l IFE:
nº 1.105 - 09 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Copom reduz estimativa de aumento para tarifas de energia residencial O Copom
reduziu na última reunião, na semana passada, a previsão de aumento das
tarifas de energia residencial. A estimativa atual é de 23,7%, contra
o índice de 24,5% do mês passado. A estimativa está na ata de reunião
do Comitê divulgada nesta quinta-feira, 29 de maio, pelo Banco Central.
De acordo com o documento, a redução reflete a valorização cambial do
período. Segundo o Comitê, a redução só não foi menor em razão da cobrança
da taxa de iluminação pública em diversas capitais, como Curitiba, São
Paulo, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro. (Canal
Energia - 29.05.2003)
Empresas 1 Eletrobrás nega quebra de contratos com geradores O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, afirma que não houve rompimento dos
contratos entre a estatal e a americana El Paso na compra de energia das
térmicas no Norte do País. A El Paso, por meio de duas subsidiárias, a
El Paso Amazonas e a El Paso Rio Negro, vende 40% da energia consumida
em Manaus - cidade que corre o risco de ter déficit de energia já em outubro
deste ano - para a Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Os contratos
com a El Paso Amazonas, de produção de 230 MW distribuídos em três termelétricas,
segundo Pinguelli Rosa, venceriam originalmente em 15 de janeiro deste
ano. Em cinco de dezembro do ano passado, ainda no mandato anterior, esses
contratos foram prorrogados por mais dois meses e meio, até 31 de março.
O objetivo da El Paso era alongar o vencimento para 15 de janeiro de 2005,
mas não houve essa prorrogação. Portanto, na visão do presidente da Eletrobrás,
não estaria ocorrendo "quebra de contrato". (Valor - 30.05.2003) 2 Justiça arresta ações da AES Elpa e AES Transgás A juíza
da 5ª Vara Empresarial do Rio, Ellen Garcia Mesquita Lobato, concedeu
ontem liminar mandando que as ações em poder da AES Elpa e da AES Transgás
na Eletropaulo e na Cemig sejam arrestadas para o pagamento dos credores
da Eletronet. A liminar foi pedida pelo síndico da massa falida da Eletronet,
Isaac Zveiter. Isto representa que o leilão das ações ordinárias e preferenciais
da Eletropaulo pelo BNDES pode ser suspenso. Segundo juristas, a liminar
não deverá impedir o leilão das ações, mas pode interferir na operação.
Afinal, o que for arrecadado deve ir para as mãos dos credores da Eletronet.
A decisão é complementar a outra liminar concedida pela mesma juíza, sexta-feira.
Porém, na primeira decisão foi determinado o arresto das ações que a AES
Bandeirante teria na Eletropaulo e na Cemig. Como essa subsidiária, na
verdade, não possuía ações nas distribuidoras, a decisão seria inócua.
(Tribuna da Imprensa - 30.05.2003) 3 SDE inclui a geradora Tietê na investigação do acordo AES-Enron A Secretaria
de Direito Econômico (SDE) vai abrir investigação sobre uma possível fraude
entre AES e Enron no processo de privatização da AES Tietê, ocorrido em
1999. O órgão disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que pretende
fazer uma operação pente-fino em todas as licitações onde Enron e AES
se pré-qualificaram ou demonstraram interesse em participar da disputa.
(Valor - 30.05.2003) 4
Representantes do Consórcio Furnas/Odebrecht debatem projeto energético
do Rio Madeira 5 Dívida das empresas do SE com bancos chega a R$ 18,9 bi em 2002 O setor
de energia elétrica foi o maior devedor dos bancos em 2002. Isso é o que
revela o Relatório de Estabilidade Financeira (SFN) do Banco Central,
divulgado nesta quinta-feira, dia 29 de maio. Segundo o levantamento,
a dívida em carteira ativa do setor no final do ano passado alcançou R$
18,9 bilhões, o que representa 20,1% da dívida total em carteira do SFN
(R$ 93,9 bilhões). A dívida de responsabilidade do setor de energia elétrica
chegou a R$ 20,4 bilhões ao final de 2002, volume superior aos R$ 11 bilhões
registrados em junho do ano passado. Para comparação, os setores de telecomunicações
e de produção de laminados ficaram atrás, com dívidas de R$ 12,9 bilhões
e R$ 7,2 bilhões, respectivamente. De acordo com o estudo, esses dados
mostram a elevada representatividade desses setores junto ao SFN, além
de reforçar a importância dos mesmos no cenário econômico brasileiro.
