l IFE:
nº 1.119 - 29 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Governo vai dar aporte de R$ 1,05 bi as elétricas As empresas
de energia vão receber em junho um aporte de R$ 1,05 bilhão do Tesouro
Nacional, via BNDES, segundo informação do secretário-executivo do Ministério
de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Os recursos têm como garantia
os aumentos extraordinários na tarifa de 2,9% para as residências e 7,9%
para a indústria em vigor desde o ano passado. A distribuição será feita
da seguinte forma: R$ 350 milhões para as dez distribuidoras que passaram
pelo processo de revisão tarifária no mês de abril; e mais R$ 800 milhões
para as geradoras quitarem os seus débitos com o MAE, já na próxima liquidação
do mercado atacadista em 26 de junho. Os R$ 350 milhões são relativos
ao repasse da variação cambial, represado pelo governo no reajuste de
tarifas deste ano. Tolmasquim disse que esse valor corresponde a 50% dos
R$ 700 milhões que as dez primeiras empresas terão direito a receber.
Terão direito aos recursos as concessionárias Cemat, Cemig, CPFL, Enersul,
AES Sul, RGE, Coelba, Coelce, Cosern e Energipe. Ao todo, 17 companhias
vão passar pelo processo de revisão tarifária ainda este ano. Elas receberão
um total de R$ 1,9 bilhão, segundo Tolmasquim. (Valor - 29.05.2003) 2 Governo condiciona liberação do empréstimo ao pagamento de dívidas O governo
vai condicionar a liberação do empréstimo destinado às distribuidoras
de energia para compensar o adiamento do repasse da CVA ao pagamento de
dívidas com as geradoras. O secretário-executivo do Ministério das Minas
e Energia, Maurício Tolmasquim, disse ontem que a condição para liberar
o empréstimo e aliviar o caixa das distribuidoras de energia é que haja
adimplência. Segundo Tolmasquim, os recursos a serem liberados devem ser
usados, prioritariamente, para o pagamento de dívidas das distribuidoras
com as geradoras. O governo também deve liberar recursos às geradoras
para a liquidação dos contratos do MAE. (Gazeta Mercantil - 29.05.2003) 3 Tolmasquim: recursos da RGR só após acerto de contas setoriais Maurício
Tolmasquim informou que a liberação de recursos da RGR (Reserva Global
de Reversão), o fundo que vai financiar os consumidores de baixa renda,
terá como pré-requisito o acerto de contas setoriais. "Primeiro o dinheiro
entra para pagar a conta das geradoras, somente depois entra no caixa
das empresas", disse Tolmasquim. (Valor - 29.05.2003) 4
Modelo de licitação de LTs pode ser modificado 5 Metodologia de receita para lotes de LTs leiloados também pode mudar Em relação
à metodologia utilizada pela Aneel para o cálculo da receita máxima de
referência para cada lote leiloado. De acordo com o executivo da Abrate,
os valores definidos pela agência sempre são motivos de questionamento
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), alegando que o cálculo não é suficientemente
transparente. O superintendente de Concessões de Transmissão da Aneel,
Jandir Amorim, afirma que a metodologia é transparente. Segundo ele, a
agência utiliza as taxas internas de retorno, hoje em 11%, para o cálculo
da receita máxima de referência. "O pedido do TCU é que esse número fique
explícito no edital", justifica o executivo. (Canal energia - 28.05.2003)
Empresas 1 Eletrobrás terá de realizar aporte de R$ 1 bi em subsidiárias A Eletrobrás
terá de fazer um aporte de pelo menos R$ 1 bilhão em suas subsidiárias
neste ano, segundo o presidente da empresa, Luiz Pinguelli Rosa. Ele afirmou
que mesmo Furnas, que sempre foi lucrativa, vai precisar de pelo menos
R$ 500 milhões. O presidente da Eletrobrás disse que Furnas registrará
prejuízo a partir de junho. O resultado é decorrente dos contratos que
a geradora tem com usinas termelétricas e do contrato de importação da
Argentina com a Cien, controlada pela Endesa, além da dificuldade que
enfrenta para vender a energia livre dos contratos iniciais. Os prejuízos
das usinas de Angra 1 e Angra 2 também ameaçam a saúde financeira de Furnas,
segundo Pinguelli. Ele disse que é necessário um reajuste de 30% nas tarifas
