mi no Estado do Maranhão

A Cemar pretende investir R$ 17,3 milhões na melhoria de seus serviços, este ano. O anúncio foi feito ontem pelo diretor técnico da empresa, o engenheiro Luiz Carlos Coelho. Segundo ele, os recursos são da própria companhia e estão sendo investidos na melhoria e reforma das instalações da rede de distribuição de energia elétrica, na regularização da rede em comunidades surgidas de ocupações, e na construção de novas instalações, como subestações de energia. Luiz Coelho destacou também, a contratação de empreiteira para o início da obra da subestação do Maiobão (com capacidade de 20 MVA). A subestação irá atender São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. "A obra representará uma melhoria significativa na flexibilidade de operação do sistema de São Luís", disse. (O Imparcial - 04.06.2003)

<topo>

6 Rede Cemat investe R$ 10,5 mi para implantação de subestação

A Rede Cemat investiu R$ 10,5 milhões na implantação de uma subestação no município de Brasnorte. O empreendimento, inaugurado no último domingo, dia 1º de junho, interliga a cidade ao sistema de distribuição de energia do Mato Grosso. Antes da construção da linha, o município utilizava unidades a óleo diesel para gerar energia elétrica. O empreendimento integra o sistema de transmissão Campo Novo do Parecis-Brasnorte. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Presidente da ANA contesta dados sobre hidrelétricas

A capacidade de fornecimento de energia das hidrelétricas está superestimada pelo método de cálculo usado no governo, que fornece sinais equivocados sobre os riscos de um novo racionamento. Esse método tem de ser revisto para levar em conta a queda na capacidade de geração criada pelos outros usos das águas nos reservatórios dessas usinas, como a irrigação, alerta estudo preparado pelo diretor-presidente da ANA, Jerson Kelman. O estudo do dirigente da ANA, realizado com a colaboração de dois consultores, está em análise pelo MME, e propõe mudanças para reduzir o valor dos Certificados de Energia Assegurada (CEA), que determinam o quanto cada usina deve receber no mercado de energia. "É preciso levar em conta o múltiplo uso das águas", avisa Kelman, ao propor que o governo, na concessão de CEAs para novas usinas, leve em conta os futuros usuários dos reservatórios dessas geradoras, em atividades como irrigação e navegação. O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, que já teve contato com o trabalho enviado pelo dirigente da ANA, comenta que sua equipe ainda avalia o assunto. Ele concorda, porém, que o atual excesso de energia no sistema elétrico nacional incentiva o governo a fazer logo o ajuste: "o momento é agora, quando há energia sobrando". (Valor - 04.06.2003)

<topo>

2 Excedente de energia em Mato Grosso

Mato Grosso cada vez mais caminha para se consolidar como estado exportador de energia. No domingo, foram inauguradas a linha de transmissão Coxipó/Jauru e a subestação de energia do município de Brasnorte. Só nestas obras foram investidos R$ 191 milhões. Num prazo de dois anos, mais quatro usinas devem entrar em funcionamento no estado. Assim, Mato Grosso aumenta a capacidade instalada de 600 MW para mais de 1500 MW. O norte do estado, por onde passa o rio Teles Pires, ainda é encarado como área a ser explorada e de grande potencial. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

3 Subsistema Sul consumiu 7.307 MW médios no dia 2

A região Sul consumiu 7.307 MW médios na última segunda-feira, dia 2 de junho, contra previsão de 6.733 MW médios do programa mensal de operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado acumula baixa no consumo de 5,07%. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 25.084 MW médios, contra previsão de 25.558 MW médios do operador do sistema. O submercado está com baixa no consumo de 9,57% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.065 MW médios, o subsistema registra queda de 14,6% no mesmo período. O Norte teve consumo de 2.843 MW médios, contra previsão de 2.852 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula baixa de 2,76% nos últimos sete dias. O Nordeste consumiu 5.928 MW médios, contra PMO de 5.910 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registra queda no consumo de 5,68%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.247 MW médios, o subsistema está com baixa de 10,77% no período. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

4 Capacidade do subsistema Sul tem redução de 0,68%

Os reservatórios da região Sul estão com 57,76% da capacidade, o que corresponde a uma queda de até 0,68%. A capacidade da hidrelétrica de Salto Santiago está em 50,32%. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

5 Capacidade do subsistema Norte está com 84,89%

A capacidade de armazenamento do subsistem Norte está em 84,89%, uma redução de 0,02%. O nível da usina de Tucuruí está em 100%. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