A área de energia, por exemplo, foi responsável por 20,1% das dívidas
totais junto aos bancos. Em junho, esse percentual era de 13,1. O relatório
mostra ainda que os principais credores são bancos privados (55,7%). Desse
total, 58% eram representados por instituições nacionais e 42% respondem
por estrangeiras. (Canal Energia -29.05.2003) 6 Atraso na regulamentação fez pequenas distribuidoras terem prejuízo A resolução
nº 236 da Aneel, que determina a substituição dos contratos de energia
para distribuidoras de pequeno porte (com mercado próprio inferior a 300
GWh/ano), foi recebida com preocupação por essas concessionárias. Na opinião
dos executivos, a demora na publicação do documento trouxe prejuízos financeiros
para as companhias. A previsão era que a regulamentação saísse no final
do ano passado, conforme previa a Lei nº 10.438, de abril de 2002. No
entanto, a resolução só saiu em maio deste ano. O resultado foi um descompasso
financeiro e prejuízos no caixa das pequenas distribuidoras. (Canal Energia
-29.05.2003) 7 Fornecimento de energia acima do contratado será passível de multa Pela portaria,
as pequenas distribuidoras serão penalizadas quando houver fornecimento
10% superior ao contratado. A penalidade será a aplicação de uma multa
igual a três vezes a tarifa de uso estabelecida para cada período. O documento
prevê ainda que o valor cobrado não poderá ser repassado às tarifas do
consumidor final. "Essa medida vai trazer mais prejuízos às distribuidoras
porque não poderemos repassar ao consumidor o aumento eventual no fornecimento",
ressalta Luiz Toshiro, diretor de Assuntos Regulatórios e de Mercado da
Companhia Luz e Força Mococa. (Canal Energia - 29.05.2003) 8 Regulação das tarifas pode ser prejudicial para pequenas distribuidoras A Cocel
(Companhia Campolarguense de Eletricidade) está preocupada com o valor
da tarifa que será definida pela Aneel. Pela resolução, a tarifa de energia
suprida às distribuidoras será regulada pela agência, não podendo ser
adquirida no mercado por preços definidos em acordos bilaterais. O engenheiro
da divisão de Distribuição da companhia, Marco Portugal, acredita que
a regulação das tarifas pode ser ruim para as pequenas distribuidoras,
já que o preço da energia não será regulado para a fornecedora. Segundo
ele, como a fornecedora tem o direito de negociar livremente o valor da
energia, ela pode pressionar, de alguma forma, por um preço de energia
maior junto à Aneel. "Isso será ruim para nós porque teremos uma tarifa
regulada nas duas pontas. O resultado é que podemos ficar com o caixa
pressionado", explica Portugal. Atualmente, a Cocel paga R$ 14,78 por
MW fornecido pela Copel. (Canal Energia - 29.05.2003) 9 Eletronorte abre processos de licitação A Eletronorte
abriu três processos de licitação. O primeiro segue até 5 de junho e objetiva
a aquisição de peças para seccionada. Para o dia 9 de junho, está previsto
o encerramento da licitação de compra de célula de teste completa DTL
e sensor de temperatura. O último processo, que vai até 11 de junho, é
para a contratação de firma especializada para realizar serviço de revisão
geral na iluminação do pátio da subestação VDC. A empresa ainda prorrogou,
para o dia 3 de junho, a contratação de canais de dados e roteadores para
serviço de automação escilografia, interligando as SEs em diversas localidades
no Mato Grosso com a sede, em Brasília. (Canal Energia - 29.05.2003) 10 Cemat obteve 97,6% de índice de aprovação no Programa Luz no Campo A Rede Cemat
conseguiu índice de aprovação de 97,6% na segunda inspeção física realizada
pela Eletrobrás nas obras do Programa Luz no Campo. A estatal avaliou
2.067 projetos, considerando a qualidade do trabalho, a aplicação correta
do material e dos recursos previstos e o cumprimento das metas estabelecidas
no contrato. A distribuidora investiu R$ 55 milhões no programa que atendeu