de energia das usinas nucleares e ameaçou mais uma vez suspender a geração
de energia de Angra 1 e Angra 2 caso a Aneel não autorize o aumento. Pinguelli
afirmou também que Furnas tem créditos a receber no valor de aproximadamente
R$ 1 bilhão das distribuidoras CEB, Celg, Cemat e Cemar. Outra subsidiária
de Furnas, a Eletronuclear, tem déficit diário de R$ 1,5 milhão. Também
a Manaus Energia, que compra a produção da El Paso, e as distribuidoras
do Norte e Nordeste federalizadas dão prejuízo à estatal e precisarão
de outros R$ 400 milhões. (Valor - 29.05.2003) 2 TCU apura irregularidades na venda da Eletropaulo O Tribunal
de Contas da União (TCU) identificou, depois de três meses de investigações,
indícios de irregularidades nas operações de empréstimo feitas pelo BNDES
em favor da AES. Por constatar que o banco poderá ter um prejuízo de R$
3 bilhões em 2003, após oito anos consecutivos de lucro, o TCU decidiu
convocar para prestar esclarecimentos os diretores do banco que, na época
da privatização, autorizaram os financiamentos. Se as falhas forem comprovadas,
além de serem obrigados a devolver o dinheiro aos cofres públicos, os
responsáveis que ainda se encontram no BNDES poderão ser exonerados. Segundo
a Equipe de Inspeção do TCU, o BNDES deixou de fazer uma avaliação econômico-financeira
prévia das empresas interessadas no financiamento do banco. Os auditores
do tribunal salientaram que o BNDES também deixou de fazer uma previsão
para o risco de descasamento entre as receitas em reais das empresas privatizadas
e a dívida que tinham corrigida pela variação cambial. O banco também
teria sido negligente ao não considerar uma previsão do risco das garantias
que recebeu, composta de ativos de renda variável, sujeitos a flutuações
do mercado. A lista de falhas inclui ainda a não previsão contratual de
aportes de recursos próprios por parte das empresas controladoras para
cumprir as obrigações que assumiram com o BNDES. As investigações do TCU
tiveram como base o período de abril de 1998 a dezembro de 2001. (O Globo
- 29.05.2003) 3 BNDES descarta problemas com Eletronet A liminar
concedida pela Justiça do Rio embargando ações da Eletropaulo e da Cemig
de propriedade da AES, ainda não surtiu efeito. Concedida pela juíza Ellen
Garcia, a ação foi movida por Isaac Zveiter, síndico da massa falida da
Eletronet - empresa controlada pela AES Bandeirante (51%) e pela Eletrobrás
(49%)- para cobrir uma dívida de mais de R$ 500 milhões que a Eletronet
tem junto aos seus credores. A razão para tal é simples: fontes da AES
e advogados que acompanham o caso asseguram que a AES Bandeirante Empreendimentos
não detém ações da Eletropaulo e tampouco da Cemig. As ações da Eletropaulo
são detidas pelas holdings AES Elpa (70,3% de ações ordinárias) e AES
Transgás (com 64% de preferenciais). Já na Cemig, a AES detém participação
por meio do consórcio SEB. O presidente do BNDES Carlos Lessa afirmou,
ao ser noticiado da situação, que a AES Bandeirante não tem nada a ver
com o BNDES, sem qualquer incidência sobre o processo de liquidação amigável
que o banco realiza. Segundo Lessa, o problema é com a AES Elpa e a AES
Transgás. (Valor - 29.05.2003) 4
Privatização da Cesp Tietê também será investigada 5 CPI da Copel: Investigação pode ser prorrogada A CPI que
investiga atos e contratos praticados pela Copel durante a gestão anterior
poderá prorrogar por 120 dias o seu prazo regimental, que expira em meados
de julho. Os deputados alegam que precisam de mais tempo para analisar
os detalhes das parcerias firmadas pela empresa. Segundo o deputado estadual
Marcos Isfer, a comissão promoverá acareação entre os depoentes que já
foram ouvidos sobre os contratos com a comercializadora de energia Tradener,
com a UEG Araucária e da operação envolvendo a compra de créditos fiscais
da Olvepar. Na última terça-feira, dia 27 de maio, os deputados que integram
a CPI passaram a manhã reunidos com a diretoria da Copel na sede da empresa,
ouvindo esclarecimentos e colhendo subsídios para a continuidade dos trabalhos.