6 Volume da região Nordeste está em 49,04%

Com uma queda de 0,14%, o nível de armazenamento do subsistema Nordeste ,chegou a 49,04%. O volume está 25,24% acima da curva de aversão ao risco. A capacidade da usina de Sobradinho está em 44,09%. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

7 Capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem redução de 0,12%

O volume armazenado está 42% acima da curva de segurança 2002/2003. A capacidade está em 76%, o que corresponde a uma redução de 0,12%. As hidrelétricas de Miranda e Nova Ponte apresentam, respectivamente, índice de 56,28% e 67,33%. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Comercialização de Energia

1 Publicada resolução do CNPE com diretrizes para leilão de excedentes

O Diário Oficial da União publicou na edição desta terça-feira, dia 3 de junho, a resolução número 3 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que define as diretrizes para a realização dos leilões de excedentes de energia entre geradores e grandes consumidores industriais. O negócio - ainda sob regulamentação da Aneel - será ambientado no MAE, e ainda não tem data prevista para acontecer. Conforme já anunciado pela ministra Dilma Rousseff, as sobras contratuais decorrentes do processo de liberação de 25% dos contratos iniciais em janeiro de 2003 serão o objeto de negociação dos leilões. Os contratos firmados a partir dos leilões de excedentes terão um prazo máximo de dois anos, e não terão qualquer ligação com os contratos de fornecimento vigentes entre consumidores e supridores. A Aneel deverá estabelecer um Encargo de Serviço de Distribuição (ESD) destinado à cobrir custos legais e setoriais devidos pelo atendimento dos contratos fechados nos leilões. O ESD será pago pelos consumidores conectados à rede de distribuição. Outros pontos que cercam os detalhamentos do leilão de excedentes, como questões técnicas de medição, penalidades e condições comerciais, estarão contidos na resolução da agência reguladora. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Maranhão e Piauí estudam a viabilidade de gasoduto

As companhias de gás do Maranhão (Gasmar) e do Piauí (Gaspisa) iniciaram estudos de viabilidade técnica para implantação de gasoduto para transporte de gás natural para os dois estados. O objetivo é identificar a melhor alternativa de traçado para o gasoduto, tendo como prioridade, em curto espaço de tempo, a rota Fortaleza/São Luís (interligando-se ao gasoduto Nordestão) a partir do porto de Pecém, no Ceará. Outra alternativa, estimada para um horizonte de 10 a 15 anos, é a utilização do gasoduto Bolívia-Brasil, através da região Centro-Oeste. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Hidrelétricas de grandes consumidores terão recursos do BNDES

O BNDES aprovou, em sua última reunião de diretoria na segunda-feira, dois grandes financiamentos para a construção de usinas hidrelétricas. Juntos, eles somam R$ 604,7 milhões em créditos, sendo R$ 144,7 milhões para a Votorantim Cimentos, e R$ 460 milhões à Energética Barra Grande. Segundo o chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nelson Siffert, o investimento total do projeto da Baesa é de R$ 1,3 bilhão para a construção de usina com capacidade instalada de 690 MW no rio Pelotas, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A energia gerada será destinada ao consumo próprio das empresas integrantes da Baesa, de acordo com a participação acionária de cada uma no consórcio. A participação do BNDES no projeto da Baesa é de 34% em financiamento. Mas está prevista também a colocação de debêntures, no valor de cerca de R$ 460 milhões, com a participação do BNDES em até R$ 350 milhões. Já o financiamento concedido à Votorantim Cimentos visa à construção de uma entre os municípios de Governador Mangabeira e São Felix, na Bahia. Integrante do projeto batizado de Pedra do Cavalo, a nova usina, com capacidade instalada de 160 MW, destinará a energia gerada ao consumo próprio das unidades de cimento da Votorantim. O projeto deve entrar em operação em janeiro de 2005. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