9.850 consumidores no estado. O resultado foi melhor que o registrado
na avaliação do ano passado, quando o patamar ficou em 95,1%. O Luz no
Campo do Mato Grosso é o terceiro maior do país. (Canal Energia - 29.05.2003) 11 CEEE receberá R$ 26 mi pelo uso de suas instalações de transmissão A CEEE receberá
R$ 26 milhões em 2003 pelo uso das suas instalações de transmissão da
rede básica pelo sistema interligado nacional. A Aneel definiu o valor
na resolução 239, publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira,
dia 26 de maio. No mesmo documento, a agência reguladora também inclui
a construção e ampliação de subestações e linhas de transmissão nos municípios
de Santana do Livramento, Garibaldi, Caxias do Sul,Osório, Gravataí, Farroupilha,
Campo Bom, Taquara e Porto Alegre. Os empreendimentos, que foram autorizadas
desde o ano 2000, já estão em operação ou em construção. (Canal Energia
- 29.05.2003) A Câmara Federal anunciou o adiamento, para o dia 12 de junho, da audiência pública sobre a privatização da Eletropaulo. A audiência, promovida pela Comissão de Minas e Energia, aconteceria nesta quinta-feira, 29 de maio, às 10 horas. (Canal Energia -29.05.2003) A Cemig conseguiu nesta semana a declaração de utilidade pública para faixa de terra necessária à passagem da linha de transmissão Avatinga - Prata. O empreendimento, que opera em 138 kV, passa pelos municípios de Canápolis, Monte Alegre de Minas, e Prata, em Minas Gerais. (Canal Energia - 29.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo registra alta de 4,8% na região Norte O consumo
na região Norte registra alta de 4,8% nos últimos sete dias. Na última
quarta-feira, dia 28 de maio, o subsistema consumiu 2.926 MW médios, contra
previsão de 2.771 MW médios do programa mensal de operação do ONS. No
Nordeste, consumo chegou a 6.311 MW médios, contra previsão de 5.992 MW
médios do operador do sistema. A região acumula alta no consumo de 1,58%
nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183
MW médios, o subsistema está com baixa de 1,56% no mesmo período. O Sudeste/Centro-Oeste
registrou consumo de 25.562 MW médios, contra previsão de 26.039 MW médios
do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado tem queda no consumo 3,99%.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, subsistema
acumula baixa de 7,85% no período. No Sul, consumo foi de 7.392 MW médios
na quarta-feira, contra previsão de 6.929 MW médios do operador do sistema.
Em relação ao programa mensal de operação, a região tem ligeira baixa
de 0,26% nos últimos sete dias. (Canal Energia -29.05.2003) 2 Volume armazenado no subsistema Norte está em 84,76% Com uma
queda de 0,15%, a capacidade do subsistema Norte chegou a 84,76%. Os reservatórios
da hidrelétrica de Tucuruí estão com 99,79% da capacidade. (Canal Energia
-29.05.2003) 3 Reservatórios no subsistema Nordeste alcançaram 49,8% O volume
armazenado no subsistema Nordeste está em 49,8%, uma redução de 0,21%
em comparação com o dia anterior. A capacidade está 25,61% acima da curva
de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho está com 44,66% da
capacidade. (Canal Energia -29.05.2003) 4
Região do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com índice de 76,42% 5 Capacidade do subsistema Sul chegou a 60,34% A região
do subsistema Sul está com índice de 60,34%, o que corresponde a um acréscimo
de 0,6% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago está
com 56,81% da capacidade. (Canal Energia - 29.05.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras planeja "gasoduto virtual" A Petrobras
lançará nos próximos meses o "Gasoduto Virtual", programa para aumentar
o consumo de gás natural e reduzir o de óleo diesel - com ou sem acordo
com a Bolívia para a reavaliação dos contratos de compra de gás natural.