(Canal energia - 28.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo no SE/CO registrou 25.334 MW médios O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 25.334 MW médios na última terça-feira, dia 27 de maio, contra
previsão de 26.039 MW médios do programa mensal de operação (PMO) do ONS.
Nos últimos sete dias, submercado acumula baixa no consumo de 3,5%. Em
relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o subsistema
registra queda de 7,38% no mesmo período. Já o Norte teve consumo de 2.940
MW médios, contra previsão de 2.771 MW médios do operador do sistema.
Em relação ao programa mensal, a região está com alta de 4,81% nos últimos
sete dias. No Sul, a variação é de 0,46% no período. O submercado consumiu
7.325 MW médios no dia 27, contra previsão de 6.929 MW médios do ONS.
O Nordeste registrou consumo de 6.375 MW médios, contra PMO de 5.992 MW
médios. Nos últimos sete dias, a região tem alta no consumo de 1,07%.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o subsistema
acumula baixa de 2,06% no período. (Canal energia - 28.05.2003) 2 Subsistema Norte está com 84,91% da capacidade Com um acréscimo
de 0,03%, o nível de armazenamento no subsistema Norte chegou a 84,91%.
A hidrelétrica de Tucuruí registra índice de 100%. (Canal energia - 28.05.2003) 3 Volume do subsistema Nordeste está em 50,01% O subsistema
Nordeste está com 50,01% da capacidade, volume 25,75% acima da curva de
segurança do biênio 2002/2003. O índice teve queda de 0,14%. O nível da
hidrelétrica de Sobradinho está em 44,76%. (Canal energia - 28.05.2003) 4
Reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 76,49% da
capacidade 5 Região Sul tem a maior queda nos níveis dos reservatórios O submercado
teve a maior queda entre os outros subsistemas do país, de 0,59%. Com
isso, os reservatórios do subsistema Sul chegaram a 60,94% da capacidade.
O nível da usina da G. B. Munhoz está em 51,64%.(Canal energia - 28.05.2003) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Cronograma de liquidação das operações realizadas no MAE é adiado O MAE confirmou
o aumento do prazo, em cerca de um mês, no cronograma de liquidação das
operações desde setembro de 2000 até maio deste ano. A previsão agora
é que os negócios prossigam até o final de julho. O ajuste serviu para
prorrogar o prazo de finalização da auditoria realizada pela Trevisan
Consultores nas transações relativas aos anos de 2000 a 2002. A liquidação
de 50% do volume total negociado entre os agentes no período de setembro
de 2000 a setembro de 2002, estimado em R$ 1,4 bilhão, será realizado
em 26 de junho. Nos dias 3, 10 e 17 de julho serão liquidados, respectivamente,
50% das operações realizadas em outubro, novembro e dezembro do ano passado,
que somam R$ 196,5 milhões. Entre 21 e 30 de julho, o MAE realizará as
liquidações dos cinco primeiros meses de 2003, cujos valores estão sendo
auditados pela Deloitte Touche Tomatsu. (Canal energia - 28.05.2003) 2 Elektro e Iguaçu Comercializadora são autorizadas à atuar no MAE A Elektro Comercializadora de Energia Ltda e a Iguaçu Comercializadora de Energia Elétrica receberam autorização para atuarem como agentes comercializadores no MAE. A autorização foi concedida esta semana pela Aneel. Com as duas adesões, o número de empresas que operam no segmento de compra e venda de energia à vista chegou a 47. (Canal energia - 28.05.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás, Copel e Celg suspendem pagamentos de térmicas para forçar negociação Eletrobrás,
Furnas, Petrobrás, Eletronorte e companhias estaduais do Paraná e de Goiás
deslancharam uma onda de renegociação e até de rompimento de contratos
de compra de energia elétrica feitos com geradoras térmicas. Existem nove
contratos nessa situação - seis deles têm regras consideradas hoje "inaceitáveis"
pelos compradores da energia. A principal arma para forçar a negociação
tem sido a suspensão unilateral dos pagamentos, à exceção da Petrobras,
que está honrando seus compromissos enquanto negocia. No Paraná, a El
Paso Energy enfrenta o calote do governo estadual, que suspendeu os pagamentos
da controlada Copel à UGE Uruguaiana. A própria Copel é sócia da El Paso,
que tem 60%, além da Petrobras. A Copel também não paga, desde janeiro,
a energia importada da Argentina pela Cia. de Interconexão Energética
(Cien), do grupo espanhol Endesa. A multinacional ainda enfrenta a estatal
goiana Celg, que sustou em abril a compra da energia da usina Cachoeira
Dourada por meio de liminar judicial. A Endesa tenta, com apoio da Aneel,
derrubar a ação. Petrobras, Eletronorte e Furnas também negociam com investidores
em termoelétricas a redução do preço da energia acertado nos contratos.
(Valor - 29.05.2003) 2 Petrobrás tenta aliviar prejuízo Os contratos
prevêem a divisão entre Petrobras e investidor do resultado da venda de
energia que superar um determinado valor fixado no acordo. No caso de
ser vendida a preço inferior a Petrobras se compromete a pagar pela "capacidade"
de energia que pode ser gerada pela térmica, mesmo parada. Hoje, as térmicas
só recebem o preço "cheio" quando o ONS determina que sua energia entre
suprindo o sistema para garantir estabilidade e equilíbrio de fornecimento.
Se isso não ocorre, o valor pago é de R$ 4, o que não compensa o ligamento
das turbinas. Como estão no meio das negociações, ambos os lados evitam
comentar o assunto. Este ano a Petrobras, elevou para US$ 416 milhões
a provisão de perdas com gás e energia, equivalente a uma exposição financeira
de R$ 1,432 bilhão no segmento. A chamada dos parceiros para renegociações
visa estancar as perdas. (Valor - 29.05.2003) 3 Endesa tem perdas de R$ 380 mi no ano O principal
executivo da Endesa no país, Marcelo Llévenes, garante que os dissabores
enfrentados pela empresa em Goiás e no Paraná estão sendo vistos com tranqüilidade
pela maior empresa de energia da Espanha. A Endesa contabiliza na Companhia
de Interconexão Energética (Cien) um prejuízo de R$ 350 milhões pelo não
pagamento, pela Copel, da energia importada desde janeiro. No caso de
Cachoeira Dourada, o prejuízo é de R$ 30 milhões desde abril, quando a
Celg obteve uma liminar para suspender a compra. A Celg alegou que o preço
está muito caro, o que está causando um desequilíbrio econômico-financeiro
na distribuidora, que também tem uma dívida de aproximadamente R$ 800
milhões com Furnas e Itaipu. A Endesa rebate dizendo que o contrato de
venda da distribuidora previa um preço equivalente aos R$ 53,94 cobrados
hoje. (Valor - 29.05.2003) 4 CTSul vai investir US$ 698 mi em usina termoelétrica O grupo
de investimentos brasileiro Central Termoelétrica Sul (CTSul) planeja
investir US$ 698 milhões em uma usina termelétrica a carvão, de 650 MW,
em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, disse o presidente da CTSul,
Douglas Machado Carstens. A CTSul acredita poder cortar US$148 milhões
no custo total via incentivos fiscais oferecidos pelo governo do Rio Grande
do Sul e outras alternativas de redução de risco, disse Carstens. O projeto
foi concebido em 1997 pelos sócios DMC e Empresa Brasileira de Mineração
(EBM). Posteriormente, foi incorporado um terceiro sócio, a distribuidora
local Celetro. A DMC entra com a experiência no desenvolvimento de projetos,
a EBM é dona das reservas de carvão e a Celetro receberá parte da energia
produzida na usina. A EBM contribuirá com as reservas de carvão e ficará
com o lucro na venda da energia, o que vai significar carvão a preço mais
baixo para a CTSul, explicou. A CTSul quer produzir energia por menos
de US$32/MWh, já que esse é o valor máximo que as distribuidoras na região
estariam dispostas a pagar pela energia, disse. Este preço de produção
permite que a CTSul seja competitiva com usinas hidrelétricas totalmente
novas. O projeto aguarda o sinal verde da agência ambiental estadual Fepam,
e depois disso deve ser apresentado à Aneel e a ONS, disse Carstens. (Business
News Americas - 29.05.2003)
Economia Brasileira 1 Desemprego ultrapassa os 20% O desemprego
bateu recorde histórico na Grande São Paulo. Em abril, chegou a 20,6%
da PEA. É a maior taxa desde 85, quando a pesquisa foi realizada pela
primeira vez pela Fundação Seade em parceria com o Dieese. Segundo a pesquisa,
o número de desempregados é de 1,94 milhão. Pessoas entre 25 e 39 anos,
mulheres e chefes de família são os mais afetados. Somente no comércio,
49 mil vagas foram fechadas. O ministro do Planejamento, Guido Mantega,
culpou a administração passada pelo índice e disse que o governo prepara
"um surto de crescimento", que terá início no próximo semestre. Ele não
detalhou como esse crescimento seria obtido. "Isso é o rescaldo dos erros
em política econômica do governo anterior. Se você tem uma inflação elevada,
é obrigado a colocar o pé no freio, debelar essa inflação para retomar
o crescimento", disse o ministro. (Folha de São Paulo - 29.05.2003) 2 Economia pára no 1º trimestre, afirma Ipea O IBGE deve divulgar hoje que a economia ficou praticamente parada no primeiro trimestre do governo Lula, segundo previsão do Ipea. Depois de quatro trimestres de crescimento no ano passado devido às exportações, o PIB pode até ter registrado pequena queda nestes primeiros três meses do ano. A consultoria Tendências, por exemplo, aposta no encolhimento de 0,4% do PIB no primeiro trimestre em relação ao período de outubro a dezembro de 2002. A Fiesp informou que a atividade industrial registrou queda de 3,6% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Para a indústria, são os juros altos os responsáveis pela desaceleração. (Folha de São Paulo - 29.05.2003) 3 Fiesp e CNBB fazem duras críticas ao governo As propostas
de reformas constitucionais e a política econômica do governo de Luiz
Inácio Lula da Silva receberam ontem duros ataques expressos em documentos
de duas das mais representativas entidades do país: a Fiesp e a CNBB.
Segundo nota oficial da Fiesp, a proposta de reforma tributária enviada
pelo governo Lula ao Congresso não contribui para a retomada do desenvolvimento
econômico nem trará as mudanças desejadas pelo país. "A conclusão a que
se chega é que, infelizmente, o sistema tributário vai continuar sendo
freio e não motor da economia", diz a nota da entidade. Mais tarde, ao
participar do lançamento do grupo temático Fundamentos Estratégicos do
Desenvolvimento, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, reiterou as críticas à proposta
de reforma tributária. Segundo ele, o projeto tem problemas na sua formulação.
Já a CNBB, no texto Análise de Conjuntura - maio 2003 condena as propostas
de reformas tributária e previdenciária, dizendo que elas só foram enviadas
ao Congresso por pressão do capital financeiro. (O Globo - 29.05.2003) 4
Aumento da produção leva indústria a formar estoque 5 Empresas precisam abrir filiais no exterior, diz Furlan O esforço
exportador brasileiro deve incluir medidas para estimular as empresas
a abrir filiais no exterior, destinadas a processar matéria prima do Brasil,
defendeu o ministro do desenvolvimento, Luiz Furlan, em pronunciamento
na comissão de Economia da Câmara dos Deputados. "Não se pode ver isso
como perda de emprego, de soberania", disse. O governo, paralelamente,
incentiva os produtores brasileiros a aumentar o valor agregado das mercadorias
produzidas no país, afirmou. "Agregar valor é prioritário, temos de investir
em produto onde a razão da compra seja emocional, ligada à moda, ao design",
disse, informando que a Agência de Promoção a Exportações (Apex) tem cerca
de 200 projetos com esse objetivo. "Temos de estimular a atração internacional
de nossas empresas, não podemos ser um país de filiais." Furlan anunciou
a assinatura de um programa de R$ 8 milhões em recursos da Apex para estimular
a exportação de produtos mais sofisticados no setor de couro e calçados.
(Valor - 29.05.2003) 6 Inflação pode ficar abaixo de 0,20% O IPC-Fipe
na terceira quadrissemana do mês registrou inflação de 0,28%, praticamente
estável em comparação à quadrissemana anterior, quando fechou em 0,30%.
"O resultado não trouxe surpresa e com isso a previsão para o mês fica
inalterada - em torno de 0,20% ou até abaixo desse patamar", disse Heron
do Carmo, coordenador da pesquisa do IPC da Fipe/USP, feita no município
de São Paulo para a faixa de renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos.
O IPC divulgado ontem comparou os preços praticados nas últimas quatro
semanas, terminadas em 23 de maio, com os apurados nas quatro semanas
imediatamente anteriores. A alta deve-se, basicamente, à cobrança da nova
taxa de iluminação implementada pela Prefeitura de São Paulo. A energia
elétrica teve a segunda maior variação, depois do arroz, com alta de 1,64%,
com contribuição de 0,07 ponto percentual. (Gazeta Mercantil - 29.05.2003)
7 Energia sobe menos e segura a taxa da Fipe O reajuste da tarifa energia elétrica bem abaixo do esperado pode representar um alívio importante à inflação do município de São Paulo em julho e agosto - meses em que, tradicionalmente, a taxa fica carregada pelos aumentos de preços monitorados pelo governo. Na segunda-feira, a Aneel propôs elevação de 9,62% para a Eletropaulo a partir de 4 de julho. Na estimativa do economista da Fipe, Heron do Carmo, a alta de energia seria próxima a 30%, o que pesaria 1,12 ponto percentual na inflação paulistana nos dois meses. Com o novo percentual, a contribuição de energia cai para 0,40 ponto. Confirmada a proposta da Aneel, o IPC-Fipe que, na previsão de Heron, deve registrar entre 2,5% a 3% em julho e agosto, cairia à metade, sendo inferior à taxa apurada nesses mesmos dois meses do ano passado. As projeções para o ano também deverão ser revistas. Heron estima uma inflação de 9%, medida pelo IPC-Fipe, esse ano. A expectativa do mercado é de 11,01%, segundo o mais recente relatório divulgado pelo Banco Central. (Valor - 29.05.2003) 8
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Edelca convoca propostas para turbinas de Tocoma A geradora
estatal venezuelana Edelca estará recebendo propostas até 15 de julho
para projeto, construção, instalação e testes de 10 turbinas Kaplan para
sua usina hidrelétrica Tocoma (2.200MW). A Edelca testará os projetos
e selecionará o vencedor no período de um ano, informou a porta-voz da
Edelca, Rosa Fernández, acrescentando que as turbinas têm de seguir as
especificações da Edelca. O contrato das turbinas será resultado do terceiro
processo de licitação para Tocoma, disse Fernández. "O projeto está avançando,
o rio foi desviado, e o local onde a usina será construída está praticamente
seco", disse Fernández. A Edelca planeja abrir licitação para a construção
no final de 2004, acrescentou Fernández. O projeto vai precisar de US$
2 bilhões em investimentos. (Business News Americas - 29.05.2003) 2 Subsidiárias da E.On chegam em acordo para fusão As assembléias
de três subsidiárias da E.On , localizadas no norte da Alemanha, decidiram
pela fusão das três empresas, criando uma nova companhia, a E.On Hanse.