2 Alcoa investe em geração de energia para ampliar negócios

A Alcoa Alumínio S.A., subsidiária da multinacional americana Alcoa Inc. para América Latina, exceto México, vendeu por US$ 75 milhões seu negócio de embalagens plásticas (pré-formas e garrafas PET) para o grupo australiano Amcor, que já opera no Brasil. Josmar Verillo, presidente da Alcoa na América Latina, disse que o dinheiro da venda será usado em projetos de expansão de outras áreas no país, como alumínio primário e alumina, que são o principal negócio do grupo em âmbito mundial. Mas, para isso, a companhia quer antes equacionar o suprimento de energia, considerado gargalo para a indústria de alumínio no país. A Alcoa e a BHP Billiton, assim como a Cia. Vale do Rio Doce, negociam com a Eletronorte a renovação dos contratos de suprimento de energia para sua fundições Alumar, no Maranhão, e Albrás, no Pará. Esses acordos, de 20 anos, vencem em meados de 2004. Além disso, a empresa está envolvida na construção de várias hidrelétricas - Machadinho (pronta), Barra Grande, Pai Querê, Serra do Facão, Santa Isabel e Estreito. Até 2008, há previsão de investir US$ 900 milhões. "O objetivo é obter um custo de energia competitivo, na faixa de US$ 20 o MW, para viabilizar o investimento em novas fundições de metal primário", diz. (Valor -04.06.2003)

<topo>

3 Braskem fecha contrato com a Tractebel no RS

A unidade da Braskem no pólo petroquímico de Triunfo (RS) fechou um contrato para compra de 41 MW de energia da Tractebel (ex-Gerasul), o que corresponde a 2/3 de seu consumo, por um período de cinco a oito anos. Flexibilidade no contrato foi o principal fator que levou a unidade gaúcha da Braskem a se tornar 100% consumidora livre de energia. A unidade de Triunfo começou a abandonar os contratos cativos de compra de energia em 2001, quando fechou acordo para a compra de 21 MW (1/3 de seu consumo) da Copel, contrato ainda em vigor. A energia representa 5% dos custos totais da empresa. A Braskem não revela a economia conseguida com os contratos fechados com Tractebel e Copel. O gerente de energia da empresa, Ricardo de Maya Simões, garante, no entanto, que, mais do que redução nos custos, a unidade buscou flexibilidade nos contratos ao se tornar consumidora livre de energia. A parceria entre a Braskem e a Tractebel vai além do contrato para fornecimento de energia na unidade de Triunfo. Em caso de aumento do consumo de energia por qualquer uma das 13 unidades da Braskem, a geradora passa a ser representante da empresa na busca pela energia complementar. Segundo o gerente de comercialização da Tractebel, Tarcísio Estefano Rosa, quando a empresa necessitar de mais energia, caso a própria geradora não forneça, ela vai ao MAE negociar a compra do insumo em nome da Braskem. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

4 Procura por projetos de eficiência energética é menor no setor industrial

Nos cincos primeiros meses do ano, as empresas pisaram o freio dos investimentos na área de eficiência energética. Na avaliação da ABEne (Associação Brasileira para Eficiência Energética, Energias Renováveis e Meio Ambiente), o interesse de grandes consumidores por novos projetos caiu muito este ano. Isto porque, justifica a associação, o segmento aguarda as definições do novo governo para o setor de energia. Além disso, alguns consumidores acreditam que, com o fim do racionamento, não existe mais a necessidade de investir em projetos de eficiência energética. Segundo Andreas Hahn, presidente da ABEne, os grandes consumidores têm manifestado mais interesse por negociar energia com as comercializadoras. "A energia no momento está muito barata. Então, esses consumidores estão optando por negociar com os comercializadoras no lugar de investir em projetos de eficiência energética", observa ele. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

5 Abrace: Ainda há espaço para investimentos na área de eficiência energética

Apesar do cenário delicado neste início de ano, a avaliação do segmento é positiva. Nos últimos anos, os grandes consumidores, principalmente os eletrointensivos, fizeram pesados investimentos na área de eficiência energética. Um levantamento da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica) revela que, mesmo após o racionamento de energia, os consumidores eletrointensivos mantiveram esforços na área. De acordo com o estudo, o segmento conseguiu reduzir em 7% o consumo de energia. No ano passado, os eletrointensivos tinham um consumo de 14,8 MWh por mil toneladas de alumínio primário. Em 1990, esse consumo foi de 15,9 MWh. "Esse resultado somente foi possível porque as indústrias perceberam que era preciso otimizar o uso da energia elétrica", comenta José Roberto Gianotti, vice-residente da Abrace. Dados da Abiclor (Associação Brasileira das Indústrias de Alcales, Cloro e Derivados) também revelam que o segmento alcançou um nível de eficiência energética de 10% nos últimos dez anos, ou economia de 0,9% por ano com projetos na área. (Canal Energia - 03.06.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Inflação segue alta, diz novo diretor do BC