O projeto permitirá levar o insumo às pequenas cidades, distantes de gasodutos,
onde hoje o abastecimento se limita ao gás de botijão. A estatal dará
garantias de infra-estrutura - com a instalação, por exemplo, de postos
de Gás Natural Veicular onde não há distribuidoras - e o BNDES entrará
com financiamento. A Petrobras tem procurado distribuidoras e fabricantes
de tubos de gás comprimido para viabilizar a logística do insumo, um dos
entraves para uma maior inserção do combustível. O vice-presidente do
BNDES, Darc Costa, informa que o banco está disposto a financiar a demanda
pela troca gradual de ônibus movidos a óleo diesel por unidades a gás
natural, por meio de linha de crédito que poderá ser oferecida às empresas
de ônibus interessadas em substituir a frota. "Estamos estudando isso
no âmbito do Finame", diz. (Gazeta Mercantil - 30.05.2003) 2 Governo adia decisão sobre retomada da usina Angra 3 A definição
sobre a construção da usina nuclear de Angra 3 foi novamente protelada.
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada
para este mês, foi adiada, e não há previsão de quando deverá ser feita.
Nesta reunião, agendada em setembro do ano passado, seria discutido o
futuro da terceira usina e do programa nuclear brasileiro. O governo já
gastou US$ 700 milhões com a compra de 65% dos equipamentos necessários
para Angra 3, mas ainda vai precisar desembolsar US$ 1,8 bilhão se quiser
concluir a usina. A capacidade de geração prevista é de 1.350 MW, a mesma
de Angra 2. Segundo informações da Eletronuclear, a estatal que administra
as usinas de Angra 1 e 2, por ano são gastos US$ 20 milhões com a manutenção
dos equipamentos já comprados para a terceira usina. (Gazeta Mercantil
- 30.05.2003) 3 Especialistas do setor dizem haver consenso pelo término do projeto O ex-presidente
do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Antonio Carlos Barroso,
afirma que a conclusão da usina de Angra 3 é um consenso entre especialistas
do setor. "Angra 3 é um passo necessário. Depois de concluída, aí deve
se pensar na continuidade ou não do programa", afirma. Segundo Barroso,
a consolidação de Angra 3 é a conclusão da primeira etapa do programa
nuclear brasileiro e uma garantia para a viabilidade econômica da Indústrias
Nucleares do Brasil (INB), que fornece o combustível para as usinas de
Angra 1 e 2. O Brasil possui a sexta maior reserva mundial de urânio.
Segundo Barroso, o custo de implantação de uma usina nuclear é em torno
de US$ 1,5 mil a US$ 2 mil por KW e o custo de geração fica entre US$
25 a US$ 60 por MWh. "As melhores usinas em operação apresentam um custo
médio de geração entre US$ 30 a US$ 33 por MWh", afirma. (Gazeta Mercantil
- 30.05.2003) 4 Gasmig inaugura novo duto até Zona da Mata A Gasmig,
empresa de comercialização de gás natural da Cemig, inaugura hoje a terceira
etapa de expansão do gasoduto na região de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
A inauguração do novo trecho, de seis quilômetros de extensão, permitirá
o atendimento a mais nove indústrias e um posto de combustíveis. Ao todo,
o gasoduto passará a ter 40 quilômetros de extensão. A obra de ampliação
de 34 para 40 quilômetros de extensão teve início em dezembro de 2002
e exigiu investimentos de R$ 2 milhões. Com a expansão, o número de empresas
atendidas subirá de 20 para 30. O consumo deverá subir dos atuais 7,8
milhões de metros cúbicos por mês para 8,2 milhões de metros cúbicos por
mês. O projeto na Zona da Mata faz parte do plano estratégico da Gasmig
para tornar o gás natural uma matriz energética de relevância no Estado.
O objetivo da empresa comercializadora de gás é expandir a rede de distribuição
para três regiões com alto índice de industrialização em Minas: Vale do
Aço, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. (Valor - 30.05.2003)
Grandes Consumidores 1 Vale vai investir US$ 1,25 bi para geração própria de energia De consumidora
prioritária de concessionárias através de contratos de fornecimento no
mercado de energia elétrica, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) espera
chegar em 2010 com 50% da sua demanda atendida por usinas próprias, já
adquiridas em leilões de concessão. Para isso, é estimada a injeção de
nada menos que US$ 1,25 bilhão nos projetos. As metas prioritárias para
alcançar este objetivo já estão definidas: a previsão é que o consumo
interno de eletricidade da mineradora salte dos atuais 1.800 MW médios
para 2.500 MW médios até o final da década. Na projeção de geração de
energia, a Vale planeja instalar nas suas 10 usinas uma matriz energética
de 2.500 MW. Este parque dará a companhia uma oferta anual de 1.250 MW
médios. "São planos ambiciosos, mas com a consciência de que temos um
tremendo desafio pela frente, já que 2.500 MW equivalem quase a 5% do
consumo atual do país. Nosso objetivo é colocar energia elétrica dentro
de casa pelo menor custo possível", explica o diretor de Energia da Vale
do Rio Doce, Edward Dias da Silva responsável também pela Vale Energia
- braço da companhia no mercado energético. Embora a estratégia adotada
já esteja traçada, a concretização dos projetos pode ser bem mais complicada.
Os problemas que afligem a CVRD não são diferentes dos demais investidores
e empreendedores do setor elétrico, baseados principalmente no tripé ambiental-financeiro-institucional.
(Canal Energia -29.05.2003) 2 Questões ambientais entravam projetos energéticos da Vale Em função
das dificuldades enfrentadas na área ambiental, a Vale do Rio Doce, e
demais sócios, podem entregar de volta à Aneel a outorga da usina de Santa
Isabel, com 1.087 MW de potência entre o Tocantins e o Pará. O licenciamento
prévio foi indeferido pelo Ibama, que alegou a falta de estudos mais amplos
para aproveitamentos - inclusive energéticos - da bacia o rio Araguaia.
"O curso natural agora seria anular a concessão, devolvendo as garantias
contratuais aos proprietários para que todo o processo ambiental fosse
refeito", defende Silva, que garante a participação da CVRD novamente
na disputa pela usina, caso a concessão seja repassada à agência reguladora.
A Aneel informou que as garantias pagas na assinatura do contrato (6,5%
do valor do investimento, ou US$ 35,3 milhões no caso de Santa Isabel)
são repostas apenas quando é comprovada pelos sócios e pelo órgão ambiental
a total inviabilidade da construção do projeto. Pelo menos outras duas
usinas estão no mesmo compasso de espera de licenças ambientais, embora
a Vale garanta avanços a partir de 2004: Foz do Chapecó, com potência
de 855 MW; e Estreito, com 1.087 MW. (Canal Energia -29.05.2003) 3 Captação de recursos é outra dificuldade encontrada pela Vale A dificuldade
para captar recursos encontrada pela Vale na seara energética, muitas
vezes trava por completo a construção dos projetos. Edward Dias interliga
a lentidão no processo de liberação na principal fonte de financiamento,
o BNDES, à fase de adaptação do novo comando do banco à demanda existente
em todas as áreas. Em contrapartida ao ritmo lento no principal órgão
de fomento estatal, a empresa vem garantindo a construção das usinas exclusivamente
com recursos próprios. Nas três usinas já em operação - Funil (60 MW),
Igarapava (210 MW) e Porto Estrela (112 MW) - a empresa investiu cerca
de US$ 74 milhões, e pretende aplicar mais US$ 47 milhões, em 2003, na
conclusão das hidrelétricas Candonga (140 MW) e Aimorés (330 MW), no final
deste ano. Todos os projetos de geração de energia da Vale foram levados
ao mercado. A companhia tem como objetivo a captação de 70% junto ao BNDES
para cada projeto. Além da inauguração de Aimorés e Candonga para este
ano, o diretor já dá como certo o início das obras das usinas de Capim
Branco I e II (que totalizam 450 MW) em 2004, mas condiciona ao timing
do setor no futuro a entrada em novas licitações e em projetos como Belo
Monte, juntamente com o governo federal. (Canal Energia -29.05.2003) 4 Pólo siderúrgico da Vale do Rio Doce deverá ser instalado em Marabá-PA O município
de Marabá, no sul do Pará, é a melhor alternativa para a instalação do
pólo siderúrgico que está sendo planejado pela Companhia Vale do Rio Doce.
A avaliação, ainda preliminar, é do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia do Pará (Crea), após analisar os dados já divulgados pela
empresa de consultoria Natrontec, contratada pela CVRD. Os dados técnicos
descartam a localidade de Vila do Conde, no município de Barcarena, como
uma das alternativas para instalação do empreendimento. No entanto, apontam
uma série de vantagens de Marabá em relação a São Luís, no Maranhão, primeira
opção da Companhia para implantação do pólo. (O Liberal - 30.05.2003) Economia Brasileira 1 PIB tem o pior desempenho dos últimos três trimestres A economia
brasileira teve um desempenho fraco nos primeiros três meses de governo
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A taxa de crescimento do PIB,
divulgada ontem pelo IBGE, ficou estagnada em relação ao trimestre anterior
e desacelerou na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números
mostraram, respectivamente, queda de 0,1% e crescimento de 2,0%. Acumulada
em quatro trimestres, a taxa de crescimento do PIB no final de março deste
ano era de 2,2%. Em relação ao primeiro trimestre de 2002, houve alta
de 2%. Foi o pior desempenho dos três últimos trimestres quando a comparação
é feita em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A agropecuária
e as exportações foram os setores com maior destaque na composição do
PIB. Apesar disso, as exportações perderam fôlego no primeiro trimestre
do ano. As vendas externas haviam tido uma alta expressiva no final de
2002, o que elevou demais a base de comparação. Na indústria, o destaque
positivo foi a extrativa mineral. (Folha de São Paulo - 30.05.2003) 2 Para Langoni, inflação e incertezas prejudicaram crescimento A política monetária mais restritiva nos últimos meses não foi a principal vilã da economia no primeiro trimestre deste ano, na opinião de Carlos Geraldo Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV e ex-presidente do Banco Central. Para o economista, a combinação entre alta da inflação e queda nos investimentos -provocada pelas incertezas do fim do ano passado- foram as principais causas do crescimento lento entre janeiro e março deste ano. (Folha de São Paulo - 30.05.2003) 3 Para Mantega, números do PIB são um alívio O ministro
do Planejamento, Guido Mantega, considerou um alívio os números sobre
o PIB. "Depois de uma crise como a que tivemos no ano passado, o resultado
poderia ter sido pior", comentou. Mantega não quis adiantar se o governo
vai rever ou não a expectativa de crescimento de 2% para 2003. "Com certeza,
neste ano o crescimento será maior do que o ano passado. Mas ainda é muito
cedo para dizer o percentual, porque estamos empenhados em resolver distorções
criadas em 2002", disse o ministro. No início do ano o governo esperava
2,25% de crescimento, mas, na semana passada, reviu para 2%. Segundo o
ministro, o governo vai manter a projeção de 3,5% para 2004. "No segundo
semestre, o crescimento vai dar uma inclinada para cima", afirmou Mantega.
(Folha de São Paulo - 30.05.2003) 4
Relação dívida/PIB cai ao menor nível desde 2001 O IGP-M
registrou deflação de 0,26% neste mês, segundo a FGV. Foi a primeira vez
que o indicador apontou uma taxa negativa desde maio de 1999, quando houve
queda de 0,29%. Em abril, o índice tivera alta de 0,92%. Três foram os
motivos para a queda, concentrada nos preços no atacado: o período de
pico da safra agrícola, a queda do dólar de abril para maio e a redução
dos preços dos combustíveis. O IPA, que corresponde a 60% do índice, teve
deflação de 1,11% -a maior desde setembro de 1995 (-1,58%). Em abril,
havia subido 0,80%. Para Salomão Quadros, economista da FGV, a redução
dos preços no IPA foi generalizada, atingindo tanto os produtos industriais
-beneficiados pela redução do dólar e dos combustíveis- como os agropecuários
-cujos efeitos positivos vieram do câmbio e da safra. (Folha de São Paulo
- 30.05.2003) 6 Captação de US$ 2,7 bi em maio é a maior em um ano A credibilidade
do país perante o investidor externo continua em alta. O total captado
no mercado internacional em maio, de US$ 2,709 bilhões, é o maior em mais
de um ano, só superado pelos R$ 3,390 bilhões de março de 2002, antes
das turbulências por causa das eleições presidenciais. "A cada dia que
passa, mais empresas conseguem acessar o mercado externo a um custo mais
baixo e com prazo mais longo", diz Otávio Lazcano, diretor financeiro
da CSN, que obteve US$ 100 milhões em eurobônus. A empresa lançou US$
50 milhões, com vencimento em um ano, e acabou captando US$ 100 milhões,
pagando rendimento de 6,95% ao ano ao investidor internacional. Em emissão
de mesmo prazo feita no fim de fevereiro, de US$ 85 milhões, a empresa
havia pago 9,75% ao ano. (Valor - 30.05.2003) O governo terá que estimular o consumo das famílias se quiser exibir taxas de crescimento econômico nos próximos trimestres. Dados do IBGE mostram que o efeito estatístico da disparada das exportações no PIB começa a se esgotar, o que vai influenciar as taxas futuras do PIB. O peso positivo do setor externo sobre o PIB, que marcou os últimos trimestres, já não existe. As exportações recuaram 1,3%, e as importações cresceram 4,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último de 2002. Na comparação do resultado desse trimestre com igual período de 2002, as exportações mostram suave desaceleração, de uma alta de 20,4% para 20,2%. (Gazeta Mercantil - 30.05.2003) 8
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 BCIE aprova crédito de US$ 50,2 mi para projetos de energia em Honduras e Guatemala O Banco
Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE) aprovou dois créditos
totalizando US$ 50,2 milhões na quarta-feira para financiar projetos de
energia na Guatemala e em Honduras, segundo comunicados do banco. Na Guatemala,
o BCIE concederá crédito de US$ 40,1milhões à energética estatal Inde
para a complementação do Programa de Electrificação Rural (PER). O crédito
foi concedido com prazo de 12 anos e carência de 3 anos, para a construção
de 463km de linhas de transmissão de 69kV, 138kV e 230kV, além da construção
e expansão da capacidade de transformação de subestações. As obras permitirão
o fornecimento de energia a 281.000 novos usuários em oito departamentos
do país. Em Honduras, o BCIE aprovou um empréstimo de US$ 10,1 milhões
para um projeto da energética estatal Enee que beneficiará cerca de 39.000
moradores de 11 departamentos. As obras envolvem a construção de 769km
de linhas de subtransmissão e a instalação de iluminação pública. O empréstimo
do BCIE, por 15 anos, tem carência de 3 anos. Os recursos vêm do Fundo
Especial para a Transformação Social da América Central (Fets). (Business
News Americas - 30.05.2003) 2 ENI e Galpenergia discutem andamento de parceria Os italianos
da ENI fizeram uma declaração de voto na assembléia geral (AG) da Galpenergia,
negando estar descumprindo os termos da parceria estratégica estabelecida
com a empresa portuguesa, disse João Morais Leitão, presidente da mesa
da AG. A declaração faz parte de processo de conciliação entre a Galp
e a ENI, uma vez que a empresa portuguesa acusou os italianos de não estarem
a cumprir os termos da parceria acordada. A ENI é acionista minoritária,
com participação de 33,34% na Galpenergia, para a qual o Governo português,
principal acionista da empresa, propôs uma profunda alteração que passa
pela retirada do segmento do gás e da Transgás do seio da empresa. (Diário
Económico - 30.05.2003) 3 China vai aumentar capacidade de geração de energia em 11880 MW O Conselho
de Estado da China aprovou projeto para construção de treze novas usinas
de energia com capacidade de geração total de 11880 MW. Os projetos são
essenciais para que a China consiga suprir a crescente demanda por energia,
que já culminou na falta de energia em vários pontos do país. As usinas
se localizarão predominantemente nas áreas do sul, norte e centro do país,
onde a falta de energia ocorre com mais freqüência. (Platts - 30.05.2003)
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Quatro grandes de energia da Espanha vão vender ações de operador do sistema
elétrico
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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