Segundo comunicado oficial da E.On, a nova empresa será "a maior distribuidora
de energia do Norte da Alemanha". As empresas que participaram da fusão
foram : Schleswag, Rendsburg, Hein Gas Hamburger Gaswerke e sua subsidiária
HGW HanseGas. A nova companhia será responsável pelo suprimento de 800.000
residências com gás e 700.000 com eletricidade. Não é esperado que ocorram
demissões em função da fusão. (Platts - 29.05.2003) 3 AG da REN aprova "pay out ratio" de 50% A assembléia
geral (AG) da Rede Elétrica Nacional (REN) aprovou hoje um 'pay out ratio'
de 50% referente aos resultados de 2002, revelou José Penedsos. presidente
da empresa, à saída da AG. Estes 50% de "pay out" correspondem a mais
de 32,7 milhões de euros, a repartir em 70% pelo Estado, através da Direção
Geral do Tesouro, Parpública e Caixa Geral de Depósitos, e pela EDP-Electricidade
de Portugal em 30%. Penedsos adiantou, entretanto, que a EDP pode vir
a ficar com a concessão dos contratos de compra de gás, estabelecidos
com os produtores. (Diário Econònico - 29.05.2003) 4 Fechamento de usinas nucleares aumenta consumo de petróleo nas usinas do Japão O consumo
de petróleo cru e petróleo combustível nas geradoras de energia no Japão
registrou outro aumento em Abril, segundo informou a Federação das Companhias
de Energia Elétrica (FEPC). Esse aumento foi causado pelo fechamento das
usinas nucleares da Tokyo Electric Power Company (Tepco) e de outras nove
companhias de energia elétrica. (Platts - 29.05.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Mello, Maria Tereza Leopardi. Regulação e Defesa da Concorrência. IE/UFRJ. Rio de Janeiro: Encontro da Anpec, dez./2002. O artigo analisa o conceito de regulação nos campos da Economia e do Direito, discutindo a interação entre regulação e defesa da concorrência. A autora discorre sobre as relações entre sistemas jurídicos e agências governamentais decorrentes da eventual aplicação da lei antitruste em setores regulados. Embora o posicionamento de cada campo científico possua peculiaridades em relação ao tema da regulação, essas áreas tem interagido de maneira mais intensa de forma a evitar contradições entre as normas existentes. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm 2 Mello, Maria Tereza Leopardi. Defesa da Concorrência no setor elétrico. IE/UFRJ. São Paulo: Revista do IBRAC, 6(5), p.31-61, 1999. O segundo texto aborda, ainda pelos caminhos do sistema jurídico, a interação entre regulação setorial e lei antitruste. Trata-se de um trabalho mais voltado para o setor de energia elétrica, levando em conta a legislação setorial de defesa da concorrência - que opera por meio de um sistema de competências compartilhadas - representada pela Agência reguladora (ANEEL) e pela autoridade antitruste (CADE/SDE). O texto ainda aponta os possíveis conflitos entre essas entidades normativas e seus critérios de solução. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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