Indicado para o cargo de diretor de Política Econômica do BC, o economista Afonso Bevilaqua disse ontem que "a inflação está sob controle, mas em um nível ainda alto". Segundo ele, a queda dos índices de preços nas últimas semanas justifica que o Copom avalie uma redução da taxa básica de juros. No entanto ele não precisou quando isso poderia ocorrer. Juntamente com Eduardo Loyo, indicado para a Diretoria de Estudos Especiais do BC, Bevilaqua foi sabatinado ontem no Senado pelos membros da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Questionado pelo líder do governo no Congresso, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), se a queda recente de vários índices não abriria espaço para uma redução da taxa de juros, Bevilaqua disse que "as perspectivas são favoráveis", mas que a inflação ainda está alta se levada em consideração a meta de inflação para este ano, de 8,5%. (Folha de São Paulo - 04.06.2003)

<topo>

2 Spread bancário é um abuso, diz Mantega

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou ontem que algumas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras são um disparate e cobrou a redução dos spreads bancários para facilitar o acesso ao crédito. "Todo mundo fica olhando para a Selic e o spread bancário passou desapercebido. Enquanto isso, o pessoal está lá, faturando", declarou o ministro durante participação em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, no Congresso Nacional, para discutir o Plano Plurianual 2004/2007. Segundo o ministro, é necessário criar um ambiente de maior competição no sistema financeiro que permita a redução dos juros. Mantega citou três vertentes trabalhadas pelo governo para amenizar a situação: incentivo à criação de cooperativas de crédito, aumento da participação dos bancos públicos na oferta de financiamentos e a aprovação da nova Lei de Falências. (Valor - 04.06.2003)

<topo>

3 Empresas e bancos rolam dívida

Bancos e empresas brasileiras estão conseguindo rolar no próprio mercado internacional suas dívidas externas que vencem neste mês. A Construtora Norberto Odebrecht, a Brasturinvest, o Santander/Banespa, o Bradesco e o Banco Votorantim estão entre os que rolaram ou já lançaram operações no mercado para rolar vencimentos. "Quem quer ou tem necessidade de rolar sua dívida externa não terá dificuldades", diz o diretor do Bradesco, José Guilherme Lembi de Faria. (Valor - 04.06.2003)

<topo>

4 ICV tem a menor variação em um ano

A inflação no município de São Paulo registrou, no mês passado, a menor variação dos últimos doze meses, segundo cálculo do Dieese. O ICV registrou alta de 0,24%, uma desaceleração de 1,15 ponto percentual em comparação com abril, quando o indicador havia subido 1,39%. A taxa de maio, no entanto, ainda é maior que a registrada no mesmo mês do ano passado, quando a inflação subiu 0,10%. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

5 Queda do IPC-S

O IPC - S, calculado entre os dias 27 de abril e 26 de maio pela FGV, subiu 0,74%. O resultado representa uma queda de 0,09 ponto percentual em relação à medição anterior. No ano, o indicador acumula alta de 9,25%. Das 12 capitais pesquisadas pela FGV para o cálculo do IPC-S, nove apresentaram desaceleração. A que apresentou a maior aceleração foi Porto Alegre, de 0,19 ponto percentual, passando de 1,58% para 1,77%. Em São Paulo o índice subiu para 0,43%. (Gazeta Mercantil - 04.06.2003)

<topo>

6 Fitch eleva recomendação para o país

Otimista com a condução política, a agência de classificação de risco FitchRatings melhorou ontem, pela segunda vez neste ano, a avaliação da dívida brasileira. A empresa mudou de "estável" para "positiva" a perspectiva dos títulos do país - sem, no entanto, alterar a nota, que segue sendo B, posição em que está desde outubro do ano passado. Ter perspectiva positiva significa que a probabilidade de a nota subir nos próximos dois anos é superior a 50%. Por outro lado, a Fitch apontou fatores como o apoio do PMDB ao governo para melhorar a perspectiva para o Brasil. Outro fator crucial foi a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros apesar da pressão política para que fosse reduzida. (Folha de São Paulo - 04.06.2003)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio permanece vendedor neste final de manhã e mantém o dólar em queda, apesar do baixo volume de negócios. Às 12h14m, a moeda americana tinha baixa de 0,74%, cotado a R$ 2,918 na compra e R$ 2,923 na venda. O dólar fechou a terça-feira em queda de mais e 1%, negociada a R$ 2,942 para compra e a R$ 2,945 para venda, queda de 1,27% em relação ao encerramento de ontem. (O Globo On Line e Invertia - 04.06.2003)

<topo>

 

