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IFE: nº 1.118 - 28 de maio de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Aneel e Ministério Público analisarão em conjunto projetos do setor
2 Aneel teme ficar sem recursos
3 Resolução estabelece regras de contratação de energia para pequenas distribuidoras

Empresas
1 Eletrobrás criará coordenadoria para assessorar ações ambientais
2 CAE aprova requerimento no caso AES - Eletropaulo
3 Merrill Lynch diz que reajuste menor de tarifa prejudica Eletropaulo
4 CVM estuda republicação do balanço da Duke Energy Paranapanema
5 Implantação do Parque tecnológico de Itaipu terá investimentos de R$ 30 mi
6 Cteep abre licitação para prestação de serviço em subestação
7 Abdib: Setor privado deve ficar com 50% do faturamento do setor de transmissão até 2005
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo na região Nordeste aumenta 0,38% nos últimos sete dias
2 Capacidade do subsistema Norte está em 84,88%
3 Nível de armazenamento do submercado Nordeste está em 50,15%
4 Capacidade chegou a 76,56% no Sudeste/Centro-Oeste
5 Capacidade de armazenamento cai no subsistema Sul
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Abraceel: resolução da Aneel para leilão é bastante flexível
2 Abrage: leilão atenderá apenas situação energética atual

Gás e Termelétricas
1 Carboníferas aumentam pressão para regulamentação de lei

Grandes Consumidores
1 Fórum de Competitividade da Indústria Siderúrgica é criado

Economia Brasileira
1 Queda dos preços é prioridade, diz BC
2 Analistas vêem dólar mais estável com redução de dívida cambial
3 BID libera US$ 1 bi para investimento em infra-estrutura

4 BID repassa US$ 180 mi para financiar exportações brasileiras
5 Furlan quer negócios na moeda de cada país
6 IPC-S recua para 0,83%
7 Governo cobra redução do spread
8 Crédito escasso impede o crescimento
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Preços de energia na Itália continuam subindo
2 Enron vende contratos de energia em Ohio
3 California terá mais 4270 MW de energia termo até julho
4 Marathon Oil fecha contrato para produção de GNL

Biblioteca Virtual do SEE
1 Lavigne, Denis; Loulou, Richard & Savard, Richard. Pure competitition, regulated and Stackelberg equlibira: application to the energy system of Quebec. European Journal of Operational Research. Amsterdã: Elsevier, 2000.V. 125: pp. 1-17.

 

Reestruturação e Regulação

1 Aneel e Ministério Público analisarão em conjunto projetos do setor

A Aneel assinou um acordo de cooperação técnica com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG). Com a parceria, representantes da agência reguladora e do Ministério Público analisarão em conjunto as questões sócio-ambientais dos projetos de geração e transmissão. O objetivo do acordo é traçar estratégias em conjunto para viabilizar as obras e reduzir o impacto dos empreendimentos sobre as populações locais e o meio ambiente. A expectativa é que o acordo reduza o número de ações judiciais movidas pelo Ministério Público em defesa dos interesses de populações atingidas e em razão de problemas ambientais. As ações são responsáveis por atrasos e paralisações de obras de empreendimentos em todo país. O documento também prevê intercâmbio de informações sobre os projetos nas fases de outorga de concessões, autorizações, construção e a operação. (Canal Energia - 27.05.2003)

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2 Aneel teme ficar sem recursos

Caso o contingenciamento de recursos imposto pelo governo federal às agências reguladoras se estenda até julho, a Aneel vai suspender, em agosto, as operações de fiscalização sobre as concessionárias. Vai desativar ainda o "call center", destinado a receber gratuitamente reclamações dos consumidores e que desde o início de maio já não estava aceitando ligações a partir de celulares. "A situação é grave", disse ontem o diretor geral da Aneel, José Mário Abdo. Segundo ele, as próximas audiências públicas para tratar da revisão tarifária de sete das 17 distribuidoras programadas para este ano também poderão ser comprometidas pela falta de recursos. Na segunda-feira, a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse estar negociando com os ministérios da Fazenda e Planejamento a liberação pelo menos dos recursos para fiscalização da Aneel e ANP. (Valor - 28.05.2003)

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3 Resolução estabelece regras de contratação de energia para pequenas distribuidoras

A Aneel publicou na última semana, resolução que estabelece as regras para contratação de energia pelas distribuidoras de pequenos porte. A regra determina que as concessionárias, com atendimento de mercado com consumo inferior a 300 GWh, terão tratamento similar ao dos consumidores que recebem energia em alta tensão. Segundo a resolução, a tarifa de energia suprida às distribuidoras será regulada pela Aneel e, portanto, não poderá ser adquirida livremente no mercado por preços definidos em acordos bilaterais. A Aneel definiu ainda que os atuais contratos iniciais de fornecimento de energia, firmados por essas distribuidoras com seus supridores, deverão ser substituídos nos próximos 60 dias por três outros contratos distintos. O primeiro será de compra de energia (CCE), o segundo, de conexão ao sistema de distribuição ou de transmissão (CCD ou CCT), e, por último, o contrato de uso do Sistema de Distribuição ou Transmissão (Cusd ou Cust). Os contratos de compra de energia terão vigência de três anos, e poderão ser prorrogados desde que a distribuidora suprida informe à sua supridora a intenção de renová-lo com um ano de antecedência. (Canal Energia - 27.05.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás criará coordenadoria para assessorar ações ambientais

A diretoria da Eletrobrás vai confirmar durante reunião de diretoria nesta terça-feira, dia 27 de maio, a criação da coordenadoria de Meio Ambiente da empresa, que assessorará a presidência em assuntos nessa área. O presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, não quis revelar o nome do assessor, mas explicou que a função será a de coordenar as ações ambientais das subsidiárias do grupo com as da holding. Segundo Pinguelli, o coordenador de meio ambiente ficará ligado à presidência do Concise (grupo de presidentes das empresas do grupo Eletrobrás). Ele também disse que o assessor vai coordenar todas as atividades, além de projetar a Eletrobrás em assuntos internacionais, como o controle a emissão de gás no efeito estufa. (Canal Energia - 27.05.2003)

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2 CAE aprova requerimento no caso AES - Eletropaulo

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, ontem, requerimento para que os presidentes da Eletropaulo, da Cemig, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o presidente do BNDES, Carlos Lessa, prestem esclarecimentos sobre a venda de ações das estatais para a empresa americana AES. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez outro requerimento para que o Cade instaure uma investigação para "esclarecer pontos nebulosos do processo de privatização implantado no setor elétrico". (Valor - 28.05.2003)

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3 Merrill Lynch diz que reajuste menor de tarifa prejudica Eletropaulo

O banco de investimentos Merrill Lynch reduziu todas as suas perspectivas em relação à AES Eletropaulo e manteve a sua recomendação de venda paras ações da empresa, devido à proposta de reajuste da tarifa da distribuidora paulista para este ano. O percentual é o menor desde e a privatização da empresa e o menor entre todas as empresas que passam pela revisão. A Merrill Lynch disse acreditar que esse número não deve sofrer modificações "significativas", apesar de a proposta da Aneel ser apenas preliminar. (Folha de São Paulo - 27.05.2003)

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4 CVM estuda republicação do balanço da Duke Energy Paranapanema

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta terça-feira, dia 27 de maio, que a área técnica do órgão está estudando a possibilidade de republicação do balanço anual relativo ao exercício de 2002 da geradora Duke Energy Paranapanema. Segundo a assessoria da CVM, a Área de Acompanhamento de Empresa ainda está analisando a questão. O motivo da republicação seria o registro contábil de um valor aproximado de R$ 200 milhões, que estaria contingenciado por disputa judicial. Mesmo com o registro, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 61,2 milhões. Caso a área técnica se mostre favorável à republicação, o assunto terá que ser levado também à Área de Normas Contábeis e ao Colegiado da CVM, que dará parecer final sobre a questão - que, por sua vez, ainda será passível de recurso pela Duke Energy Paranapanema. (Canal Energia - 27.05.2003)

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5 Implantação do Parque tecnológico de Itaipu terá investimentos de R$ 30 mi

Os investimentos para a implantação do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) devem chegar a R$ 30 milhões nos próximos três a quatro anos. A definição do modelo de implantação do parque, que será coordenado inicialmente pela Itaipu Binacional, deverá ser concluído nos próximos 90 dias. Segundo a empresa, os recursos para implantação e operação do parque serão oriundos de fundos de apoio ao desenvolvimento científico e pesquisa do setor elétrico, do governo estadual, dos royalties de Itaipu, iniciativa privada e de geração própria do PTI. Dentro de 40 dias está prevista a abertura de concurso entre faculdades de arquitetura do Mercosul para a elaboração do projeto da sede do PTI. A sede definitiva do Parque Tecnológico ficará dentro da usina de Itaipu. A previsão é de que a primeira etapa do parque esteja concluída até 12 de outubro de 2004, quando o parte iniciará parte das suas atividades. Até lá a sede provisória será instalada no campus da Unioeste. Entre as áreas de pesquisa abordadas estão alternativas energéticas, meio ambiente, educação e turismo. (Canal Energia - 27.05.2003)

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6 Cteep abre licitação para prestação de serviço em subestação

A Cteep deu início a cinco processos de licitação. O primeiro segue até o dia 28 de maio e objetiva o fornecimento de aparelho telefônico sem fio e aparelho eletrônico KS digital. Para o dia 29 de maio está previsto o encerramento de três licitações. Os processos têm como objetivo o fornecimento de gancho de ancoragem, extensão para bastão, bastão de manobra, vara de manobra e analisador de comunicação digital. A última licitação é para a contratação de prestação de serviço de engenharia para substituição de equipamentos de 230 kV da subestação Cabreúva. O prazo segue até 13 de junho e do edital custa R$ 50,00. (Canal Energia - 28.05.2003)

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7 Abdib: Setor privado deve ficar com 50% do faturamento do setor de transmissão até 2005

A paralisia atual do setor elétrico, com empresas de geração e distribuição acumulando prejuízos e decididas a congelar novos projetos, não vem afetando o setor de transmissão. A iniciativa privada, autorizada a participar das licitações para a construção e operação das linhas de transmissão desde 1999, conseguiu, em três anos, 17% do faturamento anual do setor, que hoje é de R$ 3 bilhões. Segundo projeção da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), até 2005 as empresas privadas devem ficar com 50% do faturamento do setor. O baixo risco envolvido nos projetos, com inadimplência próxima de zero, é o principal motivo do interesse crescente do setor privado. Paulo Godoy, vice-presidente da Abdib e também da Alusa - empresa que atua no segmento de transmissão através do consórcio Alusa-Schahin, - está otimista. "Apesar da taxa de retorno neste segmento ser relativamente pequena, na média 11% ao ano para um contrato de 30 anos, o baixo risco do investimento é suficiente para chamar a atenção das empresas privadas", diz Godoy. (Gazeta Mercantil - 28.05.2003)

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8 Curtas

Uma liminar da Justiça no Rio impede a partir de agora que o BNDES execute a venda das ações do grupo AES na Eletropaulo e na Cemig. A ação foi movida pelo síndico da massa falida da Eletronet, Isaak Zveiter. (Valor - 28.05.2003)

A Celesc está licitando a aquisição de chave e porta-fusível e cruzeta de aço tubular. O prazo dos dois processo vai até 5 de junho. A empresa prorrogou ainda, para 11 de junho, o encerramento do processo de compra de conector cunha, kit conector e cartucho para uso em ferramenta de instalação de conector. (Canal Energia - 27.05.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo na região Nordeste aumenta 0,38% nos últimos sete dias

O Nordeste registra alta de 0,38% no consumo nos últimos sete dias. Na última segunda-feira, dia 26 de maio, o subsistema consumiu 6.257 MW médios, contra previsão de 5.992 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o submercado acumula baixa de 2,72% nos últimos sete dias. Já na região Sul, o consumo chegou a 6.934 MW médios, contra a previsão de 6.929 MW médios do programa mensal de operação (PMO) do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema registra variação no consumo de 1,28%. O Sudeste/Centro-Oeste acumula queda no consumo de 3,04% nos últimos sete dias. No dia 26 de maio, o volume no subsistema chegou a 24.662 MW médios, contra previsão de 26.039 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o submercado registra baixa de 6,94% no mesmo período. Na região Norte, o consumo atingiu 2.947 MW médios, contra previsão de 2.771 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a variação em relação ao PMO foi de 4,62%. (Canal Energia - 27.05.2003)

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2 Capacidade do subsistema Norte está em 84,88%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 84,88%, o que corresponde a uma queda de 0,07%. A usina de Tucuruí apresenta índice de 99,92%. (Canal Energia - 27.05.2003)

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3 Nível de armazenamento do submercado Nordeste está em 50,15%

A hidrelétrica de Sobradinho está com 44,85% do volume, enquanto a capacidade do subsistema Nordeste está em 50,15%. Em relação ao dia anterior, o índice caiu 0,1%. O volume está 25,83% acima da curva de aversão ao risco. (Canal Energia - 27.05.2003)

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4 Capacidade chegou a 76,56% no Sudeste/Centro-Oeste

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento do submercado está em 76,56%, volume 42,72% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,07%. As usinas de Miranda e Furnas registram, respectivamente, índices de 66,73% e 95,99%. (Canal Energia - 27.05.2003)

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5 Capacidade de armazenamento cai no subsistema Sul

Com uma redução de 0,67% no nível de armazenamento do subsistema Sul, a capacidade chegou a 61,53%. O volume armazenado na hidrelétrica de Salto Santiago está em 59,34%. (Canal Energia - 27.05.2003)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Abraceel: resolução da Aneel para leilão é bastante flexível

Na avaliação da Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica), a resolução nº 246, da Aneel, que estabelece as condições gerais para a realização de leilões de compra de energia elétrica no curto prazo, ficou bastante flexível, trazendo mais transparência ao mercado. "A resolução foi uma surpresa agradável para a associação, pois diversos pontos sugeridos pela entidade foram incluídos no documento", comenta Renato Volpone, coordenador do Grupo Técnico da Abraceel. Um desses pontos foi a extensão do início de suprimento de energia. Pela resolução, o prazo inicial é de 30 dias, podendo chegar a um ano para contratos com duração de dois ou quatro anos. O executivo também considerou razoável os limites dos lotes de energia a serem comercializados nos leilões, que devem acontecer mensalmente. No documento, foram estabelecidos dois tipos padronizados de lotes de energia (de base e flexível), de 0,5 MW médio e potência diferenciada. A única crítica quanto à resolução, diz ele, é a exclusão da participação de agentes não cadastrados no MAE nos leilões. Segundo o coordenador, os consumidores livres só poderão participar das licitações por intermédio de agentes integrantes do MAE. (Canal Energia - 27.05.2003)

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2 Abrage: leilão atenderá apenas situação energética atual

A Abrage (Associação Brasileira dos Grandes Geradores de Energia Elétrica) também considerou satisfatória a resolução da Aneel. De acordo com Flávio Neiva, presidente da associação, a iniciativa é boa, pois irá equacionar a contratação de energia no curto prazo e beneficiará as empresas que possuem sobras de energia elétrica. No entanto, o executivo alerta para o fato de que os leilões não resolverão o problema da energia no longo prazo. "Os prazos são pequenos para garantir o equilíbrio da oferta e demanda no longo prazo", afirma Neiva. O presidente da Abrage explica que o planejamento energético deve alcançar um período de cinco a seis anos, tempo de duração de construção de uma hidrelétrica. A partir deste período, continua ele, deve-se estabelecer um prazo de 15 anos para contratos de venda de energia, o que viabilizaria o projeto. Por enquanto, acredita o executivo, os leilões irão atender o mercado de sobras de energia elétrica. "Para nós, as regras atendem às necessidades das geradoras, que estão com energia descontratada no mercado. No entanto, essas licitações tendem a esvaziar quando não existir mais essa sobra", prevê Neiva. (Canal Energia - 27.05.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Carboníferas aumentam pressão para regulamentação de lei

O setor carbonífero do Sul de Santa Catarina aproveita o seminário sobre carvão natural, em Brasília, para pressionar o governo federal a regulamentar a lei que prevê subsídios para novas fontes de energia. A pressão parece que está dando certo. "O ministério está estudando o assunto", diz o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão, Fernando Zancan, que participou da abertura do seminário "Carvão mineral - o combustível do século 21". A liberação do incentivo facilitaria a construção de uma termoelétrica no Sul do Estado. O projeto está orçado em US$ 700 milhões. Com o subsídio, seriam US$ 140 milhões que não precisariam sair da iniciativa privada. A usina está projetada para produzir 440 MW e tem como atrativo a queima de rejeitos antigos de carvão, que atualmente agridem o meio ambiente. Também está na expectativa da regulamentação da lei do subsídio a usina Termelétrica de Seival, do Rio Grande do Sul. Com potencial para 500 MW, a usina também irá gerar 160 mil toneladas ano de sulfato de amônia. (A Notícia - 28.05.2003)

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Grandes Consumidores

1 Fórum de Competitividade da Indústria Siderúrgica é criado

Será instalado hoje, em Brasília, o Fórum de Competitividade da Indústria Siderúrgica. A entidade vai reunir integrantes de toda a cadeia produtiva ligada ao aço. Criado no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o fórum congrega representantes dos produtores, trabalhadores e fornecedores da siderurgia, e discute temas de interesse do setor. (Valor - 28.05.2003)

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Economia Brasileira

1 Queda dos preços é prioridade, diz BC

O presidente do BC, Henrique Meirelles, voltou a dizer ontem que a prioridade é a queda da inflação e que a decisão de reduzir a dívida pública interna atrelada ao dólar é um "objetivo de longo prazo definido com clareza pelo governo". Anteontem, o BC anunciou que diminuirá o volume de operações pelas quais oferece ao mercado proteção contra a variação do dólar. Meirelles afirmou que espera reduzir os juros, mas somente quando a inflação ceder. Disse ainda que aqueles que se preocupam com os juros deveriam "se preocupar com a inflação". (Folha de São Paulo - 28.05.2003)

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2 Analistas vêem dólar mais estável com redução de dívida cambial

A medida anunciada anteontem pelo Banco Central de mudança na administração da dívida pública deve contribuir para a redução da volatilidade do mercado no médio prazo. A expectativa do mercado é que a autoridade monetária começará a reduzir seu endividamento atrelado à moeda norte-americana, equivalente a 30,36% do total hoje se forem consideradas as operações de "swap" cambial. Segundo analistas, essa medida pode até contribuir para oscilações mais fortes do dólar às vésperas dos vencimentos de dívida cambial, já que o BC não anunciou nova regra sobre que percentual dos títulos deverá ser rolado. Por outro lado, essas oscilações poderão ser compensadas pela redução da volatilidade acarretada por outras consequências da nova medida. (Folha de São Paulo - 28.05.2003)

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3 BID libera US$ 1 bi para investimento em infra-estrutura

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta terça-feira, dia 27 de maio, a disponibilização de uma nova linha de crédito ao setor privado na área de infra-estrutura. Essa nova linha prevê o aporte de US$ 1 bilhão ao setor. O anúncio foi feito durante encontro entre o banco e a Abdib (Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base), em São Paulo. Segundo José Augusto Marques, presidente da associação, o financiamento deverá ser feito diretamente aos investidores privados, mas sem precisar do aval do governo para liberar esse crédito. "Hoje, sabemos que a capacidade das empresas públicas está debilitada, com altos níveis de endividamento. Por isso, o apoio do setor privado na área de infra-estrutura é essencial", afirma ele. Dados da associação revelam que a área necessita de investimentos de US$ 20 bilhões por ano. No entanto, a disponibilidade do setor público é menor que US$ 10 bilhões para a área. De acordo com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, que também participou do encontro, o setor público possui quase US$ 5 bilhões disponíveis para projetos brasileiros já aprovados, mas a capacidade de investimentos limitada atrapalha o desenvolvimento dos projetos. (Canal Energia - 27.05.2003)

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4 BID repassa US$ 180 mi para financiar exportações brasileiras

O BID ratificou ontem com o Bradesco a operação de repasse de US$ 180 milhões para financiamento de exportações de empresas brasileiras. É a primeira vez que o BID direciona recursos para exportações no Brasil por meio de bancos privados. Em março deste ano, o BID havia aprovado uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para financiamento de exportações na América Latina e Caribe. É dessa linha que serão originários os US$ 500 milhões que o banco pretende repassar a instituições brasileiras em 2003. Ou seja, o Brasil ficará com metade do total destinado pelo banco ao continente. O presidente do BID, Enrique Iglesias, afirmou em São Paulo que negocia com outros dois bancos brasileiros acordos semelhantes ao assinado com o Bradesco. (Folha de São Paulo - 28.05.2003)

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5 Furlan quer negócios na moeda de cada país

O ministro Luiz Fernando Furlan afirmou ontem que o governo quer criar um mecanismo que permita ao exportador negociar no Mercosul na moeda de cada país, deixando de usar o dólar como parâmetro. A idéia, voltada especialmente para pequenas e médias empresas exportadoras, é criar uma nota fiscal de exportações, que poderia ser "descontada" na moeda local. Ao entrarem no Brasil, os recursos seriam convertidos para reais. Para os exportadores de maior porte, a opção será adotar o CCR (Convênio de Crédito Recíproco) -espécie de seguro às exportações, garantido pelos bancos centrais do Mercosul. "Seria uma medida para facilitar as transações intra-Mercosul, pela qual as empresas não precisariam recorrer ao dólar." Segundo Furlan, o fato de o peso argentino e o real estarem mais ou menos no mesmo patamar ajuda a implementar o mecanismo, que vem sendo discutido com os outros países do bloco. (Folha de São Paulo - 28.05.2003)

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6 IPC-S recua para 0,83%

O IPC-S, apurado entre os dias 18 de abril e 17 de maio, pela FGV, registrou alta de 0,83%. O resultado representa uma desaceleração de 0,08 ponto percentual em relação à medição anterior (alta de 0,91%). (Gazeta Mercantil - 28.05.2003)

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7 Governo cobra redução do spread

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que o Governo vai cobrar dos banqueiros medidas para aumentar o crédito. Segundo Mantega, o Governo Lula assumiu compromissos no final do ano passado, que cumpriu: devolver a credibilidade ao País, devolver os créditos, respeitar os contratos e trazer a estabilidade de volta, afirmou, acrescentando que agora é a vez de os banqueiros cumprirem a sua parte, tomando medidas para aumentar o volume de crédito e reduzir o spread bancário. Mantega afirmou também que não haveria grande impacto nos lucros dos bancos caso fizessem reduções em juros cobrados em operações como crédito pessoal e crédito de cheque especial. (Jornal do Commercio - 28.05.2003)

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8 Crédito escasso impede o crescimento

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que o crédito escasso e caro é o maior problema enfrentado pelo setor produtivo brasileiro para o crescimento sustentado da economia. "O Brasil é um país capitalista sem capital, temos um dos menores índices de crédito do mundo, apenas 23% do PIB. Temos um jejum total de crédito, as empresas têm que se auto-financiar para crescer. Sabemos que sem crédito e sem os juros baixos não se faz crescimento", argumentou o ministro. Um dos caminhos para resolver isso, segundo Mantega, é a concessão de crédito de instituições de fomento internacionais, como o BID e Bird, diretamente para o setor privado, sem a intermediação do Governo. "O caminho é promover linhas de crédito diretamente ao setor privado, que faz o investimento que o setor público não tem como fazer", disse. Além disso, acrescentou Mantega, o Governo tem feito uma política fiscal mais restritiva para poder "libertar" a política monetária, de modo a baixar os juros básicos, e também tem estimulado os bancos públicos, como o BNDES e Banco do Brasil, a aumentarem o crédito. (Jornal do Commercio - 28.05.2003)


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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve baixa neste final de manhã e registra volatilidade muito menor que a dos últimos dois dias. Às 12h12m, a moeda americana era negociada por R$ 3,014 na compra e R$ 3,016 na venda, com recuo de 0,49%. Ontem, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em estabilidade, cotado a R$ 3,02 para compra e a R$ 3,025 para venda. (O Globo On Line e Jornal do Commercio - 28.05.2003)

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Internacional

1 Preços de energia na Itália continuam subindo

A abertura do mercado de energia da Itália está em uma " fase avançada" em relação aos demais países europeus, mas os preços continuam mais altos do que a média da Europa, segundo o informe anual publicado pelo GRTN,o operador italiano de energia. O informe apontou ainda que um elevado número de grandes consumidores, capazes de escolher seus distribuidores de energia, tinham resolvido mudar de distribuidor pelo menos uma vez numa tentativa inútil de manter os custos com eletricidade mais baixos. (Platts - 28.05.2003)

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2 Enron vende contratos de energia em Ohio

A empresa Sampra Energy Solutions, subsidiária da Sampra Energy, comprou os contratos de energia de 34 clientes em Ohio da Enron Energy Services . Entre os consumidores estão grandes indústrias e empresas comerciais. (Platts - 28.05.2003)

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3 California terá mais 4270 MW de energia termo até julho

A Comissão de Energia da Califórnia (CEC) informou sábado que 4270 MW em energia termoelétrica serão adicionados ao sistema da Califórnia até o fim de julho, ajudando a atender a crescente demanda de energia no verão. A comissão informou também que o suprimento vai ser mais do que adequado para atender os picos de demanda mesmo que as temperaturas sejam mais altas do que o normal. A CEC disse que desde a crise de energia em 2000/2001, foram adicionados ao sistema cerca de 7730 MW. (Platts - 28.05.2003)

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4 Marathon Oil fecha contrato para produção de GNL

A Marathon Oil informou nessa terça que fechou acordo com o Governo da Guiné Equatorial para a construção de uma usina para produção de GNL. A usina, que deverá funcionar a partir de 2007, vai ser responsável pela transformação em GNL do gás produzido em Alba Field, de propriedade da Marathon Oil. (Platts - 28.05.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Lavigne, Denis; Loulou, Richard & Savard, Richard. Pure competitition, regulated and Stackelberg equlibira: application to the energy system of Quebec. European Journal of Operational Research. Amsterdã: Elsevier, 2000.V. 125: pp. 1-17.

Este artigo, partindo a aplicação de um modelo matemático, avalia três mecanismos de preço para eletricidade, mostrando como eles afetam as decisões dos produtores e consumidores, na província de Quebec no Canadá. Ele concluiu que o modelo competitivo é o que apresenta o maior ganho de bem estar para a sociedade e que o modelo de monopólio constestável, paradoxalmente, apresentou uma perda de bem estar menor do que o modelo de regulamentação governamental.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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