Internacional

1 Fenosa recebe propostas de parceria para ativos no México

A energética espanhola Unión Fenosa recebeu seis ofertas preliminares de potenciais sócios estratégicos interessados em investir até US$ 500 milhões, ou 50% do valor de seu três ativos de geração no México, disse Mauricio De la Rosa, gerente de desenvolvimento de negócios da Fenosa no México. "Há algumas empresas de geração à venda que não receberam nenhuma proposta preliminar, portanto o número de ofertas mostra que existe muito interesse por nossas operações no México", disse De la Rosa. As duas usinas em operação da Fenosa e um projeto seu que deve entrar em operação neste mês somam 1.550MW de capacidade. As ofertas que a Fenosa recebeu são para 50% do investimento em uma única usina e 50% nas três usinas, explicou De la Rosa. As ofertas vêm de instituições financeiras, entre elas bancos mexicanos, e de empresas energéticas estrangeiras, afirmou, acrescentando que os nomes são confidenciais. A Fenosa vai estudar as propostas e fazer estudos de 'due diligence' em meados de julho, continuou De la Rosa, acrescentando que, normalmente, o processo leva dois a três meses. (Business News Americas - 04.06.2003)

<topo>

2 Termoelétrica de Tarragona tem início de operação adiada

O início das operações da usina termoelétrica de Tarragona, com capacidade de geração de 420MW, foi adiado para o fim do ano, informou o porta-voz da espanhola Iberdrola, nesta quarta-feira. A usina tinha a previsão de entrar em funcionamento em julho, mas a Iberdrola anunciou que os testes de praxe só serão feitos no final do ano, sem dar maior detalhes sobre as razões que levaram ao adiamento. Além da Iberdrola, a outra operadora de Tarragona é a empresa alemã RWE, formando a Tarragona Power, responsável pela operação da usina. (Platts - 04.06.2003)

<topo>

3 Governo francês pode discutir mudança de estatuto de EDF e GDF

A CGT, União de comércio de energia da França , acredita que o governo irá adotar um projeto de lei que altere os estatutos da EDF e da Gaz de France (GDF), durante uma reunião ministerial no dia 6 de agosto, segundo afirmou um porta-voz da união. "Nós sabemos que o governo está negando isso, mas temos em nossas mãos o projeto de lei", afirmou o porta-voz da CGT. Segundo o mesmo, foi estratégia do governo negar os planos para a privatização das duas empresas estatais quando o país estava em greve. Recentemente o porta-voz do governo afirmou que não houve adiamento de um plano para a mudança dos estatutos da EDF e da GDF, como parte de um processo de privatização que ocorreria em 2004. (Platts - 04.06.2003)

<topo>

4 Ex-executivo da Enron é preso

John Forney, ex-executivo da Enron, foi preso nessa terça-feira, devido a acusações referentes a manipulação do mercado de energia da Califórnia realizado pela Enron durante a crise de energia do estado que se prolongou de 1999 a 2001. Forney é acusado de ligações fraudulentas e conspiração. (Platts - 04.06.2003)

<topo>

5 Exportação de gás do Reino Unido registra nível recorde

Segundo dados publicados pelo governo britânico, as exportações de gás natural do Reino Unido para o continente europeu e para a Irlanda atingiram níveis recordes no mês de março. Da mesma forma, as importações provenientes da Noruega em março foram aproximadamente 70% mais altas do que dois anos atrás. Dados preliminares mostram que as exportações através da Interconexão Reino Unido- Bélgica para Zeebruge atingiram níveis ainda maiores em abril, porém o pequeno volume exportado para a Holanda continuou em queda. (Platts - 04.06.2003)

<topo>

6 Gazprom planeja construção de gasoduto até o Reino Unido

A gigante russa de gás, Gazprom, tem planos para a construção, na segunda metade dessa década, de um duto para a exportação de gás natural para o Reino Unido, informou o CEO da empresa, Alexei Miller. Em discurso, durante a Conferencia Mundial de Gás, em Tókio, Miller estava otimista com relação as possibilidades do duto, embora nenhum contrato de longo prazo tenha sido assinado para garantir o financiamento do projeto. O projeto prevê a construção de uma linha principal com uma série de outras linhas secundárias que seriam responsáveis pelo suprimento de países com populações pequenas, como Suécia e Finlândia. Antes de chegar no Reino Unido, o duto passaria pela Alemanha e Holanda. A Rússia já é responsável pelo suprimento de um quarto de todo o gás consumido na Europa, sendo que a maior parte desse gás vem pela Ucrânia. (Platts - 04.06.2003)

<topo>

 

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás